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NOME: N.O
: TURMA: DATA: _________
Apreciação crítica
Para redigir um texto de apreciação crítica é necessário perceber claramente que a
apresentação do objeto em análise (filme, livro, peça de teatro ou outra obra de arte) é
tão importante como a argumentação que convencerá o nosso leitor. Isto porque, neste
tipo de texto, a forma de descrever o objeto «contamina» já a visão que o leitor terá
desse mesmo objeto.
Lê com atenção o artigo que se segue e repara na sua estrutura e na linguagem que o
seu autor utilizou para persuadir o leitor de que a perspetiva apresentada é a mais
válida.
44 minutos de anticlímax
Nem sempre um filme acerca de acontecimentos épicos se torna
num épico. Ainda que tenha à proa estrelas como Orlando
Bloom, Jeremy Irons, Liam Neeson e Edward Norton e, ao leme,
o mestre Ridley Scott, Reino dos Céus (coprodução inglesa,
alemã e espanhola de 2005) apresenta-se como uma débil
tentativa de fundir reconstituição histórica, ação e drama. Drama
que, curiosamente, está mais presente nas cenas de batalhas do
que nas faces dos atores.
A história transporta-nos ao século XII, período de Cruzadas e
conflitos religiosos entre cristãos, muçulmanos e judeus. Orlando
Bloom é Balian, um humilde ferreiro francês que descobre que é
filho de Godfrey de Ibelin (Liam Neeson), um aristocrata
completamente dedicado a conservar a paz na Terra Santa. Após
conhecer o pai, Balian fica órfão, herdando a posição e a função
que este ocupava na Terra Santa. Já em Jerusalém (durante um
período de tréguas entre a I e a II Cruzada), conhece Balduíno
IV, o rei dos territórios cristãos (um talentoso Edward Norton
escondido atrás de uma máscara, que merecia mais tempo em
cena e melhores diálogos), além de Tiberias (conselheiro real), o
prepotente Guy de Lusignan e a sua formosa esposa, Sybilla.
A corte cristã da cidade vive em alguma desordem, com lutas de
poder, acabando essa confusão por gerar animosidades com os
Apreciação Escrita
Introdução
Descrição do objeto:
enredo global
Tempo
Tema
Espaço
Personagens e identificação
de alguns atores principais
Linguagem valorativa
Desenvolvimento
Frase de abertura: apresentada
como uma verdade de valor
universal
Tipo de objeto; título, data,
autor/realizador, atores
Apresentação da tese
Título sugestivo que causa
perplexidade ou choque
Continuação da descrição
do enredo
2
governantes muçulmanos que cercam o território. Balian
consegue defender Jerusalém de ataques e de um cerco
aterrorizante, negociando a entrega pacífica da cidade ao rei
muçulmano, Saladino. No final, Balian retorna a França, não sem
antes garantir um salvo-conduto para os habitantes cristãos de
Jerusalém. A cidade fica sob controlo muçulmano, e o herói parte
para a Europa na companhia da sua amada Sybilla.
A verdade histórica nem sempre é respeitada pelo argumento.
Poderíamos pensar que o filme não pretende ser um
documentário, que a liberdade criativa é central para qualquer
obra de arte, que o que aconteceu na realidade em Jerusalém não
agradaria ao público americano, habituado a blockbusters que não
exijam reflexão. Teria sido mais interessante aliar todo o esforço
artístico a uma pesquisa histórica honesta e à elaboração de um
discurso coerente com a época e com o que de facto acontece às
personagens, fazendo do filme não só uma obra de arte mas
também um instrumento educativo. Acaba por não ser nem uma
coisa, nem outra!
Um outro problema é o paupérrimo guião. Os diálogos são
vulgares, simplistas, longe da eloquência exigida pela épica. Há
alturas em que as palavras são tão superficiais que geram um
constante desalento no espectador. Verifique-se o diálogo entre
Godfrey e o ferreiro: um nobre confessa ser pai de um bastardo
sem que a complexidade dessa revelação se note numa reflexão
mais intensa. Outro exemplo de falta de eloquência é o discurso
que Balian profere como incentivo à população de Jerusalém
aquando do cerco ou, ainda, a cerimónia improvisada de
ordenação de cavaleiros.
Não é, no entanto, só o guião que está cheio de banalidades.
Também as interpretações se pautam pela mediania. Orlando
Bloom tinha obrigação de encarnar o seu primeiro papel como
protagonista com mais brio: até mesmo os seus grandes planos
são inexpressivos, mostrando que o ator foi incapaz de se colocar
na pele de um ferreiro, tornado nobre, tornado cavaleiro, tornado
comandante e defensor, não de um qualquer vilarejo mas, pasme-
se, da própria Cidade Santa! E não há cenas de
autoquestionamento, não há um olhar de Bloom que expresse
dúvida, medo, complexidade interior! Bem podemos aguardar
por esse grande momento dramático: ele não existe! Esta
ascensão meteórica quer mais apelar ao ideal do sonho americano
do que à verosimilhança com o século XII.
Sugestão de mudança
Frase declarativa (verbo
«ser» no modo condicional)
Frase exclamativa,
demonstrando desagrado
com a escolha do realizador
2.º aspeto criticado
Frase declarativa (verbo
«ser»)
Adjetivação depreciativa
2 exemplos concretos
que provam a tese
apresentada
3.º aspeto criticado
Frase declarativa
1.º exemplo concreto
que prova a tese
apresentada
Tentativa de
interpretação das
escolhas do realizador e
dos atores
que provam a tese
apresentada
Tentativa de interpretação
das escolhas do realizador
e dos atores
3
Uma outra interpretação que marca pela frivolidade é Eva Green:
quer esteja a galope, na corte, a seduzir Balian ou a acompanhar
o momento da morte de seu irmão Balduíno, o olhar é o mesmo,
sem uma ruga de sofrimento na face! Veja-se a cena do velório
de Balduíno, em que a personagem retira a máscara ao rei leproso
e se confronta com a deformidade a que a doença o confinou.
Arrepios? Lágrimas? Nojo? Não! Nada! Um verdadeiro
anticlímax! Um momento à opacidade! Estes atores serão feitos
de mármore?
Bem podemos tentar salvar o filme por causa da grandiosidade
das batalhas e da cenografia, primorosamente cuidadas pelos
meios sofisticados de Holywood. Mas estas são cenas a que o
espectador já se habituou: de Gladiador a O Senhor dos Anéis,
cidades cercadas, torres de ataque contribuem para a
espetacularidade mas não evitam que nos confrontemos com o
que falta: personagens e factos históricos verosímeis, um guião
realmente dramático e atores que se apaixonem pelas
personagens que estão a encarnar.
1 aspeto positivo
Indicação de filmes do
género que se destacam pela
positiva
Frase final: enumeração dos
3 aspetos negativos
Conclusão
Desenvolvimento
2.º exemplo concreto que
prova a tese apresentada
Frases exclamativas
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  • 1. 1 NOME: N.O : TURMA: DATA: _________ Apreciação crítica Para redigir um texto de apreciação crítica é necessário perceber claramente que a apresentação do objeto em análise (filme, livro, peça de teatro ou outra obra de arte) é tão importante como a argumentação que convencerá o nosso leitor. Isto porque, neste tipo de texto, a forma de descrever o objeto «contamina» já a visão que o leitor terá desse mesmo objeto. Lê com atenção o artigo que se segue e repara na sua estrutura e na linguagem que o seu autor utilizou para persuadir o leitor de que a perspetiva apresentada é a mais válida. 44 minutos de anticlímax Nem sempre um filme acerca de acontecimentos épicos se torna num épico. Ainda que tenha à proa estrelas como Orlando Bloom, Jeremy Irons, Liam Neeson e Edward Norton e, ao leme, o mestre Ridley Scott, Reino dos Céus (coprodução inglesa, alemã e espanhola de 2005) apresenta-se como uma débil tentativa de fundir reconstituição histórica, ação e drama. Drama que, curiosamente, está mais presente nas cenas de batalhas do que nas faces dos atores. A história transporta-nos ao século XII, período de Cruzadas e conflitos religiosos entre cristãos, muçulmanos e judeus. Orlando Bloom é Balian, um humilde ferreiro francês que descobre que é filho de Godfrey de Ibelin (Liam Neeson), um aristocrata completamente dedicado a conservar a paz na Terra Santa. Após conhecer o pai, Balian fica órfão, herdando a posição e a função que este ocupava na Terra Santa. Já em Jerusalém (durante um período de tréguas entre a I e a II Cruzada), conhece Balduíno IV, o rei dos territórios cristãos (um talentoso Edward Norton escondido atrás de uma máscara, que merecia mais tempo em cena e melhores diálogos), além de Tiberias (conselheiro real), o prepotente Guy de Lusignan e a sua formosa esposa, Sybilla. A corte cristã da cidade vive em alguma desordem, com lutas de poder, acabando essa confusão por gerar animosidades com os Apreciação Escrita Introdução Descrição do objeto: enredo global Tempo Tema Espaço Personagens e identificação de alguns atores principais Linguagem valorativa Desenvolvimento Frase de abertura: apresentada como uma verdade de valor universal Tipo de objeto; título, data, autor/realizador, atores Apresentação da tese Título sugestivo que causa perplexidade ou choque Continuação da descrição do enredo
  • 2. 2 governantes muçulmanos que cercam o território. Balian consegue defender Jerusalém de ataques e de um cerco aterrorizante, negociando a entrega pacífica da cidade ao rei muçulmano, Saladino. No final, Balian retorna a França, não sem antes garantir um salvo-conduto para os habitantes cristãos de Jerusalém. A cidade fica sob controlo muçulmano, e o herói parte para a Europa na companhia da sua amada Sybilla. A verdade histórica nem sempre é respeitada pelo argumento. Poderíamos pensar que o filme não pretende ser um documentário, que a liberdade criativa é central para qualquer obra de arte, que o que aconteceu na realidade em Jerusalém não agradaria ao público americano, habituado a blockbusters que não exijam reflexão. Teria sido mais interessante aliar todo o esforço artístico a uma pesquisa histórica honesta e à elaboração de um discurso coerente com a época e com o que de facto acontece às personagens, fazendo do filme não só uma obra de arte mas também um instrumento educativo. Acaba por não ser nem uma coisa, nem outra! Um outro problema é o paupérrimo guião. Os diálogos são vulgares, simplistas, longe da eloquência exigida pela épica. Há alturas em que as palavras são tão superficiais que geram um constante desalento no espectador. Verifique-se o diálogo entre Godfrey e o ferreiro: um nobre confessa ser pai de um bastardo sem que a complexidade dessa revelação se note numa reflexão mais intensa. Outro exemplo de falta de eloquência é o discurso que Balian profere como incentivo à população de Jerusalém aquando do cerco ou, ainda, a cerimónia improvisada de ordenação de cavaleiros. Não é, no entanto, só o guião que está cheio de banalidades. Também as interpretações se pautam pela mediania. Orlando Bloom tinha obrigação de encarnar o seu primeiro papel como protagonista com mais brio: até mesmo os seus grandes planos são inexpressivos, mostrando que o ator foi incapaz de se colocar na pele de um ferreiro, tornado nobre, tornado cavaleiro, tornado comandante e defensor, não de um qualquer vilarejo mas, pasme- se, da própria Cidade Santa! E não há cenas de autoquestionamento, não há um olhar de Bloom que expresse dúvida, medo, complexidade interior! Bem podemos aguardar por esse grande momento dramático: ele não existe! Esta ascensão meteórica quer mais apelar ao ideal do sonho americano do que à verosimilhança com o século XII. Sugestão de mudança Frase declarativa (verbo «ser» no modo condicional) Frase exclamativa, demonstrando desagrado com a escolha do realizador 2.º aspeto criticado Frase declarativa (verbo «ser») Adjetivação depreciativa 2 exemplos concretos que provam a tese apresentada 3.º aspeto criticado Frase declarativa 1.º exemplo concreto que prova a tese apresentada Tentativa de interpretação das escolhas do realizador e dos atores que provam a tese apresentada Tentativa de interpretação das escolhas do realizador e dos atores
  • 3. 3 Uma outra interpretação que marca pela frivolidade é Eva Green: quer esteja a galope, na corte, a seduzir Balian ou a acompanhar o momento da morte de seu irmão Balduíno, o olhar é o mesmo, sem uma ruga de sofrimento na face! Veja-se a cena do velório de Balduíno, em que a personagem retira a máscara ao rei leproso e se confronta com a deformidade a que a doença o confinou. Arrepios? Lágrimas? Nojo? Não! Nada! Um verdadeiro anticlímax! Um momento à opacidade! Estes atores serão feitos de mármore? Bem podemos tentar salvar o filme por causa da grandiosidade das batalhas e da cenografia, primorosamente cuidadas pelos meios sofisticados de Holywood. Mas estas são cenas a que o espectador já se habituou: de Gladiador a O Senhor dos Anéis, cidades cercadas, torres de ataque contribuem para a espetacularidade mas não evitam que nos confrontemos com o que falta: personagens e factos históricos verosímeis, um guião realmente dramático e atores que se apaixonem pelas personagens que estão a encarnar. 1 aspeto positivo Indicação de filmes do género que se destacam pela positiva Frase final: enumeração dos 3 aspetos negativos Conclusão Desenvolvimento 2.º exemplo concreto que prova a tese apresentada Frases exclamativas Interrogação retórica Metáfora: realçam o aspeto censurado