2. Santos e Baumgarten (2005) Sociologia
na América Latina e no Caribe:
I) a herança intelectual da Sociologia
(Século XIX até início do Século XX);
II) a Sociologia da cátedra (1890-1950);
III) o período da “Sociologia Científica” e
a configuração da “Sociologia Crítica”
(1950-1973);
IV) a crise institucional, a consolidação
da “Sociologia Crítica” e a diversificação
da Sociologia (1973-1983);
V) a Sociologia do autoritarismo, da
democracia e da exclusão (1983-2000);
VI) a consolidação institucional e a
mundialização da Sociologia da América
Latina (desde o ano de 2000).
3. Creación de la carrera de sociología años 1970
PITTARI (1997) Indio e Obrero
Los principios de Sociología (1903) D.
Sánchez Bustamante (liberal)
Academia Investigação
Sociologia, Advogados e Política
Universidad de La Paz (1902)
4. 1941
• José Antonio Arze fundó el Instituto de
Sociología Boliviana de la Universidad Mayor
de San Francisco Xavier de Sucre
1942
• Fundó la Revista del Instituto de Sociología
Boliviana
1952
• Fundó la Sociedad Boliviana de Sociología
5. O nacionalismo revolucionário, relata Linera
(2009), com o voto universal, a reforma
agrária e a educação gratuita e universal,
causaram momentos de una crescente
desetnização do discurso e ideário
campesinos, mas por ser um projeto
culturalmente homogeneizante, provocou o
ressurgimento da nova visão de mundo
indianista, que tem percorrido vários
períodos: o formativo, o da cooptação estatal
e o de sua conversão em estratégia de poder.
6. Primeiro período é o de gestação do indianismo
katarista, enquanto construção discursiva política e
cultural, que começa a resignificar de maneira
sistemática a historia, a língua e a cultura, a partir
da reinvenção da indianidade. Na primeira etapa se
divide em três grandes vertentes: a sindical, a
política partidária, a corrente acadêmica,
historiográfica e de investigação sociológica; Na
segunda etapa em três grandes correntes, 1) a
culturalista, 2) a “integracionistas” e 3) a nacional
indígena que defende um outro Estado e uma
República Índia. Fase inicial apresenta um
panindianismo; segunda fase 1) O reconhecimento
de uma identidade popular boliviana e 2) A
especificidade da identidade indígena Aimara a
partir da politização do idioma e do território e de
suas formas organizativas.
7. Segundo período é o da incorporação estatal,
devido a forte frustração política eleitoral que
marcaram a leitura integracionista.
Terceiro período nomeado como estratégia de
poder, que se expande como uma concepção de
mundo hegemônica, intentando disputar a
direção cultural e política da sociedade com a
ideologia neoliberal. Dividido em duas vertentes:
1) uma de corte moderado (Movimento ao
Socialismo-MAS e Instrumento Político pela
Soberania dos Povos-IPSP) e
2) A vertente indianista radical (Movimiento
Indígena Pachakuti-MIP e CSUTCB) com um
projeto de indianização total das estruturas de
poder político.
8. Vive em La Paz, onde trabalha como
socióloga na Universidad Mayor de San
Andrés. No inicio da década de oitenta
fundou o Taller de Historia Oral Andina.
Tem publicado numerosos trabalhos
sobre a historia política e social da
Bolívia, entre eles Oprimidos pero no
vencidos, Las fronteras de la coca, Ser
mujer indígena, chola o birlocha en la
Bolivia postcolonial de los años 90 y
Sociologia de la Imagen...
9. O recurso epistemológico mais
importante que permite desvelar o
colonialismo é a historia oral, de onde
o passado se alimenta de nova vida,
posto que é o fundamento central da
identidade cultural e política índias, e
ao mesmo tempo, a fonte de crítica e
interpretação da historia em suas
distintas fases de opressão. A história
oral é a recuperação histórica de um
novo ator social: os movimentos
sociais indígenas.
10.
11. En 1781, la derrota de los indios construyó
símbolos de dominación duraderos, a través
de la pintura, el teatro y la tradición oral.
Pero la imagen debe tener resonancias
distintas según quién la mire: para unos
será un indio sanguinario que recibió su
merecido; para otros un cuerpo
desmembrado que se reunificará algún día
inaugurando un nuevo ciclo de la historia.
(RIVERA, 2010, p. 53)
12. La noción de “origen”;
TCOs [Tierras Comunitarias de Origen];
y se ONGizan...
Una agenda oculta: negar la etnicidad de
poblaciones abigarradas y aculturadas;
Estrategia de desconocer a las poblaciones
indígenas en su condición de mayoría, y
negar su potencial vocación hegemónica y
capacidad de efecto estatal. (RIVERA, 2010,
p. 60)
13. Lo ch’ixi constituye así una
imagen poderosa para pensar la
coexistencia de elementos
heterogéneos que no aspiran a la
fusión y que tampoco producen
un término nuevo, superador y
englobante. (RIVERA, 2010, p. 7)
14. El proyecto de modernidad
indígena podrá aflorar desde el
presente, en una espiral cuyo
movimiento es un continuo
retroalimentarse del pasado sobre
el futuro, un “principio esperanza”
o “conciencia anticipante” que
vislumbra la descolonización y la
realiza al mismo tiempo (RIVERA,
2010, p. 55)
15. No hay “post” ni “pre” en una visión de
la historia que no es lineal ni
teleológica, que se mueve en ciclos y
espirales, que marca un rumbo sin
dejar de retornar al mismo punto [...]
El presente es escenario de pulsiones
modernizadoras y a la vez arcaizantes,
de estrategias preservadores del
status quo y de otras que significan la
revuelta y renovación del mundo
(RIVERA, 2010, p. 54 e 55).
17. El pensamiento descolonizador que
nos permitirá construir esta Bolivia
renovada, genuinamente
multicultural y descolonizada, parte
de la afirmación de ese nosotros
bilingue, abigarrado y ch’ixi, que se
proyecta como cultura, teoría,
epistemología, política de estado y
también como definición nueva del
bienestar y el “desarrollo” (RIVERA,
2010, p. 73).
18. 1) Reconhecer que os sujeitos não humanos,
montanhas, rios, animais, são entidades com
as quais dialogas;
2) É o diálogo com os mortos. Vivem, falam e
orientam os vivos, permitem identificar os
limites éticos que não podes ultrapassar;
3) Criar, viver, tramar comunidade é a
reprodução da vida, implica uma ética do
cuidado por parte de homens e mulheres;
4) É acercasse da língua.
Em termos de democracia, “mandar
obedecendo” (RIVERA, 2016a).
19. Ha que fazer outra ciência social, que não
divorcie o cérebro do corpo, a ética da
política, o fazer do pensar.
Quanto a colonização mental, a ciência
social – junto a varias outras – deveria
focarse em criar as ferramentas conceituais,
técnicas e materiais que permitam resistir
ao saqueio, tanto de recursos materiais
como de pessoas (mãos, cérebros) ou, pelo
menos, ajudarnos a sobreviver a ele
(RIVERA, 2016b).
20. O que entendo como o principal desafio é ser
autenticamente modernos e conectar-nos
com o mais antigo, para que, a partir dessa
contradição ou anacronismo, possamos
armar – dentro e fora da universidade– uma
esfera pública inclusiva, democrática e
intercultural. É central reconhecer que a
teoria não basta, a ciência social não basta, a
universidade e a academia não bastam para
compreender o mundo que nos tem tocado
viver hoje.
Questionar e descartar o antropocentrismo e
o eurocentrismo dominantes é vital (RIVERA,
2016b).
21. Finalmente, o fracasso dessa
experiência índia com o poder,
reforça a pertinência da ala radical
do indianismo em relação a
necessidade de atuar no processo
de descolonização a partir de
outras epistemes e cosmologias.
22. BLANCO, Alejandro. La Asociación Latinoamericana de
Sociología: una historia de sus primeros congresos.
Sociologias, Porto Alegre, ano 7, nº 14, jul/dez 2005.
LINERA, Álvaro García. Indianismo y Marxismo el
desencuentro de dos razones revolucionarias. In: La
potencia plebeya: acción colectiva e identidades
indígenas, obreras y populares en Bolivia. (compilador
Pablo Stefanoni) – Bogotá: Siglo del Hombre Editores y
Clacso, 2009.
PITTARI, Salvador Romero. La recepción Academica de
la Sociología en Bolivia. La Paz - Bolivia, 1997.
RIVERA CUSICANQUI, Silvia. Lo Verdaderamente Indio
está dentro de Nosotros. Entrevista a La Jornada,
Suplemento Mensual Número 235, noviembre, 2016a.
23. RIVERA CUSICANQUI, Silvia. Ch’ixinakax utxiwa.
Una reflexión sobre prácticas y discursos
descolonizadores. 1a ed. - Buenos Aires : Tinta
Limón, 2010.
RIVERA CUSICANQUI,Silvia. LO VERDADERAMENTE
INDIO ESTÁ DENTRO DE NOSOTROS. Entrevista a
LaJornada, Suplemento Mensual Número 235,
noviembre, 2016b.
SANTOS, Jose Vicente Tavares; BAUMGARTEN
Maira. Contribuições da Sociologia na América
Latina à imaginação sociológica: análise,crítica e
compromisso social. Dossiê Sociologias, Porto
Alegre, ano 7, nº 14, jul/dez 2005, p. 178-243.
TICONA, E. Saberes, conocimientos y prácticas
anticoloniales del pueblo aymara-quechua en
Bolivia; La Paz; Plural editores y AGRUCO, 2010.