O documento resume a vida e obra do antropólogo e sociólogo francês Marcel Mauss. Mauss é conhecido principalmente por seu ensaio "Ensaio sobre a dádiva", no qual ele analisa a troca de presentes em sociedades arcaicas e como isso estabelece obrigações sociais e forma laços entre indivíduos e grupos. O documento fornece detalhes biográficos sobre Mauss e contextualiza seu trabalho no campo da antropologia e sociologia.
Marcel Mauss foi um importante sociólogo e antropólogo francês do século XX. Sua obra mais influente foi o Ensaio sobre a Dádiva, no qual ele propõe que a troca de dádivas gera vínculos sociais através da obrigação de dar, receber e retribuir. Mauss também desenvolveu teorias sobre diversos outros temas como magia, técnicas do corpo e sistemas de parentesco. Sua abordagem enfatizava o concreto e a diversidade da realidade empírica sem reduzion
O documento discute os tipos ideais de dominação legítima desenvolvidos por Max Weber, incluindo dominação racional baseada na lei, dominação tradicional baseada em costumes, e dominação carismática baseada no carisma do líder. Também aborda como esses tipos ideais podem ser aplicados para entender formas de governo e organização social e econômica.
O documento discute a noção de cultura e como ela diferencia os seres humanos. Apresenta várias definições de cultura ao longo da história e discute teorias que tentam explicar a diversidade cultural entre as sociedades humanas, rejeitando determinismos biológicos ou geográficos. Também aborda como a cultura condiciona a visão de mundo dos indivíduos.
O documento discute o conceito complexo de ideologia, abordando suas origens e definições. A concepção marxista é destacada, definindo ideologia como um sistema de crenças ilusórias que inverte a realidade social para legitimar a dominação da classe dominante, ocultando antagonismos de classe. A ideologia se espalha pela pirâmide social e faz com que a organização hierárquica e desigualitária pareça natural.
A ideologia é um conjunto de ideias que representam os pensamentos de um grupo. Karl Marx viu a ideologia como uma ferramenta da classe dominante para manter o controle social. Marx criticou aspectos do capitalismo como a alienação do trabalhador e a exploração por meio da mais-valia. O documento resume os principais pontos da teoria marxista sobre ideologia e capitalismo.
O documento resume a vida e obra do sociólogo francês Émile Durkheim, considerado o fundador da sociologia moderna. Durkheim desenvolveu uma abordagem científica para estudar os fatos sociais e propôs que a sociedade é mais do que a soma das partes, influenciando as pessoas por meio da consciência coletiva. Ele também distinguiu duas formas de solidariedade social - mecânica e orgânica - e contribuiu para a sociologia econômica ao enfatizar o papel das instituições e normas sociais na
Este documento resume a evolução do conceito de "pessoa" ao longo da história em 8 seções: (1) começa com sociedades primitivas que viam o indivíduo como um "personagem"; (2) analisa exemplos de sociedades indígenas; (3) discute a noção de "persona" na Roma Antiga e em outras civilizações; (4) como a persona se tornou um fato jurídico e moral; (5) o desenvolvimento do conceito de pessoa no Cristianismo; (6) a pessoa como ser psicológico; (
Marcel Mauss foi um importante sociólogo e antropólogo francês do século XX. Sua obra mais influente foi o Ensaio sobre a Dádiva, no qual ele propõe que a troca de dádivas gera vínculos sociais através da obrigação de dar, receber e retribuir. Mauss também desenvolveu teorias sobre diversos outros temas como magia, técnicas do corpo e sistemas de parentesco. Sua abordagem enfatizava o concreto e a diversidade da realidade empírica sem reduzion
O documento discute os tipos ideais de dominação legítima desenvolvidos por Max Weber, incluindo dominação racional baseada na lei, dominação tradicional baseada em costumes, e dominação carismática baseada no carisma do líder. Também aborda como esses tipos ideais podem ser aplicados para entender formas de governo e organização social e econômica.
O documento discute a noção de cultura e como ela diferencia os seres humanos. Apresenta várias definições de cultura ao longo da história e discute teorias que tentam explicar a diversidade cultural entre as sociedades humanas, rejeitando determinismos biológicos ou geográficos. Também aborda como a cultura condiciona a visão de mundo dos indivíduos.
O documento discute o conceito complexo de ideologia, abordando suas origens e definições. A concepção marxista é destacada, definindo ideologia como um sistema de crenças ilusórias que inverte a realidade social para legitimar a dominação da classe dominante, ocultando antagonismos de classe. A ideologia se espalha pela pirâmide social e faz com que a organização hierárquica e desigualitária pareça natural.
A ideologia é um conjunto de ideias que representam os pensamentos de um grupo. Karl Marx viu a ideologia como uma ferramenta da classe dominante para manter o controle social. Marx criticou aspectos do capitalismo como a alienação do trabalhador e a exploração por meio da mais-valia. O documento resume os principais pontos da teoria marxista sobre ideologia e capitalismo.
O documento resume a vida e obra do sociólogo francês Émile Durkheim, considerado o fundador da sociologia moderna. Durkheim desenvolveu uma abordagem científica para estudar os fatos sociais e propôs que a sociedade é mais do que a soma das partes, influenciando as pessoas por meio da consciência coletiva. Ele também distinguiu duas formas de solidariedade social - mecânica e orgânica - e contribuiu para a sociologia econômica ao enfatizar o papel das instituições e normas sociais na
Este documento resume a evolução do conceito de "pessoa" ao longo da história em 8 seções: (1) começa com sociedades primitivas que viam o indivíduo como um "personagem"; (2) analisa exemplos de sociedades indígenas; (3) discute a noção de "persona" na Roma Antiga e em outras civilizações; (4) como a persona se tornou um fato jurídico e moral; (5) o desenvolvimento do conceito de pessoa no Cristianismo; (6) a pessoa como ser psicológico; (
O documento discute a relação entre indivíduo e sociedade. A sociedade influencia os indivíduos através de sistemas sociais como família e escola. Entretanto, indivíduos em posições de poder, como líderes, podem influenciar e transformar sociedades por meio de suas ações e ideias, especialmente com a ajuda da mídia moderna.
Max Weber foi um sociólogo alemão influente do século XX. Sua biografia inclui estudos em várias áreas e trabalho como professor universitário. Ele desenvolveu uma abordagem interpretativa para compreender a ação social e tipos ideais para analisar a sociedade. Sua obra analisou como a ética protestante influenciou o surgimento do capitalismo moderno e como a racionalização mudou o mundo.
1) O documento discute o que é antropologia, definindo-a como o estudo do homem, seu comportamento em grupo e sistemas culturais.
2) A antropologia pode ser dividida em quatro abordagens principais: antropologia social, cultural, estrutural e dinâmica.
3) O documento também aborda conceitos-chave da antropologia como cultura, sociedade, normas, identidade cultural e a influência desses fatores no desenvolvimento humano.
1) A antropologia surgiu do contato entre europeus e povos de outras culturas durante a era das grandes navegações.
2) Os primeiros estudos antropológicos foram realizados por missionários católicos e tinham o objetivo de converter outros povos, enquanto estudos britânicos e franceses visavam o comércio.
3) A antropologia se desenvolveu como ciência no século XX com Franz Boas e Bronislaw Malinowski, que estabeleceram métodos como a observação participante e rejeitaram
O documento discute a formação da identidade cultural e como ela é construída através do processo de socialização e compartilhamento de elementos culturais dentro de grupos e instituições sociais. A identidade cultural é modelada pela cultura de um povo, mas também influencia a própria cultura. Diferentes culturas possuem valores e normas distintas que moldam as identidades de seus membros.
Max Weber foi um importante sociólogo alemão conhecido por seus estudos sobre a religião, política, burocracia e capitalismo. Ele definiu a ação social como ações orientadas para os outros e categorizou-as em racionais, valorativas, afetivas e tradicionais. Weber também estudou os tipos de dominação: tradicional, legal-racional e carismática.
Este jogo de tabuleiro foi elaborado para facilitar o aprendizado das turmas do Ensino Médio.
Ao invés dos alunos terem mais uma aula tradicional, este jogo possibilita fugir da rotina da sala de aula, fazendo com que os alunos além de aprenderem se divertam e resgatem os vários valores inseridos em um jogo.
O documento discute a questão social no Brasil, desde suas origens históricas na Europa do século XIX até seu significado contemporâneo. Aborda como a questão social foi conceituada de forma separada de seus fundamentos econômicos e como isso levou a enxergá-la como problemas individuais. Também analisa a produção e reprodução da questão social no Brasil sob a lógica do capital e como as políticas sociais vêm sendo modificadas.
O documento apresenta um quadro comparativo dos principais pensadores da sociologia clássica: Durkheim, Marx e Weber. Ele destaca as visões de cada um sobre história, indivíduo, sociedade moderna e objeto de estudo nas ciências sociais.
O QUE É SOCIOLOGIA? A sociologia constitui um projeto intelectual tenso e contraditório, materializado da seguinte maneira:
Para uns ela representa uma poderosa arma a serviço dos interesses dominantes.
Para outros trata-se de uma teoria dos movimentos revolucionários.
O documento descreve os principais pontos sobre o nascimento da sociologia como disciplina acadêmica, incluindo a Revolução Industrial, a Revolução Francesa e o surgimento do capitalismo como fatores que levaram ao seu desenvolvimento. Também apresenta os principais pensadores fundadores da sociologia como Comte e Durkheim, e suas abordagens teóricas.
O documento discute os conceitos de poder, política e Estado. Segundo Max Weber, poder refere-se à probabilidade de impor a própria vontade em relações sociais. Exemplos de exercício de poder incluem relações de classes, autoridade governamental, e leis. Há três formas de exercício de poder: econômico, ideológico e político. O poder pode ser legítimo ou ilegítimo. As três formas puras de dominação legítima são: tradicional, carismática e racional-legal.
O documento discute a formação cultural do Brasil através da miscigenação entre povos indígenas, africanos e europeus. Além disso, aborda os conceitos de aculturação e assimilação para explicar como diferentes culturas influenciaram-se mutuamente ao longo do tempo no Brasil, resultando em mudanças na língua, alimentação e vestuário. Também apresenta o estudo de Norbert Elias sobre a discriminação entre grupos sociais estabelecidos e outsiders em uma cidade inglesa.
Durkheim propôs uma visão funcionalista da sociedade onde: (1) a sociedade é vista como um organismo complexo com partes interdependentes; (2) a divisão do trabalho é essencial para a integração social e solidariedade; (3) o Estado tem a função de regular a sociedade e corrigir desequilíbrios que ameaçam sua coesão.
Max weber-Educação, racionalização e burocratização em WeberIvone Bezerra
1. Max Weber
2. Karl Emil Maximilian Weber
(1864 -1920) foi um intelectual alemão, jurista, economista e considerado um dos fundadores da Sociologia.
3. Educação, racionalização e burocratização em Weber
4. EDUCAÇÃO
É o modo pelo qual os homens são preparados para exercer as funções que a transformação causada pela racionalização da vida lhes colocou à disposição.
5. RACIONALIZAÇÃO
Trata-se, portanto, de um desenvolvimento prático, que irá “contaminar” todas as esferas da vida, como religião, direito, arte, ciência, política, economia...
Para Weber, todas as esferas que compõem a vida moderna são cada vez mais organizadas por sobre princípios e procedimentos racionais.
6. BUROCRACIA
É uma forma de organização humana que se baseia na racionalidade, isto é, na adequação dos meios aos objetivos (fins) pretendidos, a fim de garantir a máxima eficiência possível no alcance desses objetivos.
7. Sociologia Compreensiva
Weber busca compreender o significado/ sentido subjetivo da ação.
Seu método como ferramenta de análise é o Tipo Ideal/Modelo.
São pontos de referência para análise, servem para tornar compreensíveis certas ações dos agentes sociais.
Estudando a história de um ponto de vista comparativo criou o conceito que existe no plano das ideias sobre os fenômenos e não nos próprios fenômenos.
8. TIPOS IDEAIS DE AÇÃO SOCIAL
Ação racional com relação a fins: é a ação praticada como investimento com o objetivo de obter ganhos.
Ação racional com relação a valores: questão de ordem, de valor, orienta-se pelos valores familiares ou pelo modo como os incorporamos à nossa hierarquia
de valores.
Ação efetiva: tipo de comportamento no
qual somos irracionais.
Ação tradicional: é a ação praticada
cotidianamente.
9. Principal obra(1905)
10. A ética protestante e o espírito do capitalismo
O moderno capitalismo racional baseia-se não só nos meios técnicos de produção, mas também em determinado sistema legal e administrativo orientado por regras formais impessoais.
11. O “espírito do capitalismo” e a educação
12. Segundo Weber
O capitalismo se desenvolve quando passam a predominar as ações do tipo racional com relação a fins que permitem a busca da riqueza.
Por meio de uma “organização capitalista permanente e racional” para a “procura do lucro, de um lucro sempre renovado, da “rentabilidade”, e o seu uso como investimento de capital.
13. Obrigada!!!
14. Exercício
Weber,na sua obra,permite uma abordagem da educação como uma dimensão do processo mais amplo de racionalização que singulariza historicamente a vida moderna no Ocidente.O que Weber entendia sobre a Educação?
Para tentar interpretar ações reais dos indivíduos,Weber criou quatro modelos comparativos,os tipos ideais,para orientar o pesquisador na busca de uma explicação sobre os sentidos dessas a
O documento discute duas perspectivas sociológicas sobre as cidades: a Escola de Chicago, que enfatiza os aspectos de ordem nas cidades, e a Nova Sociologia Urbana, que vê os conflitos sociais como chave para compreender a organização urbana. A Escola de Chicago usou princípios ecológicos para analisar a distribuição espacial dos grupos, enquanto a Nova Sociologia Urbana argumenta que as cidades são produto das relações sociais do capitalismo.
O documento resume as ideias e contribuições de Émile Durkheim, um dos fundadores da sociologia. Ele definia sociologia como uma ciência que estuda os fatos sociais que existem externamente aos indivíduos. Durkheim também estudou como a divisão do trabalho e a educação moldam a integração dos indivíduos à sociedade.
A antropologia estuda o ser humano sob três perspectivas: (1) biológica, analisando a evolução física e genética; (2) arqueológica, estudando vestígios de sociedades passadas; e (3) social/cultural, analisando culturas e sistemas de valores de sociedades. Diferentemente das ciências naturais, a antropologia lida com fenômenos complexos e inter-relacionados que não podem ser replicados em laboratório.
O documento discute o surgimento e desenvolvimento das ciências humanas, abordando suas bases históricas no humanismo, positivismo e hermenêutica e analisando correntes como fenomenologia e estruturalismo. Também apresenta os principais campos de estudo das ciências humanas, como linguística, psicologia, sociologia e história.
O documento discute os conceitos de Pierre Bourdieu sobre educação e hierarquia social. Bourdieu argumenta que a escola tende a perpetuar desigualdades sociais ao tratar todos os alunos da mesma forma, ignorando suas diferentes origens culturais e sociais. Ele também analisa como o capital cultural adquirido na família influencia o sucesso escolar e como a escola valoriza a cultura das classes dominantes. Por fim, discute como a estrutura escolar funciona para excluir os alunos das classes menos favorecidas.
O documento discute conceitos-chave de sociologia de autores como Durkheim, Marx e Weber. Durkheim aborda conceitos como consciência coletiva, fato social e solidariedade. Marx discute alienação, fetiche da mercadoria e mais-valia. Weber analisa ação social e tipos de poder e dominação.
O documento apresenta os principais conceitos da sociologia como ciência da sociedade, incluindo:
1) A sociologia estuda o senso comum como objeto, e não como fonte direta de conhecimento.
2) A sociologia considera a dimensão do campo e recusa opiniões particularistas.
3) A sociologia surgiu formalmente no século XIX para compreender e contribuir com a organização da ordem social moderna.
O documento discute a relação entre indivíduo e sociedade. A sociedade influencia os indivíduos através de sistemas sociais como família e escola. Entretanto, indivíduos em posições de poder, como líderes, podem influenciar e transformar sociedades por meio de suas ações e ideias, especialmente com a ajuda da mídia moderna.
Max Weber foi um sociólogo alemão influente do século XX. Sua biografia inclui estudos em várias áreas e trabalho como professor universitário. Ele desenvolveu uma abordagem interpretativa para compreender a ação social e tipos ideais para analisar a sociedade. Sua obra analisou como a ética protestante influenciou o surgimento do capitalismo moderno e como a racionalização mudou o mundo.
1) O documento discute o que é antropologia, definindo-a como o estudo do homem, seu comportamento em grupo e sistemas culturais.
2) A antropologia pode ser dividida em quatro abordagens principais: antropologia social, cultural, estrutural e dinâmica.
3) O documento também aborda conceitos-chave da antropologia como cultura, sociedade, normas, identidade cultural e a influência desses fatores no desenvolvimento humano.
1) A antropologia surgiu do contato entre europeus e povos de outras culturas durante a era das grandes navegações.
2) Os primeiros estudos antropológicos foram realizados por missionários católicos e tinham o objetivo de converter outros povos, enquanto estudos britânicos e franceses visavam o comércio.
3) A antropologia se desenvolveu como ciência no século XX com Franz Boas e Bronislaw Malinowski, que estabeleceram métodos como a observação participante e rejeitaram
O documento discute a formação da identidade cultural e como ela é construída através do processo de socialização e compartilhamento de elementos culturais dentro de grupos e instituições sociais. A identidade cultural é modelada pela cultura de um povo, mas também influencia a própria cultura. Diferentes culturas possuem valores e normas distintas que moldam as identidades de seus membros.
Max Weber foi um importante sociólogo alemão conhecido por seus estudos sobre a religião, política, burocracia e capitalismo. Ele definiu a ação social como ações orientadas para os outros e categorizou-as em racionais, valorativas, afetivas e tradicionais. Weber também estudou os tipos de dominação: tradicional, legal-racional e carismática.
Este jogo de tabuleiro foi elaborado para facilitar o aprendizado das turmas do Ensino Médio.
Ao invés dos alunos terem mais uma aula tradicional, este jogo possibilita fugir da rotina da sala de aula, fazendo com que os alunos além de aprenderem se divertam e resgatem os vários valores inseridos em um jogo.
O documento discute a questão social no Brasil, desde suas origens históricas na Europa do século XIX até seu significado contemporâneo. Aborda como a questão social foi conceituada de forma separada de seus fundamentos econômicos e como isso levou a enxergá-la como problemas individuais. Também analisa a produção e reprodução da questão social no Brasil sob a lógica do capital e como as políticas sociais vêm sendo modificadas.
O documento apresenta um quadro comparativo dos principais pensadores da sociologia clássica: Durkheim, Marx e Weber. Ele destaca as visões de cada um sobre história, indivíduo, sociedade moderna e objeto de estudo nas ciências sociais.
O QUE É SOCIOLOGIA? A sociologia constitui um projeto intelectual tenso e contraditório, materializado da seguinte maneira:
Para uns ela representa uma poderosa arma a serviço dos interesses dominantes.
Para outros trata-se de uma teoria dos movimentos revolucionários.
O documento descreve os principais pontos sobre o nascimento da sociologia como disciplina acadêmica, incluindo a Revolução Industrial, a Revolução Francesa e o surgimento do capitalismo como fatores que levaram ao seu desenvolvimento. Também apresenta os principais pensadores fundadores da sociologia como Comte e Durkheim, e suas abordagens teóricas.
O documento discute os conceitos de poder, política e Estado. Segundo Max Weber, poder refere-se à probabilidade de impor a própria vontade em relações sociais. Exemplos de exercício de poder incluem relações de classes, autoridade governamental, e leis. Há três formas de exercício de poder: econômico, ideológico e político. O poder pode ser legítimo ou ilegítimo. As três formas puras de dominação legítima são: tradicional, carismática e racional-legal.
O documento discute a formação cultural do Brasil através da miscigenação entre povos indígenas, africanos e europeus. Além disso, aborda os conceitos de aculturação e assimilação para explicar como diferentes culturas influenciaram-se mutuamente ao longo do tempo no Brasil, resultando em mudanças na língua, alimentação e vestuário. Também apresenta o estudo de Norbert Elias sobre a discriminação entre grupos sociais estabelecidos e outsiders em uma cidade inglesa.
Durkheim propôs uma visão funcionalista da sociedade onde: (1) a sociedade é vista como um organismo complexo com partes interdependentes; (2) a divisão do trabalho é essencial para a integração social e solidariedade; (3) o Estado tem a função de regular a sociedade e corrigir desequilíbrios que ameaçam sua coesão.
Max weber-Educação, racionalização e burocratização em WeberIvone Bezerra
1. Max Weber
2. Karl Emil Maximilian Weber
(1864 -1920) foi um intelectual alemão, jurista, economista e considerado um dos fundadores da Sociologia.
3. Educação, racionalização e burocratização em Weber
4. EDUCAÇÃO
É o modo pelo qual os homens são preparados para exercer as funções que a transformação causada pela racionalização da vida lhes colocou à disposição.
5. RACIONALIZAÇÃO
Trata-se, portanto, de um desenvolvimento prático, que irá “contaminar” todas as esferas da vida, como religião, direito, arte, ciência, política, economia...
Para Weber, todas as esferas que compõem a vida moderna são cada vez mais organizadas por sobre princípios e procedimentos racionais.
6. BUROCRACIA
É uma forma de organização humana que se baseia na racionalidade, isto é, na adequação dos meios aos objetivos (fins) pretendidos, a fim de garantir a máxima eficiência possível no alcance desses objetivos.
7. Sociologia Compreensiva
Weber busca compreender o significado/ sentido subjetivo da ação.
Seu método como ferramenta de análise é o Tipo Ideal/Modelo.
São pontos de referência para análise, servem para tornar compreensíveis certas ações dos agentes sociais.
Estudando a história de um ponto de vista comparativo criou o conceito que existe no plano das ideias sobre os fenômenos e não nos próprios fenômenos.
8. TIPOS IDEAIS DE AÇÃO SOCIAL
Ação racional com relação a fins: é a ação praticada como investimento com o objetivo de obter ganhos.
Ação racional com relação a valores: questão de ordem, de valor, orienta-se pelos valores familiares ou pelo modo como os incorporamos à nossa hierarquia
de valores.
Ação efetiva: tipo de comportamento no
qual somos irracionais.
Ação tradicional: é a ação praticada
cotidianamente.
9. Principal obra(1905)
10. A ética protestante e o espírito do capitalismo
O moderno capitalismo racional baseia-se não só nos meios técnicos de produção, mas também em determinado sistema legal e administrativo orientado por regras formais impessoais.
11. O “espírito do capitalismo” e a educação
12. Segundo Weber
O capitalismo se desenvolve quando passam a predominar as ações do tipo racional com relação a fins que permitem a busca da riqueza.
Por meio de uma “organização capitalista permanente e racional” para a “procura do lucro, de um lucro sempre renovado, da “rentabilidade”, e o seu uso como investimento de capital.
13. Obrigada!!!
14. Exercício
Weber,na sua obra,permite uma abordagem da educação como uma dimensão do processo mais amplo de racionalização que singulariza historicamente a vida moderna no Ocidente.O que Weber entendia sobre a Educação?
Para tentar interpretar ações reais dos indivíduos,Weber criou quatro modelos comparativos,os tipos ideais,para orientar o pesquisador na busca de uma explicação sobre os sentidos dessas a
O documento discute duas perspectivas sociológicas sobre as cidades: a Escola de Chicago, que enfatiza os aspectos de ordem nas cidades, e a Nova Sociologia Urbana, que vê os conflitos sociais como chave para compreender a organização urbana. A Escola de Chicago usou princípios ecológicos para analisar a distribuição espacial dos grupos, enquanto a Nova Sociologia Urbana argumenta que as cidades são produto das relações sociais do capitalismo.
O documento resume as ideias e contribuições de Émile Durkheim, um dos fundadores da sociologia. Ele definia sociologia como uma ciência que estuda os fatos sociais que existem externamente aos indivíduos. Durkheim também estudou como a divisão do trabalho e a educação moldam a integração dos indivíduos à sociedade.
A antropologia estuda o ser humano sob três perspectivas: (1) biológica, analisando a evolução física e genética; (2) arqueológica, estudando vestígios de sociedades passadas; e (3) social/cultural, analisando culturas e sistemas de valores de sociedades. Diferentemente das ciências naturais, a antropologia lida com fenômenos complexos e inter-relacionados que não podem ser replicados em laboratório.
O documento discute o surgimento e desenvolvimento das ciências humanas, abordando suas bases históricas no humanismo, positivismo e hermenêutica e analisando correntes como fenomenologia e estruturalismo. Também apresenta os principais campos de estudo das ciências humanas, como linguística, psicologia, sociologia e história.
O documento discute os conceitos de Pierre Bourdieu sobre educação e hierarquia social. Bourdieu argumenta que a escola tende a perpetuar desigualdades sociais ao tratar todos os alunos da mesma forma, ignorando suas diferentes origens culturais e sociais. Ele também analisa como o capital cultural adquirido na família influencia o sucesso escolar e como a escola valoriza a cultura das classes dominantes. Por fim, discute como a estrutura escolar funciona para excluir os alunos das classes menos favorecidas.
O documento discute conceitos-chave de sociologia de autores como Durkheim, Marx e Weber. Durkheim aborda conceitos como consciência coletiva, fato social e solidariedade. Marx discute alienação, fetiche da mercadoria e mais-valia. Weber analisa ação social e tipos de poder e dominação.
O documento apresenta os principais conceitos da sociologia como ciência da sociedade, incluindo:
1) A sociologia estuda o senso comum como objeto, e não como fonte direta de conhecimento.
2) A sociologia considera a dimensão do campo e recusa opiniões particularistas.
3) A sociologia surgiu formalmente no século XIX para compreender e contribuir com a organização da ordem social moderna.
O documento discute conceitos fundamentais da sociologia como Comte, Durkheim, Weber e Marx. Aborda temas como ação social, cultura, instituições sociais e o papel do indivíduo na sociedade de consumo moderna.
[1] O documento discute as teorias do trabalho de Karl Marx e Émile Durkheim, focando na divisão social do trabalho proposta por Marx e na coesão e solidariedade social estudadas por Durkheim. [2] Também revisa as teorias do fordismo e taylorismo sobre a organização do trabalho na indústria e a emergência do toyotismo.
O documento discute os primeiros sociólogos e o desenvolvimento da sociologia. Aborda pensadores como Comte, que fundou a sociologia; Durkheim, que viu a sociedade como um conjunto de normas; e Marx, que analisou a sociedade em termos de classes sociais e luta de classes. Também apresenta conceitos-chave da sociologia como cultura, valores e normas.
O documento discute os principais conceitos da sociologia clássica, incluindo a relação entre indivíduo e sociedade, as visões de Durkheim, Weber e Marx. Aborda temas como consciência coletiva, tipos de solidariedade, tipos de autoridade e a luta de classes.
1. O documento resume a segunda aula de uma disciplina de Sociologia. Aborda os principais temas: o nascimento da Sociologia como ciência, os principais pensadores clássicos (Durkheim, Marx, Weber), e métodos e técnicas de pesquisa sociológica.
Este documento resume a teoria de Karl Marx sobre a organização da sociedade e as classes sociais. 1) Marx acreditava que a estrutura social é dividida em infraestrutura e superestrutura, sendo a infraestrutura formada pelas relações de produção. 2) Na sociedade capitalista, as classes sociais são divididas entre proletariado e burguesia com base na propriedade dos meios de produção. 3) Marx via a história humana como a história da luta de classes entre esses grupos com interesses opostos.
[1] O documento discute as perspectivas sociológicas clássicas de Durkheim, Marx e Weber. [2] Durkheim via a sociedade como maior que a soma de seus indivíduos e focou no papel da "consciência coletiva" na integração social. [3] Marx argumentou que as relações econômicas de produção determinam a estrutura social e que a luta de classes é inerente ao capitalismo levando a conflitos e mudanças sociais.
Este documento discute a música e a liturgia na religiosidade popular cristã a partir de uma perspectiva sociocultural. Analisa como a música litúrgica expressa verdades da fé e a relação entre o humano e o divino de forma concreta para o povo. Também discute como Durkheim via a religião como fator de integração social e solidariedade, especialmente por meio de rituais coletivos como o canto.
A Sociologia do Direito estuda o direito como fenômeno social, analisando como as normas jurídicas são influenciadas pela cultura e relações de poder de um grupo social e, por sua vez, como essas normas afetam a sociedade. Embora o direito geralmente sirva para conservar as regras sociais, em alguns casos ele pode promover transformações culturais e sociais, como quando a Suprema Corte dos EUA julgou a segregação racial inconstitucional. Vários pensadores clássicos da Sociologia, como Durkheim, Marx e
O documento resume conceitos fundamentais da Sociologia de Émile Durkheim e Max Weber. [1] Durkheim propôs construir a Sociologia como ciência autônoma que analisa a sociedade cientificamente, buscando compreender e solucionar problemas sociais. [2] Ele definou o "fato social" como elemento central da análise sociológica e desenvolveu a teoria da "solidariedade social". [3] Weber questionou a abordagem positivista e destacou a importância da economia e das formas de produção, mas não acreditava que fat
1) O documento descreve a vida e obra do sociólogo Émile Durkheim, considerado o fundador da sociologia. 2) Durkheim acreditava que a sociologia deveria ser uma ciência objetiva que estuda a sociedade e seus fatos sociais de forma a entender e resolver problemas sociais. 3) Um conceito-chave de Durkheim era o "fato social", que são modos de agir e pensar exteriores ao indivíduo que exercem coerção sobre ele.
Max Weber foi um importante sociólogo alemão que fundou a sociologia da religião e a escola sociológica interpretativa. Ele analisou como as crenças religiosas influenciam as estruturas políticas e econômicas da sociedade, especialmente no livro A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo. Weber defendia uma abordagem compreensiva da sociologia focada na interpretação do sentido das ações sociais individuais.
O documento discute os principais conceitos de cultura nas ciências sociais, desde sua origem latina até autores contemporâneos. Apresenta definições de cultura por Tylor, Boas, Malinowski e Geertz e discute a distinção entre cultura material e imaterial proposta por Lévi-Strauss.
O documento resume os principais conceitos da Sociologia, incluindo: 1) As visões dos fundadores da disciplina como Durkheim, Marx e Weber sobre indivíduo e sociedade; 2) Os tipos de solidariedade social e consciência coletiva de acordo com Durkheim; 3) A análise de Marx sobre as classes sociais e luta de classes. 4) A importância dos movimentos sociais e do trabalho na organização da sociedade.
O documento discute os principais pensadores da sociologia da educação, incluindo Augusto Comte, Émile Durkheim, Max Weber e Karl Marx. Resume suas ideias-chave, como Comte definir a sociologia como o estudo da humanidade e sociedade, Durkheim definir o objeto da sociologia como "fatos sociais", e Marx desenvolver conceitos como alienação e classes sociais.
Comte, Marx, Durkheim e Weber foram sociólogos fundamentais que estabeleceram as bases da Sociologia. Comte objetivou criar uma ciência dos fenômenos sociais e estabelecer uma base racional para reformar a sociedade. Marx viu a sociedade como determinada pelas condições econômicas históricas. Durkheim definiu que a Sociologia deve estudar os fatos sociais. Weber explicou a origem do Capitalismo e da burocracia.
O documento discute as visões de história de positivistas e de Weber. Os positivistas viam a história como um processo evolutivo universal com estágios sucessivos, enquanto Weber via a história como única para cada sociedade, resultante de fatores políticos, culturais e religiosos além de econômicos.
O documento discute três perspectivas sociológicas sobre o trabalho: (1) Durkheim via trabalho como forma de solidariedade social; (2) Marx via trabalho como alienação devido à divisão entre pensamento e execução; (3) Weber via ética protestante como incentivo ao trabalho árduo.
Semelhante a Apresentação Mauss e Ensaio sobre a Dádiva (20)
2. Marcel Mauss: Sociólogo e antropólogo
francês
Nascimento: Épinal, 10 de Maio de 1872
Morte: Paris, 10 de Fevereiro de 1950
Formou-se em filosofia e se especializou em
história das religiões
“Pai” da antropologia Francesa, que se inicia
quando Marcel Mauss publica, com Henri
Hubert, em 1903, a obra “Esboço de uma
Teoria Geral da Magia”, onde forja os
conceitos de “mana” e “dádiva”
3. Biografia
Sucedeu seu tio Durkhein no L’Année
Sociologique
Nunca fez trabalho de campo.
Considerava-se um “etnólogo de
museu”
Considerado um dos maiores nomes
da sociologia e antropologia
Militante socialista, procurava separar
sua vida pessoal e acadêmica (política e
ciência não se misturam)
Entretanto Mauss supera Durkheim
Rompimento com Durkheim: a) estabelece um novo estatuto para a
Antropologia: ciência autônoma; b) inaugura uma postura epistemológica
interdisciplinar
4. Assim como Durkheim, Mauss:
•Enfatiza também o papel fundamental das instituições para a
compreensão da vida econômica: Acredita que várias instituições
econômicas modernas encontram sua origem no comportamento
religioso (propriedade privada, contrato). Durkheim analisa
mais particularmente o contrato (Da divisão do trabalho social-
1893) e Mauss a dádiva (Ensaio sobre a dádiva);
5. Obras
Escreveu vários livros sobre temas diversos: Esboço de uma teoria geral
sobre magia (1904); Sobre a história das religiões (1909); Relações reais e
práticas entre a psicologia e a sociologia (1924); Efeito físico no indivíduo
da ideia da morte sugerida pela coletividade; “Austrália, Nova Zelândia”
(1926); Ensaio sobre a dádiva. Forma e razão da troca nas sociedade
arcaicas (1926)
Suas obras se caracterizam por ser ao mesmo tempo discretas e
influentes, profundas e abrangentes, sem a preocupação de criar um
sistema teórico
6. ENSAIO SOBRE A DÁDIVA. FORMA E RAZÃOENSAIO SOBRE A DÁDIVA. FORMA E RAZÃO
DA TROCA NAS SOCIEDADES ARCAICASDA TROCA NAS SOCIEDADES ARCAICAS
Podemos dizer que a tese central
desta última obra se refere à dádiva
como fundamento de toda
sociabilidade e comunicação
humanas, assim como sua presença
e sua diferente institucionalização
em várias sociedades analisadas por
Mauss, capitalistas e não
capitalistas.
É reconhecido como o estudo de
caráter etnográfico, antropólogico e
sociológico mais antigo e
importante
7. Paradigma do dom
Hipótese 1: Mauss oferece uma teoria sociológica que pode efetuar
a harmonização dos dois outros paradigmas sociológicos;
individualista e holista;
Hipótese 2: Essência e núcleo de toda a socialidade universalidade
da tríplice obrigação de dar, receber e retribuir.
Paradigma do dom:
•Dádiva: ‘[...] é o que circula em prol do ou em
nome do laço social’ (Godbout, 1998);
•Essa circulação não está relacionada ao
mercado, Estado ou violência física
•Procura-se responder ‘a partir do seu meio,
horizontalmente, em função do conjunto das
inter-relações que ligam os indivíduos e o
transforma em atores propriamente sociais’
(Caillé, 2002, p.19)
8. Objeto da dádiva
“Por exemplo, trocavam peixes, pássaros em conserva, esteiras. Tudo
isso é trocado entre tribos ou ‘famílias amigas sem nenhuma espécie de
estipulação’”. (p.53).
Mas a dádiva inclui não só presentes como também visitas, festas,
comunhões, esmolas, heranças, um sem número de “prestações”.
De acordo com Mauss, tudo que existe pode se transformar em “coisa a
ser dada e retribuída” – palavras, bens, e mulheres
“O que trocam não são exclusivamente bens e riquezas, móveis e
imóveis, coisas economicamente úteis. Trata-se, antes de tudo,
de gentileza, banquetes, ritos, serviços militares, mulheres,
crianças, danças, festas, feiras em que o mercado é apenas um
dos momentos e onde a circulação de riqueza constitui apenas
um termo de um contrato muito mais geral e permanente”. (p.
45)
9. A troca como fundamento da vida social
Dar, receber e retribuir necessidades culturais, não somente
utilitárias ou econômicas
As trocas, sejam elas quais forem, dizem respeito à sociedade no
seu conjunto e derivam todas da obrigação de dar.
Sistema de
trocas como
início da moral.
O progresso da
sociedade se dá
com o
fortalecimento
do sistemas de
dádivas e trocas
que criam
coesão social
10. Aliança, simultaneidade e coletividade
A dádiva produz alianças (matrimoniais, políticas, sociais, religiosas,
econômicas, jurídicas e diplomáticas).
A dádiva reúne simultaneamente
questões religiosas, econômicas,
políticas, matrimoniais e jurídicas.
As trocas eram realizadas pelas
coletividades.
11. O presente nas relações sociais
No “ensaio”, Mauss mostra como o ato de presentear traz consigo
algumas “obrigações” sociais – a obrigação de dar, de receber e a de
retribuir o presente. " Um presente dado espera sempre um presente de
volta"
Mauss ressalta que na troca primitiva, os presentes carregam consigo
duas categorias de experiência diferentes – eles são tanto SAGRADOS
como PROFANOS. Os objetos criam a relação da obrigatoriedade social
uma vez que levam consigo o “espírito” da coisa dada.
12. Sociedades arcaicas e modernas
Certeza que animava Mauss:
“Não se poderia compreender a troca e contrato, típico da
modernidade, sem previamente destacar as suas formas arcaicas e
antecedentes, as formas do dom. Mercado de um lado, estado do
outro, individualismo e holismo, portanto não se tornam inteligíveis
a não ser como formas especializadas e autonomizadas de uma
realidade maior e mais englobante desse fato social total que tem um
dom sua expressão” (Caillé, 2002, p. 22)
13. Região pesquisada
Povos da Polinésia, inclusive Samoa (extremo Oesta da Oceania), e da
Melanésia (ilhas a oeste da Austrália) e os indígenas da América do Norte,
Samoa.
14. Tema central do “ensaio sobre a dádiva”
Entendimento da constituição da vida social por um constante
dar-e-receber.
Mostra ainda como, universalmente, dar e retribuir são
obrigações, mas organizadas de modo particular em cada caso.
Daí a importância de entendermos como as trocas são
concebidas e praticadas nos diferentes tempos e lugares, de fato
que elas podem tomar formas variadas, da retribuição pessoal à
redistribuição de tributos.
Métodos de troca nas sociedades tidas como primitiva.
15. Contribuições fundamentais
os fatores econômicos não são dissociáveis de outros aspectos da
vida social e
a vida social não é só circulação de bens, mas também de pessoas
(mulheres concebidas como dádivas em praticamente todos os sistemas
de parentesco conhecidos), nomes, palavras, visitas, títulos, festas.
16. Contexto da obraContexto da obra
Civilização escandinava, mas em muitas outras: “trocas e
contratos fazem-se sob a forma de presentes, teoricamente
voluntários, mas na realidade obrigatoriamente dados e
retribuídos.” (p. 41)
Estudos mais vastos realizados há anos por Mauss: “regime
de direito contratual e [...] sistema de prestações econômicas
entre as diversas seções ou subgrupos de que se compõem as
sociedades chamadas de primitivas e também aquelas que
poderíamos chamar de arcaicas.” (p. 41)
17. Fenômenos sociais totaisFenômenos sociais totais
No âmbito dos estudos realizados por Mauss, encontram-se
os fenômenos sociais totais = “conjunto de fatos”, “e que
são por si mesmos muito complexos”. “Tudo neles se
mistura” (p. 41)
Nestes fenômenos sociais totais, “exprimem-se, ao mesmo
tempo e de uma só vez, toda espécie de instituições”:
religiosas, jurídicas e morais (políticas e familiais ao mesmo
tempo), econômicas (produção e consumo, prestação e
distribuição), sem falar de fenômenos estéticos e
morfológicos das próprias instituições (p. 41)
18. Foco da pesquisaFoco da pesquisa
1) Primeiro foco da delimitação
Dentro da questão dos fenômenos sociais totais:
“caráter voluntário, por assim dizer, aparentemente livre e
gratuito e, no entanto, imposto e interessado dessas
prestações” (p. 41)
APARÊNCIA PODE
ACOMPANHAR
A TRANSAÇÃO
REALIDADE
“presente, regalo
ofertado
generosamente” (p.
41)
“ficção, formalismo e
mentira social” (p.
42)
“obrigação e interesse
econômico” (p. 42)
19. Foco da pesquisaFoco da pesquisa
2) Segundo foco da delimitação
“Qual é a regra de direito e de interesse que, nas sociedades
de tipo atrasado ou arcaico, faz com que o presente recebido
seja obrigatoriamente retribuído? Que força há na coisa dada
que faz com o que donatário a retribua?” (p. 42)
– Além da resposta às perguntas acima, também apresenta “a
que novos problemas somos levados: uns concernentes a uma
forma permanente da moral contratual, ou seja, a maneira
como o direito real permanece, ainda em nossos dias, ligado
ao direito pessoal; outros, concernentes às formas e às idéias
que presidiram sempre, ao menos em parte, à troca, e que,
ainda hoje substituem em parte a noção de interesse
individual” (p. 42)
20. Dupla metaDupla meta
1) Conclusões arqueológicas sobre a natureza das transações
humanas nas sociedades que nos cercam ou nas que nos
precederam imediatamente.
– Transações que, apesar de diferentes das que realizamos no
mundo ocidental das nações “desenvolvidas”, já que fundadas na
troca, constituem mercados econômicos
– Transações que possuem uma moral e economia própria
– Transações que se constituem, na visão do autor, “uma das rochas
humanas sobre as quais estão erigidas nossas sociedades” (p. 42)
2) “inferir algumas conclusões morais sobre alguns problemas
colocados pela crise de nosso direito e de nossa economia”.
21. MétodoMétodo
Comparação precisa:
1) estudo dos temas apenas em “áreas determinadas e
escolhidas: Polinésia, Melanésia, noroeste americano e algumas
regiões amplas”;
2) elegeu-se apenas lugares aos quais se tem acesso “à
consciência da própria sociedade”, “graças aos documentos e ao
trabalho filológico” (P. 43)
Se limitou a “descrever, um de cada vez [os sistemas], na
íntegra” (p. 43)
“renunciou a uma comparação constante” (p. 43)
22. Economia natural (estado de natureza)Economia natural (estado de natureza)
Parece que jamais existiu algo semelhante à economia natural na
prática, apesar de ter-se atribuído às trocas e permutas entre aos
polinésios (objeto do presente estudo também) tal natureza
(textos de Cook)
Mas, para Mauss, “estão bastante distanciados, em matéria de
direito e de economia, do estado de natureza” (p. 44)
– “não constatamos nunca [...] simples trocas de bens, de riquezas
ou de produtos”, por três motivos:
23. • primeiro, porque não são os indivíduos, mas as coletividades que “se
obrigam mutuamente, trocam e contratam” (pessoas morais = clãs,
tribos, famílias), mediante a representação de seus chefes ou não
(próprio grupo) (p. 44-5); “todo clã contrata por todos, por tudo que
possui e por tudo que faz, através da figura do chefe como
intermediário” (p. 46-7)
• segundo, porque não se troca exclusivamente “bens e riquezas, móveis
e imóveis, coisas economicamente úteis”. Troca-se, sobretudo, de
“gentilezas, banquetes, ritos, serviços militares, mulheres, crianças,
danças, festas, feiras em que o mercado é apenas um dos momentos e
onde a circulação de riquezas constitui apenas um termo de um contrato
muito mais geral e muito mais permanente” (p. 45)
• terceiro, porque prestações e contra-prestações são realizados de uma
forma sobretudo voluntária, por presentes, regalos, embora sejam, no
fundo, rigorosamente obrigatórias, sob pena de guerra privada ou
pública” (p. 45)
Mauss, então, propôs chamar de SISTEMA DE PRESTAÇÕES TOTAIS
24. Sistema de prestações totaisSistema de prestações totais
Em duas últimas tribos do noroeste americano e em toda
essa região, “aparece uma forma típica sem dúvida, mas
evoluída e relativamente rara, dessas prestações totais” (p.
46)
Tal forma típica do sistema de prestações totais, Mauss, na
mesma linha de autores americanos, propôs chamar de
POTLATCH (= alimentar, consumir)
Tudo “confunde-se em uma inextricável trama de ritos, de
prestações jurídicas e econômicas, de fixações de posições
políticas na sociedade dos homens, na tribo e nas
confederações de tribos, e mesmo internacionalmente” (p.
46)
25. Gradação dos sistemas de trocasGradação dos sistemas de trocas
MODELO POTLATCH (=
prestações totais de
tipo agonístico)
- -
GRADAÇÃO “rivalidade exasperada” “Emulação mais
moderada”
“formas intermediárias”
CARACTERÍSTICAS “trocas de rivalidades
exasperadas, com
destruição de riquezas”
“tipo mais elementar de
prestação total”, “em
que os contratantes
rivalizam-se em
presentes”
“rivalizamos em nossos
presentes, nossas
estreias, nossas bodas,
nossos meros convites, e
sentimo-nos ainda
obrigados a
revanchieren”
LOCAL “tribos do noroeste
americano e na parte do
norte americano, nas
Melanésia e na Papuásia”
Toda parte: África,
Polinésia, Malásia,
América do Sul e América
do Norte
“Antigo mundo indo-
europeu, em particular
entre os trácios”
27. Potlatch
Potlatch = obrigação de dar e de receber; aliança e comunhão;
estabelecer ligação entre os dois lados; coesão social
Aquarela de
James G. Swan do
povo Klallam com
uma das esposas
do Chefe
Chetzemoka
distribuindo bens
no potlatch.
28. Potlatch
Ritual conhecido entre os povos de todo o noroeste americano,
conhecido na literatura antropológica como POTLATCH, que na
língua chinook significa PRESENTE. Tanto a palavra como o ritual
estavam presentes em práticas dos nativos que ocupavam a região que
vai da Califórnia ao Alaska e todo o leste até as rochosas. Também há
um ritual semelhante na Melanésia.
A essência do Potlatch: “A
finalidade antes de tudo é
moral, seu objeto é produzir
um sentimento de amizade
entre as duas pessoas
envolvidas, e, se não tivesse
esse efeito, faltaria
tudo”(Schmidt apud Mauss,
2013, p. 37).
29. Potlatch
Consiste num festejo religioso de homenagem, geralmente envolvendo
um banquete de carne de foca ou salmão, seguido por uma renúncia a
todos os bens materiais acumulados pelo homenageado – bens que devem
ser entregues a parentes e amigos.
A aceitação de uma oferenda significa a disponibilidade para entrar no
jogo, quando não para permanecer. Durante todo o tempo da troca,
intervém atividades regularmente retribuídas, como a troca de mulheres e
hospitalidade.
"Interior da
Habitação é um
Potlatch"
Arte de John
Webber
(britânico),
abril 1778
30. Potlatch
Reflexões humanas sobre o presentear: Podemos dizer que o potlatch é um
sistema social e econômico onde status e posição são estabelecidos pelo ato
de “ser generoso”.
Para Mauss, presentear é dar uma parte de si mesmo. Essa representação do
indivíduo através do objeto concedido não é realizada corriqueiramente, mas
dentro de uma lógica ritual que, na visão de Mauss, representa também a posição
social dos sujeitos.
O círculo dos presentes: um potlatch é um
evento no qual um grupo presenteia outro
grupo de forma esbanjadora com a finalidade
de mostrar reputação aos convidados. Os
“convidados” ao potlatch, que recebem os
presentes, tornam-se obrigados a retribuir –
não imediatamente, mas em uma ocasião
posterior apropriada (nascimento,
casamento...)
31. PotlatchPotlatch
Elementos essenciais:
1)“o elemento da honra, do
prestígio, de mana, que confere
riqueza;
2) e o da obrigação absoluta de
retribuir essas dádivas sob pena de
perder esse mana, esta autoridade,
esse talismã e esta fonte de riqueza
que é a própria autoridade
Princípio que domina as práticas:
Rivalidade e antagonismo: batalha,
morte de chefes e nobres, destruição
de bens do chefe rival
2
Cunho agonístico
(“comportamento social
relacionado à luta” – wikipedia)
Potlatch – recebendo os hóspedes
32. Potlatch e Kula
Ponto culminante da vida econômica e civil, do sistema de prestações e
contraprestações: “Aparentemente, pelo menos, o kula – assim como o
potlatch do Noroeste americano – consiste em dar, da parte de uns, e de
receber, da parte de outros, os donatários de um dia sendo os doadores da
vez seguinte”(Mauss, 2013, p. 42).
O kula em sua forma essencial, não é senão um momento, o mais solene, de um
vasto sistema de prestações e de contraprestações que, em verdade, parece englobar
a totalidade da vida econômica e civil das Trobriand” (Mauss, 2013, p. 49).
33. Polinésia - SamoaPolinésia - Samoa
“Pareceu, durante muito tempo, que não havia potlatch
propriamente dito” – “O elemento de rivalidade, o de destruição,
de combate, pareciam falhar” (p. 49)
Contudo, dois elementos essenciais do potlatch estão
presentes:
“o elemento da honra, do prestígio, de mana que confere a riqueza e
o da obrigação absoluta de retribuir essas dádivas sob pena de perder
esse mana, essa autoridade, esse talismã e esta fonte de riqueza que é
a própria autoridade” (p. 50)
34. Oloa e TongaOloa e Tonga
Oloa Tonga
bens masculinos bens femininos
bens de natureza
estrangeira
bens de natureza indígena
“objetos, instrumentos na
maior parte, que são
especificamente os do
marido; são essencialmente
móveis. Aplica-se também
este termo, hoje, às coisas
provenientes de brancos”
(p. 51)
“parafernálias permanentes, em particular as
esteiras de casamento, herdadas pelas filhas
nascidas do dito casamento, as decorações e os
talismãs que entram, através da mulher, na família
recém-fundada, com a condição de devolução”;
“espécies de imóveis por destinação” (p. 51)
Por oposição ao último sentido de oloa, são “mais
ligados ao solo, ao clã, à família e à pessoa”
“propriedade-talismã”: “tudo aquilo que torna
alguém rico, poderoso e influente”
35. Exemplo - nascimentoExemplo - nascimento
Pais recebem e retribuem os oloa (bens masculinos) e os tonga
(bens femininos). Não ficam mais ricos, mas se sentem hornados
Criança é um tonga (bem uterino) – é dada para criação ao tio uterino
(“irmã e, por conseguinte, o cunhado, o tio uterino, recebem do irmão e do
cunhado para criar”). E é “o canal pelo qual os bens de natureza indígena,
os tonga, continuam a escoar da família da criança para esta família (p. 50-
1)
A criança também “é o meio para seus pais obterem bens de natureza
estrangeira (otoa) dos pais que a adotaram, e isso durante todo o tempo de
vida da criança” (p. 51)
“Em suma, a criança, bem uterino, é o meio pelo qual os bens da família
uterina são trocados pelos da família masculina” (p. 51)
“Falta apenas o tema da rivalidade, do combate, da destruição,
para que haja potlatch”
36. O espírito da coisa dada (maori)O espírito da coisa dada (maori)
Como vimos, “pelo menos na teoria do direito e da religião
maori”, os taonga (tonga?) estão “fortemente ligados à pessoa,
ao clã, ao solo”, (p. 52);
Os taonga “são o veículo de seu mana, de sua força mágica, religiosa e
espitual” (p. 52-3)
No caso, se o indivíduo a quem cabia retribuir um presente com
esta natureza não o retribui, que o mana do presente o destrua
37. HauHau (espírito das coisas)(espírito das coisas)
“O hau não é o vento que sopra. Nada disso. Suponha que o
senhor possui um artigo determinado (taonga), e que me dê
esse artigo; [...] eu dou esse artigo a uma terceira pessoa
que, depois de algum tempo, decide dar alguma coisa em
pagamento (utu), presenteando-me com alguma coisa
(taonga). Ora, esse taonga que ele me dá é o espírito (utu)
de taonga que recebi do senhor e que dei a ele. Os taonga
que recebi por esses taonga (vindos do senhor) tenho que
devolver-lhe. Não seria justo (tika) de minha parte guardar
esses taonga para mim, quer sejam desejáveis (rawe) ou
desagradáveis (kino). Devo dá-los ao senhor, pois são um
hau de taonga que o senhor me havia dado. Se eu
conservasse esse segundo taonga para mim, isso poderia
trazer-me um mal sério, até mesmo a morte” (p. 53-4)
38. HauHau (espírito das coisas)(espírito das coisas)
“O que, no presente recebido e trocado, cria uma obrigação,
é o fato de que a coisa recebida não é inerte. Mesmo
abandonada pelo doador, ela ainda é algo dele. Por meio
dela, o doador tem uma ascendência sobre o beneficiário.
[...] Pois o taonga é animado pelo hau de sua floresta, de
seu território, de seu solo [...] o hau persegue todo
detentor.” (p. 54)
“E esse hau que vinga o roubado, que se apodera do ladrão,
encanta-lo, leva-o à morte ou o obriga à restituição” (p. 54)
39. Direito maoriDireito maori
“o vínculo de direito, vínculo das coisas, é um vínculo de
almas, pois a própria coisa tem uma alma, é alma”
“é preciso retribuir a outrem aquilo que, na verdade, é parcela de
sua natureza e substância, pois aceitar alguma coisa de alguém é
aceitar alguma coisa de sua essência espiritual, de sua alma: a
conservação desta coisa seria perigosa e mortal, e isso não
simplesmente porque seria ilícita, mas também por que esta coisa
que vem da pessoa, não só moralmente, mas física e
espiritualmente [...] dão uma ascendência mágica e religiosa sobre
o indivíduo”
“esta coisa dada [...] tende a regressar [ao seu] ‘lar de origem’ ou
a produzir, para o clã e o solo de onde saiu, um equivalente que a
substitua”
40. Para finalizar... Havamal (poema do EddaPara finalizar... Havamal (poema do Edda
escandinavo)escandinavo)
“Nunca encontrei homem tão generoso
e tão liberal para alimentar seus hóspedes [...]
Com armas e vestes
devem os amigos agradar-se [...]
Aqueles que retribuem mutuamente os presentes
são amigos por mais tempo [...]
Deve-se ser amigo
para com o amigo
e retribuir presente com presente [...]
Tu o sabes: se tens um amigo
no qual tens confiança e queres obter bom resultado,
é preciso misturar tua alma à dele
e trocar presentes
e visitá-lo amiúde [...]
Os homens generosos e valorosos têm a melhor vida;
não tem medo algum.
Mas um poltrão tem medo de tudo;
o avaro tem sempre medo dos presentes” (p. 39-41)
41. Referências
1. CAILLÉ, A. Antropologia do dom : O terceiro paradigma.
Petrópolis, RJ: Vozes, 2002.
2. GODBOUT, J. T. Introdução à dádiva. Revista Brasileira de
Ciências Sociais , v. 13, n. 38, p. 39-52, 1998.
3. LANNA, Marcos. Nota sobre Marcel Mauss e o ensaio sobre a
dádiva. Rev. Sociol. Polít ., Curitiba, 14: p. 173-194, jun. 2000.
Fonte: http://www.fabricadofuturo.org.br/index.php?
pag=38&prog=46&id=13
4. MAUSS, Marcel. Ensaio sobre a Dádiva. Forma e Razão da Troca
nas Sociedades Arcaicas. Sociologia e Antropologia. Volume II. São
Paulo: EPU,1974.
5. The history notes. Fonte: http://www.historynotes.info/wp-
content/uploads/2012/06/potlatch.jpg (imagem maior)