Este documento discute a criação de álbuns digitais para guardar memórias dos alunos ao final do ensino fundamental, sugerindo a inclusão de fotos, músicas, vídeos, desenhos, poesias e cenas de teatro. Também fornece instruções sobre como usar programas como PowerPoint e MovieMaker para compor os álbuns digitais e sugere a criação de um blog para compartilhá-los.

1. Atividade 3.3 - Sub - tema: Socializando Experiência com Projeto.
Grupo: Rita de Cassia de Oliveira Homem Broglio, Ana Maria lenci Bordinhão, Alessandra Vezani, Eliane Aparecida Geraldo e Luciana Polizel de Moraes.
Tema: Fazendo Poeticamente para guardar na memória.
Álbuns guardam memórias. No passado, os álbuns de recordações tinham capas de couro caprichadas e eram oferecidos para que os colegas, os professores
e a família escrevessem pequenas poesias e textos. Álbuns de casamento, de formatura, de viagens sempre fizeram parte das memórias pessoais e coletivas.
Hoje, com a possibilidade de digitalizar imagens e a facilidade de tirar fotografias até mesmo com aparelhos celulares, podem-se criar álbuns digitais e
projetá-los em grandes dimensões, graças a aparelhos multimídia.
Mas o que pode compor esses álbuns de memória no momento de encerramento do percurso do Ensino Fundamental?
Podem ser construídos álbuns sonoros com músicas escolhidas pelo aluno ou podem ser criadas trilhas sonoras que tragam à lembrança a paisagem sonora
da escola ou da memória dos alunos.
Quais sonoridades estão dentro de suas cabeças? Que paisagens sonoras eles visitam quando fecham os olhos? Quais sonoridades lhes dão saudades?
Para quais lugares a mente dos seus alunos vai quando eles precisam, mas não querem estar na escola?
A criação de pequenos vídeos, com movimentos de câmera que focalizam apenas partes do corpo, pode mostrar a dança dos pés, das mãos ou de outros
detalhes, com cuidado de capturar a expressividade do gesto.
Cenas de teatro podem ser improvisadas e fotografadas para compor um álbum narrativo que conte histórias como se fosse um diário de bordo sobre
percursos ou situações que marcaram a passagem escolar do grupo de alunos.
Álbuns de fotografias e de desenhos podem ser criados com fotos 3x4 de cada aluno. Desenhos, colagens e poesias podem compor as páginas pessoais dos
alunos, que podem ser fotocopiados para que todos possuam um exemplar (é como se fosse uma página da agenda pessoal que muitos alunos fazem).
Cada página pode ser também digitalizada e retrabalhada em computador.
Para iniciar essa produção, podemos lembrar dos livros de artista, também designados livros- arte ou livros-objeto. Neles, palavras, imagens, signos
articulam-se poeticamente, numa sequência variável, cinética e inovadora tanto na forma como no conteúdo, que desafia uma nova relação com aquilo se
pode chamar de livro-objeto, pois, muitas vezes, ganha estatuto de escultura ou objeto. Frequentemente exemplares únicos e não impressos.
Que memórias nossos alunos guardam de livros que mostram uma profunda relação entre imagem e texto? Já viram livros com uma narrativa contada
apenas por imagens? Que livros somente com imagens existem na biblioteca da escola? O que os alunos podem descobrir numa visita á biblioteca?
A magia de compor um livro com colagens animou Henri Matisse, em sua velhice, a criar colagens. Ao visitar um editor grego que utilizava sobras de
impressões, foi convidado a criar um livro, em edição limitada, com colagens sobre folha de papel previamente pintadas com guache. Matisse, então,
desenhou com a tesoura. Em 1943, aos 74 anos, as 20 colagens já estavam prontas, mas o livro só foi impresso em 1947, devido a dificuldades técnicas. Deu
ao livro o Título de Jazz, pois, embora seus temas remetessem ao teatro e ao circo, havia nele uma conexão direta com o conceito de improvisação comum a
esse estilo. Isoladas e independentes do livro, suas colagens foram impressas e muito divulgadas. Geraram também desenhos para tapeçarias, vitrais e novas
obras em guache em grandes painéis.
Essas ideias podem estimular os alunos a produzirem seus álbuns com as tecnologias hoje disponíveis. Se na escola houver sala de informática, não é difícil
trabalhar com programas em que fotografias e pequenos filmes podem ser inseridos, como o PowerPoint ou o MovieMaker.
• No PowerPoint, inicia-se com um layout em branco, inserindo-se cada imagem digitalizada (desenho ou fotografia) em um slide. Som e
outros efeitos dependem da exploração dos recursos, do aprendizado e do tempo disponível para a produção. É importante lembrar que, se
forem inseridas faixas de som, elas precisam ser gravadas também em CD para que o programa as identifique durante o projeto;
• No MovieMaker, importe as imagens digitalizadas ( desenhos ou fotografias ) e depois arraste-as para a caixa do storyboard, formando a
sequência. Pode-se importar também o áudio (músicas ou narrações). Depois, vá para a ¨ linha do tempo ¨ e ajuste a velocidade de cada
quadro. Em seguida, podemos editar o filme, criando efeitos de vídeo e transições, além de títulos e créditos. Depois da animação testada e
aprovada, é preciso salvá-la como filme.
Sendo possível, os alunos podem criar um blog da turma inserindo os álbuns produzidos.
É importante registrar ideias, o que ficou combinado, os planejamentos, os recursos necessários e as formas de obtê-los, fazer um cronograma de ações
etc. Acompanhar todo esse processo e problematizar, sugerir, avaliar, transformar, adequar, reformular, cuidar do cronograma e contatar outros
professores para que eles também façam parte do projeto são algumas das nossas ações possíveis neste momento.
Situação de Aprendizagem do Caderno de Arte, da 8ª série/9º ano (volume 4); Tempo previsto: um bimestre.