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Os Iorubás:
• Os reinos Iorubás floresceram
  ao sul do rio Níger. Suas origens encontram-se
  numa antiga população indígena que tinha
  como centro a cidade de Ifé. Depois chegaram
  os conquistadores, guiados por Oduduwa, o
  legendário antepassado fundador.
• Os filhos de Oduduwa iniciaramas diversas
  dinastias Iorubás que se instalaram na região
  entre os anos 600 e
  900 da nossa Era, vindos provavelmente do
  Alto Nilo. Alguns especialistas afirmam
  que a cultura Iorubá tem parentesco com a
  egípcia, e outros, com a da Núbia.
• Ambas as opiniões consideram também a
  possibilidade de que, através da
  Abissínia (região onde fica a atual Etiópia), a
  cultura Iorubá tenha parentesco
  com a helenista. Alguns afirmam que
   Ifé, cidade santa dos Iorubá, seja Ufa, a
  cidade mencionada na bíblia onde
  os fenícios adquiriam ouro a pedido do rei
  Salomão.
• Até hoje, no entanto, nenhuma
  das hipóteses foi comprovada.
MUNDO COMEÇA EM IFÉ, A CIDADE
         SAGRADA
• Capital do primeiro reino, Ifé
  alcançou rapidamente um notável
  desenvolvimento religioso e político,
  desempenhando numerosas funções no seio
  dos diversos reinos Iorubás,
  especialmente no campo espiritual.
• Ifé atingiu o auge do resplendor entre os
  séculos XII e XIV. Seu apogeu foi no século XIII.
  A partir do século XIV, deixa de ser o centro
  político da potência Iorubá, mas continua a
  exercer o papel de cidade santa. O rei de Ifé é
  considerado opai de todos os reis Iorubás.
• A cidade é ainda capital do reino originário e,
  segundo se acredita, constitui o centro da
  terra. Ali, a terra teria começado a
  se formar e ali teria descido a divindade pai –
  ou mãe – de todos os viventes
  para fundar e reinar sobre "sua" primeira
  cidade.
• De fato, um mito mesclando
  história e lenda afirma que Oduduwa, o
  ancestral divino de todos os Iorubá,
  desceu do céu e depositou sobre as águas um
  pouco de terra e uma galinha. Esta,
  ao ciscar, lançou terra em diversas direções. É
  assim que, ao redor de Ifé, o mundo começou
  a ser criado.
• Não é de se estranhar, portanto, que os
  Iorubá tenham como centro de sua
  religiosidade um Deus criador e que possuam
  um forte sentido da constante presença divina
  em sua vida
  cotidiana. O que não os impede, no entanto,
  de seguir uma religião politeísta,
  com sociedades secretas nas quais se
  celebravam festas com sacrifícios humanos.
• Isso explica também o motivo
  de, ainda hoje, os Iorubá serem muito
  religiosos, embora pluralistas no que diz
  respeito a que religião praticar. Há, por
  exemplo, famílias nas quais o pai é
  muçulmano, a mãe segue a religião tradicional
  e os filhos são católicos ou protestantes.
• Dentre os elementos presentes nesta obra-
  prima da oralidade iorubá estão os Oriki –
  evocações; os Orin – cantos; os Orin-Esa –
  cantigas em louvor aos ancestrais masculinas;
  os Orin-Efe – canções dirigidas às ancestrais
  femininas; as Aduras – orações; os Ibás –
  saudações. Nos poemas maiores, os Iremoje e
  os Ijala, estão preservados os elementos mais
  significativos da trajetória mitológica deste
  povo.
• O cosmo iorubá é arquitetado em uma estrutura
  quádrupla, daí os sacerdotes serem também
  enquadrados em categorias que correspondem a esta
  visão de mundo. Os babalaôs dirigem o culto a Ifá, na
  dimensão da interação humana; os babalorixás e
  ialorixás – pais e mães que presidem as iniciações no
  orixá – lideram a adoração a estas divindades; os
  babalossaim – símbolos da paternidade – são os
  responsáveis pelo culto a Ossaim, a esfera das folhas,
  representantes da Natureza; e os babalojés/ babaojés
  – que protagonizam os pais na veneração aos
  ancestrais da linhagem masculina – comandam a
  adoração aos mortos.
• Nas terras americanas os iorubás procuram
  reproduzir esta representação espacial
  geográfica e cosmológica. Cada esfera do
  recinto sagrado na América reflete a mesma
  teia sagrada que marca o universo iorubá no
  continente africano. O Ifá atua como o
  protetor do saber sagrado, um depósito
  palpitante das memórias desta civilização.
Iemanjá
EXU:
Linguagem, Localidade e
       População dos Iorubás:
• Os iorubás ou iorubas (em iorubá: Yorùbá),
  são um dos maiores grupo étno-linguístico ou
  grupo étnico na África Ocidental,composto
  por 30 milhões de pessoas em toda a região.
  Constituem o segundo maior grupo étnico na
  Nigéria, com aproximadamente 21% da sua
  população total.
• A maioria dos iorubás falam a língua iorubá
  (iorubá: èdèe Yorùbá ou èdè). Vivem em
  grande parte no sudoeste do país; também há
  comunidades de iorubás significativas no
  Benin, Togo, Serra Leoa, Cuba e Brasil.
• Os iorubás são o principal grupo étnico nos
  estados de Ekiti, Kwara, Lagos, Ogun, Ongo,
  Osun, e Oyo. Um número considerável de
  iorubas vive na República do Benin, ainda
  podendo ser encontradas pequenas
  comunidades no campo, em Togo, Serra Leoa,
  Brasil e Cuba.
• Eles tinham saída para o mar e compartilham
  fronteiras com os Borgu (também chamados
  Bariba e Borgawa) no noroeste, os Nupe (que
  eles chamam muitas vezes, "Tapa") e os Ebira
  no norte, os Edo que também são conhecidos
  como Bini ou povo benin (não-relacionado
  com o povo da República do Benin), e os Ẹsan
  e Afemai para o sudeste.
• Embora a maioria dos iorubás vivam no oeste
  da Nigéria, há também importantes
  comunidades yorubás indígenas na República
  do Benin, Gana e Togo. A maioria dos iorubás
  é cristã, com os ramos locais das igrejas
  Anglicana, Católica, Pentecostal, Metodista, e
  nativas de que são adeptos.
• O islamismo inclui aproximadamente um
  quarto da população iorubá, com a tradicional
  religião iorubá respondendo pelo resto. Os
  iorubas têm uma história urbana que data de
  500 d.C.
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Os iorubás

  • 2.
  • 3. • Os reinos Iorubás floresceram ao sul do rio Níger. Suas origens encontram-se numa antiga população indígena que tinha como centro a cidade de Ifé. Depois chegaram os conquistadores, guiados por Oduduwa, o legendário antepassado fundador.
  • 4.
  • 5. • Os filhos de Oduduwa iniciaramas diversas dinastias Iorubás que se instalaram na região entre os anos 600 e 900 da nossa Era, vindos provavelmente do Alto Nilo. Alguns especialistas afirmam que a cultura Iorubá tem parentesco com a egípcia, e outros, com a da Núbia.
  • 6. • Ambas as opiniões consideram também a possibilidade de que, através da Abissínia (região onde fica a atual Etiópia), a cultura Iorubá tenha parentesco com a helenista. Alguns afirmam que Ifé, cidade santa dos Iorubá, seja Ufa, a cidade mencionada na bíblia onde os fenícios adquiriam ouro a pedido do rei Salomão.
  • 7. • Até hoje, no entanto, nenhuma das hipóteses foi comprovada.
  • 8.
  • 9.
  • 10. MUNDO COMEÇA EM IFÉ, A CIDADE SAGRADA
  • 11. • Capital do primeiro reino, Ifé alcançou rapidamente um notável desenvolvimento religioso e político, desempenhando numerosas funções no seio dos diversos reinos Iorubás, especialmente no campo espiritual.
  • 12.
  • 13. • Ifé atingiu o auge do resplendor entre os séculos XII e XIV. Seu apogeu foi no século XIII. A partir do século XIV, deixa de ser o centro político da potência Iorubá, mas continua a exercer o papel de cidade santa. O rei de Ifé é considerado opai de todos os reis Iorubás.
  • 14. • A cidade é ainda capital do reino originário e, segundo se acredita, constitui o centro da terra. Ali, a terra teria começado a se formar e ali teria descido a divindade pai – ou mãe – de todos os viventes para fundar e reinar sobre "sua" primeira cidade.
  • 15.
  • 16. • De fato, um mito mesclando história e lenda afirma que Oduduwa, o ancestral divino de todos os Iorubá, desceu do céu e depositou sobre as águas um pouco de terra e uma galinha. Esta, ao ciscar, lançou terra em diversas direções. É assim que, ao redor de Ifé, o mundo começou a ser criado.
  • 17. • Não é de se estranhar, portanto, que os Iorubá tenham como centro de sua religiosidade um Deus criador e que possuam um forte sentido da constante presença divina em sua vida cotidiana. O que não os impede, no entanto, de seguir uma religião politeísta, com sociedades secretas nas quais se celebravam festas com sacrifícios humanos.
  • 18.
  • 19. • Isso explica também o motivo de, ainda hoje, os Iorubá serem muito religiosos, embora pluralistas no que diz respeito a que religião praticar. Há, por exemplo, famílias nas quais o pai é muçulmano, a mãe segue a religião tradicional e os filhos são católicos ou protestantes.
  • 20.
  • 21. • Dentre os elementos presentes nesta obra- prima da oralidade iorubá estão os Oriki – evocações; os Orin – cantos; os Orin-Esa – cantigas em louvor aos ancestrais masculinas; os Orin-Efe – canções dirigidas às ancestrais femininas; as Aduras – orações; os Ibás – saudações. Nos poemas maiores, os Iremoje e os Ijala, estão preservados os elementos mais significativos da trajetória mitológica deste povo.
  • 22. • O cosmo iorubá é arquitetado em uma estrutura quádrupla, daí os sacerdotes serem também enquadrados em categorias que correspondem a esta visão de mundo. Os babalaôs dirigem o culto a Ifá, na dimensão da interação humana; os babalorixás e ialorixás – pais e mães que presidem as iniciações no orixá – lideram a adoração a estas divindades; os babalossaim – símbolos da paternidade – são os responsáveis pelo culto a Ossaim, a esfera das folhas, representantes da Natureza; e os babalojés/ babaojés – que protagonizam os pais na veneração aos ancestrais da linhagem masculina – comandam a adoração aos mortos.
  • 23.
  • 24.
  • 25. • Nas terras americanas os iorubás procuram reproduzir esta representação espacial geográfica e cosmológica. Cada esfera do recinto sagrado na América reflete a mesma teia sagrada que marca o universo iorubá no continente africano. O Ifá atua como o protetor do saber sagrado, um depósito palpitante das memórias desta civilização.
  • 27. EXU:
  • 28.
  • 29.
  • 30. Linguagem, Localidade e População dos Iorubás: • Os iorubás ou iorubas (em iorubá: Yorùbá), são um dos maiores grupo étno-linguístico ou grupo étnico na África Ocidental,composto por 30 milhões de pessoas em toda a região. Constituem o segundo maior grupo étnico na Nigéria, com aproximadamente 21% da sua população total.
  • 31.
  • 32. • A maioria dos iorubás falam a língua iorubá (iorubá: èdèe Yorùbá ou èdè). Vivem em grande parte no sudoeste do país; também há comunidades de iorubás significativas no Benin, Togo, Serra Leoa, Cuba e Brasil.
  • 33.
  • 34. • Os iorubás são o principal grupo étnico nos estados de Ekiti, Kwara, Lagos, Ogun, Ongo, Osun, e Oyo. Um número considerável de iorubas vive na República do Benin, ainda podendo ser encontradas pequenas comunidades no campo, em Togo, Serra Leoa, Brasil e Cuba.
  • 35. • Eles tinham saída para o mar e compartilham fronteiras com os Borgu (também chamados Bariba e Borgawa) no noroeste, os Nupe (que eles chamam muitas vezes, "Tapa") e os Ebira no norte, os Edo que também são conhecidos como Bini ou povo benin (não-relacionado com o povo da República do Benin), e os Ẹsan e Afemai para o sudeste.
  • 36. • Embora a maioria dos iorubás vivam no oeste da Nigéria, há também importantes comunidades yorubás indígenas na República do Benin, Gana e Togo. A maioria dos iorubás é cristã, com os ramos locais das igrejas Anglicana, Católica, Pentecostal, Metodista, e nativas de que são adeptos.
  • 37. • O islamismo inclui aproximadamente um quarto da população iorubá, com a tradicional religião iorubá respondendo pelo resto. Os iorubas têm uma história urbana que data de 500 d.C.