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Revista Eletrônica de Ciências da Educação, Campo Largo, v. 8, n. 2, nov. 2009.




    A UTILIZAÇÃO DE MAPAS CONCEITUAIS COMO
RECURSO DIDÁTICO NO ENSINO DE CIÊNCIAS NATURAIS



                             Wagner de Deus Mateus
                         Universidade Federal do Amazonas
                             wagnermthus@gmail.com



                             Luana Monteiro da Costa
                         Universidade Federal do Amazonas
                            lumonteiro2009@gmail.com




RESUMO

Os Mapas Conceituais quando devidamente utilizados e aplicados como recurso
didático no Ensino de Ciências Naturais tornam-se instrumentos potencializadores
contribuindo para a aprendizagem significativa dos alunos. Este artigo sugere a
utilização dos Mapas Conceituais como uma estratégia inovadora e dinâmica para
viabilizar a aprendizagem significativa no Ensino de Ciências Naturais com alunos do
8º ano do Ensino Fundamental em uma escola da rede publica de ensino em
Manaus, Amazonas. O trabalho está baseado em uma pesquisa bibliográfica e
descreve a elaboração de um jogo denominado “Criando Relações”, utilizando
palavras e temas-chave da componente curricular Ciências Naturais, contendo
diversas maneiras de aplicação para o 8º ano do Ensino Fundamental na respectiva
área, podendo ser utilizado como recurso avaliativo ou organizador prévio. Esse
recurso didático tende a ser um instrumento facilitador no processo de ensino-
aprendizagem em Ciências Naturais contrastando com a didática tradicional dos
docentes de Ciências Naturais, tornando suas aulas mais atrativas, dinâmicas e
eficazes, potencializando a aprendizagem significativa.


Palavras-chave: Mapas Conceituais; Ciências Naturais; Aprendizagem Significativa.




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ABSTRACT


The conceptual maps when properly used and applied as a teaching resource in the
Teaching of Natural Sciences enhancers become instruments contributing to
students' meaningful learning. This article suggests the use of Concept Maps as an
innovative and dynamic to facilitate meaningful learning in the Teaching of Natural
Sciences with students in the 8th grade of elementary school in a public school
education in Manaus, Amazonas. The work is based on a literature search and
describes the development of a game called "Building Relationships", using words
and key themes of the curriculum component Sciences, containing several ways to
apply for the 8th year of elementary school in their area and may be used as a
resource evaluation or previous organizer. This teaching resource tends to be a
facilitator in the process of teaching and learning in natural sciences in contrast to
the traditional teaching of the faculty of Natural Sciences, making their classes more
interesting, dynamic and effective, increasing meaningful learning.

Keywords: Distance Education; Natural Sciences; Meaningful Learning.




INTRODUÇÃO


     Em    noticia   veiculada   no   Portal   G1,   segue:    “Dados     do   Índice    de
Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) divulgados pelo Ministério da
Educação (MEC) nesta segunda-feira (05/07/2010) mostram que, apesar da
melhoria do país nos resultados, 24% dos municípios ficaram abaixo da meta
estipulada para 2009. As notas se referem aos anos finais do ensino fundamental,
que equivale à 5ª à 8ª série (6º ao 9º ano). Nos anos iniciais, da 1ª à 4ª (1º ao 5º
ano) série, foram 15% das cidades.”
     Esta noticia reflete o cenário em que se encontra a educaçao básica no Brasil
em especial o Ensino Fundamental, e mesmo com as melhorias que vem ocorendo,
ainda precisamos caminar bastante para equipararmos aos países considerados
“desenvueltos”.




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     O Ensino de Ciências no mundo e particularmente no Brasil apresenta sérias
dificuldades perante a falta de motivação de docentes e discentes para o estudo das
componentes curriculares de Física, Química, Biologia e Matemática (MENEZES,
2009). Motivos para esta apatia, originan-se interna e externamente ao ambiente
escolar e como descrito acima, influenciam diretamente os principais atores deste
cenário, professores e alunos.
     Na função de professor é notável uma precária formação inicial, ainda nas
salas e laboratórios das Universidades públicas, sem citar as instituições
particulares, onde os cursos de formação de professores são menosprezados pelos
cursos considerados de elite, sendo que esta concepção aos poucos está
dominando, também os dirigentes das instituições públicas. Nas duas categorias de
instituições tem-se a característica de deficiência no quesito, instrumentação, pois os
profissionais licenciados que saem das universidades, estão desprovidos de
metodologias de ensino e principalmente de instrumentos e recursos didáticos
eficazes.
     Para tanto, sugere-se a utilização dos Mapas Conceituais no estudo das
componentes curriculares de Ciências Naturais, sendo que o instrumento
oportunizará a interação do aluno diretamente com o conteúdo, perfazendo e
propiciando uma devolutiva pessoal para a aprendizagem.
     A elaboração de um mapa conceitual implica em aprender a agrupar os
conceitos segundo seus traços perceptivos e segundo as categorias que têm um
significado na vida do sujeito. Para Moreira (2003), Ausubel ao escrever sobre os
princípios organizacionais dos mapas conceituais põe em evidência as vantagens
pedagógicas desta ferramenta. Segundo ele, ”conceitos aparentemente semelhantes
para dois sujeitos revelam-se diferenciados no momento em que os mapas
conceituais são elaborados e as diferenças começam a ser explicitadas”.
     Tal recurso propicia uma experiência de aprendizagem significativa e pessoal,
sendo que ao compartilhar com outrem, ambos produzem um conhecimento mais




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inclusivo e generalizado, pois o pensamento torna-se diversificado, mediante
participação de ambas as partes.
     O Mapa Conceitual é uma ferramenta de significativa relevância para o
processo de aprendizagem, pois quando utilizada de forma participativa e
contextualizada pelo docente, gera um feed back, onde o indivíduo integra
conhecimentos de uma determinada área de conhecimento e no processo de
reflexão   sobre sua própria estrutura cognitiva, acaba por organizar de maneira
hierárquica sua aprendizagem.
     Tal proposta é apresentar aos docentes da disciplina Ciências Naturais no
Ensino Fundamental, uma forma dinâmica e atraente de potencializar a
aprendizagem dos alunos durante a abordagem de temas referentes a disciplina,
construindo Mapas Conceituais, criando relações entre os conhecimentos que serão
expostos ou que já foram expostos.



DESENVOLVIMENTO


     Para Moreira (2003), “os Mapas Conceituais são diagramas hierárquicos que
procuram refletir a organização conceitual de uma disciplina ou parte dela”. Eles
representam conceitos (dentro da caixa de texto) e as ligações ou conectivos (sob as
setas) entre esses conceitos como mostra a Figura 1. Quando construído um mapa,
o mesmo está propício a diversas interpretações, sem ter seu significado real
alterado, permitindo a cada estudante estabelecer seu ritmo de aprendizagem, e ao
educador permite o controle sobre o que aprende e como aprende um determinado
conteúdo (GAVA et al, 2002).


      homem                       Sistema digestório                                alimentos
                                                         Que processa mecânica e
                                                         enzimaticamente os

              Figura 1: Exemplar de Mapa Conceitual mais simples (GAVA et al, 2002).




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       Quanto a utilização de Mapas Conceituais:


                            É uma estratégia facilitadora da aprendizagem significativa quando utilizada
                            como organizador prévio. Que consistem em materiais introdutórios,
                            apresentados antes do próprio material a ser aprendido, em um alto grau de
                            abstração, generalidade e inclusividade do que esse material (MOREIRA,
                            2006).


       De acordo com Moreira (2006), “o Mapa Conceitual utilizado deste modo
permite ao docente inferir o grau de conhecimento e a capacidade de associação de
vários conteúdos de uma mesma disciplina pelo estudante, o que ajudará a criar um
plano de ensino para próximas aulas”.
       A Teoria da Aprendizagem Significativa de Ausubel surgiu no século passado
(1978) e tem sido muito divulgada e utilizada como fundamentação e referência para
vários estudos relacionados à educação. A aprendizagem significativa se relaciona
com novas informações diretamente ligadas aos conhecimentos preexistentes
(subsunçores1) na estrutura cognitiva do individuo, mas que podem ser modificados
ao longo do desenvolvimento por toda a vida. Sem desmerecer a aprendizagem
mecânica que tem a sua importância, é possível adquirir aprendizagem significativa
através de atividades mecânicas quando ainda não existem os subsunçores
(MOREIRA, 2006).
       Fato é que os Mapas Conceituais promovem tanto aprendizagem significativa
quanto mecânica, no entanto deve-se primar pela aprendizagem significativa, sendo
esta real e capaz de promover a mudança condizente com a necessidade do
estudante. A aprendizagem significativa por meio do mapa conceitual não deve ser
arbitrária e substantiva, sem propósito, mas sim, sendo um meio capaz de utilizar
como força geradora, estimulando idéias subsunçoras, que são preexistentes na
estrutura cognitiva do aluno.




1
  A palavra “subsunçor” não existe em português, trata-se de uma tentativa de traduzir a palavra inglesa
“subsumer”.




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     No entanto, Moreira (2006) adverte o docente, quando este fornece ao discente
um Mapa Conceitual pronto, pois está realizando um ensino tradicional e
erroneamente utiliza-o como forma de memorização do conteúdo, o que leva o
estudante a uma forma tediosa de aprendizado mecânico e pontual.
     Quando não compreendido corretamente pelos estudantes o Mapa Conceitual
pode se tornar uma estrutura complexa e confusa, retendo o aprendizado, ou seja,
inibindo a habilidade do estudante de construir sua própria hierarquia de conceitos
(MOREIRA, 2006).
     Os Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL, 1998) para o Ensino de
Ciências Naturais, não mencionam diretamente a utilização de Mapas Conceituais,
mas estão implicitamente baseados na Teoria de Aprendizagem Significativa de
Ausubel. No texto original dos PCNs, encontra-se menção de tabela e esquema,
mas nenhuma instrução clara para que os educadores façam uso de Mapas
Conceituais em sua prática, seja como organizadores prévios ou como meios para a
avaliação. Segundo Moreira (2006):


                      Os mapas conceituais serão úteis não só como auxiliares na determinação
                      do conhecimento prévio do aluno (ou seja, antes da instrução), mas também
                      para investigar mudanças em sua estrutura cognitiva durante a instrução.
                      Dessa forma se obtém, até mesmo, informações que podem servir de
                      realimentação para a instrução e para o currículo (MOREIRA, 2006, p. 55).



     A utilização de Mapas Conceituais como instrumento de busca de
aprendizagem é um recurso a mais, pois tem o intuito de aferir sobre o grau de
apreensão, avaliação, conhecimento preexistente, etc, sobre o que o discente sabe
dos conceitos de um determinado conteúdo, unidade de estudo, tópico ou área de
conhecimento, de que maneira ele estrutura, hierarquiza, diferencia, discrimina e
integra esses conceitos.
     Segundo Moreira (2006), “o educador deve estar sensível quanto à diversidade
de mapas conceituais que serão produzidos pelos estudantes, deve considerar em
análise, o significado de cada palavra conceitual, no contexto e na lógica




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apresentada”. Partindo do principio de que não há “o mapa conceitual”, mas “um
mapa conceitual”, o docente tem um instrumento singular, pelo qual poderá inferir e
aferir de que forma o aluno realizou o processo de aprendizagem, pois apesar de ser
o mesmo conteúdo, o aluno como ser pensante, tem uma ótica individual de
ambiente e realidade.


METODOLOGIA:


     Objetivos:


     Oferecer aos docentes, o recurso didático Mapa Conceitual e sua utilização
sejam como organizador prévio ou avaliação no Ensino de Ciências Naturais, com
turmas do 8º ano do Ensino Fundamental através de um jogo intitulado “CRIANDO
RELAÇÕES”.

     Conteúdo:


     A proposta contempla turmas do 8º ano do Ensino Fundamental, abordando
todos os conteúdos temáticos propostos pelos Parâmetros Curriculares Nacionais
(PCN) para o Ensino de Ciências Naturais, baseados nos Eixos Temáticos: Terra e
Universo, Vida e Ambiente, Ser Humano e Saude e Tecnologia e Sociedade.

     Material e método:


     O tempo estimado para o preparo do Jogo “CRIANDO RELAÇÕES” pelo
docente está relacionado ao período de digitação das palavras em caixa de texto,
como mostra a Figura 2, que irão compor o Jogo, seguido da impressão em papel
cartão 60 kg. Após a impressão, os quadrados deverão ser cortados e as palavras
ficarão soltas.


                     PULMÃO                            ARTÉRIAS


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               Figura 2: Forma correta de digitar as palavras para posterior impressão.



     Caso queira, o docente poderá confeccionar o jogo envolvendo seus alunos.
Neste caso o professor deverá fornecer primeiramente um Mapa Conceitual para os
alunos, um mapa que envolva todos os conceitos que serão ministrados no 8º ano
ou nas demais series, como mostra a Figura 3, sendo que este sirva como exemplo:


     Como jogar:




        Figura 3: Mapa Conceitual do conteúdo do 7º ano (6º série) do Ensino Fundamental
                              (adaptado de CANTO, 2004).



     Estratégias de utilização do Mapa Conceitual




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     Pode    ser   aplicado    como      atividade    individual    (método      do    trabalho
independente), em grupo ou até mesmo envolvendo toda a turma (método do
trabalho em grupo), cabe ao docente escolher a melhor forma de aplicá-lo. É
possível criar uma competição entre os alunos, relacionando o tempo com o número
de palavras envolvidas, quem utilizar de maior número de palavras em menor tempo
vence, desde que apresentem lógica de relações.
     Quanto à utilização das estratégias, Menezes (2009) descreve:


                      Pelo método do trabalho independente, o docente deve orientar as tarefas,
                      para que o aluno possa resolver de modo relativamente independente e
                      criador. Pode ser utilizada para identificação do conhecimento prévio,
                      assimilação do conteúdo ou como exercício de elaboração pessoal. Exige
                      autonomia do aluno e ambiente que seja propicio para a realização destas
                      atividades. Pelo método do trabalho em grupo o educador deve distribuir
                      temas de estudo iguais ou diferentes a grupos como número de estudantes
                      fixos ou variáveis. Com a finalidade de obter a cooperação dos alunos entre
                      si na realização de uma tarefa (MENEZES, 2009).



     Individual: o docente fornece o tema, as palavras e determina o tempo
máximo para a confecção do mapa. Os participantes deveram em menos tempo
construir o Mapa Conceitual. Ganha quem construir o mapa em menos tempo ou em
tempo máximo utilizar o maior número de palavras com conceitos e relações válidas.
     Grupo: o docente forma os grupos com 3 a 5 alunos, fornece o Tema, a folha
dirigida com as palavras-chave, o tempo para confecção do Mapa Conceitual, além
do tempo para a apresentação aos demais grupos. Ganha quem construir o mapa
no tempo máximo utilizando o maior número de palavras com conceitos e relações
válidas.


     Ressaltando a não definitividade de um Mapa Conceitual, ratifica-se a
utilização para apresentar e demonstrar a estrutura conceitual de um corpo de
conhecimento. Assim o educador deve estar preparado para a grande variedade de
Mapas Conceituais sobre o mesmo tema em estudo.




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     Antes de iniciar a atividade o educador deverá esclarecer aos estudantes o que
são Mapas Conceituais e qual a finalidade da atividade, se como organizador prévio
ou como avaliação.
     Quanto a utilização do mapa conceitual como Organizador prévio, Ausubel et al
(1980).


                      [...] defende o uso dos Organizadores Prévios ou Antecipatório porque
                      segundo suas pesquisas, eles provavelmente facilitam a incorporação e
                      longevidade do material aprendido significativamente de três modos. Em
                      primeiro lugar, eles se apóiam em conceitos já existentes na estrutura
                      cognitiva do aprendiz. Assim não apenas o novo material se torna familiar e
                      significativo para o aprendiz, mas os conceitos já existentes são
                      selecionados e utilizados de forma integrada. Em segundo lugar, os
                      organizadores, quando elaborados em um nível adequado de inclusividade,
                      tornando possível a subordinação sob condições especificamente
                      relevantes, oferecem uma ótima base (AUSUBEL apud JESUS e SILVA,
                      2004).



     Deste modo tendo como base o conhecimento já preexistente no aluno, torna-
se mais acessível ao professor trabalhar na perspectiva do seu aprendiz.
     O mapa conceitual como avaliação deve reforçar a retroalimentação das fases
já vivenciadas, a partir da definição coletiva dos critérios de avaliação dos conceitos
claros, relações justificadas, riqueza de idéias, criatividade na organização,
representatividade do conteúdo trabalhado (MENEZES, 2009).
     O jogo possui palavras conceituais ou temas de vários conteúdos do 8º ano (7ª
série) do Ensino Fundamental que serão usadas pelos alunos na construção de
Mapas Conceituais relacionado ao tema em estudo, nesta situação estará sendo
usados temas que serão estudados durante todo o ano letivo. Além de escolher as
palavras, os estudantes deverão criar também as ligações entre as palavras
conceituais, chamados de conectivos.


RESULTADOS




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        O recurso didático “Criando Relações” foi aplicado à turma do 8º ano 2 da
Escola Estadual Luizinha Nascimento, na cidade de Manaus/AM, no ano letivo de
2010.
        Após organizar a turma em 5 equipes mistas de 5 alunos, foi distribuída a cada
grupo o conjunto com as palavras-tema, que continham conceitos dos eixos; Terra e
Universo, Vida e Ambiente, Ser humano e Saúde, Sociedade e Tecnologia, sendo
10 conceitos de cada eixo, totalizando 40 palavras-tema para cada equipe.
        Foi proposto o tempo de 20 minutos para a sua construção e a equipe
vencedora seria a que fizesse mais ligações, obedecendo a coerência nas relações,
o resultado esta demonstrado na tabela 01.


                                      Criando relações

                Ligações coerentes                Ligações duvidosas
Equip                                                                         Conceito
                                                                                           Total
          T&U     V&A     SH&S      T&S     T&U V&A           SH&     T&S           s
 e                                                                                         aceito
                                                                              utilizados
                                                               S
 01         2      3         8        3       8        7        2       7          40          16
 02         3      2         7        2       7        8        3       8          40          14
 03         1      4         9        1       9        6        1       9          40          15
 04         5      3         6        3       5        7        4       7          40          17
 05         2      1         8        2       8        9        2       8          40          13

                   Tabela 01: Quantidade de ligações coerentes e total utilizado


        Para melhor verificação os eixos temáticos contidos na tabela foram abreviados
da seguinte forma: T&U: Terra e Universo; V&A: Vida e Ambiente; SH&S: Ser
Humano e Saude; T&S: Tecnologia e Sociedade.
        Na construção dos Mapas os alunos demonstraram interesse e participação,
sendo que seguidamente foram feitas perguntas de como proceder na realização
das ligações.




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     Ao analisar comparativamente os dados obtidos, é possível observar que todas
as equipes utilizaram os 40 conceitos, sendo que a vitoria foi celebrada a Equipe 04,
por ter criado o maior numero de relações conceituais com coerência.
     Por analise quantitativa é possível perceber que o maior número de relações
construídas com coerência, estão na faixa da serie atual (8º ano), sendo que há um
equívoco na abordagem e utilização dos eixos temáticos, pois obrigatoriamente
nesta série os livros didáticos e os docentes baseiam-se apenas no Eixo Temático
Ser Humano e Saude, sendo que nos PCNs os componentes curriculares estão
alocados em 4 Eixos Temáticos: Terra e Universo, Vida e Ambiente, Ser Humano e
Saude e Tecnologia e Sociedade, a proposta é a utilização dos 4 eixos temáticos
concomitantemente na mesma série.
     O resultado da não utilização desta proposta é observável na aplicação da
atividade Criando Relações, pois as palavras-tema dos Eixos Temáticos: Terra e
Universo, Vida e Ambiente e Tecnologia e Sociedade foram utilizados de forma
aleatória e desorganizados, consequentemente o maior número de incoerências nas
ligações, encontra-se nesses conjuntos de conceitos.
     Esta análise demonstra o quanto é deficiente e precário o processo de ensino-
aprendizagem das componentes curriculares da disciplina Ciências Naturais no
Ensino Fundamental, pois é notável a limitação quanto ao conteúdo de uma
determinada linha de estudo, o que prejudica a formação do aluno, pois este não
pode ir além do que o professor ensina na sala de aula naquele momento.


CONSIDERAÇÕES FINAIS


     Quanto a utilização de atividades pedagógicas no Ensino Fundamental e aqui
toma-se referência aos Mapas Conceituais no Ensino de Ciências Naturais, foi
observado a significativa participação dos alunos, no entanto devido à falta de um
aparato instrumental consistente por parte dos docentes que muitas vezes não
dispõe de recursos e bibliografias que o orientem a sua prática educativa, assim




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     Revista Eletrônica de Ciências da Educação, Campo Largo, v. 8, n. 2, nov. 2009.



como uma formação continuada, acomoda-se com a situação escolar na rede
publica de ensino.
     Tomando como base o referencial utilizado neste artigo, é possível afirmar que
existem diversas metodologias para se organizar ou adaptar situações didáticas e
atividades inovadoras que propiciem ao aluno uma aprendizagem significativa. Ao
propor um jogo como recurso didático, visualiza-se auxiliar de maneira prática,
consistente, dinâmica e simples o professor na realização de suas aulas, oferecendo
a turma momentos de integração e aprendizagem com socialização de
conhecimentos, sendo estas situações a base do desenvolvimento humano.
     A função formativa e diagnostica deste jogo permite verificar o conhecimento
prévio de cada estudante, individualizando o ensino e detectando dificuldades no
processo de aprendizagem, sendo assim possível encaminhar os que não
obedecem ao padrão aceitável de conhecimento, às novas aprendizagens.
     Seguindo orientações de Moreira (2003), “um exercício interessante é solicitar
do aluno um Mapa Conceitual como organizador prévio, para ter conhecimento
sobre o que o estudante tem armazenado”, e então direcioná-lo melhor a uma
Aprendizagem Significativa. E ao terminar de apresentar o conteúdo de uma
unidade, solicitar ao aluno que refaça o Mapa feito anteriormente. De posse dos
Mapas Conceituais, o docente e aluno podem fazer uma análise para verificar se
houve aprendizagem, com esta interação é possível prever possíveis dificuldades
futuras.
     O Mapa Conceitual como recurso didático é um instrumento potencialmente
significativo no Ensino de Ciências Naturais, podendo ser adaptado à qualquer área
do conhecimento, desde que haja interesse dos docentes em inovar nas suas aulas
com atividades dinâmicas que promovam aprendizagem significativa.
     A proposta inicial limitava-se a utilização do Mapa Conceitual como recurso
didático no Ensino de Ciências Naturais, no entanto através deste instrumento foi
possível perceber uma incoerência e o descaso quando ao ensino, pois apesar de




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     Revista Eletrônica de Ciências da Educação, Campo Largo, v. 8, n. 2, nov. 2009.



estarem utilizando os PCNs, ainda o fazem de maneira equivocada, já que limitam e
compartimentalizam o conhecimento, alienando o aluno.
     A orientação seguida usualmente remete à apenas “estudar” o eixo Terra e
Universo no 6º ano; Vida e Ambiente no 7º ano; Ser Humano de Saude no 8º ano; e
Tecnologia e Sociedade no 9º ano e seguindo esta estrutura que os alunos do 8º
ano 2 da E.E. Luizinha Nascimento, ficaram presos e limitados ao que foi estudado
nos anos de 2008 (6º ano) e 2009 (7º ano), conhecimentos esses que foram
meramente consequência da aprendizagem mecânica, ou mesmo da falta de
conhecimento, pois alem de verificar o que ao alunos hipoteticamente haviam
estudado, no conjunto dos conceitos também constava, temas que de acordo com a
estrutura atual de ensino, os alunos só irão estudar em 2011, quando estiverem no
9º ano.
     Certamente que o Ensino de Ciências no Brasil necessita de medidas
estratégicas para que ocorram melhorias no ensino dos professores e a
aprendizagem nos alunos, e com o objetivo de contribuir para esta melhoria que os
Mapas Conceituais vem a ser um recurso que permite o docente verificar a
aprendizagem do aluno em amplos aspectos (avaliação, conhecimento prévio, etc) e
ao mesmo tempo propiciar um instrumento a mais na vida daquele que aprende,
contribuindo para a utilização do conhecimento no contexto vivenciado pelo aluno,
modificando-o, e adaptando-o de forma a incluir-se em sociedade.



REFERÊNCIAS




ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023: Informação e
documentação – Referências – Elaboração. Rio de Janeiro: 2000.


BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. PCN-Parâmetros Curriculares
Nacionais. Terceiro e Quarto Ciclos do Ensino Fundamental. Introdução aos
Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília, MEC/SEF, 1998.




                                            http://revistas.facecla.com.br/index/reped
15



     Revista Eletrônica de Ciências da Educação, Campo Largo, v. 8, n. 2, nov. 2009.




FERREIRA, A.B. de H. Novo Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa. São
Paulo: Melhoramentos, 1973.


FURASTÉ, P.A. Normas Técnicas para o Trabalho Científico: Explicitação das
Normas da ABNT. – 15. Ed. – Porto Alegre: s.n., 2009.


GAVA, T. B. S.; MENEZES, G. S. de; GURY, D. A criança e a escola. Porto Alegre:
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JESUS, M. A. S de.; SILVA, R. C.O. A Teoria de David Ausubel – O uso dos
Organizadores Prévios no Ensino Contextualizado de Funções. In VIII Encontro
Nacional de Educação Matemática. 15-18 jul. 2004, Recife. Anais. Recife.
Disponivel em: <http://www.sbem.com.br/files/viii/pdf/03/MC05002402801.pdf>
Acesso em 23/ago/2010. Às 09h40min.


MENEZES, A. P. S. Estratégias e Técnicas utilizadas no Ensino de Ciências. In:
Apostila 5 de Instrumentação em Ensino de Ciências I. Universidade Federal do
Amazonas. Manaus: 2009.


______. Instrumentação para o Ensino de Ciências na Amazônia. Manaus. Ed.
BK, 2009. I.S.B.N. 978-85-61912-26-0.


MENEZES, A. P. S.; SANTOS, E. da C.; KALHIL, J. B. O Jogo de Trilha como
recurso facilitador no processo Ensino-Aprendizagem de Física. In: V
Congresso Internacional de Didática de las Ciências e X Taller Internacional sobre la
Enseñanza de la Física. Anais La Habana – Cuba: Ministerio de Educación de La
Republica de Cuba, 2008.


MOREIRA, M. A. Pesquisa Básica em Educação em Ciências: Uma visão
pessoal. Texto adaptado e revisado, em 2003, In: I Congresso Ibero-americano de
Educação em Ciências Experimentais, La Serena, Chile, 1998, e I Simpósio Latino-
Americano da IOSTE, São Paulo, 1999, Título original "A pesquisa em Educação em
Ciências e a Formação Permanente do Professor de Ciências". In: I Congresso
Nacional de Educação em Ciências Naturais, Cordoba, Argentina, 2004. Publicado
na Revista Chilena de Educación Científica, 3(1): 10-17, 2004. Disponível em:
http://www.if.ufrgs.br/~moreira Acesso em 22/jun/2010 às 17h23min.




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MOREIRA, M. A. A Teoria da aprendizagem significativa e sua implementação
em sala de aula. Brasília: UNB, 2006. p.12-95.

NOGUEIRA, F.; DUARTE, N.; FAJARDO, V. Ideb mostra que 24% dos municipios
estão abaixo da meta na 8ª série. O Globo, Rio de Janeiro, 05 set. 2010. Disponível
em: <http://g1.globo.com/vestibular-e-educacao/noticia/2010/07/ideb-mostra-que-24-
dos-municipios-estao-abaixo-da-meta-na-8-serie.html> Acesso em 23/ago/. 2010 às
09h30min.

SOCORRO, M. S. A construção de Mapas Conceituais como estratégia de
verificação da Aprendizagem. Disponível em:
http://www.sbf1.sbfisica.org.br/eventos/snef/xvicd/resumos/t0263-1.pdf. Acesso em:
19/Jun/2010 às 16h09min.




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A Utilização de Mapas Conceituais como Recurso...

  • 1. Revista Eletrônica de Ciências da Educação, Campo Largo, v. 8, n. 2, nov. 2009. A UTILIZAÇÃO DE MAPAS CONCEITUAIS COMO RECURSO DIDÁTICO NO ENSINO DE CIÊNCIAS NATURAIS Wagner de Deus Mateus Universidade Federal do Amazonas wagnermthus@gmail.com Luana Monteiro da Costa Universidade Federal do Amazonas lumonteiro2009@gmail.com RESUMO Os Mapas Conceituais quando devidamente utilizados e aplicados como recurso didático no Ensino de Ciências Naturais tornam-se instrumentos potencializadores contribuindo para a aprendizagem significativa dos alunos. Este artigo sugere a utilização dos Mapas Conceituais como uma estratégia inovadora e dinâmica para viabilizar a aprendizagem significativa no Ensino de Ciências Naturais com alunos do 8º ano do Ensino Fundamental em uma escola da rede publica de ensino em Manaus, Amazonas. O trabalho está baseado em uma pesquisa bibliográfica e descreve a elaboração de um jogo denominado “Criando Relações”, utilizando palavras e temas-chave da componente curricular Ciências Naturais, contendo diversas maneiras de aplicação para o 8º ano do Ensino Fundamental na respectiva área, podendo ser utilizado como recurso avaliativo ou organizador prévio. Esse recurso didático tende a ser um instrumento facilitador no processo de ensino- aprendizagem em Ciências Naturais contrastando com a didática tradicional dos docentes de Ciências Naturais, tornando suas aulas mais atrativas, dinâmicas e eficazes, potencializando a aprendizagem significativa. Palavras-chave: Mapas Conceituais; Ciências Naturais; Aprendizagem Significativa. http://revistas.facecla.com.br/index/reped
  • 2. 2 Revista Eletrônica de Ciências da Educação, Campo Largo, v. 8, n. 2, nov. 2009. ABSTRACT The conceptual maps when properly used and applied as a teaching resource in the Teaching of Natural Sciences enhancers become instruments contributing to students' meaningful learning. This article suggests the use of Concept Maps as an innovative and dynamic to facilitate meaningful learning in the Teaching of Natural Sciences with students in the 8th grade of elementary school in a public school education in Manaus, Amazonas. The work is based on a literature search and describes the development of a game called "Building Relationships", using words and key themes of the curriculum component Sciences, containing several ways to apply for the 8th year of elementary school in their area and may be used as a resource evaluation or previous organizer. This teaching resource tends to be a facilitator in the process of teaching and learning in natural sciences in contrast to the traditional teaching of the faculty of Natural Sciences, making their classes more interesting, dynamic and effective, increasing meaningful learning. Keywords: Distance Education; Natural Sciences; Meaningful Learning. INTRODUÇÃO Em noticia veiculada no Portal G1, segue: “Dados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) divulgados pelo Ministério da Educação (MEC) nesta segunda-feira (05/07/2010) mostram que, apesar da melhoria do país nos resultados, 24% dos municípios ficaram abaixo da meta estipulada para 2009. As notas se referem aos anos finais do ensino fundamental, que equivale à 5ª à 8ª série (6º ao 9º ano). Nos anos iniciais, da 1ª à 4ª (1º ao 5º ano) série, foram 15% das cidades.” Esta noticia reflete o cenário em que se encontra a educaçao básica no Brasil em especial o Ensino Fundamental, e mesmo com as melhorias que vem ocorendo, ainda precisamos caminar bastante para equipararmos aos países considerados “desenvueltos”. http://revistas.facecla.com.br/index/reped
  • 3. 3 Revista Eletrônica de Ciências da Educação, Campo Largo, v. 8, n. 2, nov. 2009. O Ensino de Ciências no mundo e particularmente no Brasil apresenta sérias dificuldades perante a falta de motivação de docentes e discentes para o estudo das componentes curriculares de Física, Química, Biologia e Matemática (MENEZES, 2009). Motivos para esta apatia, originan-se interna e externamente ao ambiente escolar e como descrito acima, influenciam diretamente os principais atores deste cenário, professores e alunos. Na função de professor é notável uma precária formação inicial, ainda nas salas e laboratórios das Universidades públicas, sem citar as instituições particulares, onde os cursos de formação de professores são menosprezados pelos cursos considerados de elite, sendo que esta concepção aos poucos está dominando, também os dirigentes das instituições públicas. Nas duas categorias de instituições tem-se a característica de deficiência no quesito, instrumentação, pois os profissionais licenciados que saem das universidades, estão desprovidos de metodologias de ensino e principalmente de instrumentos e recursos didáticos eficazes. Para tanto, sugere-se a utilização dos Mapas Conceituais no estudo das componentes curriculares de Ciências Naturais, sendo que o instrumento oportunizará a interação do aluno diretamente com o conteúdo, perfazendo e propiciando uma devolutiva pessoal para a aprendizagem. A elaboração de um mapa conceitual implica em aprender a agrupar os conceitos segundo seus traços perceptivos e segundo as categorias que têm um significado na vida do sujeito. Para Moreira (2003), Ausubel ao escrever sobre os princípios organizacionais dos mapas conceituais põe em evidência as vantagens pedagógicas desta ferramenta. Segundo ele, ”conceitos aparentemente semelhantes para dois sujeitos revelam-se diferenciados no momento em que os mapas conceituais são elaborados e as diferenças começam a ser explicitadas”. Tal recurso propicia uma experiência de aprendizagem significativa e pessoal, sendo que ao compartilhar com outrem, ambos produzem um conhecimento mais http://revistas.facecla.com.br/index/reped
  • 4. 4 Revista Eletrônica de Ciências da Educação, Campo Largo, v. 8, n. 2, nov. 2009. inclusivo e generalizado, pois o pensamento torna-se diversificado, mediante participação de ambas as partes. O Mapa Conceitual é uma ferramenta de significativa relevância para o processo de aprendizagem, pois quando utilizada de forma participativa e contextualizada pelo docente, gera um feed back, onde o indivíduo integra conhecimentos de uma determinada área de conhecimento e no processo de reflexão sobre sua própria estrutura cognitiva, acaba por organizar de maneira hierárquica sua aprendizagem. Tal proposta é apresentar aos docentes da disciplina Ciências Naturais no Ensino Fundamental, uma forma dinâmica e atraente de potencializar a aprendizagem dos alunos durante a abordagem de temas referentes a disciplina, construindo Mapas Conceituais, criando relações entre os conhecimentos que serão expostos ou que já foram expostos. DESENVOLVIMENTO Para Moreira (2003), “os Mapas Conceituais são diagramas hierárquicos que procuram refletir a organização conceitual de uma disciplina ou parte dela”. Eles representam conceitos (dentro da caixa de texto) e as ligações ou conectivos (sob as setas) entre esses conceitos como mostra a Figura 1. Quando construído um mapa, o mesmo está propício a diversas interpretações, sem ter seu significado real alterado, permitindo a cada estudante estabelecer seu ritmo de aprendizagem, e ao educador permite o controle sobre o que aprende e como aprende um determinado conteúdo (GAVA et al, 2002). homem Sistema digestório alimentos Que processa mecânica e enzimaticamente os Figura 1: Exemplar de Mapa Conceitual mais simples (GAVA et al, 2002). http://revistas.facecla.com.br/index/reped
  • 5. 5 Revista Eletrônica de Ciências da Educação, Campo Largo, v. 8, n. 2, nov. 2009. Quanto a utilização de Mapas Conceituais: É uma estratégia facilitadora da aprendizagem significativa quando utilizada como organizador prévio. Que consistem em materiais introdutórios, apresentados antes do próprio material a ser aprendido, em um alto grau de abstração, generalidade e inclusividade do que esse material (MOREIRA, 2006). De acordo com Moreira (2006), “o Mapa Conceitual utilizado deste modo permite ao docente inferir o grau de conhecimento e a capacidade de associação de vários conteúdos de uma mesma disciplina pelo estudante, o que ajudará a criar um plano de ensino para próximas aulas”. A Teoria da Aprendizagem Significativa de Ausubel surgiu no século passado (1978) e tem sido muito divulgada e utilizada como fundamentação e referência para vários estudos relacionados à educação. A aprendizagem significativa se relaciona com novas informações diretamente ligadas aos conhecimentos preexistentes (subsunçores1) na estrutura cognitiva do individuo, mas que podem ser modificados ao longo do desenvolvimento por toda a vida. Sem desmerecer a aprendizagem mecânica que tem a sua importância, é possível adquirir aprendizagem significativa através de atividades mecânicas quando ainda não existem os subsunçores (MOREIRA, 2006). Fato é que os Mapas Conceituais promovem tanto aprendizagem significativa quanto mecânica, no entanto deve-se primar pela aprendizagem significativa, sendo esta real e capaz de promover a mudança condizente com a necessidade do estudante. A aprendizagem significativa por meio do mapa conceitual não deve ser arbitrária e substantiva, sem propósito, mas sim, sendo um meio capaz de utilizar como força geradora, estimulando idéias subsunçoras, que são preexistentes na estrutura cognitiva do aluno. 1 A palavra “subsunçor” não existe em português, trata-se de uma tentativa de traduzir a palavra inglesa “subsumer”. http://revistas.facecla.com.br/index/reped
  • 6. 6 Revista Eletrônica de Ciências da Educação, Campo Largo, v. 8, n. 2, nov. 2009. No entanto, Moreira (2006) adverte o docente, quando este fornece ao discente um Mapa Conceitual pronto, pois está realizando um ensino tradicional e erroneamente utiliza-o como forma de memorização do conteúdo, o que leva o estudante a uma forma tediosa de aprendizado mecânico e pontual. Quando não compreendido corretamente pelos estudantes o Mapa Conceitual pode se tornar uma estrutura complexa e confusa, retendo o aprendizado, ou seja, inibindo a habilidade do estudante de construir sua própria hierarquia de conceitos (MOREIRA, 2006). Os Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL, 1998) para o Ensino de Ciências Naturais, não mencionam diretamente a utilização de Mapas Conceituais, mas estão implicitamente baseados na Teoria de Aprendizagem Significativa de Ausubel. No texto original dos PCNs, encontra-se menção de tabela e esquema, mas nenhuma instrução clara para que os educadores façam uso de Mapas Conceituais em sua prática, seja como organizadores prévios ou como meios para a avaliação. Segundo Moreira (2006): Os mapas conceituais serão úteis não só como auxiliares na determinação do conhecimento prévio do aluno (ou seja, antes da instrução), mas também para investigar mudanças em sua estrutura cognitiva durante a instrução. Dessa forma se obtém, até mesmo, informações que podem servir de realimentação para a instrução e para o currículo (MOREIRA, 2006, p. 55). A utilização de Mapas Conceituais como instrumento de busca de aprendizagem é um recurso a mais, pois tem o intuito de aferir sobre o grau de apreensão, avaliação, conhecimento preexistente, etc, sobre o que o discente sabe dos conceitos de um determinado conteúdo, unidade de estudo, tópico ou área de conhecimento, de que maneira ele estrutura, hierarquiza, diferencia, discrimina e integra esses conceitos. Segundo Moreira (2006), “o educador deve estar sensível quanto à diversidade de mapas conceituais que serão produzidos pelos estudantes, deve considerar em análise, o significado de cada palavra conceitual, no contexto e na lógica http://revistas.facecla.com.br/index/reped
  • 7. 7 Revista Eletrônica de Ciências da Educação, Campo Largo, v. 8, n. 2, nov. 2009. apresentada”. Partindo do principio de que não há “o mapa conceitual”, mas “um mapa conceitual”, o docente tem um instrumento singular, pelo qual poderá inferir e aferir de que forma o aluno realizou o processo de aprendizagem, pois apesar de ser o mesmo conteúdo, o aluno como ser pensante, tem uma ótica individual de ambiente e realidade. METODOLOGIA: Objetivos: Oferecer aos docentes, o recurso didático Mapa Conceitual e sua utilização sejam como organizador prévio ou avaliação no Ensino de Ciências Naturais, com turmas do 8º ano do Ensino Fundamental através de um jogo intitulado “CRIANDO RELAÇÕES”. Conteúdo: A proposta contempla turmas do 8º ano do Ensino Fundamental, abordando todos os conteúdos temáticos propostos pelos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) para o Ensino de Ciências Naturais, baseados nos Eixos Temáticos: Terra e Universo, Vida e Ambiente, Ser Humano e Saude e Tecnologia e Sociedade. Material e método: O tempo estimado para o preparo do Jogo “CRIANDO RELAÇÕES” pelo docente está relacionado ao período de digitação das palavras em caixa de texto, como mostra a Figura 2, que irão compor o Jogo, seguido da impressão em papel cartão 60 kg. Após a impressão, os quadrados deverão ser cortados e as palavras ficarão soltas. PULMÃO ARTÉRIAS http://revistas.facecla.com.br/index/reped
  • 8. 8 Revista Eletrônica de Ciências da Educação, Campo Largo, v. 8, n. 2, nov. 2009. Figura 2: Forma correta de digitar as palavras para posterior impressão. Caso queira, o docente poderá confeccionar o jogo envolvendo seus alunos. Neste caso o professor deverá fornecer primeiramente um Mapa Conceitual para os alunos, um mapa que envolva todos os conceitos que serão ministrados no 8º ano ou nas demais series, como mostra a Figura 3, sendo que este sirva como exemplo: Como jogar: Figura 3: Mapa Conceitual do conteúdo do 7º ano (6º série) do Ensino Fundamental (adaptado de CANTO, 2004). Estratégias de utilização do Mapa Conceitual http://revistas.facecla.com.br/index/reped
  • 9. 9 Revista Eletrônica de Ciências da Educação, Campo Largo, v. 8, n. 2, nov. 2009. Pode ser aplicado como atividade individual (método do trabalho independente), em grupo ou até mesmo envolvendo toda a turma (método do trabalho em grupo), cabe ao docente escolher a melhor forma de aplicá-lo. É possível criar uma competição entre os alunos, relacionando o tempo com o número de palavras envolvidas, quem utilizar de maior número de palavras em menor tempo vence, desde que apresentem lógica de relações. Quanto à utilização das estratégias, Menezes (2009) descreve: Pelo método do trabalho independente, o docente deve orientar as tarefas, para que o aluno possa resolver de modo relativamente independente e criador. Pode ser utilizada para identificação do conhecimento prévio, assimilação do conteúdo ou como exercício de elaboração pessoal. Exige autonomia do aluno e ambiente que seja propicio para a realização destas atividades. Pelo método do trabalho em grupo o educador deve distribuir temas de estudo iguais ou diferentes a grupos como número de estudantes fixos ou variáveis. Com a finalidade de obter a cooperação dos alunos entre si na realização de uma tarefa (MENEZES, 2009). Individual: o docente fornece o tema, as palavras e determina o tempo máximo para a confecção do mapa. Os participantes deveram em menos tempo construir o Mapa Conceitual. Ganha quem construir o mapa em menos tempo ou em tempo máximo utilizar o maior número de palavras com conceitos e relações válidas. Grupo: o docente forma os grupos com 3 a 5 alunos, fornece o Tema, a folha dirigida com as palavras-chave, o tempo para confecção do Mapa Conceitual, além do tempo para a apresentação aos demais grupos. Ganha quem construir o mapa no tempo máximo utilizando o maior número de palavras com conceitos e relações válidas. Ressaltando a não definitividade de um Mapa Conceitual, ratifica-se a utilização para apresentar e demonstrar a estrutura conceitual de um corpo de conhecimento. Assim o educador deve estar preparado para a grande variedade de Mapas Conceituais sobre o mesmo tema em estudo. http://revistas.facecla.com.br/index/reped
  • 10. 10 Revista Eletrônica de Ciências da Educação, Campo Largo, v. 8, n. 2, nov. 2009. Antes de iniciar a atividade o educador deverá esclarecer aos estudantes o que são Mapas Conceituais e qual a finalidade da atividade, se como organizador prévio ou como avaliação. Quanto a utilização do mapa conceitual como Organizador prévio, Ausubel et al (1980). [...] defende o uso dos Organizadores Prévios ou Antecipatório porque segundo suas pesquisas, eles provavelmente facilitam a incorporação e longevidade do material aprendido significativamente de três modos. Em primeiro lugar, eles se apóiam em conceitos já existentes na estrutura cognitiva do aprendiz. Assim não apenas o novo material se torna familiar e significativo para o aprendiz, mas os conceitos já existentes são selecionados e utilizados de forma integrada. Em segundo lugar, os organizadores, quando elaborados em um nível adequado de inclusividade, tornando possível a subordinação sob condições especificamente relevantes, oferecem uma ótima base (AUSUBEL apud JESUS e SILVA, 2004). Deste modo tendo como base o conhecimento já preexistente no aluno, torna- se mais acessível ao professor trabalhar na perspectiva do seu aprendiz. O mapa conceitual como avaliação deve reforçar a retroalimentação das fases já vivenciadas, a partir da definição coletiva dos critérios de avaliação dos conceitos claros, relações justificadas, riqueza de idéias, criatividade na organização, representatividade do conteúdo trabalhado (MENEZES, 2009). O jogo possui palavras conceituais ou temas de vários conteúdos do 8º ano (7ª série) do Ensino Fundamental que serão usadas pelos alunos na construção de Mapas Conceituais relacionado ao tema em estudo, nesta situação estará sendo usados temas que serão estudados durante todo o ano letivo. Além de escolher as palavras, os estudantes deverão criar também as ligações entre as palavras conceituais, chamados de conectivos. RESULTADOS http://revistas.facecla.com.br/index/reped
  • 11. 11 Revista Eletrônica de Ciências da Educação, Campo Largo, v. 8, n. 2, nov. 2009. O recurso didático “Criando Relações” foi aplicado à turma do 8º ano 2 da Escola Estadual Luizinha Nascimento, na cidade de Manaus/AM, no ano letivo de 2010. Após organizar a turma em 5 equipes mistas de 5 alunos, foi distribuída a cada grupo o conjunto com as palavras-tema, que continham conceitos dos eixos; Terra e Universo, Vida e Ambiente, Ser humano e Saúde, Sociedade e Tecnologia, sendo 10 conceitos de cada eixo, totalizando 40 palavras-tema para cada equipe. Foi proposto o tempo de 20 minutos para a sua construção e a equipe vencedora seria a que fizesse mais ligações, obedecendo a coerência nas relações, o resultado esta demonstrado na tabela 01. Criando relações Ligações coerentes Ligações duvidosas Equip Conceito Total T&U V&A SH&S T&S T&U V&A SH& T&S s e aceito utilizados S 01 2 3 8 3 8 7 2 7 40 16 02 3 2 7 2 7 8 3 8 40 14 03 1 4 9 1 9 6 1 9 40 15 04 5 3 6 3 5 7 4 7 40 17 05 2 1 8 2 8 9 2 8 40 13 Tabela 01: Quantidade de ligações coerentes e total utilizado Para melhor verificação os eixos temáticos contidos na tabela foram abreviados da seguinte forma: T&U: Terra e Universo; V&A: Vida e Ambiente; SH&S: Ser Humano e Saude; T&S: Tecnologia e Sociedade. Na construção dos Mapas os alunos demonstraram interesse e participação, sendo que seguidamente foram feitas perguntas de como proceder na realização das ligações. http://revistas.facecla.com.br/index/reped
  • 12. 12 Revista Eletrônica de Ciências da Educação, Campo Largo, v. 8, n. 2, nov. 2009. Ao analisar comparativamente os dados obtidos, é possível observar que todas as equipes utilizaram os 40 conceitos, sendo que a vitoria foi celebrada a Equipe 04, por ter criado o maior numero de relações conceituais com coerência. Por analise quantitativa é possível perceber que o maior número de relações construídas com coerência, estão na faixa da serie atual (8º ano), sendo que há um equívoco na abordagem e utilização dos eixos temáticos, pois obrigatoriamente nesta série os livros didáticos e os docentes baseiam-se apenas no Eixo Temático Ser Humano e Saude, sendo que nos PCNs os componentes curriculares estão alocados em 4 Eixos Temáticos: Terra e Universo, Vida e Ambiente, Ser Humano e Saude e Tecnologia e Sociedade, a proposta é a utilização dos 4 eixos temáticos concomitantemente na mesma série. O resultado da não utilização desta proposta é observável na aplicação da atividade Criando Relações, pois as palavras-tema dos Eixos Temáticos: Terra e Universo, Vida e Ambiente e Tecnologia e Sociedade foram utilizados de forma aleatória e desorganizados, consequentemente o maior número de incoerências nas ligações, encontra-se nesses conjuntos de conceitos. Esta análise demonstra o quanto é deficiente e precário o processo de ensino- aprendizagem das componentes curriculares da disciplina Ciências Naturais no Ensino Fundamental, pois é notável a limitação quanto ao conteúdo de uma determinada linha de estudo, o que prejudica a formação do aluno, pois este não pode ir além do que o professor ensina na sala de aula naquele momento. CONSIDERAÇÕES FINAIS Quanto a utilização de atividades pedagógicas no Ensino Fundamental e aqui toma-se referência aos Mapas Conceituais no Ensino de Ciências Naturais, foi observado a significativa participação dos alunos, no entanto devido à falta de um aparato instrumental consistente por parte dos docentes que muitas vezes não dispõe de recursos e bibliografias que o orientem a sua prática educativa, assim http://revistas.facecla.com.br/index/reped
  • 13. 13 Revista Eletrônica de Ciências da Educação, Campo Largo, v. 8, n. 2, nov. 2009. como uma formação continuada, acomoda-se com a situação escolar na rede publica de ensino. Tomando como base o referencial utilizado neste artigo, é possível afirmar que existem diversas metodologias para se organizar ou adaptar situações didáticas e atividades inovadoras que propiciem ao aluno uma aprendizagem significativa. Ao propor um jogo como recurso didático, visualiza-se auxiliar de maneira prática, consistente, dinâmica e simples o professor na realização de suas aulas, oferecendo a turma momentos de integração e aprendizagem com socialização de conhecimentos, sendo estas situações a base do desenvolvimento humano. A função formativa e diagnostica deste jogo permite verificar o conhecimento prévio de cada estudante, individualizando o ensino e detectando dificuldades no processo de aprendizagem, sendo assim possível encaminhar os que não obedecem ao padrão aceitável de conhecimento, às novas aprendizagens. Seguindo orientações de Moreira (2003), “um exercício interessante é solicitar do aluno um Mapa Conceitual como organizador prévio, para ter conhecimento sobre o que o estudante tem armazenado”, e então direcioná-lo melhor a uma Aprendizagem Significativa. E ao terminar de apresentar o conteúdo de uma unidade, solicitar ao aluno que refaça o Mapa feito anteriormente. De posse dos Mapas Conceituais, o docente e aluno podem fazer uma análise para verificar se houve aprendizagem, com esta interação é possível prever possíveis dificuldades futuras. O Mapa Conceitual como recurso didático é um instrumento potencialmente significativo no Ensino de Ciências Naturais, podendo ser adaptado à qualquer área do conhecimento, desde que haja interesse dos docentes em inovar nas suas aulas com atividades dinâmicas que promovam aprendizagem significativa. A proposta inicial limitava-se a utilização do Mapa Conceitual como recurso didático no Ensino de Ciências Naturais, no entanto através deste instrumento foi possível perceber uma incoerência e o descaso quando ao ensino, pois apesar de http://revistas.facecla.com.br/index/reped
  • 14. 14 Revista Eletrônica de Ciências da Educação, Campo Largo, v. 8, n. 2, nov. 2009. estarem utilizando os PCNs, ainda o fazem de maneira equivocada, já que limitam e compartimentalizam o conhecimento, alienando o aluno. A orientação seguida usualmente remete à apenas “estudar” o eixo Terra e Universo no 6º ano; Vida e Ambiente no 7º ano; Ser Humano de Saude no 8º ano; e Tecnologia e Sociedade no 9º ano e seguindo esta estrutura que os alunos do 8º ano 2 da E.E. Luizinha Nascimento, ficaram presos e limitados ao que foi estudado nos anos de 2008 (6º ano) e 2009 (7º ano), conhecimentos esses que foram meramente consequência da aprendizagem mecânica, ou mesmo da falta de conhecimento, pois alem de verificar o que ao alunos hipoteticamente haviam estudado, no conjunto dos conceitos também constava, temas que de acordo com a estrutura atual de ensino, os alunos só irão estudar em 2011, quando estiverem no 9º ano. Certamente que o Ensino de Ciências no Brasil necessita de medidas estratégicas para que ocorram melhorias no ensino dos professores e a aprendizagem nos alunos, e com o objetivo de contribuir para esta melhoria que os Mapas Conceituais vem a ser um recurso que permite o docente verificar a aprendizagem do aluno em amplos aspectos (avaliação, conhecimento prévio, etc) e ao mesmo tempo propiciar um instrumento a mais na vida daquele que aprende, contribuindo para a utilização do conhecimento no contexto vivenciado pelo aluno, modificando-o, e adaptando-o de forma a incluir-se em sociedade. REFERÊNCIAS ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023: Informação e documentação – Referências – Elaboração. Rio de Janeiro: 2000. BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. PCN-Parâmetros Curriculares Nacionais. Terceiro e Quarto Ciclos do Ensino Fundamental. Introdução aos Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília, MEC/SEF, 1998. http://revistas.facecla.com.br/index/reped
  • 15. 15 Revista Eletrônica de Ciências da Educação, Campo Largo, v. 8, n. 2, nov. 2009. FERREIRA, A.B. de H. Novo Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa. São Paulo: Melhoramentos, 1973. FURASTÉ, P.A. Normas Técnicas para o Trabalho Científico: Explicitação das Normas da ABNT. – 15. Ed. – Porto Alegre: s.n., 2009. GAVA, T. B. S.; MENEZES, G. S. de; GURY, D. A criança e a escola. Porto Alegre: Duplex, 2001. JESUS, M. A. S de.; SILVA, R. C.O. A Teoria de David Ausubel – O uso dos Organizadores Prévios no Ensino Contextualizado de Funções. In VIII Encontro Nacional de Educação Matemática. 15-18 jul. 2004, Recife. Anais. Recife. Disponivel em: <http://www.sbem.com.br/files/viii/pdf/03/MC05002402801.pdf> Acesso em 23/ago/2010. Às 09h40min. MENEZES, A. P. S. Estratégias e Técnicas utilizadas no Ensino de Ciências. In: Apostila 5 de Instrumentação em Ensino de Ciências I. Universidade Federal do Amazonas. Manaus: 2009. ______. Instrumentação para o Ensino de Ciências na Amazônia. Manaus. Ed. BK, 2009. I.S.B.N. 978-85-61912-26-0. MENEZES, A. P. S.; SANTOS, E. da C.; KALHIL, J. B. O Jogo de Trilha como recurso facilitador no processo Ensino-Aprendizagem de Física. In: V Congresso Internacional de Didática de las Ciências e X Taller Internacional sobre la Enseñanza de la Física. Anais La Habana – Cuba: Ministerio de Educación de La Republica de Cuba, 2008. MOREIRA, M. A. Pesquisa Básica em Educação em Ciências: Uma visão pessoal. Texto adaptado e revisado, em 2003, In: I Congresso Ibero-americano de Educação em Ciências Experimentais, La Serena, Chile, 1998, e I Simpósio Latino- Americano da IOSTE, São Paulo, 1999, Título original "A pesquisa em Educação em Ciências e a Formação Permanente do Professor de Ciências". In: I Congresso Nacional de Educação em Ciências Naturais, Cordoba, Argentina, 2004. Publicado na Revista Chilena de Educación Científica, 3(1): 10-17, 2004. Disponível em: http://www.if.ufrgs.br/~moreira Acesso em 22/jun/2010 às 17h23min. http://revistas.facecla.com.br/index/reped
  • 16. 16 Revista Eletrônica de Ciências da Educação, Campo Largo, v. 8, n. 2, nov. 2009. MOREIRA, M. A. A Teoria da aprendizagem significativa e sua implementação em sala de aula. Brasília: UNB, 2006. p.12-95. NOGUEIRA, F.; DUARTE, N.; FAJARDO, V. Ideb mostra que 24% dos municipios estão abaixo da meta na 8ª série. O Globo, Rio de Janeiro, 05 set. 2010. Disponível em: <http://g1.globo.com/vestibular-e-educacao/noticia/2010/07/ideb-mostra-que-24- dos-municipios-estao-abaixo-da-meta-na-8-serie.html> Acesso em 23/ago/. 2010 às 09h30min. SOCORRO, M. S. A construção de Mapas Conceituais como estratégia de verificação da Aprendizagem. Disponível em: http://www.sbf1.sbfisica.org.br/eventos/snef/xvicd/resumos/t0263-1.pdf. Acesso em: 19/Jun/2010 às 16h09min. http://revistas.facecla.com.br/index/reped