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ENSINO DE HISTÓRIA DA ÁFRICA
LEGISLAÇÃO E CURRÍCULO – PARTE 1 DE 4
ANDRÉ SANTOS LUIGI
PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA, TÉCNICA E TECNOLÓGICA
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SÃO PAULO – CAMPUS REGISTRO
ESCOLA
Cada sociedade tem seu regime de verdade, sua “política geral” de verdade:
isto é, os tipos de discursos que ela acolhe e faz funcionar como verdadeiros; os
mecanismos e instâncias que permitem distinguir os enunciados verdadeiros
dos falsos, a maneira como sanciona uns e outros; as técnicas e procedimentos
que são valorizados para a obtenção da verdade; o estatuto daqueles que têm o
encargo de dizer o que funciona como verdadeiro. (1985, p12)
MICHEL FOUCAULT
MICROFÍSICA DO PODER
ESCOLA
Em nossas sociedades, a economia política da verdade tem cinco características
importantes: a "verdade" é centrada na forma do discurso científico e nas
instituições que o produzem; está submetida a uma constante incitação econômica
e política (necessidade de verdade tanto para a produção econômica, quanto para o
poder político); é objeto, de várias formas, de uma intensa difusão e de um imenso
consumo (circula nos aparelhos de educação ou de informação, cuja extensão do
corpo social é relativamente grande, não obstante algumas limitações rigorosas); é
produzida e transmitida sob o controle, não exclusivo, mas dominante, de alguns
grandes aparelhos políticos e econômicos (universidade, exército, escritura, meios
de comunicação); enfim, é objeto de debate político e de confronto social. (1985, p.
13)
MICHEL FOUCAULT
MICROFÍSICA DO PODER
CURRÍCULO
Selecionar é uma operação de poder. Privilegiar um tipo de conhecimento é
uma operação de poder. Destacar, entre as múltiplas possibilidades, uma
identidade ou subjetividade como sendo a ideal é uma operação de poder. As
teorias do currículo não estão, neste sentido, situadas num campo “puramente”
epistemológico, de competição entre “puras” teorias. As teorias do currículo
estão ativamente envolvidas na atividade de garantir o consenso, de obter
hegemonia. As teorias do currículo estão situadas num campo epistemológica
social. As teorias do currículo estão no centro de um território contestado.
(2010, p16)
TOMAZ TADEU SILVA
DOCUMENTOS DE IDENTIDADE
CURRÍCULO
Uma das mais importantes tarefas da crítica e da intervenção cultural em
educação consiste precisamente em perguntar quais grupos e interesses não
apenas estão representados no currículo, mas têm o poder de representar
outros. (1995, p125)
TOMAZ TADEU SILVA
DOCUMENTOS DE IDENTIDADE
HISTÓRIA E MEMÓRIA
A história, porque operação intelectual e laicizante, demanda análise e discurso
crítico. A memória instala a lembrança no sagrado, a história a liberta, e a torna
sempre prosaica. A memória emerge de um grupo que ela une, o que quer dizer
como Halbwachs o fez, que há tantas memórias quantos grupos existem; que ela
é, por natureza, múltipla e desacelerada, coletiva, plural e individualizada. A
história, ao contrário, pertence a todos e a ninguém, o que lhe dá uma vocação
para o universal. A memória se enraíza no concreto, no espaço, no gesto, na
imagem, no objeto. A história só se liga às continuidades temporais, às evoluções
e às relações das coisas. A memória é um absoluto e a história só conhece o
relativo.
PIERRE NORA
ENTRE HISTÓRIA E MEMÓRIA
ENSINO DE HISTÓRIA
A crítica do etnocentrismo e do racismo, assim como a do machismo, apresenta
uma oportunidade concreta aos/às educadores/as para começar a interromper
aqueles processos de reprodução e perpetuação de relações de poder num dos
locais onde eles se apresentam de forma mais constante e eficaz: na escola e no
currículo.
(1995, p194).
TOMAZ TADEU SILVA
DOCUMENTOS DE IDENTIDADE
ÁFRICA TEM HISTÓRIA?
A África não é uma parte histórica do mundo. Não tem movimentos,
progressos a mostrar, movimentos históricos próprios dela. Quer isto dizer que
sua parte setentrional pertence ao mundo europeu ou asiático. Aquilo que
entendemos precisamente pela África é o espírito a-histórico, o espírito não
desenvolvido, ainda envolto em condições da natureza e que deve ser aqui
apresentado apenas como no limiar da história do mundo (2008, p. 175)
HEGEL
CURRÍCULO QUADRIPARTITE
COMO ESCREVER A HISTÓRIA DO BRASIL?
Disso necessariamente se segue que o português que, como descobridor,
conquistador e senhor, deu as condições e garantias morais e físicas para um
reino independente, que o português se apresenta como o mais poderoso e
essencial motor. Mas também de certo seria um grande erro para todos os
princípios da historiografia pragmática se desprezassem as forças dos indígenas
e dos negros importados, forças estas que igualmente concorreram para o
desenvolvimento físico, moral e civil da totalidade da população(...) O sangue
português, em um poderoso rio deverá absorver os pequenos afluentes das
raças índia e etiópica.
. VON MARTIUS
INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO BRASILEIRO
BRANQUEAMENTO
[...] durante o período alto do pensamento racial – 1880 a 1920 – a ideologia do
“branqueamento” ganhou foros de legitimidade cientifica, de vez que as teorias
racistas passaram a ser interpretadas pelos brasileiros como confirmação das
suas ideias de que a raça superior - a branca - acabaria por prevalecer no
processo de amalgamação. (1976, p 63)
THOMAS SKIDMORE
PRETO NO BRANCO
BRANQUEAMENTO
A população mista do Brasil deverá ter pois, no intervalo de um século, um
aspecto bem diferente do atual. As correntes de imigração europeia,
aumentando a cada dia mais o elemento branco desta população, acabarão,
depois de certo tempo, por sufocar os elementos nos quais poderiam persistir
ainda alguns traços do negro.
JOÃO BATISTA DE LACERDA
CONGRESSO UNIVERSAL DAS RAÇAS, LONDRES, 1911
BRANQUEAMENTO
Quanto mais se difundir a civilização no país, tanto mais intensa será a redução da
raça indígena, a qual, estou certo, desaparecerá como os negros daqui a um
século. (1912, p.98)
JOÃO BATISTA DE LACERDA
CONSTITUIÇÃO ETNOLÓGICA DA POPULAÇÃO DO BRASIL DAQUI A 100 ANOS
BRANQUEAMENTO
Tinham fé irrestrita na capacidade do estado de funcionar de maneira técnica e
científica para transformar a nação. Os condutores da expansão e reforma
educacional acreditavam que a maior parte dos brasileiros, pobres e/ou pessoas
de cor, eram sub-cidadãos presos na degeneração - condição que herdavam de
seus antepassados e transmitiam a seus filhos, enfraquecendo a nação. Os
mesmos educadores tinham também fé na sua capacidade de mobilizar ciência e
política para redimir essa população, transformando-a em cidadãos-modelo
(2006, p 12-13).
JERRY D’AVILA
DIPLOMA DE BRANCURA
DEMOCRACIA RACIAL
Afinal, o Brasil teria sido percebido historicamente como um país onde os
brancos tinham uma fraca, ou quase nenhuma, consciência de raça (cf. Freyre,
1933); onde a miscigenação era, desde o período colonial, disseminada e
moralmente consentida; onde os mestiços, desde que bem-educados, seriam
regularmente incorporados às elites2 ; enfim, onde o preconceito racial nunca
fora forte o suficiente para criar uma “linha de cor”. (2006, p. 269)
ANTONIO SÉRGIO GUIMARÃES
DEPOIS DA DEMOCRACIA RACIAL
DEMOCRACIA RACIAL
Para os educadores brasileiros e sua geração intelectual, raça não era um fato
biológico. Era uma metáfora que se ampliava para descrever o passado, o
presente e o futuro da nação brasileira. Em um extremo, a negritude significava o
passado. A negritude era tratada em linguagem freudiana como primitiva, pré-
lógica e infantil. Mais amplamente, as elites brancas equiparavam negritude à falta
de saúde, preguiça e criminalidade. A mistura racial simbolizava o processo
histórico, visualizado como uma trajetória da negritude à brancura e do passado
ao futuro. (p. 25)
JERRY D’AVILA
DIPLOMA DE BRANCURA
A LUTA PELO CURRÍCULO
 1979 – Deputado Federal Adalberto Camargo
 1983 – Deputado Federal Abdias Nascimento
 1988 – Deputado Federal Paulo Paim
 1988 – Deputada Federal Benedita da Silva
 1993 – Deputada Federal Benedita da Silva
 1995 – Senadora Benedita da Silva
 1995 – Deputado Federal Humberto da Costa
 1996 – Deputado Federal Ben-Hur Ferreira e Ester Grossi
 1997 – Senador Abdias Nascimento
 1998 – Deputado Federal Jorge Hage
LEI 10.639/03
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1o A Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, passa a vigorar acrescida dos seguintes arts. 26-
A, 79-A e 79-B:
"Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, oficiais e particulares, torna-se
obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira.
§ 1o O conteúdo programático a que se refere o caput deste artigo incluirá o estudo da História da
África e dos Africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na
formação da sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas áreas social,
econômica e política pertinentes à História do Brasil.
§ 2o Os conteúdos referentes à História e Cultura Afro-Brasileira serão ministrados no âmbito de todo
o currículo escolar, em especial nas áreas de Educação Artística e de Literatura e História Brasileiras.
§ 3o (VETADO)"
"Art. 79-A. (VETADO)"
"Art. 79-B. O calendário escolar incluirá o dia 20 de novembro como ‘Dia Nacional da Consciência
Negra’."
Art. 2o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
LEI 11.645/08
 Lei 10.639/03
 Altera a Lei 9.394/98 LDB
 Inclui os artigos 26 A e 79 B
 Lei 11.645/08
 Altera a Lei 10.639/03
 Inclui a História Indígena
DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS
 Parecer 004/03
 Relatora Petronilha Beatriz Gonçalves e Silva
 Resolução 001/04 do Conselho Nacional de Educação
 Institui as Diretrizes Curriculares para a Educação das Relações
Etnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira
e Africana
PROJETO PEDAGÓGICO
SOCIEDADE SEM
RACISMO
NOVAS
SUBJETIVIDADES
IDENTIDADES
POSITIVAS
MEMÓRIA
RELAÇÕES RACIAIS
POSITIVAS
DIRETRIZES CURRICULARES
EDUCAÇÃO ANTI-
RACISTA
HISTÓRIA E
CULTURA
AFRO-BRASILEIRA
AFRICANA
EDUCAÇÃO PARA AS
RELAÇÕES ÉTNICO-
RACIAIS
BIBLIOGRAFIA
CHESNEAUX, Jean. As armadilhas do quadripartismo histórico. In: Devemos fazer tabula rasa do
passado. Sobre a História e os Historiadores. Trad. Marcos Silva. São Paulo: Ática, 1994.
GATINHO, A. A. O movimento negro e o processo de elaboração das diretrizes curriculares nacionais
para a educação das relações étnico-raciais. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-Graduação em
Educação. Universidade Federal do Pará, 2008.
LACERDA, J. B. Constituição etnológica da população do Brasil daqui a 100 anos. Congresso Universal
das Raças. Reunião Londres, 1911. Rio de Janeiro: Papelaria Macedo, 1912.
SKIDMORE, T. E. Preto no branco: raça e nacionalidade no pensamento brasileiro. Rio de Janeiro: Paz e
Terra, 1976.
OBRIGADO
andre.luigi@ifsp.edu.br

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Ensino de História da África: legislação, currículo e luta antirracista

  • 1. ENSINO DE HISTÓRIA DA ÁFRICA LEGISLAÇÃO E CURRÍCULO – PARTE 1 DE 4 ANDRÉ SANTOS LUIGI PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA, TÉCNICA E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SÃO PAULO – CAMPUS REGISTRO
  • 2. ESCOLA Cada sociedade tem seu regime de verdade, sua “política geral” de verdade: isto é, os tipos de discursos que ela acolhe e faz funcionar como verdadeiros; os mecanismos e instâncias que permitem distinguir os enunciados verdadeiros dos falsos, a maneira como sanciona uns e outros; as técnicas e procedimentos que são valorizados para a obtenção da verdade; o estatuto daqueles que têm o encargo de dizer o que funciona como verdadeiro. (1985, p12) MICHEL FOUCAULT MICROFÍSICA DO PODER
  • 3. ESCOLA Em nossas sociedades, a economia política da verdade tem cinco características importantes: a "verdade" é centrada na forma do discurso científico e nas instituições que o produzem; está submetida a uma constante incitação econômica e política (necessidade de verdade tanto para a produção econômica, quanto para o poder político); é objeto, de várias formas, de uma intensa difusão e de um imenso consumo (circula nos aparelhos de educação ou de informação, cuja extensão do corpo social é relativamente grande, não obstante algumas limitações rigorosas); é produzida e transmitida sob o controle, não exclusivo, mas dominante, de alguns grandes aparelhos políticos e econômicos (universidade, exército, escritura, meios de comunicação); enfim, é objeto de debate político e de confronto social. (1985, p. 13) MICHEL FOUCAULT MICROFÍSICA DO PODER
  • 4. CURRÍCULO Selecionar é uma operação de poder. Privilegiar um tipo de conhecimento é uma operação de poder. Destacar, entre as múltiplas possibilidades, uma identidade ou subjetividade como sendo a ideal é uma operação de poder. As teorias do currículo não estão, neste sentido, situadas num campo “puramente” epistemológico, de competição entre “puras” teorias. As teorias do currículo estão ativamente envolvidas na atividade de garantir o consenso, de obter hegemonia. As teorias do currículo estão situadas num campo epistemológica social. As teorias do currículo estão no centro de um território contestado. (2010, p16) TOMAZ TADEU SILVA DOCUMENTOS DE IDENTIDADE
  • 5. CURRÍCULO Uma das mais importantes tarefas da crítica e da intervenção cultural em educação consiste precisamente em perguntar quais grupos e interesses não apenas estão representados no currículo, mas têm o poder de representar outros. (1995, p125) TOMAZ TADEU SILVA DOCUMENTOS DE IDENTIDADE
  • 6. HISTÓRIA E MEMÓRIA A história, porque operação intelectual e laicizante, demanda análise e discurso crítico. A memória instala a lembrança no sagrado, a história a liberta, e a torna sempre prosaica. A memória emerge de um grupo que ela une, o que quer dizer como Halbwachs o fez, que há tantas memórias quantos grupos existem; que ela é, por natureza, múltipla e desacelerada, coletiva, plural e individualizada. A história, ao contrário, pertence a todos e a ninguém, o que lhe dá uma vocação para o universal. A memória se enraíza no concreto, no espaço, no gesto, na imagem, no objeto. A história só se liga às continuidades temporais, às evoluções e às relações das coisas. A memória é um absoluto e a história só conhece o relativo. PIERRE NORA ENTRE HISTÓRIA E MEMÓRIA
  • 7. ENSINO DE HISTÓRIA A crítica do etnocentrismo e do racismo, assim como a do machismo, apresenta uma oportunidade concreta aos/às educadores/as para começar a interromper aqueles processos de reprodução e perpetuação de relações de poder num dos locais onde eles se apresentam de forma mais constante e eficaz: na escola e no currículo. (1995, p194). TOMAZ TADEU SILVA DOCUMENTOS DE IDENTIDADE
  • 8. ÁFRICA TEM HISTÓRIA? A África não é uma parte histórica do mundo. Não tem movimentos, progressos a mostrar, movimentos históricos próprios dela. Quer isto dizer que sua parte setentrional pertence ao mundo europeu ou asiático. Aquilo que entendemos precisamente pela África é o espírito a-histórico, o espírito não desenvolvido, ainda envolto em condições da natureza e que deve ser aqui apresentado apenas como no limiar da história do mundo (2008, p. 175) HEGEL
  • 10. COMO ESCREVER A HISTÓRIA DO BRASIL? Disso necessariamente se segue que o português que, como descobridor, conquistador e senhor, deu as condições e garantias morais e físicas para um reino independente, que o português se apresenta como o mais poderoso e essencial motor. Mas também de certo seria um grande erro para todos os princípios da historiografia pragmática se desprezassem as forças dos indígenas e dos negros importados, forças estas que igualmente concorreram para o desenvolvimento físico, moral e civil da totalidade da população(...) O sangue português, em um poderoso rio deverá absorver os pequenos afluentes das raças índia e etiópica. . VON MARTIUS INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO BRASILEIRO
  • 11. BRANQUEAMENTO [...] durante o período alto do pensamento racial – 1880 a 1920 – a ideologia do “branqueamento” ganhou foros de legitimidade cientifica, de vez que as teorias racistas passaram a ser interpretadas pelos brasileiros como confirmação das suas ideias de que a raça superior - a branca - acabaria por prevalecer no processo de amalgamação. (1976, p 63) THOMAS SKIDMORE PRETO NO BRANCO
  • 12. BRANQUEAMENTO A população mista do Brasil deverá ter pois, no intervalo de um século, um aspecto bem diferente do atual. As correntes de imigração europeia, aumentando a cada dia mais o elemento branco desta população, acabarão, depois de certo tempo, por sufocar os elementos nos quais poderiam persistir ainda alguns traços do negro. JOÃO BATISTA DE LACERDA CONGRESSO UNIVERSAL DAS RAÇAS, LONDRES, 1911
  • 13. BRANQUEAMENTO Quanto mais se difundir a civilização no país, tanto mais intensa será a redução da raça indígena, a qual, estou certo, desaparecerá como os negros daqui a um século. (1912, p.98) JOÃO BATISTA DE LACERDA CONSTITUIÇÃO ETNOLÓGICA DA POPULAÇÃO DO BRASIL DAQUI A 100 ANOS
  • 14. BRANQUEAMENTO Tinham fé irrestrita na capacidade do estado de funcionar de maneira técnica e científica para transformar a nação. Os condutores da expansão e reforma educacional acreditavam que a maior parte dos brasileiros, pobres e/ou pessoas de cor, eram sub-cidadãos presos na degeneração - condição que herdavam de seus antepassados e transmitiam a seus filhos, enfraquecendo a nação. Os mesmos educadores tinham também fé na sua capacidade de mobilizar ciência e política para redimir essa população, transformando-a em cidadãos-modelo (2006, p 12-13). JERRY D’AVILA DIPLOMA DE BRANCURA
  • 15. DEMOCRACIA RACIAL Afinal, o Brasil teria sido percebido historicamente como um país onde os brancos tinham uma fraca, ou quase nenhuma, consciência de raça (cf. Freyre, 1933); onde a miscigenação era, desde o período colonial, disseminada e moralmente consentida; onde os mestiços, desde que bem-educados, seriam regularmente incorporados às elites2 ; enfim, onde o preconceito racial nunca fora forte o suficiente para criar uma “linha de cor”. (2006, p. 269) ANTONIO SÉRGIO GUIMARÃES DEPOIS DA DEMOCRACIA RACIAL
  • 16. DEMOCRACIA RACIAL Para os educadores brasileiros e sua geração intelectual, raça não era um fato biológico. Era uma metáfora que se ampliava para descrever o passado, o presente e o futuro da nação brasileira. Em um extremo, a negritude significava o passado. A negritude era tratada em linguagem freudiana como primitiva, pré- lógica e infantil. Mais amplamente, as elites brancas equiparavam negritude à falta de saúde, preguiça e criminalidade. A mistura racial simbolizava o processo histórico, visualizado como uma trajetória da negritude à brancura e do passado ao futuro. (p. 25) JERRY D’AVILA DIPLOMA DE BRANCURA
  • 17. A LUTA PELO CURRÍCULO  1979 – Deputado Federal Adalberto Camargo  1983 – Deputado Federal Abdias Nascimento  1988 – Deputado Federal Paulo Paim  1988 – Deputada Federal Benedita da Silva  1993 – Deputada Federal Benedita da Silva  1995 – Senadora Benedita da Silva  1995 – Deputado Federal Humberto da Costa  1996 – Deputado Federal Ben-Hur Ferreira e Ester Grossi  1997 – Senador Abdias Nascimento  1998 – Deputado Federal Jorge Hage
  • 18. LEI 10.639/03 Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1o A Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, passa a vigorar acrescida dos seguintes arts. 26- A, 79-A e 79-B: "Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, oficiais e particulares, torna-se obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira. § 1o O conteúdo programático a que se refere o caput deste artigo incluirá o estudo da História da África e dos Africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e política pertinentes à História do Brasil. § 2o Os conteúdos referentes à História e Cultura Afro-Brasileira serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de Educação Artística e de Literatura e História Brasileiras. § 3o (VETADO)" "Art. 79-A. (VETADO)" "Art. 79-B. O calendário escolar incluirá o dia 20 de novembro como ‘Dia Nacional da Consciência Negra’." Art. 2o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
  • 19. LEI 11.645/08  Lei 10.639/03  Altera a Lei 9.394/98 LDB  Inclui os artigos 26 A e 79 B  Lei 11.645/08  Altera a Lei 10.639/03  Inclui a História Indígena
  • 20. DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS  Parecer 004/03  Relatora Petronilha Beatriz Gonçalves e Silva  Resolução 001/04 do Conselho Nacional de Educação  Institui as Diretrizes Curriculares para a Educação das Relações Etnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana
  • 22. DIRETRIZES CURRICULARES EDUCAÇÃO ANTI- RACISTA HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA AFRICANA EDUCAÇÃO PARA AS RELAÇÕES ÉTNICO- RACIAIS
  • 23. BIBLIOGRAFIA CHESNEAUX, Jean. As armadilhas do quadripartismo histórico. In: Devemos fazer tabula rasa do passado. Sobre a História e os Historiadores. Trad. Marcos Silva. São Paulo: Ática, 1994. GATINHO, A. A. O movimento negro e o processo de elaboração das diretrizes curriculares nacionais para a educação das relações étnico-raciais. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-Graduação em Educação. Universidade Federal do Pará, 2008. LACERDA, J. B. Constituição etnológica da população do Brasil daqui a 100 anos. Congresso Universal das Raças. Reunião Londres, 1911. Rio de Janeiro: Papelaria Macedo, 1912. SKIDMORE, T. E. Preto no branco: raça e nacionalidade no pensamento brasileiro. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1976.