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AS RELAÇÕES HISTÓRICAS ENTRE O
PORTUGUÊS E O NHEENGATU NOS
UNIVERSOS URBANO E RURAL DA
AMAZÔNIA.
José Ribamar Bessa FREIRE
Édina de Fátima de Almeida
Nadia Prandini
Renan Luis Salermo
Nos séculos XVI e XVII, acreditava-se falar uma única língua,
conhecida como língua brasílica. Suas variantes dialetais mais
conhecidas são: o tupi e o tupinambá.
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Fases de expansão e de
declínio do nheengatu
Colônia séc. XVI - O nheengatu
é considerada como língua de
conquista e catequese
(processo de conversão ao
cristianismo )
http://historiapipcaxambu.blogspot.com.br/2013/03/pluralidade-na-organizacao-indigena-no.htmlAcessado em 01/06/13
Os colonizadores utilizam a língua do capturado como instrumento de
conquista de terras, que levou a tupinização do vale amazônico.
Nheengatu, língua geral amazônica, é da família tupi-guarani
http://library.thinkquest.org/C008259F/23.htm Acessado em 01/06/13
Fases de expansão e de declínio do nheengatu
Borges (1996)
A conquista catequética inicia-se simultaneamente à
conquista colonizadora (destribalização e catequização
“guerra justa” );
“Descimento” como meio de fazer o resgate do índio
(reuni-los em aldeamentos religiosos, sem distinção
tribal) para anular as diferenças étnicas e linguísticas,
para Catequizá-los ( Tupi Jesuítico);
PRESENÇA JESUÍTA
“ Instaura-se um processo de deculturação
que persiste arraigado às políticas
indigenistas. Mediante este processo de
deculturação, o indivíduo de uma língua e
uma cultura peculiares, vê-se transformado na
categoria abstrata de tapuio, ou índio
genérico. Este índio genérico torna-se, mais
tarde, o falante de uma língua igualmente
genérica: o nheengatu.” (BORGES, 1996,
p.54)
Antes do português se tornar a língua
hegemônica, duas línguas de base indígena
se expandiram durante o período colonial,
cresceram e se transformaram em línguas do
Brasil e do Grão-Pará, permitindo a
comunicação interétnica entre índios,
portugueses e negros: a língua geral paulista
(LGP) e a língua geral amazônica (LGA).
A Língua Geral Paulista espalhou-se a
partir da Capitania de São Vicente para
Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e para
as capitanias do sul do país, seguindo o
rastro dos paulistas que avançavam com
suas entradas e bandeiras. Tendo
desaparecido completamente no início do
século XX. Há indícios de que tenha
também havido uma língua geral na costa
leste do Brasil, no sul da Bahia. (NAVARRO,
2012, p.8)
O tupi deu origem a dois dialetos, considerados línguas
independentes:
a língua geral paulista e o nheengatu (língua geral amazônica)
http://contextohistorico.blog.terra.com.br/category/6-imagens-da-exclusao/602-linguas-gerais-do-brasil/Acessadoem 01/06/13
Reforma político-administrativa implementada
pelo Marquês de Pombal em 1750.
Imposição de uma política de aportuguesamento da
Amazônia;
Expulsão dos jesuítas e o ensino obrigatório e
utilização do português;
Substituição do trabalho escravo indígena pelo dos
negros africanos;
Formulação de uma política de imigração e de
assentamentos;
formação de novas vilas e cidades;
Política de integração do tapuio à sociedade
colonial.
Cabanagem: movimento nativista de 1834 a
1840
Consequência imediata de sua derrocada, a
desorganização social e econômica da região;
Diminuição do indígena tapuia e caboclo;
Fixação da língua portuguesa.
 Conforme Bessa Freire (2010) “ Esse falante do
português regional, monolíngue, era denominado
de caboclo, dando origem ao amazonense e
paraense.” (BESSA FREIRE, 2010, p.189)
O nheengatu continua a ser falado em lugares
mais afastados, continuando presente no cotidiano
linguísticos de Baniwa, de içaneiros e de inúmeras
pequenas comunidades ilhadas e dispersas por rios
que compõem a bacia do Rio Negro.
(BORGES,1996)
Fonte:BESSA FREIRE ( 2003, p.158)
Relação da língua com a identidade
Numa ponta, as línguas indígenas minoritárias; na
outra, o português; no meio do processo, a língua
geral (nheengatu) (...) a qual se converteu numa
ponte para aportuguesamento, fazendo parte da
configuração das referências identitárias de sua
população.” (BESSA FREIRE, 2010, p.190)
Borges (1996), por sua vez, acrescenta, que este
povo tupinizado e tapuizado, após várias políticas de
desindianização, agora reinvidica sua indianidade,
tendo como suporte identitário a língua dos
antigos colonizadores. (BORGES, 1996, p. 54).
Pesquisar a trajetória histórica das línguas, seus
usos e funções, e as formas como se reproduziram
num determinado espaço geográfico e político,
acaba revelando aspectos básicos sobre a
identidade e a memória coletiva. (BORGES,
2003,p.215).
O que corrobora a afirmação de Appel e Muysken,
(1996) de que a língua está relacionada com normas
e valores culturais, assim como a um conjunto de
saberes que circulam nela, transmitindo significados
e conotações sociais, especialmente se
considerarmos que é nela que se elabora a memória
coletiva (apud BESSA FREIRE, 2010, p. 185)
O caso do Pará: Belém
•De 1820 – 1870: Belém foi a cidade mais importante da
Amazônia
 
•A cidade era ponto de encontro entre falantes de português que
se iniciavam na LGA sem substituir o uso da língua materna, já os
falantes da LGA adquiriram proficiência em português passando
para a nova geração.
• Locus onde os índios mansos e tapuios se transformavam em
civilizados e caboclos.
• Deslocamento linguístico: processo lento, mas inexorável, ou seja,
os habitantes de Belém abandonavam a LGA pelo português.
• A forma de contato e o tempo são determinantes para definir a
situação linguística dos índios:
“Diversas vezes por ano, bandos inteiros de índios jovens eram
tirados dos aldeamentos do interior da ilha do Marajó, e
remetidos para a cidade, onde recebem a diária de três vinténs,
além de casa e comida [...]. Os índios aldeados, em proporção
com o tempo em que moram na povoação, abandonaram os
seus hábitos e línguas, e falam tupi, ou, se mais longa a
convivência com os colonos, falam o português” (SPIX;
MARTIUS, 1981 apud FREIRE, 2010, p. 193).
• 1820 – 1840: a população de Belém duplicou, passando de 24,5 mil
habitantes para 52,2 mil, segundo os cálculos do presidente da
província, Bernardo de Souza Franco.
• Cabanagem (1835-1840):
- Falantes da LGA foram exterminados e os sobreviventes se
refugiaram em pequenas vilas e povoados.
• Introdução de colonos, criando facilidades para a imigração de
estrangeiros e de nordestinos devido a crescente demanda
internacional da borracha.
• Em 1868, quase 12% da população de Belém tinha nacionalidade portuguesa
(SOUZA, 1873, p. 70 apud FREIRE, 2010, p. 194).
 
•Dom Macedo Costa:
- Extinção da cátedra Língua Indígena Geral. Foi criada no período de
expansão do bilinguismo e ensinada durante doze anos no seminário
de Belém.
-O bispo propôs a substituição por “matemáticas elementares”,
consideradas de “maior interesse e utilidade”.
•A disciplina de Gramática Nacional (exercícios ortográficos, leitura,
composição de discursos e narrativas) se tornou obrigatória nas
escolas.
•A língua geral perdeu seu lugar, seus falantes e algumas funções para
a exportação da borracha e bens industrializados.
“De qualquer forma, nessa época, Belém, com uma expressiva
população de sang-malés, já era uma cidade cabocla, em contato
direto com as principais capitais brasileiras, através do comércio
de cabotagem, e com algumas cidades americanas e europeias,
entre as quais Lisboa, Havre, Nova York e Liverpool. Era uma
Belém monolíngue, que agora tendia a falar português e onde já
se havia consolidado o processo observado em 1859 por Henry
Bates:
“Achei também os hábitos do povo consideravelmente
modificados. Muitas das antigas festas religiosas tinham perdido
sua importância, sendo substituídas por diversões mais mundanas
[...] parecendo que os paraenses procuravam agora imitar os
costumes das nações do norte da Europa, ao invés dos da mãe-
pátria”
(FREIRE, 2010, p. 196)
Manaus: cidade tapuia
• Manaus a convenção para a monolíngues em língua
portuguesa menos acelerado do que Belém;
• Motivo: índios mansos e tapuios.
1814: situação de bilinguismo (LP- LGA): 6,5%
brancos; 49,8% índios; 20,5% mamelucos; 23%
negros e mestiços
“A LGA não era usada, no entanto, apenas para
disciplinar o trabalho dos índios. As práticas religiosas,
as narrativas, o lazer e o divertimento da cidade, bem
como os saberes e as diferentes manifestações de arte
de seus moradores, estavam codificados nessa língua”
(FREIRE, 2010, p. 199).
1840 – 1850 intensa urbanização de
Manaus
Dois fatores políticos importantes para evolução do
quadro sociolinguístico de Manaus:
1.Conversão em cabeça de comarca, em 1833.
2.Transformação em capital da nova província do
Amazonas, em 1850.
• 1865: 33,6% de índios vivendo nas cidades
• Escolarização “universalizada”. As crianças indígenas passam estudar o
português.
• “Meninos, quase todos índios, perambulando sem nenhuma vigilância, e
ameaçados de vagabundagem, são recolhidos a esse instituto e
transformados em homens trabalhadores e úteis.” (Avé-Lallemant, 1980
[1860]: 117-118)
• Ampliação do número de escolas:
1873 – 36 escolas
1876- 49 escolas
1886- 109 escolas
• 1872: 16,4% brancos; 12,5% mestiços; 69% índios e mamelucos.
• Inserção da Amazônia na nova divisão internacional de trabalho
“Neste ambiente já não havia espaço para a língua geral.
Há registros de habitantes que conheciam a LGA,
sobretudo comerciantes, índios e tripulantes de barcos
das casas comerciais, que a usavam quando viajavam ao
Alto e Médio Rio Negro, mas não mais na cidade. Duas
ou três décadas depois de Belém, Manaus se transforma
em uma cidade monolíngue, falante de português, onde
a língua geral não se usa mais sequer “da porta da sala
para dentro”. Perderá também falantes e funções, para
permitir a articulação progressiva da região com o
mercado nacional e mundial” (FREIRE, 2010, p. 202).
“O espaço externo, da rua, do público, era de
domínio masculino, mas o espaço interno,
doméstico, da cozinha e do quintal, era controlado
pela mulher, o que autoriza conjeturar que, nesta
situação de bilinguismo social, o homem recorria
mais frequentemente ao português, enquanto a
mulher usava mais a língua geral”.
Homem – LP
Mulher - LGA
Usos e espaços da LGA
LGA ganha espaço no interior da
Amazônia
“No final do séc. XIX, nas duas cidades, os poucos falantes de
LGA que sobreviveram foram perdendo seus interlocutores e
os temas étnicos para conversar. Assim, a LGA não apenas foi
perdendo falantes, mas também funções, em razão dos fatores
econômicos e sociais que vincularam a Amazônia ao sistema
internacional. Deslocados para fora das cidades, os tapuios
levaram consigo a língua geral, que ficou circunscrita ao oeste
da Amazônia, com um uso que se tornava “mais consistente à
medida que se avança para o interior” (Wallace, 1979 [1853]:
291)” (FREIRE, 2010, p. 204).
LGA:
Expansão
Decadência
Indigenização
A LGA nas vilas e povoados
• Povoações eram “núcleos em que agrupavam de cinquenta a trezentos
pessoas, marginando os rios e lagos”, enquanto vilas tinham um número
muito menor de casas e de habitantes (Bittencourt, 1925, p. 153).
• Ponto de vista geográfico e linguísticos:
- o Baixo Amazonas, cujas vilas e povoações mantinham relações
permanentes e sistemáticas com Belém;
- o Alto Amazonas, incluindo os rios Solimões e Negro, cujas povoações
tinham relações esporádicas com a capital e, finalmente, o sertão, situado em
territórios de afluentes mais afastados, cabeceiras de rios e interior de lagos,
cujos sítios não diferiam muito de uma aldeia indígena.
• Quanto mais próximo do litoral o núcleo urbano, maior presença da língua
portuguesa e de índios civilizados bilíngues (LGA-LP)
• Os seringais foram, portanto, responsáveis por transformar os índios selvagens
em índios mansos.
Fonética
• O nheengatu possui todas as vogais conhecidas no português, e mais a vogal
gutural que é representada pelo “y”.
• As consoantes são: b, p, g, k, t. E as nasais: mb, nd, ng, m, n, nh.
• Usa-se “r” brando, como: arara, carará. E no começo das palavras, como eu rupi,
rurú, riri.
• E as sibilantes “s” e “z” são desconhecidas, mas o som ciciante representando
pelo “c” antecedendo “e” e “i”.
• O som labial “b” é raro em nheengatu. Os índios amazônicos o substitui por um
“u”. Exemplos:
apiaua – apiaba = homem
peua – peba = chato
• O “d” puro não existe. Nas palavras portuguesas tupinizadas, por
carência de termo equivalente, os índios substituem pelo “r”.
Exemplos: saurú = sábado; sorára = soldado; camarára = camarada.
• O “nd” é encontrado com mais frequência: iandi = óleo; iandú =
aranha; cuandú = mandioca.
• O “f” é completamente desconhecido em tupi, pois Afuá e Tefé
soam com um tom espúrio.
• O “j” é raríssimo. Em palavras como jaguara, tais como os colonos
pronunciavam, os índios pronunciavam iaguara = cão; juruna –
iuruna = macaco de boca preta; jacaré – iacaré etc.
• O “k” tem som de “qu” no português.
• O “l” o tupi ignora-o. Há 99% de probabilidades de não ser tupi.
• O “n” no final de uma palavra pronuncia-se como m. Exemplos:
também, além, porém.
• O som palato-lingual semi-nasal “nh” pode ser encontrado no
começo das palavras. Exemplo: nheengatu. Ou pode ser suprimido:
nhandi – andi = óleo; nhatiú – iatiú = mosquito.
• Politongos: devido a ausência de algumas consoantes no meio das
palavras, produz um acúmulo de vogais, o que dificulta a pronúncia
de muitos vocábulos.
Exemplo: A goiaba é um fruto ruim – UAIAUA YUÁ AYUA.
• Observação de Faria: “ Todas os vocábulos nesta língua se escrevem
sem as seguintes letras: F – L – J – S – V – Z”.
Fonologia
REFERÊNCIAS:
BORGES, Luiz C. . O Nheengatú: uma língua amazônica. Papia, Brasília-DF, v.
4, n. 2, p. 44-55, 1996.
BESSA FREIRE, J. R. B. . As relações históricas entre o português e o
nheengatu nos universos urbano e rural da Amazonia. In: Volker Noll & Wolf
Dietrich (Orgs). (Org.). O Português e o Tupi no Brasil. 1ed.São Paulo: Contexto,
2010, v. 1, p. 1-281.
BESSA FREIRE, J. R. B. Da Língua Geral ao Português: para uma história
dos usos sociais das línguas na Amazônia. Rio de Janeiro, UERJ – Instituto de
Letras, 2003. Tese de doutorado.
MIRANDA, V. D. Estudos sobre nheengatu. Rio de Janeiro, 1944.
NAVARRO, Eduardo de Almeida . O último refúgio da língua geral no Brasil.
Estudos Avançados (USP. Impresso), v. 26, p. 245-254, 2012.

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  • 1. AS RELAÇÕES HISTÓRICAS ENTRE O PORTUGUÊS E O NHEENGATU NOS UNIVERSOS URBANO E RURAL DA AMAZÔNIA. José Ribamar Bessa FREIRE Édina de Fátima de Almeida Nadia Prandini Renan Luis Salermo
  • 2. Nos séculos XVI e XVII, acreditava-se falar uma única língua, conhecida como língua brasílica. Suas variantes dialetais mais conhecidas são: o tupi e o tupinambá. http://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_pr%C3%A9-cabralina_do_Brasil.Acessado em 01/06/13
  • 3. Fases de expansão e de declínio do nheengatu Colônia séc. XVI - O nheengatu é considerada como língua de conquista e catequese (processo de conversão ao cristianismo ) http://historiapipcaxambu.blogspot.com.br/2013/03/pluralidade-na-organizacao-indigena-no.htmlAcessado em 01/06/13
  • 4. Os colonizadores utilizam a língua do capturado como instrumento de conquista de terras, que levou a tupinização do vale amazônico. Nheengatu, língua geral amazônica, é da família tupi-guarani http://library.thinkquest.org/C008259F/23.htm Acessado em 01/06/13
  • 5. Fases de expansão e de declínio do nheengatu Borges (1996) A conquista catequética inicia-se simultaneamente à conquista colonizadora (destribalização e catequização “guerra justa” ); “Descimento” como meio de fazer o resgate do índio (reuni-los em aldeamentos religiosos, sem distinção tribal) para anular as diferenças étnicas e linguísticas, para Catequizá-los ( Tupi Jesuítico);
  • 7. “ Instaura-se um processo de deculturação que persiste arraigado às políticas indigenistas. Mediante este processo de deculturação, o indivíduo de uma língua e uma cultura peculiares, vê-se transformado na categoria abstrata de tapuio, ou índio genérico. Este índio genérico torna-se, mais tarde, o falante de uma língua igualmente genérica: o nheengatu.” (BORGES, 1996, p.54)
  • 8. Antes do português se tornar a língua hegemônica, duas línguas de base indígena se expandiram durante o período colonial, cresceram e se transformaram em línguas do Brasil e do Grão-Pará, permitindo a comunicação interétnica entre índios, portugueses e negros: a língua geral paulista (LGP) e a língua geral amazônica (LGA).
  • 9. A Língua Geral Paulista espalhou-se a partir da Capitania de São Vicente para Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e para as capitanias do sul do país, seguindo o rastro dos paulistas que avançavam com suas entradas e bandeiras. Tendo desaparecido completamente no início do século XX. Há indícios de que tenha também havido uma língua geral na costa leste do Brasil, no sul da Bahia. (NAVARRO, 2012, p.8)
  • 10. O tupi deu origem a dois dialetos, considerados línguas independentes: a língua geral paulista e o nheengatu (língua geral amazônica) http://contextohistorico.blog.terra.com.br/category/6-imagens-da-exclusao/602-linguas-gerais-do-brasil/Acessadoem 01/06/13
  • 11. Reforma político-administrativa implementada pelo Marquês de Pombal em 1750. Imposição de uma política de aportuguesamento da Amazônia; Expulsão dos jesuítas e o ensino obrigatório e utilização do português; Substituição do trabalho escravo indígena pelo dos negros africanos; Formulação de uma política de imigração e de assentamentos; formação de novas vilas e cidades; Política de integração do tapuio à sociedade colonial.
  • 12. Cabanagem: movimento nativista de 1834 a 1840 Consequência imediata de sua derrocada, a desorganização social e econômica da região; Diminuição do indígena tapuia e caboclo; Fixação da língua portuguesa.  Conforme Bessa Freire (2010) “ Esse falante do português regional, monolíngue, era denominado de caboclo, dando origem ao amazonense e paraense.” (BESSA FREIRE, 2010, p.189)
  • 13. O nheengatu continua a ser falado em lugares mais afastados, continuando presente no cotidiano linguísticos de Baniwa, de içaneiros e de inúmeras pequenas comunidades ilhadas e dispersas por rios que compõem a bacia do Rio Negro. (BORGES,1996)
  • 14. Fonte:BESSA FREIRE ( 2003, p.158)
  • 15. Relação da língua com a identidade Numa ponta, as línguas indígenas minoritárias; na outra, o português; no meio do processo, a língua geral (nheengatu) (...) a qual se converteu numa ponte para aportuguesamento, fazendo parte da configuração das referências identitárias de sua população.” (BESSA FREIRE, 2010, p.190)
  • 16. Borges (1996), por sua vez, acrescenta, que este povo tupinizado e tapuizado, após várias políticas de desindianização, agora reinvidica sua indianidade, tendo como suporte identitário a língua dos antigos colonizadores. (BORGES, 1996, p. 54).
  • 17. Pesquisar a trajetória histórica das línguas, seus usos e funções, e as formas como se reproduziram num determinado espaço geográfico e político, acaba revelando aspectos básicos sobre a identidade e a memória coletiva. (BORGES, 2003,p.215).
  • 18. O que corrobora a afirmação de Appel e Muysken, (1996) de que a língua está relacionada com normas e valores culturais, assim como a um conjunto de saberes que circulam nela, transmitindo significados e conotações sociais, especialmente se considerarmos que é nela que se elabora a memória coletiva (apud BESSA FREIRE, 2010, p. 185)
  • 19. O caso do Pará: Belém •De 1820 – 1870: Belém foi a cidade mais importante da Amazônia   •A cidade era ponto de encontro entre falantes de português que se iniciavam na LGA sem substituir o uso da língua materna, já os falantes da LGA adquiriram proficiência em português passando para a nova geração. • Locus onde os índios mansos e tapuios se transformavam em civilizados e caboclos. • Deslocamento linguístico: processo lento, mas inexorável, ou seja, os habitantes de Belém abandonavam a LGA pelo português.
  • 20. • A forma de contato e o tempo são determinantes para definir a situação linguística dos índios: “Diversas vezes por ano, bandos inteiros de índios jovens eram tirados dos aldeamentos do interior da ilha do Marajó, e remetidos para a cidade, onde recebem a diária de três vinténs, além de casa e comida [...]. Os índios aldeados, em proporção com o tempo em que moram na povoação, abandonaram os seus hábitos e línguas, e falam tupi, ou, se mais longa a convivência com os colonos, falam o português” (SPIX; MARTIUS, 1981 apud FREIRE, 2010, p. 193).
  • 21. • 1820 – 1840: a população de Belém duplicou, passando de 24,5 mil habitantes para 52,2 mil, segundo os cálculos do presidente da província, Bernardo de Souza Franco. • Cabanagem (1835-1840): - Falantes da LGA foram exterminados e os sobreviventes se refugiaram em pequenas vilas e povoados. • Introdução de colonos, criando facilidades para a imigração de estrangeiros e de nordestinos devido a crescente demanda internacional da borracha. • Em 1868, quase 12% da população de Belém tinha nacionalidade portuguesa (SOUZA, 1873, p. 70 apud FREIRE, 2010, p. 194).
  • 22.   •Dom Macedo Costa: - Extinção da cátedra Língua Indígena Geral. Foi criada no período de expansão do bilinguismo e ensinada durante doze anos no seminário de Belém. -O bispo propôs a substituição por “matemáticas elementares”, consideradas de “maior interesse e utilidade”. •A disciplina de Gramática Nacional (exercícios ortográficos, leitura, composição de discursos e narrativas) se tornou obrigatória nas escolas. •A língua geral perdeu seu lugar, seus falantes e algumas funções para a exportação da borracha e bens industrializados.
  • 23. “De qualquer forma, nessa época, Belém, com uma expressiva população de sang-malés, já era uma cidade cabocla, em contato direto com as principais capitais brasileiras, através do comércio de cabotagem, e com algumas cidades americanas e europeias, entre as quais Lisboa, Havre, Nova York e Liverpool. Era uma Belém monolíngue, que agora tendia a falar português e onde já se havia consolidado o processo observado em 1859 por Henry Bates: “Achei também os hábitos do povo consideravelmente modificados. Muitas das antigas festas religiosas tinham perdido sua importância, sendo substituídas por diversões mais mundanas [...] parecendo que os paraenses procuravam agora imitar os costumes das nações do norte da Europa, ao invés dos da mãe- pátria” (FREIRE, 2010, p. 196)
  • 24. Manaus: cidade tapuia • Manaus a convenção para a monolíngues em língua portuguesa menos acelerado do que Belém; • Motivo: índios mansos e tapuios.
  • 25.
  • 26. 1814: situação de bilinguismo (LP- LGA): 6,5% brancos; 49,8% índios; 20,5% mamelucos; 23% negros e mestiços “A LGA não era usada, no entanto, apenas para disciplinar o trabalho dos índios. As práticas religiosas, as narrativas, o lazer e o divertimento da cidade, bem como os saberes e as diferentes manifestações de arte de seus moradores, estavam codificados nessa língua” (FREIRE, 2010, p. 199).
  • 27. 1840 – 1850 intensa urbanização de Manaus Dois fatores políticos importantes para evolução do quadro sociolinguístico de Manaus: 1.Conversão em cabeça de comarca, em 1833. 2.Transformação em capital da nova província do Amazonas, em 1850.
  • 28. • 1865: 33,6% de índios vivendo nas cidades • Escolarização “universalizada”. As crianças indígenas passam estudar o português. • “Meninos, quase todos índios, perambulando sem nenhuma vigilância, e ameaçados de vagabundagem, são recolhidos a esse instituto e transformados em homens trabalhadores e úteis.” (Avé-Lallemant, 1980 [1860]: 117-118) • Ampliação do número de escolas: 1873 – 36 escolas 1876- 49 escolas 1886- 109 escolas • 1872: 16,4% brancos; 12,5% mestiços; 69% índios e mamelucos. • Inserção da Amazônia na nova divisão internacional de trabalho
  • 29. “Neste ambiente já não havia espaço para a língua geral. Há registros de habitantes que conheciam a LGA, sobretudo comerciantes, índios e tripulantes de barcos das casas comerciais, que a usavam quando viajavam ao Alto e Médio Rio Negro, mas não mais na cidade. Duas ou três décadas depois de Belém, Manaus se transforma em uma cidade monolíngue, falante de português, onde a língua geral não se usa mais sequer “da porta da sala para dentro”. Perderá também falantes e funções, para permitir a articulação progressiva da região com o mercado nacional e mundial” (FREIRE, 2010, p. 202).
  • 30. “O espaço externo, da rua, do público, era de domínio masculino, mas o espaço interno, doméstico, da cozinha e do quintal, era controlado pela mulher, o que autoriza conjeturar que, nesta situação de bilinguismo social, o homem recorria mais frequentemente ao português, enquanto a mulher usava mais a língua geral”. Homem – LP Mulher - LGA Usos e espaços da LGA
  • 31. LGA ganha espaço no interior da Amazônia “No final do séc. XIX, nas duas cidades, os poucos falantes de LGA que sobreviveram foram perdendo seus interlocutores e os temas étnicos para conversar. Assim, a LGA não apenas foi perdendo falantes, mas também funções, em razão dos fatores econômicos e sociais que vincularam a Amazônia ao sistema internacional. Deslocados para fora das cidades, os tapuios levaram consigo a língua geral, que ficou circunscrita ao oeste da Amazônia, com um uso que se tornava “mais consistente à medida que se avança para o interior” (Wallace, 1979 [1853]: 291)” (FREIRE, 2010, p. 204).
  • 33. A LGA nas vilas e povoados • Povoações eram “núcleos em que agrupavam de cinquenta a trezentos pessoas, marginando os rios e lagos”, enquanto vilas tinham um número muito menor de casas e de habitantes (Bittencourt, 1925, p. 153). • Ponto de vista geográfico e linguísticos: - o Baixo Amazonas, cujas vilas e povoações mantinham relações permanentes e sistemáticas com Belém; - o Alto Amazonas, incluindo os rios Solimões e Negro, cujas povoações tinham relações esporádicas com a capital e, finalmente, o sertão, situado em territórios de afluentes mais afastados, cabeceiras de rios e interior de lagos, cujos sítios não diferiam muito de uma aldeia indígena. • Quanto mais próximo do litoral o núcleo urbano, maior presença da língua portuguesa e de índios civilizados bilíngues (LGA-LP) • Os seringais foram, portanto, responsáveis por transformar os índios selvagens em índios mansos.
  • 34. Fonética • O nheengatu possui todas as vogais conhecidas no português, e mais a vogal gutural que é representada pelo “y”. • As consoantes são: b, p, g, k, t. E as nasais: mb, nd, ng, m, n, nh. • Usa-se “r” brando, como: arara, carará. E no começo das palavras, como eu rupi, rurú, riri. • E as sibilantes “s” e “z” são desconhecidas, mas o som ciciante representando pelo “c” antecedendo “e” e “i”. • O som labial “b” é raro em nheengatu. Os índios amazônicos o substitui por um “u”. Exemplos: apiaua – apiaba = homem peua – peba = chato
  • 35. • O “d” puro não existe. Nas palavras portuguesas tupinizadas, por carência de termo equivalente, os índios substituem pelo “r”. Exemplos: saurú = sábado; sorára = soldado; camarára = camarada. • O “nd” é encontrado com mais frequência: iandi = óleo; iandú = aranha; cuandú = mandioca. • O “f” é completamente desconhecido em tupi, pois Afuá e Tefé soam com um tom espúrio. • O “j” é raríssimo. Em palavras como jaguara, tais como os colonos pronunciavam, os índios pronunciavam iaguara = cão; juruna – iuruna = macaco de boca preta; jacaré – iacaré etc. • O “k” tem som de “qu” no português.
  • 36. • O “l” o tupi ignora-o. Há 99% de probabilidades de não ser tupi. • O “n” no final de uma palavra pronuncia-se como m. Exemplos: também, além, porém. • O som palato-lingual semi-nasal “nh” pode ser encontrado no começo das palavras. Exemplo: nheengatu. Ou pode ser suprimido: nhandi – andi = óleo; nhatiú – iatiú = mosquito. • Politongos: devido a ausência de algumas consoantes no meio das palavras, produz um acúmulo de vogais, o que dificulta a pronúncia de muitos vocábulos. Exemplo: A goiaba é um fruto ruim – UAIAUA YUÁ AYUA. • Observação de Faria: “ Todas os vocábulos nesta língua se escrevem sem as seguintes letras: F – L – J – S – V – Z”.
  • 38.
  • 39.
  • 40. REFERÊNCIAS: BORGES, Luiz C. . O Nheengatú: uma língua amazônica. Papia, Brasília-DF, v. 4, n. 2, p. 44-55, 1996. BESSA FREIRE, J. R. B. . As relações históricas entre o português e o nheengatu nos universos urbano e rural da Amazonia. In: Volker Noll & Wolf Dietrich (Orgs). (Org.). O Português e o Tupi no Brasil. 1ed.São Paulo: Contexto, 2010, v. 1, p. 1-281. BESSA FREIRE, J. R. B. Da Língua Geral ao Português: para uma história dos usos sociais das línguas na Amazônia. Rio de Janeiro, UERJ – Instituto de Letras, 2003. Tese de doutorado. MIRANDA, V. D. Estudos sobre nheengatu. Rio de Janeiro, 1944. NAVARRO, Eduardo de Almeida . O último refúgio da língua geral no Brasil. Estudos Avançados (USP. Impresso), v. 26, p. 245-254, 2012.