SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 23
João Luiz da Silva Lopes
 Santos e Baumgarten (2005) Sociologia
na América Latina e no Caribe:
 I) a herança intelectual da Sociologia
(Século XIX até início do Século XX);
 II) a Sociologia da cátedra (1890-1950);
III) o período da “Sociologia Científica” e
a configuração da “Sociologia Crítica”
(1950-1973);
 IV) a crise institucional, a consolidação
da “Sociologia Crítica” e a diversificação
da Sociologia (1973-1983);
 V) a Sociologia do autoritarismo, da
democracia e da exclusão (1983-2000);
 VI) a consolidação institucional e a
mundialização da Sociologia da América
Latina (desde o ano de 2000).
Creación de la carrera de sociología años 1970
PITTARI (1997) Indio e Obrero
Los principios de Sociología (1903) D.
Sánchez Bustamante (liberal)
Academia Investigação
Sociologia, Advogados e Política
Universidad de La Paz (1902)
1941
• José Antonio Arze fundó el Instituto de
Sociología Boliviana de la Universidad Mayor
de San Francisco Xavier de Sucre
1942
• Fundó la Revista del Instituto de Sociología
Boliviana
1952
• Fundó la Sociedad Boliviana de Sociología
 O nacionalismo revolucionário, relata Linera
(2009), com o voto universal, a reforma
agrária e a educação gratuita e universal,
causaram momentos de una crescente
desetnização do discurso e ideário
campesinos, mas por ser um projeto
culturalmente homogeneizante, provocou o
ressurgimento da nova visão de mundo
indianista, que tem percorrido vários
períodos: o formativo, o da cooptação estatal
e o de sua conversão em estratégia de poder.
 Primeiro período é o de gestação do indianismo
katarista, enquanto construção discursiva política e
cultural, que começa a resignificar de maneira
sistemática a historia, a língua e a cultura, a partir
da reinvenção da indianidade. Na primeira etapa se
divide em três grandes vertentes: a sindical, a
política partidária, a corrente acadêmica,
historiográfica e de investigação sociológica; Na
segunda etapa em três grandes correntes, 1) a
culturalista, 2) a “integracionistas” e 3) a nacional
indígena que defende um outro Estado e uma
República Índia. Fase inicial apresenta um
panindianismo; segunda fase 1) O reconhecimento
de uma identidade popular boliviana e 2) A
especificidade da identidade indígena Aimara a
partir da politização do idioma e do território e de
suas formas organizativas.
 Segundo período é o da incorporação estatal,
devido a forte frustração política eleitoral que
marcaram a leitura integracionista.
 Terceiro período nomeado como estratégia de
poder, que se expande como uma concepção de
mundo hegemônica, intentando disputar a
direção cultural e política da sociedade com a
ideologia neoliberal. Dividido em duas vertentes:
 1) uma de corte moderado (Movimento ao
Socialismo-MAS e Instrumento Político pela
Soberania dos Povos-IPSP) e
 2) A vertente indianista radical (Movimiento
Indígena Pachakuti-MIP e CSUTCB) com um
projeto de indianização total das estruturas de
poder político.
 Vive em La Paz, onde trabalha como
socióloga na Universidad Mayor de San
Andrés. No inicio da década de oitenta
fundou o Taller de Historia Oral Andina.
Tem publicado numerosos trabalhos
sobre a historia política e social da
Bolívia, entre eles Oprimidos pero no
vencidos, Las fronteras de la coca, Ser
mujer indígena, chola o birlocha en la
Bolivia postcolonial de los años 90 y
Sociologia de la Imagen...
 O recurso epistemológico mais
importante que permite desvelar o
colonialismo é a historia oral, de onde
o passado se alimenta de nova vida,
posto que é o fundamento central da
identidade cultural e política índias, e
ao mesmo tempo, a fonte de crítica e
interpretação da historia em suas
distintas fases de opressão. A história
oral é a recuperação histórica de um
novo ator social: os movimentos
sociais indígenas.
En 1781, la derrota de los indios construyó
símbolos de dominación duraderos, a través
de la pintura, el teatro y la tradición oral.
Pero la imagen debe tener resonancias
distintas según quién la mire: para unos
será un indio sanguinario que recibió su
merecido; para otros un cuerpo
desmembrado que se reunificará algún día
inaugurando un nuevo ciclo de la historia.
(RIVERA, 2010, p. 53)
 La noción de “origen”;
 TCOs [Tierras Comunitarias de Origen];
 y se ONGizan...
 Una agenda oculta: negar la etnicidad de
poblaciones abigarradas y aculturadas;
 Estrategia de desconocer a las poblaciones
indígenas en su condición de mayoría, y
 negar su potencial vocación hegemónica y
capacidad de efecto estatal. (RIVERA, 2010,
p. 60)
 Lo ch’ixi constituye así una
imagen poderosa para pensar la
coexistencia de elementos
heterogéneos que no aspiran a la
fusión y que tampoco producen
un término nuevo, superador y
englobante. (RIVERA, 2010, p. 7)
 El proyecto de modernidad
indígena podrá aflorar desde el
presente, en una espiral cuyo
movimiento es un continuo
retroalimentarse del pasado sobre
el futuro, un “principio esperanza”
o “conciencia anticipante” que
vislumbra la descolonización y la
realiza al mismo tiempo (RIVERA,
2010, p. 55)
 No hay “post” ni “pre” en una visión de
la historia que no es lineal ni
teleológica, que se mueve en ciclos y
espirales, que marca un rumbo sin
dejar de retornar al mismo punto [...]
El presente es escenario de pulsiones
modernizadoras y a la vez arcaizantes,
de estrategias preservadores del
status quo y de otras que significan la
revuelta y renovación del mundo
(RIVERA, 2010, p. 54 e 55).
Império dentro do
império
Academia
gringa
Triángulos
sin base
 El pensamiento descolonizador que
nos permitirá construir esta Bolivia
renovada, genuinamente
multicultural y descolonizada, parte
de la afirmación de ese nosotros
bilingue, abigarrado y ch’ixi, que se
proyecta como cultura, teoría,
epistemología, política de estado y
también como definición nueva del
bienestar y el “desarrollo” (RIVERA,
2010, p. 73).
 1) Reconhecer que os sujeitos não humanos,
montanhas, rios, animais, são entidades com
as quais dialogas;
 2) É o diálogo com os mortos. Vivem, falam e
orientam os vivos, permitem identificar os
limites éticos que não podes ultrapassar;
 3) Criar, viver, tramar comunidade é a
reprodução da vida, implica uma ética do
cuidado por parte de homens e mulheres;
 4) É acercasse da língua.
 Em termos de democracia, “mandar
obedecendo” (RIVERA, 2016a).
 Ha que fazer outra ciência social, que não
divorcie o cérebro do corpo, a ética da
política, o fazer do pensar.
 Quanto a colonização mental, a ciência
social – junto a varias outras – deveria
focarse em criar as ferramentas conceituais,
técnicas e materiais que permitam resistir
ao saqueio, tanto de recursos materiais
como de pessoas (mãos, cérebros) ou, pelo
menos, ajudarnos a sobreviver a ele
(RIVERA, 2016b).
 O que entendo como o principal desafio é ser
autenticamente modernos e conectar-nos
com o mais antigo, para que, a partir dessa
contradição ou anacronismo, possamos
armar – dentro e fora da universidade– uma
esfera pública inclusiva, democrática e
intercultural. É central reconhecer que a
teoria não basta, a ciência social não basta, a
universidade e a academia não bastam para
compreender o mundo que nos tem tocado
viver hoje.
 Questionar e descartar o antropocentrismo e
o eurocentrismo dominantes é vital (RIVERA,
2016b).
 Finalmente, o fracasso dessa
experiência índia com o poder,
reforça a pertinência da ala radical
do indianismo em relação a
necessidade de atuar no processo
de descolonização a partir de
outras epistemes e cosmologias.
BLANCO, Alejandro. La Asociación Latinoamericana de
Sociología: una historia de sus primeros congresos.
Sociologias, Porto Alegre, ano 7, nº 14, jul/dez 2005.
LINERA, Álvaro García. Indianismo y Marxismo el
desencuentro de dos razones revolucionarias. In: La
potencia plebeya: acción colectiva e identidades
indígenas, obreras y populares en Bolivia. (compilador
Pablo Stefanoni) – Bogotá: Siglo del Hombre Editores y
Clacso, 2009.
PITTARI, Salvador Romero. La recepción Academica de
la Sociología en Bolivia. La Paz - Bolivia, 1997.
RIVERA CUSICANQUI, Silvia. Lo Verdaderamente Indio
está dentro de Nosotros. Entrevista a La Jornada,
Suplemento Mensual Número 235, noviembre, 2016a.
RIVERA CUSICANQUI, Silvia. Ch’ixinakax utxiwa.
Una reflexión sobre prácticas y discursos
descolonizadores. 1a ed. - Buenos Aires : Tinta
Limón, 2010.
RIVERA CUSICANQUI,Silvia. LO VERDADERAMENTE
INDIO ESTÁ DENTRO DE NOSOTROS. Entrevista a
LaJornada, Suplemento Mensual Número 235,
noviembre, 2016b.
SANTOS, Jose Vicente Tavares; BAUMGARTEN
Maira. Contribuições da Sociologia na América
Latina à imaginação sociológica: análise,crítica e
compromisso social. Dossiê Sociologias, Porto
Alegre, ano 7, nº 14, jul/dez 2005, p. 178-243.
TICONA, E. Saberes, conocimientos y prácticas
anticoloniales del pueblo aymara-quechua en
Bolivia; La Paz; Plural editores y AGRUCO, 2010.

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a Apresentação sobre a origem e desenvolvimento da Sociologia na Bolívia.pptx

Artigo de josé vieira da cruz em revista ufop
Artigo de josé vieira da cruz em revista ufopArtigo de josé vieira da cruz em revista ufop
Artigo de josé vieira da cruz em revista ufopcitacoesdosprojetos
 
História da Antropologia_ teoria, método e colonialismo.pdf
História da Antropologia_ teoria, método e colonialismo.pdfHistória da Antropologia_ teoria, método e colonialismo.pdf
História da Antropologia_ teoria, método e colonialismo.pdfFelipeCavalcantiFerr
 
Caderno prova brasil_semed_macae_2015
Caderno prova brasil_semed_macae_2015Caderno prova brasil_semed_macae_2015
Caderno prova brasil_semed_macae_2015GRAZIELAHELENASOARES2
 
Colonialidade do poder akwe-xerente
Colonialidade do poder   akwe-xerenteColonialidade do poder   akwe-xerente
Colonialidade do poder akwe-xerenteJohnDavidRibeiroSant
 
A ideia de cultura, de Terry Eagleton.pptx
A ideia de cultura, de Terry Eagleton.pptxA ideia de cultura, de Terry Eagleton.pptx
A ideia de cultura, de Terry Eagleton.pptxMarília Vieira
 
Racismo sexismo-e-desigualdade-sueli-carneiro-1
Racismo sexismo-e-desigualdade-sueli-carneiro-1Racismo sexismo-e-desigualdade-sueli-carneiro-1
Racismo sexismo-e-desigualdade-sueli-carneiro-1ZuleikaCamara
 
Dos meios às mediações - Jesús Martin-Barbeiro
Dos meios às mediações - Jesús Martin-BarbeiroDos meios às mediações - Jesús Martin-Barbeiro
Dos meios às mediações - Jesús Martin-BarbeiroAndréia Pisco
 
Apresentação de seminário do livro cartografias do estudos culturais de ana c...
Apresentação de seminário do livro cartografias do estudos culturais de ana c...Apresentação de seminário do livro cartografias do estudos culturais de ana c...
Apresentação de seminário do livro cartografias do estudos culturais de ana c...CDallapicula
 
O que se entende por cultura
O que se entende por culturaO que se entende por cultura
O que se entende por culturaIvon Rodrigues
 
Projeto brasilidade identidade e autoestima final
Projeto brasilidade identidade e autoestima finalProjeto brasilidade identidade e autoestima final
Projeto brasilidade identidade e autoestima finalLuis Nassif
 
Contracultura - Contestação e resistência na vida social
Contracultura - Contestação e resistência na vida socialContracultura - Contestação e resistência na vida social
Contracultura - Contestação e resistência na vida socialAlexandro de Souza
 
Nara, gal e rita trajetórias, projetos e migrações das mulheres do tropicalismo
Nara, gal e rita trajetórias, projetos e migrações das mulheres do tropicalismoNara, gal e rita trajetórias, projetos e migrações das mulheres do tropicalismo
Nara, gal e rita trajetórias, projetos e migrações das mulheres do tropicalismoLuara Schamó
 
Slides de aulas 2 semestre de 2013
Slides de aulas   2 semestre de 2013Slides de aulas   2 semestre de 2013
Slides de aulas 2 semestre de 2013Amanda Cardoso
 

Semelhante a Apresentação sobre a origem e desenvolvimento da Sociologia na Bolívia.pptx (20)

07
0707
07
 
Artigo de josé vieira da cruz em revista ufop
Artigo de josé vieira da cruz em revista ufopArtigo de josé vieira da cruz em revista ufop
Artigo de josé vieira da cruz em revista ufop
 
História da Antropologia_ teoria, método e colonialismo.pdf
História da Antropologia_ teoria, método e colonialismo.pdfHistória da Antropologia_ teoria, método e colonialismo.pdf
História da Antropologia_ teoria, método e colonialismo.pdf
 
Caderno prova brasil_semed_macae_2015
Caderno prova brasil_semed_macae_2015Caderno prova brasil_semed_macae_2015
Caderno prova brasil_semed_macae_2015
 
Boletim
BoletimBoletim
Boletim
 
Colonialidade do poder akwe-xerente
Colonialidade do poder   akwe-xerenteColonialidade do poder   akwe-xerente
Colonialidade do poder akwe-xerente
 
SemináRio
SemináRioSemináRio
SemináRio
 
A ideia de cultura, de Terry Eagleton.pptx
A ideia de cultura, de Terry Eagleton.pptxA ideia de cultura, de Terry Eagleton.pptx
A ideia de cultura, de Terry Eagleton.pptx
 
Racismo sexismo-e-desigualdade-sueli-carneiro-1
Racismo sexismo-e-desigualdade-sueli-carneiro-1Racismo sexismo-e-desigualdade-sueli-carneiro-1
Racismo sexismo-e-desigualdade-sueli-carneiro-1
 
Aula diversidade diferença identidade
Aula diversidade diferença identidadeAula diversidade diferença identidade
Aula diversidade diferença identidade
 
Dos meios às mediações - Jesús Martin-Barbeiro
Dos meios às mediações - Jesús Martin-BarbeiroDos meios às mediações - Jesús Martin-Barbeiro
Dos meios às mediações - Jesús Martin-Barbeiro
 
Apresentação de seminário do livro cartografias do estudos culturais de ana c...
Apresentação de seminário do livro cartografias do estudos culturais de ana c...Apresentação de seminário do livro cartografias do estudos culturais de ana c...
Apresentação de seminário do livro cartografias do estudos culturais de ana c...
 
O que se entende por cultura
O que se entende por culturaO que se entende por cultura
O que se entende por cultura
 
Antrop. contêmp
Antrop. contêmpAntrop. contêmp
Antrop. contêmp
 
Projeto brasilidade identidade e autoestima final
Projeto brasilidade identidade e autoestima finalProjeto brasilidade identidade e autoestima final
Projeto brasilidade identidade e autoestima final
 
Nova história cultural
Nova história culturalNova história cultural
Nova história cultural
 
8o ano cultura indigena
8o ano cultura indigena8o ano cultura indigena
8o ano cultura indigena
 
Contracultura - Contestação e resistência na vida social
Contracultura - Contestação e resistência na vida socialContracultura - Contestação e resistência na vida social
Contracultura - Contestação e resistência na vida social
 
Nara, gal e rita trajetórias, projetos e migrações das mulheres do tropicalismo
Nara, gal e rita trajetórias, projetos e migrações das mulheres do tropicalismoNara, gal e rita trajetórias, projetos e migrações das mulheres do tropicalismo
Nara, gal e rita trajetórias, projetos e migrações das mulheres do tropicalismo
 
Slides de aulas 2 semestre de 2013
Slides de aulas   2 semestre de 2013Slides de aulas   2 semestre de 2013
Slides de aulas 2 semestre de 2013
 

Último

Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxDiscurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxferreirapriscilla84
 
Atividades sobre Coordenadas Geográficas
Atividades sobre Coordenadas GeográficasAtividades sobre Coordenadas Geográficas
Atividades sobre Coordenadas Geográficasprofcamilamanz
 
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdfFicha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdfFtimaMoreira35
 
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumGÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumAugusto Costa
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...azulassessoria9
 
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....LuizHenriquedeAlmeid6
 
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptLiteratura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptMaiteFerreira4
 
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestreCIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestreElianeElika
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelGilber Rubim Rangel
 
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfo ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfCamillaBrito19
 
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?AnabelaGuerreiro7
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavrasMary Alvarenga
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdfLeloIurk1
 
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfAula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfFernandaMota99
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...IsabelPereira2010
 
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdfPortfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdfjanainadfsilva
 
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptxVARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptxMarlene Cunhada
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfLeloIurk1
 

Último (20)

Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxDiscurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
 
Atividades sobre Coordenadas Geográficas
Atividades sobre Coordenadas GeográficasAtividades sobre Coordenadas Geográficas
Atividades sobre Coordenadas Geográficas
 
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdfFicha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
 
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumGÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
 
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptLiteratura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
 
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULACINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
 
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestreCIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
 
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfo ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
 
Bullying, sai pra lá
Bullying,  sai pra láBullying,  sai pra lá
Bullying, sai pra lá
 
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavras
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
 
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfAula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
 
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdfPortfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
 
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptxVARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
 

Apresentação sobre a origem e desenvolvimento da Sociologia na Bolívia.pptx

  • 1. João Luiz da Silva Lopes
  • 2.  Santos e Baumgarten (2005) Sociologia na América Latina e no Caribe:  I) a herança intelectual da Sociologia (Século XIX até início do Século XX);  II) a Sociologia da cátedra (1890-1950); III) o período da “Sociologia Científica” e a configuração da “Sociologia Crítica” (1950-1973);  IV) a crise institucional, a consolidação da “Sociologia Crítica” e a diversificação da Sociologia (1973-1983);  V) a Sociologia do autoritarismo, da democracia e da exclusão (1983-2000);  VI) a consolidação institucional e a mundialização da Sociologia da América Latina (desde o ano de 2000).
  • 3. Creación de la carrera de sociología años 1970 PITTARI (1997) Indio e Obrero Los principios de Sociología (1903) D. Sánchez Bustamante (liberal) Academia Investigação Sociologia, Advogados e Política Universidad de La Paz (1902)
  • 4. 1941 • José Antonio Arze fundó el Instituto de Sociología Boliviana de la Universidad Mayor de San Francisco Xavier de Sucre 1942 • Fundó la Revista del Instituto de Sociología Boliviana 1952 • Fundó la Sociedad Boliviana de Sociología
  • 5.  O nacionalismo revolucionário, relata Linera (2009), com o voto universal, a reforma agrária e a educação gratuita e universal, causaram momentos de una crescente desetnização do discurso e ideário campesinos, mas por ser um projeto culturalmente homogeneizante, provocou o ressurgimento da nova visão de mundo indianista, que tem percorrido vários períodos: o formativo, o da cooptação estatal e o de sua conversão em estratégia de poder.
  • 6.  Primeiro período é o de gestação do indianismo katarista, enquanto construção discursiva política e cultural, que começa a resignificar de maneira sistemática a historia, a língua e a cultura, a partir da reinvenção da indianidade. Na primeira etapa se divide em três grandes vertentes: a sindical, a política partidária, a corrente acadêmica, historiográfica e de investigação sociológica; Na segunda etapa em três grandes correntes, 1) a culturalista, 2) a “integracionistas” e 3) a nacional indígena que defende um outro Estado e uma República Índia. Fase inicial apresenta um panindianismo; segunda fase 1) O reconhecimento de uma identidade popular boliviana e 2) A especificidade da identidade indígena Aimara a partir da politização do idioma e do território e de suas formas organizativas.
  • 7.  Segundo período é o da incorporação estatal, devido a forte frustração política eleitoral que marcaram a leitura integracionista.  Terceiro período nomeado como estratégia de poder, que se expande como uma concepção de mundo hegemônica, intentando disputar a direção cultural e política da sociedade com a ideologia neoliberal. Dividido em duas vertentes:  1) uma de corte moderado (Movimento ao Socialismo-MAS e Instrumento Político pela Soberania dos Povos-IPSP) e  2) A vertente indianista radical (Movimiento Indígena Pachakuti-MIP e CSUTCB) com um projeto de indianização total das estruturas de poder político.
  • 8.  Vive em La Paz, onde trabalha como socióloga na Universidad Mayor de San Andrés. No inicio da década de oitenta fundou o Taller de Historia Oral Andina. Tem publicado numerosos trabalhos sobre a historia política e social da Bolívia, entre eles Oprimidos pero no vencidos, Las fronteras de la coca, Ser mujer indígena, chola o birlocha en la Bolivia postcolonial de los años 90 y Sociologia de la Imagen...
  • 9.  O recurso epistemológico mais importante que permite desvelar o colonialismo é a historia oral, de onde o passado se alimenta de nova vida, posto que é o fundamento central da identidade cultural e política índias, e ao mesmo tempo, a fonte de crítica e interpretação da historia em suas distintas fases de opressão. A história oral é a recuperação histórica de um novo ator social: os movimentos sociais indígenas.
  • 10.
  • 11. En 1781, la derrota de los indios construyó símbolos de dominación duraderos, a través de la pintura, el teatro y la tradición oral. Pero la imagen debe tener resonancias distintas según quién la mire: para unos será un indio sanguinario que recibió su merecido; para otros un cuerpo desmembrado que se reunificará algún día inaugurando un nuevo ciclo de la historia. (RIVERA, 2010, p. 53)
  • 12.  La noción de “origen”;  TCOs [Tierras Comunitarias de Origen];  y se ONGizan...  Una agenda oculta: negar la etnicidad de poblaciones abigarradas y aculturadas;  Estrategia de desconocer a las poblaciones indígenas en su condición de mayoría, y  negar su potencial vocación hegemónica y capacidad de efecto estatal. (RIVERA, 2010, p. 60)
  • 13.  Lo ch’ixi constituye así una imagen poderosa para pensar la coexistencia de elementos heterogéneos que no aspiran a la fusión y que tampoco producen un término nuevo, superador y englobante. (RIVERA, 2010, p. 7)
  • 14.  El proyecto de modernidad indígena podrá aflorar desde el presente, en una espiral cuyo movimiento es un continuo retroalimentarse del pasado sobre el futuro, un “principio esperanza” o “conciencia anticipante” que vislumbra la descolonización y la realiza al mismo tiempo (RIVERA, 2010, p. 55)
  • 15.  No hay “post” ni “pre” en una visión de la historia que no es lineal ni teleológica, que se mueve en ciclos y espirales, que marca un rumbo sin dejar de retornar al mismo punto [...] El presente es escenario de pulsiones modernizadoras y a la vez arcaizantes, de estrategias preservadores del status quo y de otras que significan la revuelta y renovación del mundo (RIVERA, 2010, p. 54 e 55).
  • 17.  El pensamiento descolonizador que nos permitirá construir esta Bolivia renovada, genuinamente multicultural y descolonizada, parte de la afirmación de ese nosotros bilingue, abigarrado y ch’ixi, que se proyecta como cultura, teoría, epistemología, política de estado y también como definición nueva del bienestar y el “desarrollo” (RIVERA, 2010, p. 73).
  • 18.  1) Reconhecer que os sujeitos não humanos, montanhas, rios, animais, são entidades com as quais dialogas;  2) É o diálogo com os mortos. Vivem, falam e orientam os vivos, permitem identificar os limites éticos que não podes ultrapassar;  3) Criar, viver, tramar comunidade é a reprodução da vida, implica uma ética do cuidado por parte de homens e mulheres;  4) É acercasse da língua.  Em termos de democracia, “mandar obedecendo” (RIVERA, 2016a).
  • 19.  Ha que fazer outra ciência social, que não divorcie o cérebro do corpo, a ética da política, o fazer do pensar.  Quanto a colonização mental, a ciência social – junto a varias outras – deveria focarse em criar as ferramentas conceituais, técnicas e materiais que permitam resistir ao saqueio, tanto de recursos materiais como de pessoas (mãos, cérebros) ou, pelo menos, ajudarnos a sobreviver a ele (RIVERA, 2016b).
  • 20.  O que entendo como o principal desafio é ser autenticamente modernos e conectar-nos com o mais antigo, para que, a partir dessa contradição ou anacronismo, possamos armar – dentro e fora da universidade– uma esfera pública inclusiva, democrática e intercultural. É central reconhecer que a teoria não basta, a ciência social não basta, a universidade e a academia não bastam para compreender o mundo que nos tem tocado viver hoje.  Questionar e descartar o antropocentrismo e o eurocentrismo dominantes é vital (RIVERA, 2016b).
  • 21.  Finalmente, o fracasso dessa experiência índia com o poder, reforça a pertinência da ala radical do indianismo em relação a necessidade de atuar no processo de descolonização a partir de outras epistemes e cosmologias.
  • 22. BLANCO, Alejandro. La Asociación Latinoamericana de Sociología: una historia de sus primeros congresos. Sociologias, Porto Alegre, ano 7, nº 14, jul/dez 2005. LINERA, Álvaro García. Indianismo y Marxismo el desencuentro de dos razones revolucionarias. In: La potencia plebeya: acción colectiva e identidades indígenas, obreras y populares en Bolivia. (compilador Pablo Stefanoni) – Bogotá: Siglo del Hombre Editores y Clacso, 2009. PITTARI, Salvador Romero. La recepción Academica de la Sociología en Bolivia. La Paz - Bolivia, 1997. RIVERA CUSICANQUI, Silvia. Lo Verdaderamente Indio está dentro de Nosotros. Entrevista a La Jornada, Suplemento Mensual Número 235, noviembre, 2016a.
  • 23. RIVERA CUSICANQUI, Silvia. Ch’ixinakax utxiwa. Una reflexión sobre prácticas y discursos descolonizadores. 1a ed. - Buenos Aires : Tinta Limón, 2010. RIVERA CUSICANQUI,Silvia. LO VERDADERAMENTE INDIO ESTÁ DENTRO DE NOSOTROS. Entrevista a LaJornada, Suplemento Mensual Número 235, noviembre, 2016b. SANTOS, Jose Vicente Tavares; BAUMGARTEN Maira. Contribuições da Sociologia na América Latina à imaginação sociológica: análise,crítica e compromisso social. Dossiê Sociologias, Porto Alegre, ano 7, nº 14, jul/dez 2005, p. 178-243. TICONA, E. Saberes, conocimientos y prácticas anticoloniales del pueblo aymara-quechua en Bolivia; La Paz; Plural editores y AGRUCO, 2010.