O poema descreve um dia que hesita entre partir e ficar, com a tarde circular como uma baía tranquila onde o mundo se move. Tudo parece visível mas também ilusório, próximo mas intocável. O tempo repete em nossas têmporas enquanto objetos descansam sob seus nomes. A luz transforma um muro indiferente em um teatro de reflexos, e o eu lírico se descobre no centro de um olho que não o vê nem é visto. No fim, o instante se dissipa mas o eu permanece, sendo uma pausa.