SlideShare uma empresa Scribd logo
Arcadismo
(1756-1825, em Portugal)
(1768-1836, no Brasil)
Características principais
• Paisagem
campestre;
• Fuga para um
mundo idealizado.
O balanço, de Jean-Honoré
Fragonard, 1765
• A partir das descobertas do físico Isaac Newton
sobre a gravitação universal e sobre o movimento
dos corpos, a pesquisa científica como forma de
compreender e explicar o funcionamento da
natureza ganha forte impulso. O ser humano
recupera, aos poucos, seu desejo de encontrar
explicações racionais para os fenômenos que observa
à sua volta. As ameaças de condenação eterna e a
necessidade de subordinação absoluta ao poder
divino perdem força.
Características principais
• O reinado da fé foi substituído pela crença na racionalidade.
• Para eles, a razão e a ciência seriam os "faróis" que guiariam o
ser humano para longe do obscurantismo e da ignorância que
haviam predominado em séculos anteriores. Por esse motivo,
a razão é metaforicamente apresentada nesse momento
como a luz interior.
• Cada poema árcade transforma-se em uma espécie de
propaganda que pretende, como resultado final, modificar a
mentalidade das elites do período. Por esse motivo, o
combate à futilidade é um dos principais objetivos dos
autores da época.
Características principais
• fugere urbem: fuga da cidade, da urbanização;
afirmação das qualidades da vida no campo.
• aurea mediocritas: literalmente significa
mediocridade áurea (dourada); simboliza a
valorização das coisas cotidianas, simples, focalizadas
pela razão e pelo bom senso.
• locus amoenus: caracterização de um lugar ameno,
tranqüilo, agradável, onde os amantes se encontram
para desfrutar dos prazeres da natureza.
O resgate de temas clássicos
• inutilia truncat: significa cortar o inútil; princípio muito
valorizado pelos poetas árcades, que se preocupavam em
eliminar os excessos, evitando qual-quer uso mais elaborado
da linguagem. Por trás desse princípio estava o desejo de
separar o bom do defeituoso, a fim de garantir que os textos
literários se aproximassem da perfeição da natureza que
pretendiam imitar.
• carpe diem: cantar o dia, aproveitá-lo; o mais conhecido dos
temas desenvolvidos por Horácio, trata da passagem do
tempo como algo que traz a velhice, a fragilidade e a morte,
tornando imperativo aproveitar o momento presente de
modo intenso.
O resgate de temas clássicos
Em Portugal
• Fundação da Arcádia
Lusitana (1756) para
combater o exagero barroco;
• Poesia como gênero literário
predominante;
• Uso de pseudônimos
pastoris;
• Carpe diem, fugere urbem,
inutilia truncat.
Templo de Apolo em Phigalia, de
Burlloff, 1835
Poesia
Lírica Satírica
Bocage
(1765-1805)
Lírica
Olha, Marília, as flautas dos pastores
Que bem que soam, como estão cadentes!
Olha o Tejo a sorrir-se! Olha, não sentes
Os Zéfiros brincar por entre as flores?
Vê como ali beijando-se os Amores
Incitam nossos ósculos ardentes!
Ei-las de planta em planta as inocentes,
As vagas borboletas de mil cores.
Naquele arbusto o rouxinol suspira,
Ora nas folhas a abelhinha pára,
Ora nos ares sussurrando gira.
Que alegre campo! Que manhã tão clara!
Mas ah! Tudo o que vês, se eu não te vira,
Mais tristeza que a noite me causara.
Satírica
Dos tórridos sertões, pejados de ouro,
Saiu um sabichão de escassa fama,
Que os livros preza, os cartapácios ama,
Que das línguas repartem o tesouro.
Arranha o persiano, arranha o mouro,
Sabe que Deus em turco Allah se chama;
Que no grego alfabeto o G é gamma,
Que taurus em latim quer dizer touro.
Para papaguear saiu do mato.
Abocanha talentos, que não goza.
É mono, e prega unhadas como gato.
É nada em verso, quase nada em prosa.
Não conheces, leitor, neste retrato
O guapo charlatão Tomé Barbosa?
No Brasil
• Inconfidência Mineira (1789)
Tiradentes
• O centro sócio-econômico
desloca-se do nordeste para o
centro-sul, devido á descoberta
de ouro e diamantes em Minas
Gerais;
• Surto de urbanização em Minas
e no Rio de Janeiro (nova
capital da colônia);
Cláudio Manuel da Costa
(1729-1789)
• O lançamento de Obras
poéticas (1768), de
Cláudio Manuel da
Costa, foi o marco
inicial do Arcadismo no
Brasil.
Pastores, que levais ao monte o gado,
Vêde lá como andais por essa serra;
Que para dar contágio a toda a terra,
Basta ver se o meu rosto magoado:
Eu ando (vós me vedes) tão pesado;
E a pastora infiel, que me faz guerra,
É a mesma, que em seu semblante encerra
A causa de um martírio tão cansado.
Se a quereis conhecer, vinde comigo,
Vereis a formosura, que eu adoro;
Mas não; tanto não sou vosso inimigo:
Deixai, não a vejais; eu vo-lo imploro;
Que se seguir quiserdes, o que eu sigo,
Chorareis, ó pastores, o que eu choro.
Poesia
Lírica Satírica
Tomás Antônio Gonzaga
(1744-1810)
Lírica
Eu, Marília, não sou algum vaqueiro,
Que viva de guardar alheio gado,
De tosco trato, de expressões grosseiro,
Dos frios gelos e dos sóis queimado.
Tenho próprio casal e nele assisto;
Dá-me vinho, legume, fruta, azeite;
Das brancas ovelhinhas tiro o leite
E mais as finas lãs, de que me visto.
Graças, Marília bela,
Graças à minha estrela!
Eu vi o meu semblante numa fonte:
Dos anos inda não está cortado;
Os pastores que habitam este monte
Respeitam o poder do meu cajado.
Com tal destreza toco a sanfoninha,
Que inveja até me tem o próprio Alceste:
Ao som dela concerto a voz celeste,
Nem canto letra que não seja minha.
Graças, Marília bela,
Graças à minha estrela!
Trecho de Marília de Dirceu,
Parte 1, Lira I. Nesta primeira
parte, Gonzaga conta para
Marília os planos para o
casamento. O eu lírico é
superior.
Lírica
Eu, Marília, não fui nenhum Vaqueiro,
Fui honrado Pastor da tua Aldeia;
Vestia finas lãs e tinha sempre
A minha choça do preciso cheia.
Tiraram-me o casal e o manso gado,
Nem tenho, a que me encoste, um só cajado.
Para ter que te dar, é que eu queria
De mor rebanho ainda ser o dono;
Prezava o teu semblante, os teus cabelos
Ainda muito mais que um grande Trono.
Agora que te oferte já não vejo,
Além de um puro amor, de um são desejo.
Se o rio levantando me causava,
Levando a sementeira, prejuízo,
Eu alegre ficava apenas via
Na tua breve boca um ar de riso.
Tudo agora perdi; nem tenho o gosto
De ver-te ao menos compassivo o rosto.
Trecho de Marília de Dirceu,
Parte 2, Lira XV. Na segunda
parte da obra, após ser preso
junto aos outros inconfidentes,
Gonzaga lamenta a solidão e o
sofrimento em razão do
afastamento forçado da amada.
O eu lírico é inferior.
Satírica
Não cuides, Doroteu, que vou contar-te
por verdadeira história uma novela
da classe das patranhas, que nos contam
verbosos navegantes, que já deram
ao globo deste mundo volta inteira.
Uma velha madrasta me persiga,
uma mulher zelosa me atormente
e tenha um bando de gatunos filhos,
que um chavo não me deixem, se este chefe
não fez ainda mais do que eu refiro.
(...) Tem pesado semblante, a cor é baça,
o corpo de estatura um tanto esbelta,
feições compridas e olhadura feia;
tem grossas sobrancelhas, testa curta,
nariz direito e grande, fala pouco
em rouco, baixo som de mau falsete;
sem ser velho, já tem cabelo ruço,
e cobre este defeito e fria calva
à força de polvilho que lhe deita.
Trecho de Cartas chilenas, em
que, sob o psudônimo de Critilo,
Gonzaga critica os desmandos de
Luís da Cunha Menezes (a quem o
poeta dá o apelido de Fanfarrão
Minésio), que governou a cidade
de Vila Rica entre 1783 e 1788. As
críticas são enviadas por carta
ficticiamente do Chile (daí o
título) para um amigo do poeta
chamado Doroteu.
Ainda me parece que o estou vendo
no gordo rocinante escarranchado,
as longas calças pelo embigo atadas,
amarelo colete, e sobre tudo
vestida uma vermelha e justa farda.
Basílio da Gama
(1741-1795)
• Poema épico em que
há crítica às ações dos
jesuítas e exaltação ao
marquês de Pombal.
Aqui não temos. Os padres faziam crer aos índios
que os
portugueses eram gente sem lei, que adoravam o
ouro.
Rios de areias de ouro. Essa riqueza
Que cobre os templos dos benditos padres,
Fruto da sua indústria e do comércio
Da folha e peles, é riqueza sua.
Com o arbítrio dos corpos e das almas
O céu lha deu em sorte. A nós somente
Nos toca arar e cultivar a terra,
Sem outra paga mais que o repartido
Por mãos escassas mísero sustento.
Podres choupanas, e algodões tecidos,
E o arco, e as setas, e as vistosas penas
São as nossas fantásticas riquezas.
Muito suor, e pouco ou nenhum fasto.
Volta, senhor, não passes adiante.
Que mais queres de nós? Não nos obrigues
A resistir-te em campo aberto. Pode
Custar-te muito sangue o dar um passo.
Santa Rita Durão
(1722 - 1784)
• Poema épico sobre o
descobrimento da Bahia, de
importância histórica pela
mensagem nacionalista. O
poema conta a lenda
de Diogo Álvares Correia,
o Caramuru.
“- Bárbaro (a bela diz) tigre e não homem...
Porém o tigre, por cruel que brame,
Acha forças no amor, que enfim o domem;
Só a ti não domou, por mais que eu te ame.
Fúrias, raios, coriscos, que o ar consomem,
Como não consumis aquele infame?
Mas pagar tanto amor com tédio e asco...
Ah! Que corisco és tu...raio...penhasco”
(Trecho do Canto VI, onde narra a morte de
Moema)
Saiba mais!
• http://www.vestibular.com.br/guia-do-
vestibular/exercicios/3/1/arcadismo
• http://www.vestibular.com.br/guia-do-
vestibular/revisoes/3/4/arcadismo
• http://www.coladaweb.com/exercicios-
resolvidos/exercicios-resolvidos-de-
portugues/arcadismo

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Mais procurados (20)

Revisional de estilos de época 03, arcadismo
Revisional de estilos de época 03, arcadismoRevisional de estilos de época 03, arcadismo
Revisional de estilos de época 03, arcadismo
 
A débil cv..
A débil cv..A débil cv..
A débil cv..
 
Arcadismo
ArcadismoArcadismo
Arcadismo
 
LuíS Vaz De CamõEs
LuíS Vaz De CamõEsLuíS Vaz De CamõEs
LuíS Vaz De CamõEs
 
Arcadismo brasileiro
Arcadismo brasileiroArcadismo brasileiro
Arcadismo brasileiro
 
Poema Em Petiz - Cesário Verde
Poema Em Petiz - Cesário VerdePoema Em Petiz - Cesário Verde
Poema Em Petiz - Cesário Verde
 
Camões
CamõesCamões
Camões
 
03. arcadismo pre
03. arcadismo pre03. arcadismo pre
03. arcadismo pre
 
Alvares de Azevedo Poemas Malditos
Alvares de Azevedo   Poemas MalditosAlvares de Azevedo   Poemas Malditos
Alvares de Azevedo Poemas Malditos
 
Elogio a Don Quixote - Conferências literárias - Gabinete Português de Leitu...
Elogio a  Don Quixote - Conferências literárias - Gabinete Português de Leitu...Elogio a  Don Quixote - Conferências literárias - Gabinete Português de Leitu...
Elogio a Don Quixote - Conferências literárias - Gabinete Português de Leitu...
 
Em petiz de tarde (Cesário verde)
Em petiz   de tarde (Cesário verde)Em petiz   de tarde (Cesário verde)
Em petiz de tarde (Cesário verde)
 
Em petiz de tarde
Em petiz   de tardeEm petiz   de tarde
Em petiz de tarde
 
Literatura no Brasil Colonial
Literatura no Brasil ColonialLiteratura no Brasil Colonial
Literatura no Brasil Colonial
 
Castro Alves
Castro  AlvesCastro  Alves
Castro Alves
 
Arcadismo - CILP
Arcadismo - CILPArcadismo - CILP
Arcadismo - CILP
 
Arcadismo
ArcadismoArcadismo
Arcadismo
 
Dedicatória
DedicatóriaDedicatória
Dedicatória
 
Obras-literárias_-A_cidade_e_as_serras
  Obras-literárias_-A_cidade_e_as_serras  Obras-literárias_-A_cidade_e_as_serras
Obras-literárias_-A_cidade_e_as_serras
 
Viagens na minha terra
Viagens na minha terra Viagens na minha terra
Viagens na minha terra
 
Noite Fechada, de Cesário Verde
Noite Fechada, de Cesário VerdeNoite Fechada, de Cesário Verde
Noite Fechada, de Cesário Verde
 

Semelhante a Arcadismo na europa aula 5 (20)

Arcadismo 2010
Arcadismo 2010Arcadismo 2010
Arcadismo 2010
 
Arcadismo
ArcadismoArcadismo
Arcadismo
 
Literatura brasileira resumo
Literatura brasileira resumoLiteratura brasileira resumo
Literatura brasileira resumo
 
literaturabrasileira-resumo-150521005228-lva1-app6891.pdf
literaturabrasileira-resumo-150521005228-lva1-app6891.pdfliteraturabrasileira-resumo-150521005228-lva1-app6891.pdf
literaturabrasileira-resumo-150521005228-lva1-app6891.pdf
 
RIMBAUD. Uma temporada no inferno.pdf
RIMBAUD. Uma temporada no inferno.pdfRIMBAUD. Uma temporada no inferno.pdf
RIMBAUD. Uma temporada no inferno.pdf
 
Arcadismo
ArcadismoArcadismo
Arcadismo
 
Arcadismo
ArcadismoArcadismo
Arcadismo
 
Romantismo - contexto prosa e indianismo
Romantismo - contexto prosa e indianismoRomantismo - contexto prosa e indianismo
Romantismo - contexto prosa e indianismo
 
Arcadismo
ArcadismoArcadismo
Arcadismo
 
Arcadismo
ArcadismoArcadismo
Arcadismo
 
Modernismo - 1ª Fase.ppt efkjebvbwvbwhjbvhj
Modernismo - 1ª Fase.ppt efkjebvbwvbwhjbvhjModernismo - 1ª Fase.ppt efkjebvbwvbwhjbvhj
Modernismo - 1ª Fase.ppt efkjebvbwvbwhjbvhj
 
Arcadismo e Neoclassicismo
Arcadismo e NeoclassicismoArcadismo e Neoclassicismo
Arcadismo e Neoclassicismo
 
Classicismo - Renascimento
Classicismo - RenascimentoClassicismo - Renascimento
Classicismo - Renascimento
 
Poemas Malditos
Poemas MalditosPoemas Malditos
Poemas Malditos
 
Arcadismo (1768 1836)
Arcadismo (1768   1836)Arcadismo (1768   1836)
Arcadismo (1768 1836)
 
O Arcadismo
O ArcadismoO Arcadismo
O Arcadismo
 
Arcadismo - CILP
Arcadismo - CILPArcadismo - CILP
Arcadismo - CILP
 
Arcadismo aula
Arcadismo aulaArcadismo aula
Arcadismo aula
 
Romantismo
RomantismoRomantismo
Romantismo
 
Arcadismo
ArcadismoArcadismo
Arcadismo
 

Último

Atividade-9-8o-ano-HIS-Os-caminhos-ate-a-independencia-do-Brasil-Brasil-Colon...
Atividade-9-8o-ano-HIS-Os-caminhos-ate-a-independencia-do-Brasil-Brasil-Colon...Atividade-9-8o-ano-HIS-Os-caminhos-ate-a-independencia-do-Brasil-Brasil-Colon...
Atividade-9-8o-ano-HIS-Os-caminhos-ate-a-independencia-do-Brasil-Brasil-Colon...cristianofiori1
 
Curso de Direito do Trabalho - Maurício Godinho Delgado - 2019.pdf
Curso de Direito do Trabalho - Maurício Godinho Delgado - 2019.pdfCurso de Direito do Trabalho - Maurício Godinho Delgado - 2019.pdf
Curso de Direito do Trabalho - Maurício Godinho Delgado - 2019.pdfLeandroTelesRocha2
 
INTRODUÇÃO A ARQUEOLOGIA BÍBLICA [BIBLIOLOGIA]]
INTRODUÇÃO A ARQUEOLOGIA BÍBLICA [BIBLIOLOGIA]]INTRODUÇÃO A ARQUEOLOGIA BÍBLICA [BIBLIOLOGIA]]
INTRODUÇÃO A ARQUEOLOGIA BÍBLICA [BIBLIOLOGIA]]ESCRIBA DE CRISTO
 
O autismo me ensinou - Letícia Butterfield.pdf
O autismo me ensinou - Letícia Butterfield.pdfO autismo me ensinou - Letícia Butterfield.pdf
O autismo me ensinou - Letícia Butterfield.pdfLetícia Butterfield
 
curso-de-direito-constitucional-gilmar-mendes.pdf
curso-de-direito-constitucional-gilmar-mendes.pdfcurso-de-direito-constitucional-gilmar-mendes.pdf
curso-de-direito-constitucional-gilmar-mendes.pdfLeandroTelesRocha2
 
Hans Kelsen - Teoria Pura do Direito - Obra completa.pdf
Hans Kelsen - Teoria Pura do Direito - Obra completa.pdfHans Kelsen - Teoria Pura do Direito - Obra completa.pdf
Hans Kelsen - Teoria Pura do Direito - Obra completa.pdfrarakey779
 
Tesis de Maestría de Pedro Sousa de Andrade (Resumen).pdf
Tesis de Maestría de Pedro Sousa de Andrade (Resumen).pdfTesis de Maestría de Pedro Sousa de Andrade (Resumen).pdf
Tesis de Maestría de Pedro Sousa de Andrade (Resumen).pdfEditora
 
Instrucoes_A_M_Pranchas_01_a_33_Encadern (4).pdf
Instrucoes_A_M_Pranchas_01_a_33_Encadern (4).pdfInstrucoes_A_M_Pranchas_01_a_33_Encadern (4).pdf
Instrucoes_A_M_Pranchas_01_a_33_Encadern (4).pdfssuserbb4ac2
 
Aproveitando as ferramentas do Tableau para criatividade e produtividade
Aproveitando as ferramentas do Tableau para criatividade e produtividadeAproveitando as ferramentas do Tableau para criatividade e produtividade
Aproveitando as ferramentas do Tableau para criatividade e produtividadeLigia Galvão
 
Exercícios de Clima no brasil e no mundo.pdf
Exercícios de Clima no brasil e no mundo.pdfExercícios de Clima no brasil e no mundo.pdf
Exercícios de Clima no brasil e no mundo.pdfRILTONNOGUEIRADOSSAN
 
Atividades-Sobre-o-Conto-Venha-Ver-o-Por-Do-Sol.docx
Atividades-Sobre-o-Conto-Venha-Ver-o-Por-Do-Sol.docxAtividades-Sobre-o-Conto-Venha-Ver-o-Por-Do-Sol.docx
Atividades-Sobre-o-Conto-Venha-Ver-o-Por-Do-Sol.docxSolangeWaltre
 
Conteúdo sobre a formação e expansão persa
Conteúdo sobre a formação e expansão persaConteúdo sobre a formação e expansão persa
Conteúdo sobre a formação e expansão persafelipescherner
 
AS COLUNAS B E J E SUAS POSICOES CONFORME O RITO.pdf
AS COLUNAS B E J E SUAS POSICOES CONFORME O RITO.pdfAS COLUNAS B E J E SUAS POSICOES CONFORME O RITO.pdf
AS COLUNAS B E J E SUAS POSICOES CONFORME O RITO.pdfssuserbb4ac2
 
Atividade com a música Xote da Alegria - Falamansa
Atividade com a música Xote  da  Alegria    -   FalamansaAtividade com a música Xote  da  Alegria    -   Falamansa
Atividade com a música Xote da Alegria - FalamansaMary Alvarenga
 
Obra - Curso de Direito Tributário - Doutrina Direito
Obra - Curso de Direito Tributário - Doutrina DireitoObra - Curso de Direito Tributário - Doutrina Direito
Obra - Curso de Direito Tributário - Doutrina Direitorarakey779
 
Poema - Reciclar é preciso
Poema            -        Reciclar é precisoPoema            -        Reciclar é preciso
Poema - Reciclar é precisoMary Alvarenga
 
OFICINA - CAFETERIA DAS HABILIDADES.pdf_20240516_002101_0000.pdf
OFICINA - CAFETERIA DAS HABILIDADES.pdf_20240516_002101_0000.pdfOFICINA - CAFETERIA DAS HABILIDADES.pdf_20240516_002101_0000.pdf
OFICINA - CAFETERIA DAS HABILIDADES.pdf_20240516_002101_0000.pdfAndriaNascimento27
 
São Filipe Neri, fundador da a Congregação do Oratório 1515-1595.pptx
São Filipe Neri, fundador da a Congregação do Oratório 1515-1595.pptxSão Filipe Neri, fundador da a Congregação do Oratório 1515-1595.pptx
São Filipe Neri, fundador da a Congregação do Oratório 1515-1595.pptxMartin M Flynn
 
Slides Lição 9, CPAD, Resistindo à Tentação no Caminho, 2Tr24.pptx
Slides Lição 9, CPAD, Resistindo à Tentação no Caminho, 2Tr24.pptxSlides Lição 9, CPAD, Resistindo à Tentação no Caminho, 2Tr24.pptx
Slides Lição 9, CPAD, Resistindo à Tentação no Caminho, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Os Padres de Assaré - CE. Prof. Francisco Leite
Os Padres de Assaré - CE. Prof. Francisco LeiteOs Padres de Assaré - CE. Prof. Francisco Leite
Os Padres de Assaré - CE. Prof. Francisco Leiteprofesfrancleite
 

Último (20)

Atividade-9-8o-ano-HIS-Os-caminhos-ate-a-independencia-do-Brasil-Brasil-Colon...
Atividade-9-8o-ano-HIS-Os-caminhos-ate-a-independencia-do-Brasil-Brasil-Colon...Atividade-9-8o-ano-HIS-Os-caminhos-ate-a-independencia-do-Brasil-Brasil-Colon...
Atividade-9-8o-ano-HIS-Os-caminhos-ate-a-independencia-do-Brasil-Brasil-Colon...
 
Curso de Direito do Trabalho - Maurício Godinho Delgado - 2019.pdf
Curso de Direito do Trabalho - Maurício Godinho Delgado - 2019.pdfCurso de Direito do Trabalho - Maurício Godinho Delgado - 2019.pdf
Curso de Direito do Trabalho - Maurício Godinho Delgado - 2019.pdf
 
INTRODUÇÃO A ARQUEOLOGIA BÍBLICA [BIBLIOLOGIA]]
INTRODUÇÃO A ARQUEOLOGIA BÍBLICA [BIBLIOLOGIA]]INTRODUÇÃO A ARQUEOLOGIA BÍBLICA [BIBLIOLOGIA]]
INTRODUÇÃO A ARQUEOLOGIA BÍBLICA [BIBLIOLOGIA]]
 
O autismo me ensinou - Letícia Butterfield.pdf
O autismo me ensinou - Letícia Butterfield.pdfO autismo me ensinou - Letícia Butterfield.pdf
O autismo me ensinou - Letícia Butterfield.pdf
 
curso-de-direito-constitucional-gilmar-mendes.pdf
curso-de-direito-constitucional-gilmar-mendes.pdfcurso-de-direito-constitucional-gilmar-mendes.pdf
curso-de-direito-constitucional-gilmar-mendes.pdf
 
Hans Kelsen - Teoria Pura do Direito - Obra completa.pdf
Hans Kelsen - Teoria Pura do Direito - Obra completa.pdfHans Kelsen - Teoria Pura do Direito - Obra completa.pdf
Hans Kelsen - Teoria Pura do Direito - Obra completa.pdf
 
Tesis de Maestría de Pedro Sousa de Andrade (Resumen).pdf
Tesis de Maestría de Pedro Sousa de Andrade (Resumen).pdfTesis de Maestría de Pedro Sousa de Andrade (Resumen).pdf
Tesis de Maestría de Pedro Sousa de Andrade (Resumen).pdf
 
Instrucoes_A_M_Pranchas_01_a_33_Encadern (4).pdf
Instrucoes_A_M_Pranchas_01_a_33_Encadern (4).pdfInstrucoes_A_M_Pranchas_01_a_33_Encadern (4).pdf
Instrucoes_A_M_Pranchas_01_a_33_Encadern (4).pdf
 
Aproveitando as ferramentas do Tableau para criatividade e produtividade
Aproveitando as ferramentas do Tableau para criatividade e produtividadeAproveitando as ferramentas do Tableau para criatividade e produtividade
Aproveitando as ferramentas do Tableau para criatividade e produtividade
 
Exercícios de Clima no brasil e no mundo.pdf
Exercícios de Clima no brasil e no mundo.pdfExercícios de Clima no brasil e no mundo.pdf
Exercícios de Clima no brasil e no mundo.pdf
 
Atividades-Sobre-o-Conto-Venha-Ver-o-Por-Do-Sol.docx
Atividades-Sobre-o-Conto-Venha-Ver-o-Por-Do-Sol.docxAtividades-Sobre-o-Conto-Venha-Ver-o-Por-Do-Sol.docx
Atividades-Sobre-o-Conto-Venha-Ver-o-Por-Do-Sol.docx
 
Conteúdo sobre a formação e expansão persa
Conteúdo sobre a formação e expansão persaConteúdo sobre a formação e expansão persa
Conteúdo sobre a formação e expansão persa
 
AS COLUNAS B E J E SUAS POSICOES CONFORME O RITO.pdf
AS COLUNAS B E J E SUAS POSICOES CONFORME O RITO.pdfAS COLUNAS B E J E SUAS POSICOES CONFORME O RITO.pdf
AS COLUNAS B E J E SUAS POSICOES CONFORME O RITO.pdf
 
Atividade com a música Xote da Alegria - Falamansa
Atividade com a música Xote  da  Alegria    -   FalamansaAtividade com a música Xote  da  Alegria    -   Falamansa
Atividade com a música Xote da Alegria - Falamansa
 
Obra - Curso de Direito Tributário - Doutrina Direito
Obra - Curso de Direito Tributário - Doutrina DireitoObra - Curso de Direito Tributário - Doutrina Direito
Obra - Curso de Direito Tributário - Doutrina Direito
 
Poema - Reciclar é preciso
Poema            -        Reciclar é precisoPoema            -        Reciclar é preciso
Poema - Reciclar é preciso
 
OFICINA - CAFETERIA DAS HABILIDADES.pdf_20240516_002101_0000.pdf
OFICINA - CAFETERIA DAS HABILIDADES.pdf_20240516_002101_0000.pdfOFICINA - CAFETERIA DAS HABILIDADES.pdf_20240516_002101_0000.pdf
OFICINA - CAFETERIA DAS HABILIDADES.pdf_20240516_002101_0000.pdf
 
São Filipe Neri, fundador da a Congregação do Oratório 1515-1595.pptx
São Filipe Neri, fundador da a Congregação do Oratório 1515-1595.pptxSão Filipe Neri, fundador da a Congregação do Oratório 1515-1595.pptx
São Filipe Neri, fundador da a Congregação do Oratório 1515-1595.pptx
 
Slides Lição 9, CPAD, Resistindo à Tentação no Caminho, 2Tr24.pptx
Slides Lição 9, CPAD, Resistindo à Tentação no Caminho, 2Tr24.pptxSlides Lição 9, CPAD, Resistindo à Tentação no Caminho, 2Tr24.pptx
Slides Lição 9, CPAD, Resistindo à Tentação no Caminho, 2Tr24.pptx
 
Os Padres de Assaré - CE. Prof. Francisco Leite
Os Padres de Assaré - CE. Prof. Francisco LeiteOs Padres de Assaré - CE. Prof. Francisco Leite
Os Padres de Assaré - CE. Prof. Francisco Leite
 

Arcadismo na europa aula 5

  • 2. Características principais • Paisagem campestre; • Fuga para um mundo idealizado. O balanço, de Jean-Honoré Fragonard, 1765
  • 3. • A partir das descobertas do físico Isaac Newton sobre a gravitação universal e sobre o movimento dos corpos, a pesquisa científica como forma de compreender e explicar o funcionamento da natureza ganha forte impulso. O ser humano recupera, aos poucos, seu desejo de encontrar explicações racionais para os fenômenos que observa à sua volta. As ameaças de condenação eterna e a necessidade de subordinação absoluta ao poder divino perdem força. Características principais
  • 4. • O reinado da fé foi substituído pela crença na racionalidade. • Para eles, a razão e a ciência seriam os "faróis" que guiariam o ser humano para longe do obscurantismo e da ignorância que haviam predominado em séculos anteriores. Por esse motivo, a razão é metaforicamente apresentada nesse momento como a luz interior. • Cada poema árcade transforma-se em uma espécie de propaganda que pretende, como resultado final, modificar a mentalidade das elites do período. Por esse motivo, o combate à futilidade é um dos principais objetivos dos autores da época. Características principais
  • 5. • fugere urbem: fuga da cidade, da urbanização; afirmação das qualidades da vida no campo. • aurea mediocritas: literalmente significa mediocridade áurea (dourada); simboliza a valorização das coisas cotidianas, simples, focalizadas pela razão e pelo bom senso. • locus amoenus: caracterização de um lugar ameno, tranqüilo, agradável, onde os amantes se encontram para desfrutar dos prazeres da natureza. O resgate de temas clássicos
  • 6. • inutilia truncat: significa cortar o inútil; princípio muito valorizado pelos poetas árcades, que se preocupavam em eliminar os excessos, evitando qual-quer uso mais elaborado da linguagem. Por trás desse princípio estava o desejo de separar o bom do defeituoso, a fim de garantir que os textos literários se aproximassem da perfeição da natureza que pretendiam imitar. • carpe diem: cantar o dia, aproveitá-lo; o mais conhecido dos temas desenvolvidos por Horácio, trata da passagem do tempo como algo que traz a velhice, a fragilidade e a morte, tornando imperativo aproveitar o momento presente de modo intenso. O resgate de temas clássicos
  • 7. Em Portugal • Fundação da Arcádia Lusitana (1756) para combater o exagero barroco; • Poesia como gênero literário predominante; • Uso de pseudônimos pastoris; • Carpe diem, fugere urbem, inutilia truncat. Templo de Apolo em Phigalia, de Burlloff, 1835
  • 9. Lírica Olha, Marília, as flautas dos pastores Que bem que soam, como estão cadentes! Olha o Tejo a sorrir-se! Olha, não sentes Os Zéfiros brincar por entre as flores? Vê como ali beijando-se os Amores Incitam nossos ósculos ardentes! Ei-las de planta em planta as inocentes, As vagas borboletas de mil cores. Naquele arbusto o rouxinol suspira, Ora nas folhas a abelhinha pára, Ora nos ares sussurrando gira. Que alegre campo! Que manhã tão clara! Mas ah! Tudo o que vês, se eu não te vira, Mais tristeza que a noite me causara.
  • 10. Satírica Dos tórridos sertões, pejados de ouro, Saiu um sabichão de escassa fama, Que os livros preza, os cartapácios ama, Que das línguas repartem o tesouro. Arranha o persiano, arranha o mouro, Sabe que Deus em turco Allah se chama; Que no grego alfabeto o G é gamma, Que taurus em latim quer dizer touro. Para papaguear saiu do mato. Abocanha talentos, que não goza. É mono, e prega unhadas como gato. É nada em verso, quase nada em prosa. Não conheces, leitor, neste retrato O guapo charlatão Tomé Barbosa?
  • 11. No Brasil • Inconfidência Mineira (1789) Tiradentes • O centro sócio-econômico desloca-se do nordeste para o centro-sul, devido á descoberta de ouro e diamantes em Minas Gerais; • Surto de urbanização em Minas e no Rio de Janeiro (nova capital da colônia);
  • 12. Cláudio Manuel da Costa (1729-1789) • O lançamento de Obras poéticas (1768), de Cláudio Manuel da Costa, foi o marco inicial do Arcadismo no Brasil. Pastores, que levais ao monte o gado, Vêde lá como andais por essa serra; Que para dar contágio a toda a terra, Basta ver se o meu rosto magoado: Eu ando (vós me vedes) tão pesado; E a pastora infiel, que me faz guerra, É a mesma, que em seu semblante encerra A causa de um martírio tão cansado. Se a quereis conhecer, vinde comigo, Vereis a formosura, que eu adoro; Mas não; tanto não sou vosso inimigo: Deixai, não a vejais; eu vo-lo imploro; Que se seguir quiserdes, o que eu sigo, Chorareis, ó pastores, o que eu choro.
  • 14. Lírica Eu, Marília, não sou algum vaqueiro, Que viva de guardar alheio gado, De tosco trato, de expressões grosseiro, Dos frios gelos e dos sóis queimado. Tenho próprio casal e nele assisto; Dá-me vinho, legume, fruta, azeite; Das brancas ovelhinhas tiro o leite E mais as finas lãs, de que me visto. Graças, Marília bela, Graças à minha estrela! Eu vi o meu semblante numa fonte: Dos anos inda não está cortado; Os pastores que habitam este monte Respeitam o poder do meu cajado. Com tal destreza toco a sanfoninha, Que inveja até me tem o próprio Alceste: Ao som dela concerto a voz celeste, Nem canto letra que não seja minha. Graças, Marília bela, Graças à minha estrela! Trecho de Marília de Dirceu, Parte 1, Lira I. Nesta primeira parte, Gonzaga conta para Marília os planos para o casamento. O eu lírico é superior.
  • 15. Lírica Eu, Marília, não fui nenhum Vaqueiro, Fui honrado Pastor da tua Aldeia; Vestia finas lãs e tinha sempre A minha choça do preciso cheia. Tiraram-me o casal e o manso gado, Nem tenho, a que me encoste, um só cajado. Para ter que te dar, é que eu queria De mor rebanho ainda ser o dono; Prezava o teu semblante, os teus cabelos Ainda muito mais que um grande Trono. Agora que te oferte já não vejo, Além de um puro amor, de um são desejo. Se o rio levantando me causava, Levando a sementeira, prejuízo, Eu alegre ficava apenas via Na tua breve boca um ar de riso. Tudo agora perdi; nem tenho o gosto De ver-te ao menos compassivo o rosto. Trecho de Marília de Dirceu, Parte 2, Lira XV. Na segunda parte da obra, após ser preso junto aos outros inconfidentes, Gonzaga lamenta a solidão e o sofrimento em razão do afastamento forçado da amada. O eu lírico é inferior.
  • 16. Satírica Não cuides, Doroteu, que vou contar-te por verdadeira história uma novela da classe das patranhas, que nos contam verbosos navegantes, que já deram ao globo deste mundo volta inteira. Uma velha madrasta me persiga, uma mulher zelosa me atormente e tenha um bando de gatunos filhos, que um chavo não me deixem, se este chefe não fez ainda mais do que eu refiro. (...) Tem pesado semblante, a cor é baça, o corpo de estatura um tanto esbelta, feições compridas e olhadura feia; tem grossas sobrancelhas, testa curta, nariz direito e grande, fala pouco em rouco, baixo som de mau falsete; sem ser velho, já tem cabelo ruço, e cobre este defeito e fria calva à força de polvilho que lhe deita. Trecho de Cartas chilenas, em que, sob o psudônimo de Critilo, Gonzaga critica os desmandos de Luís da Cunha Menezes (a quem o poeta dá o apelido de Fanfarrão Minésio), que governou a cidade de Vila Rica entre 1783 e 1788. As críticas são enviadas por carta ficticiamente do Chile (daí o título) para um amigo do poeta chamado Doroteu. Ainda me parece que o estou vendo no gordo rocinante escarranchado, as longas calças pelo embigo atadas, amarelo colete, e sobre tudo vestida uma vermelha e justa farda.
  • 17. Basílio da Gama (1741-1795) • Poema épico em que há crítica às ações dos jesuítas e exaltação ao marquês de Pombal. Aqui não temos. Os padres faziam crer aos índios que os portugueses eram gente sem lei, que adoravam o ouro. Rios de areias de ouro. Essa riqueza Que cobre os templos dos benditos padres, Fruto da sua indústria e do comércio Da folha e peles, é riqueza sua. Com o arbítrio dos corpos e das almas O céu lha deu em sorte. A nós somente Nos toca arar e cultivar a terra, Sem outra paga mais que o repartido Por mãos escassas mísero sustento. Podres choupanas, e algodões tecidos, E o arco, e as setas, e as vistosas penas São as nossas fantásticas riquezas. Muito suor, e pouco ou nenhum fasto. Volta, senhor, não passes adiante. Que mais queres de nós? Não nos obrigues A resistir-te em campo aberto. Pode Custar-te muito sangue o dar um passo.
  • 18. Santa Rita Durão (1722 - 1784) • Poema épico sobre o descobrimento da Bahia, de importância histórica pela mensagem nacionalista. O poema conta a lenda de Diogo Álvares Correia, o Caramuru. “- Bárbaro (a bela diz) tigre e não homem... Porém o tigre, por cruel que brame, Acha forças no amor, que enfim o domem; Só a ti não domou, por mais que eu te ame. Fúrias, raios, coriscos, que o ar consomem, Como não consumis aquele infame? Mas pagar tanto amor com tédio e asco... Ah! Que corisco és tu...raio...penhasco” (Trecho do Canto VI, onde narra a morte de Moema)
  • 19. Saiba mais! • http://www.vestibular.com.br/guia-do- vestibular/exercicios/3/1/arcadismo • http://www.vestibular.com.br/guia-do- vestibular/revisoes/3/4/arcadismo • http://www.coladaweb.com/exercicios- resolvidos/exercicios-resolvidos-de- portugues/arcadismo