2. 1928 – Descoberta da Penicilina por Alexsander Fleming
1944 – 1º Uso da penicilina em humanos
3. ANTIBACTERIANOS
Os antibióticos são um grupo heterogêneo
de substâncias.
Produzidas por fungos e bactérias ou total
ou parcialmente sintetizados.
Provocam morte ou inibição do crescimento
de microrganismos
4.
5.
6. Conceito de
quimioterapia
Drogas com ação quimioterápica
têm a capacidade de erradicar células
que são responsáveis por doenças
infecciosas ou as células neoplásicas
que constituem tumores cancerosos.
8. MECANISMOS DE AÇÃO
O antibacterianos (antibióticos) interfere em uma
função vital das bactérias sem comprometer as
células dos hospedeiro.
Sob estruturas específicas bacterianas.
A droga antimicrobiana ideal não deveria causar
qualquer dano às células e aos tecidos do
organismo nesse processo.
9. ESPECTRO DE ACÃO
Se dividem, em função de tipo de microorganismo sobre o que
tem atividade:
12. MECANISMO DE AÇÃO
Inibidores da síntese
da parede celular
Inibidores da
permeabilidade da
membrana
plasmática
Inibidores da síntese
protéica
Inibidores da síntese de
ácidos nucleicos
13. PAREDE CELULAR
BACTERIANA
Gram-positivos circundada pela parede celular grossa onde se
encontra o peptidioglicano.
Gram-negativos além das estruturas da gram-positiva +
membrana externa à parede celular com dupla camada de lipídios
(complexidade).
Os antibióticos que apresentam problemas de penetração na
bactéria gram-negativa, são:
Penicilina G, meticilina, rifampicina, ácido fusídico,
vancomicina, bacitracina, novobiocina e macrolídeos.
15. Peptidoglicano
Nas bactérias, uma parede celular cerca a célula
para protegê-la de influências externas e prevenir a
ruptura da membrana plasmática devido a pressão
osmótica interna alta.
Formada de peptidoglicano.
16. Tb denominado mureína;
– “Lattice de mureína” Muro de
tijolos
Formado ligações dissacarídeas, 2
açúcares (ácido N-acetilmurâmico e a
N-acetilglucosamina) e alguns
aminoácidos.
Peptidoglicano
17. Estrutura
– O ác. N-acetilmurâmico e a N-acetilglucosamina
estão ligados entre si por uma ligação glicosídica
pelas transpeptidases ou proteínas ligadoras de
penicilina (PBPs).
– Em consequência das ligações a molécula do
peptidoglicano possui a forma de uma rede.
Peptidoglicano
http://www.youtube.com/watch?v=qBdYnRhdWcQ
22. Problemas com as 1as
Penicilinas
São sensíveis ao ácido
Não são activas em bactérias gram negativas
As bactérias resistentes têm b-lactamases
N
S
O
CO2H
CH3
CH3
H
H
ROCHN
b-lactamase
S
HN
CO2H
HO2C
ROCHN
N
S
O
CO2H
CH3
CH3
H
H
ROCHN H+
S
HN
CO2H
HO2C
ROCHN
23. Desenvolvimento de uma
penicilina mais estável
Foi colocado um grupo volumoso na cadeia lateral, para
desactivar a acção da b-lactamase; surge a metacilina e
cloxacilina
N
S
O
CO2H
CH3
CH3
H
H
H
N
C
O
OMe
OMe
Metacilina
N
S
O
CO2H
CH3
CH3
H
H
H
N
C
O
N
O
CH3
Cl
Cloxacilina
28. Penicilinas naturais
ATB Adm Dose Espectro Indicações
Benzilpenicilina IV 1.000.000 – 4.000.000 UI
/6h
G+, anaeróbios
e alguns G-
Infecções
invasivas.
Endocardites.
Pneumonia.
Tétano.
Botulismo
Sífilis.
Leptospirose.
Meningites.
Gonorréia.
Penicilina
Procaína
IM 600.000 UI/ 24h G+, anaeróbios
e alguns G-
Sífilis
Impetigo.
Eripsipela
Penicilina
benzatina
IM 300.000 – 1.200.000 UI
1 a 3 sem
G+, anaeróbios
e alguns G-
Sífilis.
Profilaxia febre
reumática.
Pneumonia.
Amigdalites
Espectro estendido.
Sensíveis a betalactamases.
29. Penicilinas – Efeitos
Adversos
Relativamente são atóxicas para o organismo
humano.
As reações alérgicas constituem os principais
efeitos adversos do uso das penicilinas.
– Reações imediatas 30 min
– Reações aceleradas 72h
– Reações tardias 72h – semanas
Sintomas freqüentes urticária, asma, rinite,
angioedema, anafilaxia e edema de laringe
30. Penicilinas resistentes a
betalactamases
A oxacilina, a nafcilina, a cloxacilina e a
dicloxacilina são consideradas de espectro
estreito. São indicados para Gram positivos
resistentes às penicilinas naturais.
•Oxacilina ( I V , I M , V O ) – metabolização
hepática, atinge SNC (LCR);
•Cloxacilina( V O ) ;
•Dicloxacilina ( V O ) ;
•Flucloxacilina ( V O ) ;
•Meticilina ( I V , I M ) ;
•Nafcilina ( I V , I M ) .
1ª Geração
31. Aminopenicilinas
Ampicilina e Amoxacilina.
– Espectro estendido Infecções TU e
Aéreas.
– VO amoxicilina é de primeira escolha para
infecções de vias aéreas . Além disso
ampicilina causa mais diarréia, dor
epigástrica e pior absorvida quando em
presença de alimentos.
2ª Geração
32. Associação com inibidores
de betalactamase
Os principais inibidores da
beta-lactamase são: ácido
clavulânico, o sulbactam e o
tazobactam.
Temos a associação do
ácido clavulânico com a
amoxicilina (Clavulin)
(Novamox) que aumenta a
ação deste último contra a
Escherichia coli produtora
da enzima betalactamase.
Existem também outras
associações, como:
– Sulbactam+ampicilina (Unasyn);
– Piperacilina+tazobactam
(Tazocin);
– Ticarcilina+Clavulanato de
potássio (Timentin).
33. Aumento da atividade das
Penicilinas
Uso do ácido clavulânico: bloqueia a ação
das b-lactamases. Ação suicída.
N
O OH
CO2H
H
O
enoléter
N
O OH
CO2H
H
O
CH2 OH
H+ N
O OH
CO2H
CH2 O
H
O
carbonos electrão deficientes
Reage com a enzima irreversívelmente
(inibidor suicida)
34.
35.
36. CEFALOSPORINAS
Subdivididos em gerações.
Apresentam maior atividade em geral
contra bactérias G- em comparação
com os compostos da penicilina.
N
O
H
H
H
N
C
O
H2
C
S
OAc
CO2H
H2
C
H2
C
CH
HO2C
H2N
Anel dihidrotiazina
cadeia
7-aminoadipico
7
3
4
39. CARBAPENÊMICOS
Atividade contra microrganismos
gram-positivos e gram-negativos.
Utilizadas nos casos de resistências
aos demais betalactâmicos.
Os efeitos adversos:
– náuseas, vômitos, diarréia, e, em alta
concentração pode provocar convulsões.
40. CARBAPENÊMICOS
O meropenem é um pouco mais ativo
contra bactérias gram -, ao passo que
o imipenem apresenta atividade um
pouco superior contra gram+ .
O ertapenem não tem atividade contra
P.aeruginosa e A.baumannii.
41. Gram negativos resistentes aos
carbapenêmicos
Tratamento:
Aminoglicosídeos
ou polimixinas
(polimixina ou
colistina)
42.
43.
44. MONOBACTÂMICOS
Aztreonam
IV
100 – 150 mg/Kg dia crianças / 1-2g 6-8h
adultos
GRAM – incluindo Pseudomonas, porém não inclui
GRAM +.
Indicados em casos de alergia à betalactâmicos.
ITU, Sepse
Outros: Carumonam e Tigemonam
45.
46. PENICILINAS CEFALOSPORINAS
INIBIDORES DA SÍNTESE DA PAREDE CELULAR
Penicilina G
Benzilpenicilina
Meticiclina
Nafcilina
Oxacilina
Ampicilina
Amoxicilina
Carbanicilina
Ticarcilina
Piperacilina
Cefalexina (Keflex)
Cefradina
Cefradroxil
Cefalotina (Keflin)
Cefapirina
Cefazolina
Cefuroxima
Ceffaclor
Ceftriaxona
Cefepima
CARBAPENENS
Imipenem
Meropenem
Cilastatina sódica
Ertapenem
GLICOPEPTÍDEOS
BACITRACINA
TEICOPLAMINA
VANCOMICINA
M
O
N
O
B
A
C
T
Â
M
I
C
O
S
47. Bactericidas;
Vancomicina, Bacitracina e Teicoplamina,
Inibem a transpeptidação por se ligarem ao peptideioglicano.
Pela característica macromolecular são incapazes
de penetrar a membrana dos G (-).
A VANCOMICINA e TEICOPLAMINA SÃO USADAS VIA
I.V PARA O TRATAMENTO DE INFECÇÕES
ESTAFILOCÓCICAS MULTIRRESISTENTES
GLICOPEPTÍDEOS
48.
49. A bacitracina (Nebacetin) utilizada somente por via
tópica para infecções na pele e no olho, não devendo
ser administrada por outras vias devido ser altamente
tóxica.
Tem sido utilizada também associada a outros
fármacos pouco absorvidos.
GLICOPEPTÍDEOS
www.youtube.com/watch?v=IkKZ_gxAOXI
50. AGENTES ANTIBACTERIANOS
2. Inibidores da
síntese de proteínas
• Aminoglicosídios
• Tetraciclinas
• Cloranfenicol
•Eritromicina
• Clindamicina
•Linezolida
•Macrolídeos
53. Rapidamente bactericidas.
Não atravessam a BHE.
Unem-se irreversivelmente a uma ou mais proteínas
receptoras específicas dos ribossomos do microrganismo
(unidade 30S), o que provoca leitura errada do DNA,
resultando na biossíntese de proteínas não-funcionais.
Alguns G+ e anaeróbios são resistentes aos
aminoglicosídeos (baixa atividade contra estreptococos e
pneumococos).
AMINOGLICOSÍDEOS
55. Estreptomicina
– No passado foi um importante
antibiótico
– Vem sendo substituído no
tratamento da tuberculose por
tuberculostáticos mais
eficazes.
– Ainda usado no tratamento de
ITU por Enterococcus spp.
Gentamicina
– Mais comumente utilizado;
Amicacina
– Amplo espectro
– Mais eficaz que Gentamicina.
Neomicina
– Muito tóxica, não devendo ser
adm por via parenteral.
AMINOGLICOSÍDEOS
56. São bacteriostáticas.
Consiste na ligação do fármaco com estruturas
(subunidade 30S) do ribossomo inibindo a ligação do
RNAt, assim não há adição de aa.
Devem ser administradas antes das refeições (1-3h)
devido à formação de quelatos não-absorvíveis de
tetraciclina com íons cálcio.
– Presença de leite e derivados, antácidos
TETRACICLINAS
50S
30S
RNAt
57.
58. Principalmente com a tetraciclina e a doxiciclina
pode ocorrer a fototoxicidade (queimaduras solares
graves) se o paciente em tratamento com um destes
fármacos se expõe à luz solar ou ao raio ultravioleta.
As tetraciclinas não devem ser administradas por IM
porque provocam muita dor.
TETRACICLINAS
59. Dependendo do tipo de microrganismo podem ser
bactericidas ou bacteriostáticos.
Não penetram no SNC, entretanto, todos não devem
ser utilizados em gestantes nem em lactantes.
Não são recomendados em pacientes em uso de
anticoncepcionais orais, pois, ocorrer interferência com
o citocromo P-450 aumentando a metabolização dos
ACO.
MACROLÍDEOS
61. Eritromicina (Pantomicina) (Ilosone)
Deve-se lembrar que a maioria das cepas de
estafilococos que ocorrem em hospitais são resistentes
a este fármaco.
Efeito adverso:
– O desconforto gástrico mais freqüente, levando à suspensão
do tratamento.
– Estimula os receptores de motilina no intestino(naúseas,
vômito)
– Surdez temporária – ototoxicidade (IM ou IV)
MACROLÍDEOS 50S
30S
62. Claritromicina (Klaricid)
(Lagur)
Penetra melhor a membrana
externa gram-positivas do que a
eritromicina
2 a 4 vezes mais potente que
eritromicina e azitromicina.
Unicamente por via oral
Azitromicina (Clindal)
(Novatrex) (Zitromax),
Possui maior facilidade de
atravessar as membranas
celulares aumentando a
concentração nos tecidos, além
de possuir maior espectro
contra os microrganismos
Gram-positivos, tem maior
atividade contra alguns Gram-
negativos
Exclusivamente oral
MACROLÍDEOS
63. Roxitromicina (Floxid)
(Rotram) (Rulid),
Derivado sintético da
eritromicina Espectro de
ação semelhante ao
eritromicina,
Somente por via oral
Absorção diminui se ingerido
depois da refeição, entretanto,
utilizado antes da refeição não
interfere na absorção.
Miocamicina (Mecacin)
(Midecamin)
Bacteriostático, e, apresenta
atividade contra o
Staphylococcus aureus inclusive
contra cepas resistentes à
eritromicina.
Somente por via oral
Utilizado no tto de amigdalites e
outras infecções bacterianas do
trato respiratório.
MACROLÍDEOS
64. Bacteriostáticos,
Usados contra microrganismos muito sensíveis ou em
altas doses, podem ser bactericidas.
Espectro estendido.
Não devem ser usadas por gestantes e lactantes.
LINCOSAMIDAS
65. Se unem aos ribossomos
50s e interfiere na
elongación das cadeias
das proteínas.
É ativa contra cocos
Gram+ e maioria dos
anaerobios.
66. Lincomicina (Frademicina)
(Macrolin),
Embora utilizada no tratamento
de infecções graves causadas
por cepas sensíveis de
estafilococos, estreptococos e
pneumococos, tem sido
considerada uma droga
obsoleta.
Clindamicina (Dalacin),
Administrado por via oral,
parenteral e em creme vaginal,
ativo contra a maioria das
bactérias Gram+ e diversas
Gram- anaeróbias, incluindo a
toxoplasmose do SNC.
LINCOSAMIDAS
67. Compreende o grupo do cloranfenicol e seus análogos
embora seja bacteriostáticos nas concentrações séricas,
pode ser bactericidas nas concentrações altas.
Devido ser lipossolúveis, atravessam a membrana da
célula das bactérias, ligando-se (de modo reversível)
aos ribossomos bacterianos (especialmente à
subunidade 50 S).
ANFENICOIS
68. Cloranfenicol (Farmicetina) (Quemicetina) (Sintomicetina).
Inibe a síntese protéica nas bactérias através da ligação à
subunidade 50S do ribossoma bacteriano,
Amplo espectro
Escolha em caso de febre tifóide e meningite por H.influenzae em
crianças
VO, parenteral e tópica (incluindo ocular e canal do ouvido).
ANFENICOIS
69. Cloranfenicol (Farmicetina) (Quemicetina) (Sintomicetina).
Não deve ser usado em infecções que não sejam graves, nem
também como uso profilático.
Como efeitos adversos, além de problemas gastrintestinais, pode
ocorrer superinfecção com Candida albicans em membranas
mucosas.
Em RN (enzimas hepáticas não completamente desenvolvidos)
– Síndrome cinzenta do recém-nascido devido a cianose que pode
ocorrer, além de má alimentação, colapso cardiovascular e morte,
provocados pelo acúmulo do antibiótico nas mitocôndrias. Inibição
protéica mitocondrial.
ANFENICOIS
71. QUINOLONAS
Atua sobre a DNA-girase (TOPOISOMERASE-II/IV)
Não permite espiralamento para transcrição e
duplicação;
Superespiralamento e quebra do DNA
INIBIDORES DA SÍNTESE DE
ÁCIDOS NUCLÉICOS
www.youtube.com/watch?v=IkKZ_gxAOXI
72. QUINOLONAS
Infecção urinária complicada;
Infecções respiratórias graves (inferior);
Otite externa;
Prostatite;
Infecções ósseas e articulares no adulto;
Gonorréia
Erradicação de Salmonella typhi nos portadores.
Devem ser evitados em infecções estreptocócicas.
73. QUINOLONAS
Efeitos indesejáveis raros;
– Leves e desaparecem com interrupção do fármaco;
– Distúrbios TGI;
– Erupções cutâneas.
Uso concomitante teofilina e AINES e
patologias SNC pode causar cefaléia e
tontura e raramente convulsão.
76. QUINOLONAS
Ofloxacino – causa insônia;
Norfloxacino – somente ITU
Ciprofloxacino – fotossensibilidade.
Não devem ser usados em crianças,
adolescentes, gestantes e lactantes pois
alteram o crescimento das cartilagens e
dos ossos.
78. 4. Antimetabólitos e
outros agentes
antibacterianos
• Sulfonamidas
•Trimetropim
• Isoniazida
• Etambutol
• Nitrofuranos
79. ANTIMETABÓLITOS E OUTROS
AGENTES ANTIBACTERIANOS
Sulfonamidas: sulfametoxazol, sulfadiazina,
trimetropina.
– Inibem a síntese do ácido fólico.
Trimetropima
– Inibe a síntese do tetraidrofolato.
Co-trimoxazol (Bactrim): sulfametoxazol +
trimetropima
80. SULFAS e TRIMETOPIMA
• Os mo precisam do
ácido fólico para crescer
ou reproduzir (purinas),
sintetizando o folato a
partir do PABA.
•Atividade bacteriostática
•Inibição de síntese de
DNA e RNA
81. SÍNTESE OU AÇÃO DO
FOLATO
EFEITOS INDESEJÁVEIS
Náuseas, vômitos e cefaléia
Cianose devido a metemoglobinemia
Efeitos graves como hepatite,
hipersensibilidade, depressão da medula
óssea e cristalúria
82. SÍNTESE OU AÇÃO DO
FOLATO
Cotrimoxazol
(Sulfametoxazol +
Trimetropin) (Bactrin):
Pneumocistose (primeira
escolha)
Otite Média Crônica
Paracoccidiodomicose
Itu raramente
Febre Tifóide
Shiguelose
Sulfadoxina
Paracoccidiodomicose
Malária (profilaxia)
Pneumocistose (profilaxia)
Sulfadiazina
Toxoplasmose
Nocardiose