O documento propõe uma abordagem para ensinar química orgânica no ensino médio que enfatiza a contextualização dos conteúdos. A proposta estrutura o material didático em duas partes: a primeira estuda substâncias de carbono a partir de textos da mídia sobre aplicações industriais e efeitos ambientais; a segunda desenvolve propriedades e reações químicas usando experimentação. A proposta visa tornar o aprendizado mais significativo e motivador para os estudantes.
1. O documento discute a educação ambiental na perspectiva dos alunos de pedagogia, apresentando os resultados de um pré-teste realizado com estudantes do último ano do curso.
2. O pré-teste utilizou uma escala de Likert para analisar as concepções dos alunos sobre educação ambiental no currículo escolar.
3. Os resultados sugerem que os futuros professores têm uma visão positiva sobre educação ambiental, mas desconhecem sua obrigatoriedade no currículo escolar.
Este documento apresenta uma sequência didática de educação ambiental para os anos iniciais do ensino fundamental, abordando o tema do desastre ambiental de Mariana (MG) com uma perspectiva CTSA. A sequência foi desenvolvida após reuniões entre professores para escolher o tema e organizar as atividades, e foi aplicada com cem alunos do 5o ano. O objetivo era ensinar conteúdos curriculares de forma contextualizada e interdisciplinar sobre o desastre, incluindo suas consequências ambientais, sociais, econômicas e
1) O documento discute a importância de incluir as dimensões sociais, ambientais e tecnológicas no ensino de química para formação da cidadania.
2) Foi realizada uma pesquisa com 41 professores de química que utilizam um material didático inovador com foco nessas dimensões.
3) A maioria dos professores reconhece a importância da contextualização, mas alguns têm dificuldades em implementá-la na prática.
1. Este artigo propõe uma nova abordagem para o ensino de química na Educação de Jovens e Adultos, priorizando a relação entre os conteúdos acadêmicos e os conhecimentos cotidianos dos alunos.
2. Foram desenvolvidos temas químicos de forma problematizadora e investigativa, com experimentos, dentro de uma unidade didática elaborada pelo autor.
3. A proposta busca tornar o ensino de química significativo para os alunos da EJA, aproximando a disciplina do seu
1) O documento apresenta uma análise dos conceitos científicos abordados no desenho animado LMN's Elements, com o objetivo de contribuir para o debate sobre o ensino de química.
2) Os dados foram coletados de 9 episódios disponíveis no canal "lmnscartoonspa" do YouTube e analisados qualitativamente.
3) Os resultados indicam que desenhos animados podem ser uma ferramenta para ensino de química mais lúdico, mas é necessário refletir sobre como os conceitos são apresentados para
CONTEXTUALIZAÇÃO DO CONHECIMENTO QUÍMICO: UMA ALTERNATIVA PARA PROMOVER MUDAN...Anderson Oliveira
1) O documento discute a importância da contextualização do ensino de química, utilizando o tema "água como recurso natural vital", para promover mudanças conceituais nos alunos.
2) A pesquisa foi realizada com 25 alunos do ensino médio utilizando diversas estratégias para ensinar o tema de forma contextualizada e interdisciplinar.
3) Os resultados indicaram que abordar temas do contexto social dos alunos ativa sua curiosidade e interesse no aprendizado químico.
Este artigo analisa a abordagem da Educação Ambiental nos documentos norteadores da Educação Básica brasileira, como os Parâmetros Curriculares Nacionais, as Diretrizes Curriculares Nacionais e a Base Nacional Comum Curricular. Discute a legislação ambiental e a importância da Educação Ambiental na formação de cidadãos. Ao comparar os documentos, verifica-se que a BNCC não apresenta mudanças significativas para a temática e relega o tema, sem propor avanços para uma educação mais e
Este documento discute a aplicação dos Sete Princípios para a Boa Prática na Educação de Ensino Superior em uma faculdade particular em Minas Gerais, com o objetivo de melhorar o processo de ensino-aprendizagem. Os resultados indicaram que os professores precisam investir mais em estratégias de ensino alinhadas com as necessidades e interesses dos alunos, especialmente aquelas relacionadas à aprendizagem ativa, feedback rápido e tempo de tarefa. Os sete princípios se mostraram aplicáveis como instrumento de
1. O documento discute a educação ambiental na perspectiva dos alunos de pedagogia, apresentando os resultados de um pré-teste realizado com estudantes do último ano do curso.
2. O pré-teste utilizou uma escala de Likert para analisar as concepções dos alunos sobre educação ambiental no currículo escolar.
3. Os resultados sugerem que os futuros professores têm uma visão positiva sobre educação ambiental, mas desconhecem sua obrigatoriedade no currículo escolar.
Este documento apresenta uma sequência didática de educação ambiental para os anos iniciais do ensino fundamental, abordando o tema do desastre ambiental de Mariana (MG) com uma perspectiva CTSA. A sequência foi desenvolvida após reuniões entre professores para escolher o tema e organizar as atividades, e foi aplicada com cem alunos do 5o ano. O objetivo era ensinar conteúdos curriculares de forma contextualizada e interdisciplinar sobre o desastre, incluindo suas consequências ambientais, sociais, econômicas e
1) O documento discute a importância de incluir as dimensões sociais, ambientais e tecnológicas no ensino de química para formação da cidadania.
2) Foi realizada uma pesquisa com 41 professores de química que utilizam um material didático inovador com foco nessas dimensões.
3) A maioria dos professores reconhece a importância da contextualização, mas alguns têm dificuldades em implementá-la na prática.
1. Este artigo propõe uma nova abordagem para o ensino de química na Educação de Jovens e Adultos, priorizando a relação entre os conteúdos acadêmicos e os conhecimentos cotidianos dos alunos.
2. Foram desenvolvidos temas químicos de forma problematizadora e investigativa, com experimentos, dentro de uma unidade didática elaborada pelo autor.
3. A proposta busca tornar o ensino de química significativo para os alunos da EJA, aproximando a disciplina do seu
1) O documento apresenta uma análise dos conceitos científicos abordados no desenho animado LMN's Elements, com o objetivo de contribuir para o debate sobre o ensino de química.
2) Os dados foram coletados de 9 episódios disponíveis no canal "lmnscartoonspa" do YouTube e analisados qualitativamente.
3) Os resultados indicam que desenhos animados podem ser uma ferramenta para ensino de química mais lúdico, mas é necessário refletir sobre como os conceitos são apresentados para
CONTEXTUALIZAÇÃO DO CONHECIMENTO QUÍMICO: UMA ALTERNATIVA PARA PROMOVER MUDAN...Anderson Oliveira
1) O documento discute a importância da contextualização do ensino de química, utilizando o tema "água como recurso natural vital", para promover mudanças conceituais nos alunos.
2) A pesquisa foi realizada com 25 alunos do ensino médio utilizando diversas estratégias para ensinar o tema de forma contextualizada e interdisciplinar.
3) Os resultados indicaram que abordar temas do contexto social dos alunos ativa sua curiosidade e interesse no aprendizado químico.
Este artigo analisa a abordagem da Educação Ambiental nos documentos norteadores da Educação Básica brasileira, como os Parâmetros Curriculares Nacionais, as Diretrizes Curriculares Nacionais e a Base Nacional Comum Curricular. Discute a legislação ambiental e a importância da Educação Ambiental na formação de cidadãos. Ao comparar os documentos, verifica-se que a BNCC não apresenta mudanças significativas para a temática e relega o tema, sem propor avanços para uma educação mais e
Este documento discute a aplicação dos Sete Princípios para a Boa Prática na Educação de Ensino Superior em uma faculdade particular em Minas Gerais, com o objetivo de melhorar o processo de ensino-aprendizagem. Os resultados indicaram que os professores precisam investir mais em estratégias de ensino alinhadas com as necessidades e interesses dos alunos, especialmente aquelas relacionadas à aprendizagem ativa, feedback rápido e tempo de tarefa. Os sete princípios se mostraram aplicáveis como instrumento de
O documento discute os desafios atuais da disciplina Prática de Ensino nas licenciaturas de Ciências Naturais. Apresenta uma análise da evolução histórica da Prática de Ensino e sua relação com a Didática e Estágio Curricular. Também contextualiza a Prática de Ensino na legislação e debate sobre diretrizes curriculares, e discute tendências da pesquisa em Ensino de Ciências e sua implicação na formação de professores.
HISTÓRIAS EM QUADRINHOS COMO PROPOSTA INTERDISCIPLINAR EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL ...ProfessorPrincipiante
Historicamente, a Educação Ambiental (EA) obteve enormes avanços e, tornou-se importante para a busca de valores e princípios, passando a fazer parte dos currículos educacionais brasileiros. É pertinente que a EA constitui um assunto que se faz necessário em todas as etapas de ensino, tanto na educação formal como na não formal, começando em casa, mesmo antes do contato da criança com a escola. Nesse contexto, surge a necessidade do professor trabalhar este tema com os alunos e buscar metodologias que satisfaçam as necessidades dos educandos.
O documento discute a importância do ensino de química para o exercício da cidadania. Ele analisa como o ensino de química tem mudado para se alinhar com os parâmetros curriculares nacionais e enfatiza a importância de contextualizar os conceitos químicos com a realidade dos alunos para melhor prepará-los para participar da sociedade. Livros didáticos precisam incluir mais temas transversais e contextualizados para apoiar o desenvolvimento da cidadania.
1) O documento analisa a percepção ambiental de alunos de uma escola no Amapá, Brasil.
2) Os alunos demonstraram interesse pelo tema e percepção do ambiente, assim como preocupação com sua preservação.
3) O estudo objetivou diagnosticar e avaliar a percepção ambiental dos alunos para subsidiar ações educativas de preservação ambiental.
O documento discute o uso de metodologias ativas no ensino de química, definindo seus principais métodos como PBL, PI, POL, TBL e JITT. Também aborda como essas metodologias promovem a aprendizagem significativa ao envolverem os alunos de forma dinâmica na construção do conhecimento.
O documento discute a educação ambiental e como ela é percebida pelos alunos de cursos de licenciatura da Universidade Federal Fluminense no Brasil. O estudo avaliou as percepções e conceitos sobre educação ambiental dos alunos por meio de questionários. Os resultados mostraram que as visões naturalista e antropocêntrica sobre meio ambiente predominaram e que alunos de biologia e geografia demonstraram melhor compreensão dos conceitos, enquanto os de outros cursos se sentiram distantes do tema. O documento defende a inclusão de discipl
Um olhar sobre a educação ambiental: possibilidades para a gestão pedagógicaFábio de Oliveira Matos
Apresentação sobre a relação entre a Educação Ambiental e a atuação da gestão pedagógica no ensino básico.
Objetivo: analisar as potencialidades da Gestão Pedagógica no desenvolvimento da Educação Ambiental (EA), na busca pela construção de um educando analítico, crítico e consciente de seu papel na sociedade.
Proposta de diretrizes curriculares nacionais para a educacao ambientalAlessandra Chacon
1. O documento propõe diretrizes curriculares nacionais para a educação ambiental nos níveis e modalidades de ensino brasileiros.
2. A proposta destaca a importância da educação ambiental para a formação do cidadão e a necessidade de incorporar os princípios e objetivos da política nacional de educação ambiental nas diretrizes curriculares.
3. Faz um breve histórico da educação ambiental no Brasil e no mundo, citando documentos e conferências internacionais que influenciaram o desenvolvimento da educação ambiental no
1. O documento discute como a educação ambiental nas séries iniciais pode integrar os componentes curriculares e ressignificar o ensino de ciências.
2. A autora argumenta que a formação continuada de professores é essencial para implementar a educação ambiental de forma efetiva, preparando-os para ensinar de forma mais significativa e crítica.
3. Ela relata sua experiência desenvolvendo um projeto de educação ambiental em uma escola, usando a pesquisa como metodologia para envolver os alunos de forma criativa com os tem
Este documento discute a reformulação do ensino médio no Brasil de acordo com a nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Ele aborda a necessidade de superar as limitações do antigo ensino médio pré-universitário e profissionalizante, e estabelece que o ensino médio deve completar a educação básica, preparando os estudantes para a vida, a cidadania e o aprendizado permanente. Também discute a importância de se revisar os projetos pedagógicos das escolas para adequá-los ao públic
Este documento relata a produção de um material didático sobre química ambiental utilizando conceitos de cinética química para alunos do ensino médio. O material foi desenvolvido por pesquisadores e testado em sala de aula com questionários, mostrando resultados positivos na aprendizagem dos alunos e na aproximação entre os conceitos químicos e a realidade dos estudantes.
O documento discute os termos "cotidiano" e "contextualização" no ensino de química. Apresenta diferentes perspectivas sobre como esses termos são usados em materiais didáticos e documentos oficiais, e reflete sobre avanços e limitações de seu uso. Também analisa como professores e livros didáticos abordam a contextualização e discute a importância de referenciais teóricos nessa abordagem.
EXPERIMENTAÇÃO NO ENSINO DE QUÍMICA: CONCEPÇÕES DOS ALUNOS DA 2ª E 3ª SÉRIES ...Anderson Oliveira
[1] O documento descreve uma pesquisa sobre as concepções de alunos do 2o e 3o ano do ensino médio sobre experimentos realizados em química.
[2] Os resultados mostraram que a maioria dos alunos tinha interesse pela química e considerava os experimentos importantes e interessantes.
[3] No entanto, os alunos tiveram alguma resistência à primeira atividade investigativa proposta, possivelmente por estarem acostumados a atividades com roteiros pré-estabelecidos.
PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR INDIVIDUAL Temática Interdisciplinar: Educa...Raphael Andrade
A elaboração de práticas interdisciplinares colabora para que a Educação Ambiental promova melhorias, na percepção dos discentes. Por isso, é de grande relevância que os docentes da unidade escolar, atuem em conjunto estabelecendo qual será a metodologia usada por cada docente e os objetivos gerais a serem alcançados
1) O documento discute a formação de professores no contexto escolar por meio da reconstrução curricular utilizando a Abordagem Temática. 2) Dois processos de reconstrução curricular são analisados: Situações de Estudo e o movimento de Chapecó/SC. 3) O estudo busca identificar como a participação dos professores nesses processos contribuiu para sua formação contínua, com foco na superação de práticas tradicionais e na reflexão sobre a prática pedagógica.
Este documento apresenta uma dissertação de mestrado sobre alfabetização científica a partir da aprendizagem baseada na resolução de problemas, contextualizando o cultivo da mandioca no ensino fundamental. A pesquisa analisou propostas investigativas com 119 alunos do 7o ano usando a metodologia ABRP e discutiu seus resultados. Como produto final, foi elaborado um guia didático sobre o tema para auxiliar professores.
As pesquisas acadêmicas sobre o ensino da evolução biológica no Brasil investigaram principalmente dissertações, teses, artigos de encontros científicos. Estas pesquisas mostraram que o tema recebeu muita atenção ao longo do tempo, privilegiando o ensino médio e abordagens conceituais. No entanto, recursos didáticos e fatores como visões religiosas ainda representam desafios para seu ensino.
1) A tese investiga práticas docentes baseadas na abordagem de temas nos componentes curriculares de Ciências da Natureza no ensino médio.
2) Foram analisados documentos curriculares nacionais e revisada literatura sobre propostas temáticas, identificando diversidade teórica e metodológica.
3) Entrevistas com professores revelaram desafios na implementação de perspectivas temáticas contextualizadas e na superação da abordagem conceitual tradicional.
Este documento discute a reforma do ensino médio no Brasil e fornece orientações para professores. Ele explica que o ensino médio deixou de ser apenas preparatório para a universidade ou profissionalizante e agora deve completar a educação básica, preparando estudantes para a vida e cidadania. Também sugere que as escolas revisem seus projetos pedagógicos para promover aprendizados contextualizados e participativos.
This document summarizes a Herbalife marketing presentation. The presentation introduces Herbalife nutrition products and opportunities to become a client or coach. Testimonials are provided about weight loss and lifestyle changes experienced by product users. Health statistics about obesity are presented to emphasize the need for nutrition education. The business opportunity involves retailing products, building a client base, and recruiting others to become coaches and earn commissions.
Este documento apresenta a grade curricular do curso de Psicologia da Universidade de Itumbiara, com as disciplinas oferecidas por semestre, código, nome, carga horária e créditos de cada uma. Ao todo são oferecidos 10 semestres com 232 créditos e 4052 horas de carga horária total.
This document discusses groundwater, including:
- Groundwater is water found beneath the Earth's surface, filling spaces in rock and sediment. It is a major source of water supply.
- Groundwater originates from precipitation that infiltrates underground. It moves through the hydrologic cycle and is stored in aquifers.
- Aquifers are permeable rock formations that can supply significant water to wells and springs. Properties like porosity and permeability determine how much water rock can hold and transmit.
O documento discute os desafios atuais da disciplina Prática de Ensino nas licenciaturas de Ciências Naturais. Apresenta uma análise da evolução histórica da Prática de Ensino e sua relação com a Didática e Estágio Curricular. Também contextualiza a Prática de Ensino na legislação e debate sobre diretrizes curriculares, e discute tendências da pesquisa em Ensino de Ciências e sua implicação na formação de professores.
HISTÓRIAS EM QUADRINHOS COMO PROPOSTA INTERDISCIPLINAR EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL ...ProfessorPrincipiante
Historicamente, a Educação Ambiental (EA) obteve enormes avanços e, tornou-se importante para a busca de valores e princípios, passando a fazer parte dos currículos educacionais brasileiros. É pertinente que a EA constitui um assunto que se faz necessário em todas as etapas de ensino, tanto na educação formal como na não formal, começando em casa, mesmo antes do contato da criança com a escola. Nesse contexto, surge a necessidade do professor trabalhar este tema com os alunos e buscar metodologias que satisfaçam as necessidades dos educandos.
O documento discute a importância do ensino de química para o exercício da cidadania. Ele analisa como o ensino de química tem mudado para se alinhar com os parâmetros curriculares nacionais e enfatiza a importância de contextualizar os conceitos químicos com a realidade dos alunos para melhor prepará-los para participar da sociedade. Livros didáticos precisam incluir mais temas transversais e contextualizados para apoiar o desenvolvimento da cidadania.
1) O documento analisa a percepção ambiental de alunos de uma escola no Amapá, Brasil.
2) Os alunos demonstraram interesse pelo tema e percepção do ambiente, assim como preocupação com sua preservação.
3) O estudo objetivou diagnosticar e avaliar a percepção ambiental dos alunos para subsidiar ações educativas de preservação ambiental.
O documento discute o uso de metodologias ativas no ensino de química, definindo seus principais métodos como PBL, PI, POL, TBL e JITT. Também aborda como essas metodologias promovem a aprendizagem significativa ao envolverem os alunos de forma dinâmica na construção do conhecimento.
O documento discute a educação ambiental e como ela é percebida pelos alunos de cursos de licenciatura da Universidade Federal Fluminense no Brasil. O estudo avaliou as percepções e conceitos sobre educação ambiental dos alunos por meio de questionários. Os resultados mostraram que as visões naturalista e antropocêntrica sobre meio ambiente predominaram e que alunos de biologia e geografia demonstraram melhor compreensão dos conceitos, enquanto os de outros cursos se sentiram distantes do tema. O documento defende a inclusão de discipl
Um olhar sobre a educação ambiental: possibilidades para a gestão pedagógicaFábio de Oliveira Matos
Apresentação sobre a relação entre a Educação Ambiental e a atuação da gestão pedagógica no ensino básico.
Objetivo: analisar as potencialidades da Gestão Pedagógica no desenvolvimento da Educação Ambiental (EA), na busca pela construção de um educando analítico, crítico e consciente de seu papel na sociedade.
Proposta de diretrizes curriculares nacionais para a educacao ambientalAlessandra Chacon
1. O documento propõe diretrizes curriculares nacionais para a educação ambiental nos níveis e modalidades de ensino brasileiros.
2. A proposta destaca a importância da educação ambiental para a formação do cidadão e a necessidade de incorporar os princípios e objetivos da política nacional de educação ambiental nas diretrizes curriculares.
3. Faz um breve histórico da educação ambiental no Brasil e no mundo, citando documentos e conferências internacionais que influenciaram o desenvolvimento da educação ambiental no
1. O documento discute como a educação ambiental nas séries iniciais pode integrar os componentes curriculares e ressignificar o ensino de ciências.
2. A autora argumenta que a formação continuada de professores é essencial para implementar a educação ambiental de forma efetiva, preparando-os para ensinar de forma mais significativa e crítica.
3. Ela relata sua experiência desenvolvendo um projeto de educação ambiental em uma escola, usando a pesquisa como metodologia para envolver os alunos de forma criativa com os tem
Este documento discute a reformulação do ensino médio no Brasil de acordo com a nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Ele aborda a necessidade de superar as limitações do antigo ensino médio pré-universitário e profissionalizante, e estabelece que o ensino médio deve completar a educação básica, preparando os estudantes para a vida, a cidadania e o aprendizado permanente. Também discute a importância de se revisar os projetos pedagógicos das escolas para adequá-los ao públic
Este documento relata a produção de um material didático sobre química ambiental utilizando conceitos de cinética química para alunos do ensino médio. O material foi desenvolvido por pesquisadores e testado em sala de aula com questionários, mostrando resultados positivos na aprendizagem dos alunos e na aproximação entre os conceitos químicos e a realidade dos estudantes.
O documento discute os termos "cotidiano" e "contextualização" no ensino de química. Apresenta diferentes perspectivas sobre como esses termos são usados em materiais didáticos e documentos oficiais, e reflete sobre avanços e limitações de seu uso. Também analisa como professores e livros didáticos abordam a contextualização e discute a importância de referenciais teóricos nessa abordagem.
EXPERIMENTAÇÃO NO ENSINO DE QUÍMICA: CONCEPÇÕES DOS ALUNOS DA 2ª E 3ª SÉRIES ...Anderson Oliveira
[1] O documento descreve uma pesquisa sobre as concepções de alunos do 2o e 3o ano do ensino médio sobre experimentos realizados em química.
[2] Os resultados mostraram que a maioria dos alunos tinha interesse pela química e considerava os experimentos importantes e interessantes.
[3] No entanto, os alunos tiveram alguma resistência à primeira atividade investigativa proposta, possivelmente por estarem acostumados a atividades com roteiros pré-estabelecidos.
PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR INDIVIDUAL Temática Interdisciplinar: Educa...Raphael Andrade
A elaboração de práticas interdisciplinares colabora para que a Educação Ambiental promova melhorias, na percepção dos discentes. Por isso, é de grande relevância que os docentes da unidade escolar, atuem em conjunto estabelecendo qual será a metodologia usada por cada docente e os objetivos gerais a serem alcançados
1) O documento discute a formação de professores no contexto escolar por meio da reconstrução curricular utilizando a Abordagem Temática. 2) Dois processos de reconstrução curricular são analisados: Situações de Estudo e o movimento de Chapecó/SC. 3) O estudo busca identificar como a participação dos professores nesses processos contribuiu para sua formação contínua, com foco na superação de práticas tradicionais e na reflexão sobre a prática pedagógica.
Este documento apresenta uma dissertação de mestrado sobre alfabetização científica a partir da aprendizagem baseada na resolução de problemas, contextualizando o cultivo da mandioca no ensino fundamental. A pesquisa analisou propostas investigativas com 119 alunos do 7o ano usando a metodologia ABRP e discutiu seus resultados. Como produto final, foi elaborado um guia didático sobre o tema para auxiliar professores.
As pesquisas acadêmicas sobre o ensino da evolução biológica no Brasil investigaram principalmente dissertações, teses, artigos de encontros científicos. Estas pesquisas mostraram que o tema recebeu muita atenção ao longo do tempo, privilegiando o ensino médio e abordagens conceituais. No entanto, recursos didáticos e fatores como visões religiosas ainda representam desafios para seu ensino.
1) A tese investiga práticas docentes baseadas na abordagem de temas nos componentes curriculares de Ciências da Natureza no ensino médio.
2) Foram analisados documentos curriculares nacionais e revisada literatura sobre propostas temáticas, identificando diversidade teórica e metodológica.
3) Entrevistas com professores revelaram desafios na implementação de perspectivas temáticas contextualizadas e na superação da abordagem conceitual tradicional.
Este documento discute a reforma do ensino médio no Brasil e fornece orientações para professores. Ele explica que o ensino médio deixou de ser apenas preparatório para a universidade ou profissionalizante e agora deve completar a educação básica, preparando estudantes para a vida e cidadania. Também sugere que as escolas revisem seus projetos pedagógicos para promover aprendizados contextualizados e participativos.
This document summarizes a Herbalife marketing presentation. The presentation introduces Herbalife nutrition products and opportunities to become a client or coach. Testimonials are provided about weight loss and lifestyle changes experienced by product users. Health statistics about obesity are presented to emphasize the need for nutrition education. The business opportunity involves retailing products, building a client base, and recruiting others to become coaches and earn commissions.
Este documento apresenta a grade curricular do curso de Psicologia da Universidade de Itumbiara, com as disciplinas oferecidas por semestre, código, nome, carga horária e créditos de cada uma. Ao todo são oferecidos 10 semestres com 232 créditos e 4052 horas de carga horária total.
This document discusses groundwater, including:
- Groundwater is water found beneath the Earth's surface, filling spaces in rock and sediment. It is a major source of water supply.
- Groundwater originates from precipitation that infiltrates underground. It moves through the hydrologic cycle and is stored in aquifers.
- Aquifers are permeable rock formations that can supply significant water to wells and springs. Properties like porosity and permeability determine how much water rock can hold and transmit.
Chandni Goel seeks a successful career where she can contribute to organizational progress. She has a B.Tech in electronics and communications engineering and works as a customer care executive. She has undergone training in embedded systems, networking, and Linux/Windows administration. Projects include security, robotics, and antenna designs. She is skilled in programming languages like C and software including MS Office, networking tools, and CAD tools. She has achieved academic and competition honors, published research, and possesses strengths like dedication and teamwork.
La tarjeta principal o mother board crak (2)RON41D
El documento describe los componentes principales de una tarjeta madre y sus funciones. La tarjeta madre integra todos los componentes de una computadora y permite la conexión entre el procesador, la memoria, las tarjetas de expansión y otros dispositivos. Contiene un BIOS que controla las operaciones básicas de la computadora. Algunos de los componentes más importantes de la tarjeta madre son el procesador, la memoria RAM, los puertos de entrada/salida y las ranuras de expansión.
This document is a resume for Melondy M Houser summarizing her experience as a service manager for various dealerships since 2000, primarily focused on customer satisfaction, profitability, and business growth. She has extensive experience managing service departments and advising customers for dealerships across Florida, Georgia, North Carolina, and South Carolina. Her background also includes owning a restaurant and certifications in service management for Honda, Toyota, and General Motors vehicles.
Este documento describe y compara cuatro herramientas principales para el almacenamiento en la nube: Dropbox, SkyDrive, Google Drive y Box. Dropbox y Google Drive ofrecen almacenamiento gratuito ilimitado, mientras que SkyDrive es parcialmente gratuita y Box ofrece una versión gratuita y paga. Cada servicio tiene características y diseños únicos para el almacenamiento y acceso a archivos en la nube de forma sincronizada entre dispositivos.
Este documento describe diferentes herramientas para el almacenamiento en la nube, incluyendo Dropbox, SkyDrive, Google Drive y Box. Explica las diferencias entre estos servicios, algunos son gratuitos mientras otros son pagados. También discute opciones de almacenamiento público como Amazon Web Services y Akamai, así como soluciones privadas de almacenamiento en la nube como VeePee y la nube virtual privada de Amazon.
- Akif Malik is seeking a position as a Rig Manager or Assistant Rig Manager with an oil servicing and drilling company.
- He has over 15 years of experience in drilling operations having worked in roles such as Roustabout, Floor Man, Derrick Man, Assistant Driller and Driller.
- He is proficient in conventional, integrated, and top drive drilling systems and has experience managing and supervising rig operations.
1) Santhara, or Sallekhana, is a Jain practice of voluntarily fasting to death at the end of life when suffering from an incurable illness or disability.
2) Proponents believe it cleanses the soul and prevents new karma from forming, aiding the path to moksha or liberation from the cycle of rebirth.
3) However, others argue it is a form of suicide or euthanasia in disguise, and question how voluntary it can truly be given social and family pressures.
Diagnóstico ambiental de uma instituição de ensino superiorMarisa Correia
1. O documento descreve um estudo realizado para identificar problemas ambientais em uma instituição de ensino superior e os comportamentos ambientais de sua comunidade.
2. A maioria dos inquiridos apontou os resíduos como o principal problema, e medidas educativas e tecnológicas como formas de resolvê-lo.
3. Os resultados mostraram que a comunidade tem comportamentos pró-ambientais, mas desconhece iniciativas existentes, indicando a necessidade de maior visibilidade do projeto ambiental da instituição.
O documento discute a abordagem do ensino de funções orgânicas utilizando compostos bioativos encontrados em produtos naturais, com o objetivo de tornar o assunto mais relevante para os alunos. A contextualização do conteúdo facilitou a aprendizagem, mostrando como a química está presente no cotidiano e melhorando o interesse dos alunos.
Estreitando laços entre teoria e prática pedagógicas (1)Romulo Coco
O documento discute projetos de iniciação à docência que aproximam teoria e prática pedagógica entre uma escola pública e uma universidade. Os bolsistas participam de projetos que abordam temas químicos e sociais com os alunos. Isso permite uma formação inicial vinculada à realidade escolar e o desenvolvimento de habilidades de pesquisa.
O Protagonismo dos Educandos diante das Demandas Socioambientais da Escola: a...Daniela Menezes
Artigo final da Especialização em Educação Ambiental pela FURG, apresentando uma vivência com metodologia de ensino-aprendizagem pela pesquisa integrando ciência e arte para a Educação Ambiental com séries iniciais do ensino fundamental.
O documento descreve uma experiência de ensino de química na qual estudantes universitários planejaram e conduziram uma aula prática sobre soluções, misturas e substâncias para alunos do ensino médio. A aula prática utilizou experimentos com diferentes materiais para ajudar os alunos a relacionar os conceitos teóricos com situações do mundo real. Os resultados indicaram que abordagens experimentais podem facilitar a compreensão dos alunos quando o professor media o processo de forma reflexiva e dialógica.
O documento descreve uma experiência de ensino de química na qual estudantes universitários planejaram e conduziram uma aula prática sobre soluções, misturas e substâncias para alunos do ensino médio. A aula prática utilizou experimentos com diferentes materiais para ajudar os alunos a relacionar os conceitos teóricos com situações do mundo real. Os resultados indicaram que abordagens práticas que envolvem os alunos ativamente podem promover aprendizagens significativas.
UM PROJETO AMBIENTAL NO ENSINO SUPERIOR: FASE DE DIAGNÓSTICO AMBIENTALMarisa Correia
Artigo publicado na Revista da UIIPS (Unidade de Investigação do Instituto Politécnico de Santarém).
http://www.ipsantarem.pt/wp-content/uploads/2013/07/Revista-da-UIIPS_N3_Vol1_2013_ISSN-2182-9608.pdf
[1] O documento apresenta uma investigação sobre o currículo de Ciências da Natureza e Matemática em uma escola estadual de Mato Grosso que participa do Programa Ensino Médio Inovador (ProEMI).
[2] O objetivo é investigar o processo de (re)significação do currículo desses campos do saber a partir da proposta do ProEMI e das perspectivas de professores e gestores escolares.
[3] Os resultados mostram que o ProEMI tem como objetivo apoiar práticas pedagógicas inovadoras, mas na
A PERMACULTURA COMO ESTRATÉGIA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL: POTENCIALIDADES E LIMI...Claraluz Gris
Este documento apresenta uma pesquisa sobre a inserção da permacultura em escolas da rede municipal de Porto Alegre como estratégia de educação ambiental e revitalização de pátios escolares. Foram realizadas entrevistas com educadores que identificaram potencialidades como aprendizagem, envolvimento comunitário e aproveitamento de recursos, mas também limitações como falta de recursos e formação de professores. O estudo analisou como a permacultura vem sendo aplicada e suas percepções para contribuir com futuras estratégias de educação ambient
O documento discute a contribuição dos objetos de aprendizagem no ensino de química. Ele analisa as vantagens dos objetos de aprendizagem, como facilitar a compreensão de conceitos complexos através de imagens e vídeos. No entanto, aponta que as escolas públicas não fazem uso adequado dessa tecnologia, ao contrário das escolas particulares.
1) O documento apresenta reflexões sobre o desenvolvimento, aplicação e avaliação de uma sequência didática sobre Termoquímica utilizando Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) em uma turma do 2o ano do Ensino Médio.
2) A sequência didática foi composta de 5 aulas e aplicada em uma escola particular no Rio Grande do Sul, utilizando recursos como objetos de aprendizagem encontrados na internet.
3) Os resultados mostraram que os alunos não estavam habituados a atividades em sala de a
Apresentação cespeb 2016 - A inserção da EA nas escolas e a tensão público-pr...Leonardo Kaplan
O documento discute a educação ambiental nas escolas brasileiras, identificando problemas e limitações em sua prática, bem como a influência crescente do discurso empresarial. Refere estudos que apontam a inserção frágil da educação ambiental nas escolas e a necessidade de abordagens mais críticas e transformadoras. Também analisa projetos de parcerias público-privadas que podem reforçar uma visão economicista do desenvolvimento sustentável.
Relato de esperiência sobre a atividade e EA realizada com os alunos do 6° ano da Escola Tomás Antônio Gonzaga durante o ano de 2007, dentro das ações do Programa de Educação Ambiental(PEA) da UFOP.
Este documento analisa a percepção e práticas pedagógicas sobre educação ambiental em uma escola pública em Manaus. A pesquisa observou alunos, professores e moradores, e encontrou que a percepção ambiental está limitada ao meio ambiente físico, ignorando aspectos sociais. As práticas pedagógicas não são interdisciplinares e falta capacitação de professores em educação ambiental.
Este documento descreve uma pesquisa educacional realizada com alunos de uma escola pública em Recife, Pernambuco, Brasil. O objetivo foi melhorar a compreensão dos alunos sobre o ecossistema de manguezal através de atividades práticas e visitas de campo. Inicialmente, os alunos responderam perguntas sobre manguezais para avaliar seus conhecimentos. Depois, receberam informações teóricas e visitaram dois manguezais, um conservado e outro impactado. Novas perguntas mostraram que os alun
Este documento discute a educação ambiental e práticas educativas na percepção de professores do ensino médio. Ele investiga como a educação ambiental vem sendo abordada em sala de aula e quais estratégias didáticas os professores usam. Os resultados mostram que os principais desafios são a desvalorização do tema e a falta de implementação das diretrizes legais. As atividades mais comuns são feiras de ciência e visitas a espaços naturais.
DISCUTINDO CONTROVÉRSIAS SOCIOCIENTÍFICAS NO ENSINO DE CIÊNCIAS POR MEIO DO “...ProfessorPrincipiante
A iniciação à docência é o período de tempo que abarca os difíceis primeiros anos de magistério, onde os professores fazem a transição de estudantes a profissionais atuantes. Caracteriza-se como um período de tensões e aprendizagens intensas em contextos geralmente desconhecidos. Nestes, os professores principiantes precisam colocar em jogo seu conhecimento profissional em curto espaço de tempo, além de manter certo equilíbrio pessoal na busca de sua identidade profissional. Neste momento, surgem duvidas e contradições, pois ao se depararem com a realidade escolar, distante do plano teórico acadêmico de sua formação inicial, os professores, muitas vezes, acabam por relacionar sua ação às experiências e modelos vivenciados em sua escolarização (Rocha, Silva 2013).
Novosrumosparaolaboratorioescoladecienciasatarcisoborgespp .arquivoMarcos Elias
O documento discute novas direções para o laboratório escolar de ciências. Ele argumenta que as atividades no laboratório devem se afastar da mera manipulação de equipamentos e se aproximar mais do processo real de fazer ciência, envolvendo interpretação de ideias e observações. Também defende uma ampla gama de atividades práticas não direcionadas e uma mudança de foco para análise de resultados e avaliação de evidências.
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Caderno de Resumos XVIII Encontro de Pesquisa em Filosofia da UFU, IX Encontro de Pós-Graduação em Filosofia da UFU e VII Encontro de Pesquisa em Filosofia no Ensino Médio
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A música 'Espalhe Amor', interpretada pela cantora Anavitória é uma celebração do amor e de sua capacidade de transformar e conectar as pessoas. A letra sugere uma reflexão sobre como o amor, quando verdadeiramente compartilhado, pode ultrapassar barreiras alcançando outros corações e provocando mudanças positivas.
O Que é Um Ménage à Trois?
A sociedade contemporânea está passando por grandes mudanças comportamentais no âmbito da sexualidade humana, tendo inversão de valores indescritíveis, que assusta as famílias tradicionais instituídas na Palavra de Deus.
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Egito antigo resumo - aula de história.pdfsthefanydesr
O Egito Antigo foi formado a partir da mistura de diversos povos, a população era dividida em vários clãs, que se organizavam em comunidades chamadas nomos. Estes funcionavam como se fossem pequenos Estados independentes.
Por volta de 3500 a.C., os nomos se uniram formando dois reinos: o Baixo Egito, ao Norte e o Alto Egito, ao Sul. Posteriormente, em 3200 a.C., os dois reinos foram unificados por Menés, rei do alto Egito, que tornou-se o primeiro faraó, criando a primeira dinastia que deu origem ao Estado egípcio.
Começava um longo período de esplendor da civilização egípcia, também conhecida como a era dos grandes faraós.
1. Acta Scientiae, v.11, n.1, jan./jun. 2009 101
Estratégias para o ensino de
química orgânica no nível médio:
uma proposta curricular
Maira Ferreira
José Cláudio Del Pino
RESUMO
As diretrizes curriculares nacionais reafirmam a responsabilidade da escola e da comunidade
escolar, especialmente dos professores, na construção de currículos escolares conectados com aquilo
que tem sido configurado como sendo as necessidades da sociedade contemporânea.Apartir dessa
premissa, apresentamos algumas considerações sobre as compreensões dadas ao currículo escolar e
o papel que este assume na composição das metodologias e da seleção dos conhecimentos tratados
em química, na educação básica, e destacamos a necessidade de problematizarmos questões que
envolvem a relação entre Ciência, Tecnologia, Sociedade e Ambiente, na educação escolar.
Diante das considerações feitas, justificamos e apresentamos uma proposta de ensino de
química orgânica, para o ensino médio. Estruturamos e organizamos um material didático para ser
desenvolvido em duas partes, na primeira, propomos realizar o estudo das substâncias que contém
carbono na sua composição química, a partir de textos da mídia, sobre temas relacionados às apli-
cações industriais e aos efeitos ambientais dos processos industriais. Em um segundo momento,
procuramos desenvolver o estudo de propriedades e características destas substâncias, considerando
as reações químicas como sendo o eixo articulador do desenvolvimento dos conteúdos e utilizamos
as atividades experimentais como metodologia de ensino.
Palavras-chave: Química orgânica. Material didático alternativo. Experimentação.
Strategies for the Teaching of Organic Chemistry in Higher
Secondary Education: A curriculum proposal
ABSTRACT
The national curricular guidelines have reaffirmed the responsibility of the school and the
schooling community, especially the teachers’, in building school curriculums that are linked to what
has been configured as being contemporary society requirements. From this premise, we present a
few considerations on the comprehension attributed to the school curriculum and the role it plays in
the composition of methodologies and the selection of knowledge items approached for chemistry
in basic education, and highlight the need to problematize issues involving the relationship between
Maira Ferreira é Doutora em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Docente e Coordenadora
do Curso de Química no Centro Universitário La Salle, Rua Victor Barreto, 2288, Centro – 92010-000 – Canoas/
RS. E-mail: mairafe@uol.com.br
José Cláudio Del Pino é Pós-Doutor em Ensino de Química pela Universidade de Aveiro – Portugal. Docente da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul/UFRGS, Instituto de Química, Departamento de Química Inorgânica,
Av. Bento Gonçalves, 9500, – Campus do Vale – 91501-970 – Porto Alegre/RS. E-mail: aeq@)iq.ufrgs.br
Acta Scientiae v. 11 n.1 p.101-118 jan./jun. 2009Canoas
2. Acta Scientiae, v.11, n.1, jan./jun. 2009102
Science, Technology, Society and Environment in school education. In the face of the considerations
made, we justify and present a teaching proposal for organic chemistry for intermediate schooling.
We have structured and organized a didactic material to be developed in two parts, the first of which
we propose carrying out a study of carbon compounds from texts in the media about topics related to
industrial applications and the environmental effects of industrial processes. In a second instant, we
seektodevelopthestudyoforganiccompoundpropertiesandcharacteristics,takingintoconsideration
chemicalreactionsasbeingthearticulatingaxisinthedevelopmentofcontentsandhaveusedexperimental
activities as a teaching methodology.
Keywords: Organic Chemistry. Alternative Didactic Material. Experimentation.
INTRODUÇÃO
Muitos professores, ao longo de sua prática docente, “acostumaram-se” a ver
o currículo escolar como um documento que destacava prescrições sobre ensino,
aprendizagem, avaliação, metodologia, didática, organização, planejamento e objetivos.
Mas já há algum tempo, o currículo deixou de ter essa dimensão meramente técnica,
voltada para questões relativas a procedimentos, técnicas e métodos, e passou a considerar
também questões de natureza sociológica, política e econômica, entre outras.
É possível que nesse início dos anos de 2000, muitos professores consigam
compreender o currículo de uma forma mais ampla, vendo a diversidade de aspectos e
fatores que extrapolam a concepção prescritiva tida até então. O currículo contém mais
que uma previsão de metodologias, técnicas de ensino ou estratégias de avaliação, ele
constitui-se em discursos, e deve problematizar questões que envolvem a relação entre
Ciência, Tecnologia, Sociedade e Ambiente, sendo construído na cultura e tendo papel
na estruturação e reestruturação das relações sociais. Nessa perspectiva, o currículo,
considerado um artefato social e cultural, está implicado em relações de poder e produz
identidades individuais e sociais (MOREIRA; SILVA, 1995), sendo necessário olhar-se
para o papel do currículo na construção das concepções de educação para a sociedade.
Sem negar que as questões relativas ao aspecto metodológico são importantes,
consideramos que essas só adquirem sentido dentro de uma perspectiva que leve em
conta sua relação com aspectos referentes à seleção e às formas de organização dos
conhecimentosescolares.TambémosParâmetrosCurricularesNacionais(BRASIL,2006)
enfatizamacontextualizaçãoeainterdisciplinaridadecomopressupostosimportantespara
a educação escolar, no entanto, a proposição acadêmica de currículo não tem conseguido
modificar o caráter disciplinar do conhecimento escolar, além disso, desconsidera a
construção sócio-histórica do conhecimento, ignora os interesses dos estudantes e de sua
comunidade, e desvaloriza o conhecimento implícito que estes tenham construído pela
sua vivência. A minimização da valorização destes elementos nas práticas pedagógicas
dos professores tem contribuído para os problemas de aprendizagem dos estudantes que,
após alguns anos de escolarização, não ampliam/modificam seus conhecimentos a respeito
de diversos fenômenos (LOGUERCIO et al., 1999).
Nossas atividades no ensino de química, ao longo do tempo, têm nos permitido
identificar problemas de diferentes ordens como, por exemplo, alunos pouco motivados
3. Acta Scientiae, v.11, n.1, jan./jun. 2009 103
ao estudo de química, dificuldade dos professores em selecionar conteúdos de acordo com
o desenvolvimento cognitivo dos alunos e, também, de acordo com o contexto social,
inadequações metodológicas do trabalho docente, o que não possibilita alcançar um
desejável desenvolvimento intelectual do aprendiz (DELPINO et al., 1993; GOULART,
1989; HERON, 1975). Essas e outras questões são apontadas, muitas vezes, como causas
para altos índices de reprovação na disciplina de química e para a evasão escolar.
Em nossas ações na formação inicial e continuada de professores de química, temos
trabalhado por uma educação científica que enfatize a necessidade de contextualização
do conhecimento químico em sala de aula, tornando-o útil para a formação do cidadão.
Sendo assim, as propostas de ensino que temos desenvolvido têm uma forte relação com
o cotidiano dos estudantes e, tal como afirma Del Pino et al. (1993), essas podem ser
caracterizadas “como a aplicação do conhecimento químico estruturado, na busca de
explicações para a facilitação da leitura dos fenômenos químicos presentes em diversas
situações na vida diária”, de modo a permitir aproximar o mundo da química ao mundo
do aluno-cidadão, e com isso motivá-lo para se envolver no processo de construção do
conhecimento químico no contexto escolar.
Para operacionalizar tal projeto temos produzido materiais didáticos em uma
abordagem que privilegia a utilização de metodologias ativas, geralmente derivadas da
concepção construtivista do conhecimento. Isto implica planejar ações que considerem
o crescente grau de complexidade dos conteúdos trabalhados, de modo a permitir que os
estudantes construam seus conhecimentos de forma cooperativa com seus colegas e com
seu professor (KRÜGER, 1994; OSBORNE; FREYBERG, 1991).
Consideramos que as organizações curriculares, ao abordarem a Ciência em uma
dimensão que relaciona Ciência, Tecnologia, Sociedade e Ambiente (CTSA), estão se
propondo a vincular educação científica e cidadania, e isso implica ensinar ciências
em um contexto tecnológico e social. Os movimentos CTSA buscam fazer com que os
estudantesintegremsuacompreensãosobreosconteúdosdaciênciacomodesenvolvimento
tecnológico e com os efeitos desse desenvolvimento no seu mundo social, permitindo
associar conhecimento científico com: qualidade de vida, efeitos ambientais das aplicações
tecnológicas e tomada de decisões dos indivíduos quanto ao emprego das tecnologias, à
industrialização, ao consumo e à ética, entre outros (SANTOS; SCHNETZLER, 1997).
Considerando que a seleção dos conteúdos escolares de química, usualmente, é
determinadapeloslivrosdidáticos,equeamaioriadeles,comumenteutilizadosnasescolas
como livros-texto, pouco abordam essas questões, é possível admitir que haja a limitação
da capacidade criativa e reflexiva do professor, uma vez que este não participa da escolha
dos temas ou da metodologia de abordagem dos conteúdos selecionados pelos autores
desses livros. E mesmo que consideremos as críticas que vêm sendo feitas aos livros
didáticos, sabemos que isso ainda não é suficiente para reverter o papel “direcionador”
do livro didático (LOGUERCIO, SAMRSLA, DEL PINO, 2001A; LOGUERCIO,
SAMRSLA, DEL PINO, 2001B), especialmente, a partir de 2008 com a distribuição
de livros (selecionados pelos professores) pelo Programa Nacional do Livro Didático
(PNLEM), para serem utilizados pelos alunos como livro texto.
4. Acta Scientiae, v.11, n.1, jan./jun. 2009104
Diantedessasconsiderações,entendemosserdifícilparaoprofessor,individualmente,
produzir materiais didáticos alternativos, porque, além das dificuldades inerentes a sua
formação, tal atividade requer tempo, dedicação, infraestrutura e recursos que, muitas
vezes, o impede de realizar essa prática.Além disso, os professores “não colocam para si a
questão da produção do conhecimento, em especial o conhecimento químico. É consenso
que isso não diz respeito ao professor que leciona química” (LUTFI, 1992).
Ao discutir-se a necessidade de produção de materiais alternativos, um aspecto
importante a ser considerado é a multiplicidade de instituições e processos culturais que
têm se configurado como educativos. Os textos da mídia, por exemplo, ao divulgarem
aspectos pertinentes à ciência e tecnologia estão no contexto do processo educativo.
No caso do ensino de química, não é possível deixar de reconhecer o papel
dos produtos da indústria química no dia a dia da população. As fibras sintéticas, os
combustíveis, as tintas e solventes, os medicamentos, a borracha sintética, os plásticos,
os fertilizantes, os defensivos agrícolas, os sabões e detergentes e os aditivos alimentares,
entre outros, são produtos que fazem parte das necessidades básicas dos indivíduos, e seus
processos de produção e as consequências de suas aplicações têm implicações ambientais
e econômicas que precisam ser discutidas.
ORGANIZAÇÃO DA PROPOSTA DE ENSINO
Diante dessas considerações, justificamos o desenvolvimento de uma proposta para
abordagemdosconteúdosdequímicaorgânicanaEducaçãoBásicaapartirdeproposições,
discussões e reflexões sobre o saber, o ensinar e o aprender química, que tragam para
a sala de aula temas sociais relevantes e metodologias de ensino que extrapolem a aula
expositiva, tentando tornar mais significativo o aprendizado de química.
Uma abordagem de natureza fenomenológica dos conceitos fundamentais da
química pode propiciar outros entendimentos sobre a organização curricular, como
aqueles oriundos da integração conceitual pela apropriação Freireana de tema gerador
(CORAZZA, 1992; FREIRE, 1996) ou como as sugestões/orientações dos Parâmetros
Curriculares Nacionais em relação aos temas transversais (BRASIL, 1998), ancorados
a um cotidiano social-político-econômico e também a um cotidiano social-científico-
tecnológico-ambiental. Nesta perspectiva a concepção de “cotidiano” está fortemente
associada à noção de “pluri-multi-inter-disciplinaridade” sendo essa uma inserção
adequada às salas de aula, na atualidade.
A educação escolar na virada do século XX é apresentada, a partir das mudanças
apontadas pela nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB-9394/96) e das
“orientações” expressas pelos Parâmetros Curriculares Nacionais, como modo capaz de
educar para o cuidado de si e do ambiente e para a compreensão do desenvolvimento
científico-tecnológico.As diretrizes curriculares reafirmam a responsabilidade da escola
e da comunidade escolar, especialmente dos professores, na construção de currículos
escolares conectados com aquilo que tem sido configurado como sendo as necessidades
5. Acta Scientiae, v.11, n.1, jan./jun. 2009 105
da sociedade contemporânea. Mas que necessidades são essas? Como essas necessidades
tomam visibilidade? Como essas necessidades são enunciadas?
Aragão (2000) enfatiza ser responsabilidade do ensino, a construção do pensamento
científico teórico-conceitual como forma de promover a elaboração de interpretações,
explicações e formas de compreensão e de previsão de fenômenos vivenciados no nosso
cotidiano.
Oestudodequímicaorgânica,nosdiferentesníveisdeensino,temgrandeimportância
pelaexistênciaeaplicaçõesdeinúmerassubstânciasquecontémcarbononasuaestrutura.Os
elementosorganógenos,emsuasdiferentespossibilidadesenérgicaseespaciaispossibilitam
a existência de inúmeras substâncias diferentes. Estas estão presentes na origem da vida
e são essenciais para sua manutenção, quer seja pela constituição dos organismos vivos,
quersejaporsuasrelaçõesexterioresqueenvolvemalimentação,vestuário,medicamentos,
construção de casas e meios de transporte, entre tantos outros.
Nunes (2002) cita uma pesquisa com jovens de ensino médio, que revelou não haver,
para esses jovens, nenhuma relação da química que aprendem na escola com suas vidas
nem com a sociedade, como se os produtos de higiene e limpeza, os agrotóxicos ou as
fibras sintéticas de suas roupas fossem questões de outra esfera de conhecimento, sendo
provávelnãohaver,paraessesestudantes,conexãoentreaquímicaaprendidanaescolacom
as questões da vida social que, na maioria das vezes, são próximas e significativas.
A seriação dos conteúdos, provavelmente, dificulta aos professores e estudantes
perceberem que o que se ensina/aprende em química tem como centro as reações
químicas. É isso que justifica o estudo das substâncias (a partir de suas propriedades) para
a compreensão da sua constituição em nível atômico-molecular; o estudo das variações de
energiaqueacompanhamosprocessosdetransformaçãodosmateriais;oestudodediferentes
comportamentos e caracterizações de substâncias químicas. No entanto, normalmente,
o ensino de química orgânica na escola prioriza o ensino de grupos funcionais e de
nomenclatura das substâncias, sem a devida ênfase às reações químicas ou às propriedades
físico-químicas das substâncias que, por sua vez, são “definidoras” de sua reatividade.
No trabalho que desenvolvemos (FERREIRA et al., 2007), propomos um estudo
das substâncias que contém carbono na sua estrutura buscando, inicialmente, relacionar
os conteúdos comumente tratados em aulas de química orgânica no ensino médio, com
as aplicações dessa área de conhecimentos nas indústrias petrolífera, petroquímica,
farmacêutica e de alimentos, apresentando os assuntos a partir de textos da mídia sobre
temas relacionados às aplicações industriais e aos efeitos ambientais dos processos
industriais. Em um segundo momento, procuramos desenvolver o estudo de propriedades
e características destas substâncias, considerando as reações químicas como sendo o eixo
articulador do desenvolvimento dos conteúdos e encontramos na experimentação uma
metodologia de ensino adequada ao ensino de química orgânica, considerando a reação
química o centro do estudo.
Então, estruturamos uma proposta de ensino dividida em duas partes. Na primeira
parte, abordamos tópicos ou temas específicos partindo de eixos temáticos – combustíveis
6. Acta Scientiae, v.11, n.1, jan./jun. 2009106
automotivos, alimentos, solventes, defensivos agrícolas, drogas – como estratégia para
introduzir conhecimentos sobre composição química de substâncias que contém carbono
na sua estrutura, características do átomo de carbono, organização e classificação de
carbonos em cadeias carbônicas, classificação de cadeias carbônicas, reconhecimento de
funções orgânicas, nomenclatura destas substâncias e isomeria. Utiliza-se, por exemplo, os
combustíveis para estudar hidrocarbonetos-alcanos (gás natural, gás de cozinha, gasolina)
e álcoois (etanol); os plásticos para estudar hidrocarbonetos-alcenos; os solventes ou os
desinfetantes para estudar as cetonas e as substâncias orgânicas aromáticas; os aditivos
alimentares para estudar os ésteres e os ácidos carboxílicos, sempre propondo atividades
que levem o estudante a reconhecer diferenças e semelhanças entre os estas substâncias,
de modo a caracterizarem os grupos e perceberem a necessidade de critérios para a sua
nomenclatura.
Em uma das unidades da proposta, tratamos os combustíveis automotivos –
hidrocarbonetos e álcoois – a partir de textos da mídia, nos quais estão referidos diferentes
combustíveis.Ao apresentar os combustíveis, vamos ressaltando sua composição química,
nomenclatura de modo a levar os estudantes a estabelecerem similitudes e diferenças entre
essas substâncias e as já estudadas anteriormente. Apresentamos a seguir um recorte do
trabalho que mostra o que estamos indicando.
A unidade foi intitulada No Tanque de Combustível e destaca os seguintes
combustíveis: gasolina, álcool e gás natural. Ao tratar o assunto gasolina, apresenta um
texto e, na sequência, a formulação e nomenclatura dos principais componentes.
A gasolina é um combustível constituído basicamente por HIDROCARBONETOS e, em menor
quantidade, por produtos oxigenados. Esses hidrocarbonetos são, em geral, mais “leves” do que aqueles
que compõem o óleo diesel, pois são formados por moléculas de menor cadeia carbônica (normalmente 4
a 12 átomos de carbono). Além de hidrocarbonetos e alguns oxigenados, a gasolina contém compostos de
enxofre, compostos de nitrogênio e compostos metálicos, todos esses em baixas concentrações. A faixa de
destilação da gasolina automotiva varia de 30 a 220ºC.
Agasolina básica (sem aditivos) possui composição química complexa e variável, pois a sua formulação
demanda do processamento do petróleo, que dependendo da origem tem características diferentes.
Aoctanagem ou o índice de octanos na gasolina expressa sua qualidade. Quando se diz que uma gasolina
tem, por exemplo, octanagem 80, significa que a mistura dessa gasolina com o ar no motor de explosão
resiste à mesma compressão sem detonação que uma mistura de 80% de isooctano com 20% de heptano,
mas é importante ressaltar que o índice de octanagem não indica a composição da gasolina, é apenas um
parâmetro de comportamento em relação à combustão no motor. Quanto maior o índice de octanos, melhor a
qualidade da gasolina. No Brasil, a gasolina comum possui índice de octanagem ao redor de 85, isso significa
que a nossa gasolina comporta-se, no motor, da mesma forma que uma mistura de 85% de isooctano e 15%
de heptano.
Os antidetonantes são substâncias adicionadas à gasolina para elevar sua octanagem, isto é, aumentar sua
resistência à compressão.Até a década de 80, adicionava-se à gasolina chumbo tetraetila, mas esse deixou de
ser utilizado por ser muito poluente, então, passou a ser utilizado o etanol e, no sul do País por alguns anos,
o MTBE (metil terc-butil éter). Atualmente, no Brasil, usa-se como aditivo antidetonante o etanol.
Além do antidetonante, são adicionadas à gasolina brasileira outras substâncias como, por exemplo, um
detergente/dispersante que mantém o sistema de combustível isento de depósitos.
7. Acta Scientiae, v.11, n.1, jan./jun. 2009 107
Trimetil pentano ou Isooctano (C8
H18
) e Heptano (C7
H16
): componentes da
gasolina.
CH3
C CH2 CH3CH
CH3
CH3CH3
C C CH
H HH
H
C C
H
H H
H
CH3
CH3
CH3
2,2,4-Trimetil pentano ou Isooctano
H
H H H
H H H H
H
H H H
HHH
C C C CC C C H
CH3 CH2 CH2 CH2 CH2 CH2 CH3
Heptano
Apósaapresentaçãoeidentificaçãodosprincipaiscomponentesdagasolina,propõem-se
atividadesaseremdesenvolvidaspelosalunos,quelhespermitamversemelhançasediferenças
entre as substâncias apresentadas, como as que solicitam:
- caracterizar a cadeia carbônica do isooctano em relação às ligações entre
carbonos (simples, duplas ou triplas); aos elementos que compõem a cadeia;
ao número de carbonos ligados uns aos outros; e à geometria dos átomos de
carbono.
- apontar a diferença da estrutura do isooctano em relação ao heptano,
considerando o nº de carbonos ligados uns aos outros e o aspecto da cadeia
carbônica.
Outras atividades apresentam um conceito e a partir deste, os estudantes devem
representar e classificar as substâncias como, por exemplo, a atividade que conceitua:
“cadeias carbônicas retas ou normais como as que apresentam apenas carbonos
primários (ligados a somente um átomo de carbono) e/ou carbonos secundários (ligados
a dois átomos de carbono); e as cadeias ramificadas como as que apresentam carbonos
terciários (ligados a três átomos de carbono) e/ou carbonos quaternários (ligados a
quatro átomos de carbono)”, e solicita a representação das estuturas e a classificação
de cadeias das substâncias já apresentadas anteriormente: butano (visto na unidade
intitulada No Cozimento dos Alimentos), propeno (visto na unidade intitulada Na
Fabricação de Plásticos); isooctano e heptano (vistos na unidade intitulada No Tanque
de Combustível)
Há, ainda, atividades nas quais, a partir de informações e fundamentos não
incluídos no texto, o aluno é instigado a ampliar seus conhecimentos sobre as relações
entre as substâncias. Assim ocorre com a solicitação de representação da estrutura do
8. Acta Scientiae, v.11, n.1, jan./jun. 2009108
chumbo tetraetila, a partir da informação que “o grupamento etil pode ser representado
por (CH3
–CH2
–)”; ou a comparação entre as substâncias apresentadas anteriormente
(propano, butano, eteno, propeno, isooctano e heptano) com o MTBE (metil-terc-butil-
éter), C5
H12
O, com relação às semelhanças e diferenças nas estruturas (cadeia carbônica,
composição química).
O
C O CH3
CH3
CH3
CH3
De modo semelhante ao feito com relação à composição química e propriedades
dos componentes da gasolina, faz-se com relação ao combustível álcool (etanol). Ao
tratar o assunto álcool, apresenta um texto e, na sequência, a formulação e nomenclatura
do etanol.
A crise suscitada pelo aumento dos preços do petróleo no mercado internacional na década de 70 (crise
energética), levou o governo brasileiro a buscar o ÁLCOOL como substituto da gasolina e em novembro de
1975 foi criado o Proálcool – Programa Nacional do Álcool. Desde a década de 1980 o álcool é considerado
um combustível viável e está presente nas discussões e decisões que tratam da questão energética no País.
O álcool etílico ou etanol é um líquido incolor, inflamável, de odor característico, que possui PF igual
a –114,1ºC, PE igual a 78,5ºC e densidade igual a 0,789 g/mL a 20ºC. O álcool hidratado é vendido nos
postos como combustível em automóveis, esse álcool tem em torno de 93ºGL (Graus Gay-Lussac): 93%
de etanol e 7% de água em volume. O álcool anidro é usado como combustível adicionado à gasolina e na
produção de perfumes, licores, etc.
Etanol (C2
H6
O): álcool utilizado como combustível.
OHCH
HH
C
H H
OH CH2CH3
Etanol
A seguir, propõem-se atividades a serem desenvolvidas pelos alunos, que lhes
permitam ver semelhanças e diferenças entre as substâncias apresentadas, como as que
solicitam que caracterizem a cadeia carbônica do etanol em relação aos tipos de ligações
entre carbonos (simples, duplas ou triplas); aos elementos que compõem a cadeia; ao nº
de carbonos ligados uns aos outros; à geometria dos átomos de carbono. Além disso, os
estudantes devem apontar diferenças e semelhanças da estrutura do etanol em relação
às substâncias anteriormente representadas no trabalho (propano, eteno, 2,2,4 trimetil
pentano, MTBE).
Em outra atividade, pede-se que indiquem os elementos comuns ao etano, eteno
e etanol, considerando o número de carbonos nas substâncias e a relação que se pode
estabelecer entre o número de carbonos e a nomenclatura destas. Em outra, ainda,
considera-se a afirmação “o grupo oxidrila ou hidroxila – OH-
– aparece ligado a um
9. Acta Scientiae, v.11, n.1, jan./jun. 2009 109
átomo de carbono no etanol”, para solicitar a classificação da cadeia carbônica do etanol
em saturada/insaturada, homogênea/heterogênea, reta/ramificada.
Por último, afirma-se que o etanol é um combustível automotivo, cuja produção
está vinculada a um projeto nacional de obtenção de energia, e pede que os estudantes
façam uma pesquisa sobre as vantagens/desvantagens do uso do álcool em relação ao
uso de gasolina como combustível automotivo.
Também com relação ao gás natural, apresenta-se sua composição química e
propriedades dos seus componentes. Após o recorte do texto, propõe-se o estudo da
formulação e nomenclatura do gás natural.
O gás natural é uma mistura extremamente leve de gases, com aproximadamente 90% de metano, sendo
os 10% restantes, compostos por etano, propano e outros HIDROCARBONETOS de maior massa molecular
(maior nº de carbonos na cadeia). O gás natural quando dissolvido no petróleo ou sob a forma de uma capa
de gás junto ao óleo é chamado de gás associado (poços de petróleo da Bacia de Campos), já o gás natural
não associado é encontrado em jazidas próprias (poços do campo de Juruá/AM).
O GNV (gás natural veicular, como está sendo denominado o gás natural) é utilizado nos veículos como
combustível, não contém aditivos e é considerado um combustível “limpo” por apresentar baixos teores de
contaminantesepoucosresíduosnasuaqueima,alémdisso,nãoécorrosivoenemproduzdepósitosdecarbono
nas câmaras de combustão. Outra vantagem do uso do gás natural em relação aos outros combustíveis é que
a mistura ar-combustível se dá em qualquer temperatura e a sua combustão é mantida por mais tempo.
O gás natural é mais leve que o ar e se dissipa rapidamente subindo para as camadas mais altas da
atmosfera. Em ambientes fechados, orifícios superiores garantem a sua dissipação evitando asfixia.
A desvantagem se refere ao armazenamento do gás no automóvel. Como o gás é acondicionado em
cilindro de aço, no qual o gás é comprimido sob uma pressão de 21,7 atm, o espaço do porta-malas fica
muito reduzido. O uso do gás natural requer cuidados já que ele é inodoro, incolor, inflamável e asfixiante
quando aspirado em altas concentrações.Assim, para facilitar a identificação de vazamentos são adicionadas
substâncias que dão cheiro (as mercaptanas, também adicionadas ao GLP), sem, no entanto, lhe atribuir
características corrosivas.
Metano (CH4
): principal componente do gás natural.
H
C
H
H
H
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Esta ligação preenchida em preto indica que ela está para frente do plano da página.
Quantoàsatividades,osalunossãolevadosaresponderquestõesqueenvolvemtambém
relaçõesdoqueestásendoapresentadocomavidasocialdossujeitos,taiscomooquestionamento
que segue: “o metano, principal componente do gás natural, também pode ser produzido pela
decomposição da matéria orgânica (nos lixões há formação de metano). Que implicações
econômicas, políticas e sociais pode-se vislumbrar em um processo como este?”
Estapropostafoiaplicadaemumaturmade3ºanodoensinomédiodeumainstituição
privada de ensino, sendo desenvolvido em 15 períodos de aula. O questionamento feito
aos alunos sobre o trabalho e o acompanhamento das atividades desenvolvidas em
10. Acta Scientiae, v.11, n.1, jan./jun. 2009110
sala de aula, indicou que, a partir dos textos e orientações de atividades, os alunos
(e não o professor) caracterizam/identificam substâncias que contém carbono na sua
estrutura; estabelecem por semelhanças/diferenças critérios para a denominação destas;
organizam, segundo critérios estabelecidos por eles, tabelas contendo grupos funcionais e
nomenclaturadasmesmas.Amotivaçãodosestudantesemtrabalharcomessametodologia
pode ser reconhecida no depoimento de um grupo de alunos que afirmou ter sido “fácil
e interessante aprender as funções e os nomes das substâncias desse jeito”.
Ao tratar o assunto isomeria, trazemos textos da mídia – jornais e revistas – para
caracterizar substâncias isômeras e as implicações dessas no meio produtivo, em
diferentes aplicações, em especial, na indústria de medicamentos. Esse assunto marca
também, na proposta de ensino, o uso da experimentação como estratégia de ensino,
o que, normalmente, não é usual na abordagem desse assunto em aulas de química no
ensino médio. No Quadro 1, apresentamos a estrutura da proposta de organização temática
para a abordagem de conceitos fundamentais e caracterização de substâncias que contém
carbono na sua estrutura.
CARACTERIZAÇÃO DE SUBSTÂNCIAS ORGÂNICAS
Cadeias Carbônicas
Estudo de Substâncias Orgânicos
No Cozimento dos Alimentos
Na Fabricação de Plásticos
Nos Maçaricos de Solda
No Tanque de Combustível
Em solventes de Tintas e Esmaltes
Em Solução para Conservar Tecidos e Órgãos Animais
Em Anestésico
Em Solventes
Em Anti-sépticos e Desinfetantes
Na Conservação de Alimentos
Em Aditivos Alimentares
Em Corantes
Em Proteínas
Em Agrotóxicos e em gases poluentes
Isomeria
Estudar isômeros já valeu Prêmio Nobel
Propriedades e efeitos de diferentes isômeros
Caracterização de isômeros
QUADRO 1 – Organização da primeira parte da proposta de ensino: temas na abordagem de conceitos funda-
mentais e caracterização de substâncias que contém carbono na sua estrutura.
Na segunda parte da proposta, a partir da centralidade que conferimos ao conteúdo
reações químicas, apresentamos as aplicações e efeitos dos processos e produtos que
envolvem reações químicas de combustão, fermentação, oxidação, polimerização,
hidrólise, esterificação e saponificação, associando às diferentes reações químicas a
11. Acta Scientiae, v.11, n.1, jan./jun. 2009 111
sua importância histórica e as propriedades físicas e químicas de substâncias orgânicas,
bem como, tratando questões como energia e fontes energéticas, efeitos ambientais e as
implicações sociais dos processos industriais.Apresentamos, a seguir, utilizando a unidade
2 (parte II), um recorte do trabalho que mostra o que estamos indicando.
Na unidade 2 (da parte II), tratamos as reações de oxidação e fermentação de
substâncias orgânicas. Iniciamos o estudo apresentando e explicando as reações de
oxidação de álcoois, a partir da ação de azedamento do vinho e sua transformação em
vinagre, prática realizada desde a Antiguidade.
Na reação, o etanol reage com o O2
transformando-se em ácido acético, justificando
a relação histórica entre o termo “oxidação” e “reação com o oxigênio”.
H2O
CH3
CH2
OH
O2
CH3
C
O
OH
Etanol Ácido Acético
(vinho) (vinagre)
Nessa reação o O2
atua como oxidante resultando na oxidação do álcool. Sabe-se
hoje, que as reações de oxidação (sempre simultâneos aos processos de redução) podem
ocorrer mediante presença de outros oxidantes, que não o oxigênio, como, por exemplo,
o permanganato de potássio e o dicromato de potássio em meio ácido. Assim, o termo
oxidação deixa de estar associado apenas às reações com oxigênio e passa a ser associado
às variações do estado de oxidação da espécie química envolvida na reação, como pode
ser evidenciado na reação com permanganato de potássio representada abaixo.
MnO1-
4(aq)
+ 8H+(aq)
+ 5e-
↔ Mn2+
(aq)
+ 4 H2
O(l)
A representação da reação de oxidação do etanol a ácido acético pode ser
representada por:
+ 2MnO4(aq) 4H(aq)
1+
+ Mn(aq)
2+
++ 4H2O(l)2R CH2 OH 2R C
O
OH(l) + MnO2(s)(l)
1-
O ácido acético é o produto mais conhecido da oxidação do etanol, mas esse
álcool quando oxidado por organismos vivos pode produzir outros produtos. É o caso
da oxidação do etanol a aldeído (etanal ou acetaldeído) catalisada/o por uma enzima, a
desidrogenase do álcool.
H2
CH3
CH2
OH CH3
C
O
H
Além dos álcoois, são comuns reações de oxidação em alcenos e em aldeídos. Com
relação aos álcoois, sua oxidação implica a perda de um ou mais hidrogênios do carbono a
que está ligado o grupo –OH. Os álcoois podem ser oxidados por vários agentes oxidantes,
12. Acta Scientiae, v.11, n.1, jan./jun. 2009112
oetanol,porexemplo,reagecomumasoluçãoácidadedicromatodepotássioformandoum
aldeído e esse, continuando em presença de oxidante, pode ser oxidado a ácido carboxílico.
A espécie resultante da oxidação de um álcool depende do número de hidrogênios que o
álcoolcontivernocarbonoondeestáligadaahidroxila,assimálcooisprimários,secundários
e terciários comportam-se diferentemente frente a agentes oxidantes.
Oxidação de álcool primário
H C
H
H
C O
H
H
H H C C
O
HH
H
H C
H
H
C
O
O H
+1
-1 -2
+3
-2
-2
-2
+1
+1
+1
+1
+1+1
+1
+1
+1
+1+1
+1+1
+1 -3-3
-3 KMnO4 KMnO4
OO
oxidação oxidação
Álcool Aldeído Ácido Carboxílico
(Etanol) (Etanal/Acetaldeído) (Ác.Etanoico/Ác.Acético)
Oxidação de álcool secundário
oxidação
KMnO4
C
O
CH3 CH3
KMnO4
O O
CH
OH
CH3 CH3
0
+2
NÃO OXIDA
Álcool secundário Cetona
(propanol-2) (propanona)
Não oxidação de álcool terciário:
CH3 C CH3
CH3
OH
NÃO OXIDA
+1
Álcool terciário
(metil propanol-2)
Na sequência, sugerimos a realização do experimento sobre o princípio de
funcionamento do bafômetro. O bafômetro registra o teor de álcool no sangue mediante
análise do ar exalado na respiração. O experimento permite a determinação dos teores
13. Acta Scientiae, v.11, n.1, jan./jun. 2009 113
alcoólicos em algumas bebidas e tem o objetivo de demonstrar o princípio químico de
funcionamento do bafômetro.
No experimento, a detecção do teor de álcool é feita pela visualização da cor da
solução, já que o princípio de funcionamento do bafômetro se baseia em uma reação de
oxirredução, na qual há oxidação do álcool (CH3
-CH2
-OH) com formação de aldeído
(CH3
-CHO), e redução do dicromato (Cr2
O7
2-
(aq)
, solução de cor amarelo-alaranjada),
com formação de Cr3+
(aq)
(solução de cor verde) ou mesmo Cr2+
(aq)
(solução de cor azul).
Portanto,pelamudançadecoloração,dealaranjado(dicromato,Cr6+
(aq)
)paraverde-azulada
(Cr3+
(aq)
e Cr2+
(aq)
), pode-se confirmar a existência de etanol no meio.
Após o experimento, solicita-se que os alunos respondam questões que buscam
averiguar a compreensão da atividade realizada e sugere-se a realização de um trabalho de
pesquisa sobre bebidas alcoólicas a partir de um roteiro que destaca os seguintes assuntos:
legislação sobre o consumo de bebidas alcoólicas pelos motoristas; diferença entre bebidas
fermentadas destiladas e fermentadas não destiladas; aparelhos de detecção de dosagem
alcoólica; efeitos do uso abusivo de álcool no organismo. Sugere-se, ainda, que o trabalho
contenhadadosatuais,quehajaaproduçãodeumtextocoerenteeconsistenteteoricamente,
e que seja apresentado e discutido em seminário ou outra forma de socialização.
Com relação às reações de fermentação, propõe-se a compreensão dos processos
de fermentação na produção de bebidas alcoólicas. Os textos trazem informações sobre
a presença de etanol nas bebidas alcoólicas e sobre a classificação das bebidas de acordo
com sua origem e seu processo de produção.
Explica-se, por exemplo, que o etanol ou álcool etílico é o componente alcoólico
das bebidas, podendo ser obtido pela fermentação de açúcares ou cereais, e que de acordo
com a matéria-prima utilizada para a fermentação podemos ter diferentes tipos de bebidas
alcoólicas como, por exemplo, a cerveja, o vinho, a cachaça, o uísque entre outras.
Na sequência trazemos um texto sobre a classificação das bebidas em fermentadas
não-destiladas e fermentadas destiladas.
As bebidas fermentadas e não-destiladas têm teor alcoólico menor do que as destiladas, sendo comum
encontrar nos rótulos das bebidas o teor alcoólico expresso em ºGL (grau Gay-Lussac), essa escala indica a
porcentagem (em volume) de etanol na bebida. A cerveja (bebida não-destilada), por exemplo, contém uma
porcentagem de etanol que varia de 4 a 6 ºGL enquanto o vinho contém de 8 a 12 ºGL.
As bebidas destiladas passam por um processo, após a fermentação, que consiste em tornar as bebidas
de fraco teor alcoólico em líquidos de graduação alcoólica mais elevada, já que após o processo de destilação
a quantidade de álcool é maior no líquido destilado.
Apalavra destilação deriva do verbo latino “destillaire”, que significa gotejar ou pingar, e é precisamente
assim, em pequenas quantidades, que o líquido (álcool) é obtido pelo processo de destilação. A destilação é
um processo bastante comum em algumas indústrias e consiste em promover a vaporização das substâncias
para, em seguida, condensá-las, recolhendo a substância mais pura em outro recipiente.
Assim, as bebidas destiladas contêm um teor alcoólico mais elevado do que as não destiladas.Acachaça,
por exemplo, tem teor alcoólico que varia de 38 a 45 ºGL e o uísque, de 42 a 48 ºGL. No esquema que segue
são apresentados alguns tipos de bebidas.
Alémdisso,aqualidadedabebida(sabor,perfume,bouquet)dependedaqualidadedamatéria-prima(uvas,
cereais, cevada), dos cuidados na fabricação, do tempo e da forma de armazenagem, entre outros fatores.
14. Acta Scientiae, v.11, n.1, jan./jun. 2009114
No Brasil, o álcool é obtido principalmente por fermentação do açúcar de cana. Em
outros países usa-se com mais frequência matérias-primas como a beterraba, o milho, o
arroz, por isso, recebe o nome “álcool de cereais”.
No processo de extração e fermentação do caldo de cana-de-açúcar, usado no
Brasil, ao haver a fermentação do melaço há ocorrência de reações bioquímicas como
as representadas a seguir:
C12H22O11(aq) + H2O(l)
invertase
C6H12O6(aq) + C6H12O6(aq)
sacarose glicose frutose
(açúcar de cana)
C6H12O6(aq)
zimase
2C2H5OH(l) + 2CO2(g)
glicose ou frutose etanol gás carbônico
As enzimas invertase e a zimase catalisam essas reações. Elas são produzidas
pelo microorganismo Saccharomyces cerevisae, encontrado no fermento ou levedura
de cerveja.
No seguimento da proposta, sugerimos a realização do experimento sobre a
fermentação alcoólica. Embora sabendo que a fermentação alcoólica na produção
industrial detenha uma tecnologia mais elaborada, o experimento sugerido tem etapas
simplificadas da fermentação da sacarose ou caldo de cana em presença de fermento
biológico, dando uma ideia do processo básico para produção de bebidas alcoólicas.
A partir da atividade experimental propomos questões aos alunos como, por
exemplo: “qual outro fator, além dos diferentes tipos de açúcares, pode afetar a intensidade
da fermentação?; que gás, em contato com a água de cal, produz precipitado, turvando-a?;
que substância orgânica é indispensável em uma matéria prima para que ocorra a
fermentação alcoólica?”
Finalizamos mostrando a relação entre reações de fermentação e metabolismo,
procurando indicar o caráter interdisciplinar do conteúdo químico, e buscando fazer
os estudantes estabelecerem relações entre as reações que ocorrem nos processos de
fermentação, respiração e fotossíntese em relação à presença (ou não) de oxigênio e em
relação à energia consumida/absorvida. A seguir trazemos um excerto do que estamos
indicando.
15. Acta Scientiae, v.11, n.1, jan./jun. 2009 115
Fermentação, Respiração e ATP
Tal como a gasolina que explode nos cilindros de um motor de carro, a glicose é o combustível queimado
no interior das células para a liberação da energia necessária às suas diversas atividades. É nela, na célula,
que o alimento é metabolizado, produzindo a energia necessária para suprir continuamente nosso corpo. Estas
reações são extremamente rápidas. A energia se encontra nas ligações químicas que mantêm as moléculas
(de gasolina ou glicose) organizadas, ou seja, a obtenção dessa energia se dá pela degradação de moléculas
complexas em outras menores ou mais simples. A principal diferença entre os processos de respiração e
fermentação é a presença (respiração) ou ausência (fermentação) do oxigênio no processo.
Compare as equações que se seguem:
Respiração: C6
H12
O6(aq)
+ 6O2(g)
→ 6CO2(g)
+ 6H2
O(l)
+ energia
Fermentação alcoólica: C6
H12
O6(aq)
→ 2C2
H5
OH(aq)
+ 2CO2(g)
+ energia.
Como a energia é armazenada e liberada?
Aquímica do corpo não é apenas rápida e seletiva, mas também extremamente eficiente energicamente.
Algumas reações celulares liberam energia outras absorvem energia. As reservas de energia do corpo são
armazenadas nos carboidratos e gorduras. Entre a liberação da energia das moléculas ricas em energia e seu
uso nas células, ela é armazenada brevemente na biomolécula chamada ATP (trifosfato de adenosina).
Figura 8: Molécula de trifosfato de adenosina (ATP)
A energia primária do corpo é liberada na reação de oxidação da glicose.
C6
H12
O6(aq)
+ 6O2(g)
→ 6CO2(g)
+ 6H2
O(l)
+ 2,83 KJ/mol de glicose
Esta equação resume aquilo que acontece durante uma seqüência de mais de 20 reações químicas,
envolvendo cerca de 20 enzimas, os biocatalisadores, proteínas especializadas que aumentam a velocidade
de uma reação química. Molécula por molécula, a glicose atravessa uma seqüência de células do corpo.
O conteúdo energético da glicose é liberado, parte por parte, em reações individuais e imediatamente é
armazenado por um curto espaço de tempo no ATP.
O ATP pode ser comparado ao bolso de uma pessoa. Quando necessita comprar alguma coisa esta
pessoa retira o dinheiro do banco (célula armazenadora de energia) e coloca no bolso (ATP) até o momento
de gastá-lo.
Na comparação entre as reações de fermentação e respiração, a diferença está na quantidade de energia
liberada em um e em outro processo, na respiração chega a ser 19 vezes mais eficiente do que na fermentação,
permitindo a produção de 38 ATPs contra 2 ATPs (66,88 KJ/mol ou 16,00 Kcal/mol).
Afermentação é um conjunto de reações químicas controladas enzimaticamente, em que uma molécula
orgânica (geralmente a glicose) é degradada em outras mais simples, libertando energia (ATP). Este
processo tem grande importância econômica, sendo utilizado na fabricação de bebidas alcoólicas e pão,
entre outros.
Estudos realizados por Pasteur permitiram verificar que a fermentação alcoólica estava sempre associada
ao crescimento de leveduras, mas que se estas fossem expostas a quantidades importantes de oxigênio
produziriam (em vez de álcool e dióxido de carbono) água e dióxido de carbono. Destas observações, Pasteur
concluiu que a fermentação é o mecanismo utilizado pelos seres vivos para produzir energia na ausência
de oxigênio.
16. Acta Scientiae, v.11, n.1, jan./jun. 2009116
Já em 1897, o químico alemão Buchner demonstrou que a fermentação era apenas uma seqüência de
reações químicas, podendo ocorrer fora de células vivas. Foi este estudo que revelou as enzimas e permitiu
a compreensão do metabolismo celular.
Fonte: Folha de São Paulo, http://www1.folha.uol.com.br/fsp/fovest/fo0410200114.htm, 30/08/2006.
Vieira, L. O., 1996, p 20-22.
No Quadro 2, apresentamos a estrutura da proposta de organização temática para
a abordagem de conceitos fundamentais envolvidos nas reações e propriedades das
substâncias que contém carbono na sua estrutura.
REAÇÕES E PROPRIEDADES DE SUBSTÂNCIAS ORGÂNICAS
Combustíveis e Produção de Energia
Importância histórica das reações de combustão
Combustão e energia
Reações de combustão
Petróleo como fonte de energia
Fermentação e oxidação de substâncias orgânicas
Reações de oxidação
Reações de fermentação
Esterificação e Saponificação
Sabões e detergentes
Reações de esterificação
Reações de saponificação
Detergentes sintéticos
Solubilidade e Ponto de Ebulição: propriedades importantes para o estudo de substâncias orgânicas
Solubilidade: um meio de detectar adulteração em combustíveis
Caracterização de substâncias orgânicas: estados físicos e pontos de ebulição
Caráter ácido e básico: propriedades importantes para a compreensão de reações de substâncias orgânicas
Identificação de ácidos e bases orgânicos
Reatividade de substâncias orgânicas de caráter ácido ou básico
Polímeros
Polímeros: uma síntese de nossa época
Constituição de polímeros
Propriedades físicas dos polímeros
QUADRO 2 – Organização da segunda parte da proposta de ensino: temas na abordagem de reações quími-
cas e propriedades de substâncias que contém carbono na sua estrutura.
Salienta-se que esta organização temática será efetivamente significativa se
for repensada pelo professor na sua sala de aula, pois os conteúdos apresentados
no desenvolvimento dos temas, dos textos, e das metodologias, constituem um
material didático que se configura como uma (entre muitas outras) alternativa para o
desenvolvimento das aulas de química orgânica na Educação Básica.
17. Acta Scientiae, v.11, n.1, jan./jun. 2009 117
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Desde meados dos anos de 1980, vem-se ampliando as discussões acerca das
construções curriculares, considerando-se que devem ir além das preocupações
tradicionais com as listagens de conteúdos e metodologias didáticas, devendo contemplar,
também, a problematização acerca da estrutura das disciplinas, seus limites e fronteiras,
os critérios para a seleção dos conteúdos e sua inter-relação com disciplinas afins, enfim,
sua capacidade de responder a questões que incluam a relação entre Ciência eTecnologia
com a vida social.
Na atualidade, temas associados à tecnologia e à produção industrial são, cada vez
mais, tomados como abordagem adequada no ensino de Ciências, sendo esse um enfoque
do ensino que vem sendo apontado, inclusive pelos Parâmetros Curriculares Nacionais,
como forma de contextualizar os conhecimentos trabalhados na escola. Entendemos
que a abordagem dada aos conteúdos na proposta de ensino apresentada segue essa
direção, ao criar alternativas que visam repensar o estudo de Química Orgânica na escola,
de modo que as aprendizagens não se traduzam apenas em memorização de grupos,
fórmulas e nomes de substâncias, mas que signifiquem compreender-se a necessidade
de caracterizar/nomear estas, por serem esses conhecimentos importantes para o estudo
das transformações físico-químicas de substâncias orgânicas.
Nessesentido,ediantedasdificuldadesparaaefetivaçãodeprojetosinterdisciplinares,
talvez essa proposta possa ser pensada como um exercício de integração conceitual de
natureza intradisciplinar, na qual haja uma abordagem integrada de conceitos relativos a
temas específicos, como o que apresentamos quando tratamos, por exemplo, os conceitos
sobre termoquímica associados às reações orgânicas de combustão ou quando analisamos
as propriedades químicas das substâncias orgânicas em relação a sua reatividade.
Reconhecemosasindústrias–petrolífera,petroquímica,farmacêutica,alimentícia–,
os postos de gasolina e a mídia, entre outros, como contextos educativos que possibilitam
propor ações para o ensino de Química, e podemos dizer que “os processos escolares
tornam-se comparáveis aos processos de sistemas culturais extraescolares, mesmo que
esses últimos careçam do objetivo explícito de ensinarem um corpo de conhecimentos”
(SILVA, 1999). Nossa atuação na produção de material didático, tem nos indicado que
as ações e práticas propostas em sistemas culturais extraescolares se mostram adequadas
a um modelo pedagógico que busca educar através do ensino de química.
Finalizando, ressaltamos que a escolha do tema/assunto a ser estudado não garante a
aprendizagem ou o ganho de significado para aquilo que será ensinado. Ver os processos
industriais ou as propriedades materiais de produtos utilizados no cotidiano não implica
dar significado aos conteúdos de química trabalhados no ensino médio. No entanto, ao
utilizar-se de diferentes recursos didáticos (inclusive a mídia), de modo a contextualizar
os conteúdos escolares a partir de situações problema (nas quais os processos produtivos
possam se mostrar úteis na resolução de tais situações), pode implicar em uma estratégia
que “mostre” não só a utilização prática de um conceito, mas que leve os sujeitos a
utilizarem esse conhecimento de modo produtivo e crítico.
18. Acta Scientiae, v.11, n.1, jan./jun. 2009118
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