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ETEC. DR. DOMINGOS MINICUCCI FILHO
Profa. Kathia LPL – Literatura – Pré-Modernismo Augusto dos Anjos
1. (UFOP) A respeito de Eu, de Augusto dos Anjos, é
correto dizer que:
A) sendo uma obra eminentemente barroca, representa
com perfeição as dualidades céu/terra,
pecado/graça, treva/luz.
B) sendo uma obra eminentemente romântica,
apresenta um subjetivismo exacerbado, que
extrapola todos os limites.
C) sendo uma obra eminentemente parnasiana, prima
pela perfeição formal, desprezando quaisquer outras
preocupações.
D) sendo uma obra eminentemente simbolista, usa e
abusa dos meios tons que tanto caracterizam essa
poesia nefelibata.
E) sendo uma obra de difícil classificação, reserva,
mesmo assim, um lugar de destaque na poesia
brasileira como um caso à parte.
2. (UFOP) Leia com atenção o seguinte texto:
Como uma cascavel que se enroscava,
A cidade dos lázaros dormia...
Somente, na metrópole vazia,
Minha cabeça autônoma pensava!
Mordia-me a obsesso m de que havia,
Sob os meus pois, na terra onde eu pisava,
Um fígado doente que sangrava
E uma garganta que gemia!
Tentava compreender com as conceptivas
Fundes do encéfalo as substâncias vivas
Que nem Spencer, nem Haeckel compreenderam...
E via em mim, coberto de desgraças,
O resultado de bilhões de raças
Que há muitos anos desapareceram!
(ANJOS, Augusto dos. Eu: poesias)
Assinale a alternativa incorreta.
A) possível observar, na construção desse texto, uma
tal concentração no contendo que faz com que a
forma fique bastante negligenciada.
B) Observa-se uma tendência bastante forte para a
exploração de temas mórbidos patológicos como nos
demais poemas de Augusto dos Anjos.
C) Apresenta o poema um pendor para a representação
de um cientificismo, mesmo que o impulso lírico seja
uma constante presença.
D) Faz-se notar um pessimismo que, na sua
exacerbação, acaba caminhando para um quase
total aniquilamento.
E) Justificando a obra a que pertence, há, no poema,
um individualismo bem nítido.
3. (UFSM-RS) Leia o soneto a seguir:
Psicologia de um vencido
Eu, filho do carbono e do amoníaco,
Monstro de escuridão e rutilância,
Sofro, desde a epigênesis da infância,
A influência má dos signos do zodíaco.
Profundissimamente hipocondríaco,
Este ambiente me causa repugnância…
Sobe-me à boca uma ânsia análoga à ânsia
Que se escapa da boca de um cardíaco.
Já o verme — este operário das ruínas —
Que o sangue podre das carnificinas
Come, e à vida em geral declara guerra,
Anda a espreitar meus olhos para roê-los,
E há-de deixar-me apenas os cabelos,
Na frialdade inorgânica da terra!
Augusto dos Anjos, Eu.
A partir desse soneto, é correto afirmar:
I. Ao se definir como filho do carbono e do amoníaco, o
eu lírico desce ao limite inferior da materialidade
biológica pois, pensando em termos de átomos
(carbono) e moléculas (amoníaco), que são
estudados pela Química, constata-se uma dimensão
onde não existe qualquer resquício de alma ou de
espírito.
II. O amoníaco, no soneto, é uma metáfora de alma,
pois, segundo o eu lírico, o homem é composto de
corpo (carbono) e alma (amoníaco) e, no fim da vida,
o corpo (orgânico) acaba, apodrece, enquanto a
alma (inorgânica) mantém-se intacta.
III. O soneto principia descrevendo as origens da vida e
termina descrevendo o destino final do ser humano;
retrata o ciclo da vida e da morte, permeado de dor,
de sofrimento e da presença constante e
ameaçadora da morte inevitável.
Está(ão) correta(s)
A) apenas II
B) apenas III
C) apenas I e II
D) apenas I e III
E) apenas II e III
4. A estrofe que NÃO apresenta elementos típicos da
produção poética de Augusto dos Anjos é:
a) Eu, filho do carbono e do amoníaco,
Monstro de escuridão e rutilância,
Sofro, desde a epigênese da infância,
A influência má dos signos do zodíaco.
b) Se a alguém causa inda pena a tua chaga,
Apedreja a mão vil que te afaga,
Escarra nessa boca que te beija!
c) Meia-noite. Ao meu quarto me recolho.
Meu Deus! E este morcego! E, agora, vede:
Na bruta ardência orgânica da sede,
Morde-me a goela ígneo e escaldante molho.
d) Beijarei a verdade santa e nua,
Verei cristalizar-se o sonho amigo...
Ó minha virgem dos errantes sonhos,
Filha do céu, eu vou amar contigo!
e) Agregado infeliz de sangue e cal,
Fruto rubro de carne agonizante,
Filho da grande força fecundante
De minha brônzea trama neuronial.
Questões 5 a 11
VERSOS ÍNTIMOS (Augusto dos Anjos)
Vês! Ninguém assistiu ao formidável
Enterro de tua última quimera.
Somente a Ingratidão – esta pantera-
Foi tua companheira inseparável!
Acostuma-te à lama que te espera!
O homem, que, nesta terra miserável,
Mora, entre feras, sente inevitável
Necessidade de também ser fera.
Toma um fósforo. Acende teu cigarro!
O beijo, amigo, é a véspera do escarro,
A mão que afaga é a mesma que apedreja.
Se a alguém causa inda pena a tua chaga,
Apedreja essa mão vil que te afaga,
Escarra nessa boca que te beija!
5. Quem é o interlocutor do eu lírico no poema?
A) o leitor
B) uma fera
C) a pessoa amada
D) um amigo
6. “Vês! Ninguém assistiu ao formidável/ Enterro de tua
última quimera” os versos destacados exprimem
A) uma constatação
B) uma solução
C) um questionamento
D) uma hipótese
7. De acordo com a primeira estrofe do poema
A) O ser humano é solidário nos momentos difíceis.
B) O ser humano abandona os outros nos momentos
difíceis.
C) O ser humano só pode contar com a lealdade dos
animais.
D) O ser humano tem companheiros que lhe
acompanham por toda vida.
8. “Acostuma-te à lama que te espera!”, o tom
imperativo no verso expressa
A) uma ordem
B) um pedido
C) um conselho
D) um desejo
9. No verso “Toma um fósforo. Acende teu cigarro!” a
linguagem utilizada é
A) formal
B) coloquial
C) científica
D) culta
10. Segundo o eu lírico o beijo antecede
a) uma atitude de maior intimidade.
b) uma demonstração de afeto e cumplicidade.
c) um relacionamento baseado no desejo.
d) uma traição a exemplo do que ocorreu com Jesus.
11. Percebe-se no poema, por parte do eu lírico, um
sentimento de
A) angústia
B) decepção
C) inveja
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Augusto dos anjos aluno

  • 1. ETEC. DR. DOMINGOS MINICUCCI FILHO Profa. Kathia LPL – Literatura – Pré-Modernismo Augusto dos Anjos 1. (UFOP) A respeito de Eu, de Augusto dos Anjos, é correto dizer que: A) sendo uma obra eminentemente barroca, representa com perfeição as dualidades céu/terra, pecado/graça, treva/luz. B) sendo uma obra eminentemente romântica, apresenta um subjetivismo exacerbado, que extrapola todos os limites. C) sendo uma obra eminentemente parnasiana, prima pela perfeição formal, desprezando quaisquer outras preocupações. D) sendo uma obra eminentemente simbolista, usa e abusa dos meios tons que tanto caracterizam essa poesia nefelibata. E) sendo uma obra de difícil classificação, reserva, mesmo assim, um lugar de destaque na poesia brasileira como um caso à parte. 2. (UFOP) Leia com atenção o seguinte texto: Como uma cascavel que se enroscava, A cidade dos lázaros dormia... Somente, na metrópole vazia, Minha cabeça autônoma pensava! Mordia-me a obsesso m de que havia, Sob os meus pois, na terra onde eu pisava, Um fígado doente que sangrava E uma garganta que gemia! Tentava compreender com as conceptivas Fundes do encéfalo as substâncias vivas Que nem Spencer, nem Haeckel compreenderam... E via em mim, coberto de desgraças, O resultado de bilhões de raças Que há muitos anos desapareceram! (ANJOS, Augusto dos. Eu: poesias) Assinale a alternativa incorreta. A) possível observar, na construção desse texto, uma tal concentração no contendo que faz com que a forma fique bastante negligenciada. B) Observa-se uma tendência bastante forte para a exploração de temas mórbidos patológicos como nos demais poemas de Augusto dos Anjos. C) Apresenta o poema um pendor para a representação de um cientificismo, mesmo que o impulso lírico seja uma constante presença. D) Faz-se notar um pessimismo que, na sua exacerbação, acaba caminhando para um quase total aniquilamento. E) Justificando a obra a que pertence, há, no poema, um individualismo bem nítido. 3. (UFSM-RS) Leia o soneto a seguir: Psicologia de um vencido Eu, filho do carbono e do amoníaco, Monstro de escuridão e rutilância, Sofro, desde a epigênesis da infância, A influência má dos signos do zodíaco. Profundissimamente hipocondríaco, Este ambiente me causa repugnância… Sobe-me à boca uma ânsia análoga à ânsia Que se escapa da boca de um cardíaco. Já o verme — este operário das ruínas — Que o sangue podre das carnificinas Come, e à vida em geral declara guerra, Anda a espreitar meus olhos para roê-los, E há-de deixar-me apenas os cabelos, Na frialdade inorgânica da terra! Augusto dos Anjos, Eu. A partir desse soneto, é correto afirmar: I. Ao se definir como filho do carbono e do amoníaco, o eu lírico desce ao limite inferior da materialidade biológica pois, pensando em termos de átomos (carbono) e moléculas (amoníaco), que são estudados pela Química, constata-se uma dimensão onde não existe qualquer resquício de alma ou de espírito. II. O amoníaco, no soneto, é uma metáfora de alma, pois, segundo o eu lírico, o homem é composto de corpo (carbono) e alma (amoníaco) e, no fim da vida, o corpo (orgânico) acaba, apodrece, enquanto a alma (inorgânica) mantém-se intacta. III. O soneto principia descrevendo as origens da vida e termina descrevendo o destino final do ser humano; retrata o ciclo da vida e da morte, permeado de dor, de sofrimento e da presença constante e ameaçadora da morte inevitável. Está(ão) correta(s) A) apenas II B) apenas III C) apenas I e II D) apenas I e III E) apenas II e III 4. A estrofe que NÃO apresenta elementos típicos da produção poética de Augusto dos Anjos é:
  • 2. a) Eu, filho do carbono e do amoníaco, Monstro de escuridão e rutilância, Sofro, desde a epigênese da infância, A influência má dos signos do zodíaco. b) Se a alguém causa inda pena a tua chaga, Apedreja a mão vil que te afaga, Escarra nessa boca que te beija! c) Meia-noite. Ao meu quarto me recolho. Meu Deus! E este morcego! E, agora, vede: Na bruta ardência orgânica da sede, Morde-me a goela ígneo e escaldante molho. d) Beijarei a verdade santa e nua, Verei cristalizar-se o sonho amigo... Ó minha virgem dos errantes sonhos, Filha do céu, eu vou amar contigo! e) Agregado infeliz de sangue e cal, Fruto rubro de carne agonizante, Filho da grande força fecundante De minha brônzea trama neuronial. Questões 5 a 11 VERSOS ÍNTIMOS (Augusto dos Anjos) Vês! Ninguém assistiu ao formidável Enterro de tua última quimera. Somente a Ingratidão – esta pantera- Foi tua companheira inseparável! Acostuma-te à lama que te espera! O homem, que, nesta terra miserável, Mora, entre feras, sente inevitável Necessidade de também ser fera. Toma um fósforo. Acende teu cigarro! O beijo, amigo, é a véspera do escarro, A mão que afaga é a mesma que apedreja. Se a alguém causa inda pena a tua chaga, Apedreja essa mão vil que te afaga, Escarra nessa boca que te beija! 5. Quem é o interlocutor do eu lírico no poema? A) o leitor B) uma fera C) a pessoa amada D) um amigo 6. “Vês! Ninguém assistiu ao formidável/ Enterro de tua última quimera” os versos destacados exprimem A) uma constatação B) uma solução C) um questionamento D) uma hipótese 7. De acordo com a primeira estrofe do poema A) O ser humano é solidário nos momentos difíceis. B) O ser humano abandona os outros nos momentos difíceis. C) O ser humano só pode contar com a lealdade dos animais. D) O ser humano tem companheiros que lhe acompanham por toda vida. 8. “Acostuma-te à lama que te espera!”, o tom imperativo no verso expressa A) uma ordem B) um pedido C) um conselho D) um desejo 9. No verso “Toma um fósforo. Acende teu cigarro!” a linguagem utilizada é A) formal B) coloquial C) científica D) culta 10. Segundo o eu lírico o beijo antecede a) uma atitude de maior intimidade. b) uma demonstração de afeto e cumplicidade. c) um relacionamento baseado no desejo. d) uma traição a exemplo do que ocorreu com Jesus. 11. Percebe-se no poema, por parte do eu lírico, um sentimento de A) angústia B) decepção C) inveja D) culpa