a literatura apresenta dados sugerindo
que o alongamento estático, realizado como componente do
aquecimento, pode diminuir o desempenho subsequente
para movimentos que exigem força máxima e potência
muscular, como em “sprints” simples, ou diminuindo
a capacidade de sua execução múltipla, em inglês
conhecida como “Repeated Sprint Ability” (RSA)
A profissionalização do esporte forneceu o alicerce para que atletas de elite se
concentrassem apenas nos treinos e competições. Além disso, o esporte de alto
desempenho e a importância de desempenhos bem sucedidos levou atletas e
técnicos a continuamente buscar qualquer vantagem que possa melhorar o
desempenho. A velocidade e qualidade da recuperação são extremamente
importantes para o atleta de alto desempenho e a recuperação ideal pode
fornecer vários benefícios durante treinamento repetitivo e competição de alto
nível. Daí a importância da investigação de diferentes intervenções de
recuperação e seus efeitos sobre a fadiga, lesões musculares, recuperação e
desempenho.
ALONGAMENTO MUSCULAR: suas implicações na performance e na prevenção de lesõesFernando Farias
Os exercícios de alongamento muscular estão entre os mais comumente utilizados na
reabilitação e na prática esportiva e são muito estudados, porém, seu efeito no desempenho esportivo e na
prevenção de lesões ainda é polêmico.
Efeito agudo do alongamento estático e facilitação neuromuscular proprioceti...Fernando Farias
O objetivo do presente estudo foi verificar o efeito agudo do alongamento estático e facilitação
neuromuscular propriocetiva (FNP) no desempenho do número de repetições máximas (RM) numa
sessão de treino de força (STF). Seis visitas foram realizadas. Nas três primeiras adotou-se uma
familiarização com os protocolos de alongamento e teste e reteste de 12RM.
Efeito agudo do alongamento estático nos antagonistas sobre o teste de repet...Fernando Farias
Diversos estudos observaram redução significativa no desempenho de repetições
máximas após aplicação do alongamento estático (AE). O objetivo do estudo foi verificar o efeito
agudo do AE nos antagonistas sobre o desempenho de repetições dos agonistas. Participaram
do estudo 11 indivíduos com experiência prévia em treinamento de força (24,18 ± 3,54 anos
de idade, 75,21 ± 9,32kg, 177 ± 0,71 cm). Em quatro sessões foram realizados 4 protocolos
experimentais: MFSA - mesa flexora sem AE; MFA - mesa flexora após AE nos antagonistas;
RBSA - rosca bíceps no banco scott sem AE; RBA - rosca bíceps após AE nos antagonistas
O tema recuperação pós-exercício (RPE) tem sido foco de intensas reflexões, em razão da importância que representa dentro dos atuais programas de treinamento físico em diferentes níveis de desempenho, especialmente no alto nível em que os atletas treinam mais de uma vez por dia
Todos os dias, em diferentes locais nos quais se pratica
esportes no mundo todo, atletas preparam-se para competir
com um ritual familiar de alongar os principais
grupos musculares requisitados para aquele esporte.
Essas rotinas de pré-exercícios costumam incorporar
uma variedade de técnicas de alongamento e exercícios
de aquecimento. Textos de medicina esportiva, artigos
de periódicos para profissionais de saúde e treinadores,
e publicações leigas promovem o alongamento como
fundamental para diminuir o risco às lesões.
Pliometria e o aumento da força muscular explosivaFernando Farias
O Ciclo Alongamento Encurtamento, mais
conhecido como Pliometria, refere-se ao
método e tipos de exercícios aplicados a um
programa de treinamento visando melhoria da
força explosiva muscular. Este artigo tem
como objetivo principal verificar através de
pesquisas realizadas por diversos autores, as
alterações na força muscular explosiva de
membros inferiores desenvolvido nos
programas de exercícios pliométricos em
diversas modalidades esportivas. Pesquisas
realizadas entre ano de 1993 e 2007
demonstram resultados na melhoria da força
explosiva muscular em atletas de ambos os
gêneros, de diversas idades, nos mais
variados programas de exercícios pliométricos
e nas diversas modalidades esportivas:
Atletismo, Basquetebol, Futebol, Voleibol,
Natação, Futsal e Tênis de Campo. Conclui-se
baseando nos estudos de pesquisas
realizadas pelos os autores citados neste
artigo que, os programas de treinamento da
força explosiva muscular – Pliometria –
apresentaram melhoria nos níveis de força,
sendo assim, os exercícios pliométricos
favorecem na melhoria das condições físicas
de atletas que poderão fazer surtir diferenças
nos resultados positivos em competições.
A profissionalização do esporte forneceu o alicerce para que atletas de elite se
concentrassem apenas nos treinos e competições. Além disso, o esporte de alto
desempenho e a importância de desempenhos bem sucedidos levou atletas e
técnicos a continuamente buscar qualquer vantagem que possa melhorar o
desempenho. A velocidade e qualidade da recuperação são extremamente
importantes para o atleta de alto desempenho e a recuperação ideal pode
fornecer vários benefícios durante treinamento repetitivo e competição de alto
nível. Daí a importância da investigação de diferentes intervenções de
recuperação e seus efeitos sobre a fadiga, lesões musculares, recuperação e
desempenho.
ALONGAMENTO MUSCULAR: suas implicações na performance e na prevenção de lesõesFernando Farias
Os exercícios de alongamento muscular estão entre os mais comumente utilizados na
reabilitação e na prática esportiva e são muito estudados, porém, seu efeito no desempenho esportivo e na
prevenção de lesões ainda é polêmico.
Efeito agudo do alongamento estático e facilitação neuromuscular proprioceti...Fernando Farias
O objetivo do presente estudo foi verificar o efeito agudo do alongamento estático e facilitação
neuromuscular propriocetiva (FNP) no desempenho do número de repetições máximas (RM) numa
sessão de treino de força (STF). Seis visitas foram realizadas. Nas três primeiras adotou-se uma
familiarização com os protocolos de alongamento e teste e reteste de 12RM.
Efeito agudo do alongamento estático nos antagonistas sobre o teste de repet...Fernando Farias
Diversos estudos observaram redução significativa no desempenho de repetições
máximas após aplicação do alongamento estático (AE). O objetivo do estudo foi verificar o efeito
agudo do AE nos antagonistas sobre o desempenho de repetições dos agonistas. Participaram
do estudo 11 indivíduos com experiência prévia em treinamento de força (24,18 ± 3,54 anos
de idade, 75,21 ± 9,32kg, 177 ± 0,71 cm). Em quatro sessões foram realizados 4 protocolos
experimentais: MFSA - mesa flexora sem AE; MFA - mesa flexora após AE nos antagonistas;
RBSA - rosca bíceps no banco scott sem AE; RBA - rosca bíceps após AE nos antagonistas
O tema recuperação pós-exercício (RPE) tem sido foco de intensas reflexões, em razão da importância que representa dentro dos atuais programas de treinamento físico em diferentes níveis de desempenho, especialmente no alto nível em que os atletas treinam mais de uma vez por dia
Todos os dias, em diferentes locais nos quais se pratica
esportes no mundo todo, atletas preparam-se para competir
com um ritual familiar de alongar os principais
grupos musculares requisitados para aquele esporte.
Essas rotinas de pré-exercícios costumam incorporar
uma variedade de técnicas de alongamento e exercícios
de aquecimento. Textos de medicina esportiva, artigos
de periódicos para profissionais de saúde e treinadores,
e publicações leigas promovem o alongamento como
fundamental para diminuir o risco às lesões.
Pliometria e o aumento da força muscular explosivaFernando Farias
O Ciclo Alongamento Encurtamento, mais
conhecido como Pliometria, refere-se ao
método e tipos de exercícios aplicados a um
programa de treinamento visando melhoria da
força explosiva muscular. Este artigo tem
como objetivo principal verificar através de
pesquisas realizadas por diversos autores, as
alterações na força muscular explosiva de
membros inferiores desenvolvido nos
programas de exercícios pliométricos em
diversas modalidades esportivas. Pesquisas
realizadas entre ano de 1993 e 2007
demonstram resultados na melhoria da força
explosiva muscular em atletas de ambos os
gêneros, de diversas idades, nos mais
variados programas de exercícios pliométricos
e nas diversas modalidades esportivas:
Atletismo, Basquetebol, Futebol, Voleibol,
Natação, Futsal e Tênis de Campo. Conclui-se
baseando nos estudos de pesquisas
realizadas pelos os autores citados neste
artigo que, os programas de treinamento da
força explosiva muscular – Pliometria –
apresentaram melhoria nos níveis de força,
sendo assim, os exercícios pliométricos
favorecem na melhoria das condições físicas
de atletas que poderão fazer surtir diferenças
nos resultados positivos em competições.
Segundo Verkhoshanski (1998), "o método de choque é destinado ao desenvolvimento da força
rápida dos músculos e da capacidade reativa do aparelho neuromuscular".
O método de choque foi criado na ex-União Soviética no final de década de 50, por Iuri
Verkhoshanski, que o idealizou ao observar o enorme potencial da sobrecarga gerada pela energia
cinética dos saltos. O autor cita como exemplo nosso atleta João do Pulo, que desenvolvia, na
segunda passada do salto triplo, um esforço médio de 300 kg em uma das pernas em um período de
apenas 0,125 segundo.
Algum tempo depois de sua criação, o método foi descoberto por treinadores de outros países, com
destaque para pesquisadores importantes e competentes como Carmelo Bosco (Itália), Paavo Komi
(Finlândia) e Dietmar Schimdtbleicher (Alemanha). Após a passagem pela Europa, o método de
choque finalmente chegou aos Estados Unidos onde foi (in)devidamente alterado e mal aplicado,
recebendo o nome genérico de pliometria.
Pliometria a ousadia no treinamento desportivoFernando Farias
Nos anos 60, o pesquisador russo Verkhoshansky revolucionou o treinamento desportivo ao criar o
modelo de periodização em blocos, pois confrontou o modelo clássico de Matveev. O modelo tinha
como principal característica as cargas concentradas de força.
Segundo Riehl (2004), "os exercícios desenvolvidos por Verkhoshansky foram amplamente
difundidos como um método de melhoria de força e explosão, cuja fundamentação teórica
desenvolveria a habilidade reativa do aparelho neuromuscular".
Um dos métodos mais difundidos fora o treino pliométrico, sendo "o russo o primeiro investigador
soviético a propor uma fundamentação teórica para a utilização desse tipo de treinamento" (Moura,
1988).
O exercício aeróbico é aquele que usa oxigênio no processo de geração de energia dos músculos. Esse tipo de exercício trabalha uma grande quantidade de grupos musculares de forma rítmica. Andar, correr, nadar e pedalar, são alguns dos principais exemplos de exercícios aeróbicos.
O objetivo deste estudo foi analisar o efeito da crioterapia de imersão sobre a
remoção do lactato sanguíneo, um importante parâmetro fisiológico relacionado à fadiga
muscular, após exercício de alta intensidade. Para tanto, quinze atletas de futebol (15 a 17
anos) foram divididos em Grupo Imersão (GI, n=7) e Grupo Controle (GC, n=8). Os atletas
foram submetidos a um protocolo indutor de fadiga muscular (PIFM) por exercício de alta
intensidade em ciclo-ergômetro. Após, os atletas do GI realizaram a crioterapia de imersão,
por 10 minutos, com os membros inferiores imersos a 5±1º C, enquanto os atletas do GC
permaneceram 10 minutos em repouso. Foram coletadas amostras de sangue para análise
da concentração de lactato previamente ao PIFM (PRÉ), assim como 3, 15 e 25 minutos
após o término do exercício (respectivamente PÓS-3, PÓS-15 e PÓS-25). O PIFM elevou
as concentrações de lactato sanguíneo dos atletas significativamente e de maneira similar
nos dois grupos. No período de recuperação, o Gl apresentou redução da concentração
de lactato de 13,6% no PÓS-15 e 15,3%, no PÓS-25, enquanto o GC apresentou 14,6% e
28,5% de redução, no PÓS-15 e PÓS-25, respectivamente. Observou-se que a recuperação
passiva apresentou decréscimo significativo da concentração de lactato enquanto o mesmo
não foi verificado com a crioterapia. A crioterapia de imersão, nos parâmetros adotados
pelo estudo, apresentou-se menos efetiva que repouso para a remoção do lactato sanguíneo
após exercício de alta intensidade.
A pliometria é uma técnica conhecida para aumentar a potência muscular e melhorar o rendimento atlético, porém, só recentemente, sua importância na prevenção e na reabilitação de lesões está sendo discutida no âmbito do futebol. Os exercícios pliométricos são definidos como aqueles que ativam o ciclo excêntrico-concêntrico do músculo esquelético, provocando sua potenciação mecânica, elástica e reflexa. Esse ciclo refere-se às atividades concêntricas precedidas por uma ação excêntrica rápida, cujo propósito é aumentar a força reativa do músculo pelo armazenamento de energia elástica na fase de pré-alongamento e sua reutilização durante a contração concêntrica, além da ativação do reflexo miotático. Esse trabalho de revisão de literatura tem como objetivo descrever as bases mecânicas, elásticas e neurofisiológicas da pliometria. Observa-se que esses exercícios são usados na fase final da reabilitação de vários tipos de lesões músculo-esqueléticas, tanto dos membros inferiores, quanto dos superiores e também na prevenção de alguns tipos de lesões, pois, acredita-se que eles são capazes de desenvolver força reativa, aumentar a resposta muscular e melhorar a coordenação neuromuscular. Conclui-se, que é fundamental para a comissão técnica de um clube de futebol conhecer o conceito e a aplicação da pliometria para o treinamento físico, na prevenção e no tratamento das lesões esportivas para poder elaborar uma periodização adequada com as necessidades do desporto.
Abordaje del sistema de juego del fútbol - Garganta y Grehaignefiebrefutbol .es
Várias tentativas têm sido feitas para descrever a estrutura do rendimento no Futebol. No entanto, apesar de alguns factores poderem já ser reunidos, os catálogos de prioridades e as estruturas hierárquicas estabelecidas pouco mais têm conseguido do que reproduzir pequenas e desarticuladas fracções do jogo. Todavia, a realidade tem demonstrado que a pertinência do estudo dos problemas inerentes ao jogo e ao jogador deverá situar-se mais ao nível da interacção dos factores do que em cada um deles per se. Diversas conclusões decorrentes de vários estudos realizados, fazemm emergir a necessidade de encontrar métodos que permitam reunir e organizar os conhecimentos, a partir do reconhecimento da complexidade do jogo de Futebol e das propriedades de interacção dinâmica das equipas implicadas, enquanto conjuntos ou totalidades. No presente artigo pretendemos evidenciar que a abordagem sistêmica do jogo de Futebol constitui uma importante referência a considerar nos processos de ensino e treino do Futebol, na medida em que oferece a possibilidade de identificar e avaliar acções/sequências de jogo que, peia sua frequente ocorrência, ou por induzirem desequilíbrios (ofensivos e defensivos) importantes, se afiguram representativas da dinâmica das partidas.
Diferença entre intensidade do exercício prescrita por meio do teste TCAR no ...Fernando Farias
A intensidade do treinamento pode ser influenciada pelo modo de exercício e
tipo de terreno. Assim, os objetivos deste estudo foram: a) comparar os índices fisiológicos
determinados no teste TCAR realizados no solo arenoso (SA) e no piso de grama natural
(PGN) b) analisar as respostas de frequência cardíaca (FC) e lactato sanguíneo em exercício
de carga constante em SA e PGN. Dez atletas de futebol (15,11±1,1 anos, 168±4,0cm,
60±4,0kg) foram submetidos ao teste TCAR para determinação do pico de velocidade
(PV) e intensidade correspondente a 80,4% do PV (V80,4) no PGN e no SA. A segunda
avaliação consistiu de dois testes de carga constante (TCR) (80,4%PV no PGN e no SA)
com duração de 27 minutos. Foi utilizado o teste “t” de Student pareado para comparar os
testes no PGN e no SA. A análise de variância ANOVA (two-way), complementada pelo
teste de Tukey foi utilizada para comparar os valores das concentrações de lactato [La], nos
minutos 9, 18 e 27, nos dois tipos de solo. Foi adotado p<0,05. O PV e a V80,4 na grama
(15,3±1,0km.h-1 e 12,3±0,6km.h-1) foram significativamente superiores à areia (14,3±1,0km.h-1
e 11,5±0,4km.h-1). A concentração de lactato [laV80,4] no TCR da areia (4,1±0,9mmol.L-1)
foi significativamente superior à grama (2,8±0,7mmol.L-1). No TCR a FC média não apresentou
diferença significativa, enquanto as [la] apresentaram, entre os dois terrenos. Pode-se
concluir que o tipo de solo interfere nos indicadores associados à capacidade e à potência
aeróbia, obtidos por meio do teste TCAR.
A crioterapia é definida como um método de remoção de calor corporal, o que supostamente atua como um acelerador de regeneração muscular e metabólico. No entanto, os dados são conflitantes na efetividade deste método. Sendo assim, o objetivo do presente estudo é verificar os efeitos da crioterapia de imersão sobre os valores de força e potência em atletas após protocolo indutor de fadiga.
Metanálise dos efeitos agudos do alongamento na realização de corridas curtas...Fernando Farias
Informações das pesquisas explorando efeitos do alongamento no desempenho em corridas curtas de alta
intensidade (CCAI) são controversas. Com isso, esta metanálise objetivou examinar os desfechos decorrentes
da execução de diferentes protocolos de alongamentos, prévios à execução de CCAI. A pesquisa foi
realizada em diversas bases de dados, usando combinações dos seguintes termos de referência: “sprint”
e “stretching”. Selecionaram-se estudos com pessoas do sexo masculino e idade superior a 16 anos, sem
restrição de modalidade, nível de aptidão física e procedimentos de avaliação utilizados. Após diferentes
depurações, localizaram-se 11 investigações como apropriadas para análises, das quais resultaram 62
situações para serem estudadas. Como variáveis dependentes, consideraram-se o Tamanho de Efeito (TE)
e o Delta Percentual (Δ%), e, como fatores, delineamento adotado, tipo de alongamento, protocolo de
avaliação, número de séries, modalidade esportiva, nível de aptidão e prática pregressa de alongamento. Os
resultados sugerem que: a) alongamento dinâmico (AD) promove rendimento signifi cativamente superior
quando comparado ao alongamento estático (AE) (p < 0,001) ou misto (AM) (p < 0,002); b) há diferença
no TE e no Δ% entre corridas com mudança de direção e corridas lineares (até 20 m, p = 0,003, e acima
de 20 m, p < 0,009); c) realização de vários testes proporciona melhores resultados que aplicação de teste
único após aquecer e alongar (p = 0,001); e d) executar série única de alongamento é menos prejudicial
que duas (p = 0,016) e três séries (p < 0,001). Sendo assim, é possível a obtenção de pequena vantagem
incorporando o AD em relação ao AE, AM ou ausência de estímulos para a execução de CCAI.
Complex Training: Uma Nova Abordagem no Desenvolvimento dos Gestos Técnicos E...Fernando Farias
Siff & Verkhosansky (2000) afirmam que a elaboração de métodos de treino, com vista a melhorar os gestos desportivos, deve ter em conta que todo o movimento desportivo é específico e com um fim definido. Portanto, a força desenvolvida nesse movimento também é específica e direcionada a um objectivo: o rendimento desportivo.
High chronic training loads and exposure to bouts of maximal velocity running...Fernando Farias
The ability to produce high speeds is considered an important
quality for performance, with athletes shown to achieve 85–94% of
maximal velocity during team sport match-play.3 Well-developed
high-speed running ability and maximal velocity are required of
players during competition in order to beat opposition players
to possession and gain an advantage in attacking and defensive
situations.
Hamstring injuries have increased by 4% annuallyFernando Farias
Muscle injuries are a substantial problem for pro-
fessional football players. They constitute more
than one-third of all time-loss injuries and cause
more than a quarter of the total injury absence in
high-level European professional football clubs.1
Hamstring injury is the most common injury
subtype, representing 12% of all injuries, and a
team with a 25 player-squad typically suffers about
5–6 hamstring injuries each season, equivalent to
more than 80 days involving football activities
(training or matches) lost due to injury.
Bilateral and unilateral vertical ground reaction forcesFernando Farias
The purposes of this study were to assess unilateral and bilateral vertical jump performance
characteristics, and to compare the vertical ground reaction force characteristics of the impulse and landing
phase of a vertical jump between the dominant and non-dominant leg in soccer players.
Segundo Verkhoshanski (1998), "o método de choque é destinado ao desenvolvimento da força
rápida dos músculos e da capacidade reativa do aparelho neuromuscular".
O método de choque foi criado na ex-União Soviética no final de década de 50, por Iuri
Verkhoshanski, que o idealizou ao observar o enorme potencial da sobrecarga gerada pela energia
cinética dos saltos. O autor cita como exemplo nosso atleta João do Pulo, que desenvolvia, na
segunda passada do salto triplo, um esforço médio de 300 kg em uma das pernas em um período de
apenas 0,125 segundo.
Algum tempo depois de sua criação, o método foi descoberto por treinadores de outros países, com
destaque para pesquisadores importantes e competentes como Carmelo Bosco (Itália), Paavo Komi
(Finlândia) e Dietmar Schimdtbleicher (Alemanha). Após a passagem pela Europa, o método de
choque finalmente chegou aos Estados Unidos onde foi (in)devidamente alterado e mal aplicado,
recebendo o nome genérico de pliometria.
Pliometria a ousadia no treinamento desportivoFernando Farias
Nos anos 60, o pesquisador russo Verkhoshansky revolucionou o treinamento desportivo ao criar o
modelo de periodização em blocos, pois confrontou o modelo clássico de Matveev. O modelo tinha
como principal característica as cargas concentradas de força.
Segundo Riehl (2004), "os exercícios desenvolvidos por Verkhoshansky foram amplamente
difundidos como um método de melhoria de força e explosão, cuja fundamentação teórica
desenvolveria a habilidade reativa do aparelho neuromuscular".
Um dos métodos mais difundidos fora o treino pliométrico, sendo "o russo o primeiro investigador
soviético a propor uma fundamentação teórica para a utilização desse tipo de treinamento" (Moura,
1988).
O exercício aeróbico é aquele que usa oxigênio no processo de geração de energia dos músculos. Esse tipo de exercício trabalha uma grande quantidade de grupos musculares de forma rítmica. Andar, correr, nadar e pedalar, são alguns dos principais exemplos de exercícios aeróbicos.
O objetivo deste estudo foi analisar o efeito da crioterapia de imersão sobre a
remoção do lactato sanguíneo, um importante parâmetro fisiológico relacionado à fadiga
muscular, após exercício de alta intensidade. Para tanto, quinze atletas de futebol (15 a 17
anos) foram divididos em Grupo Imersão (GI, n=7) e Grupo Controle (GC, n=8). Os atletas
foram submetidos a um protocolo indutor de fadiga muscular (PIFM) por exercício de alta
intensidade em ciclo-ergômetro. Após, os atletas do GI realizaram a crioterapia de imersão,
por 10 minutos, com os membros inferiores imersos a 5±1º C, enquanto os atletas do GC
permaneceram 10 minutos em repouso. Foram coletadas amostras de sangue para análise
da concentração de lactato previamente ao PIFM (PRÉ), assim como 3, 15 e 25 minutos
após o término do exercício (respectivamente PÓS-3, PÓS-15 e PÓS-25). O PIFM elevou
as concentrações de lactato sanguíneo dos atletas significativamente e de maneira similar
nos dois grupos. No período de recuperação, o Gl apresentou redução da concentração
de lactato de 13,6% no PÓS-15 e 15,3%, no PÓS-25, enquanto o GC apresentou 14,6% e
28,5% de redução, no PÓS-15 e PÓS-25, respectivamente. Observou-se que a recuperação
passiva apresentou decréscimo significativo da concentração de lactato enquanto o mesmo
não foi verificado com a crioterapia. A crioterapia de imersão, nos parâmetros adotados
pelo estudo, apresentou-se menos efetiva que repouso para a remoção do lactato sanguíneo
após exercício de alta intensidade.
A pliometria é uma técnica conhecida para aumentar a potência muscular e melhorar o rendimento atlético, porém, só recentemente, sua importância na prevenção e na reabilitação de lesões está sendo discutida no âmbito do futebol. Os exercícios pliométricos são definidos como aqueles que ativam o ciclo excêntrico-concêntrico do músculo esquelético, provocando sua potenciação mecânica, elástica e reflexa. Esse ciclo refere-se às atividades concêntricas precedidas por uma ação excêntrica rápida, cujo propósito é aumentar a força reativa do músculo pelo armazenamento de energia elástica na fase de pré-alongamento e sua reutilização durante a contração concêntrica, além da ativação do reflexo miotático. Esse trabalho de revisão de literatura tem como objetivo descrever as bases mecânicas, elásticas e neurofisiológicas da pliometria. Observa-se que esses exercícios são usados na fase final da reabilitação de vários tipos de lesões músculo-esqueléticas, tanto dos membros inferiores, quanto dos superiores e também na prevenção de alguns tipos de lesões, pois, acredita-se que eles são capazes de desenvolver força reativa, aumentar a resposta muscular e melhorar a coordenação neuromuscular. Conclui-se, que é fundamental para a comissão técnica de um clube de futebol conhecer o conceito e a aplicação da pliometria para o treinamento físico, na prevenção e no tratamento das lesões esportivas para poder elaborar uma periodização adequada com as necessidades do desporto.
Abordaje del sistema de juego del fútbol - Garganta y Grehaignefiebrefutbol .es
Várias tentativas têm sido feitas para descrever a estrutura do rendimento no Futebol. No entanto, apesar de alguns factores poderem já ser reunidos, os catálogos de prioridades e as estruturas hierárquicas estabelecidas pouco mais têm conseguido do que reproduzir pequenas e desarticuladas fracções do jogo. Todavia, a realidade tem demonstrado que a pertinência do estudo dos problemas inerentes ao jogo e ao jogador deverá situar-se mais ao nível da interacção dos factores do que em cada um deles per se. Diversas conclusões decorrentes de vários estudos realizados, fazemm emergir a necessidade de encontrar métodos que permitam reunir e organizar os conhecimentos, a partir do reconhecimento da complexidade do jogo de Futebol e das propriedades de interacção dinâmica das equipas implicadas, enquanto conjuntos ou totalidades. No presente artigo pretendemos evidenciar que a abordagem sistêmica do jogo de Futebol constitui uma importante referência a considerar nos processos de ensino e treino do Futebol, na medida em que oferece a possibilidade de identificar e avaliar acções/sequências de jogo que, peia sua frequente ocorrência, ou por induzirem desequilíbrios (ofensivos e defensivos) importantes, se afiguram representativas da dinâmica das partidas.
Diferença entre intensidade do exercício prescrita por meio do teste TCAR no ...Fernando Farias
A intensidade do treinamento pode ser influenciada pelo modo de exercício e
tipo de terreno. Assim, os objetivos deste estudo foram: a) comparar os índices fisiológicos
determinados no teste TCAR realizados no solo arenoso (SA) e no piso de grama natural
(PGN) b) analisar as respostas de frequência cardíaca (FC) e lactato sanguíneo em exercício
de carga constante em SA e PGN. Dez atletas de futebol (15,11±1,1 anos, 168±4,0cm,
60±4,0kg) foram submetidos ao teste TCAR para determinação do pico de velocidade
(PV) e intensidade correspondente a 80,4% do PV (V80,4) no PGN e no SA. A segunda
avaliação consistiu de dois testes de carga constante (TCR) (80,4%PV no PGN e no SA)
com duração de 27 minutos. Foi utilizado o teste “t” de Student pareado para comparar os
testes no PGN e no SA. A análise de variância ANOVA (two-way), complementada pelo
teste de Tukey foi utilizada para comparar os valores das concentrações de lactato [La], nos
minutos 9, 18 e 27, nos dois tipos de solo. Foi adotado p<0,05. O PV e a V80,4 na grama
(15,3±1,0km.h-1 e 12,3±0,6km.h-1) foram significativamente superiores à areia (14,3±1,0km.h-1
e 11,5±0,4km.h-1). A concentração de lactato [laV80,4] no TCR da areia (4,1±0,9mmol.L-1)
foi significativamente superior à grama (2,8±0,7mmol.L-1). No TCR a FC média não apresentou
diferença significativa, enquanto as [la] apresentaram, entre os dois terrenos. Pode-se
concluir que o tipo de solo interfere nos indicadores associados à capacidade e à potência
aeróbia, obtidos por meio do teste TCAR.
A crioterapia é definida como um método de remoção de calor corporal, o que supostamente atua como um acelerador de regeneração muscular e metabólico. No entanto, os dados são conflitantes na efetividade deste método. Sendo assim, o objetivo do presente estudo é verificar os efeitos da crioterapia de imersão sobre os valores de força e potência em atletas após protocolo indutor de fadiga.
Metanálise dos efeitos agudos do alongamento na realização de corridas curtas...Fernando Farias
Informações das pesquisas explorando efeitos do alongamento no desempenho em corridas curtas de alta
intensidade (CCAI) são controversas. Com isso, esta metanálise objetivou examinar os desfechos decorrentes
da execução de diferentes protocolos de alongamentos, prévios à execução de CCAI. A pesquisa foi
realizada em diversas bases de dados, usando combinações dos seguintes termos de referência: “sprint”
e “stretching”. Selecionaram-se estudos com pessoas do sexo masculino e idade superior a 16 anos, sem
restrição de modalidade, nível de aptidão física e procedimentos de avaliação utilizados. Após diferentes
depurações, localizaram-se 11 investigações como apropriadas para análises, das quais resultaram 62
situações para serem estudadas. Como variáveis dependentes, consideraram-se o Tamanho de Efeito (TE)
e o Delta Percentual (Δ%), e, como fatores, delineamento adotado, tipo de alongamento, protocolo de
avaliação, número de séries, modalidade esportiva, nível de aptidão e prática pregressa de alongamento. Os
resultados sugerem que: a) alongamento dinâmico (AD) promove rendimento signifi cativamente superior
quando comparado ao alongamento estático (AE) (p < 0,001) ou misto (AM) (p < 0,002); b) há diferença
no TE e no Δ% entre corridas com mudança de direção e corridas lineares (até 20 m, p = 0,003, e acima
de 20 m, p < 0,009); c) realização de vários testes proporciona melhores resultados que aplicação de teste
único após aquecer e alongar (p = 0,001); e d) executar série única de alongamento é menos prejudicial
que duas (p = 0,016) e três séries (p < 0,001). Sendo assim, é possível a obtenção de pequena vantagem
incorporando o AD em relação ao AE, AM ou ausência de estímulos para a execução de CCAI.
Complex Training: Uma Nova Abordagem no Desenvolvimento dos Gestos Técnicos E...Fernando Farias
Siff & Verkhosansky (2000) afirmam que a elaboração de métodos de treino, com vista a melhorar os gestos desportivos, deve ter em conta que todo o movimento desportivo é específico e com um fim definido. Portanto, a força desenvolvida nesse movimento também é específica e direcionada a um objectivo: o rendimento desportivo.
High chronic training loads and exposure to bouts of maximal velocity running...Fernando Farias
The ability to produce high speeds is considered an important
quality for performance, with athletes shown to achieve 85–94% of
maximal velocity during team sport match-play.3 Well-developed
high-speed running ability and maximal velocity are required of
players during competition in order to beat opposition players
to possession and gain an advantage in attacking and defensive
situations.
Hamstring injuries have increased by 4% annuallyFernando Farias
Muscle injuries are a substantial problem for pro-
fessional football players. They constitute more
than one-third of all time-loss injuries and cause
more than a quarter of the total injury absence in
high-level European professional football clubs.1
Hamstring injury is the most common injury
subtype, representing 12% of all injuries, and a
team with a 25 player-squad typically suffers about
5–6 hamstring injuries each season, equivalent to
more than 80 days involving football activities
(training or matches) lost due to injury.
Bilateral and unilateral vertical ground reaction forcesFernando Farias
The purposes of this study were to assess unilateral and bilateral vertical jump performance
characteristics, and to compare the vertical ground reaction force characteristics of the impulse and landing
phase of a vertical jump between the dominant and non-dominant leg in soccer players.
Effect of cold water immersion on skeletal muscle contractile properties in s...Fernando Farias
This study shows that repeated cold-water immersions (4
4 mins at 4-C) cause considerable alterations to muscle behavior. These alter-
ations signififiantly affect the state of muscles and their response capacity, partic-
ularly in relation to muscle stiffness and muscle contraction velocity.
Evaluation of the match external load in soccerFernando Farias
In modern soccer training control and regulation is regarded as a relevant
methodological procedure to optimize training adaptations to maximize match performance 1-
3
. Training progress is the result of the interplay of external and internal loads imposed on
players during training sessions 2
. Although physiological adaptations are mediated by
internal load functional variation the doses necessary for obtaining them are practically seized
monitoring training external load 4
. The recent exponential advancement of match analysis
systems such as multi-camera and Global Position System Technology has enabled the
evaluation of player’s external load during specific training in elite and sub-elite competitive
and recreational soccer
Soccer, which has a large number of participants, has a high injury incidence that causes
both financial and time burdens. Therefore, knowledge about the epidemiology of soccer injuries
could allow sports-medicine professionals, such as physicians and physiotherapists, to direct their
work in specific preventive programs. Thus, our aim was to conduct an epidemiological survey of
injuries sustained by professional soccer players from the same team who participated in the Brazilian
championship premier league in 2009.
The effectiveness of exercise interventions to prevent sports injuriesFernando Farias
Strength training reduced sports injuries to less
than one-third. We advocate that multiple exposure interven-
tions should be constructed on the basis of well-proven single
exposures and that further research into single exposures, par-
ticularly strength training, remains crucial. Both acute and
overuse injuries could be significantly reduced, overuse injuries
by almost a half.
Post exercise cold water immersion attenuates acute anabolic signallingFernando Farias
these two studies offer new and
important insights into how cold water immersion during
recovery from strength exercise affects chronic training
adaptations and some of the molecular mechanisms that
underpin such adaptations. Cold water immersion delayed
or inhibited satellite cell activity and suppressed the
activation of p70S6K after acute strength exercise. These
effects may have been compounded over time to diminish
the expected increases in muscle mass and strength as a
result of training. The results of these studies challenge the
notion that cold water immersion improves recovery after
exercise. Individuals who use strength training to improve
athletic performance, recover from injury or maintain
their health should therefore reconsider whether to use
cold water immersion as an adjuvant to their training.
SPRINT SPEED IS RELATED TO
THE ABILITY TO DEPLETE LARGE
AMOUNTS OF HIGH-ENERGY
PHOSPHATES AT A FAST RATE.
TO SPRINT REPEATEDLY,
THE AEROBIC SYSTEM MUST
RESYNTHESIZE POLYMERASE
CHAIN REACTION, REMOVE
ACCUMULATED INTRACELLULAR
INORGANIC PHOSPHATE, AND
OXIDIZE LACTATE DURING REST
PERIODS. WHETHER THIS CAN
BE APPRECIABLY IMPROVED
VIA A HIGH V̇
O2MAX REMAINS
CONTROVERSIAL. HOWEVER, IT IS
LIKELY IMPROVED VIA ANAEROBIC
QUALITIES SUCH AS STRENGTH,
POWER, AND SPEED, ALONG
WITH THE ATHLETE’S VELOCITY
AT ONSET OF BLOOD LACTATE
ACCUMULATION. WHEN
REPORTING REPEAT SPRINT
ABILITY TEST RESULTS, TOTAL
OR MEAN TIME SHOULD BE USED.
Consideraciones sobre la manifestación y el desarrollo de la fuerza y la pot...Fernando Farias
La mejora de la fuerza muscular se ha atribuido tanto al aumento de la sección
transversal del músculo como a la coordinación neuromuscular. Típicamente,
para el aumento de la masa muscular se utilizan cargas medias (70-80% de
1RM), con las que se realiza el máximo o casi máximo número de repeticiones
por serie posible, mientras que la mejora de los factores neuromusculares se
asocia con la aplicación de cargas altas, iguales o superiores al 85% de 1RM. No
obstante, tanto los cambios estructurales como la activación y mejora de la
función neuromuscular parece que dependen también en gran medida de la
intención del sujeto en alcanzar la máxima producción de fuerza en la unidad de
tiempo en cada acción muscular, cualquiera que sea la carga que se utilice.
(González-Badillo y Serna, 2002, Behm y Sale, 1993). Por tanto, factores de tipo
dinámico y cinemático, como la fuerza y la velocidad relativas alcanzadas al
desplazar una carga, constituyen una parte importante del desarrollo y la
manifestación de la fuerza.
Effects of Velocity Loss During Resistance Training on Performance in Profess...Fernando Farias
To analyze the effects of two resistance training (RT) programs that used the same relative loading but different repetition volume, using the velocity loss during the set as the independent variable: 15% (VL15) vs. 30% (VL30). Methods: Sixteen professional soccer players with RT experience (age 23.8 ± 3.5 years, body mass 75.5 ± 8.6 kg) were randomly assigned to two groups: VL15 (n = 8) or VL30 (n = 8) that followed a 6-week (18 sessions) velocity-based squat training program. Repetition velocity was monitored in all sessions. Assessments performed before (Pre) and after training (Post) included: estimated one- repetition maximum (1RM) and change in average mean propulsive velocity (AMPV) against absolute loads common to Pre and Post tests; countermovement jump (CMJ); 30-m sprint (T30); and Yo-yo intermittent recovery test (YYIRT).
Periodização “Convencional” Transporta a noção de que não é possível manter a "forma" durante toda a época competitiva. Originando a procura de "picos de forma", com base nos efeitos retardados das cargas.
Con excepción del fútbol de alto nivel, en el que el refuerzo
de los equipos técnicos permite al entrenador contar con
el apoyo de un gran número de asistentes, expertos y
especialistas en sus respectivos campos, la mayoría de los
entrenadores y sus asistentes se enfrentan con frecuencia a
los mismos problemas:
– Cómo mantener o desarrollar las cualidades físicas de los
jugadores: cualidades fundamentales del rendimiento.
– Cómo reforzar el nivel técnico-táctico de su equipo:
cualidad esencial para apoyar eficazmente un proyecto
de juego y para asegurar un equilibrio permanente del
sistema de juego mediante la recuperación colectiva del
balón y su conservación y circulación eficaz, para optimizar
la definición.
O programa de estabilização central é indicado para várias lesões, dentre as quais podemos citar as lombalgias crônicas, as discopatias, as artroses, as alterações posturais importantes; preparação de atletas de alto nível; síndrome cruzada; processo traumático; e situação que levam desequilíbrio biomecânico da coluna lombar. Um atraso na resposta dos músculos do tronco para perturbação tem um grande potencial para provocar uma instabilidade central, com isso há um grande risco para lombalgia crônica, pois uma das causas de lombalgia é a instabilidade da coluna lombar (O’SULLIVAN, 2000).
Efeito da ordem dos exercícios no número de repetições e na percepção subjeti...Fernando Farias
A ordem dos exercícios refere-se à sequência de execução durante uma sessão de treinamento. Evidências
demonstram que essa ordem pode afetar o número de repetições realizadas nos exercícios. A percepção
subjetiva de esforço (PSE), assim como o número de repetições realizadas, depende da sobrecarga utilizada.
Assim, alterações no número de repetições podem afetar a PSE. O volume total de trabalho (VTT)
infl uencia nas adaptações crônicas ao treinamento e também pode ser afetado pela ordem dos exercícios.
O objetivo foi verifi car o efeito da ordem dos exercícios para membros inferiores no número de repetições
realizadas, na PSE e no VTT. Doze homens treinados (19,3 ± 2,1 anos, 71,1 ± 9,8 kg, 172,4 ± 6,1 cm, 23,3
± 11,5 meses/treino) realizaram duas sessões com os exercícios “leg-press” (L), mesa fl exora (F) e cadeira
extensora (E) em diferentes ordens (LFE ou EFL). Foram utilizados testes t de “Student” pareados com
ajuste de Bonferroni para comparações múltiplas. O número de repetições em L e E diminuiu quando
realizados no fi nal da sessão. As repetições realizadas em F diminuíram na LFE. A PSE de E foi maior
quando realizada no fi nal da sessão, porém de L e de F não foram afetadas pelas diferentes ordens. O
volume de trabalho total de LFE foi maior. Em conclusão, a ordem dos exercícios envolvendo membros
inferiores afeta o número de repetições e a PSE de um exercício além do VTT, ressaltando a importância
da ordem dos exercícios como uma importante variável na prescrição do treinamento.
ARTIGO APRESENTADO E APROVADO NA PÓS GRADUAÇÃO EM FISIOLOGIA E PRESCRIÇÃO DO ...Isabel Cristina
EFEITO DA PRESCRIÇÃO DO EXERCÍCIO AERÓBICO E RESISTIDO SOBRE A REDUÇÃO DA GORDURA CORPORAL
Grande parte da população mundial apresenta sobrepeso e ou obesidade. Além disso, o sedentarismo junto com maus hábitos alimentares tem influência direta para o acúmulo de gordura corporal caracterizando como um problema na saúde pública podendo acarretar inúmeras consequências associada a um grande número de patologias. O presente estudo teve por objetivo demonstrar os efeitos do exercício aeróbico e resistido para a redução da gordura corporal. Durante 3 meses 12 mulheres ativas e com sobrepeso foram submetidas a dois métodos de exercício físico, Resistido/Aeróbio e Aeróbio/resistido. No inicio e no final do estudo foram avaliados: Índice de Massa Corporal (IMC), Razão Circunferência Cintura Quadril (RCCQ) e composição do % da gordura corporal por somatório das dobras cutâneas tríceps, suprailíaca e coxa. Ao final da intervenção os resultados do estudo indicaram que ocorreram entre os dois grupos (Resistido/Aeróbio), (Aeróbio/Resistido) uma melhora nos indicadores da gordura corporal, aumento e preservação na Massa Muscular, no entanto no grupo que fez o exercício resistido antes do aeróbio houve uma diferença em todas as variáveis antropométricas superior ao grupo que fez aeróbio e resistido. Sendo assim concluímos que a prescrição do exercício resistido antes do aeróbio mostrou-se um importante coadjuvante no processo de redução do % da gordura corporal.
A universalidade das Regras do Jogo significa que o jogo é essencialmente o
mesmo em todas as partes do mundo e em todos os níveis. Bem como promover um
ambiente justo e seguro para a sua prática, as Regras também devem promover a
participação e a diversão.
O jogo deve ser jogado e arbitrado da mesma maneira em todos os campos de
futebol pelo mundo, desde a final da Copa do Mundo FIFA™ até um jogo em um
vilarejo remoto. No entanto, as características locais de cada país devem determinar
a duração da partida, quantas pessoas podem participar e como algumas atitudes
inapropriadas devem ser punidas.
Os resultados atuais indicaram que a ocorrência de lesões de isquiotibiais podem estar associadas a uma mudança hierárquica na distribuição da atividade metabólica dentro do complexo muscular do isquiotibial após o trabalho excêntrico em que o Semitendinoso provavelmente deveria tomar a parte principal, seguido pelo BÍceps Femural e Semimembranoso. Quando o BF aumenta sua contribuição e é ativado em uma extensão proporcionalmente maior, o risco de sofrer uma lesão do isquiotibial pode aumentar substancialmente.
Acute effect of different combined stretching methodsFernando Farias
The purpose of this study was to investigate the acute effect of different stretching methods, during a warm-up,
on the acceleration and speed of soccer players. The acceleration performance of 20 collegiate soccer players (body height:
177.25 ± 5.31 cm; body mass: 65.10 ± 5.62 kg; age: 16.85 ± 0.87 years; BMI: 20.70 ± 5.54; experience: 8.46 ± 1.49
years) was evaluated after different warm-up procedures, using 10 and 20 m tests. Subjects performed five types of a
warm-up: static, dynamic, combined static + dynamic, combined dynamic + static, and no-stretching. Subjects were
divided into five groups. Each group performed five different warm-up protocols in five non-consecutive days. The
warm-up protocol used for each group was randomly assigned. The protocols consisted of 4 min jogging, a 1 min
stretching program (except for the no-stretching protocol), and 2 min rest periods, followed by the 10 and 20 m sprint
test, on the same day. The current findings showed significant differences in the 10 and 20 m tests after dynamic
stretching compared with static, combined, and no-stretching protocols. There were also significant differences between
the combined stretching compared with static and no-stretching protocols. We concluded that soccer players performed
better with respect to acceleration and speed, after dynamic and combined stretching, as they were able to produce more
force for a faster execution.
To examine the acute effects of generic (Running Drills, RD) and specific (Small-
Sided Games, SSG) Long Sprint Ability (LSA) drills on internal and external load of male
soccer-players. Methods: Fourteen academy-level soccer-players (mean±SD; age 17.6±0.61
years, height 1.81±0.63 m, body-mass 69.53±4.65 kg) performed four 30s LSA bouts for
maintenance (work:rest, 1:2) and production (1:5) with RD and SSG drills. Players’ external-
load was tracked with GPS technology (20Hz) and heart-rate (HR), blood-lactate
concentrations (BLc) and rate of perceived exertion (RPE) were used to characterize players’
internal-load. Individual peak BLc was assessed with a 30s all-out test on a non-motorized
treadmill (NMT). Results: Compared to SSGs the RDs had a greater effect on external-load
and BLc (large and small, respectively). During SSGs players covered more distance with
high-intensity decelerations (moderate-to-small). Muscular-RPE was higher (small-to-large)
in RD than in SSG. The production mode exerted a moderate effect on BLc while the
maintenance condition elicited higher cardiovascular effects (small-to-large). Conclusion:
The results of this study showed the superiority of generic over specific drills in inducing
LSA related physiological responses. In this regard production RD showed the higher post-
exercise BLc. Interestingly, individual peak blood-lactate responses were found after the
NMT 30s all-out test, suggesting this drill as a valid option to RD bouts. The practical
physiological diversity among the generic and specific LSA drills here considered, enable
fitness trainers to modulate prescription of RD and SSG drills for LSA according to training
schedule.
A evidência apresentada sugere que a variação é um componente necessário do planejamento efetivo do treinamento. Apoiando essa perspectiva, outras pesquisas sugerem que a monotonia de treinamento elevado - que pode ser amplamente percebida como uma falta de variação20 - leva a uma maior incidência de síndromes de overtraining21, um mau desempenho e freqüência de infecções banais.22 Inversamente, as reduções na monotonia têm Tem sido associada a uma maior incidência de melhor desempenho pessoal 22, e os índices de monotonia têm sido defendidos como ferramentas benéficas de treinamento-regulação na elite rowing23 e no sprint24.
Capacidade manter as ações de jogo em alto
padrão de execução durante 90 minutos. É
muito importante no segundo tempo que é
onde ocorre o maior número de gols e
normalmente se decidem as partidas.
A literatura atual que mede os efeitos de SMR ainda está emergindo. Os resultados desta análise sugerem que o rolamento de espuma e a massagem com rolo podem ser intervenções eficazes para melhorar a ROM conjunta e o desempenho muscular pré e pós-exercício. No entanto, devido à heterogeneidade dos métodos entre os estudos, atualmente não há consenso sobre o ótimo programa SMR.
Training Load and Fatigue Marker Associations with Injury and IllnessFernando Farias
This paper provides a comprehensive review of the litera-
ture that has reported the monitoring of longitudinal
training load and fatigue and its relationship with injury
and illness. The current findings highlight disparity in the
terms used to define training load, fatigue, injury and ill-
ness, as well as a lack of investigation of fatigue and
training load interactions. Key stages of training and
competition where the athlete is at an increased risk of
injury/illness risk were identified. These included periods
of training load intensification, accumulation of training
load and acute change in load. Modifying training load
during these periods may help reduce the potential for
injury and illness.
Melhorar ou até mesmo manter o desempenho atlético em jogadores de esportes de equipe competitivos durante o longo período da temporada é um dos maiores desafios para qualquer treinador comprometido. Tempo muito limitado está disponível entre as partidas semanais para introduzir sessões intensivas de treinamento de força e poder, com uma freqüência normal de 1-2 unidades por semana. Este fato estimula a busca de métodos de treinamento mais eficientes capazes de melhorar uma ampla variedade de habilidades funcionais, evitando ao mesmo tempo os efeitos de fadiga.
Actualmente la capacidad de repetir sprints es considerada fundamental en el rendimiento del fútbol por
parecerse al patrón de movimiento que se da en el mismo. De esta manera su entrenamiento resulta fundamental
en cualquier planificación. Así, se deben trabajar aquellos aspectos que la limitan para poder acceder a un mayor
rendimiento. Una vez conocido esto se debería elegir la forma en la que se quiere entrenar, teniendo para ello
métodos analíticos (interválico, intermitente) y contextualizados (espacios reducidos). Por último, se proponen
una series de variables de entrenamiento para el trabajo de repetir sprints, orientándolo no solo al aspecto físico,
sino también al técnico, táctico y psicológico, conformando, por tanto, un entrenamiento integrado en el fútbol.
Maximal sprinting speed of elite soccer playersFernando Farias
Current findings might help individuals involved within the physical preparation of players (e.g. technical coaches, fitness coaches, and sport science staff) when developing training programs and training sessions in line with the playing positions, and with the levels of high speed running targeted to reach during specific training drills like sided-games.
Indeed, the closer to match-play situations regarding the rules with goals, goalkeepers, the larger pitch sizes and greater number of players involved, the higher sprinting speed running players would reach during sided-games. However, coaches are advised to add specific speed drills to sided-games in order to elicit a stimulus of high-speed running high enough to prepare players for competition.
Recovery in Soccer Part I – Post-Match Fatigue and Time Course of RecoveryFernando Farias
In elite soccer, players are frequently required to play consecutive matches
interspersed by 3 days and complete physical performance recovery may not
be achieved. Incomplete recovery might result in underperformance and in-
jury. During congested schedules, recovery strategies are therefore required
to alleviate post-match fatigue, regain performance faster and reduce the risk
of injury. This article is Part I of a subsequent companion review and deals
with post-match fatigue mechanisms and recovery kinetics of physical per-
formance (sprints, jumps, maximal strength and technical skills), cognitive,
subjective and biochemical markers.
Sprint running acceleration is a key feature of physical performance in team sports, and recent
literature shows that the ability to generate large magnitudes of horizontal ground reaction force
and mechanical effectiveness of force application are paramount. We tested the hypothesis that
very-heavy loaded sled sprint training would induce an improvement in horizontal force
production, via an increased effectiveness of application. Training-induced changes in sprint
performance and mechanical outputs were computed using a field method based on velocity-
time data, before and after an 8-week protocol (16 sessions of 10x20-m sprints). 16 male
amateur soccer players were assigned to either a very-heavy sled (80% body-mass sled load)
or a control group (unresisted sprints). The main outcome of this pilot study is that very-heavy
sled resisted sprint training, using much greater loads than traditionally recommended, clearly
increased maximal horizontal force production compared to standard unloaded sprint training
(effect size of 0.80 vs 0.20 for controls, unclear between-group difference) and mechanical
effectiveness (i.e. more horizontally applied force; effect size of 0.95 vs -0.11, moderate
between-group difference)
Hip extension and Nordic hamstring exercise training both promote the elongation of
biceps femoris long head fascicles, and stimulate improvements in eccentric knee
flexor strength.
Hip extension training promotes more hypertrophy in the biceps femoris long head
and semimembranosus than the Nordic hamstring exercise, which preferentially
develops the semitendinosus and the short head of biceps femoris
No sentido de melhor esclarecer esta forma de operacionalizar o processo
de treino procuramos num primeiro momento sistematizar os aspectos
conceptometodológicos que a definem. Contudo, a “Periodização Táctica”
é uma concepção que se encontra pouco retratada na literatura e por isso,
deparamo-nos com escassas referências bibliográficas levando-nos a
reequacionar o teor deste trabalho. Neste seguimento, decidimos incidir
nos fundamentos conceptometodológicos que a definem, a partir de dados
empíricos do processo de treino-competição do treinador José Guilherme
Oliveira
. A escolha deste treinador deve-se ao facto de ser reconhecido pelo
professor Vítor Frade como um dos treinadores que operacionaliza o processo
de treino tendo em conta as premissas da “Periodização Táctica”.
Impact of the Nordic hamstring and hip extension exercises on hamstring archi...Fernando Farias
The architectural and morphological adaptations of the hamstrings in response to training
33 with different exercises have not been explored. PURPOSE: To evaluate changes in biceps
34 femoris long head (BFLH) fascicle length and hamstring muscle size following 10-weeks of
35 Nordic hamstring exercise (NHE) or hip extension (HE) training. METHODS: Thirty
36 recreationally active male athletes (age, 22.0 ± 3.6 years, height, 180.4 ± 7 cm, weight, 80.8 ±
37 11.1 kg) were allocated to one of three groups: 1) HE training (n=10), NHE training (n=10),
38 or no training (CON) (n=10). BFLH fascicle length was assessed before, during (Week 5) and
39 after the intervention with 2D-ultrasound. Hamstring muscle size was determined before and
40 after training via magnetic resonance imaging.
Differences in strength and speed demands between 4v4 and 8v8 SSGFernando Farias
Small-sided games (SSGs) have been extensively used in training
footballers worldwide and have shown very good efficacy in
improving player performance (Hill-Haas, Dawson, Impellizzeri,
& Coutts, 2011). As an example, it has been shown that the
technical performance (Owen, Wong del, McKenna, & Dellal,
2011) and physical performance (Chaouachi et al., 2014; Dellal,
Varliette, Owen, Chirico, & Pialoux, 2012) of footballers can be
enhanced using SSG-based football training programmes.
In the last two decades, extensive research has been pub-
lished on physical and physiological response during SSGs in
football (for refs, see Halouani, Chtourou, Gabbett, Chaouachi,
& Chamari, 2014). It was found that the time-motion charac-
teristics of SSGs could vary greatly depending on certain
structural (e.g., pitch size, number of players, type and number
of goals) and rule (e.g., number of ball touches) constraints.
For example, it was observed that higher maximum speeds are
reached during SSGs played on bigger pitches (Casamichana &
Castellano, 2010). Furthermore, heart rate (HR) and lactate
concentrations were shown to be sensitive to structural and
rule changes in SSGs.
Acute cardiopulmonary and metabolic responses to high intensity interval trai...Fernando Farias
Results from the present study quantify the effects of altering either the intensity of the
work or the recovery interval when performing interval sessions consisting of 60s of work and
60s of recovery for multiple repetitions. The information provided may aid those interested in
designing interval training sessions by providing ranges of values that could be expected for
individuals who possess moderate levels of cardiopulmonary fitness. Using a work intensity of
80% or 100% VGO2peak and a recovery intensity of 0% or 50% VGO2peak, subjects were able to
exercise within the ACSM recommended range for exercise intensity. Based upon the data it
would appear that a protocol such as the 80/0 may be appropriate for those individuals who
are just beginning a program or have little experience with interval-type activity. By contrast, a
100/50 protocol could not be completed by all of the subjects and therefore may be too intense
for some individuals.
The quadriceps femoris is traditionally described as a muscle group com-
posed of the rectus femoris and the three vasti. However, clinical experience
and investigations of anatomical specimens are not consistent with the text-
book description. We have found a second tensor-like muscle between the
vastus lateralis (VL) and the vastus intermedius (VI), hereafter named the
tensor VI (TVI). The aim of this study was to clarify whether this intervening
muscle was a variation of the VL or the VI, or a separate head of the exten-
sor apparatus. Twenty-six cadaveric lower limbs were investigated...
1. Rev. bras. Educ. Fís. Esporte, São Paulo, v.25, n.4, p.567-81, out./dez. 2011 • 567
Metanálise dos efeitos agudos do alongamento
Introdução
Metanálise dos efeitos agudos do alongamento
na realização de corridas curtas de alta intensidade
CDD. 20.ed. 796.4
796.426
Yuri Salenave RIBEIRO*
Fabrício Boscolo Del VECCHIO*
*Escola Superior de
Educação Física Uni-
versidade Federal de
Pelotas.
Resumo
Informações das pesquisas explorando efeitos do alongamento no desempenho em corridas curtas de alta
intensidade (CCAI) são controversas. Com isso, esta metanálise objetivou examinar os desfechos decor-
rentes da execução de diferentes protocolos de alongamentos, prévios à execução de CCAI. A pesquisa foi
realizada em diversas bases de dados, usando combinações dos seguintes termos de referência: “sprint”
e “stretching”. Selecionaram-se estudos com pessoas do sexo masculino e idade superior a 16 anos, sem
restrição de modalidade, nível de aptidão física e procedimentos de avaliação utilizados. Após diferentes
depurações, localizaram-se 11 investigações como apropriadas para análises, das quais resultaram 62
situações para serem estudadas. Como variáveis dependentes, consideraram-se o Tamanho de Efeito (TE)
e o Delta Percentual (Δ%), e, como fatores, delineamento adotado, tipo de alongamento, protocolo de
avaliação, número de séries, modalidade esportiva, nível de aptidão e prática pregressa de alongamento. Os
resultados sugerem que: a) alongamento dinâmico (AD) promove rendimento significativamente superior
quando comparado ao alongamento estático (AE) (p < 0,001) ou misto (AM) (p < 0,002); b) há diferença
no TE e no Δ% entre corridas com mudança de direção e corridas lineares (até 20 m, p = 0,003, e acima
de 20 m, p < 0,009); c) realização de vários testes proporciona melhores resultados que aplicação de teste
único após aquecer e alongar (p = 0,001); e d) executar série única de alongamento é menos prejudicial
que duas (p = 0,016) e três séries (p < 0,001). Sendo assim, é possível a obtenção de pequena vantagem
incorporando o AD em relação ao AE, AM ou ausência de estímulos para a execução de CCAI.
UNITERMOS: Alongamento; Corridas curtas de alta intensidade; Efeito agudo; Desempenho físico.
Dentre as capacidades físicas que podem ser
determinantes para o sucesso no desempenho
esportivo se destaca a aptidão neuromuscular, em
suas manifestações de força máxima e potência (DE
VILLARREAL, KELLIS, KRAEMER & IZQUIERDO, 2009;
KRAEMER, MAZZETTI, NINDL, GOTSHALK, VOLEK &
BUSH, MARX, DOHI, GÓMEZ, MILES, FLECK, NEWTON
& HÄKKINEN, 2001). De modo complementar, as
práticas que envolvem corridas curtas de alta inten-
sidade (CCAI)/“sprints” devem ser incluídas nesse
contexto, dada sua presença nas ações determinantes
doêxitocompetitivo(ZATSIORSKY &KRAEMER,2008).
Em geral, no processo de condicionamento
para atividades vigorosas, a prática preparatória de
exercícios de aquecimento (BISHOP, 2003) e elementos
de alongamento (MAGNUSSON & RENSTROM, 2006;
SHELLOCK & PRENTICE, 1985) são bastante comuns.
Entretanto, a literatura apresenta dados sugerindo
que este último, realizado como componente do
aquecimento,podediminuirodesempenhosubsequente
paramovimentosqueexigemforçamáximaepotência
muscular, como em “sprints” simples, ou diminuindo
a capacidade de sua execução múltipla, em inglês
conhecida como “Repeated Sprint Ability” (RSA)
(BECKETT, SCHNEIKER, WALLMAN, DAWSON & GUELFI,
2009; FAVERO, MIDGLEY & BENTLEY, 2009; SAYERS,
FARLEY,FULLER,JUBENVILLE &CAPUTO,2008;STEWART,
ADAMS, ALONSO, VAN KOESVELD & CAMPBELL, 2007).
A principal característica desses estudos é identificar e
quantificar o efeito agudo que os exercícios prévios de
alongamento podem provocar na posterior execução
da tarefa de CCAI (FLETCHER & JONES, 2004; SIM,
2. 568 • Rev. bras. Educ. Fís. Esporte, São Paulo, v.25, n.4, p.567-81, out./dez. 2011
RIBEIRO, Y.S. & Del VECCHIO, F.B.
Métodos
A presente investigação se constitui como
metanálise, a qual objetiva unir algum problema
em comum de diferentes estudos, integrando-os
para então analisá-los de maneira conjunta (HEDGES
& OLKIN, 1985). Com essa ferramenta é possível
DAWSON, GUELFI, WALLMAN & YOUNG, 2009). Tais
técnicas de alongamento se baseiam na aplicação de
tensão sobre o músculo; ou seja, seus componentes
estruturais, inclusive o tecido conjuntivo, têm seus
comprimentos aumentados (STONE, RAMSEY, KINSER,
O’BRYANT, AYERS & SANDS, 2006).
Asinformaçõestécnico-específicassãocontroversas
quanto aos desfechos das práticas de alongamento, as
quais podem proporcionar efeitos agudos prejudiciais
ou benéficos em avaliações motoras subsequentes. De
acordocomasinformaçõesapresentadasnostrabalhos,
registra-seanecessidadedeidentificaçãodoselementos
que caracterizam as modificações no desempenho,
o que torna os tipos de alongamento (estático ou
dinâmico) componente viável para interpretação dos
achados, em virtude da possibilidade de agrupamento
deestudosnosquaisforamdesempenhadosprotocolos
com os dois tipos diferentes de estímulos: estático ou
dinâmico. Esse agrupamento contribui para a análise
dos resultados, considerando que diferentes métodos
tendem a apresentar efeitos agudos particulares, o que
podeserrefletidonoresultadodasavaliações(HERMAN
& SMITH, 2008). Para o alongamento estático
(AE), algumas investigações apontam decréscimo
no rendimento em CCAI (AMIRI-KHORASANI,
SAHEBOZAMANI, TABRIZI & YUSOF, 2010; FLETCHER
& ANNESS, 2007; FLETCHER & JONES, 2004) e são
cogitadas duas razões: uma relacionada com a rigidez
musculotendínea, a qual seria afetada negativamente
dificultando e/ou diminuindo o armazenamento
de energia elástica para o ciclo de alongamento-
encurtamento(WINCHESTER,NELSON,LANDIN YOUNG
& SCHEXNAYDER, 2008), e outra de caráter neural,
com a inibição e/ou dificuldade na transmissão de
estimulação advinda do sistema nervoso central,
dado que o trajeto e atividade dos proprioceptores
localizados no músculo seriam prejudicados pelo
alongamento(KISTLER,WALSH,HORN &COX,2010).
Por outro lado, são encontrados resultados de-
monstrando que técnicas as quais envolvam alon-
gamentos dinâmicos (AD) podem produzir melhor
rendimento (CHAOUACHI, CASTAGNA, CHTARA,
BRUGHELI, TURKI, GALY, CHAMARI & BEHM, 2010;
LITTLE & WILLIAMS, 2006). Algumas das principais
justificativas são: semelhança dos padrões de mo-
vimento utilizados (NEEDHAM, MORSE & DEGENS,
2009), aumento da temperatura corporal (TAYLOR,
SHEPPARD, LEE & PLUMMER, 2009), auxílio na pro-
priocepção e permissão de melhor pré-ativação do
organismo para a tarefa posterior (GELEN, 2010).
Os achados mais gerais descritos pelos estudos
realizados até agora direcionam para a perda no ren-
dimento em corridas curtas (SIATRAS, PAPADOPOULOS,
MAMELETZI, GERODIMOS & KELLIS, 2003). Porém,
frente à diversidade de informações, é necessário
considerar os diferentes elementos que compõem a
realização dos testes. Além disso, o tipo de estímulo
proporcionado pela prática estática ou dinâmica
apontaparadireçõescontrárias,umavezqueatéentão
os resultados apontam para diferentes desfechos de
acordo com a escolha de um ou de outro, e isso faz
com que seja necessário analisar cada um dos estudos
e tentar determinar, quantitativamente, o quanto de
perda se pode ter com a realização das técnicas de
alongamento, e mais do que isso é conseguir diferen-
ciarosresultadosdeacordocomcadatipodeexercício
executado antes da realização de CCAI/“sprints”, para
qual se encontram pontos positivos e em qual estão
os piores resultados, entre o estático e o dinâmico.
Portanto, o objetivo desse estudo foi examinar os
efeitos de diferentes protocolos de alongamentos,
realizados como componentes do aquecimento,
anteriormente à execução de testes envolvendo
CCAI/“sprints”, utilizando duas ferramentas de
análise, o Tamanho de Efeito (TE) e o Delta Per-
centual (Δ%).
aumentar o tamanho da amostra e se permite
descrição mais precisa e adequada dos efeitos do
alongamento no desempenho de CCAI.
O desenvolvimento do trabalho ocorreu seguindo
o esquema apresentado no QUADRO 1.
3. Rev. bras. Educ. Fís. Esporte, São Paulo, v.25, n.4, p.567-81, out./dez. 2011 • 569
Metanálise dos efeitos agudos do alongamento
A pesquisa foi realizada usando unicamente dois
termos de referência em língua inglesa - “sprint” e
“stretching” - os quais foram inseridos nas bases de
dados PubMed, SPORTDiscus e EBSCO-host, com
buscas feitas no período compreendido entre 23 de
agostoe16deoutubrode2010,semlimitesdedatade
publicação.Complementarmente,foramrecuperadase
incorporadas,casoatendessemaoscritériosdeinclusão,
as referências utilizadas nos artigos obtidos durante
as buscas. Consideraram-se adequados os materiais
publicados em jornais e revistas que possuíam dados
originais, envolvendo exercícios de alongamentos para
osmembrosinferiores,pessoasdosexomasculinoecom
idade superior a 16 anos, além de exibirem os valores
na condição sem alongamento. Não houve restrição
quanto à modalidade, ao nível de aptidão física e aos
procedimentos de avaliação utilizados nos estudos que
compuseram as amostras dos artigos estudados.
O desempenho em corridas curtas, avaliado a
partir do tempo, foi considerado como desfecho
principal para as 11 (n = 11) investigações selecio-
nadas, as quais proporcionaram 62 situações de
Amostra
Procedimentos
QUADRO 1 -Fluxograma dos procedimentos para seleção dos artigos inseridos na análise durante o estudo.
análises, dado que no interior de cada estudo houve
separação de diferentes eventos como, por exemplo,
alongamentos estático, dinâmico e misto.
Artigos retornados a partir de busca com palavras-
chave “sprint” e “stretching” nas bases de dados e
potencialmente relevantes para o estudo (n = 20).
Número de estudos excluídos que apresentavam
sexo feminino e idade inferior a 16 anos (n = 5).
Trabalhos com dados originais, seres humanos,
sem restrições de modalidades, nível de condicio-
namento e protocolo de avaliação foram incluí-
dos para leiutra do texto completo (n = 15).
Número final de estudos incluídos na análise (n = 11).
Trabalhos excluídos da análise por não apresen-
tarem procedimentos envolvendo situação sem
alongamento (n = 4).
Os artigos selecionados foram classificados
segundo a Escala PEDro, a qual é composta por
11 questões que visam proporcionar medida
de qualidade metodológica a estudos clínicos,
pois se verifica a validade interna dos trabalhos,
além de identificar se existe possibilidade de
informações suficientes para haver interpretação a
partir da estatística descrita dos mesmos (MAHER,
SHERRINGTON, HEBERT, MOSELEY & ELKINS, 2003).
Além disso, assumindo a quantidade de fatores
que estão relacionados aos resultados obtidos em
cada estudo, foi necessária incorporação de alguns
indicadores de caracterização geral. Assim, as
variáveis foram agrupadas da seguinte forma:
a) Características dos indivíduos: composto pelas
médias de idade, estatura, massa corporal, nível
de aptidão (Atleta ou Não-Atleta) e modalidade
(Coletivas, Individuais ou Mistas);
4. 570 • Rev. bras. Educ. Fís. Esporte, São Paulo, v.25, n.4, p.567-81, out./dez. 2011
RIBEIRO, Y.S. & Del VECCHIO, F.B.
De modo geral, elevada quantidade de estudos
(90,3%) atinge sete pontos na Escala de PEDro,
os demais chegaram a cinco pontos, do total
de 11 possíveis. As características dos sujeitos
Para apresentação dos dados descritivos, foram
utilizadas Média ± EP e distribuição de frequências.
Calcularam-se: 1) tamanho de efeito (TE, equação
Resultados
Análise estatística
envolvidos nestes estudos estão descritas na
TABELA 1.
A frequência de ocorrência de cada variável
analisada é exibida na TABELA 2.
1), medida síntese para os diferentes estudos, que
permite a verificação e interpretação de alterações
ocorridas em diferentes estudos envolvendo vários
grupos (RHEA, 2004), ou, em outros termos, pode
ser denominada como a medida da magnitude das
diferenças ocorridas entre os grupos, ou a condição
experimental em relação à controle (THOMAS &
FRENCH, 1986); e 2) delta de variação (Δ%), medida
que apresenta, em termos percentuais, a modificação
no rendimento físico (equação 2).
Equação 1:
Tamanho do Efeito = Média Pós-teste - Média Pré-teste
Desvio Padrão da situação Pré-teste
Equação 2:
DeltaPercentual=100·[(ValorPré-teste/ValorPós-teste)-1]
Para as comparações, foram realizadas duas
análises de variância, a partir do comando “General
Linear Model Univariate (GLM)” do “software”
SPSS (v.16.0.0). Como condição para aplicação
deste procedimento, previamente foram verificadas
as homogeneidades das variâncias mediante o teste
de Levene (F = 1,47, p = 0,147), o qual indicou que
os dados exibem igualdade de variância e podem
ser testados com o respectivo GLM (FIELD, 2005).
Assim, oTE e o Δ% foram considerados variáveis
dependentes e, como fatores:Tratamento (Estático,
Dinâmico, Misto), Delineamento (teste único após
aquecimento e alongamento; teste único entre
aquecimento e alongamento; vários testes), Número
de séries (1, 2 ou 3 séries), Protocolo de avaliação
empregado (até 20 m, acima de 20 m, RSA, corridas
com mudança de direção), Prática de alongamento
(presente ou não descrita) e Nível de Aptidão Física
(amador ou atleta). Empregou-se “post-hoc” de
Bonferroni para se identificarem os efeitos principais
e suas interações (com exibição do poder observado),
bem como no processo das comparações múltiplas
(MAIA, GARGANTA, SEABRA, LOPES, PRISTA & FREITAS,
2004). Ainda, massa corporal, estatura, índice de
massa corporal (IMC), idade e modalidade praticada
foram posicionados como covariáveis.
b) Delineamento do estudo: diz respeito aos com-
ponentes da avaliação do desempenho individual du-
rante o estudo e como esses elementos foram alocados
nos trabalhos. É formado, fundamentalmente, por
aquecimento, alongamento e protocolos de avaliação.
Para facilitar o entendimento de como foram dispos-
tos em cada um dos estudos, considerou-se o critério
da quantidade de testes e em que momento foram
desempenhados (se antes ou depois do alongamento e
aquecimento) para a caracterização dos estudos. Com
isso, foram classificados em três tipos: 1) Teste único
apósaquecimentoealongamento;2)Testeúnicoentre
aquecimento e alongamento; e 3) Vários testes após
aquecimento e alongamento;
c) Características dos protocolos de alongamento:
esse ponto versa sobre os tipos (Estático, Dinâmico ou
Misto),aduração(omenoreomaiortempodeestímu-
los encontrados foram de 20 s e 60 s, para os estáticos e
mistos,dadoqueosdinâmicossãodeterminados,quase
que em sua maioria, por distâncias) e intensidade dos
estímulos executados, ao se atingir o ponto de descon-
forto doloroso ou maior amplitude de movimento/
restrição mecânica causada pelos movimentos;
d) Protocolo de avaliação do desempenho:
objetivamente foram classificados como: 1) Corridas
até 20 metros; 2) Corridas acima de 20 metros; 3)
Corridas múltiplas; e 4) Corridas com mudança de
direção. Nenhum dos estudos foi alocado em mais
de uma das características acima mencionadas.
A partir dos 11 trabalhos investigados para este
estudo, indica-se que tempo aproximado entre o fim
dos protocolos de alongamento e a avaliação para
cinco dos textos foi nulo, ou seja, imediatamente
após os estímulos eram realizadas as avaliações e, para
os outros seis, o tempo até o teste esteve entre um e
sete minutos. Isso foi determinado a partir da leitura
dos procedimentos, dos delineamentos experimentais
dos estudos e com base nas suas figuras apresentadas.
5. Rev. bras. Educ. Fís. Esporte, São Paulo, v.25, n.4, p.567-81, out./dez. 2011 • 571
Metanálise dos efeitos agudos do alongamento
TABELA 1 -
TABELA 2 -
Descrição geral das características dos sujeitos dos estudos, através de Média ± EP e Amplitude. *Apenas um dos estu-
dos selecionados não
disponibilizou os valores
referentes às caracte-
rísticas descritas nesta
tabela.
Características dos Sujeitos Média EP Mínimo Máximo
Idade (anos) 21,40 0,18 16,8 24
Massa corporal (kg) 73,90 0,54 68,2 86,5
Estatura (cm) 179,94 0,32 171,0 185,7
IMC 22,93 0,12 22,34 26,40
Frequências absoluta e relativa das variáveis selecionadas para análise.
Variáveis consideradas Frequência Absoluta Frequência Relativa (%)
Escala de PEDro
5 pontos 06 09,7
7 pontos 56 90,3
Total 62 100
Prática de alongamento
Sim 28 45,2
Não relatado 34 54,8
Total 62 100
Nível de aptidão
Atletas 59 95,2
Amadores 03 04,8
Total 62 100
Modalidade
Coletivas 28 45,2
Individuais 06 09,6
Mistas 28 45,2
Total 62 100
Delineamento do Estudo
Teste único após aquecimento e alongamento 14 22,6
Teste único entre aquecimento e alongamento 08 12,9
Vários testes 40 64,5
Total 62 100
Tipo de Alongamento
Estático 29 46,8
Dinâmico 12 19,3
Misto e outros 21 33,9
Total 62 100
Protocolo de Avaliação
Corridas até 20 metros 17 27,4
Corridas acima de 20 metros 22 35,5
Corridas Múltiplas 07 11,3
Corridas com mudança de direção 16 25,8
Total 62 100
Continua
6. 572 • Rev. bras. Educ. Fís. Esporte, São Paulo, v.25, n.4, p.567-81, out./dez. 2011
RIBEIRO, Y.S. & Del VECCHIO, F.B.
Variáveis consideradas Frequência Absoluta Frequência Relativa (%)
Número de Séries
Única 17 27,4
Duas 39 62,9
Três 06 09,7
Total 62 100
Sentido do Tamanho de Efeito
Negativo 39 62,9
Positivo 20 32,3
Nulo 03 04,8
Total 62 100
Sentido do Delta Percentual
Negativo 39 62,9
Positivo 20 32,3
Nulo 03 04,8
Total 62 100
Observa-se que mais da metade (54,8%) das
situações encontradas neste estudo não relataram se os
sujeitos analisados realizavam práticas de alongamento
em suas sessões cotidianas de treinamento. Além
disso, grande maioria (95,2%) dos avaliados nos
artigos selecionados é composta por atletas. Já para
as modalidades praticadas, foi encontrado mesmo
percentual (45,2%) para as coletivas e mistas (coletivas
e individuais), e 9,6% de modalidades individuais.
No que diz respeito ao delineamento do estudo,
em 64,5% das investigações ocorreram avaliações com
diversos testes (corridas e saltos), nas quais 35,5%,
27,4% e 25,8% foram de corridas com distância
superior a 20 m, corridas de até 20 m e corridas com
mudança de direção, respectivamente. Para os tipos
de alongamento, 46,8% das situações fizeram uso do
procedimento executado de modo estático, 33,9%
foramcompráticasmistaseoutrose19,3%foramcom
alongamentos dinâmicos. Duas séries de estímulos de
alongamentofoionúmeroqueseapresentouemmaior
percentagem, com 62,9%, sendo que a realização de
sérieúnicafoiresponsávelpor27,4%dosexperimentos
e três séries foram observadas em 9,7% deles.
Os valores percentuais do sentido negativo do
TE e do Δ% perfazem 62,9%, e representa que 39
das 62 situações estudadas proporcionaram efeitos
prejudiciais no desempenho em testes subsequentes.
O sentido positivo doTE e do Δ% foi observado em
32,3% dos casos, e efeito nulo em 4,8%.
A análise realizada apresentou como resultado
para oTamanho de Efeito (TE) valor médio de -0,06
(± 0,06), com amplitude entre -1,95 e 1,50 para as
investigações incluídas neste estudo. Além disso,
para o Δ%, obteve-se média de -0,41% (± 0,26)
com amplitude entre -7,85% e 5,42%.
Observa-se, naTABELA 3, que o delineamento de
mensuração adotado pelos pesquisadores apresenta
resultados estatisticamente diferentes quando da
realização de um único teste após alongamento e
aquecimento em comparação à execução de vários
testes (F = 14,97; p < 0,001). Além disso, o tipo de
alongamento afeta o desempenho em CCAI, com o
alongamento dinâmico sendo diferente dos demais,
tanto para o TE (F = 33,14; p < 0,001), quanto para
o Δ% (F = 34,84; p < 0,001). Ainda, o protocolo de
avaliaçãotambémproporcionadiferençassignificantes
(F = 7,75; p = 0,05), as quais são observadas entre
corridas com mudanças de direção e corridas lineares
únicas, mas isto só é observado no TE. Por fim,
estímulos de alongamento com séries únicas se
mostraram ser menos prejudiciais frente àqueles que
fazem uso de séries sucessivas (F = 19,83; p < 0,001).
Em referência ao delta percentual, a FIGURA
1 apresenta os gráficos das variáveis que exibiram
diferenças significantes quanto aos procedimentos
adotados.
Por fim, são observadas interações entre alguns
fatores: 1) execução de alongamentos estáticos (p =
0,001, poder = 0,99) ou de alongamentos dinâmicos
(p = 0,03, poder = 0,57) com rotina pregressa e
experiência na prática de alongamentos; 2) Execução
de série única com o tipo de alongamento estático
(p = 0,02, poder = 0,66) e dinâmico (p = 0,001,
poder = 0,99).
TABELA 2 -Frequências absoluta e relativa das variáveis selecionadas para análise (continuação).
7. Rev. bras. Educ. Fís. Esporte, São Paulo, v.25, n.4, p.567-81, out./dez. 2011 • 573
Metanálise dos efeitos agudos do alongamento
TABELA 3 -Medidas descritivas (média ± ep), valor de F e nível de significância do tamanho do efeito e do delta
percentual, segundo diferentes variáveis consideradas.
Variáveis TE F P Δ% F P
Delineamento* 14,97 0,001 4,84 0,015
Teste único após aquecimento e
alongamento†
-0,20 ± 0,1 -0,90 ± 0,28
Teste único entre aquecimento e
alongamento
-0,03 ± 0,08 -0,34 ± 0,16
Vários testes 0,01 ± 0,1 0,22 ± 0,23
Tipo de alongamento* 33,14 < 0,001 34,84 0,001
Estático 0,20 ± 0,1 -0,16 ± 0,19
Dinâmico¶ 0,46 ± 0,1 1,85 ± 0,25
Misto e outros -0,17 ± 0,07 -0,13 ± 0,24
Modalidade 2,11 0,130 2,41 0,098
Coletivas 0,07 ± 0,1 0,12 ± 0,4
Individuais -0,23 ± 0,03 -1,33 ± 0,4
Mistas -0,18 ± 0,05 -0,85 ± 0,2
Prática de alongamento 2,54 0,123 2,06 0,156
Sim -0,18 ± 0,05 -0,85 ± 0,2
Não relatado 0,02 ± 0,1 -0,11 ± 0,4
Nível de Aptidão 0,03 0,852 0,20 0,655
Profissionais -0,07 ± 0,07 -0,46 ± 0,2
Amadores -0,02 ± 0,1 0,02 ± 0,8
Protocolo de Avaliação* 7,75 0,05 1,27 0,291
Corridas até 20 metros -0,16 ± 0,1 -1,02 ± 0,3
Corridas acima de 20 metros -0,12 ± 0,1 -0,58 ± 0,4
Corridas múltiplas -0,05 ± 0,1 -0,12 ± 0,4
Corridas com mudança de direção‡ 0,10 ± 0,1 0,31 ± 0,6
Número de Séries* 19,83 < 0,001 6,52 0,01
Única# 0,12 ± 0,1 0,20 ± 0,22
Duas -0,13 ± 0,08 -0,065 ± 0,16
Três -0,23 ± 0,03 -1,33 ± 0,34
*Apresenta diferença
significativa entre os
grupos.
† Diferença significativa
para com a realização
de vários testes (p =
0,001).
¶ Diferença significativa
para os grupos Estático
(p < 0,001) e Misto e
outros (p < 0,02).
‡ Diferença significativa
para corridas até 20 m
(p = 0,003) e corridas
acima de 20 m (p <
0,009).
# Diferença significativa
para duas (p = 0,016) e
três (p < 0,001) séries.
8. 574 • Rev. bras. Educ. Fís. Esporte, São Paulo, v.25, n.4, p.567-81, out./dez. 2011
RIBEIRO, Y.S. & Del VECCHIO, F.B.
FIGURA 1 - Média e limites superior e inferior do intervalo de confiança (95%) referentes ao delta percentual das
variáveis de interesse. As informações sobre tipo de delineamento, procedimento de alongamento e
número de séries estão apresentadas, respectivamente, nos gráficos A, B e C.
-2
-1,5
-1
-0,5
0
0,5
1
Teste único após
aquecimento e
alongamento
Teste único entre
aquecimento e
alongamento
Váriostestes
DeltaPercentual(%)
Delineamento
-2
-1,5
-1
-0,5
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
Estático Dinâmico Misto
DeltaPercentual(%)
Alongamento
-2,5
-2
-1,5
-1
-0,5
0
0,5
1
Uma série Duasséries Três séries
DeltaPercentual(%)
Número deséries realizadas
Média Limite Inferior Limite Superior
A
B
C
p=0,001
p=0,001 p=0,02
p=0,016
p=0,001
9. Rev. bras. Educ. Fís. Esporte, São Paulo, v.25, n.4, p.567-81, out./dez. 2011 • 575
Metanálise dos efeitos agudos do alongamento
Como o objetivo do presente estudo foi verificar a
magnitudedautilizaçãodosprotocolosdealongamentos
em subsequentes desempenhos em CCAI, o principal
achado foi que diferentes modos alongamento
proporcionam efeitos específicos. Neste contexto,
identificou-se que práticas dinâmicas promovem
melhor rendimento no desempenho de CCAI, tanto
para o TE, quanto para o Δ%, quando comparadas
comtécnicasestáticas(p<0,001)oumistas(p<0,01).
Além disso, dentre os procedimentos existe diferença
na execução de um único teste após alongamento e
aquecimento frente à realização de vários testes (p =
0,001).Quantoaoprotocolodeavaliação,hádiferença
entre corridas com mudanças de direção e corridas
lineares até 20 m (p = 0,003) e corridas com mudança
dedireçãoecorridaslinearesacimade20m(p<0,009),
mas isto só é observado no TE. Por fim, protocolos
de alongamento com séries únicas podem ter menor
interferênciaquandocomparadosaestímuloscomduas
(p = 0,016) e três séries (p < 0,001).
Evidências recentes (CHAOUACHI et al., 2010;
GELEN, 2010; LITTLE & WILLIAMS, 2006; NEEDHAM,
MORSE & DEGENS, 2009; TAYLOR et al., 2009)
corroboram com os achados deste estudo, os quais
sugerem que alongamentos dinâmicos (AD) são
benéficos para o rendimento posterior em CCAI.
As justificativas estão no fato de a estimulação
dinâmica (MURPHY, 1994) aumentar a temperatura
do tecido muscular e, assim, elevar: a) a eficácia
da contração (MARTIN, ROBINSON, WIEGMAN &
AULICK, 1975); b) a velocidade de transmissão de
impulsos nervosos; e c) o trabalho muscular (SAFRAN,
SAEBER & GARRETT JUNIOR, 1989). Além disso, são
movimentos que podem se assemelhar à tarefa a ser
executada e, por conseguinte, elevar a excitabilidade
das unidades motoras e a capacidade de produção de
potência (FAIGENBAUM, KANG, MCFARLAND, BLOOM
& MAGNATTA, 2006; FAIGENBAUM, MCFARLAND,
SCHWERDTMAN, RATAMESS, KANG & HOFFMAN,
2006). O AD proporcionou melhores resultados em
estudos com jogadores profissionais de futebol, com
diferenças significantes entre fazer alongamentos
dinâmico, estático e não alongar para a execução
subsequente de CCAI de 10 a 30 metros e para
testes de agilidade (AMIRI-KHORASANI et al., 2010;
GELEN, 2010; LITTLE & WILLIAMS, 2006). Já com
estudantes altamente treinados em diferentes
modalidades, não foram identificadas alterações
no resultado de CCAI nas distâncias de cinco a
30 metros, tampouco em teste de agilidade para as
Discussão
práticas de AD, AE e AM (CHAOUACHI et al., 2010).
É possível que os resultados acima mencionados
tenham sido encontrados em função de o grupo de
jogadores de futebol apresentar média etária e tempo
de experiência maior que os estudantes treinados.
Porém, não se infere que o tipo e as características do
treinamento possam ser prováveis fatores de confusão
para esses resultados (AMIRI-KHORASANI et al., 2010).
Diferente dos estudos que envolvem AD, os
resultados para os experimentos que praticam AE
mostram redução do desempenho em subsequentes
CCAI (AMIRI-KHORASANI et al., 2010; FLETCHER &
ANNESS, 2007; FLETCHER & JONES, 2004; KISTLER et
al., 2010; WINCHESTER et al., 2008), o que reforça os
resultados da presente investigação para oTE e Δ%. A
grande maioria deles relaciona a perda de rendimento
ao fato de que o AE pode influenciar em elementos
periféricos e/ou neurais. Entretanto, é preciso deixar
explícito que essas explicações, na tentativa de
entender o que acontece durante o procedimento
de alongar e posteriormente verificar o resultado em
CCAI, são sugeridas a partir de estudos que utilizam
procedimentos laboratoriais e não eventos de campo,
o que aumentaria confiabilidade/reprodutibilidade,
mas diminuiria a validade ecológica dos mesmos
(REILLY, MORRIS & WHITE, 2009). Seria interessante
que simulações da prática em seu contexto real
pudessem contar com avaliação do desempenho nas
situações esportivas específicas de cada modalidade.
Portanto, é necessário cuidado com a interpretação
e transferência dos resultados obtidos, sendo assim,
também com as justificativas e explicações sugeridas.
No que diz respeito aos ajustes periféricos,
o prejuízo do AE deriva de modificações das
estruturas da unidade músculotendínea (UMT)
(MCNAIR & STANLEY, 1996), pois a rigidez de seus
componentes pode aumentar a produção de força
dos componentes contráteis devido ao aumento
do comprimento e frequência de encurtamento
(WILSON, MURPHY & PRYOR, 1994).
Para STONE et al. (2006), a rigidez tecidual (em
inglês, denominada “stiffness”) é a capacidade de o
tecido resistir às mudanças no seu comprimento e
é representada pela divisão das alterações de força
pelas alterações de seu comprimento (ΔF/ΔC). Sendo
assim, a realização do AE promoveria redução do grau
de rigidez da UMT, o que prejudicaria o rendimento
durante o movimento. A perda desta rigidez pode
ter relação com a diminuição da resistência passiva
ao alongamento. Além disso, MCHUGH e COSGRAVE
10. 576 • Rev. bras. Educ. Fís. Esporte, São Paulo, v.25, n.4, p.567-81, out./dez. 2011
RIBEIRO, Y.S. & Del VECCHIO, F.B.
(2010) relatam que o incremento da propriedade
viscoelástica, gerado pelo AE, eleva a amplitude de
movimento e diminui a resistência ao alongamento.
Somado a esses fatores existe o argumento que
relaciona a queda de rendimento em CCAI à
diminuição da capacidade dos componentes elásticos
estocarem energia, para que a mesma seja utilizada
no ciclo de alongamento-encurtamento durante
exercícios que necessitam de produção de potência e
taxa de desenvolvimento de força, a partir da UMT
(SHORTEN, 1987). Todavia, apesar de todas essas
sugestões, MORSE, DEGENS, SEYNNES, MAGANARIS e
JONES (2008) relatam que as propriedades tendíneas
“in vivo” permanecem inalteradas após o AE. Para
sustentar esse achado, há estudos nos quais protocolos
de intervenção com alongamentos que duraram
menos de quatro minutos provocaram perda de força,
mas esta queda não esteve ligada à diminuição da
rigidez muscular (KOKKONEN, NELSON & CORNWELL,
1998;MCNAIR &STANLEY,1996;NELSON,DRISCOLL,
LANDIN, YOUNG & SCHEXNAYDER, 2005;SEKIR,
ARABACI, AKOVA & KADAGAN, 2010).
Diantedessafaltadeconsensonaliteratura,épossível
que a outra perspectiva venha a complementar a
explicaçãoparataisachados.Ajustificativaquetratados
efeitos neurais se sustenta no fato de que os exercícios
de alongamento impedem adequada potencialização
mioelétrica (PM) das capacidades que envolvem o
ciclo de alongamento-encurtamento (CAE). Isso
porque BOSCO, VIITASALO, KOMI e LUHTANEN (1982)
propuseram que a fase excêntrica do CAE inicia com
tal potencialização, a qual resulta em estiramento
reflexo (ER), proporcionando aumento da ativação
muscular durante o período de trabalho concêntrico.
O incremento da capacidade de ceder promovido
pelo AE pode resultar em menor ativação dos fusos
musculares na fase excêntrica do movimento, o que
afetaria negativamente o estágio concêntrico (KISTLER
et al., 2010). Adicionalmente, ROSENBAUM e HENNIG
(1995) relataram que o alongamento muscular pode
diminuir a força do estiramento reflexo, observado no
tendão do calcâneo, o que prejudicaria o CAE.
Mecanismos centrais (sistema nervoso central e
periférico) parecem ser responsáveis pela alteração
desta atividade reflexa, como menor excitabilidade
neuromotora decorrente dos estímulos de
alongamento (AVELA, KYROLAINEN & KOMI, 1999;
GUISSARD, DUCHATEAU & HAINAUT, 1988), além
da sugestão de que estão ligados aos eventos pré e
pós-sinápticos. As modificações pré-sinápticas que
podem explicar a queda do reflexo proprioceptivo,
reflexo de Hoffman (H), quando em alongamentos
tratam sobre: a) diminuição autogênica de uma
das vias aferentes, a qual é induzida pela inibição
pré-sináptica (DELWAIDE, 1973; RUDOMIN, 1990);
b) capacidade de transmissão sináptica durante
ativação repetida (CRONE & NIELSEN, 1989; KOHN,
FLOETER & HALLETT, 1997). Já as mudanças pós-
sinápticas que justificam o déficit na atividade reflexa
H indicam: a) inibição autogênica induzida pelos
órgãos tendinosos de Golgi (HOUK, CRAG & RYMER,
1980; ROBINSON, MCCOMAS & BELANGER, 1982); b)
inibição a partir dos receptores aferentes articulares
e cutâneos (CACCIA, MCCOMAS, UPTON & BLOGG,
1973; LUNDBERG, MALMGREN & SCHOMBURG, 1978);
c) que a via aferente supraespinhal pode ter atuação
prejudical no reflexo espinhal durante o alongamento
(GUISSARD, DUCHATEAU & HAINAUT, 2001).
A combinação entre AD e AE, denominado
alongamentomisto(AM),parecenãopromovermelhora
no desempenho quando comparado exclusivamente
com a prática do AD; entretanto é possível que o AM
produza melhores resultado em relação ao AE, já que
em situações de CCAI de 10 a 30 metros e testes de
agilidade com jogadores de futebol foi detectado esse
fato (AMIRI-KHORASANI et al., 2010; GELEN, 2010;
LITTLE & WILLIAMS, 2006). Por outro lado, com
estudantes treinados em diferentes modalidades, não
foram identificadas alterações no resultado de CCAI
nasdistânciasdecincoa30metros,tampoucoemteste
de agilidade, tanto de maneira isolada, quanto com
combinações variadas de AD, AE e AM em diferentes
intensidades (CHAOUACHI et al., 2010).
Nosdelineamentos,arealizaçãodeordensdiferentes
de avaliação pode ser fator de interferência no
resultado das investigações e se identificou de
determinada disposição dos procedimentos pode
alterar o rendimento, dada a observância de diferença
para dois dos três tipos de delineamentos, a saber:
a) teste único após o alongamento e aquecimento
(AMIRI-KHORASANI et al., 2010; WINCHESTER et al.,
2008); e b) investigações que aplicam diferentes testes
em sequência após os estímulos de alongamento e
aquecimento(CHAOUACHI etal.,2010;GELEN,2010),
sendo que este último delineamento proporcionou
melhores resultados nas avaliações. Neste contexto,
cogita-se que os sujeitos já apresentassem elevação de
temperatura corporal e, consequentemente muscular,
alémdeativaçãoepredisposiçãoquepermitiriamelhor
rendimento na tarefa subsequente (BISHOP, 2003).
Quanto ao número de séries, havia possibilidade
de se encontrarem diferenças entre os protocolos,
ou seja, quanto mais séries, maior efeito agudo
negativo no rendimento. Isso se dá em virtude do
11. Rev. bras. Educ. Fís. Esporte, São Paulo, v.25, n.4, p.567-81, out./dez. 2011 • 577
Metanálise dos efeitos agudos do alongamento
Os achados da presente investigação sugerem
que: 1) a realização de AD proporciona resultado
benéfico quando comparado às práticas que
envolvem AE ou AM; 2) pode existir diferença entre
os delineamentos adotados quando da avaliação de
efeitos de alongamentos em atividades subsequentes;
3) o tipo de protocolo de avaliação do rendimento no
estudo também pode produzir resultados distintos;
e 4) uma maior quantidade de séries de estímulos
de alongamento pode provocar efeito negativos no
desempenho. Não foram encontradas diferenças
tempo total de estímulo, pois os menores e maiores
tempos de estímulo foram, respectivamente, de 20
s e 60 s; além disso, grande parte dos protocolos
estabelecia que a intensidade estivesse em torno
do ponto de desconforto ou maior amplitude de
movimento (CHAOUACHI et al., 2010; FAVERO,
MIDGLEY & BENTLEY, 2009; LITTLE & WILLIAMS,
2006; WONG, LAU, MAO, WU, BEHM & WISLOFF,
2011). De acordo com os resultados do presente
estudo, foi confirmada essa hipótese, ao se comparar
realização de série única com duas e três séries.
Segundo MCHUGH e COSGRAVE (2010), os efeitos
de quatro minutos totais de duração de alongamento
ainda podem ser observados 10 minutos após o
estímulo, sem atividade/exercício posterior. Logo,
com este tempo total mínimo (de quatro minutos),
as práticas de alongamento ainda promoveriam
algum efeito deletério residual após utilização de
AE, o que parece ter ocorrido nos estudos utilizados,
pois a série única não atingiria tempo total de quatro
minutos de estímulo, diferente das séries sucessivas.
Paraosprotocolosdeavaliação,foiconfirmadoque
hádiferençaentreostiposdeavaliaçõesdodesempenho,
porém não com os protocolos esperados, já que houve
diferença entre corridas com mudança de direção e
corridas lineares (até 20 metros e para as acima de 20
metros),oqueécontrárioaosachadosdeFAIGENBAUM,
BELLUCCI, BEMIERI, BAKKER e HOORENS (2005), no
qual não foram encontradas diferenças estatísticas em
avaliações com mudança de direção. Esperava-se que
fosse possível existir diferença entre corridas múltiplas
e as demais, em função de a repetição da atividade
minimizar ou eliminar algum efeito deletério que o
alongamento proporcionasse (BECKETT et al., 2009).
Uma das limitações do estudo foi a não
consideração dos valores das situações controle
como fator protocolo nas análises de variância. Isto
se deu por dois motivos. O primeiro é a inclusão
deste dado no cálculo do tamanho do efeito
(RHEA, 2004) e do delta percentual. O segundo
reside no fato de que os estudos não apresentam
situação placebo, para controle verdadeiro, ou seja,
a medida de controle é feita antes da execução dos
procedimentos de intervenção, o que em parte reflete
a baixa pontuação dos estudos na escala PEDro.
Complementarmente, apenas a seleção de estudos
que a amostra era composta pelo sexo masculino
pode ter limitado a quantidade de observações;
no entanto, investigações com mulheres não têm
controlado o perfil hormonal e ciclo menstrual das
mesmas, o que dificulta as inferências (MIDDLETON
& WENGER, 2006). Por fim, outra limitação reside
no fato de alguns artigos não apresentarem valores
exatos das avaliações de rendimento, dado que
eram exibidos em gráficos (por exemplo, LITTLE &
WILLIAMS, 2006).
Baseados nos resultados apresentados, há situação
dereflexão:oqueapresentadiferençasperanteanálises
estatística e o que, de fato, é efetivo ou significante
para situações práticas/clínicas (STAPLETON, SCOTT
& ATKINSON, 2009). Ainda não é possível realizar
avaliações que apresentem condições de simulação
idênticas à realidade e, juntamente a isto, pode-se
considerar que cada situação tem suas características
próprias e peculiaridades, dificultando o processo
de translação do conhecimento. Portanto, o que
determina a transferência de achados como o da
presente investigação é a habilidade de interpretação
de acordo com a prática de cada treinador/professor,
ao se realizar análise adequada e com fundamentos
suficientes para comparação das situações e, então,
fazerousoadequadodosdadospresentesnaliteratura.
Conclusão
estatisticamente significantes para o desempenho
em CCAI considerando o nível de aptidão dos
sujeitos, sua modalidade praticada ou a prática
pregressa de alongamentos. Sugere-se que os novos
estudos indiquem a experiência dos sujeitos quanto
à frequência, intensidade e tipo de alongamento
que executam em suas rotinas de treinamento, pois
vivênciasdiferenciadaspodemproporcionarrespostas
orgânicas variadas, no sentido de pessoas mais
experientes em realizar alongamentos dinâmicos não
terem decréscimos significativos nos testes de CCAI.
12. 578 • Rev. bras. Educ. Fís. Esporte, São Paulo, v.25, n.4, p.567-81, out./dez. 2011
RIBEIRO, Y.S. & Del VECCHIO, F.B.
Abstract
Meta-analysis of the acute effects of stretching on high intensity sprint performance
The literature on the effects of stretching on sprint performance is controversial. This meta-analysis aimed
at examining the outcomes of the studies using different stretching protocols prior to sprint efforts. The
search was conducted in several databases, using combinations of the following keywords: sprinting and
stretching. Inclusion criteria included studies with males aged over 16 years irrespective of the sport,
fitness level and assessment procedures performed. After the evaluation of the selected studies, 11 were
considered appropriate for the analysis, resulting in 62 cases to be studied. The effect size (ES) and delta
percentage (Δ%) were considered as dependent variables. The study design, type of stretching, asses-
sment protocol, number of sets, sport, fitness level and previous practice of stretching were considered
as factors. The results suggest that: a) dynamic stretching (DS) significantly improves performance when
compared to static (SS) (p < 0.001) or mixed (MS) (p < 0.002) stretching methods; b) there are significant
differences in ES and Δ% between runs with change of direction and linear races (up to 20 m, p = 0.003,
and above 20 m, p < 0.009); c) performing multiple tests provides better results than a single test after
the warm-up and stretch (p = 0.001), and d) performing a single bout of stretching is less harmful to
performance than two (p = 0.016) and three (p < 0.001) bouts. Therefore, it is possible to obtain small
gains in high-intensity sprinting performance by using DS when compared with SS, MS or no stimuli.
UNITERMS: Stretching; High intensity sprint; Acute effect; Physical Performance.
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Metanálise dos efeitos agudos do alongamento
ENDEREÇO
Fabrício Boscolo Del Vecchio
Grupo de Pesquisas em Treinamento Esportivo e Desempenho Físico
Escola Superior de Educação Física
Universidade Federal de Pelotas
R. Luiz de Camões, 625
96055-630 - Pelotas - RS - BRASIL
e-mail:fabricio_boscolo@uol.com.br
Recebido para publicação: 14/03/2011
Revisado: 21/07/2011
Aceito: 05/09/2011
Agradecimentos
Os autores agradecem aos consultores que avaliaram este trabalho. Certamente, o mesmo ganhou clareza e qualidade
após os seus pareceres.