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Diagnóstico Ambiental de uma Instituição de Ensino
Superior
Marisa Correia
Mestre em Educação
Doutoranda em Educação – Especialização em Didática das Ciências e
investigadora no Instituto de Educação da Universidade de Lisboa
Cocoordenadora do projeto IPSantarem.verde
Professora na Escola Superior de Educação de Santarém no Departamento de
Ciências Matemáticas e Naturais
marisa.correia@ese.ipsantarem.pt
Resumo: Este estudo tem como objetivos identificar os problemas ambientais
de uma instituição de ensino superior, proceder a um levantamento dos
comportamentos ambientais dos utilizadores dos espaços e discutir possíveis
ações de educação ambiental de forma a solucionar os problemas ambientais
mencionados. Da análise das respostas a um questionário aplicado à
comunidade educativa emergiram algumas conclusões importantes. Primeiro, a
problemática dos resíduos é a mais referida pelos inquiridos. Segundo, a
maioria dos inquiridos revelou comportamento pró-ambientais. Por último, os
inquiridos apresentam medidas educativas e tecnológicas para solucionar os
problemas ambientais identificados.
Palavras-chave: Educação Ambiental. Problemas ambientais.
Comportamentos ambientais.
1. INTRODUÇÃO
Nas últimas décadas, o crescimento económico e tecnológico sem
precedentes teve repercussões nefastas sobre a sociedade e o ambiente
(UNESCO, 1976) provocando que problemáticas, como
a poluição, o impacto das chuvas ácidas e a conservação da camada
de ozono são, cada vez mais, objeto da atenção dos media e de
discussão pública nos países industrializados de todo o mundo,
constituindo, também, uma preocupação para os países em
desenvolvimento (MILLER, 1994, p. 37).
Este crescente interesse pelas questões ambientais por parte das
populações aliado ao contributo das conferências organizadas pela ONU
tiveram como consequência uma série de medidas políticas. Das quais se
destacam, a criação de agências governamentais com a responsabilidade de
regular o impacto ambiental da indústria, o envolvimento das comunidades na
participação em debates públicos, como o planejamento urbanístico, e a
inclusão da educação ambiental nos currículos escolares. A declaração de
Tblisi (UNESCO, 1978) estabeleceu como objetivos da educação ambiental:
2
promover a aquisição de conhecimentos acerca dos fatores biológicos, físicos,
socioeconómicos, de cuja interação o ambiente depende; promover atitudes de
preservação do ambiente nos indivíduos; desenvolver nos membros das
comunidades um sentido crítico para o exercício de uma cidadania
responsável, que se traduza na participação ativa e empenhamento na
resolução dos graves problemas ambientais que enfrentamos. Cabe, assim, à
escola desenvolver nas crianças e jovens atitudes críticas e éticas sobre
determinados assuntos para que participem ativamente na discussão e
resolução de problemas ambientais com que venham a ser confrontados. No
entanto, a implementação destas recomendações nas escolas tem
demonstrado um enorme distanciamento dos princípios orientadores
preconizados nos documentos da UNESCO (STEVENSON, 2007).
No caso português multiplicaram-se o número de iniciativas de educação
ambiental, quase todas em contexto escolar (SCHMIDT; NAVE; GUERRA,
2010). Porém, a educação ambiental formal não tem sido bem-sucedida
(GIORDAN, 2001), o que, de acordo com Almeida (2007), se deve em grande
parte à aposta em projetos que incidem na gestão dos recursos. Este tipo de
temáticas reflete uma perspetiva antropocêntrica acerca do ambiente que
“assume a centralidade indiscutível do ser humano e valoriza a natureza
partindo de uma perspetiva instrumental” (ALMEIDA; VASCONCELOS, 2011,
p. 3). Para combater a crise ambiental que vivemos as perspetivas
ambientalistas têm de evoluir no sentido de uma perspetiva mais abrangente
em que o homem se sente como parte integrante do ambiente (ALMEIDA,
2007). Pretende-se, assim, alcançar um entendimento do ambiente como uma
relação recíproca entre os sistemas naturais e os sistemas sociais
(LOUGHLAND; REID; PETOCZ, 2002; URDA, 2004). Reigota (1991) refere-se
a esta concepção, que evidencia as relações recíprocas entre a natureza e a
sociedade, designando-a por globalizante. A aproximação da educação
ambiental a uma educação promotora do desenvolvimento sustentável tem sido
defendida por vários autores (CARIDE; MEIRA, 2004; COLOM, 2000, 2003;
FREITAS, 2000, 2006; GARCÍA, 2002; MARCOTE; SUÁREZ, 2005; NOVO,
2009) e pela própria UNESCO (1992, 2004). Esta corrente, segundo Marcote e
Suárez (2005), defende que a educação ambiental não se reduz a educar para
a conservação da natureza, consciencializar pessoas ou mudar
comportamentos.
A sua tarefa é mais profunda e comprometida: educar para mudar a
sociedade procurando que a tomada de consciência se oriente para
um desenvolvimento humano que seja simultaneamente causa e
efeito da sustentabilidade e da responsabilidade global. Portanto, a
partir de um ponto de vista operacional, a educação ambiental
envolve tanto a análise crítica da estrutura socioeconómica que tem
determinado as atuais tendências insustentáveis (informação e
sensibilização), como o reforço das capacidades humanas para
transformar (agir), dando grande importância à preparação de uma
cidadania responsável e capaz de tomar decisões num mundo
globalizado e complexo (p. 10).
Os resultados de algumas investigações, como por exemplo os estudos
desenvolvidos por Loughland e colaboradores (LOUGHLAND, REID; PETOCZ,
3
2002; LOUGHLAND, REID; WALKER; PETOCZ, 2003), apresentam resultados
preocupantes sobre a evolução das perspetivas de ambiente ao longo da
escolaridade. Nestes estudos, os alunos demonstraram essencialmente visões
antropocêntricas do ambiente que têm tendência a aumentar à medida que
avança o nível de escolaridade. Noutro estudo realizado por Petocz, Reid e
Loughland (2003) com enfoque numa população adulta constatou-se que as
perspetivas sobre o ambiente não sofrem alterações com a maturidade. Estes
autores não consideraram o ensino superior nas suas investigações, apesar de
reconhecerem que os estudantes universitários constituem um grupo
importante uma vez que serão a próxima geração de profissionais. A falta de
investigação nesta área associada ao facto, de se realizarem poucos projetos
de educação ambiental em instituições de ensino superior, revela a
necessidade de estudar os comportamentos ambientais dos estudantes deste
nível de ensino. Desta análise podem surgir até outras questões pertinentes a
estudar, nomeadamente se a educação ambiental formal que experienciaram
até ao ou durante o percurso universitário teve um impacte positivo na
promoção de comportamentos pró-ambientais.
Acompanhando uma tendência recente nacional e internacional de
criação de projetos de educação ambiental em instituições de ensino superior,
influenciado pela participação em projetos de natureza ambiental em
colaboração com outras instituições e outras iniciativas envolvendo os
estudantes, e face à convivência diária com inúmeros problemas ambientais
numa escola superior de educação portuguesa, um grupo de professores desta
escola resolveu conceber o seu próprio projeto ambiental. Mais tarde, o
enfoque de atuação do projeto foi alargado a todo o Instituto Politécnico de
Santarém (IPS) que compreende cinco escolas: a Escola Superior de
Educação (ESES), a Escola Superior Agrária (ESAS), a Escola Superior de
Gestão e Tecnologia (ESGTS), a Escola Superior de Desporto (ESDRM) e a
Escola Superior de Saúde (ESSS). O projeto denominado IPSantarem.verde
tem como objetivos: consciencializar a comunidade educativa e local para
problemáticas ambientais; contribuir para que todas as pessoas possam
disfrutar de um ambiente mais saudável; estimular os intervenientes para a
adoção de comportamentos mais sustentáveis no seu dia a dia.
Simultaneamente, pretende-se encontrar algumas soluções para problemas
ambientais identificados na instituição, passando pelo estabelecimento de
protocolos/parcerias com outras instituições públicas e privadas bem como pela
integração de estudantes de cursos de várias escolas do instituto politécnico,
de forma a promover ações sustentáveis na comunidade educativa. Para além
do referido, procura-se, ainda, promover a articulação entre disciplinas
curriculares de diferentes cursos.
De forma a planejar possíveis modos de atuação junto da comunidade
educativa realizou-se um estudo, aqui relatado, com o objetivo de identificar os
problemas ambientais da instituição de ensino superior, proceder a um
levantamento dos comportamentos ambientais dos utilizadores dos espaços e
discutir possíveis ações de educação ambiental de forma a solucionar os
problemas ambientais mencionados. Apesar da grande maioria dos utilizadores
das instalações serem estudantes, considerou-se relevante englobar toda a
comunidade educativa, incluindo os funcionários.
4
2. METODOLOGIA
Como instrumento de recolha de dados foi aplicado um questionário
disponibilizado online entre 22 de novembro e 18 de dezembro de 2012. A
divulgação dos inquéritos foi efetuada pelo secretariado da presidência do IPS
com o envio do link
(https://docs.google.com/spreadsheet/viewform?formkey=dHVocWZob1BfV2hKM1hXRDlmWXJFb2c6MA)
por email a toda a comunidade educativa. Esta ferramenta foi elaborada pela
coordenação do projeto IPSantarem.verde e validada por duas professoras de
educação ambiental, e uma professora de estatística. Optou-se pelo recurso à
internet para a aplicação do questionário porque se trata de um método mais
rápido, elimina os gastos em impressões e facilita a leitura das respostas dos
inquiridos. Obtiveram-se 206 respostas aos questionários o que corresponde a
cerca de 4,6 % da comunidade educativa. Os resultados dos questionários
serão disponibilizados através do facebook (https://www.facebook.com/ipsantarem.verde),
do blog (http://ipsantaremverde.wordpress.com) e do boletim digital semestral
SEMEAR.VERDE (http://www.ipsantarem.pt/wp-
content/uploads/2012/12/Boletim_Semear.Verde_para_site_IPS.pdf).
O questionário elaborado contém perguntas abertas e perguntas
fechadas, o que de acordo com Hill e Hill (2008) “é útil quando se pretende
obter informação qualitativa para complementar e contextualizar a informação
quantitativa obtida pelas outras variáveis” (p. 95). Para a análise das respostas
às questões abertas recorreu-se à análise de conteúdo, que segundo Bardin
(2008), pode ser definida como:
Um conjunto de técnicas de análise das comunicações visando obter
por procedimentos sistemáticos e objetivos de descrição do conteúdo
das mensagens indicadores (quantitativos ou não) que permitam a
inferência de conhecimentos relativos às condições de
produção/receção (variáveis inferidas) destas mensagens (p. 44).
Foram extraídas unidades de análise dos textos das respostas dos
inquiridos às questões abertas. Depois estes segmentos de conteúdo foram
codificados emergindo as categorias e as subcategorias de análise.
3. RESULTADOS
A maioria dos inquiridos é do sexo feminino (56%) e a média de idades é
de cerca de 32 anos. Os questionários foram respondidos por 144 alunos
(3,5%), 41 docentes (15,7%) e 21 funcionários não docentes (12,4%). Dos
inquiridos 32% pertenciam à ESGTS, 25% à ESAS, 25% à ESES, 11% à
ESDRM, 4% à ESSS e 1% aos serviços centrais do IPS. A generalidade dos
inquiridos atribui elevada importância aos problemas ambientais, sobretudo
relacionados com as alterações climáticas (65%) e com a poluição da água
(69%). Outras problemáticas como a desflorestação (56%), a poluição do ar
(57%), o consumo excessivo de água (53%) e o excesso de resíduos (50%)
são também citados por grande parte dos inquiridos. A Figura 1 apresenta as
5
percentagens de respostas para cada um dos problemas ambientais
apontados.
Figura 1. Problemas ambientais que mais preocupam os inquiridos.
Quanto à forma de resolução destes problemas, os inquiridos destacam
primeiro as medidas tecnológicas (como por exemplo, o recurso a energias
renováveis), seguindo-se as medidas educativas (campanhas de
sensibilização, conceção de projetos, dinamização de projetos, etc.) e, por
último, a aplicação de coimas, como se apresenta na Figura 2.
Figura 2. Forma mais eficiente de resolver o(s) problema(s) referidos.
Um elevado número de inquiridos revelou fazer a separação de resíduos
sempre (35%) ou quase sempre (34%), mas não nas instalações das escolas
do IPS, referindo como causas a quase ausência de ecopontos no interior dos
6
edifícios e o facto de os poucos existentes serem tratados como recipientes de
resíduos indiferenciados, o que faz com que os resíduos aí colocados não
sejam encaminhados para o destino apropriado. Quanto ao problema dos
resíduos provocados pelos fumadores, 77% destes inquiridos responderam
colocar os cigarros apagados nos recipientes apropriados. Os restantes
apontam como razão principal para a não colocação destes resíduos nos
recipientes adequados o número insuficiente destes nas instalações do IPS.
Em termos do consumo energético no IPS, grande número de inquiridos
destacou a preocupação com a iluminação ligada desnecessariamente (66%),
mas demonstrou menor preocupação com desligar o computador após a sua
utilização (49%) e com retirar carregadores de laptops e celulares da tomada
após a sua utilização (46%).
A generalidade dos inquiridos revelou desconhecer a existência de
projetos ou iniciativas no âmbito da educação ambiental no IPS (83%), o que
remete para a necessidade de maior visibilidade e envolvimento da
comunidade educativa no projeto IPSantarem.verde. Dos temas sugeridos no
questionário para o desenvolvimento de projetos de intervenção dirigidos à
comunidade educativa do IPS os inquiridos optaram em maioria pela poupança
de energia e pela separação de resíduos, como se pode observar na Figura 3.
Alguns inquiridos referiram, ainda, outros temas relacionados com o
desperdício de água e de papel.
Figura 3. Temas mais pertinentes para desenvolver projetos de intervenção na comunidade
educativa do IPS.
Quando solicitados a indicar sugestões para a melhoria ambiental do
IPS cerca de 45% dos inquiridos destacou a necessidade de colocação de
ecopontos no interior dos edifícios do IPS. Esta sugestão está em
conformidade com o grande número de inquiridos que realçaram na questão
anterior a necessidade de desenvolver projetos sobre o tema da separação de
resíduos. O tipo de resíduo mais vezes mencionado pelos inquiridos foi o
papel, destacando a importância de estabelecer parcerias para a reciclagem do
7
papel e de promover práticas mais sustentáveis de consumo (por exemplo,
impressões de frente e verso). Ainda no que toca à problemática dos resíduos,
alguns inquiridos referiram a necessidade de aumentar o número de recipientes
para colocação de resíduos indiferenciados e de resíduos de cigarros a fim de
evitar a quantidade elevada de resíduos abandonados nos espaços exteriores
do IPS.
Um número significativo de inquiridos destacaram a premência no
desenvolvimento de campanhas de sensibilização para promover a mudança
de comportamentos sobre diferentes temáticas (25%), nomeadamente o
consumo de energia e de água, mas mais uma vez a separação de resíduos foi
o tema mais focado. Quanto à forma de sensibilizar a comunidade educativa os
inquiridos propuseram abordagens diversificadas como a realização de
seminários, conferências e workshops, a colocação de cartazes e sinaléticas
nas instalações, e ações de intervenção envolvendo toda a comunidade, como
a organização de uma recolha de resíduos nos espaços exteriores do IPS.
Alguns inquiridos mencionaram diversas medidas promotoras da
melhoria da eficiência energética das instalações do IPS (14%), tais como a
substituição das lâmpadas atuais por lâmpadas de baixo consumo LED, a
instalação de painéis solares e de sensores de presença nas áreas comuns, a
renovação do sistema de aquecimento/refrigeração e a melhoria do isolamento
térmico. A poupança de água foi mencionada por vários inquiridos que
propuseram a colocação de equipamentos mais eficientes de gestão da água
(sistemas de rega, autoclismos de dupla descarga, torneiras com sensores,
etc.) e consideram necessário repensar o tipo de vegetação nos espaços
envolvente dos edifícios de forma a minimizar o consumo de água. Algumas
sugestões dos inquiridos apelam ao reaproveitamento de desperdícios dos
bares e cantinas para famílias carenciadas e para a prática da compostagem.
De modo a promover um ambiente mais saudável foi também sugerida a
reflorestação e a limitação automóvel na envolvente dos edifícios das escolas
do IPS.
Na Figura 4 apresenta-se um resumo das respostas mais
representativas dos inquiridos no que concerne a propostas de melhoria
ambiental do IPS.
8
Figura 4. Sugestões para a melhoria ambiental do IPS.
Curiosamente, e globalmente, as propostas de melhoria dos problemas
ambientais do IPS apontadas pelos inquiridos relacionam-se mais com a
mudança de comportamentos das pessoas do que propriamente com a
inovação tecnológica, o que contraria os dados obtidos na questão “Indique a
forma mais eficiente de resolver os problemas ambientais referidos”.
4. CONCLUSÃO E DISCUSSÃO
A análise das respostas ao questionário permitiu identificar problemas
ambientais do Instituto Politécnico de Santarém, dos quais se destaca
largamente a quase inexistente separação de resíduos. Estes resultados
indiciam que a instalação de um sistema de recolha seletiva de reciclagem nas
instalações do IPS poderia ser bem-recebida. Por outro lado, a elevada
percentagem de participantes (82%) que consideram que toda a comunidade
educativa deve contribuir para um ambiente saudável, vem sustentar e apoiar
estas ideias. Estes dados remetem para duas possíveis intervenções no âmbito
do projeto IPSantarem.verde: apoio à implementação/colocação de ecopontos
e sensibilização da comunidade educativa para a sua devida utilização. No
entanto, apesar dos inquiridos revelarem preocupações e comportamentos pró-
ambientais tem que se ter consideração que apenas uma pequena
percentagem da comunidade educativa respondeu a este questionário. O que
significa que os comportamentos evidenciados por esta amostra poderão não
corresponder às práticas ambientais dominantes dos alunos, professores e
restantes funcionários do IPS. Estas dúvidas adquirem alguma pertinência
dado o volume observado de resíduos abandonados nos espaços exteriores
das instalações do IPS, incluindo um incalculável número de resíduos de
cigarros.
Os inquiridos centram-se em medidas educativas com a finalidade de
fomentar uma maior consciencialização de toda a comunidade educativa para
os problemas ambientais identificados e a adoção de comportamentos mais
sustentáveis. Estas propostas apresentadas pelos inquiridos constituem um
contributo precioso para a conceção, no âmbito do projeto IPSantarem.verde
de estratégias de intervenção futuras que podem passar pela realização de
workshops e seminários sobre as diferentes problemáticas ambientais
sugeridas nas respostas ao questionário.
Os problemas ambientais identificados neste estudo remetem para
dificuldades na adoção de práticas ambientais corretas e que, segundo
diversos autores (ALMEIDA, 2007; ALMEIDA; VASCONCELOS, 2011;
LOUGHLAND; REID; PETOCZ, 2002; REIGOTA, 1991; URDA, 2004) está
associada a uma perspectiva antropocêntrica do ambiente. O que remete para
uma reflexão sobre a educação ambiental que se promove no ensino pré-
universitário e universitário. De acordo com Stevenson (2007), muitas vezes os
currículos escolares centram-se em factos, conceitos e simples generalizações,
em que o papel do professor se resume a um transmissor de conhecimento
factual e raras vezes são dadas oportunidades aos alunos de trabalhar
colaborativamente sobre a resolução de problemas ambientais reais. Esta ideia
9
é partilhada por Almeida (2007), que considera que nos diferentes níveis de
escolaridade persiste a ideia de que a simples abordagem dos assuntos
ambientais é suficiente para o desenvolvimento de atitudes e comportamentos
favoráveis ao ambiente.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Lisboa: Livros Horizonte, 2007.
ALMEIDA, A; VASCONCELOS, C. Teachers’ Perspectives on the Human-
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Superior. Revista Iberoamericana de Educación. Disponível em:
<www.rieoei.org/deloslectores/602Gonzalez.PDF>. Acesso em: 3 de set.
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O sentimento nacional brasiliero, segundo o historiador Jose Murlo de Carvalho
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Diagnóstico ambiental de uma instituição de ensino superior

  • 1. 1 Diagnóstico Ambiental de uma Instituição de Ensino Superior Marisa Correia Mestre em Educação Doutoranda em Educação – Especialização em Didática das Ciências e investigadora no Instituto de Educação da Universidade de Lisboa Cocoordenadora do projeto IPSantarem.verde Professora na Escola Superior de Educação de Santarém no Departamento de Ciências Matemáticas e Naturais marisa.correia@ese.ipsantarem.pt Resumo: Este estudo tem como objetivos identificar os problemas ambientais de uma instituição de ensino superior, proceder a um levantamento dos comportamentos ambientais dos utilizadores dos espaços e discutir possíveis ações de educação ambiental de forma a solucionar os problemas ambientais mencionados. Da análise das respostas a um questionário aplicado à comunidade educativa emergiram algumas conclusões importantes. Primeiro, a problemática dos resíduos é a mais referida pelos inquiridos. Segundo, a maioria dos inquiridos revelou comportamento pró-ambientais. Por último, os inquiridos apresentam medidas educativas e tecnológicas para solucionar os problemas ambientais identificados. Palavras-chave: Educação Ambiental. Problemas ambientais. Comportamentos ambientais. 1. INTRODUÇÃO Nas últimas décadas, o crescimento económico e tecnológico sem precedentes teve repercussões nefastas sobre a sociedade e o ambiente (UNESCO, 1976) provocando que problemáticas, como a poluição, o impacto das chuvas ácidas e a conservação da camada de ozono são, cada vez mais, objeto da atenção dos media e de discussão pública nos países industrializados de todo o mundo, constituindo, também, uma preocupação para os países em desenvolvimento (MILLER, 1994, p. 37). Este crescente interesse pelas questões ambientais por parte das populações aliado ao contributo das conferências organizadas pela ONU tiveram como consequência uma série de medidas políticas. Das quais se destacam, a criação de agências governamentais com a responsabilidade de regular o impacto ambiental da indústria, o envolvimento das comunidades na participação em debates públicos, como o planejamento urbanístico, e a inclusão da educação ambiental nos currículos escolares. A declaração de Tblisi (UNESCO, 1978) estabeleceu como objetivos da educação ambiental:
  • 2. 2 promover a aquisição de conhecimentos acerca dos fatores biológicos, físicos, socioeconómicos, de cuja interação o ambiente depende; promover atitudes de preservação do ambiente nos indivíduos; desenvolver nos membros das comunidades um sentido crítico para o exercício de uma cidadania responsável, que se traduza na participação ativa e empenhamento na resolução dos graves problemas ambientais que enfrentamos. Cabe, assim, à escola desenvolver nas crianças e jovens atitudes críticas e éticas sobre determinados assuntos para que participem ativamente na discussão e resolução de problemas ambientais com que venham a ser confrontados. No entanto, a implementação destas recomendações nas escolas tem demonstrado um enorme distanciamento dos princípios orientadores preconizados nos documentos da UNESCO (STEVENSON, 2007). No caso português multiplicaram-se o número de iniciativas de educação ambiental, quase todas em contexto escolar (SCHMIDT; NAVE; GUERRA, 2010). Porém, a educação ambiental formal não tem sido bem-sucedida (GIORDAN, 2001), o que, de acordo com Almeida (2007), se deve em grande parte à aposta em projetos que incidem na gestão dos recursos. Este tipo de temáticas reflete uma perspetiva antropocêntrica acerca do ambiente que “assume a centralidade indiscutível do ser humano e valoriza a natureza partindo de uma perspetiva instrumental” (ALMEIDA; VASCONCELOS, 2011, p. 3). Para combater a crise ambiental que vivemos as perspetivas ambientalistas têm de evoluir no sentido de uma perspetiva mais abrangente em que o homem se sente como parte integrante do ambiente (ALMEIDA, 2007). Pretende-se, assim, alcançar um entendimento do ambiente como uma relação recíproca entre os sistemas naturais e os sistemas sociais (LOUGHLAND; REID; PETOCZ, 2002; URDA, 2004). Reigota (1991) refere-se a esta concepção, que evidencia as relações recíprocas entre a natureza e a sociedade, designando-a por globalizante. A aproximação da educação ambiental a uma educação promotora do desenvolvimento sustentável tem sido defendida por vários autores (CARIDE; MEIRA, 2004; COLOM, 2000, 2003; FREITAS, 2000, 2006; GARCÍA, 2002; MARCOTE; SUÁREZ, 2005; NOVO, 2009) e pela própria UNESCO (1992, 2004). Esta corrente, segundo Marcote e Suárez (2005), defende que a educação ambiental não se reduz a educar para a conservação da natureza, consciencializar pessoas ou mudar comportamentos. A sua tarefa é mais profunda e comprometida: educar para mudar a sociedade procurando que a tomada de consciência se oriente para um desenvolvimento humano que seja simultaneamente causa e efeito da sustentabilidade e da responsabilidade global. Portanto, a partir de um ponto de vista operacional, a educação ambiental envolve tanto a análise crítica da estrutura socioeconómica que tem determinado as atuais tendências insustentáveis (informação e sensibilização), como o reforço das capacidades humanas para transformar (agir), dando grande importância à preparação de uma cidadania responsável e capaz de tomar decisões num mundo globalizado e complexo (p. 10). Os resultados de algumas investigações, como por exemplo os estudos desenvolvidos por Loughland e colaboradores (LOUGHLAND, REID; PETOCZ,
  • 3. 3 2002; LOUGHLAND, REID; WALKER; PETOCZ, 2003), apresentam resultados preocupantes sobre a evolução das perspetivas de ambiente ao longo da escolaridade. Nestes estudos, os alunos demonstraram essencialmente visões antropocêntricas do ambiente que têm tendência a aumentar à medida que avança o nível de escolaridade. Noutro estudo realizado por Petocz, Reid e Loughland (2003) com enfoque numa população adulta constatou-se que as perspetivas sobre o ambiente não sofrem alterações com a maturidade. Estes autores não consideraram o ensino superior nas suas investigações, apesar de reconhecerem que os estudantes universitários constituem um grupo importante uma vez que serão a próxima geração de profissionais. A falta de investigação nesta área associada ao facto, de se realizarem poucos projetos de educação ambiental em instituições de ensino superior, revela a necessidade de estudar os comportamentos ambientais dos estudantes deste nível de ensino. Desta análise podem surgir até outras questões pertinentes a estudar, nomeadamente se a educação ambiental formal que experienciaram até ao ou durante o percurso universitário teve um impacte positivo na promoção de comportamentos pró-ambientais. Acompanhando uma tendência recente nacional e internacional de criação de projetos de educação ambiental em instituições de ensino superior, influenciado pela participação em projetos de natureza ambiental em colaboração com outras instituições e outras iniciativas envolvendo os estudantes, e face à convivência diária com inúmeros problemas ambientais numa escola superior de educação portuguesa, um grupo de professores desta escola resolveu conceber o seu próprio projeto ambiental. Mais tarde, o enfoque de atuação do projeto foi alargado a todo o Instituto Politécnico de Santarém (IPS) que compreende cinco escolas: a Escola Superior de Educação (ESES), a Escola Superior Agrária (ESAS), a Escola Superior de Gestão e Tecnologia (ESGTS), a Escola Superior de Desporto (ESDRM) e a Escola Superior de Saúde (ESSS). O projeto denominado IPSantarem.verde tem como objetivos: consciencializar a comunidade educativa e local para problemáticas ambientais; contribuir para que todas as pessoas possam disfrutar de um ambiente mais saudável; estimular os intervenientes para a adoção de comportamentos mais sustentáveis no seu dia a dia. Simultaneamente, pretende-se encontrar algumas soluções para problemas ambientais identificados na instituição, passando pelo estabelecimento de protocolos/parcerias com outras instituições públicas e privadas bem como pela integração de estudantes de cursos de várias escolas do instituto politécnico, de forma a promover ações sustentáveis na comunidade educativa. Para além do referido, procura-se, ainda, promover a articulação entre disciplinas curriculares de diferentes cursos. De forma a planejar possíveis modos de atuação junto da comunidade educativa realizou-se um estudo, aqui relatado, com o objetivo de identificar os problemas ambientais da instituição de ensino superior, proceder a um levantamento dos comportamentos ambientais dos utilizadores dos espaços e discutir possíveis ações de educação ambiental de forma a solucionar os problemas ambientais mencionados. Apesar da grande maioria dos utilizadores das instalações serem estudantes, considerou-se relevante englobar toda a comunidade educativa, incluindo os funcionários.
  • 4. 4 2. METODOLOGIA Como instrumento de recolha de dados foi aplicado um questionário disponibilizado online entre 22 de novembro e 18 de dezembro de 2012. A divulgação dos inquéritos foi efetuada pelo secretariado da presidência do IPS com o envio do link (https://docs.google.com/spreadsheet/viewform?formkey=dHVocWZob1BfV2hKM1hXRDlmWXJFb2c6MA) por email a toda a comunidade educativa. Esta ferramenta foi elaborada pela coordenação do projeto IPSantarem.verde e validada por duas professoras de educação ambiental, e uma professora de estatística. Optou-se pelo recurso à internet para a aplicação do questionário porque se trata de um método mais rápido, elimina os gastos em impressões e facilita a leitura das respostas dos inquiridos. Obtiveram-se 206 respostas aos questionários o que corresponde a cerca de 4,6 % da comunidade educativa. Os resultados dos questionários serão disponibilizados através do facebook (https://www.facebook.com/ipsantarem.verde), do blog (http://ipsantaremverde.wordpress.com) e do boletim digital semestral SEMEAR.VERDE (http://www.ipsantarem.pt/wp- content/uploads/2012/12/Boletim_Semear.Verde_para_site_IPS.pdf). O questionário elaborado contém perguntas abertas e perguntas fechadas, o que de acordo com Hill e Hill (2008) “é útil quando se pretende obter informação qualitativa para complementar e contextualizar a informação quantitativa obtida pelas outras variáveis” (p. 95). Para a análise das respostas às questões abertas recorreu-se à análise de conteúdo, que segundo Bardin (2008), pode ser definida como: Um conjunto de técnicas de análise das comunicações visando obter por procedimentos sistemáticos e objetivos de descrição do conteúdo das mensagens indicadores (quantitativos ou não) que permitam a inferência de conhecimentos relativos às condições de produção/receção (variáveis inferidas) destas mensagens (p. 44). Foram extraídas unidades de análise dos textos das respostas dos inquiridos às questões abertas. Depois estes segmentos de conteúdo foram codificados emergindo as categorias e as subcategorias de análise. 3. RESULTADOS A maioria dos inquiridos é do sexo feminino (56%) e a média de idades é de cerca de 32 anos. Os questionários foram respondidos por 144 alunos (3,5%), 41 docentes (15,7%) e 21 funcionários não docentes (12,4%). Dos inquiridos 32% pertenciam à ESGTS, 25% à ESAS, 25% à ESES, 11% à ESDRM, 4% à ESSS e 1% aos serviços centrais do IPS. A generalidade dos inquiridos atribui elevada importância aos problemas ambientais, sobretudo relacionados com as alterações climáticas (65%) e com a poluição da água (69%). Outras problemáticas como a desflorestação (56%), a poluição do ar (57%), o consumo excessivo de água (53%) e o excesso de resíduos (50%) são também citados por grande parte dos inquiridos. A Figura 1 apresenta as
  • 5. 5 percentagens de respostas para cada um dos problemas ambientais apontados. Figura 1. Problemas ambientais que mais preocupam os inquiridos. Quanto à forma de resolução destes problemas, os inquiridos destacam primeiro as medidas tecnológicas (como por exemplo, o recurso a energias renováveis), seguindo-se as medidas educativas (campanhas de sensibilização, conceção de projetos, dinamização de projetos, etc.) e, por último, a aplicação de coimas, como se apresenta na Figura 2. Figura 2. Forma mais eficiente de resolver o(s) problema(s) referidos. Um elevado número de inquiridos revelou fazer a separação de resíduos sempre (35%) ou quase sempre (34%), mas não nas instalações das escolas do IPS, referindo como causas a quase ausência de ecopontos no interior dos
  • 6. 6 edifícios e o facto de os poucos existentes serem tratados como recipientes de resíduos indiferenciados, o que faz com que os resíduos aí colocados não sejam encaminhados para o destino apropriado. Quanto ao problema dos resíduos provocados pelos fumadores, 77% destes inquiridos responderam colocar os cigarros apagados nos recipientes apropriados. Os restantes apontam como razão principal para a não colocação destes resíduos nos recipientes adequados o número insuficiente destes nas instalações do IPS. Em termos do consumo energético no IPS, grande número de inquiridos destacou a preocupação com a iluminação ligada desnecessariamente (66%), mas demonstrou menor preocupação com desligar o computador após a sua utilização (49%) e com retirar carregadores de laptops e celulares da tomada após a sua utilização (46%). A generalidade dos inquiridos revelou desconhecer a existência de projetos ou iniciativas no âmbito da educação ambiental no IPS (83%), o que remete para a necessidade de maior visibilidade e envolvimento da comunidade educativa no projeto IPSantarem.verde. Dos temas sugeridos no questionário para o desenvolvimento de projetos de intervenção dirigidos à comunidade educativa do IPS os inquiridos optaram em maioria pela poupança de energia e pela separação de resíduos, como se pode observar na Figura 3. Alguns inquiridos referiram, ainda, outros temas relacionados com o desperdício de água e de papel. Figura 3. Temas mais pertinentes para desenvolver projetos de intervenção na comunidade educativa do IPS. Quando solicitados a indicar sugestões para a melhoria ambiental do IPS cerca de 45% dos inquiridos destacou a necessidade de colocação de ecopontos no interior dos edifícios do IPS. Esta sugestão está em conformidade com o grande número de inquiridos que realçaram na questão anterior a necessidade de desenvolver projetos sobre o tema da separação de resíduos. O tipo de resíduo mais vezes mencionado pelos inquiridos foi o papel, destacando a importância de estabelecer parcerias para a reciclagem do
  • 7. 7 papel e de promover práticas mais sustentáveis de consumo (por exemplo, impressões de frente e verso). Ainda no que toca à problemática dos resíduos, alguns inquiridos referiram a necessidade de aumentar o número de recipientes para colocação de resíduos indiferenciados e de resíduos de cigarros a fim de evitar a quantidade elevada de resíduos abandonados nos espaços exteriores do IPS. Um número significativo de inquiridos destacaram a premência no desenvolvimento de campanhas de sensibilização para promover a mudança de comportamentos sobre diferentes temáticas (25%), nomeadamente o consumo de energia e de água, mas mais uma vez a separação de resíduos foi o tema mais focado. Quanto à forma de sensibilizar a comunidade educativa os inquiridos propuseram abordagens diversificadas como a realização de seminários, conferências e workshops, a colocação de cartazes e sinaléticas nas instalações, e ações de intervenção envolvendo toda a comunidade, como a organização de uma recolha de resíduos nos espaços exteriores do IPS. Alguns inquiridos mencionaram diversas medidas promotoras da melhoria da eficiência energética das instalações do IPS (14%), tais como a substituição das lâmpadas atuais por lâmpadas de baixo consumo LED, a instalação de painéis solares e de sensores de presença nas áreas comuns, a renovação do sistema de aquecimento/refrigeração e a melhoria do isolamento térmico. A poupança de água foi mencionada por vários inquiridos que propuseram a colocação de equipamentos mais eficientes de gestão da água (sistemas de rega, autoclismos de dupla descarga, torneiras com sensores, etc.) e consideram necessário repensar o tipo de vegetação nos espaços envolvente dos edifícios de forma a minimizar o consumo de água. Algumas sugestões dos inquiridos apelam ao reaproveitamento de desperdícios dos bares e cantinas para famílias carenciadas e para a prática da compostagem. De modo a promover um ambiente mais saudável foi também sugerida a reflorestação e a limitação automóvel na envolvente dos edifícios das escolas do IPS. Na Figura 4 apresenta-se um resumo das respostas mais representativas dos inquiridos no que concerne a propostas de melhoria ambiental do IPS.
  • 8. 8 Figura 4. Sugestões para a melhoria ambiental do IPS. Curiosamente, e globalmente, as propostas de melhoria dos problemas ambientais do IPS apontadas pelos inquiridos relacionam-se mais com a mudança de comportamentos das pessoas do que propriamente com a inovação tecnológica, o que contraria os dados obtidos na questão “Indique a forma mais eficiente de resolver os problemas ambientais referidos”. 4. CONCLUSÃO E DISCUSSÃO A análise das respostas ao questionário permitiu identificar problemas ambientais do Instituto Politécnico de Santarém, dos quais se destaca largamente a quase inexistente separação de resíduos. Estes resultados indiciam que a instalação de um sistema de recolha seletiva de reciclagem nas instalações do IPS poderia ser bem-recebida. Por outro lado, a elevada percentagem de participantes (82%) que consideram que toda a comunidade educativa deve contribuir para um ambiente saudável, vem sustentar e apoiar estas ideias. Estes dados remetem para duas possíveis intervenções no âmbito do projeto IPSantarem.verde: apoio à implementação/colocação de ecopontos e sensibilização da comunidade educativa para a sua devida utilização. No entanto, apesar dos inquiridos revelarem preocupações e comportamentos pró- ambientais tem que se ter consideração que apenas uma pequena percentagem da comunidade educativa respondeu a este questionário. O que significa que os comportamentos evidenciados por esta amostra poderão não corresponder às práticas ambientais dominantes dos alunos, professores e restantes funcionários do IPS. Estas dúvidas adquirem alguma pertinência dado o volume observado de resíduos abandonados nos espaços exteriores das instalações do IPS, incluindo um incalculável número de resíduos de cigarros. Os inquiridos centram-se em medidas educativas com a finalidade de fomentar uma maior consciencialização de toda a comunidade educativa para os problemas ambientais identificados e a adoção de comportamentos mais sustentáveis. Estas propostas apresentadas pelos inquiridos constituem um contributo precioso para a conceção, no âmbito do projeto IPSantarem.verde de estratégias de intervenção futuras que podem passar pela realização de workshops e seminários sobre as diferentes problemáticas ambientais sugeridas nas respostas ao questionário. Os problemas ambientais identificados neste estudo remetem para dificuldades na adoção de práticas ambientais corretas e que, segundo diversos autores (ALMEIDA, 2007; ALMEIDA; VASCONCELOS, 2011; LOUGHLAND; REID; PETOCZ, 2002; REIGOTA, 1991; URDA, 2004) está associada a uma perspectiva antropocêntrica do ambiente. O que remete para uma reflexão sobre a educação ambiental que se promove no ensino pré- universitário e universitário. De acordo com Stevenson (2007), muitas vezes os currículos escolares centram-se em factos, conceitos e simples generalizações, em que o papel do professor se resume a um transmissor de conhecimento factual e raras vezes são dadas oportunidades aos alunos de trabalhar colaborativamente sobre a resolução de problemas ambientais reais. Esta ideia
  • 9. 9 é partilhada por Almeida (2007), que considera que nos diferentes níveis de escolaridade persiste a ideia de que a simples abordagem dos assuntos ambientais é suficiente para o desenvolvimento de atitudes e comportamentos favoráveis ao ambiente. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALMEIDA, A. Educação Ambiental. A importância da dimensão ética. Lisboa: Livros Horizonte, 2007. ALMEIDA, A; VASCONCELOS, C. Teachers’ Perspectives on the Human- Nature Relationship: Implications for Environmental Education. Research in Science Education. Disponível em: <www.springerlink.com/content/w128486367004q5u/>. Acesso em: 21 de out. 2011. BARDIN, L. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 4. ed, 2008. CARIDE, J. A.; MEIRA, P. Educação Ambiental e Desenvolvimento Humano. Lisboa: Instituto Piaget, 2001. COLOM, A. Desarrollo sostenible y educación para el desarrollo. Barcelona: Octaedro, 2000. COLOM, A. ¿Es suficiente la Educación Ambiental?. Ihitza, v. 12, p. 25. 2003. FREITAS, M. A Educação Ambiental (e para a Sustentabilidade) como Projecto. In III JORNADAS DE EDUCAÇÃO PARA O AMBIENTE, Viana do Castelo. Anais…Viana do Castelo: Câmara Municipal. p. 45-52. 2000. FREITAS, M. Educação Ambiental E/Ou Educação Para O Desenvolvimento Sustentável? Uma Análise Centrada Na Realidade Portuguesa. Revista Iberoamericana de Educación, v. 41, p. 133-147. 2006. GARCÍA, J. E. Los Problemas de la Educación Ambiental ¿Es Posible una Educación Ambiental Integradora? Investigación en la Escuela, v. 46, p. 5- 27. 2002. GIORDAN, A. De la Prise de Conscience à l`Action. Education Permanente, v. 148, p. 19-29, 2001. HILL, M. M.; HILL, A. Investigação por Questionário. 2. ed. Lisboa: Edições Sílabo, 2008. LOUGHLAND, T.; REID, A.; PETOCZ, P. Young People's Conceptions of Environment: A phenomenographic analysis. Environmental Education Research, v. 8, n. 2, p. 187-197. 2002. LOUGHLAND, Tony; REID, Anna; WALKER, Kim; PETOCZ, Peter. Factors influencing young people’s conceptions of environment. Environmental Education Research, v. 9, n. 1, p. 3-20, 2003. MARCOTE, P. V.; SUÁREZ, P. A. Planteamiento de un Marco Teórico para la Educación Ambiental para un Desarrollo Sostenible. Revista Electrónica de Enseñanza de las Ciencias, v. 4, n. 1. 2005. Disponível em: <http://reec.uvigo.es/volumenes/volumen4/ART4_Vol4_N1.pdf>. Acesso em: 17 de fev. 2007. MILLER, J. D. Scientific Literacy: an updated conceptual and empirical review. In GAGO, M. O Futuro da Cultura Científica Lisboa: Instituto de Prospectiva. 1994. p. 37-57.
  • 10. 10 NOVO, M. La Educación Ambiental, una Genuina Educación para el Desarrollo Sostenible, Revista de Educación, Número Extraordinario p. 195-217. 2009. PETOCZ, P.; REID, A.; LOUGHLAND, T. The Importance of Adults’ Conceptions of the Environment for Education. Australian Association for Research in Education 2003 Conference Papers. Disponível em: <www.aare.edu.au/index.htm>. Acesso em: 7 de dez. 2010. SCHMIDT, L.; NAVE, J. G.; GUERRA, J. Educação Ambiental. Balanço e Perspectivas para uma Agenda Sustentável. Lisboa: Instituto de Ciências Sociais, 2010. REIGOTA, M. A. S. O Meio Ambiente e suas Representações no Ensino em São Paulo, Brasil. Uniambiente. Brasília, v. 2, n. 1, p. 27-30. 1991. STEVENSON, R. B. Schooling and Environmental Education: contradictions in purpose and practice. Environmental Education Research, v. 13, n. 2, p. 139-153. 2007. UNESCO. The Belgrade charter: A global framework for environmental education. Connect, v. 1, p. 1-2, 1976. UNESCO. Toward an action plan: a report on the Tbilisi Intergovernmental Conference on Environmental Education. Washington, DC: US Government Printing Office, 1978. UNESCO. Agenda 21 – Action Plan for the Next Century. Rio de Janeiro, UNCED. 1992 Disponível em: <http://sustainabledevelopment.un.org/content/documents/Agenda21.pdf>. Acesso em 22 de nov. 1992. UNESCO. United Nations Decade of Education for Sustainable Development. International Implementation Scheme. 2004. Disponível em: <http://unesdoc.unesco.org/images/0014/001416/141629e.pdf>. Acesso em 22 de nov. 2007. URDA, E. G. Las Concepciones del Medioambiente en Estudantes de Nível Superior. Revista Iberoamericana de Educación. Disponível em: <www.rieoei.org/deloslectores/602Gonzalez.PDF>. Acesso em: 3 de set. 2009.