1) O documento é uma edição de um zine literário chamado AMEOPO MAE que contém poemas e textos de vários autores.
2) Inclui instruções sobre como apoiar financeiramente novas edições do zine e participar de um grupo no Facebook.
3) A edição reúne obras de 13 autores e pretende disseminar a literatura e transformá-la em algo capaz de proporcionar novas experiências aos leitores.
1. AMEOPO MAERio Janeiro - Bra$il - Fe(r)veiro/Março ’16
Edmilson Borret
facebook.com/edborret
Luiz Fernando Pinto
pintocultura.blogspot.com
Dan Juan Nissan Cohen
facebook.com/dondanjuannissancohen
:
e quando as águas baixarem
e os olhos secarem
soltaremos os bichos, meu amor
até lá
abriga teu coração no meu!
de tanto apanhar
aprendi a revidar
que essa revanche
seja com mais arte
na vida
uns revidam com socos
chutes
eu escrevo flores
as jogo no mundo
e faço do meu mundo
Poesia
41ed:
construindo coletividadesANTARES
‘
Noite ou dia, lá no alto já vivia
Por ti meus olhos serenou
Estrela de primeira grandeza
Receio o ataque de seu guardião
Só desejo por um momento
Sentinelar o luzir de seu corpo nu
Ponho-me em perigo prazeroso
Sugo o veneno do escorpião
No término pode expulsar-me
Continuo daqui a ti contemplar
O amor jamais se esvai
Luz que alumia a escuridão
Rachel Enierre
facebook.com/enierrerachel
Olha o rio em lama!
Olha o rio, é lama.
Lavando dinheiro
levando ganância
deixando sujeira
que mata.
Olha a morte!
Olha a morte da fruta!
Do homem
do peixe
da flor.
Olha a sede!
Olha a sede!
A sede do belo.
Seca.
SANGRANDO
2016 - PREPARE-SE
2. Edição e Coordenação: Selo Editorial Outras Dimensões
Nesta edição: Rodrigo Dela Rocha, Rafael Nolli,
Luna Clara, Rachel Enierre, Dan Juan, João Pedro Campos,
Edmilson Borret, Luiz Fernando Pinto, Rômulo Ferreira
Exemplares na pRAÇA: 1ooo exemplares. PIRATEIE!.
Mendicância: Financie novas edições e outros trabalhos
depositando qualquer valor em: Banco do Brasil
(Rômulo Ferreira) Agência 0473-1 conta poup. 16197-7 (var. 51)
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participe do grupo no ‘‘faceroubatempo’’
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BY ND
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NC
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www.facebook.com/ameopoema
XXX
João Pedro Campos
facebook.com/joaopedro.campos.944
Rafael Nolli
facebook.com/rafael.nolli
AMEOPO MA
E
AMEOPO MA
E
AMEOPO MA
E
Luna Clara Linhares
lunaclaralinhares@gmail.com
facebook.com/lunaclaraprojetos
Rômulo Ferreira
facebook.com/silhuetaartzine
Abri
meus sentimentos...
minha paixão, minha insegurança,
[minha mágoa...
me expus...
Sou
órgãos expostos pra estudo...
Ou
o cadáver q apodrece a olhos vistos...
Sou pesquisa
e adubo.
observando a rede de alta-tensão
o menino imagina um gigante
executando um solo elétrico de guitarra
quando de repente
duas andorinhas pousam no fio
e a de cima caga na de baixo
Rodrigo de La Rocha
facebook.com/rodrigo.delarocha.3
Gnomos
Duendes
Invisíveis para os cegos
Que não enxergam a própria loucura
Por temer a ira de deus
Também invisível
Como nós
Só enxerga a deus
Quem não teme se ver
Seres da Terra
A metrópole está muda.
Não muda,
turva.
Turva de palavras sujas,
suas.
E de passos.
A metrópole está muda
de seus descompassos,
vazia do que a incompleta.
E de restos.
A metrópole está torta de gestos.
Tetos, becos e vias
fazem o silêncio do
nãopensar.
Ruflemos em vão, amigos!
E lembremonos: o zumbir de nossas asas
é o que nos silencia.
Rock n’ Roll
Não que eu duvide, que as pessoas gostem
de ler, fulano passa boa parte do seu dia
deitando sua coluna sobre um aparelho
‘‘eletrocicinico’’, fazendo o que? Lendo, caramba! O
povo lê sim, a gente que escreve e mostra as caras
nas ruas, tem um papel quase que de transformar a
literatura num oceano novo para estas pessoas que
estão atraídas por estes aparelhinhos lindos e
funcionais, transformar a literatura numa tarde
nunca sentida, sabe? Em algo totalmente
inesperado, não o novo aos olhos, mas uma
novidade ao toque, ao sentido de olhar com a alma,
tirar a lama dos olhos. Talvez, por um momento
estivemos sem esta força de acreditar que pode dar
certo, que pode-se mudar alguma coisa... Sempre
acreditamos, só estavamos com sono o tempo
todo. E o sono passa, como tudo que acreditamos
pode algum dia vir a passar... Abra seus olhos para
este momento, ele nunca mais será assim, tão
igual, nunca nada será.
Quando terminar a sua leitura,
passe adiante