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Manipulação de debates
Entender a relação entre o aumento de fake news nas redes e o
cyberbullying, além da manipulação do debate nas redes sociais
5 estratégias de intoxicação do
debate nas redes
1. Perfis falsos
organizados
2. Linchamentos
virtuais
3.
Comportamento
sectário
4. Mídia
amadora
5. Levantamento
artificial de
temas
• Esse tipo de perfil constitui a parte da rede mais extrema e é a que mais está
disposta a correr riscos
• Eles reúnem pessoas extremamente radicais, associadas a grupos que promovem
discurso de retórico, retórica divisiva, teorias conspiratórias e clima de obsessão
e paranoia.
• Na extrema direita brasileira eles são conhecidos como “vaporwaves”, mas
também há grupos definidos como “incels”.
• Há um paralelo para esta ação, que teve seu modelo mais amplo desenvolvido
nos Estados Unidos, especialmente a partir de 2014.
Na manifestação “Unite the Right” de
2017, vários membros de grupos
supremacistas brancos, nacionalistas
brancos, neofascistas e outras miícias alt-
Right estiveram presentes contra a
remoção do monumento do confederado
Robert E. Lee.
Começou uma briga. Daí James Fields, de
20 anos, acelerou seu carro contra uma
multidão de manifestantes da esquerda,
matando uma mulher e ferindo outras 20.
Ele pegou 419 anos de cadeia. O
procurador-geral dos Estados Unidos, Jeff
Sessions, denunciou o atropelamento
como um ato de terrorismo doméstico.
Obviamente, não falamos de ações naturais e orgânicas, mas precisamos rastrear o problema
que vamos tratar em um fenômeno: uso de pares organizados para ataques em bando – nos
quais grande parte dos agentes usam anonimato – para praticar o que quiserem nas redes
sociais sem medo de qualquer consequência.
• O surto começou em 2013, com a chamada “Controvérsia
Gamergate”.
• Foi um surto de ameaças de morte ou estupro nas redes sociais
• Mulheres envolvidas com a indústria de videogames começaram a
ser vítimas desses ataques, sempre movidas por maltas de
anônimos
• Havia também o vazamento de informações pessoais, como
endereços de e-mail e residência
• A coisa escalou até para ameaças de atentado à bomba
• Foi nessa época que duas subculturas cresceram
consideravelmente: alt-right e “incels”
Leigh Alexander
Felicia Day
Anita Sarkeesian
Zoe Quinn
Doxing Cyberstalking Assédio moral Assassinato de reputação
•A comunidade “Incels” (celibatários involuntários) é
conhecida das profundezas da Internet há tempos
•Não gostam do politicamente correto e se definem
como incapazes de conseguir sexo sem pagar
•As comunidades costumam ser focadas em mistura de
ressentimento e narcisismo, geralmente buscando
bodes expiatórios
•São especialistas em linchamentos virtuais com uso
de perfis falsos
•A comunidade alt-right é menos extrema que a
comunidade “incels”, mas a coisa não melhora muito
•Não compartilham as mesmas crenças, mas
normalmente são contra o politicamente coreto
•Alguns são claramente racistas, mas nem todos
•Dizem que gostam de “chocar”, mas há um histórico
complicado de linchamentos virtuais, com base em
perfis falsos
•A alt-Right cresceu muito após o Gamergate
Nenhum dos dois grupos é claramente um culto, mas conseguiram criar comunidades que se baseiam em pensamento binário, uso abusivo do
ressentimento, negação da realidade, uso descomunal de teorias da conspiração, apelo contínuo à desumanização de oponentes e daí por
diante. O que se segui a partir de 2014 não é nada impressionante...
Dylan Roof
17 de julho de 2015
9 mortos na Igreja de Charleston
Influenciado por ideias da alt-right
James Fields
12 de agosto de 2017
1 morto em Charlottesville
Jeremy Joseph Christian
26 de maio de 2017
3 mortos no trem em Portland
Participou de comícios da alt-right
Robert Gregory Bowers
27 de outubro de 2018
11 mortes na sinagoga de Pittsburgh
Stephen Paddock
1 de outubro de 2017
58 mortos em Nevada
É importante reparar que Paddock não
estava conectado nem a grupos alt-Right
ou incels, ao menos oficialmente, mas seu atentado
foi comemorado em várias dessas comunidades
John T. Earnest
27 de abril de 2019
1 morte na sinagona Poway
(compartilhava a tese do “genocídio
branco”, defendida pela alt-Right)
Elliot Rodger
23 de maio de 2014
6 mortes em Isla Vista, California
Participante das comunidades Incels
Chris Harper-Mercer
1 de outubro de 2015
9 mortes Roseburg, Oregon
Considerava Elliot Rodger como quem
“estava com os deuses”
Sheldon Bentley
31 de julho de 2015
1 morte em Alberta
Era “incel” declarado e culpou as
mulheres pelo seu crime
William Atchison
7 de dezembro de 2017
2 mortes em Aztec, Novo México
Era “incel” declarado e idolatrava os
crimes de Rodger
Nikolas Cruz
14 de fevereiro de 2018
17 mortes em Parkland, Florida
Era “incel” e dizia que “Elliot Rodger
não será esquecido”
Alek Minassian
23 de abril de 2018
10 mortes em Toronto, Ontario
Dizia que “a rebelião Incel já
começou” e sempre mencionou os
crimes de Elliot Rodger
Scott Beierle
2 de novembro de 2018
2 mortes em Tallahassee, Florida
Idolatrava Elliot Rodger
Crimes relacionados a alt-right Crimes relationados a comunidades “Incels” Crime sem associação com as comunidades, mas que foi comemorado por vários “incels”
Às vezes a cultura de linchamento dos perfis falsos
organizados pode sair do controle
• O que vimos, então, nos EUA, foi a consequência do surto de perfis
anônimos organizados em atuação em rede
• Isso leva ao extremo em comportamento antissocial
• Claro que não é certeza de que isso descambará para a violência física no
Brasil, mas há um risco. Mas é fato que o comportamento antissocial nas
redes da extrema direita já saiu do controle
• No Brasil, principalmente desde o início do governo, temos visto o uso da
estética “vaporwave” em ação comportamental similar à da alt-Right (mas
sem o uso do racismo e do anti-semitismo).
A estratégia é baseada principalmente em linchamentos virtuais, tal como na alt-Right, com base em grande
números de perfis falsos. Para disfarçar, dizem que tudo que fazem “é meme” (que na verdade é parte menor
das ações). Principalmente os perfis falsos são utilizados para perseguir pessoas que discordam deles nas
redes sociais.
Os discípulos de Olavo de Carvalho comportam-se de forma sectária. Isto é, agem como
parte de uma seita. Isso ajuda a existir comportamento organizado, extremista e
antissocial nas redes, o que amplifica os danos da estratégia vaporwave (vista no “Item
1. Perfis Falsos Organizados”). Grande parte dos vaporwaves são olavistas. Eles tem
algumas características.
Esta rede é “informal”, mas
contém diversos alunos do COF
(Curso Online de Filosofia), que
reproduzem cegamente as
ideias de Olavo.
Submissão ao
mestre
•Seguem de
maneira cega as
orientações de
uma figura central
•Se tornam “mão
de obra gratuita”
para militância
•Exigem que as
outras pessoas se
submetam à
“sabedoria” de
seu guru
•Não admitem que
o guru seja
questionado
•Justificam todo e
qualquer ato feito
pelo guru
Falso senso de
elitismo
•Adotam postura
arrogante perante
o mundo exterior,
como se fossem
parte de uma “alta
cultura”.
•Tratam os outros
com desdém.
•Respeitam apenas
os membros do
próprio grupo e
ridicularizam
quem está fora.
•Exemplo: postura
pedante de Allan
dos Santos na
CPMI
Dependência e
isolamento
•Eles se isolam e
não recebem
informação do
mundo exterior
•Só ouvem uns aos
outros, criando
uma espécie de
“realidade
paralela”
•Isso os deixa mais
paranoicos e
propensos à
notícias falsas e
teorias da
conspiração
Extremismo
absoluto
•Adotam a retórica
da pureza
(“verdadeiros
contra falsos”,
busca de
“traidores”)
•Não coexistem
com os que estão
de fora
•Apoiam “vale
tudo” contra
qualquer um que
entre em seu
caminho
•Defendem ruptura
e caos
Presunção
alucinada
•Dizem que
sempre “vão
vencer”
•Vivem “esticando
a corda”
•Não possuem
noção de limites
•Desafiam as
regras e até as
leis
•Orgulham-se de
fazer isso em
público
•Os mais
“ousados” são
premiados pelo
grupo
Comportamento
antissocial
•Não possuem
freios morais em
suas ações
•Usam a lógica de
que “fins
justificam os
meios” para
defender o grupo
•Não pedem
desculpas quando
são pegos
mentindo ou
praticando
atrocidades
•Usam técnicas de
desengajamento
moral
A junção destes fatores acima – mesmo em perfis que “mostram a cara” – com perfis falsos organizados torna a ação
virtual ainda mais propensa à ruptura social, geração de caos e prática de atrocidades diversas, sem freios morais.
Em janeiro de 2019, 10 deputados – da base do governo - viajaram à
China. Olavo de Carvalho utilizou discurso inflamatório e, com isso, ativou
um surto de linchamento contra esses deputados. Alguns deles (Carla
Zambelli e Daniel Silveira) foram tão humilhados que nunca mais tiveram a
coragem de discordar de olavistas em público. Esse ciclo de intimidação
virtual (com base nos fatores vistos anteriormente) cria um grupo
extremamente autoritário, com base na intimidação.
Desde janeiro, o vice
Mourão é linchado
nas redes sociais. As
narrativas começaram
com Olavo.
Documentação destes
ataques está à
disposição da
audiência.
Os ataques de Olavo
contra Santos Cruz
foram ainda mais
baixos, utilizando
termos chulos e
visando causar
bastante
constrangimento.
Esses são apenas alguns exemplos de ataques iniciados a partir de Olavo de Carvalho. Existem outros ataques ativados por
seguidores (e endossados geralmente por ele). Esse clima de medo do linchamento ajuda a promover pessoas de maior
apetite à riscos e fazer as pessoas civilizadas ficarem com medo de participar da base. Isso aumenta o risco de autoritarismo.
Também por causa do comportamento sectário, esses grupos bolsolavistas tendem a
se isolar da realidade externa ao grupo. Isso facilita com que aceitem meios amadores
de mídia, geralmente compostos de amadores. Isso normalmente amplia a tendência à
propagação de fake news.
O Brasil Paralelo parece ter como
principal fonte de renda as
assinaturas. Nem todos os que já
gravaram vídeos para eles são
extremistas, mas cada vez mais está
se tornando um meio focado no
discurso sectário olavista. Não são
agressivos, mas adotam revisionismo
histórico e uso de realidade paralela.
O Brasileirinhos é um dos mais
extremistas no YouTube. A coisa
funciona a tal ponto que utilizam
máscaras e pinturas (de palhaço) para
que não sejam reconhecidos. O Terça
Livre TV é um ramo do site Terça
Livre. Ambos parecem faturar com
anúncios de YouTube e doações no
“Apoia-se” (e meios similares).
Há outros canais de YouTube, de
pessoas como Fernando Melo, Daniel
Lopez, Lilo VLOG, Divas da Opressão,
Paula Marisa e outros.
Os sites de notícia raramente possuem
jornalistas profissionais (e quando possuem
são pessoas que não possuem experiência
em meios sérios). Tendem a faturar com
anúncios. Tanto como os outros meios, são
propagados pela rede. Em suma, a rede
sectária é um bom negócio para esses sites,
pois garante público fiel.
Chegamos, por fim, à manipulação geral do debate, que se subdivide em pontos
como: levantamento artificial de hashtags, criação de falso consenso, imposição de
agenda, etc. Com todos os outros pontos em linha (comportamento sectário, perfis
falsos organizados, linchamentos virtuais) é mais fácil manipular o debate. Abaixo
vemos um exemplo de levantamento artificial de hashtag contra Gilmar Mendes na
semana entre 12/11 e 17/11.
Fonte: Vortex (com dados do Twitter)
Em vários dias hashtags contra
Gilmar Mendes ficaram no topo do
Twitter, mas de forma
completamente artificial. Isso dá
claramente um exemplo de como
há uma usina de bots ativando
compartilhamento e usando perfis
falsos.
1. Perfis falsos organizados
• Servem para aumentar o
nível de aceitação de
riscos dos envolvidos
(anônimos se sentem
impunes)
• Isso aumenta o
extremismo das ações
• Faz com que pessoas
possam até cometer
crimes e receberem
endossos de políticos e
ocupantes de cargos em
geral
• O uso de perfis falsos
também permite a
manipulação de debate
(seja com uso de bots ou
não)
2. Linchamentos virtuais
• São ações que visam
intimidar os divergentes
do grupo
• Usam-se técnicas como
assédio moral,
cyberbullying, doxxing e
outras técnicas
• Algumas ações escalam
para o terror psicológico e
a invasão da vida privada
• Envolvem tanto
assassinatos de reputação
como ofensas pessoais de
diversos tipos
• O objetivo é
desestabilizar,
desmoralizar, aniquilar
reputações e afastar
opositores do debate
3. Comportamento sectário
• Serve para criar um
“exército” (quase todo
gratuito) de pessoas que
acreditam estar numa
cruzada
• Isso é eficiente para os
organizadores porque as
pessoas se submetem a
um líder carismático e não
o questionam por nada
• Essas pessoas se tornam
extremistas,
“purificadoras” e adotam
comportamento
antissocial
• Unindo esta estratégia
com o uso de perfis falsos
organizados o grau de
comportamento
antissocial chega ao
máximo
4. Mídia amadora
• Mesmo que o sectarismo
não seja um componente
necessário, ele se
potencializa se existir uma
mídia que crie uma
realidade paralela
• Essas pessoas, por
estarem submetidas à
autoridade e isoladas do
mundo exterior, passam a
acreditar mais em
informações falsas e
teorias da conspiração
• Jornalistas amadores
podem se dispor a
aproveitar esse público
(ganharão anúncios e
muitas visualizações),
produzindo notícias
sensacionalistas conforme
a agenda
• Youtubers pode propagar
essas notícias e alimentar
teorias da conspiração
(como também fazem os
sites)
5. Levantamento artificial
de temas
• Como grupos organizados
(especialmente sectários)
atuam conforme o efeito
manada, é mais fácil
manipular o debate
• Isso envolve produzir mais
likes do que o normal
(utilizando perfis falsos e
bots), compartilhamentos
em massa
• Também envolve o
levantamento artificial de
hashtags, para criar a
ilusão do falso consenso
As cinco estratégias podem ser utilizadas em conjunto ou separadas. O uso destas estratégias ampliará
consideravelmente a propagação de notícias falsas e o cyberbullying.
Entendendo a lógica das redes
bolsolavistas
Essa rede adota as
cinco estratégias
vistas anteriormente
Em negrito estão os criadores de narrativas. Os demais são meramente replicadores. A lista acima não menciona nenhuma associação hierárquica ou financeira. Algumas
pessoas podem até mesmo acreditar no que defendem. Outros podem buscar moeda social ou audiência. Não estão definidos acima os que recebem algo diretamente. A
lista é meramente informativa de padrões de ação nas redes.
Os nomes que veremos a seguir constituem os principais ativadores/propagadores de discursos, que são seguidos pelos demais.
A lista é constantemente atualizada, pois há desistências e, de vez em quando, expurgos, assim como a adição de novos nomes.
A organização de perfis falsos foi monitorada exclusivamente no Twitter (onde age mais constantemente. Eles utilizam o Twitter como principal plataforma de montagem de
discurso e criação de narrativas, mas depois propagam o conteúdo em outras plataformas, como Facebook, Instagram, WhatsApp e outras.
Redes
bolsolavistas
Influenciadores
Assessores e
políticos
Mídia e
responsáveis
Perfis de
Twitter
Influenciadores Assessores e políticos Mídia amadora e responsáveis Perfis de Twitter
• Olavo de Carvalho
• Evandro F. Pontes
• Leandro Ruschel
• Silvio Grimaldo
• Taiguara F. de Sousa
• André Assi Barreto
• Carlos Cezar
• Carlos de Freitas
• Claudia Wild
• Diego Garcia
• Eduardo Matos de Alencar
• Filipe Eduardo
• Filipe Trielli
• Flavio Morgenstern
• Flavio Gordon
• Igor Guedes
• Josias Teófilo
• Jouberth Souza
• Ludmilla Lins Grilo
• Maurício Costa
• Paulo A. Briguet
• Rafael Nogueira
• Raphael Panichi
• Rose Barros
• Tom Martins (maestro)
• Winston Ling
• Yuri Vieira
Presidente e família
Parlamentares
Ministérios e assessores
• Jair Bolsonaro
• Carlos Bolsonaro
• Eduardo Bolsonaro
• Bia Kicis
• Ana Maria Campagnolo
• Carla Zambelli
• Carlos Jordy
• Caroline de Toni
• Chris Tonietto
• Daniel Silveira
• Douglas Garcia
• Filipe Barros
• Gil Diniz
• Helio Lopes
• Luis P.O. Bragança
• Marcio Labre
• Abraham Weintraub
• Arthur Weintraub
• Filipe G. Martins
• Bruna Luiza
• Ernesto Araújo
• Damares
• Fábio Wajngarten
• Ricardo Alvim
• Sara Winter
• Steh Papaiano
• Bernardo Kuster
• Daniel Lopez
• Fábio ClickTime
• Brasileirinhos
• Fernando Melo
• Lilo VLOG
• Luiz Camargo
• Paula Marisa
• Mauro Fagundes
• Brasil Paralelo
• Crítica Nacional
• Senso Incomum
• Terça Livre
• Conexão Política
• Jornal da Cidade Online
• Renova Mídia
• República de Curitiba
• Direita SP
• Movimento Brasil Conservador
• Movimento Avança Brasil
• Allan dos Santos (TL)
• Paulo Enéas (CN)
• Allan Frutuozo (TL)
• Davy Albuquerque (CP)
• Fernanda Salles (TL)
• Italo Lorenzon (TL)
• Oswaldo Eustáquio
• Paulo Henrique Araújo (TL)
• Ricardo Roveran
Youtubers
Blogs e sites de “notícias”
Movimentos
Jornalistas amadores (ou não)
Perfis extremos
• Isentões
• Belinha, a Poodle Opressora
• Bolsonaro Opressor 2.0
• Bolsonéas
• Dama de Ferro
• Dona Regina [fake]
• Eduardo @Rivotripa
• Felipe Loura Brasil
• Joaquin Teixeira
• MAVinha
• Ninguém se importa podcast
• Ódio do Bem
• Patriotas
• SecoMAV
• Tabando o Quebru
• Tonho Drinks
Personagens de Twitter
• Deja el Loen te lechar?
• Left Dex
• Chorote
• Loen23
• Mas como assim, Kodhak?
• Mister Romanini
• Nandx
• Peruvian Bot
• Sem CPF, sem opinião
• Sophie Pieretti
• Quase todos os influenciadores são discípulos de Olavo de
Carvalho.
• Como em todos os casos os que estão em negrito são os
que mais fabricam narrativas. Os demais tentem a ser apenas
replicadores de discurso.
• Raros devem ser remunerados diretamente pelo que fazem,
mas disputam prestígio nas redes sociais (mas alguns se
associam a lobistas). Aqueles que discordarem de Olavo
normalmente são expurgados do grupo e levados ao
ostracismo.
Deve-se observar, com especial atenção, os movimentos, que
são três (entre os que são decisivos): Movimento Conservador,
Movimento Brasil Conservador, Movimento Avança Brasil.
Página de Facebook: 240.000 pessoas
Perfil de Twitter: 21,600 pessoas
Página de Facebook: 31,000 pessoas
Perfil de Twitter: 102,000 pessoas
Página de Facebook: 1,453,000 pessoas
Perfil de Twitter: 5,043 pessoas
O movimento é o antigo “Direita
SP”, que tem como integrantes
pessoas os deputados estaduais Gil
Diniz e Douglas Garcia. Há vários
casos de pessoas que atuam na
militância online e que pertencem
ao movimento.
O MBC, movimento conservador, é
bastante ativo no Twitter, mas de
presença medíocre no Facebook.
Vários influenciadores participam dele:
Davy Albuquerque, Maurício Costa e
Rodrigo Moller. Todos são olavistas,
evidentemente.
É o movimento com maior número de
olavistas, incluindo Olavo de Carvalho,
Leandro Ruschel, Otavio Fackhoury e
Rafael Nogueira. Apesar da presença
medíocre no Twitter o grupo tem
influenciadores com grande número
de seguidores.
Os três movimentos concordam em praticamente tudo e podem ser vistos como
determinantes das pautas de manifestações pró-governo. Normalmente eles não
“aparecem” como criadores de pautas/narrativas. Entretanto, análises simples de
redes os mostrarão alinhados na manipulação do debate.
• Presidente e família: Evidentemente são alguns dos principais propagadores de
narrativas. Carlos Bolsonaro saiu das redes em 13/11, mas todos os seus tuítes
de 2017 até a saída podem ser encontrados nas redes.
• Parlamentares: Estes incluem tanto deputados federais como estaduais. Há casos
de atuantes nessa rede que ocupam cargos em gabinetes destes deputados.
• Ministérios e assessores: Como a mídia já informou há até casos de ministros
indicados por Olavo de Carvalho, como Abraham Weintraub e Ernesto Araújo, o
que é grave. Ademais, há até o caso de Filipe G. Martins, assessor do presidente,
que por várias vezes usou os filtros vaporwave e é costumeiramente
compartilhado por eles. Ministérios podem gerar cargos e verbas para olavistas.
• Youtubers: Os youtubers são aqueles que priorizam a produção do
conteúdo em seu canal de vídeos na plataforma, mas utilizam o Twitter
para interagir com o público e fazem parte da rede.
• Blogs e sites de “notícias”: São os sites como Conexão Política, Senso
Incomum, Terça Livre e outros. Basicamente eles monetizam e são
“olavetes” em essência. Em alguns casos há pessoas desses sites
atuando em gabinetes.
• Jornalistas amadores (ou não): São pessoas que atuam nos meios acima.
Eles estão separados aqui porque também atuam de forma bastante
militante nas redes sociais.
Os perfis de Twitter são a parte mais radical e antissocial da ação bolsolavista nas redes. Se os
influenciadores já vistos atuam no Twitter, estes são basicamente perfis falsos ou pessoas
praticamente anônimas (como “Loen23”, cujo nome é revelado, mas não se encontra facilmente
em seu perfil). Também existem “personagens”, como Isentões, Bolsonéas e Dama de Ferro.
Quase todos omitem suas identidades. Abaixo deles há uma legião de seguidores quase todos
com perfis falsos.
Estes são exemplos de perfis extremos, que
quase sempre lutam de todas as formas para
não revelarem suas identidades, pois
normalmente fazem coisas que os
envergonhariam (se tivessem que mostrar o
rosto) ou até por estarem dispostos a
cometer crimes.
Estes são exemplos de “personagens”. Muitas
vezes eles se escondem e tentam manipular
o debate. Mas tecnicamente não são tão
extremos quanto os anteriores. Ainda assim,
há muitos que escondem sua identidade de
todas as formas.
Há casos em que pessoas que se escondam sob perfis
falsos estejam em gabinetes, como o caso de Bolsonéas.
Obrigado!

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Apresentação de Luciano Ayan

  • 2. Entender a relação entre o aumento de fake news nas redes e o cyberbullying, além da manipulação do debate nas redes sociais
  • 3. 5 estratégias de intoxicação do debate nas redes
  • 4. 1. Perfis falsos organizados 2. Linchamentos virtuais 3. Comportamento sectário 4. Mídia amadora 5. Levantamento artificial de temas
  • 5. • Esse tipo de perfil constitui a parte da rede mais extrema e é a que mais está disposta a correr riscos • Eles reúnem pessoas extremamente radicais, associadas a grupos que promovem discurso de retórico, retórica divisiva, teorias conspiratórias e clima de obsessão e paranoia. • Na extrema direita brasileira eles são conhecidos como “vaporwaves”, mas também há grupos definidos como “incels”. • Há um paralelo para esta ação, que teve seu modelo mais amplo desenvolvido nos Estados Unidos, especialmente a partir de 2014. Na manifestação “Unite the Right” de 2017, vários membros de grupos supremacistas brancos, nacionalistas brancos, neofascistas e outras miícias alt- Right estiveram presentes contra a remoção do monumento do confederado Robert E. Lee. Começou uma briga. Daí James Fields, de 20 anos, acelerou seu carro contra uma multidão de manifestantes da esquerda, matando uma mulher e ferindo outras 20. Ele pegou 419 anos de cadeia. O procurador-geral dos Estados Unidos, Jeff Sessions, denunciou o atropelamento como um ato de terrorismo doméstico. Obviamente, não falamos de ações naturais e orgânicas, mas precisamos rastrear o problema que vamos tratar em um fenômeno: uso de pares organizados para ataques em bando – nos quais grande parte dos agentes usam anonimato – para praticar o que quiserem nas redes sociais sem medo de qualquer consequência.
  • 6. • O surto começou em 2013, com a chamada “Controvérsia Gamergate”. • Foi um surto de ameaças de morte ou estupro nas redes sociais • Mulheres envolvidas com a indústria de videogames começaram a ser vítimas desses ataques, sempre movidas por maltas de anônimos • Havia também o vazamento de informações pessoais, como endereços de e-mail e residência • A coisa escalou até para ameaças de atentado à bomba • Foi nessa época que duas subculturas cresceram consideravelmente: alt-right e “incels” Leigh Alexander Felicia Day Anita Sarkeesian Zoe Quinn Doxing Cyberstalking Assédio moral Assassinato de reputação
  • 7. •A comunidade “Incels” (celibatários involuntários) é conhecida das profundezas da Internet há tempos •Não gostam do politicamente correto e se definem como incapazes de conseguir sexo sem pagar •As comunidades costumam ser focadas em mistura de ressentimento e narcisismo, geralmente buscando bodes expiatórios •São especialistas em linchamentos virtuais com uso de perfis falsos •A comunidade alt-right é menos extrema que a comunidade “incels”, mas a coisa não melhora muito •Não compartilham as mesmas crenças, mas normalmente são contra o politicamente coreto •Alguns são claramente racistas, mas nem todos •Dizem que gostam de “chocar”, mas há um histórico complicado de linchamentos virtuais, com base em perfis falsos •A alt-Right cresceu muito após o Gamergate Nenhum dos dois grupos é claramente um culto, mas conseguiram criar comunidades que se baseiam em pensamento binário, uso abusivo do ressentimento, negação da realidade, uso descomunal de teorias da conspiração, apelo contínuo à desumanização de oponentes e daí por diante. O que se segui a partir de 2014 não é nada impressionante...
  • 8. Dylan Roof 17 de julho de 2015 9 mortos na Igreja de Charleston Influenciado por ideias da alt-right James Fields 12 de agosto de 2017 1 morto em Charlottesville Jeremy Joseph Christian 26 de maio de 2017 3 mortos no trem em Portland Participou de comícios da alt-right Robert Gregory Bowers 27 de outubro de 2018 11 mortes na sinagoga de Pittsburgh Stephen Paddock 1 de outubro de 2017 58 mortos em Nevada É importante reparar que Paddock não estava conectado nem a grupos alt-Right ou incels, ao menos oficialmente, mas seu atentado foi comemorado em várias dessas comunidades John T. Earnest 27 de abril de 2019 1 morte na sinagona Poway (compartilhava a tese do “genocídio branco”, defendida pela alt-Right) Elliot Rodger 23 de maio de 2014 6 mortes em Isla Vista, California Participante das comunidades Incels Chris Harper-Mercer 1 de outubro de 2015 9 mortes Roseburg, Oregon Considerava Elliot Rodger como quem “estava com os deuses” Sheldon Bentley 31 de julho de 2015 1 morte em Alberta Era “incel” declarado e culpou as mulheres pelo seu crime William Atchison 7 de dezembro de 2017 2 mortes em Aztec, Novo México Era “incel” declarado e idolatrava os crimes de Rodger Nikolas Cruz 14 de fevereiro de 2018 17 mortes em Parkland, Florida Era “incel” e dizia que “Elliot Rodger não será esquecido” Alek Minassian 23 de abril de 2018 10 mortes em Toronto, Ontario Dizia que “a rebelião Incel já começou” e sempre mencionou os crimes de Elliot Rodger Scott Beierle 2 de novembro de 2018 2 mortes em Tallahassee, Florida Idolatrava Elliot Rodger Crimes relacionados a alt-right Crimes relationados a comunidades “Incels” Crime sem associação com as comunidades, mas que foi comemorado por vários “incels” Às vezes a cultura de linchamento dos perfis falsos organizados pode sair do controle
  • 9. • O que vimos, então, nos EUA, foi a consequência do surto de perfis anônimos organizados em atuação em rede • Isso leva ao extremo em comportamento antissocial • Claro que não é certeza de que isso descambará para a violência física no Brasil, mas há um risco. Mas é fato que o comportamento antissocial nas redes da extrema direita já saiu do controle • No Brasil, principalmente desde o início do governo, temos visto o uso da estética “vaporwave” em ação comportamental similar à da alt-Right (mas sem o uso do racismo e do anti-semitismo). A estratégia é baseada principalmente em linchamentos virtuais, tal como na alt-Right, com base em grande números de perfis falsos. Para disfarçar, dizem que tudo que fazem “é meme” (que na verdade é parte menor das ações). Principalmente os perfis falsos são utilizados para perseguir pessoas que discordam deles nas redes sociais.
  • 10. Os discípulos de Olavo de Carvalho comportam-se de forma sectária. Isto é, agem como parte de uma seita. Isso ajuda a existir comportamento organizado, extremista e antissocial nas redes, o que amplifica os danos da estratégia vaporwave (vista no “Item 1. Perfis Falsos Organizados”). Grande parte dos vaporwaves são olavistas. Eles tem algumas características. Esta rede é “informal”, mas contém diversos alunos do COF (Curso Online de Filosofia), que reproduzem cegamente as ideias de Olavo. Submissão ao mestre •Seguem de maneira cega as orientações de uma figura central •Se tornam “mão de obra gratuita” para militância •Exigem que as outras pessoas se submetam à “sabedoria” de seu guru •Não admitem que o guru seja questionado •Justificam todo e qualquer ato feito pelo guru Falso senso de elitismo •Adotam postura arrogante perante o mundo exterior, como se fossem parte de uma “alta cultura”. •Tratam os outros com desdém. •Respeitam apenas os membros do próprio grupo e ridicularizam quem está fora. •Exemplo: postura pedante de Allan dos Santos na CPMI Dependência e isolamento •Eles se isolam e não recebem informação do mundo exterior •Só ouvem uns aos outros, criando uma espécie de “realidade paralela” •Isso os deixa mais paranoicos e propensos à notícias falsas e teorias da conspiração Extremismo absoluto •Adotam a retórica da pureza (“verdadeiros contra falsos”, busca de “traidores”) •Não coexistem com os que estão de fora •Apoiam “vale tudo” contra qualquer um que entre em seu caminho •Defendem ruptura e caos Presunção alucinada •Dizem que sempre “vão vencer” •Vivem “esticando a corda” •Não possuem noção de limites •Desafiam as regras e até as leis •Orgulham-se de fazer isso em público •Os mais “ousados” são premiados pelo grupo Comportamento antissocial •Não possuem freios morais em suas ações •Usam a lógica de que “fins justificam os meios” para defender o grupo •Não pedem desculpas quando são pegos mentindo ou praticando atrocidades •Usam técnicas de desengajamento moral A junção destes fatores acima – mesmo em perfis que “mostram a cara” – com perfis falsos organizados torna a ação virtual ainda mais propensa à ruptura social, geração de caos e prática de atrocidades diversas, sem freios morais.
  • 11. Em janeiro de 2019, 10 deputados – da base do governo - viajaram à China. Olavo de Carvalho utilizou discurso inflamatório e, com isso, ativou um surto de linchamento contra esses deputados. Alguns deles (Carla Zambelli e Daniel Silveira) foram tão humilhados que nunca mais tiveram a coragem de discordar de olavistas em público. Esse ciclo de intimidação virtual (com base nos fatores vistos anteriormente) cria um grupo extremamente autoritário, com base na intimidação. Desde janeiro, o vice Mourão é linchado nas redes sociais. As narrativas começaram com Olavo. Documentação destes ataques está à disposição da audiência. Os ataques de Olavo contra Santos Cruz foram ainda mais baixos, utilizando termos chulos e visando causar bastante constrangimento. Esses são apenas alguns exemplos de ataques iniciados a partir de Olavo de Carvalho. Existem outros ataques ativados por seguidores (e endossados geralmente por ele). Esse clima de medo do linchamento ajuda a promover pessoas de maior apetite à riscos e fazer as pessoas civilizadas ficarem com medo de participar da base. Isso aumenta o risco de autoritarismo.
  • 12. Também por causa do comportamento sectário, esses grupos bolsolavistas tendem a se isolar da realidade externa ao grupo. Isso facilita com que aceitem meios amadores de mídia, geralmente compostos de amadores. Isso normalmente amplia a tendência à propagação de fake news. O Brasil Paralelo parece ter como principal fonte de renda as assinaturas. Nem todos os que já gravaram vídeos para eles são extremistas, mas cada vez mais está se tornando um meio focado no discurso sectário olavista. Não são agressivos, mas adotam revisionismo histórico e uso de realidade paralela. O Brasileirinhos é um dos mais extremistas no YouTube. A coisa funciona a tal ponto que utilizam máscaras e pinturas (de palhaço) para que não sejam reconhecidos. O Terça Livre TV é um ramo do site Terça Livre. Ambos parecem faturar com anúncios de YouTube e doações no “Apoia-se” (e meios similares). Há outros canais de YouTube, de pessoas como Fernando Melo, Daniel Lopez, Lilo VLOG, Divas da Opressão, Paula Marisa e outros. Os sites de notícia raramente possuem jornalistas profissionais (e quando possuem são pessoas que não possuem experiência em meios sérios). Tendem a faturar com anúncios. Tanto como os outros meios, são propagados pela rede. Em suma, a rede sectária é um bom negócio para esses sites, pois garante público fiel.
  • 13. Chegamos, por fim, à manipulação geral do debate, que se subdivide em pontos como: levantamento artificial de hashtags, criação de falso consenso, imposição de agenda, etc. Com todos os outros pontos em linha (comportamento sectário, perfis falsos organizados, linchamentos virtuais) é mais fácil manipular o debate. Abaixo vemos um exemplo de levantamento artificial de hashtag contra Gilmar Mendes na semana entre 12/11 e 17/11. Fonte: Vortex (com dados do Twitter) Em vários dias hashtags contra Gilmar Mendes ficaram no topo do Twitter, mas de forma completamente artificial. Isso dá claramente um exemplo de como há uma usina de bots ativando compartilhamento e usando perfis falsos.
  • 14. 1. Perfis falsos organizados • Servem para aumentar o nível de aceitação de riscos dos envolvidos (anônimos se sentem impunes) • Isso aumenta o extremismo das ações • Faz com que pessoas possam até cometer crimes e receberem endossos de políticos e ocupantes de cargos em geral • O uso de perfis falsos também permite a manipulação de debate (seja com uso de bots ou não) 2. Linchamentos virtuais • São ações que visam intimidar os divergentes do grupo • Usam-se técnicas como assédio moral, cyberbullying, doxxing e outras técnicas • Algumas ações escalam para o terror psicológico e a invasão da vida privada • Envolvem tanto assassinatos de reputação como ofensas pessoais de diversos tipos • O objetivo é desestabilizar, desmoralizar, aniquilar reputações e afastar opositores do debate 3. Comportamento sectário • Serve para criar um “exército” (quase todo gratuito) de pessoas que acreditam estar numa cruzada • Isso é eficiente para os organizadores porque as pessoas se submetem a um líder carismático e não o questionam por nada • Essas pessoas se tornam extremistas, “purificadoras” e adotam comportamento antissocial • Unindo esta estratégia com o uso de perfis falsos organizados o grau de comportamento antissocial chega ao máximo 4. Mídia amadora • Mesmo que o sectarismo não seja um componente necessário, ele se potencializa se existir uma mídia que crie uma realidade paralela • Essas pessoas, por estarem submetidas à autoridade e isoladas do mundo exterior, passam a acreditar mais em informações falsas e teorias da conspiração • Jornalistas amadores podem se dispor a aproveitar esse público (ganharão anúncios e muitas visualizações), produzindo notícias sensacionalistas conforme a agenda • Youtubers pode propagar essas notícias e alimentar teorias da conspiração (como também fazem os sites) 5. Levantamento artificial de temas • Como grupos organizados (especialmente sectários) atuam conforme o efeito manada, é mais fácil manipular o debate • Isso envolve produzir mais likes do que o normal (utilizando perfis falsos e bots), compartilhamentos em massa • Também envolve o levantamento artificial de hashtags, para criar a ilusão do falso consenso As cinco estratégias podem ser utilizadas em conjunto ou separadas. O uso destas estratégias ampliará consideravelmente a propagação de notícias falsas e o cyberbullying.
  • 15. Entendendo a lógica das redes bolsolavistas
  • 16. Essa rede adota as cinco estratégias vistas anteriormente Em negrito estão os criadores de narrativas. Os demais são meramente replicadores. A lista acima não menciona nenhuma associação hierárquica ou financeira. Algumas pessoas podem até mesmo acreditar no que defendem. Outros podem buscar moeda social ou audiência. Não estão definidos acima os que recebem algo diretamente. A lista é meramente informativa de padrões de ação nas redes. Os nomes que veremos a seguir constituem os principais ativadores/propagadores de discursos, que são seguidos pelos demais. A lista é constantemente atualizada, pois há desistências e, de vez em quando, expurgos, assim como a adição de novos nomes. A organização de perfis falsos foi monitorada exclusivamente no Twitter (onde age mais constantemente. Eles utilizam o Twitter como principal plataforma de montagem de discurso e criação de narrativas, mas depois propagam o conteúdo em outras plataformas, como Facebook, Instagram, WhatsApp e outras. Redes bolsolavistas Influenciadores Assessores e políticos Mídia e responsáveis Perfis de Twitter
  • 17. Influenciadores Assessores e políticos Mídia amadora e responsáveis Perfis de Twitter • Olavo de Carvalho • Evandro F. Pontes • Leandro Ruschel • Silvio Grimaldo • Taiguara F. de Sousa • André Assi Barreto • Carlos Cezar • Carlos de Freitas • Claudia Wild • Diego Garcia • Eduardo Matos de Alencar • Filipe Eduardo • Filipe Trielli • Flavio Morgenstern • Flavio Gordon • Igor Guedes • Josias Teófilo • Jouberth Souza • Ludmilla Lins Grilo • Maurício Costa • Paulo A. Briguet • Rafael Nogueira • Raphael Panichi • Rose Barros • Tom Martins (maestro) • Winston Ling • Yuri Vieira Presidente e família Parlamentares Ministérios e assessores • Jair Bolsonaro • Carlos Bolsonaro • Eduardo Bolsonaro • Bia Kicis • Ana Maria Campagnolo • Carla Zambelli • Carlos Jordy • Caroline de Toni • Chris Tonietto • Daniel Silveira • Douglas Garcia • Filipe Barros • Gil Diniz • Helio Lopes • Luis P.O. Bragança • Marcio Labre • Abraham Weintraub • Arthur Weintraub • Filipe G. Martins • Bruna Luiza • Ernesto Araújo • Damares • Fábio Wajngarten • Ricardo Alvim • Sara Winter • Steh Papaiano • Bernardo Kuster • Daniel Lopez • Fábio ClickTime • Brasileirinhos • Fernando Melo • Lilo VLOG • Luiz Camargo • Paula Marisa • Mauro Fagundes • Brasil Paralelo • Crítica Nacional • Senso Incomum • Terça Livre • Conexão Política • Jornal da Cidade Online • Renova Mídia • República de Curitiba • Direita SP • Movimento Brasil Conservador • Movimento Avança Brasil • Allan dos Santos (TL) • Paulo Enéas (CN) • Allan Frutuozo (TL) • Davy Albuquerque (CP) • Fernanda Salles (TL) • Italo Lorenzon (TL) • Oswaldo Eustáquio • Paulo Henrique Araújo (TL) • Ricardo Roveran Youtubers Blogs e sites de “notícias” Movimentos Jornalistas amadores (ou não) Perfis extremos • Isentões • Belinha, a Poodle Opressora • Bolsonaro Opressor 2.0 • Bolsonéas • Dama de Ferro • Dona Regina [fake] • Eduardo @Rivotripa • Felipe Loura Brasil • Joaquin Teixeira • MAVinha • Ninguém se importa podcast • Ódio do Bem • Patriotas • SecoMAV • Tabando o Quebru • Tonho Drinks Personagens de Twitter • Deja el Loen te lechar? • Left Dex • Chorote • Loen23 • Mas como assim, Kodhak? • Mister Romanini • Nandx • Peruvian Bot • Sem CPF, sem opinião • Sophie Pieretti
  • 18. • Quase todos os influenciadores são discípulos de Olavo de Carvalho. • Como em todos os casos os que estão em negrito são os que mais fabricam narrativas. Os demais tentem a ser apenas replicadores de discurso. • Raros devem ser remunerados diretamente pelo que fazem, mas disputam prestígio nas redes sociais (mas alguns se associam a lobistas). Aqueles que discordarem de Olavo normalmente são expurgados do grupo e levados ao ostracismo.
  • 19. Deve-se observar, com especial atenção, os movimentos, que são três (entre os que são decisivos): Movimento Conservador, Movimento Brasil Conservador, Movimento Avança Brasil. Página de Facebook: 240.000 pessoas Perfil de Twitter: 21,600 pessoas Página de Facebook: 31,000 pessoas Perfil de Twitter: 102,000 pessoas Página de Facebook: 1,453,000 pessoas Perfil de Twitter: 5,043 pessoas O movimento é o antigo “Direita SP”, que tem como integrantes pessoas os deputados estaduais Gil Diniz e Douglas Garcia. Há vários casos de pessoas que atuam na militância online e que pertencem ao movimento. O MBC, movimento conservador, é bastante ativo no Twitter, mas de presença medíocre no Facebook. Vários influenciadores participam dele: Davy Albuquerque, Maurício Costa e Rodrigo Moller. Todos são olavistas, evidentemente. É o movimento com maior número de olavistas, incluindo Olavo de Carvalho, Leandro Ruschel, Otavio Fackhoury e Rafael Nogueira. Apesar da presença medíocre no Twitter o grupo tem influenciadores com grande número de seguidores. Os três movimentos concordam em praticamente tudo e podem ser vistos como determinantes das pautas de manifestações pró-governo. Normalmente eles não “aparecem” como criadores de pautas/narrativas. Entretanto, análises simples de redes os mostrarão alinhados na manipulação do debate.
  • 20. • Presidente e família: Evidentemente são alguns dos principais propagadores de narrativas. Carlos Bolsonaro saiu das redes em 13/11, mas todos os seus tuítes de 2017 até a saída podem ser encontrados nas redes. • Parlamentares: Estes incluem tanto deputados federais como estaduais. Há casos de atuantes nessa rede que ocupam cargos em gabinetes destes deputados. • Ministérios e assessores: Como a mídia já informou há até casos de ministros indicados por Olavo de Carvalho, como Abraham Weintraub e Ernesto Araújo, o que é grave. Ademais, há até o caso de Filipe G. Martins, assessor do presidente, que por várias vezes usou os filtros vaporwave e é costumeiramente compartilhado por eles. Ministérios podem gerar cargos e verbas para olavistas.
  • 21. • Youtubers: Os youtubers são aqueles que priorizam a produção do conteúdo em seu canal de vídeos na plataforma, mas utilizam o Twitter para interagir com o público e fazem parte da rede. • Blogs e sites de “notícias”: São os sites como Conexão Política, Senso Incomum, Terça Livre e outros. Basicamente eles monetizam e são “olavetes” em essência. Em alguns casos há pessoas desses sites atuando em gabinetes. • Jornalistas amadores (ou não): São pessoas que atuam nos meios acima. Eles estão separados aqui porque também atuam de forma bastante militante nas redes sociais.
  • 22. Os perfis de Twitter são a parte mais radical e antissocial da ação bolsolavista nas redes. Se os influenciadores já vistos atuam no Twitter, estes são basicamente perfis falsos ou pessoas praticamente anônimas (como “Loen23”, cujo nome é revelado, mas não se encontra facilmente em seu perfil). Também existem “personagens”, como Isentões, Bolsonéas e Dama de Ferro. Quase todos omitem suas identidades. Abaixo deles há uma legião de seguidores quase todos com perfis falsos. Estes são exemplos de perfis extremos, que quase sempre lutam de todas as formas para não revelarem suas identidades, pois normalmente fazem coisas que os envergonhariam (se tivessem que mostrar o rosto) ou até por estarem dispostos a cometer crimes. Estes são exemplos de “personagens”. Muitas vezes eles se escondem e tentam manipular o debate. Mas tecnicamente não são tão extremos quanto os anteriores. Ainda assim, há muitos que escondem sua identidade de todas as formas. Há casos em que pessoas que se escondam sob perfis falsos estejam em gabinetes, como o caso de Bolsonéas.