SlideShare uma empresa Scribd logo
Aspectos Psicológicos
de Pacientes Cirúrgicos
Procedimentos Cirúrgicos
Grande impacto sobre o bem-estar físico, social e
emocional do paciente:
Aumento dos níveis de ansiedade
Aumento dos níveis de stress
Distanciamento, mesmo que temporário, da rede de
apoio social e familiar
Contingências de incontrolabilidade e imprevisibilidade –
altamente ansiogênicas
Procedimentos Cirúrgicos
 Principais fatores desencadeantes de ansiedade incluem:
a) percepção antecipada de dor e desconforto;
b) espera passiva pelo início do procedimento;
c) separação da família e sentimentos de abandono;
d) possível perda, mesmo que temporária, de autonomia;
e) medo da morte, de sequelas, do procedimento de anestesia e do
risco de alta prematura;
f ) o procedimento cirúrgico como um todo
Procedimentos Cirúrgicos
Maior probabilidade de
episódios de elevação da
pressão sanguínea
 Sangramentos mais intensos
nas cirurgias
Redução de resistência
imunológica
 Transtornos psicossomáticos
(Ribeiro, Tavano &Neme, 2002)
Interfere na
aquisição de
estratégias de
enfrentamento do
procedimento
cirúrgico
Interfere
processo de
recuperação do
paciente
FATORES
ANSIOGÊNCIOS
RELACIONADOS
ÀS CIRURGIAS
Ações para reduzir a ansiedade a
procedimentos cirúrgicos
Disponibilizar adequado nível de informação às necessidades do paciente, que
devem ser identificadas previamente pelos profissionais de saúde
(Bellani, 2008; Gilmartin & Wright, 2007; Juan, 2005; Rankinen et at., 2007; Shelley & Pakenham, 2007)
Promover modificações na estrutura física dos ambientes pré e pós- -
operatório, tornando-os espaços acolhedores, privativos e calmos
(Gilmartin & Wright, 2007)
 Utilizar técnicas de relaxamento muscular progressivo ou relaxamento
induzido, por meio de visualização ativa no pré e pós-operatório
(Ribeiro et al., 2002; Rosendahl et al., 2009)
Disponibilizar suporte emocional e atender às necessidades psicossociais dos
pacientes, viabilizando estratégias de enfrentamento cognitivo, baseadas no
problema a ser enfrentado
(Patenaude et al., 2009; Rosendahl et al., 2009)
A Importância da Informação
A transmissão de informações sobre procedimentos cirúrgicos tem
como objetivo:
Qualificar o paciente com dados técnicos
Reduzir a probabilidade de sintomas de ansiedade
Nem sempre os profissionais de saúde estão habilitados a fornecer
informações que representam suporte psicológico adequado aos
pacientes.
Muitos profissionais de saúde, na intenção de tranquilizar o paciente,
fornecem informações que elevam a ansiedade e o medo daquele que
vai se submeter à cirurgia.
A Importância da Informação
INFORMAÇÃO = FATOR DE PROTEÇÃO PSICOLÓGICA
INFORMAÇÃO
ANSIEDADE
A Importância da Informação
Linguagem clara e acessível
Evitar jargão médico e termos técnicos
Considerar condições emocionais do paciente no momento em que recebeu as orientações
“Mas eu já expliquei tudo” – Muitas vezes há a necessidade de repetir as orientações dos
procedimentos mais de uma vez aos pacientes:
 Muita informação para este absorver
 Paciente tenso e ansioso – não se concentra na explicação do médico
 Inibição ou medo de verificar dúvidas
ORIENTAÇÃO
MÉDICA
REALIZADA
COMPREENSÃO
DO PACIENTE
A Importância da Informação
Dimensões que devem compor as informações disponibilizadas aos
pacientes que são submetidos à cirurgia:
a) biofisiológico (doença, sintomas, formas de tratamento e possíveis
complicações);
b) funcionais (necessidades individuais, mobilidade, descanso, nutrição e
higiene corporal);
c) empírico (vivência de emoções e experiências no hospital);
d) éticas (direitos, deveres, participação na tomada de decisão, privacidade e
confidencialidade);
e) social (papel da família, relação com outros pacientes e grupos de apoio);
f ) financeiro (custos monetários e benefícios).
Rankinen et al. (2007
A Importância da Informação
É necessário analisar o impacto provocado pelas
informações do procedimento cirúrgico:
Planejar antecipadamente o conteúdo a ser disponibilizado
Escolher momento mais adequado para apresentá-lo
Considerar os efeitos psicossociais destas informações
AUTONOMIA DO PACIENTE
Conceder AUTONOMIA ao paciente caracteriza-se como um diferencial nas
práticas de intervenção pré-cirúrgicas.
A acessibilidade a informações aumenta a percepção do paciente em relação a
sua capacidade de exercer algum controle sobre a situação vivenciada.
O paciente participar das decisões relativas ao seu tratamento, possibilita a este
perceber-se mais ativo durante os eventos pré-cirúrgicos .
Priorizar que os pacientes possam se dirigir à sala de cirurgia caminhando por
conta própria, caso suas condições físicas lhes permitam, em vez de serem
transportados em macas ou cadeiras-de-roda.
Avaliação Psicológica pré-cirúrgica
A avaliação psicológica do paciente a ser submetido a cirurgia pode
constituir uma oportunidade para a expressão de sentimentos e
pensamentos que auxiliarão os profissionais de saúde a atender as
especificidades do indivíduo:
 aumentando a probabilidade do desenvolvimento de estratégias mais
eficientes de enfrentamento do procedimento cirúrgico
 maior colaboração com a equipe médica
facilitação do processo de comunicação,
redução dos níveis de stress e ansiedade
otimização do tempo de recuperação cirúrgica e alta hospitalar
Medeiros e Peniche (2006)
Percepção de Dor
Determinados estados emocionais, como ansiedade e medo, podem
influenciar as respostas individuais à intervenção cirúrgica e à
necessidade de analgesia.
+ Ansiedade
pré- operatória
+ Dor pós-
operatória
Percepção de Dor
 Fatores emocionais – importante na influência da dor pós-operatória
Ansiedade/depressão ou ansiedade pré-operatória – fatores preditivos
de dor pós-operatória

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a Aula 01 - Aspectos Psicológicos de Pacientes Cirúrgicos.pptx

Segurança do paciente e procedimento invasivo - Tópico 10_Guia Curricular da OMS
Segurança do paciente e procedimento invasivo - Tópico 10_Guia Curricular da OMSSegurança do paciente e procedimento invasivo - Tópico 10_Guia Curricular da OMS
Segurança do paciente e procedimento invasivo - Tópico 10_Guia Curricular da OMS
Proqualis
 
Aula 10 o paciente cirúrgico
Aula 10 o paciente cirúrgicoAula 10 o paciente cirúrgico
Aula 10 o paciente cirúrgico
Futuros Medicos
 
Gislaine Cresmashi Lima Padovan
Gislaine Cresmashi Lima PadovanGislaine Cresmashi Lima Padovan
Gislaine Cresmashi Lima Padovan
Sobragen-VIIIEnenge
 
Uerj res enferm discursiva gabarito
Uerj res enferm discursiva gabaritoUerj res enferm discursiva gabarito
Uerj res enferm discursiva gabarito
tatysants
 
acreditação em centro cirúrgico
acreditação em centro cirúrgicoacreditação em centro cirúrgico
acreditação em centro cirúrgico
josi uchoa
 
PBI 2014
PBI 2014PBI 2014
Elena bohomol
Elena bohomolElena bohomol
Elena bohomol
Daiane Santos
 
Cultura de Segurança do Paciente por onde começar_Final.ppt
Cultura de Segurança do Paciente por onde começar_Final.pptCultura de Segurança do Paciente por onde começar_Final.ppt
Cultura de Segurança do Paciente por onde começar_Final.ppt
CeliaLourdes1
 
Cultura de Segurança do Paciente por onde começar_Final.ppt
Cultura de Segurança do Paciente por onde começar_Final.pptCultura de Segurança do Paciente por onde começar_Final.ppt
Cultura de Segurança do Paciente por onde começar_Final.ppt
AndriellyFernanda1
 
Heleno Costa Junior
Heleno Costa JuniorHeleno Costa Junior
Heleno Costa Junior
Sobragen-VIIIEnenge
 
Aula cultura de_seguranca
Aula cultura de_segurancaAula cultura de_seguranca
Aula cultura de_seguranca
Proqualis
 
1340058717tem raciocinio clinico_sala_urgencia
1340058717tem raciocinio clinico_sala_urgencia1340058717tem raciocinio clinico_sala_urgencia
1340058717tem raciocinio clinico_sala_urgencia
Bruno Machado
 
Três Aspectos que Irritam os Pacientes em Clínicas Odontológicas.pdf
Três Aspectos que Irritam os Pacientes em Clínicas Odontológicas.pdfTrês Aspectos que Irritam os Pacientes em Clínicas Odontológicas.pdf
Três Aspectos que Irritam os Pacientes em Clínicas Odontológicas.pdf
Senior Consultoria em Gestão e Marketing
 
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúde
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúdeAula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúde
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúde
LviaResende3
 
Trabalho em equipe e comunicação no ambiente hospitalar: hospitalistas e outr...
Trabalho em equipe e comunicação no ambiente hospitalar: hospitalistas e outr...Trabalho em equipe e comunicação no ambiente hospitalar: hospitalistas e outr...
Trabalho em equipe e comunicação no ambiente hospitalar: hospitalistas e outr...
Proqualis
 
Diagnósticos de enfermagem aula.pptx
Diagnósticos de enfermagem aula.pptxDiagnósticos de enfermagem aula.pptx
Diagnósticos de enfermagem aula.pptx
JessiellyGuimares
 
Enfermagem 4 e 5
Enfermagem 4 e 5Enfermagem 4 e 5
Enfermagem 4 e 5
Arleno
 
Aula sobre Taxonomia de segurança_do_paciente
Aula sobre Taxonomia de segurança_do_pacienteAula sobre Taxonomia de segurança_do_paciente
Aula sobre Taxonomia de segurança_do_paciente
Proqualis
 
Trabalho_Avaliacao_Psicologica_II.pdf
Trabalho_Avaliacao_Psicologica_II.pdfTrabalho_Avaliacao_Psicologica_II.pdf
Trabalho_Avaliacao_Psicologica_II.pdf
AlexandreTrigueirosS
 
04 sobecc v19n1
04 sobecc v19n104 sobecc v19n1
04 sobecc v19n1
doriene
 

Semelhante a Aula 01 - Aspectos Psicológicos de Pacientes Cirúrgicos.pptx (20)

Segurança do paciente e procedimento invasivo - Tópico 10_Guia Curricular da OMS
Segurança do paciente e procedimento invasivo - Tópico 10_Guia Curricular da OMSSegurança do paciente e procedimento invasivo - Tópico 10_Guia Curricular da OMS
Segurança do paciente e procedimento invasivo - Tópico 10_Guia Curricular da OMS
 
Aula 10 o paciente cirúrgico
Aula 10 o paciente cirúrgicoAula 10 o paciente cirúrgico
Aula 10 o paciente cirúrgico
 
Gislaine Cresmashi Lima Padovan
Gislaine Cresmashi Lima PadovanGislaine Cresmashi Lima Padovan
Gislaine Cresmashi Lima Padovan
 
Uerj res enferm discursiva gabarito
Uerj res enferm discursiva gabaritoUerj res enferm discursiva gabarito
Uerj res enferm discursiva gabarito
 
acreditação em centro cirúrgico
acreditação em centro cirúrgicoacreditação em centro cirúrgico
acreditação em centro cirúrgico
 
PBI 2014
PBI 2014PBI 2014
PBI 2014
 
Elena bohomol
Elena bohomolElena bohomol
Elena bohomol
 
Cultura de Segurança do Paciente por onde começar_Final.ppt
Cultura de Segurança do Paciente por onde começar_Final.pptCultura de Segurança do Paciente por onde começar_Final.ppt
Cultura de Segurança do Paciente por onde começar_Final.ppt
 
Cultura de Segurança do Paciente por onde começar_Final.ppt
Cultura de Segurança do Paciente por onde começar_Final.pptCultura de Segurança do Paciente por onde começar_Final.ppt
Cultura de Segurança do Paciente por onde começar_Final.ppt
 
Heleno Costa Junior
Heleno Costa JuniorHeleno Costa Junior
Heleno Costa Junior
 
Aula cultura de_seguranca
Aula cultura de_segurancaAula cultura de_seguranca
Aula cultura de_seguranca
 
1340058717tem raciocinio clinico_sala_urgencia
1340058717tem raciocinio clinico_sala_urgencia1340058717tem raciocinio clinico_sala_urgencia
1340058717tem raciocinio clinico_sala_urgencia
 
Três Aspectos que Irritam os Pacientes em Clínicas Odontológicas.pdf
Três Aspectos que Irritam os Pacientes em Clínicas Odontológicas.pdfTrês Aspectos que Irritam os Pacientes em Clínicas Odontológicas.pdf
Três Aspectos que Irritam os Pacientes em Clínicas Odontológicas.pdf
 
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúde
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúdeAula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúde
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúde
 
Trabalho em equipe e comunicação no ambiente hospitalar: hospitalistas e outr...
Trabalho em equipe e comunicação no ambiente hospitalar: hospitalistas e outr...Trabalho em equipe e comunicação no ambiente hospitalar: hospitalistas e outr...
Trabalho em equipe e comunicação no ambiente hospitalar: hospitalistas e outr...
 
Diagnósticos de enfermagem aula.pptx
Diagnósticos de enfermagem aula.pptxDiagnósticos de enfermagem aula.pptx
Diagnósticos de enfermagem aula.pptx
 
Enfermagem 4 e 5
Enfermagem 4 e 5Enfermagem 4 e 5
Enfermagem 4 e 5
 
Aula sobre Taxonomia de segurança_do_paciente
Aula sobre Taxonomia de segurança_do_pacienteAula sobre Taxonomia de segurança_do_paciente
Aula sobre Taxonomia de segurança_do_paciente
 
Trabalho_Avaliacao_Psicologica_II.pdf
Trabalho_Avaliacao_Psicologica_II.pdfTrabalho_Avaliacao_Psicologica_II.pdf
Trabalho_Avaliacao_Psicologica_II.pdf
 
04 sobecc v19n1
04 sobecc v19n104 sobecc v19n1
04 sobecc v19n1
 

Último

saúde coletiva para tecnico em enfermagem
saúde coletiva para tecnico em enfermagemsaúde coletiva para tecnico em enfermagem
saúde coletiva para tecnico em enfermagem
DavyllaVerasMenezes
 
Teoria de enfermagem de Callista Roy.pdf
Teoria de enfermagem de Callista Roy.pdfTeoria de enfermagem de Callista Roy.pdf
Teoria de enfermagem de Callista Roy.pdf
jhordana1
 
Bioquímica [Salvo automaticamente] [Salvo automaticamente].pptx
Bioquímica [Salvo automaticamente] [Salvo automaticamente].pptxBioquímica [Salvo automaticamente] [Salvo automaticamente].pptx
Bioquímica [Salvo automaticamente] [Salvo automaticamente].pptx
BeatrizLittig1
 
3° Aula.ppt historia do Sistema Unico de Saude
3° Aula.ppt historia do Sistema Unico de Saude3° Aula.ppt historia do Sistema Unico de Saude
3° Aula.ppt historia do Sistema Unico de Saude
WilberthLincoln1
 
Medicamentos que atuam no Sistema Digestório.pdf
Medicamentos que atuam no Sistema Digestório.pdfMedicamentos que atuam no Sistema Digestório.pdf
Medicamentos que atuam no Sistema Digestório.pdf
jhordana1
 
Treinamento NR35_Trabalho em Altura 2024.pptx
Treinamento NR35_Trabalho em Altura 2024.pptxTreinamento NR35_Trabalho em Altura 2024.pptx
Treinamento NR35_Trabalho em Altura 2024.pptx
Ruan130129
 
8. Medicamentos que atuam no Sistema Endócrino.pdf
8. Medicamentos que atuam no Sistema Endócrino.pdf8. Medicamentos que atuam no Sistema Endócrino.pdf
8. Medicamentos que atuam no Sistema Endócrino.pdf
jhordana1
 
higienização de espaços e equipamentos
higienização de    espaços e equipamentoshigienização de    espaços e equipamentos
higienização de espaços e equipamentos
Manuel Pacheco Vieira
 

Último (8)

saúde coletiva para tecnico em enfermagem
saúde coletiva para tecnico em enfermagemsaúde coletiva para tecnico em enfermagem
saúde coletiva para tecnico em enfermagem
 
Teoria de enfermagem de Callista Roy.pdf
Teoria de enfermagem de Callista Roy.pdfTeoria de enfermagem de Callista Roy.pdf
Teoria de enfermagem de Callista Roy.pdf
 
Bioquímica [Salvo automaticamente] [Salvo automaticamente].pptx
Bioquímica [Salvo automaticamente] [Salvo automaticamente].pptxBioquímica [Salvo automaticamente] [Salvo automaticamente].pptx
Bioquímica [Salvo automaticamente] [Salvo automaticamente].pptx
 
3° Aula.ppt historia do Sistema Unico de Saude
3° Aula.ppt historia do Sistema Unico de Saude3° Aula.ppt historia do Sistema Unico de Saude
3° Aula.ppt historia do Sistema Unico de Saude
 
Medicamentos que atuam no Sistema Digestório.pdf
Medicamentos que atuam no Sistema Digestório.pdfMedicamentos que atuam no Sistema Digestório.pdf
Medicamentos que atuam no Sistema Digestório.pdf
 
Treinamento NR35_Trabalho em Altura 2024.pptx
Treinamento NR35_Trabalho em Altura 2024.pptxTreinamento NR35_Trabalho em Altura 2024.pptx
Treinamento NR35_Trabalho em Altura 2024.pptx
 
8. Medicamentos que atuam no Sistema Endócrino.pdf
8. Medicamentos que atuam no Sistema Endócrino.pdf8. Medicamentos que atuam no Sistema Endócrino.pdf
8. Medicamentos que atuam no Sistema Endócrino.pdf
 
higienização de espaços e equipamentos
higienização de    espaços e equipamentoshigienização de    espaços e equipamentos
higienização de espaços e equipamentos
 

Aula 01 - Aspectos Psicológicos de Pacientes Cirúrgicos.pptx

  • 2. Procedimentos Cirúrgicos Grande impacto sobre o bem-estar físico, social e emocional do paciente: Aumento dos níveis de ansiedade Aumento dos níveis de stress Distanciamento, mesmo que temporário, da rede de apoio social e familiar Contingências de incontrolabilidade e imprevisibilidade – altamente ansiogênicas
  • 3. Procedimentos Cirúrgicos  Principais fatores desencadeantes de ansiedade incluem: a) percepção antecipada de dor e desconforto; b) espera passiva pelo início do procedimento; c) separação da família e sentimentos de abandono; d) possível perda, mesmo que temporária, de autonomia; e) medo da morte, de sequelas, do procedimento de anestesia e do risco de alta prematura; f ) o procedimento cirúrgico como um todo
  • 4. Procedimentos Cirúrgicos Maior probabilidade de episódios de elevação da pressão sanguínea  Sangramentos mais intensos nas cirurgias Redução de resistência imunológica  Transtornos psicossomáticos (Ribeiro, Tavano &Neme, 2002) Interfere na aquisição de estratégias de enfrentamento do procedimento cirúrgico Interfere processo de recuperação do paciente FATORES ANSIOGÊNCIOS RELACIONADOS ÀS CIRURGIAS
  • 5. Ações para reduzir a ansiedade a procedimentos cirúrgicos Disponibilizar adequado nível de informação às necessidades do paciente, que devem ser identificadas previamente pelos profissionais de saúde (Bellani, 2008; Gilmartin & Wright, 2007; Juan, 2005; Rankinen et at., 2007; Shelley & Pakenham, 2007) Promover modificações na estrutura física dos ambientes pré e pós- - operatório, tornando-os espaços acolhedores, privativos e calmos (Gilmartin & Wright, 2007)  Utilizar técnicas de relaxamento muscular progressivo ou relaxamento induzido, por meio de visualização ativa no pré e pós-operatório (Ribeiro et al., 2002; Rosendahl et al., 2009) Disponibilizar suporte emocional e atender às necessidades psicossociais dos pacientes, viabilizando estratégias de enfrentamento cognitivo, baseadas no problema a ser enfrentado (Patenaude et al., 2009; Rosendahl et al., 2009)
  • 6. A Importância da Informação A transmissão de informações sobre procedimentos cirúrgicos tem como objetivo: Qualificar o paciente com dados técnicos Reduzir a probabilidade de sintomas de ansiedade Nem sempre os profissionais de saúde estão habilitados a fornecer informações que representam suporte psicológico adequado aos pacientes. Muitos profissionais de saúde, na intenção de tranquilizar o paciente, fornecem informações que elevam a ansiedade e o medo daquele que vai se submeter à cirurgia.
  • 7. A Importância da Informação INFORMAÇÃO = FATOR DE PROTEÇÃO PSICOLÓGICA INFORMAÇÃO ANSIEDADE
  • 8. A Importância da Informação Linguagem clara e acessível Evitar jargão médico e termos técnicos Considerar condições emocionais do paciente no momento em que recebeu as orientações “Mas eu já expliquei tudo” – Muitas vezes há a necessidade de repetir as orientações dos procedimentos mais de uma vez aos pacientes:  Muita informação para este absorver  Paciente tenso e ansioso – não se concentra na explicação do médico  Inibição ou medo de verificar dúvidas ORIENTAÇÃO MÉDICA REALIZADA COMPREENSÃO DO PACIENTE
  • 9. A Importância da Informação Dimensões que devem compor as informações disponibilizadas aos pacientes que são submetidos à cirurgia: a) biofisiológico (doença, sintomas, formas de tratamento e possíveis complicações); b) funcionais (necessidades individuais, mobilidade, descanso, nutrição e higiene corporal); c) empírico (vivência de emoções e experiências no hospital); d) éticas (direitos, deveres, participação na tomada de decisão, privacidade e confidencialidade); e) social (papel da família, relação com outros pacientes e grupos de apoio); f ) financeiro (custos monetários e benefícios). Rankinen et al. (2007
  • 10. A Importância da Informação É necessário analisar o impacto provocado pelas informações do procedimento cirúrgico: Planejar antecipadamente o conteúdo a ser disponibilizado Escolher momento mais adequado para apresentá-lo Considerar os efeitos psicossociais destas informações
  • 11. AUTONOMIA DO PACIENTE Conceder AUTONOMIA ao paciente caracteriza-se como um diferencial nas práticas de intervenção pré-cirúrgicas. A acessibilidade a informações aumenta a percepção do paciente em relação a sua capacidade de exercer algum controle sobre a situação vivenciada. O paciente participar das decisões relativas ao seu tratamento, possibilita a este perceber-se mais ativo durante os eventos pré-cirúrgicos . Priorizar que os pacientes possam se dirigir à sala de cirurgia caminhando por conta própria, caso suas condições físicas lhes permitam, em vez de serem transportados em macas ou cadeiras-de-roda.
  • 12. Avaliação Psicológica pré-cirúrgica A avaliação psicológica do paciente a ser submetido a cirurgia pode constituir uma oportunidade para a expressão de sentimentos e pensamentos que auxiliarão os profissionais de saúde a atender as especificidades do indivíduo:  aumentando a probabilidade do desenvolvimento de estratégias mais eficientes de enfrentamento do procedimento cirúrgico  maior colaboração com a equipe médica facilitação do processo de comunicação, redução dos níveis de stress e ansiedade otimização do tempo de recuperação cirúrgica e alta hospitalar Medeiros e Peniche (2006)
  • 13. Percepção de Dor Determinados estados emocionais, como ansiedade e medo, podem influenciar as respostas individuais à intervenção cirúrgica e à necessidade de analgesia. + Ansiedade pré- operatória + Dor pós- operatória
  • 14. Percepção de Dor  Fatores emocionais – importante na influência da dor pós-operatória Ansiedade/depressão ou ansiedade pré-operatória – fatores preditivos de dor pós-operatória