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CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE JEQUIÉ
DEPARTAMENTO DE SAÚDE – DS
CURSO DE LICENCIATURA PLENA EM EDUCAÇÃO FÍSICA
EDUCAÇÃO FISICA AFRO-BRASILEIRA:
“NOVAS ESTRATÉGIAS PEDAGÓGICAS PARA EDUCAÇÃO FISICA A PARTIR
DAS DIMENSÕES DA EDUCAÇÃO MULTICULTURAL DE BANKS”.
AUTOR: FELIPE TAVARES BARRETO, Profª. Drª . MARISE DE SANTANA
(OREIENTADORA)
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia – Campus: Jequié
RESUMO:
Com a implementação da lei 10639/2003, a educação brasileira obteve um impulso
considerável quanto à valorização da história e da cultura da áfrica e dos Afro-
Brasileiros, dada como luta dos movimentos negros do país resgatando
historicamente a contribuição dos povos negros na construção e formação da
sociedade Brasileira, neste sentido diversos pesquisadores dentre eles James A.
Banks, vem desenvolvendo novas estratégias de ensino para que esta nova Educação
Multicultural seja aplicada nas escolas. Neste sentido o presente artigo pretende
analisar de que forma a educação física pode promover as dimensões da educação
multicultural apresentadas por Banks, nas aulas de Educação Física
PALAVRAS-CHAVE:
Educação; Educação Física; Relações Étnico-Raciais.
1 - POSSIBILIDADES APRESENTADAS PELA LEI 10.639/2003 PARA A MUDANÇA
DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA.
Após a criação da lei 10639/2003, a educação Brasileira obteve um impulso
considerável quanto a valorização da história e da cultura da África e dos Afro-Brasileiros,
dada como luta dos movimentos negros do país, esta aprovação veio por mudar a Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), resgatando historicamente a contribuição
dos povos negros na construção e formação da sociedade brasileira (BRASIL,2004)
1.1 - O MULTICULTURALISMO NA ESCOLA
Ao pensarmos o Multiculturalismo nas escolas devemos ter como base a educação
voltada para à valorização da diversidade cultural e ao desafio dos preconceitos. Não devemos
acreditar que este seja apenas um movimento contemplativo, de analise da diversidade
cultural ou do esforço de desvelamento das relações de poder que resultam em discursos
hegemônicos na educação.
E a educação, profundamente vinculada às matrizes culturais diversificadas que
fazem parte da formação da identidade nacional, deve permitir aos alunos respeitar os valores
positivos que emergem do confronto dessas diferenças, possibilitando-lhes ao mesmo tempo
desativar a carga negativa e eivada de preconceitos que marca a visão discriminatória de
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grupos sociais, com base em sua origem étnica, suas crenças religiosas ou suas práticas
culturais. Só assim a escola poderá levando em consideração as diferenças étnicas dos seus
alunos, reconhecer de forma integral os valores culturais que carregam consigo para integrá-
los à sua educação formal.
Nas escolas, é negado ao estudante o conhecimento de uma história que
efetivamente incorpore a contribuição dos diferentes estoques étnicos à formação de nossa
identidade, com o agravante de que a história parcial ali apresentada como exclusiva é aquela
dos vencedores, dos colonizadores, ou, para precisar afirmar a história celebratória das classes
econômica e politicamente mais bem sucedidas.
Compreender e respeitar o saber que se condensa nas culturas populares de
relevância sua extrema importância, como instrumentos de decifração dos pilares em que se
assenta nossa formação. A cultura enquanto universo simbólico através do qual se atribui
significado à experiência de vida, orienta todos os processos de criação do homem.
A cultura escolar não deve se limitar a uma ou outra forma de multiculturalismo,
mas que, no horizonte da conscientização do caráter hibrido e sempre provisório das
identidades, possa mesclar atividades e dinâmicas que contribuam para a construção de
discursos valorizadores da pluralidade cultural, cujo cerne seja o de desafiar binarismo e
construções do “outro” a partir de seu congelamento discursivo.
Ao implantar um currículo capaz de responder às especificidades que apontamos
e, ao mesmo tempo, escapar das armadilhas que nelas encenam. Só a partir da formação de
professores capacitados a criar, levanta possibilidades, inventar novas situações de
aprendizagem em sala de aula, frente às especificidades do contexto em que se conduz o
processo de ensino-aprendizagem, imbuídos do sentido de sua profissão e de sua
responsabilidade na sociedade, poder-se à desenvolver um processo escolar de educação mais
de acordo com a realidade sócio-cultural brasileira.
Devemos pensar a escola, enquanto identidade institucional objeto do
multiculturalismo, passa a ser um importante passo de modo a avançarmos em pesquisas no
campo do multiculturalismo que não se limitem à categoria identidade em uma visão
individualizada ou mesmo coletiva, desprezando a construção identitária da escola, no bojo
das tensões assinaladas.
Para esta intervenção dos educadores ficam as de:
Mudar a perspectiva ideológica da formulação de currículos respeitando os
valores culturais dos alunos e da comunidade.
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Cultivar uma postura de abertura ao novo, para ser capaz de absorver as
mudanças e reconhecer a importância da afirmação da identidade,
observando a historia do grupo étnico/social envolvido.
As dimensões multiculturais de Banks
Segundo Banks(2006), o principal objeto desta educação multicultural é reformar
escolas e universidades para que os alunos de diferentes grupos raciais, étnicos, culturais,
lingüísticos e sociais possam vivenciar igualdade educacional. Para o autor, quando tratamos
sobre a história de grupos excluídos e marginalizados desafiamos os mitos consagrados sobre
os grupos dominantes e minorias, institucionalizados na cultura popular e no currículo das
minorias, das escolas e universidades.
Mas não somente o currículo deve passar por esta reforma e sim as instituições de
ensino como um todo para que estas conquistas acadêmicas dos estudantes sejam alcançadas,
produzindo assim a educação multicultural de um modo amplo e abrangente.
As Dimensões da Educação
Multicultural de Banks
Banks (2006), ainda nos lembra que quando esta reforma escolar for implementada,
uma maior atenção deve ser dada ao currículo oculto as suas normas e valores implícitos. Em
Integração de Conteúdo
A integração de Conteúdo
descreve em que extensão
os professores usam os
exemplos e conteúdos de
uma variedade de culturas
em suas aulas.
Construção do Conhecimento.
Professores ajudam alunos a entender,
investigar e determinar como
pressuposições culturais implícitas,
referências, perspectivas e preconceitos
dentro de uma disciplina, influenciam
o modo no qual o conhecimento é nela
construído.
Equidade Pedagógica
A equidade pedagógica existe
quando professores modificam
suas aulas de modo a facilitar que
alunos de diferentes grupos raciais,
culturais, sexuais e sociais possam
alcançar maior sucesso acadêmico.
Redução de preconceito
O foco nessa Dimensão é nas
características das atitudes
raciais dos estudantes e como
podem ser modificadas por
métodos e materiais.
Educação
Multicultural
Viabilização da Cultura Escolar
As praticas de agrupar e rotular a
participação em esportes, a
desproporção na inclusão acadêmica e
a interação do pessoal escolar com os
alunos, por linhas étnicas e raciais, são
examinadas para criar uma cultura
escolar que inclua estudantes de
diferentes grupos raciais, étnicos e
sexuais
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que nenhum professor ensina explicitamente, mas todos os alunos aprendem. Esta é
considerada uma parte importante da cultura escolar onde é comunicada aos estudantes as
atitudes da escola para com a gama de assuntos e problemas, incluindo o aspecto de como a
escola os vê como seres humanos e suas atitudes em relação a homens, étnicos, culturais e
lingüísticos.
2 - POR UMA EDUCAÇÃO FÍSICA AFRO-BRASILIRA DE VERDADE
A educação física, como auxiliadora do processo educacional tem como obrigação
contribuir com a desfragmentação destes pré-conceitos, dando a oportunidade de que haja a
analise e discussão dos parâmetros e valores envolvidos fazendo com que a aplicação teórica
e prática afetem a inclusão destas culturas nos indivíduos fazendo com que os mesmos
descubram as diversas tradições culturais que formam o Brasil.
Com a implementação da lei 10639/2003, a temática da pluralidade cultural vem
enriquecendo ainda mais os projetos pedagógicos da Educação Física já que ao trabalharmos
com os corpos humanos estamos trabalhando diretamente com a cultura impressa nesse corpo
e expressa por ele; estas práticas culturais devem ser contextualizadas e ao serem
desenvolvidas devem ser refletidas.
Partindo para a desconstrução dos pensamentos da Educação Física Higienista
começamos a analisar as diversas formas de como podemos propiciar a inclusão destes
conteúdos culturais nas aulas de educação física seja nos jogos e brincadeiras a cerca da
temática podem contribuir para o desenvolvimento das aulas, fazendo com que os alunos
tenham um contato maior com a cultura afro-brasileira de uma forma lúdica desmistificando
alguns conceitos anteriormente construídos.
Nas danças podemos destacar o maculelê, o jongo, a dança afro-brasileira dentre
outras. Fazendo-se necessário o conhecimento da arte milenar que nos trouxe, através de
nossos ancestrais, riquezas culturais das quais não nos desligamos até hoje. Dando a devida
importância a Ancestralidade e ao sincretismo de seus movimentos. O Coletivo de Autores
(1992) define que:
“Faz-se necessário o resgate da cultura brasileira no mundo da dança através da
tematização das origens culturais, sejam do índio, do branco, ou do negro, como
forma de despertar a identidade social do aluno no projeto de construção da
cidadania.” (COL.AUTORES, 1992, p.82)
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A sensualidade está presente em todas as culturas e a dança afro-brasileira nos
apresenta essa sensualidade de várias maneiras, como no samba de roda , onde a mulher
segura a ponta da saia levando-as à cintura e movimentando, com graça, os quadris no sentido
de provocar os seus parceiros. Mas cabe aqui questionar de que forma tal sensualidade nos é
apresentada: se como parte de uma história e um contexto sócio-cultural ou de forma banal e
erótica sendo este um fator extremamente necessário para a construção da identidade
brasileira, especialmente, dos alunos afro-brasileiros.
Sobre a ginástica podemos citar a afro-aeróbica onde se busca utilizar todas as
emoções e informações culturais que estão impregnadas na alma e na maneira de viver do
povo brasileiro, a partir da sua ligação com a música e o movimento. Ou ainda pela
capoterapia em que os alunos aprendem as noções básicas da capoeira sem os saltos e golpes
mais contundentes, que podem gerar lesões, principalmente pelo fato da mesma ser praticada
principalmente por idosos. Porém não somente estes podem praticá-la, mas inclusive, por
cegos, pessoas com déficit mental ou seqüela motora (cadeirantes). Apenas nos casos de
portadores de doenças cardíacas graves esta atividade não é recomendada visto que nestes
casos qualquer esforço físico mais intenso é uma ameaça a sua saúde. Em relação as
vantagens principalmente para o público da terceira idade são inúmeras tanto físicas como
mentais visto que esta também é um importante auxiliar no combate a depressão no sentido de
despertar aos seus participantes a recuperação da auto estima e do prazer de viver alem de
promover o resgate da cultura com as cantigas de roda.
No âmbito das lutas podemos destacar principalmente a capoeira onde devemos fazer
um resgate da mesma enquanto manifestação cultural, trabalhando a sua história sem
desencarná-la do movimento cultural e político em que esta foi gerada. Devendo ser
trabalhada na escola de forma a possibilitar a ação-reflexão-ação, para que não se torne uma
prática puramente mecânica, deve-se também estudar e analisar os seus movimentos,
instrumentos, e músicas no sentido de compreender os seus significados e valores históricos.
CONCLUSÃO:
Diante da inclusão da história e cultura afro-brasileira nas aulas de educação física,
poderemos enriquecer e diversificar ainda mais as aulas. Despertando nos alunos uma análise
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mais critica em sua transformação social. E o que torna mais importante a viabilização da
educação multicultural apresentada por Banks (2006), é o contato entre os grupos que poderá
por si só facilitar as relações intergrupos pela igualdade de condições, cooperação em vez de
competição, ou aprovação de autoridades como professores e administradores e a interação
interpessoal em que os alunos tornem-se conhecidos como indivíduos. Principalmente pelo
fato de que nas aulas de educação física as atitudes discriminatórias podem ser mais
evidenciadas, visto que nelas estão representadas o ambiente da escola em que se encontram
os espaços de disputa onde o corpo não aparece perfilado nas filas de carteiras das salas de
aula, como em outras disciplinas. Na educação física trabalhamos com o corpo em
movimento, deixando assim as relações entre professores e alunos ainda mais estreitadas,
principalmente entre alunos e alunos.
E com esta mudança de pensamento teremos ainda mais orgulho do que somos, um
povo mestiço, em que a convivência com as diferenças criou a nossa originalidade, esta que
nos caracteriza, e que neste mundo cada vez mais mestiço poderá nos tornar um exemplo a ser
seguido dada a diversidade de nossa população, nos ajudando a superar os pré-conceitos que
herdamos do passado e para a construção de um futuro no qual existam condições de uma
vida ainda mais igualitária, com diferenças mas sem divergências.
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REFERÊNCIAS:
BANKS. James A. Reformando escolas para implementar igualdades para diferentes
grupos raciais e étnicos. Cadernos Penesb - Periódico do Programa de Educação sobre o
Negro na Sociedade Brasileira - FEUFF (Vol. 07) 15 - 42. Rio de Janeiro/Niterói, RJ:
alternativa/EdUFF, (2006).
BRASIL. Constituição: República Federativa do Brasil. Brasília (DF): Senado Federal, Centro
Gráfico, 1988.
_______. LEI Nº 9.394 de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira. Brasília: Ministério da
Educação. 1996.
_______. Ministério da Educação. Lei nº 10.639, de 9 de Janeiro de 2003.
Disponível em: http://www6.senado.gov.br/legislacao/ListaPublicacoes.action?id=236171.
_______.Parâmetros Curriculares Nacionais de Educação para temas
transversais: pluralidade cultural. Brasília (DF): MEC, 1997.
_______. Parecer nº CNE/ CP 003/2004 de Diretrizes Curriculares Nacionais para a
Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-
Brasileira e Africana. Brasília: MEC, 2004.
_______. Orientações e Ações para Educação das Relações Étnico-Raciais. Brasília:
SECAD, 2006.
CANEN, Ana. Multiculturalismo e identidade escolar: desafios e perspectivas para
repensar a Cultura escolar. Cadernos Penesb - Periódico do Programa de Educação sobre o
Negro na Sociedade Brasileira - FEUFF (Vol. 06) 33 - 47. Rio de Janeiro/Niterói, RJ:
alternativa/EdUFF, (2006).
COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do Ensino da Educação Física. São Paulo: Cortez,
1992.-(Coleção magistério. 2° grau. Série formação do professor)
CONCEIÇÃO, Regina. As relações étnico-raciais – história e cultura afro-brasileira na
Educação infantil: currículo, relações raciais e cultura afro-brasileira. Brasília, DF: Ministério
da Educação: Secretaria de Educação a Distância, 2006.
MOURA, Glória. Aprendizado nas comunidades quilombolas: currículo invisível. Dimensões
da inclusão no ensino médio: mercado de trabalho, religiosidade e educação quilombola/ Maria
Lúcia de Santana Braga, Edileuza Penha de Souza, Ana Flávia Magalhães Pinto (Org.). (Coleção
Educação para todos; Vol. 09) 259-270. – Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de
Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade, 2006.
SANTANA, Marise de. O legado ancestral africano na diáspora e a formação docente:
currículo, relações raciais e cultura afro-brasileira. Brasília, DF: Ministério da Educação:
Secretaria de Educação a Distância, 2006.
______________. Educação e Culturas: Trabalho docente com os PCN e a lei 10639/2003.
Publ. UEPG Ci. Hum., Ci. Soc. Apl., Ling., Letras e Artes, Ponta Grossa, 16 (1) 83-93, jun. 2008.
SOUZA, Eliane Glória Reis da Silva. História e Cultura Afro-brasileira (lei Nº10639/2003): Um
Desafio Para Educação Física Escolar. XI EnFEFE - Encontro Fluminense de Educação Física
Escolar. Out. 2007, Rio de Janeiro/RJ.
Disponível em: http://cev.org.br/biblioteca/historia-cultura-afro-brasileira-lei-n-10639-2003-um-
desafio-para-educacao-fisica-escolar.
LIMA, Mano. Capoterapia: a ginga dos mais vividos. Disponível em:
www.palmares.gov.br/wp.../Capoterapia-a-ginga-dos-mais-vividos.pdf.

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Artigo educação fisica afro brasileira 2

  • 1. UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA – UESB CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE JEQUIÉ DEPARTAMENTO DE SAÚDE – DS CURSO DE LICENCIATURA PLENA EM EDUCAÇÃO FÍSICA EDUCAÇÃO FISICA AFRO-BRASILEIRA: “NOVAS ESTRATÉGIAS PEDAGÓGICAS PARA EDUCAÇÃO FISICA A PARTIR DAS DIMENSÕES DA EDUCAÇÃO MULTICULTURAL DE BANKS”. AUTOR: FELIPE TAVARES BARRETO, Profª. Drª . MARISE DE SANTANA (OREIENTADORA) Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia – Campus: Jequié RESUMO: Com a implementação da lei 10639/2003, a educação brasileira obteve um impulso considerável quanto à valorização da história e da cultura da áfrica e dos Afro- Brasileiros, dada como luta dos movimentos negros do país resgatando historicamente a contribuição dos povos negros na construção e formação da sociedade Brasileira, neste sentido diversos pesquisadores dentre eles James A. Banks, vem desenvolvendo novas estratégias de ensino para que esta nova Educação Multicultural seja aplicada nas escolas. Neste sentido o presente artigo pretende analisar de que forma a educação física pode promover as dimensões da educação multicultural apresentadas por Banks, nas aulas de Educação Física PALAVRAS-CHAVE: Educação; Educação Física; Relações Étnico-Raciais. 1 - POSSIBILIDADES APRESENTADAS PELA LEI 10.639/2003 PARA A MUDANÇA DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA. Após a criação da lei 10639/2003, a educação Brasileira obteve um impulso considerável quanto a valorização da história e da cultura da África e dos Afro-Brasileiros, dada como luta dos movimentos negros do país, esta aprovação veio por mudar a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), resgatando historicamente a contribuição dos povos negros na construção e formação da sociedade brasileira (BRASIL,2004) 1.1 - O MULTICULTURALISMO NA ESCOLA Ao pensarmos o Multiculturalismo nas escolas devemos ter como base a educação voltada para à valorização da diversidade cultural e ao desafio dos preconceitos. Não devemos acreditar que este seja apenas um movimento contemplativo, de analise da diversidade cultural ou do esforço de desvelamento das relações de poder que resultam em discursos hegemônicos na educação. E a educação, profundamente vinculada às matrizes culturais diversificadas que fazem parte da formação da identidade nacional, deve permitir aos alunos respeitar os valores positivos que emergem do confronto dessas diferenças, possibilitando-lhes ao mesmo tempo desativar a carga negativa e eivada de preconceitos que marca a visão discriminatória de
  • 2. UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA – UESB CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE JEQUIÉ DEPARTAMENTO DE SAÚDE – DS CURSO DE LICENCIATURA PLENA EM EDUCAÇÃO FÍSICA grupos sociais, com base em sua origem étnica, suas crenças religiosas ou suas práticas culturais. Só assim a escola poderá levando em consideração as diferenças étnicas dos seus alunos, reconhecer de forma integral os valores culturais que carregam consigo para integrá- los à sua educação formal. Nas escolas, é negado ao estudante o conhecimento de uma história que efetivamente incorpore a contribuição dos diferentes estoques étnicos à formação de nossa identidade, com o agravante de que a história parcial ali apresentada como exclusiva é aquela dos vencedores, dos colonizadores, ou, para precisar afirmar a história celebratória das classes econômica e politicamente mais bem sucedidas. Compreender e respeitar o saber que se condensa nas culturas populares de relevância sua extrema importância, como instrumentos de decifração dos pilares em que se assenta nossa formação. A cultura enquanto universo simbólico através do qual se atribui significado à experiência de vida, orienta todos os processos de criação do homem. A cultura escolar não deve se limitar a uma ou outra forma de multiculturalismo, mas que, no horizonte da conscientização do caráter hibrido e sempre provisório das identidades, possa mesclar atividades e dinâmicas que contribuam para a construção de discursos valorizadores da pluralidade cultural, cujo cerne seja o de desafiar binarismo e construções do “outro” a partir de seu congelamento discursivo. Ao implantar um currículo capaz de responder às especificidades que apontamos e, ao mesmo tempo, escapar das armadilhas que nelas encenam. Só a partir da formação de professores capacitados a criar, levanta possibilidades, inventar novas situações de aprendizagem em sala de aula, frente às especificidades do contexto em que se conduz o processo de ensino-aprendizagem, imbuídos do sentido de sua profissão e de sua responsabilidade na sociedade, poder-se à desenvolver um processo escolar de educação mais de acordo com a realidade sócio-cultural brasileira. Devemos pensar a escola, enquanto identidade institucional objeto do multiculturalismo, passa a ser um importante passo de modo a avançarmos em pesquisas no campo do multiculturalismo que não se limitem à categoria identidade em uma visão individualizada ou mesmo coletiva, desprezando a construção identitária da escola, no bojo das tensões assinaladas. Para esta intervenção dos educadores ficam as de: Mudar a perspectiva ideológica da formulação de currículos respeitando os valores culturais dos alunos e da comunidade.
  • 3. UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA – UESB CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE JEQUIÉ DEPARTAMENTO DE SAÚDE – DS CURSO DE LICENCIATURA PLENA EM EDUCAÇÃO FÍSICA Cultivar uma postura de abertura ao novo, para ser capaz de absorver as mudanças e reconhecer a importância da afirmação da identidade, observando a historia do grupo étnico/social envolvido. As dimensões multiculturais de Banks Segundo Banks(2006), o principal objeto desta educação multicultural é reformar escolas e universidades para que os alunos de diferentes grupos raciais, étnicos, culturais, lingüísticos e sociais possam vivenciar igualdade educacional. Para o autor, quando tratamos sobre a história de grupos excluídos e marginalizados desafiamos os mitos consagrados sobre os grupos dominantes e minorias, institucionalizados na cultura popular e no currículo das minorias, das escolas e universidades. Mas não somente o currículo deve passar por esta reforma e sim as instituições de ensino como um todo para que estas conquistas acadêmicas dos estudantes sejam alcançadas, produzindo assim a educação multicultural de um modo amplo e abrangente. As Dimensões da Educação Multicultural de Banks Banks (2006), ainda nos lembra que quando esta reforma escolar for implementada, uma maior atenção deve ser dada ao currículo oculto as suas normas e valores implícitos. Em Integração de Conteúdo A integração de Conteúdo descreve em que extensão os professores usam os exemplos e conteúdos de uma variedade de culturas em suas aulas. Construção do Conhecimento. Professores ajudam alunos a entender, investigar e determinar como pressuposições culturais implícitas, referências, perspectivas e preconceitos dentro de uma disciplina, influenciam o modo no qual o conhecimento é nela construído. Equidade Pedagógica A equidade pedagógica existe quando professores modificam suas aulas de modo a facilitar que alunos de diferentes grupos raciais, culturais, sexuais e sociais possam alcançar maior sucesso acadêmico. Redução de preconceito O foco nessa Dimensão é nas características das atitudes raciais dos estudantes e como podem ser modificadas por métodos e materiais. Educação Multicultural Viabilização da Cultura Escolar As praticas de agrupar e rotular a participação em esportes, a desproporção na inclusão acadêmica e a interação do pessoal escolar com os alunos, por linhas étnicas e raciais, são examinadas para criar uma cultura escolar que inclua estudantes de diferentes grupos raciais, étnicos e sexuais
  • 4. UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA – UESB CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE JEQUIÉ DEPARTAMENTO DE SAÚDE – DS CURSO DE LICENCIATURA PLENA EM EDUCAÇÃO FÍSICA que nenhum professor ensina explicitamente, mas todos os alunos aprendem. Esta é considerada uma parte importante da cultura escolar onde é comunicada aos estudantes as atitudes da escola para com a gama de assuntos e problemas, incluindo o aspecto de como a escola os vê como seres humanos e suas atitudes em relação a homens, étnicos, culturais e lingüísticos. 2 - POR UMA EDUCAÇÃO FÍSICA AFRO-BRASILIRA DE VERDADE A educação física, como auxiliadora do processo educacional tem como obrigação contribuir com a desfragmentação destes pré-conceitos, dando a oportunidade de que haja a analise e discussão dos parâmetros e valores envolvidos fazendo com que a aplicação teórica e prática afetem a inclusão destas culturas nos indivíduos fazendo com que os mesmos descubram as diversas tradições culturais que formam o Brasil. Com a implementação da lei 10639/2003, a temática da pluralidade cultural vem enriquecendo ainda mais os projetos pedagógicos da Educação Física já que ao trabalharmos com os corpos humanos estamos trabalhando diretamente com a cultura impressa nesse corpo e expressa por ele; estas práticas culturais devem ser contextualizadas e ao serem desenvolvidas devem ser refletidas. Partindo para a desconstrução dos pensamentos da Educação Física Higienista começamos a analisar as diversas formas de como podemos propiciar a inclusão destes conteúdos culturais nas aulas de educação física seja nos jogos e brincadeiras a cerca da temática podem contribuir para o desenvolvimento das aulas, fazendo com que os alunos tenham um contato maior com a cultura afro-brasileira de uma forma lúdica desmistificando alguns conceitos anteriormente construídos. Nas danças podemos destacar o maculelê, o jongo, a dança afro-brasileira dentre outras. Fazendo-se necessário o conhecimento da arte milenar que nos trouxe, através de nossos ancestrais, riquezas culturais das quais não nos desligamos até hoje. Dando a devida importância a Ancestralidade e ao sincretismo de seus movimentos. O Coletivo de Autores (1992) define que: “Faz-se necessário o resgate da cultura brasileira no mundo da dança através da tematização das origens culturais, sejam do índio, do branco, ou do negro, como forma de despertar a identidade social do aluno no projeto de construção da cidadania.” (COL.AUTORES, 1992, p.82)
  • 5. UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA – UESB CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE JEQUIÉ DEPARTAMENTO DE SAÚDE – DS CURSO DE LICENCIATURA PLENA EM EDUCAÇÃO FÍSICA A sensualidade está presente em todas as culturas e a dança afro-brasileira nos apresenta essa sensualidade de várias maneiras, como no samba de roda , onde a mulher segura a ponta da saia levando-as à cintura e movimentando, com graça, os quadris no sentido de provocar os seus parceiros. Mas cabe aqui questionar de que forma tal sensualidade nos é apresentada: se como parte de uma história e um contexto sócio-cultural ou de forma banal e erótica sendo este um fator extremamente necessário para a construção da identidade brasileira, especialmente, dos alunos afro-brasileiros. Sobre a ginástica podemos citar a afro-aeróbica onde se busca utilizar todas as emoções e informações culturais que estão impregnadas na alma e na maneira de viver do povo brasileiro, a partir da sua ligação com a música e o movimento. Ou ainda pela capoterapia em que os alunos aprendem as noções básicas da capoeira sem os saltos e golpes mais contundentes, que podem gerar lesões, principalmente pelo fato da mesma ser praticada principalmente por idosos. Porém não somente estes podem praticá-la, mas inclusive, por cegos, pessoas com déficit mental ou seqüela motora (cadeirantes). Apenas nos casos de portadores de doenças cardíacas graves esta atividade não é recomendada visto que nestes casos qualquer esforço físico mais intenso é uma ameaça a sua saúde. Em relação as vantagens principalmente para o público da terceira idade são inúmeras tanto físicas como mentais visto que esta também é um importante auxiliar no combate a depressão no sentido de despertar aos seus participantes a recuperação da auto estima e do prazer de viver alem de promover o resgate da cultura com as cantigas de roda. No âmbito das lutas podemos destacar principalmente a capoeira onde devemos fazer um resgate da mesma enquanto manifestação cultural, trabalhando a sua história sem desencarná-la do movimento cultural e político em que esta foi gerada. Devendo ser trabalhada na escola de forma a possibilitar a ação-reflexão-ação, para que não se torne uma prática puramente mecânica, deve-se também estudar e analisar os seus movimentos, instrumentos, e músicas no sentido de compreender os seus significados e valores históricos. CONCLUSÃO: Diante da inclusão da história e cultura afro-brasileira nas aulas de educação física, poderemos enriquecer e diversificar ainda mais as aulas. Despertando nos alunos uma análise
  • 6. UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA – UESB CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE JEQUIÉ DEPARTAMENTO DE SAÚDE – DS CURSO DE LICENCIATURA PLENA EM EDUCAÇÃO FÍSICA mais critica em sua transformação social. E o que torna mais importante a viabilização da educação multicultural apresentada por Banks (2006), é o contato entre os grupos que poderá por si só facilitar as relações intergrupos pela igualdade de condições, cooperação em vez de competição, ou aprovação de autoridades como professores e administradores e a interação interpessoal em que os alunos tornem-se conhecidos como indivíduos. Principalmente pelo fato de que nas aulas de educação física as atitudes discriminatórias podem ser mais evidenciadas, visto que nelas estão representadas o ambiente da escola em que se encontram os espaços de disputa onde o corpo não aparece perfilado nas filas de carteiras das salas de aula, como em outras disciplinas. Na educação física trabalhamos com o corpo em movimento, deixando assim as relações entre professores e alunos ainda mais estreitadas, principalmente entre alunos e alunos. E com esta mudança de pensamento teremos ainda mais orgulho do que somos, um povo mestiço, em que a convivência com as diferenças criou a nossa originalidade, esta que nos caracteriza, e que neste mundo cada vez mais mestiço poderá nos tornar um exemplo a ser seguido dada a diversidade de nossa população, nos ajudando a superar os pré-conceitos que herdamos do passado e para a construção de um futuro no qual existam condições de uma vida ainda mais igualitária, com diferenças mas sem divergências.
  • 7. UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA – UESB CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE JEQUIÉ DEPARTAMENTO DE SAÚDE – DS CURSO DE LICENCIATURA PLENA EM EDUCAÇÃO FÍSICA REFERÊNCIAS: BANKS. James A. Reformando escolas para implementar igualdades para diferentes grupos raciais e étnicos. Cadernos Penesb - Periódico do Programa de Educação sobre o Negro na Sociedade Brasileira - FEUFF (Vol. 07) 15 - 42. Rio de Janeiro/Niterói, RJ: alternativa/EdUFF, (2006). BRASIL. Constituição: República Federativa do Brasil. Brasília (DF): Senado Federal, Centro Gráfico, 1988. _______. LEI Nº 9.394 de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira. Brasília: Ministério da Educação. 1996. _______. Ministério da Educação. Lei nº 10.639, de 9 de Janeiro de 2003. Disponível em: http://www6.senado.gov.br/legislacao/ListaPublicacoes.action?id=236171. _______.Parâmetros Curriculares Nacionais de Educação para temas transversais: pluralidade cultural. Brasília (DF): MEC, 1997. _______. Parecer nº CNE/ CP 003/2004 de Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro- Brasileira e Africana. Brasília: MEC, 2004. _______. Orientações e Ações para Educação das Relações Étnico-Raciais. Brasília: SECAD, 2006. CANEN, Ana. Multiculturalismo e identidade escolar: desafios e perspectivas para repensar a Cultura escolar. Cadernos Penesb - Periódico do Programa de Educação sobre o Negro na Sociedade Brasileira - FEUFF (Vol. 06) 33 - 47. Rio de Janeiro/Niterói, RJ: alternativa/EdUFF, (2006). COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do Ensino da Educação Física. São Paulo: Cortez, 1992.-(Coleção magistério. 2° grau. Série formação do professor) CONCEIÇÃO, Regina. As relações étnico-raciais – história e cultura afro-brasileira na Educação infantil: currículo, relações raciais e cultura afro-brasileira. Brasília, DF: Ministério da Educação: Secretaria de Educação a Distância, 2006. MOURA, Glória. Aprendizado nas comunidades quilombolas: currículo invisível. Dimensões da inclusão no ensino médio: mercado de trabalho, religiosidade e educação quilombola/ Maria Lúcia de Santana Braga, Edileuza Penha de Souza, Ana Flávia Magalhães Pinto (Org.). (Coleção Educação para todos; Vol. 09) 259-270. – Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade, 2006. SANTANA, Marise de. O legado ancestral africano na diáspora e a formação docente: currículo, relações raciais e cultura afro-brasileira. Brasília, DF: Ministério da Educação: Secretaria de Educação a Distância, 2006. ______________. Educação e Culturas: Trabalho docente com os PCN e a lei 10639/2003. Publ. UEPG Ci. Hum., Ci. Soc. Apl., Ling., Letras e Artes, Ponta Grossa, 16 (1) 83-93, jun. 2008. SOUZA, Eliane Glória Reis da Silva. História e Cultura Afro-brasileira (lei Nº10639/2003): Um Desafio Para Educação Física Escolar. XI EnFEFE - Encontro Fluminense de Educação Física Escolar. Out. 2007, Rio de Janeiro/RJ. Disponível em: http://cev.org.br/biblioteca/historia-cultura-afro-brasileira-lei-n-10639-2003-um- desafio-para-educacao-fisica-escolar. LIMA, Mano. Capoterapia: a ginga dos mais vividos. Disponível em: www.palmares.gov.br/wp.../Capoterapia-a-ginga-dos-mais-vividos.pdf.