Este documento discute as implicações do alongamento muscular na performance esportiva e na prevenção de lesões. O alongamento agudo parece ter efeito prejudicial na performance, enquanto o alongamento crônico melhora a performance e reduz lesões a longo prazo. Protocolos de alongamento entre 30-60 segundos parecem ser eficazes para aumentar a flexibilidade, mas o alongamento pré-exercício não necessariamente previne lesões.
ALONGAMENTO MUSCULAR: suas implicações na performance e na prevenção de lesõesFernando Farias
Este documento discute as implicações do alongamento muscular na performance esportiva e na prevenção de lesões. A revisão da literatura mostra que o alongamento agudo pode prejudicar a performance muscular, enquanto o alongamento crônico melhora a performance e reduz lesões a longo prazo, possivelmente devido a outros mecanismos relacionados ao aquecimento muscular.
Este estudo comparou os efeitos do alongamento global e segmentar em flexibilidade, amplitude de movimento e força muscular em 30 mulheres. Ambos os métodos de alongamento melhoraram flexibilidade e força muscular em comparação ao grupo controle. O alongamento global e segmentar tiveram resultados semelhantes, sugerindo que ambas as técnicas são igualmente eficazes.
Este estudo comparou os efeitos da reeducação postural global (RPG) e do alongamento segmentar na flexibilidade, amplitude de movimento e força muscular de mulheres. Ambos os métodos melhoraram significativamente esses parâmetros em comparação com o grupo controle. Não houve diferenças estatisticamente significativas entre os grupos RPG e segmentar, sugerindo que ambas as técnicas são igualmente eficazes para aumentar a flexibilidade, amplitude de movimento e força muscular.
Efeito agudo do alongamento estático e facilitação neuromuscular proprioceti...Fernando Farias
Este estudo investigou o efeito agudo de alongamentos estáticos e facilitação neuromuscular proprioceptiva (FNP) no desempenho de repetições máximas (RM) durante uma sessão de treino de força para membros inferiores. Nove homens realizaram três protocolos experimentais: 1) alongamento FNP + treino de força, 2) alongamento estático + treino de força, 3) aquecimento específico + treino de força. Os resultados mostraram que os alongamentos FNP e estático reduziram significativamente o número total de
Metanálise dos efeitos agudos do alongamento na realização de corridas curtas...Fernando Farias
1) A metanálise examinou os efeitos de diferentes protocolos de alongamento na realização de corridas curtas de alta intensidade.
2) Os resultados sugerem que alongamentos dinâmicos promovem melhor desempenho do que alongamentos estáticos ou mistos.
3) O desempenho é melhor quando vários testes são realizados após aquecimento e alongamento, em comparação a um teste único.
Efeito agudo do alongamento estático nos antagonistas sobre o teste de repet...Fernando Farias
Este estudo investigou o efeito do alongamento estático dos músculos antagonistas no desempenho de repetições máximas dos músculos agonistas. Onze indivíduos realizaram testes de repetições máximas em exercícios para membros superiores e inferiores com e sem alongamento prévio dos antagonistas. Os resultados mostraram um aumento significativo no número de repetições após o alongamento dos antagonistas nos dois exercícios.
O documento discute várias técnicas de recuperação para atletas, como hidroterapia, recuperação ativa, alongamento e massagem. A hidroterapia, especialmente a imersão em água fria e a hidroterapia de contraste, pode melhorar o desempenho em esportes de endurance. No entanto, a evidência para esportes de equipe é mista. Mais pesquisas são necessárias.
Este artigo analisa os mitos e verdades sobre a flexibilidade e o alongamento. Discute se o alongamento previne lesões, seus efeitos no pós-exercício e influência na reabilitação. Embora alguns estudos apoiem os benefícios do alongamento, evidências são conflitantes e não comprovam definitivamente que ele previne lesões ou melhora a recuperação.
ALONGAMENTO MUSCULAR: suas implicações na performance e na prevenção de lesõesFernando Farias
Este documento discute as implicações do alongamento muscular na performance esportiva e na prevenção de lesões. A revisão da literatura mostra que o alongamento agudo pode prejudicar a performance muscular, enquanto o alongamento crônico melhora a performance e reduz lesões a longo prazo, possivelmente devido a outros mecanismos relacionados ao aquecimento muscular.
Este estudo comparou os efeitos do alongamento global e segmentar em flexibilidade, amplitude de movimento e força muscular em 30 mulheres. Ambos os métodos de alongamento melhoraram flexibilidade e força muscular em comparação ao grupo controle. O alongamento global e segmentar tiveram resultados semelhantes, sugerindo que ambas as técnicas são igualmente eficazes.
Este estudo comparou os efeitos da reeducação postural global (RPG) e do alongamento segmentar na flexibilidade, amplitude de movimento e força muscular de mulheres. Ambos os métodos melhoraram significativamente esses parâmetros em comparação com o grupo controle. Não houve diferenças estatisticamente significativas entre os grupos RPG e segmentar, sugerindo que ambas as técnicas são igualmente eficazes para aumentar a flexibilidade, amplitude de movimento e força muscular.
Efeito agudo do alongamento estático e facilitação neuromuscular proprioceti...Fernando Farias
Este estudo investigou o efeito agudo de alongamentos estáticos e facilitação neuromuscular proprioceptiva (FNP) no desempenho de repetições máximas (RM) durante uma sessão de treino de força para membros inferiores. Nove homens realizaram três protocolos experimentais: 1) alongamento FNP + treino de força, 2) alongamento estático + treino de força, 3) aquecimento específico + treino de força. Os resultados mostraram que os alongamentos FNP e estático reduziram significativamente o número total de
Metanálise dos efeitos agudos do alongamento na realização de corridas curtas...Fernando Farias
1) A metanálise examinou os efeitos de diferentes protocolos de alongamento na realização de corridas curtas de alta intensidade.
2) Os resultados sugerem que alongamentos dinâmicos promovem melhor desempenho do que alongamentos estáticos ou mistos.
3) O desempenho é melhor quando vários testes são realizados após aquecimento e alongamento, em comparação a um teste único.
Efeito agudo do alongamento estático nos antagonistas sobre o teste de repet...Fernando Farias
Este estudo investigou o efeito do alongamento estático dos músculos antagonistas no desempenho de repetições máximas dos músculos agonistas. Onze indivíduos realizaram testes de repetições máximas em exercícios para membros superiores e inferiores com e sem alongamento prévio dos antagonistas. Os resultados mostraram um aumento significativo no número de repetições após o alongamento dos antagonistas nos dois exercícios.
O documento discute várias técnicas de recuperação para atletas, como hidroterapia, recuperação ativa, alongamento e massagem. A hidroterapia, especialmente a imersão em água fria e a hidroterapia de contraste, pode melhorar o desempenho em esportes de endurance. No entanto, a evidência para esportes de equipe é mista. Mais pesquisas são necessárias.
Este artigo analisa os mitos e verdades sobre a flexibilidade e o alongamento. Discute se o alongamento previne lesões, seus efeitos no pós-exercício e influência na reabilitação. Embora alguns estudos apoiem os benefícios do alongamento, evidências são conflitantes e não comprovam definitivamente que ele previne lesões ou melhora a recuperação.
Todos os dias, em diferentes locais nos quais se pratica
esportes no mundo todo, atletas preparam-se para competir
com um ritual familiar de alongar os principais
grupos musculares requisitados para aquele esporte.
Essas rotinas de pré-exercícios costumam incorporar
uma variedade de técnicas de alongamento e exercícios
de aquecimento. Textos de medicina esportiva, artigos
de periódicos para profissionais de saúde e treinadores,
e publicações leigas promovem o alongamento como
fundamental para diminuir o risco às lesões.
Propriocepção no esporte: uma revisão sobre a prevenção e recuperação de lesõ...Fernando Farias
O estudo, por meio de uma revisão bibliográfica, visa identificar estudos que
possuem enfoque na relação de exercícios proprioceptivos, na prevenção e reabilitação de
lesões desportivas bem como suas implicações no equilíbrio postural. Foi realizada uma
busca em artigos indexados nas bases de dados MEDLINE, SciELO e Science Direct, com
os descritores em ciências da saúde: propriocepção, lesões, atletas, equilíbrio postural,
proprioception, injuries, athletes e postural balance, combinadas entre si. Foram encontrados
58 artigos, destes foram selecionados 16 que utilizaram a propriocepção para prevenção
como para a reabilitação de lesões esportivas. De acordo com os estudos encontrados, foi
possível inferir que a propriocepção pode ter influência na prevenção e recuperação de
lesões como também na melhora do equilíbrio, pois o treinamento proprioceptivo estimula as
aferências neurais de músculos, tendões e tecidos profundos, garantindo um melhor controle
postural.
Este estudo avaliou os efeitos agudos de diferentes formas de aquecimento sobre a força muscular dos extensores do joelho. Dezesseis mulheres realizaram testes de força muscular do joelho antes e depois de protocolos de alongamento estático, exercício aeróbico ou uma combinação de ambos. Os resultados indicaram que nenhum dos protocolos de aquecimento alterou significativamente a força muscular do joelho.
O documento discute a recuperação pós-exercício (RPE) e compara três métodos de recuperação - ativo, passivo e crioterapia. O objetivo geral é comparar o efeito desses métodos nos marcadores fisiológicos, psicológicos, bioquímicos e imunológicos, bem como nos sentidos atribuídos pelos sujeitos. O estudo avaliará esses marcadores antes e após exercício e aplicação dos métodos de RPE em corredores, para determinar qual método prom
Pliometria e o aumento da força muscular explosivaFernando Farias
O Ciclo Alongamento Encurtamento, mais
conhecido como Pliometria, refere-se ao
método e tipos de exercícios aplicados a um
programa de treinamento visando melhoria da
força explosiva muscular. Este artigo tem
como objetivo principal verificar através de
pesquisas realizadas por diversos autores, as
alterações na força muscular explosiva de
membros inferiores desenvolvido nos
programas de exercícios pliométricos em
diversas modalidades esportivas. Pesquisas
realizadas entre ano de 1993 e 2007
demonstram resultados na melhoria da força
explosiva muscular em atletas de ambos os
gêneros, de diversas idades, nos mais
variados programas de exercícios pliométricos
e nas diversas modalidades esportivas:
Atletismo, Basquetebol, Futebol, Voleibol,
Natação, Futsal e Tênis de Campo. Conclui-se
baseando nos estudos de pesquisas
realizadas pelos os autores citados neste
artigo que, os programas de treinamento da
força explosiva muscular – Pliometria –
apresentaram melhoria nos níveis de força,
sendo assim, os exercícios pliométricos
favorecem na melhoria das condições físicas
de atletas que poderão fazer surtir diferenças
nos resultados positivos em competições.
Este estudo objetivou relacionar ganhos de flexibilidade decorrentes da participação em programa de exercício supervisionado com eventuais facilitações na execução de ações cotidianas em adultos. Os resultados mostraram que após o programa de exercício houve melhorias significativas na flexibilidade e na facilidade de execução de ações cotidianas. Além disso, observou-se correlação entre os ganhos de flexibilidade e as melhorias relatadas na execução das ações, sugerindo que aumentos na flexibilidade podem facilitar a realização de tarefas diárias.
RESUMO
Atualmente o treinamento de força vem sendo muito utilizado em diferentes
contextos e para diversos objetivos: atléticos, recreacionais, estéticos e
terapêuticos. Indubitavelmente, um dos exercícios mais utilizados no treinamento
de força, visando o desenvolvimento da musculatura inferior é o agachamento. O
presente trabalho teve como objetivo revisar diversos aspectos anatômicos,
cinesiológicos e biomecânicos do exercício agachamento, assim como suas
possíveis variações como as variações no posicionamento dos membros
inferiores, os efeitos da amplitude de execução, as diferenças entre o exercício
guiado e não guiado e as diferenças no posicionamento da barra em relação ao
tronco. O entendimento das diversas variações pode influenciar na correta
prescrição, correção e orientação deste exercício durante o treinamento de força
ou reabilitação. Desta forma, após os a análise dos trabalhos revisados, podemos
concluir que as diferentes variações e condições impostas ao exercício
agachamento podem acarretar em mudanças na ação dos músculos envolvidos,
na cinemática e/ou cinética do exercício, aumentando ou diminuindo sua
performance e/ou eficiência.
1) O estudo avaliou o efeito do método Pilates no nível intermediário-avançado na função muscular dos extensores e flexores do tronco de 20 indivíduos após 25 sessões de treinamento ao longo de 12 semanas.
2) Os resultados mostraram aumentos significativos na força, trabalho e potência dos músculos extensores do tronco e pequenos aumentos nos músculos flexores.
3) A relação entre flexores e extensores reduziu significativamente após o treinamento, indicando que o método Pilates
Este estudo avaliou o efeito de 25 sessões de Pilates (nível intermediário-avançado) ao longo de 12 semanas na função muscular da flexão e extensão do tronco em 20 voluntários. Os resultados mostraram um aumento significativo no pico de torque, trabalho total, potência e quantidade total de trabalho dos músculos extensores do tronco, bem como uma redução significativa na relação flexor:extensor após o treinamento. Isso sugere que o Pilates é uma ferramenta eficaz para fortalecer os músculos
O propósito do presente estudo foi analisar o comportamento da força muscular e da área muscular de braço
(AMBr) durante 24 semanas de treinamento com pesos (TP) e estabelecer possíveis associações entre essas variáveis. A
amostra foi composta por 18 homens, com idade de 18-30 anos. Para o cálculo da AMBr, foram utilizadas as medidas de
circunferência de braço relaxado e espessura de dobra cutânea de tríceps. Para a avaliação da força muscular foi utilizado
o teste de uma repetição máxima (1-RM) no exercício rosca direta de bíceps. O protocolo de TP teve uma duração de 24
semanas sendo dividido em três fases (F
1
, F
2
e F
3
) de oito semanas cada. Vale ressaltar que todas as medidas foram realizadas
antes, durante e após o término do período de TP. ANOVA para medidas repetidas, seguida do teste post hoc de Tukey (P <
0,05), foi utilizada para as comparações entre os indicadores de força e hipertrofia muscular. O coeficiente de correlação
de Pearson foi empregado para verificar as possíveis associações entre a força muscular e a AMBr. A força muscular e a
AMBr aumentaram de forma contínua durante todo o período com exceção do período inicial (F
1
). Sendo assim, conclui-
se que durante a fase inicial de treinamento o fator neural parece ter sido o grande responsável pelo aumento da força
muscular. Após esse período, o processo hipertrófico parece constituir-se gradativamente como fator essencial para os
aumentos da força muscular.
O documento descreve um estudo que investigou e comparou as adaptações agudas do treino de flexibilidade da articulação do quadril em atletas de ginástica rítmica utilizando duas técnicas: o alongamento estático e a técnica Mulligan - Long Leg Traction. Oito atletas foram divididas em dois grupos e submetidas aos protocolos por 11 sessões. Os resultados mostraram que o grupo submetido à técnica Mulligan obteve ganhos estatisticamente significativos superiores na amplitude de movimento em comparação ao grupo do along
Este artigo revisa estudos que comparam os efeitos do alongamento estático e da facilitação neuromuscular proprioceptiva (FNP) na flexibilidade. Alguns estudos encontraram maiores benefícios com a FNP, enquanto um estudo favoreceu o alongamento estático. No entanto, a maioria dos estudos não encontrou diferenças significativas entre as técnicas.
O documento apresenta uma revisão sistemática sobre o uso do método Pilates na reabilitação. Os principais achados são: (1) O Pilates pode ser usado na reabilitação de diferentes populações e com diferentes objetivos, como ganho de força e flexibilidade; (2) Estudos mostraram que o Pilates é eficaz no tratamento da lombalgia, independente da idade; (3) Quando aplicado corretamente, o Pilates apresenta poucas contraindicações e permite progressão individualizada de acordo com cada paciente.
a literatura apresenta dados sugerindo
que o alongamento estático, realizado como componente do
aquecimento, pode diminuir o desempenho subsequente
para movimentos que exigem força máxima e potência
muscular, como em “sprints” simples, ou diminuindo
a capacidade de sua execução múltipla, em inglês
conhecida como “Repeated Sprint Ability” (RSA)
Este documento revisa a literatura sobre a eficácia do método Pilates no tratamento da lombalgia crônica. O método Pilates melhora a dor lombar crônica, melhorando a flexibilidade e a postura. Vários estudos encontraram resultados positivos do método Pilates na redução da dor lombar e no aumento da força muscular. O método Pilates é uma opção eficaz e de baixo impacto para o tratamento da lombalgia crônica.
1) O documento discute os mitos e verdades sobre a flexibilidade e o alongamento, e seus efeitos na saúde humana.
2) Estudos mostram benefícios e prejuízos dos exercícios de alongamento, mas não há consenso sobre se eles previnem lesões.
3) Exercícios de alongamento moderados após o esforço físico podem evitar encurtamento muscular, mas não devem visar ganhos de flexibilidade quando os músculos estão cansados.
Este artigo revisa os benefícios e limites da prática do alongamento. Conclui-se que o alongamento não reduz a dor muscular tardia e não há evidências de que previne lesões, embora também não cause danos. O alongamento pode melhorar o desempenho esportivo em alguns casos. Alongamentos regulares podem aumentar a seção muscular e auxiliar no tratamento de lesões quando direcionados ao tecido lesionado.
Efeitos de um programa de treinamento de forca em portadores de hernia de dis...marcelosilveirazero1
Este estudo avaliou os efeitos de um programa de treinamento de força de 10 semanas em indivíduos com hérnia de disco lombar. Os resultados mostraram um aumento na massa muscular e uma redução no percentual de gordura no grupo que realizou o treinamento, mas não no grupo controle. O treinamento de força pode ser benéfico para esta população quando bem planejado e adaptado às necessidades individuais.
O documento discute os principais métodos de alongamento muscular, incluindo o estático, balístico e por facilitação neuromuscular proprioceptiva. Ele explica as propriedades dos tecidos moles envolvidos no alongamento e os benefícios e riscos associados a cada método.
O documento apresenta as principais recomendações sobre o treinamento de resistência muscular para idosos durante a pandemia da COVID-19. A revisão analisou 7 estudos e encontrou evidências de que o treinamento de resistência domiciliar utilizando exercícios com o peso do próprio corpo pode melhorar a função muscular e o desempenho funcional dos idosos de forma segura durante o período de isolamento social.
1) O estudo avaliou o efeito do método Pilates no nível intermediário-avançado na função muscular dos extensores e flexores do tronco de 20 pessoas após 25 sessões de treinamento ao longo de 12 semanas.
2) Os resultados mostraram aumentos significativos na força, trabalho e potência dos músculos extensores do tronco e pequenos aumentos nos músculos flexores.
3) A relação entre flexores e extensores reduziu significativamente após o treinamento, indicando que o método Pilates é efic
Todos os dias, em diferentes locais nos quais se pratica
esportes no mundo todo, atletas preparam-se para competir
com um ritual familiar de alongar os principais
grupos musculares requisitados para aquele esporte.
Essas rotinas de pré-exercícios costumam incorporar
uma variedade de técnicas de alongamento e exercícios
de aquecimento. Textos de medicina esportiva, artigos
de periódicos para profissionais de saúde e treinadores,
e publicações leigas promovem o alongamento como
fundamental para diminuir o risco às lesões.
Propriocepção no esporte: uma revisão sobre a prevenção e recuperação de lesõ...Fernando Farias
O estudo, por meio de uma revisão bibliográfica, visa identificar estudos que
possuem enfoque na relação de exercícios proprioceptivos, na prevenção e reabilitação de
lesões desportivas bem como suas implicações no equilíbrio postural. Foi realizada uma
busca em artigos indexados nas bases de dados MEDLINE, SciELO e Science Direct, com
os descritores em ciências da saúde: propriocepção, lesões, atletas, equilíbrio postural,
proprioception, injuries, athletes e postural balance, combinadas entre si. Foram encontrados
58 artigos, destes foram selecionados 16 que utilizaram a propriocepção para prevenção
como para a reabilitação de lesões esportivas. De acordo com os estudos encontrados, foi
possível inferir que a propriocepção pode ter influência na prevenção e recuperação de
lesões como também na melhora do equilíbrio, pois o treinamento proprioceptivo estimula as
aferências neurais de músculos, tendões e tecidos profundos, garantindo um melhor controle
postural.
Este estudo avaliou os efeitos agudos de diferentes formas de aquecimento sobre a força muscular dos extensores do joelho. Dezesseis mulheres realizaram testes de força muscular do joelho antes e depois de protocolos de alongamento estático, exercício aeróbico ou uma combinação de ambos. Os resultados indicaram que nenhum dos protocolos de aquecimento alterou significativamente a força muscular do joelho.
O documento discute a recuperação pós-exercício (RPE) e compara três métodos de recuperação - ativo, passivo e crioterapia. O objetivo geral é comparar o efeito desses métodos nos marcadores fisiológicos, psicológicos, bioquímicos e imunológicos, bem como nos sentidos atribuídos pelos sujeitos. O estudo avaliará esses marcadores antes e após exercício e aplicação dos métodos de RPE em corredores, para determinar qual método prom
Pliometria e o aumento da força muscular explosivaFernando Farias
O Ciclo Alongamento Encurtamento, mais
conhecido como Pliometria, refere-se ao
método e tipos de exercícios aplicados a um
programa de treinamento visando melhoria da
força explosiva muscular. Este artigo tem
como objetivo principal verificar através de
pesquisas realizadas por diversos autores, as
alterações na força muscular explosiva de
membros inferiores desenvolvido nos
programas de exercícios pliométricos em
diversas modalidades esportivas. Pesquisas
realizadas entre ano de 1993 e 2007
demonstram resultados na melhoria da força
explosiva muscular em atletas de ambos os
gêneros, de diversas idades, nos mais
variados programas de exercícios pliométricos
e nas diversas modalidades esportivas:
Atletismo, Basquetebol, Futebol, Voleibol,
Natação, Futsal e Tênis de Campo. Conclui-se
baseando nos estudos de pesquisas
realizadas pelos os autores citados neste
artigo que, os programas de treinamento da
força explosiva muscular – Pliometria –
apresentaram melhoria nos níveis de força,
sendo assim, os exercícios pliométricos
favorecem na melhoria das condições físicas
de atletas que poderão fazer surtir diferenças
nos resultados positivos em competições.
Este estudo objetivou relacionar ganhos de flexibilidade decorrentes da participação em programa de exercício supervisionado com eventuais facilitações na execução de ações cotidianas em adultos. Os resultados mostraram que após o programa de exercício houve melhorias significativas na flexibilidade e na facilidade de execução de ações cotidianas. Além disso, observou-se correlação entre os ganhos de flexibilidade e as melhorias relatadas na execução das ações, sugerindo que aumentos na flexibilidade podem facilitar a realização de tarefas diárias.
RESUMO
Atualmente o treinamento de força vem sendo muito utilizado em diferentes
contextos e para diversos objetivos: atléticos, recreacionais, estéticos e
terapêuticos. Indubitavelmente, um dos exercícios mais utilizados no treinamento
de força, visando o desenvolvimento da musculatura inferior é o agachamento. O
presente trabalho teve como objetivo revisar diversos aspectos anatômicos,
cinesiológicos e biomecânicos do exercício agachamento, assim como suas
possíveis variações como as variações no posicionamento dos membros
inferiores, os efeitos da amplitude de execução, as diferenças entre o exercício
guiado e não guiado e as diferenças no posicionamento da barra em relação ao
tronco. O entendimento das diversas variações pode influenciar na correta
prescrição, correção e orientação deste exercício durante o treinamento de força
ou reabilitação. Desta forma, após os a análise dos trabalhos revisados, podemos
concluir que as diferentes variações e condições impostas ao exercício
agachamento podem acarretar em mudanças na ação dos músculos envolvidos,
na cinemática e/ou cinética do exercício, aumentando ou diminuindo sua
performance e/ou eficiência.
1) O estudo avaliou o efeito do método Pilates no nível intermediário-avançado na função muscular dos extensores e flexores do tronco de 20 indivíduos após 25 sessões de treinamento ao longo de 12 semanas.
2) Os resultados mostraram aumentos significativos na força, trabalho e potência dos músculos extensores do tronco e pequenos aumentos nos músculos flexores.
3) A relação entre flexores e extensores reduziu significativamente após o treinamento, indicando que o método Pilates
Este estudo avaliou o efeito de 25 sessões de Pilates (nível intermediário-avançado) ao longo de 12 semanas na função muscular da flexão e extensão do tronco em 20 voluntários. Os resultados mostraram um aumento significativo no pico de torque, trabalho total, potência e quantidade total de trabalho dos músculos extensores do tronco, bem como uma redução significativa na relação flexor:extensor após o treinamento. Isso sugere que o Pilates é uma ferramenta eficaz para fortalecer os músculos
O propósito do presente estudo foi analisar o comportamento da força muscular e da área muscular de braço
(AMBr) durante 24 semanas de treinamento com pesos (TP) e estabelecer possíveis associações entre essas variáveis. A
amostra foi composta por 18 homens, com idade de 18-30 anos. Para o cálculo da AMBr, foram utilizadas as medidas de
circunferência de braço relaxado e espessura de dobra cutânea de tríceps. Para a avaliação da força muscular foi utilizado
o teste de uma repetição máxima (1-RM) no exercício rosca direta de bíceps. O protocolo de TP teve uma duração de 24
semanas sendo dividido em três fases (F
1
, F
2
e F
3
) de oito semanas cada. Vale ressaltar que todas as medidas foram realizadas
antes, durante e após o término do período de TP. ANOVA para medidas repetidas, seguida do teste post hoc de Tukey (P <
0,05), foi utilizada para as comparações entre os indicadores de força e hipertrofia muscular. O coeficiente de correlação
de Pearson foi empregado para verificar as possíveis associações entre a força muscular e a AMBr. A força muscular e a
AMBr aumentaram de forma contínua durante todo o período com exceção do período inicial (F
1
). Sendo assim, conclui-
se que durante a fase inicial de treinamento o fator neural parece ter sido o grande responsável pelo aumento da força
muscular. Após esse período, o processo hipertrófico parece constituir-se gradativamente como fator essencial para os
aumentos da força muscular.
O documento descreve um estudo que investigou e comparou as adaptações agudas do treino de flexibilidade da articulação do quadril em atletas de ginástica rítmica utilizando duas técnicas: o alongamento estático e a técnica Mulligan - Long Leg Traction. Oito atletas foram divididas em dois grupos e submetidas aos protocolos por 11 sessões. Os resultados mostraram que o grupo submetido à técnica Mulligan obteve ganhos estatisticamente significativos superiores na amplitude de movimento em comparação ao grupo do along
Este artigo revisa estudos que comparam os efeitos do alongamento estático e da facilitação neuromuscular proprioceptiva (FNP) na flexibilidade. Alguns estudos encontraram maiores benefícios com a FNP, enquanto um estudo favoreceu o alongamento estático. No entanto, a maioria dos estudos não encontrou diferenças significativas entre as técnicas.
O documento apresenta uma revisão sistemática sobre o uso do método Pilates na reabilitação. Os principais achados são: (1) O Pilates pode ser usado na reabilitação de diferentes populações e com diferentes objetivos, como ganho de força e flexibilidade; (2) Estudos mostraram que o Pilates é eficaz no tratamento da lombalgia, independente da idade; (3) Quando aplicado corretamente, o Pilates apresenta poucas contraindicações e permite progressão individualizada de acordo com cada paciente.
a literatura apresenta dados sugerindo
que o alongamento estático, realizado como componente do
aquecimento, pode diminuir o desempenho subsequente
para movimentos que exigem força máxima e potência
muscular, como em “sprints” simples, ou diminuindo
a capacidade de sua execução múltipla, em inglês
conhecida como “Repeated Sprint Ability” (RSA)
Este documento revisa a literatura sobre a eficácia do método Pilates no tratamento da lombalgia crônica. O método Pilates melhora a dor lombar crônica, melhorando a flexibilidade e a postura. Vários estudos encontraram resultados positivos do método Pilates na redução da dor lombar e no aumento da força muscular. O método Pilates é uma opção eficaz e de baixo impacto para o tratamento da lombalgia crônica.
1) O documento discute os mitos e verdades sobre a flexibilidade e o alongamento, e seus efeitos na saúde humana.
2) Estudos mostram benefícios e prejuízos dos exercícios de alongamento, mas não há consenso sobre se eles previnem lesões.
3) Exercícios de alongamento moderados após o esforço físico podem evitar encurtamento muscular, mas não devem visar ganhos de flexibilidade quando os músculos estão cansados.
Este artigo revisa os benefícios e limites da prática do alongamento. Conclui-se que o alongamento não reduz a dor muscular tardia e não há evidências de que previne lesões, embora também não cause danos. O alongamento pode melhorar o desempenho esportivo em alguns casos. Alongamentos regulares podem aumentar a seção muscular e auxiliar no tratamento de lesões quando direcionados ao tecido lesionado.
Efeitos de um programa de treinamento de forca em portadores de hernia de dis...marcelosilveirazero1
Este estudo avaliou os efeitos de um programa de treinamento de força de 10 semanas em indivíduos com hérnia de disco lombar. Os resultados mostraram um aumento na massa muscular e uma redução no percentual de gordura no grupo que realizou o treinamento, mas não no grupo controle. O treinamento de força pode ser benéfico para esta população quando bem planejado e adaptado às necessidades individuais.
O documento discute os principais métodos de alongamento muscular, incluindo o estático, balístico e por facilitação neuromuscular proprioceptiva. Ele explica as propriedades dos tecidos moles envolvidos no alongamento e os benefícios e riscos associados a cada método.
O documento apresenta as principais recomendações sobre o treinamento de resistência muscular para idosos durante a pandemia da COVID-19. A revisão analisou 7 estudos e encontrou evidências de que o treinamento de resistência domiciliar utilizando exercícios com o peso do próprio corpo pode melhorar a função muscular e o desempenho funcional dos idosos de forma segura durante o período de isolamento social.
1) O estudo avaliou o efeito do método Pilates no nível intermediário-avançado na função muscular dos extensores e flexores do tronco de 20 pessoas após 25 sessões de treinamento ao longo de 12 semanas.
2) Os resultados mostraram aumentos significativos na força, trabalho e potência dos músculos extensores do tronco e pequenos aumentos nos músculos flexores.
3) A relação entre flexores e extensores reduziu significativamente após o treinamento, indicando que o método Pilates é efic
O documento discute a história e os benefícios da aptidão física relacionada à saúde. Começa com o livro "Aerobics" de Cooper na década de 1960 que popularizou exercícios aeróbicos. Descreve como a capacidade aeróbica, força muscular, flexibilidade e composição corporal são componentes importantes da aptidão física relacionada à saúde e como medir cada um.
1) O documento é uma revisão sistemática que avalia a efetividade do exercício físico no ambiente ocupacional para o controle da dor cervical, lombar e do ombro.
2) Foram encontradas evidências fortes de que o exercício físico é efetivo para o controle da dor cervical em trabalhadores sedentários, e evidências moderadas para o controle da dor lombar em trabalhadores que realizam atividades físicas.
3) Não foram encontrados resultados positivos para o controle da dor no omb
O documento discute a importância dos aspectos neuromotores como flexibilidade, força e resistência muscular para a saúde e desempenho físico. Aponta que exercícios regulares são essenciais para manter esses aspectos, especialmente com o envelhecimento. Também descreve os objetivos e métodos de avaliação da flexibilidade e força muscular, incluindo testes angulares, lineares e subjetivos para flexibilidade e testes isométricos, isotônicos e isocinéticos para força.
1) O documento discute a prescrição de atividades físicas por profissionais de educação física. 2) É importante avaliar a condição de saúde e nível de condicionamento físico do cliente antes de prescrever exercícios. 3) A frequência, duração e intensidade de exercícios devem ser prescritas de forma individualizada considerando fatores como idade e objetivos do cliente.
Este estudo comparou os efeitos de dois tipos de alongamento - global (Reeducação Postural Global) e segmentar - em variáveis de amplitude de movimento, flexibilidade, força e postura. Trinta mulheres foram divididas aleatoriamente em três grupos: Grupo Global, Grupo Segmentar e Grupo Controle. Os grupos experimentais realizaram oito sessões de alongamento de 30 minutos cada, enquanto o grupo controle não realizou alongamento. O Grupo Global e Segmentar melhoraram mais que o Controle nas variáveis de amplitude, flexibilidade e força, mas
O documento apresenta um capítulo sobre introdução à cinesioterapia. O capítulo discute:
1) O conceito de cinesioterapia e seus objetivos de tratamento utilizando exercícios terapêuticos;
2) A Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF) e como ela pode orientar a intervenção fisioterapêutica;
3) A Síndrome da Imobilidade e a importância da intervenção multidisciplinar.
Este estudo comparou os efeitos de 4 semanas de treinamento com pesos e circuito específico na força muscular e desempenho em corridas intermitentes de jovens futebolistas. Ambos os métodos aumentaram significativamente a força nos exercícios testados, mas nenhum promoveu melhorias na resistência aeróbica medida pelo teste Yo-Yo. Conclui-se que o treinamento com pesos e circuito são efetivos para aumentar a força, mas não a resistência, em jogadores de futebol.
Comparação entre dois sistemas de treino de força no desenvolvimento da força...gemusc
Este estudo comparou os efeitos de dois sistemas de treino de força (tradicional e piramidal) no desenvolvimento da força muscular máxima em 18 homens. Após oito semanas de treino, não houve diferenças significativas na força máxima de supino reto ou agachamento entre os sistemas ou antes e depois do treino. Os resultados sugerem que ambos os sistemas de treino produzem efeitos semelhantes na força muscular máxima.
O documento analisa a correlação entre flexibilidade e lombalgia em praticantes de pilates. Foram avaliados 30 praticantes quanto à intensidade da dor lombar e flexibilidade. Os resultados mostraram que 46,6% apresentavam lombalgia e a média de flexibilidade foi de 26,3 cm. Não houve correlação significativa entre flexibilidade e intensidade da dombalgia nos praticantes.
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2) Canguilhem analisa diferentes compreensões de saúde e doença ao longo da história, desde a Grécia Antiga até a medicina moderna, mostrando como esses conceitos são construídos social e historicamente.
3) Foucault também aborda a noção de loucura em diferentes épocas históricas, ligando-a a relações de poder.
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2) Foram entrevistados 44 pacientes com fibromialgia e realizadas traduções, avaliações de equivalência cultural e testes de confiabilidade e validade.
3) Os resultados mostraram que a versão brasileira do questionário, chamada de QIF, é um instrumento válido e confiável para avaliar a capacidade funcional e qualidade de vida de pacientes brasileiros com
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2) A prematuridade é responsável por cerca de 25% dos casos de paralisia cerebral, e quanto mais prematura a criança, maior o risco de comprometimentos neurológicos.
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1) O estudo avaliou a correlação entre o índice de massa corporal (IMC) e indicadores de distribuição de gordura em adultos e idosos.
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3) A correlação entre o IMC e a razão cintura/quadril foi menor, especialmente entre as idosas.
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1) O estudo avaliou a confiabilidade da versão brasileira da Escala de Fugl-Meyer em pacientes com hemiparesia crônica após AVC.
2) Os resultados mostraram alta confiabilidade inter e intra-observador tanto para a escala total quanto para suas subescalas.
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1. ALONGAMENTO MUSCULAR: suas implicações
na performance e na prevenção de lesões
título
Muscle stretching: implications at the performance and injury prevention
Paulo Henrique Foppa de Almeida[a]
, Danielle Barandalize[b]
, Danieli Isabel Romanovitch Ribas[c]
,
Daniela Gallon[d]
, Ana Carolina Brandt de Macedo[e]
, Anna Raquel Silveira Gomes[f]
[a]
Mestrando em Educação Física - Fisiologia da Performance Universidade Federal do Paraná (UFPR), Curitiba, PR - Brasil, e-
mail: paulofoppa@hotmail.com
[b]
Especialista em Fisioterapia Neurofuncional pela Universidade Positivo, Mestranda em Educação Física - Comportamento
Motor Universidade Federal do Paraná (UFPR), Curitiba, PR - Brasil, e-mail: danibranda@yahoo.com.br
[c]
Fisioterapeuta graduada pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), Professora das Faculdades do Brasil
(UNIBRASIL), Curitiba, PR - Brasil, e-mail: danieliribas@yahoo.com.br
[d]
Fisioterapeuta graduada pela Universidade Tuiuti do Paraná (UTP), Mestranda em Educação Física - Fisiologia da Performance
Universidade Federal do Paraná (UFPR), Curitiba, PR - Brasil, e-mail: danigallon@yahoo.com.br
[e]
Fisioterapeuta graduada pela Universidade Católica do Paraná (PUCPR), Professora do curso de Fisioterapia da Universidade
Tuiuti do Paraná (UTP), Faculdades do Brasil (UNIBRASIL), Curitiba, PR - Brasil, e-mail: acbrandt@bol.com.br
[f]
Fisioterapeuta graduada pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), Professora do curso de Fisioterapia da
Universidade Federal do Paraná, Setor Litoral (UFPR - Litoral), Professora do Mestrado em Educação Física da Universidade
Federal do Paraná (UFPR), Curitiba, PR - Brasil, e-mail: annaraquesg@gmail.com
Resumo
INTRODUÇÃO: Os exercícios de alongamento muscular estão entre os mais comumente utilizados na
reabilitação e na prática esportiva e são muito estudados, porém, seu efeito no desempenho esportivo e na
prevenção de lesões ainda é polêmico. Assim, o objetivo deste estudo foi realizar uma revisão de literatura
sobre as implicações do alongamento na performance e na prevenção de lesões. METODOLOGIA: Foi
realizada pesquisa no Medline, Lilacs, Pubmed e Cochrane, considerando o período de 1990 a 2008, em três
combinações de palavras-chave: alongamento e músculo esquelético e duração e frequência “stretching and
skeletal muscle and duration and frequency” (grupo I); alongamento e músculo esquelético e performance “stretching
and skeletal muscle and performance” (grupo II), e alongamento e músculo esquelético e lesão e prevenção:
“stretching and skeletal muscle and injury and prevention” (grupo III). RESULTADOS: Dos grupos I e II foram
utilizados 17 artigos e do Grupo III 26 artigos. A exclusão dos estudos ocorreu em virtude da leitura do
título e do resumo e por não terem sido realizados com sujeitos saudáveis, ou não estarem relacionados com
exercícios de alongamento, performance e prevenção de lesões. CONCLUSÃO: Observou-se que a prática
do alongamento agudo apresenta efeito prejudicial à performance muscular e que a realização antes do exercício
não implica em menor número de lesões. Já o alongamento crônico acarreta em melhoras na performance e
prevenção de lesões a longo prazo. Acredita-se que há outros mecanismos, provavelmente relacionados ao
processo de aquecimento, que justificaria menor incidência de lesões e melhora na performance.
Palavras-chave: Exercícios de alongamento muscular. Desempenho atlético. Traumatismos em atletas.
ISSN 0103-5150
Fisioter. Mov., Curitiba, v. 22, n. 3, p. 335-343, jul./set. 2009
Licenciado sob uma Licença Creative Commons
Fisioter Mov. 2009 jul/set;22(3):335-343
2. 336 Almeida PHF, Barandalize D, Ribas DIR, Gallon D, Macedo ACB, Gomes ARS.
Fisioter Mov. 2009 jul/set;22(3):335-343
Abstract
INTRODUCTION: Stretching exercises are commonly used in rehabilitation and sports and
are extensively studied, although, their effects on sports performance and injury prevention is
controversial Thus, the purpose of this manuscript was to review current knowledge about
stretching implications on sports performance and to prevent skeletal muscle lesions.
METODOLOGIA: The research was made on Medline, Lilacs, Pubmed e Cochrane, in the
period between 1990 to 2008, thought 3 key-words combinations: “stretching and skeletal muscle
and duration and frequency” (group I); “stretching and skeletal muscle and performance” (group
II), and “stretching and skeletal muscle and injury and prevention” (group III). RESULTS:
Both groups I and II were used 17 papers and the Group III 26 articles. The eligibility criteria
was according to the paper title and abstract and also because it was not included health subjects
or relation to stretching exercise, performance and injury prevention CONCLUSION: It was
found some studies that demonstrated the acute effect of stretching impair in the muscular
performance and also did not prevent muscle injury. However, chronic stretching developed
performance gains and decrease muscular wound in long terms. It is supposed that there are
other mechanisms, probably involved with the warm up to explain the decrease in the injury
incidence and improving physical performance.
Keywords: Muscle stretching exercises. Athletic performance. Athletic injuries.
INTRODUÇÃO
Os exercícios de alongamento muscular estão entre os mais comumente utilizados na reabilitação
e na prática esportiva. São técnicas utilizadas para aumentar a extensibilidade musculotendínea e do tecido
conjuntivo muscular e periarticular, contribuindo para aumentar a flexibilidade (1). Existem basicamente três
métodos de alongamento para desenvolver a flexibilidade: o alongamento passivo, o ativo e a facilitação
neuromuscular proprioceptiva (FNP). Apesar de o método FNP ser o mais eficaz, o alongamento estático é
o mais utilizado, pois é o método mais seguro, simples e com menor risco de lesão (2). No método estático,
o membro é mantido em posição estacionária em seu maior comprimento possível por um período de 15 a
60 segundos (1). De acordo com Bandy (3) o procedimento deve ser realizado de forma lenta e gradual para
evitar a resposta neurológica do reflexo do estiramento e estimular a atividade dos órgãos tendinosos de Golgi.
Os efeitos do alongamento muscular têm sido estudados de forma extensiva recentemente.
Dentre os aspectos mais polêmicos, nestes estudos destacam-se a influência do aquecimento muscular
prévio ao alongamento, influência deste na performance esportiva e na prevenção de lesões.
Durante décadas, o alongamento antes do treinamento físico tem sido uma prática comum
em todos os níveis do desporto. Contudo, tem-se demonstrado que o alongamento pré-exercício não
reduz as taxas de lesões e, em alguns casos, pode predispor a lesão, ou seja, é provável que haja pouco
ou nenhum benefício na prevenção de lesões quando o atleta é submetido ao exercício de alongamento
antes da sessão de treinamento (4).
Levando em consideração o número de estudos realizados a respeito de alongamento
muscular e suas contradições, este trabalho tem como objetivo realizar uma revisão de literatura sobre
as implicações do alongamento na performance e na prevenção de lesões.
METODOLOGIA
Para a realização do presente estudo foi realizada pesquisa dos artigos indexados nas bases
de dados Medline, Lilacs, Pubmed e Cochrane, considerando o período de 1990 a 2008. A busca foi dividida
3. 337Alongamento muscular
Fisioter Mov. 2009 jul/set;22(3):335-343
em três grupos, nos quais as palavras-chave foram combinadas de acordo com o assunto pesquisado em
cada etapa: para duração e frequência do alongamento foi utilizada “stretching and skeletal muscle and
duration and frequency”; para alongamento e performance “stretching and muscle and performance”, e para
alongamento e lesão: “stretching and muscle and injury and prevention”.
Foram encontrados 100 artigos para o grupo 1 - duração e frequência, destes, 30 foram
selecionados após a leitura dos resumos, dos quais 17 foram utilizados para a elaboração do manuscrito.
Para o grupo 2 - alongamento e performance, foram localizados 200 artigos, dos quais foram
selecionados 44 a partir da leitura do título. Destes, 17 foram selecionados a partir da leitura dos
resumos. No Grupo 3 - alongamento e lesão, foram encontrados 94 artigos e por meio da leitura dos
resumos foram excluídos 68, sendo, portanto, utilizados 26 artigos referentes a este tema. A exclusão
dos estudos citados ocorreu em virtude de estes não terem sido realizados com sujeitos saudáveis, ou
não estarem relacionados com exercícios de alongamento, performance e prevenção de lesões.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
GRUPO 1 - Duração e frequência
Diversos estudos já foram realizados na tentativa de estabelecer os melhores parâmetros de
duração e frequência do alongamento (5-11). Um dos clássicos foi o de Bandy e Iron (5) que estudaram os
efeitos do alongamento de 15, 30 e 60s durante 6 semanas em humanos, mostrando que tanto o alongamento
de 30s quanto o de 60s foram eficazes, concluindo que 30 segundos é tempo suficiente para se obter ganho
de amplitude de movimento (ADM) em adultos jovens. Os mesmos autores (6) posteriormente analisaram
a quantidade de repetições que deveria ser realizado o exercício por dia e não encontraram diferenças entre
os grupos que realizaram 3 repetições e o que realizou somente uma execução.
Zito et al. (7) verificaram que o alongamento passivo mantido durante 15s não aumentou
a ADM do tornozelo. Roberts e Wilson (8) compararam o alongamento mantido 5s, repetido 9 vezes e
o mantido 15s, por 3 vezes, ambos realizados 3 vezes por semana durante 5 semanas, em universitários
praticantes de atividade física, concluindo que o segundo grupo foi mais eficaz no aumento da ADM
passiva e ativa de flexão de quadril e flexão e extensão de joelho.
Cipriani et al. (9) também compararam 2 protocolos: um de 10s repetidos 6 vezes e o outro
de 30s repetidos 2 vezes, ambos com duração total de 1 minuto, realizados todos os dias durante 6
semanas. Não foi observada nenhuma diferença significativa entre os grupos no ganho de ADM.
Magnusson et al. (10) verificaram diminuição da rigidez, nos músculos isquiotibiais de
humanos, com 5 repetições de alongamento de 30 segundos. Halbertsma et al. (11) observaram que o
alongamento em isquiotibiais encurtados, realizados por quatro semanas, duas vezes ao dia, 10 minutos
de cada vez, não mostrou diferença na extensibilidade e sim um aumento na tolerância ao alongamento.
GRUPO 2 - Alongamento e performance
Pesquisas realizadas para verificar a influência do alongamento agudo no salto vertical
constataram que este tinha sua performance diminuída (12-16). Comparou-se os efeitos de diversas
formas de aquecimento na força explosiva e constatou que a corrida submáxima e a realização de saltos
apresentaram efeitos positivos na força explosiva e na performance de saltos, enquanto o alongamento
estático apresentou influência negativa nestas variáveis (12).
O alongamento por facilitação neuromuscular proprioceptiva (FNP), quando comparado
com o aquecimento geral ou com o alongamento estático, apresentou diminuição da performance no
teste de salto vertical (13).
4. 338
Knudson et al. (14), ao analisarem o alongamento prévio ao teste de salto vertical,
constataram que houve pequenas diminuições da performance em alguns sujeitos. Contudo, não houve
mudanças significativas na biomecânica do movimento, sugerindo que a inibição neuromuscular pode
ser o mecanismo mais importante que as mudanças na rigidez muscular.
A força explosiva do salto apresentou diminuição em estudo realizado por Young e Elliott (15)
após a realização do alongamento estático. Os autores sugerem que o aumento agudo na flexibilidade
musculotendínea pode ter um efeito negativo em atividades que envolvam produção de força explosiva.
Em estudo realizado para verificar o efeito agudo do alongamento do músculo quadríceps
no pico de torque, foi verificado que o tempo de 30 e 60 segundos de manutenção do alongamento
ocasionaram diminuição de 8.5% e 16% no pico de torque do quadríceps respectivamente, porém os
tempos de 20 segundos, 10 segundos e o grupo controle (sem alongamento) não apresentaram diferenças
em relação ao torque (16).
Comparando diversas formas de aquecimento na performance de um sprint de 20 metros, em
homens atletas de rugby, foi verificado que os alongamentos estáticos aumentaram o tempo do sprint,
enquanto o alongamento dinâmico diminuiu este tempo. Esta diminuição da performance nos grupos
de alongamento estático foi atribuída a um aumento na flexibilidade da unidade musculotendínea,
diminuindo sua capacidade de absorver energia na fase excêntrica do movimento (17).
Em revisão de Shrier (18) foi verificado que embora os efeitos agudos do alongamento
resultem em diminuição da força e velocidade de contração muscular, a realização crônica de exercícios
de alongamento leva a aumentos na força e velocidade à longo prazo. Desta forma, o pesquisador sugere
que o alongamento deveria ser realizado após a realização de exercícios ou numa sessão à parte.
Em estudo que verificou a influência de um programa de 10 semanas de alongamento
crônico na economia da corrida, não foram encontrados resultados favoráveis nem influência negativa
desta prática (19).
Quando submetidos a um protocolo de 15 dias de alongamento muscular para isquiostibiais,
13 cadetes com diminuição de flexibilidade destes músculos, apresentaram aumento da flexibilidade e
aumento na performance em salto em distância (20).
Em outro estudo, foi constatado que apenas a realização de exercício de alongamento para
membros inferiores, no período de 10 semanas, três vezes por semana, num total de 15 exercícios com
3 repetições de 15 segundos, em cada sessão de 40 minutos, aumentou a flexibilidade (18,1%), a
performance no salto vertical (6.7%), salto em distância (2.3%), 20m-sprint (1.3%), 1 RM (30.4%) e
60% RM (32.4%) em 38 voluntários (21).
Alguns estudos (22-24) demonstraram que o alongamento não ocasiona alterações na
performance muscular. Em um estudo realizado com o objetivo de verificar se a performance muscular
na extensão de joelho em pré-adolescentes era influenciada pelo alongamento estático de 30 segundos
foi constatado que tal influência não ocorreu (22).
Em estudo feito por Unick et al. (23) com mulheres treinadas, onde foram realizados
alongamentos estático e balístico 15 ou 30 minutos previamente ao teste de salto vertical, ambos
alongamentos não influenciaram esta performance.
Não foi observada redução na performance do serviço do tênis (velocidade e precisão) com
a realização de alongamento adicionado a 5 minutos de aquecimento, independente do nível de
habilidade, idade ou sexo (24). Estudo com estudantes atletas mostrou que em 3 semanas (6 sessões de
alongamento) houve melhora da ADM, porém esta melhora da flexibilidade não contribui na economia
da caminhada ou corrida (25).
GRUPO 3 - Alongamento e lesão muscular
Existe um conflito de opiniões sobre os métodos de reduzir o risco de lesão muscular durante
a atividade física. Vários pesquisadores expõem diferentes opiniões sobre a efetividade dos protocolos
de aquecimento e alongamento na redução de lesões (26-29).
Almeida PHF, Barandalize D, Ribas DIR, Gallon D, Macedo ACB, Gomes ARS.
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5. 339
É comum atletas realizarem alongamento muscular antes do exercício ou treino com o
objetivo de prevenir lesão (29). No entanto, a eficiência do alongamento com esse objetivo não têm sido
sustentado por alguns estudos (27, 30, 31).
Shehab et al. (32), em pesquisa descritiva, avaliaram várias escolas públicas por meio de
questionários, com o qual, procuraram analisar o conhecimento e práticas adotadas pelos professores na
prescrição do alongamento antes de uma atividade esportiva. A maioria dos professores aplicavam em média
13 minutos de alongamentos variados antes de um treino ou competição. Um percentual de 95% dos professores
acreditam que o exercício de alongamento antes do treinamento é benéfico na prevenção de lesões.
Pope et al. (27) examinaram a eficiência do alongamento em reduzir lesão no membro inferior de
homens recrutas. Durante 12 semanas de treinamento um grupo realizou aquecimento antes das sessões de treino
eoutrogrupo,alémdoaquecimentorealizouumarepetiçãodealongamentoestáticomantidopor20segundospara
seis grandes músculos dos membros inferiores. Os autores não encontraram efeito significativo do alongamento
para prevenir lesões, tanto dos tecidos moles quanto ósseo. Em outro estudo realizado por Pope et al. (33),
envolvendo 1.093 recrutas militares, foi observado os efeitos do alongamento de gastrocnêmios e sóleo realizando
antes da atividade física sobre a incidência de lesão. Cada participante realizou treinamento físico em dias
alternados durante 11 semanas, totalizando 40 sessões. Constatou-se que a prática de alongamento estático antes
do exercício não foi capaz de produzir uma redução estatisticamente relevante na incidência de lesões. Com os
resultados de ambos os estudos, os autores sustentam que a incidência de lesão está estritamente ligada à idade
e ao nível de condicionamento físico, e não à prática de alongamento estático antes da atividade física.
No entanto, Amako et al. (29) realizaram um estudo prospectivo onde analisaram o efeito
do alongamento estático sobre a prevenção de lesão em recrutas militares. Os sujeitos foram divididos
em 2 grupos, sendo que o primeiro grupo (n=518) foi submetido ao programa de exercício de
alongamento antes e após o treinamento físico, e o segundo grupo (n=383) foi submetido apenas ao
programa de treinamento físico. Os resultados mostram que o grupo que foi submetido ao alongamento
antes e após o treinamento físico teve uma incidência menor de lesões músculo-esqueléticas quando
comparado ao grupo que não foi alongado.
Hebert e Gabriel (4) ao revisarem a literatura concluíram que há pouca evidência para apoiar
a ideia de que o alongamento antes do exercício previne lesões. Dos artigos encontrados, seis analisaram
o efeito do alongamento na dor muscular tardia e apenas dois investigaram o efeito do alongamento na
redução do risco de lesão. Os resultados mostram que o alongamento antes e depois do exercício não
produziu diminuição significativa no risco de lesão e na protelação da dor muscular tardia.
Os achados de Hebert e Gabriel (4) são sustentados pela revisão realizada por Thacker et al.
(34) que concluíram que o alongamento não era significativamente associado com a redução das lesões,
embora não haja evidências suficientes para abortar a rotina de alongamentos antes e depois do exercício.
Brooks et al. (35) realizaram um estudo de coorte para analisar a incidência de lesões dos
músculos isquiotibiais em atletas profissionais de rugby, no qual observaram que a incidência da lesão dos
músculos isquiotibiais foi 0,27 por jogador em 1000 horas de treinamento e de 5,6 por 1000 horas de jogo.
As lesões resultaram em média em 17 dias de tratamento, onde os casos de lesões recorrentes (23%)
impediram o atleta de treinar em média por 25 dias. As atividades de corrida representaram 68% das lesões
musculares dos músculos isquiotibiais. Contudo, as lesões resultantes do chute foram as mais graves (36 dias
de afastamento dos treinos). Os jogadores foram submetidos a um programa de alongamento e fortalecimento
muscular que resultou em menores incidências de lesões musculares durante o treino e competição.
Black e Stevens (31) afirmaram que a natureza do dano muscular em humanos é semelhante
a dos modelos animais, conduzindo um estudo com 22 ratas para testar a hipótese de que o alongamento
agudo antes da lesão reduziria o déficit de força e trabalho resultantes de lesão produzida por contração
excêntrica. Os autores concluíram que os músculos que eram alongados antes da lesão não mostraram
redução no déficit de força e trabalho quando comparados aos músculos não alongados.
A eficácia do alongamento em prevenir lesões ainda não é bem conhecida, e fatores como
idade, tipo de alongamento, frequência de treino, duração, e intensidade devem ser considerados na
prevenção de lesões. Desta forma, há pouca evidência sobre a relação entre o aumento de flexibilidade
e a redução da incidência de lesão (36, 37).
Alongamento muscular
Fisioter Mov. 2009 jul/set;22(3):335-343
6. 340
Shrier (38) questiona o porquê de se aumentar a amplitude de movimento para prevenir
lesões se a maioria delas ocorre, geralmente, com a amplitude de movimento normal. Alguns autores
inclusive descrevem que a lesão ocorre durante a contração excêntrica, sendo recomendado exercício
excêntrico para prevenção das lesões músculo esquelético (33, 37).
Em sua revisão de literatura, Thacker et al. (34) observaram que as lesões possuem muitos
fatores de risco como idade, extremos de índice de massa corporal, diminuição da aptidão física,
inexperiência, baixa estatura, aumento da massa gorda, desequilíbrio de força muscular, histórias de
lesões prévias, aumento da duração e frequência do treinamento.
Segundo Witvrouw et al. (39), as contradições sobre a relação entre alongamento e
prevenção de lesão podem ser explicadas se forem considerados os tipos de esportes. Afirmando que
esportes com alta intensidade do ciclo alongamento-encurtamento requerem maior elasticidade músculo-
tendínea, consequentemente técnicas que melhorem essa elasticidade podem reduzir o risco de lesão.
Quando o esporte é de baixa intensidade, não precisando de muita elasticidade músculo-tendínea, o
alongamento pode não ser tão vantajoso.
Hartig e John (40) investigaram se o aumento de flexibilidade da unidade músculo-tendínea
dos isquiotibiais poderia diminuir o número de lesões por overuse nos membros inferiores de militares.
Realizaram um protocolo de alongamento com três sessões diárias durante 13 semanas de treinamento,
observou-se aumento da flexibilidade e consequente redução no número de lesões. Os resultados
sugerem que a flexibilidade mostrou ter relação na diminuição de lesões, recomendando que o
alongamento seja aplicado várias vezes ao dia para a manutenção dos resultados.
Na revisão de literatura realizada por Woods et al. (26), os autores enfatizam a importância
de definir e classificar os diferentes tipos de lesão para que sejam avaliadas separadamente. Foi
concluído que o aquecimento deve ser implementado antes do exercício físico e que o alongamento,
visando ganho de flexibilidade, deve ser parte da rotina de treinamento, pois acreditam que as lesões
ocorrem por um alongamento além dos limites e com isso, o aumento da flexibilidade diminua
potencialmente o risco de lesões músculo-tendíneas durante a execução do mesmo.
Fradkin et al. (41) realizaram uma análise sistemática de estudos ensaios controlados e
randomizados, na qual investigou-se os efeitos do aquecimento sobre a prevenção de lesões. Dos cinco
estudos selecionados, três reportaram que o aquecimento realizado antes do exercício reduziu
significativamente a incidência de lesão, porém outros dois estudos constaram que o aquecimento não
foi eficaz na prevenção de lesões. Não há evidências suficientes para aprovar ou interromper a rotina
de aquecimento antes do exercício físico para evitar lesões desportivas entre os participantes.
Nyland et al. (42) observaram em diversas escolas do ensino médio a importância da
percepção na prevenção de lesão muscular, do aquecimento, resfriamento e desempenho atlético sobre
a flexibilidade dos músculos isquiotibiais de atletas adolescentes. Os pesquisadores ressaltaram que as
meninas relataram possuir uma maior flexibilidade do músculo isquiotibiais que os meninos, no entanto
os atletas do sexo masculino reportaram que o alongamento do músculo isquiotibiais tinha uma maior
importância para seu desempenho atlético. Porém, não houve diferença significativa entre os grupos
(prevenção da lesão, resfriamento, aquecimento e desempenho atlético).
Pope et al. (27, 33) trazem uma ressalva importante: o nível de condicionamento físico está
intimamente ligado a uma maior ou menor incidência de lesões. O que significa, portanto, menor risco de
ocorrênciadelesõesparaummelhorcondicionamentomuscular.Dentreoutrascaracterísticasdocondicionamento
físico pode-se citar, em termos de estrutura tecidual, maior recrutamento neuromuscular de fibras, maior
capacidade das fibras de absorver energia e transferi-la para o sistema ósseo e maior quantidade de substrato
energético. No entanto, a prática de alongamento não resulta na obtenção destes fatores (22).
Existe uma necessidade de estudos científicos de alta qualidade, nos quais os efeitos do
alongamento para prevenção de lesão sejam verificados nos vários tipos de lesões e esportes. A etiologia,
fatores de risco e o mecanismo de lesão precisam ser identificados antes de iniciar uma medida ou
programa para prevenir lesões no esporte. O tipo, frequência, intensidade e duração do treinamento são
as maiores causas de lesão por overuse. Além disso, excesso de peso, fraqueza muscular, falta de
flexibilidade, doenças predisponentes e anormalidades anatômicas predispõem o indivíduo à lesão (43).
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Baseado nos autores, citados nesta revisão, verifica-se que 30 segundos de alongamento
muscular realizado uma vez por dia são suficientes para promover ganhos na extensibilidade muscular
de adultos jovens, e não há diferenças em relação a tempos de manutenção superiores a 30 segundos.
Para indivíduos com idade de 65 anos o alongamento deve ser mantido por 60 segundos.
Em relação à performance e ao alongamento, os autores pesquisados mostram que o alongamento
agudo, realizado antes da prática esportiva e ou de exercícios, promove diminuição da performance muscular
principalmente em salto vertical. Quando comparado os tipos de alongamentos musculares, foi verificado
que o FNP e o estático são os que mais induzem déficits na performance do músculo quando comparado com
o balístico. No entanto, em estudos que envolveram programas de alongamento e verificaram seus efeitos
crônicos, constatou-se que o alongamento realizado antes da prática esportiva ou do exercício, trouxe ganhos
para a flexibilidade e performance muscular no longo prazo.
A relação da eficiência do alongamento antes do exercício ou treino com o objetivo de
prevenir lesões não tem sido sustentado por muitos autores, apesar de existir controvérsias à respeito
do assunto. Os autores aqui descritos acreditam que a incidência de lesão está estritamente ligada a
idade e ao nível do condicionamento e não a prática de alongamento estático antes da atividade física.
Desta forma, com a realização desta revisão de literatura, foi possível constatar que em
certos casos a prática do alongamento agudo apresenta efeito prejudicial a performance muscular e que
a realização do alongamento antes do exercício não implica em menor número de lesões. Acredita-se que
há outros mecanismos, provavelmente relacionados ao processo de aquecimento, que justificaria uma
menor incidência de lesões e melhora na performance.
Recomenda-se realizar avaliação criteriosa para a prescrição do exercício de alongamento,
contribuindo desta forma para melhores resultados tanto no treinamento quanto na reabilitação e
prevenção de lesões. Assim, mais estudos de alta evidência deveriam ser desenvolvidos para investigar
os efeitos do alongamento na prevenção das lesões musculares.
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Recebido: 19/08/2008
Received: 08/19/2008
Aprovado: 10/03/2009
Approved: 03/10/2009
Revisado: 21/09/2009
Reviewed: 09/21/2009
Alongamento muscular
Fisioter Mov. 2009 jul/set;22(3):335-343