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Arquitectura Medieval
A construção do Mosteiro de Santa Maria da Vitória
(Mosteiro da Batalha) começou em 1387 ou 1388 e estendeu-se
até cerca de 1533, mobilizando recursos humanos e materiais
extraordinários para a época, como se pode avaliar ainda hoje
visitando sua grandiosidade. A sua construção proporcionou a
introdução e o aperfeiçoamento de algumas técnicas
construtivas e artísticas em termos de ornamentação
arquitectónica em Portugal.
O Mosteiro da Batalha é o símbolo mais marcante da
Dinastia de Avis, construído por iniciativa de D. João I, em
decorrência de um voto à Virgem, caso vencesse a Batalha de
Aljubarrota (1385). As obras iniciaram-se logo no ano seguinte,
sob a direcção do arquitecto português Afonso Domingues.
Dessa fase resultaram grande parte das estruturas da igreja e
também duas alas do claustro.
Em 1402 o projecto sofreu uma mudança radical, obras
ficaram a cargo de um tal de Mestre Huguet, arquitecto
provavelmente catalão, que introduziu no Mosteiro da Batalha
o estilo gótico flamejante. A este período correspondem as
abóbodas da igreja e da Sala do Capítulo, a construção da
Capela do Fundador e o início das obras das Capelas
Imperfeitas, até hoje não concluídas, tornando-as conhecidas
como capelas inacabadas.
Arquitecto português Afonso Domingues
Arquitecto nascido em Lisboa em meados do século XIV.
Depois de ter ganho experiência trabalhando na Sé Catedral de
Lisboa, foi o responsável pela primeira empreitada de construção
do Mosteiro da Batalha, iniciada em 1388. Embora deixasse o
templo quase totalmente configurado, não pôde finalizar a
construção da obra. Faleceu em 1402, na Batalha. É possível que
tenha sido também o autor do projecto da Sé Catedral da Guarda.
Em 6 de Janeiro de 1401, acorria o povo ao Mosteiro de
Santa Maria da Vitória, conhecido também pelo Mosteiro da Batalha,
para assistir ao Auto de Celebração dos Reis que teria a presença
de D. João I.
O Mosteiro, que nesta altura ainda não se encontrava
concluído, era da autoria do mestre Afonso Domingues, cuja idade
avançada e cegueira tinham levado ao seu afastamento da grande
obra.
A sua conclusão tinha passado para as mãos de um irlandês,
o mestre Ouguet e Afonso Domingues não se conformava com o
facto de el-rei lhe ter retirado a direcção daquela obra de arte.
D. João I vinha desejoso de visitar a Casa do Capítulo do
Mosteiro que mestre Ouguet tinha recentemente concluído, seguindo
o traçado dos projectos de Afonso Domingues à excepção da
abóbada que cobria o Capítulo.
No entender do mestre irlandês, seria impossível concretizar
a abóbada imaginada por Afonso Domingues por esta ser muito
achatada e, sem consultar o mestre português, decidiu concluí-la de
outra forma.
Como D. João I tinha chegado atrasado, resolveu assistir ao
Auto dos Reis na igreja, deixando a visita da Casa do Capítulo para
o dia seguinte. E em boa hora o fez.
Estava no Capítulo o irlandês Ouguet, vangloriando-se da sua
supremacia sobre o mestre português, quando reparou com horror
nas fendas que se abriam na abóbada e que ameaçavam a sua
queda.
Ouguet irrompeu pela igreja como um possesso, dizendo,
entre muitas frases incongruentes, que o mestre Afonso Domingues
lhe tinha enfeitiçado o trabalho.
Pensando que o irlandês estava possuído pelo Demónio, os
frades acorreram a exorcizá-lo perante o grande espanto do Rei.
Ouguet caiu desmaiado ao mesmo tempo que um tremendo
estrondo anunciava a queda da abóbada da contígua Casa do
Capítulo, apenas 24 horas depois de ter sido concluída.
El-Rei D. João I chamou então Afonso Domingues à sua
presença e nomeou-o novamente mestre das obras do mosteiro,
pondo o irlandês sob as suas ordens. A construção da abóbada foi
então retomada, agora seguindo o seu primitivo traçado.
Chegou assim o grande dia em que foram retiradas as traves
dos simples que sustentavam a abóbada. Apenas foi deixada no
centro da sala uma pedra onde ficou sentado Afonso Domingues.
A abóbada não caiu e o velho mestre ficou sentado naquela
pedra, sem comer nem beber durante três dias, cumprindo um voto
que tinha feito a Cristo. Ao fim do terceiro dia, El-Rei recebeu a triste
notícia de que o grande arquitecto português tinha morrido antes de
proferir as palavras "A abóbada não caiu.... a abóbada não cairá!".
Da pedra sobre a qual Afonso Domingues acabou os seus
dias foi esculpida uma estátua em sua memória, que foi colocada na
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Elaborado por:
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Arquitetura Medieval da Batalha

  • 1.
  • 2. Arquitectura Medieval A construção do Mosteiro de Santa Maria da Vitória (Mosteiro da Batalha) começou em 1387 ou 1388 e estendeu-se até cerca de 1533, mobilizando recursos humanos e materiais extraordinários para a época, como se pode avaliar ainda hoje visitando sua grandiosidade. A sua construção proporcionou a introdução e o aperfeiçoamento de algumas técnicas construtivas e artísticas em termos de ornamentação arquitectónica em Portugal.
  • 3. O Mosteiro da Batalha é o símbolo mais marcante da Dinastia de Avis, construído por iniciativa de D. João I, em decorrência de um voto à Virgem, caso vencesse a Batalha de Aljubarrota (1385). As obras iniciaram-se logo no ano seguinte, sob a direcção do arquitecto português Afonso Domingues. Dessa fase resultaram grande parte das estruturas da igreja e também duas alas do claustro. Em 1402 o projecto sofreu uma mudança radical, obras ficaram a cargo de um tal de Mestre Huguet, arquitecto provavelmente catalão, que introduziu no Mosteiro da Batalha o estilo gótico flamejante. A este período correspondem as abóbodas da igreja e da Sala do Capítulo, a construção da Capela do Fundador e o início das obras das Capelas Imperfeitas, até hoje não concluídas, tornando-as conhecidas como capelas inacabadas.
  • 4.
  • 5. Arquitecto português Afonso Domingues Arquitecto nascido em Lisboa em meados do século XIV. Depois de ter ganho experiência trabalhando na Sé Catedral de Lisboa, foi o responsável pela primeira empreitada de construção do Mosteiro da Batalha, iniciada em 1388. Embora deixasse o templo quase totalmente configurado, não pôde finalizar a construção da obra. Faleceu em 1402, na Batalha. É possível que tenha sido também o autor do projecto da Sé Catedral da Guarda.
  • 6. Em 6 de Janeiro de 1401, acorria o povo ao Mosteiro de Santa Maria da Vitória, conhecido também pelo Mosteiro da Batalha, para assistir ao Auto de Celebração dos Reis que teria a presença de D. João I. O Mosteiro, que nesta altura ainda não se encontrava concluído, era da autoria do mestre Afonso Domingues, cuja idade avançada e cegueira tinham levado ao seu afastamento da grande obra. A sua conclusão tinha passado para as mãos de um irlandês, o mestre Ouguet e Afonso Domingues não se conformava com o facto de el-rei lhe ter retirado a direcção daquela obra de arte. D. João I vinha desejoso de visitar a Casa do Capítulo do Mosteiro que mestre Ouguet tinha recentemente concluído, seguindo o traçado dos projectos de Afonso Domingues à excepção da abóbada que cobria o Capítulo. No entender do mestre irlandês, seria impossível concretizar a abóbada imaginada por Afonso Domingues por esta ser muito achatada e, sem consultar o mestre português, decidiu concluí-la de outra forma.
  • 7. Como D. João I tinha chegado atrasado, resolveu assistir ao Auto dos Reis na igreja, deixando a visita da Casa do Capítulo para o dia seguinte. E em boa hora o fez. Estava no Capítulo o irlandês Ouguet, vangloriando-se da sua supremacia sobre o mestre português, quando reparou com horror nas fendas que se abriam na abóbada e que ameaçavam a sua queda. Ouguet irrompeu pela igreja como um possesso, dizendo, entre muitas frases incongruentes, que o mestre Afonso Domingues lhe tinha enfeitiçado o trabalho. Pensando que o irlandês estava possuído pelo Demónio, os frades acorreram a exorcizá-lo perante o grande espanto do Rei. Ouguet caiu desmaiado ao mesmo tempo que um tremendo estrondo anunciava a queda da abóbada da contígua Casa do Capítulo, apenas 24 horas depois de ter sido concluída. El-Rei D. João I chamou então Afonso Domingues à sua presença e nomeou-o novamente mestre das obras do mosteiro, pondo o irlandês sob as suas ordens. A construção da abóbada foi então retomada, agora seguindo o seu primitivo traçado.
  • 8. Chegou assim o grande dia em que foram retiradas as traves dos simples que sustentavam a abóbada. Apenas foi deixada no centro da sala uma pedra onde ficou sentado Afonso Domingues. A abóbada não caiu e o velho mestre ficou sentado naquela pedra, sem comer nem beber durante três dias, cumprindo um voto que tinha feito a Cristo. Ao fim do terceiro dia, El-Rei recebeu a triste notícia de que o grande arquitecto português tinha morrido antes de proferir as palavras "A abóbada não caiu.... a abóbada não cairá!". Da pedra sobre a qual Afonso Domingues acabou os seus dias foi esculpida uma estátua em sua memória, que foi colocada na Casa do Capítulo, honrando assim um dos maiores mestres arquitectos de todos os tempos.
  • 9. Elaborado por: João Henriques, nº 9 Sérgio Santos, nº 19