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ESCOLA ESTADUAL PROFESSORA BEATHRIS 
CAIXEIRO DEL CISTIA 
MÚSICA DO CLASSICISMO 
NOME: Wesley Germano Otávio Nº 41 SÉRIE: 3º B
A MÚSICA NO CLASSICISMO (1750 – 1820) 
“Veneza” de Canaletto 
O termo ‘Clássico’, em música, é empregado em dois sentidos 
diferentes. As pessoas, às vezes, usam a expressão ‘música clássica’ 
considerando toda a música dividida em duas grandes partes: ‘clássica’ e 
‘popular’. Para o musicólogo, entretanto, ‘música clássica’ tem sentido especial 
e preciso: é a música composta entre aproximadamente 1750 e 1810, que inclui 
a música de Haydn e Mozart, bem como as composições iniciais de Beethoven. 
O classicismo é profundamente influenciado pelos ideais humanistas, 
que colocam o homem como centro do universo. Reproduz o mundo real, mas 
molda‐o de acordo com o que se considera ideal. As obras refletem princípios 
como harmonia, ordem, lógica, equilíbrio, simetria, objetividade e refinamento. A 
razão é mais importante que a emoção. 
A transição da música barroca para a clássica é feita sobretudo por Carl 
Philipp Emanuel Bach (1714‐1788) e por Johann Christian Bach (1735‐1782), 
filhos do compositor Johann Sebastian Bach (1685‐1750). Os compositores 
passam a elaborar formas mais desenvolvidas, como a sinfonia e os concertos 
para instrumentos e orquestra. A sonata é a principal forma musical do período 
e um passo definitivo em direção à música tonal. 
A música clássica mostra‐se refinada e elegante e tende a ser mais leve, 
menos complicada que a barroca. Os compositores procuram realçar a beleza e
a graça das melodias. A orquestra está em desenvolvimento. Os compositores 
deixaram de usar o cravo e acrescentaram mais instrumentos de sopro (clarineta, 
por exemplo). 
No classicismo a dinâmica passou a ser explorada em todas as suas 
possibilidades. Nos períodos anteriores não se usava, ou melhor, não se indicava 
objetivamente alguma mudança de nuances deste parâmetro. Na última fase do 
Barroco, havia somente indicações de contrastes entre trechos musicais em 
"piano" e “forte". 
Já os clássicos tiveram a ideia de se utilizar do "crescendo" e do 
"decrescendo", graduando a dinâmica e inventando seus respectivos sinais. Esta 
técnica foi muito desenvolvida pelos compositores de Mannheim 
(Alemanha) e divulgada posteriormente por Haydn e Mozart. 
Novos instrumentos apareceram: entre eles o 
piano (inventado em 1698 por Bartolomeo Cristofori – 
1655/1731, para que tivessem à mão um instrumento de 
teclado que pudesse dar sons suaves e fortes) e o 
clarinete (inventado no início do século 18 por Jacob 
Denner ‐1681/1735). Melhoraram os mecanismos e as 
extensões do oboé e do fagote. O violoncelo ganhou uma 
ponta para apoiá‐lo no chão (antes era preso entre as 
pernas pelo executante) e descobriram a maravilha do seu timbre. 
FORMAS INSTRUMENTAIS DO PERÍODO 
CLÁSSICO 
Durante o Classicismo, a música instrumental 
passou a ter maior importância que a vocal. 
Carl Philipp Emanuel 
Bach 
Wolfgang Amadeus 
Mozart
A Sonata 
Nesta época criou‐se a sonata. Sonata é o termo que designa, desde o 
século XVIII, uma composição instrumental para um ou mais instrumentos de 
forma ternária (exposição, desenvolvimento, reexposição), construída sobre dois 
temas e obedecendo a um plano que afirma o princípio da tonalidade. 
A primeira seção, EXPOSIÇÃO, divide-se em um primeiro grupo, na 
tônica, e após um material de transição, um segundo grupo, em outra tonalidade 
(habitualmente a dominante), normalmente com uma codeta para conclui r 
perfeitamente a seção. 
A segunda parte da estrutura compreende as duas seções 
remanescentes, o DESENVOLVIMENTO e a RECAPITULAÇÃO. O primeiro 
desenvolve o material da exposição numa variedade de modos, progredindo por 
várias tonalidades (ideia de instabilidade tonal, tensão rítmica e melódica). A 
recapitulação reexpõe os temas da exposição, habitualmente na mesma ordem, 
e o segundo grupo é ouvido agora na tônica. 
A Sinfonia 
A sinfonia é, na realidade, uma sonata para orquestra. Seus números de 
movimentos passam a ser quatro: rápido ‐ lento ‐ minueto ‐ muito rápido. Haydn 
e Mozart foram os maiores compositores de sinfonias do Classicismo. 
Termo usado a partir do Renascimento para designar vários tipos de 
peça (geralmente instrumentais). Em torno de 1700, utilizava-se o termo sonata 
ou sinfonia para peças instrumentais; Durante o século XVIII passou cada vez 
mais a designar a sinfonia de concerto, para distingui-la da Ouverture italiana. 
Música de Câmara 
 Relevo no final do século XVIII 
 Quartetos de corda
 Firmados na época de Haydn, porém localizável em 
compositores antecessores como L. Bocherinni (1743-1805) 
e F. X. Ricther (1709-1789) 
O Concerto 
O concerto consiste em uma composição para um instrumento solista 
contra a massa orquestral. Tem três movimentos: rápido ‐ lento ‐ rápido. 
O Quarteto de Cordas 
Joseph Haydn inventou o quarteto de cordas (dois 
violinos, viola e violoncelo), uma combinação soberba de 
música de câmara. 
Joseph Haydn 
Nota especial ‐ W. A. MOZART 
Wolfgang Amadeus Mozart nasceu em Salzburgo a 27 de janeiro de 
1756. Foi um dos mais espantosos exemplos de precocidade na história da arte: 
desde os três anos de idade revelou excepcional aptidão para música, estudando 
cravo com seu pai, Johann Georg Leopold Mozart (1719‐1787), compositor e 
violinista. Aos dezesseis anos já tinha composto quase 200 obras em todos os 
gêneros! 
Mozart representa o ponto culminante da música no século XVIII. Figura 
importante no desenvolvimento final da ópera napolitana, foi também um dos 
maiores mestres da nova concepção da sonata na época. Criou obras‐primas da 
música instrumental, nos últimos anos do século XVIII. Estabeleceu normas 
musicais que transformaram aquele período na era clássica por excelência, no 
campo da música. Foi admirado por todos os mais destacados compositores 
subsequentes, que souberam reconhecer o valor do legado que Mozart lhes 
deixou.
Compositor essencialmente vocal, Mozart se realizou de modo mais 
completo na ópera. As primeiras óperas datam ainda da adolescência do mestre. 
Ao todo realizou 23 óperas, destacando‐se seis, todas elas do último período de 
sua vida. A ópera mais conhecida de Mozart é A flauta mágica (1791). Das 
incoerências do libreto, Mozart tirou uma obra de grande riqueza, numa síntese 
de estilos: ópera séria, comédia musical popular, tragédia filosófica e drama 
sentimental. A música que acompanha essa trama complicada é também a 
síntese do seu universo musical. 
Mozart escreveu ao todo 41 sinfonias e 
11 sinfonias concertantes. Seção importante na 
obra de Mozart é a dos concertos. A forma do 
concerto ainda estava indefinida em meados do 
século XVIII, não havendo distinção nítida entre 
a forma concertante e a música para orquestras 
de câmara. Foi C.P.E.Bach o primeiro a 
Prodígio Mozart ao cravo 
desenvolver o contraste entre o instrumento solo e a orquestra. Os concertos 
para piano de Mozart contribuíram decisivamente para a formação do gênero, 
desenvolvendo‐o em escala mais ampla. 
As obras de Mozart são identificadas pelo prefixo K, seguida de um 
número que designa a ordem cronológica de suas composições. O K vem do 
nome de Ludwig von Köchel, que organizou um catálogo das obras de Mozart, 
publicado em 1862, sob o título de Registro cronológico‐temático de todas as 
obras musicais de W.A.Mozart. 
Nota especial – JOSEPH HAYDN 
Franz Joseph Haydn nasceu em Rohrau, Baixa Áustria, a 31 de março 
de 1732 e morreu a 31 de maio de 1809. Haydn é o iniciador de uma nova fase 
na história da música. Não foi homem de grande cultura, mas de rara inteligência 
musical. Sua experiência em conjuntos ambulantes, nas ruas, onde era 
impossível o acompanhamento de baixo contínuo, levou‐o a compreender a
autossuficiência do conjunto instrumental de cordas. Com a sua obra se 
desenvolve uma nova polifonia instrumental, sem o apoio harmônico do baixo 
contínuo. 
Haydn é o primeiro nome da tríade "clássica", seguido por Mozart e 
Beethoven. Mas não deve ser tomado por um iniciador primitivo de um estilo 
depois aperfeiçoado. Sua obra, ou pelo menos a parte válida de sua obra imensa, 
já é perfeita dentro de suas proposições. E o que se propôs foi justamente o 
aperfeiçoamento de uma nova linguagem musical. Sua origem musical foi o 
folclore musical da Baixa Áustria, e nesse sentido sua música é 
inconfundivelmente austríaca, mas seu ponto de chegada, o enriquecimento da 
música instrumental, foi um idioma universal falado por todos os músicos 
modernos, e não só pelos clássicos vienenses. 
As seções mais importantes da música instrumental de Haydn são as 
sinfonias e quartetos. As primeiras sinfonias, que não sobreviveram no 
repertório, datam da década de 1760. Utiliza‐se nelas de elementos da música 
barroca, conjugando, em pequenas orquestras, instrumentos de sopro e cordas. 
Quanto à estrutura, Haydn não tardou em adotar a divisão em quatro 
movimentos: allegro, andante, minueto e segundo allegro. 
Nota especial ‐ LUDWIG VAN BEETHOVEN 
Beethoven (Bonn, 16 de dezembro de 1770 — Viena, 26 de março de 
1827) foi um compositor erudito alemão do período de transição entre o 
Classicismo (século XVIII) e o período Romântico (século XIX). É considerado 
como um dos pilares da musica ocidental pelo incontestável desenvolvimento 
tanto da linguagem quanto do conteúdo musical demonstrado em obras como 
seus últimos quartetos de cordas, a nona sinfonia, suas últimas sonatas etc. 
Ludwig, que era canhoto, nunca teve estudos muito aprofundados mas 
sempre revelou um talento excepcional para a música. Compôs as suas 
primeiras peças aos onze anos. Os seus progressos foram de tal forma notáveis 
que em 1784 já era segundo organista da capela do Eleitor. Pouco tempo depois
foi violoncelista na orquestra da corte. Em 1787 foi enviado para Viena para 
estudar com Joseph Haydn. Em 1792, muda‐se para Viena, e, afora algumas 
poucas viagens, permaneceria lá para o resto da vida. Durante os anos 1790, 
firma uma sólida reputação como pianista e compõe suas primeiras obras‐primas: 
Três Sonatas para piano Op.2 (1795), Concerto para Piano No.1 em Dó 
maior Op.15 (1795), Sonata No.8 em Dó menor Op.13 [Sonata Patética] (1798), 
Seis Quartetos de cordas Op.18 (1800). 
Por volta de seus 24 anos (1794), Beethoven 
sentiu os primeiros indícios de surdez. Embora tenha feito 
muitas tentativas para tratá‐la durante os anos seguintes, a 
doença continuou a progredir e, aos 46 anos (1816), estava 
praticamente surdo. Porém, ao contrário do que muitos 
pensam, Beethoven jamais perdeu toda a audição, muito 
embora não tivesse mais, em seus últimos anos, condições 
de acompanhar uma apresentação musical ou de perceber 
Beethoven na época 
em que ficou surdo 
nuances timbrísticas. 
A culminância desses anos foi a Sinfonia nº 9 em Ré menor Op.125 
(1824), para muitos a sua obra‐prima. Pela primeira vez é inserido um coral num 
movimento de uma sinfonia. O texto é uma adaptação do poema de Schiller “Ode 
à Alegria”, feita pelo próprio Beethoven. Os anos finais de Beethoven foram 
dedicados quase que exclusivamente à composição de quartetos de cordas. Foi 
nesse meio que ele produziu algumas de suas mais profundas e visionárias 
obras. 
Conceito de Música Ideal no Classicismo 
1. Linguagem deve ser universal; 
 Não limitada pelas barreiras nacionais; 
2. Deve ser nobre e agradável; 
 Expressiva, dentro dos limites do decoro; 
3. Natural
 Despojada de complexidade técnicas inúteis e capaz de 
cativar imediatamente qualquer ouvinte de sensibilidade 
mediana; 
Novas concepções de melodia e harmonia 
1. Melodia 
 Abandono da ideia de afeto ou emoção fundamental 
 Criação de contrastes entre as várias partes do andamento 
ou mesmo dentro do próprio tema 
 Estruturação periódica 
 Melodias articulando-se em frases distintas, regra geral de 
dois ou quatro compassos, em contrapartida ao 
desenvolvimento melódico em forma contínua do Barroco; 
 Caracterização da melodia 
 Podia consistir simplesmente de figuração acórdica, 
eventualmente ornamentadas por nota de passagem, 
grupetos, appoggiaturas, etc. 
 
 Coloridos obtidos por meio do modo Maior – menor; 
2. Harmonia 
 Baseada no tratado teórico do francês J. P. Rameau (1683-1764) 
 Tratado de Harmonia (1722)
 “Estabelecimento” da tríade maior 
 Resultante da divisão da corda em 2, 3 e 4 ou 5 partes iguais; 
 Seguindo os padrões de naturalidade vigentes do período; 
 Construção de acordes, em intervalos de 3ª, dentro de uma 8ª, 
alargando a tríade até a 7ª; 
 Acordes de Tônica (1º Grau), Subdominante (4º Grau) e 
Dominante (5º Grau) 
 Pilares da TONALIDADE; 
 Formulando a noção de Harmonia Funcional; 
 Tonalidade 
 Uma forma de sistematização da Harmonia 
 Harmonia Funcional X Harmonia Triádica (G. Zarlino, 1558 Le 
Institutioni Harmoniche) 
 Harmonia Funcional – Função de sustentação da melodia; 
 Hierarquização dos acordes, e toda a música se baseia 
nesta hierarquização 
 Harmonia Triádica – Ideia de verticalidade das vozes; 
 Intrínseca relação com o contraponto e com os modos 
eclesiásticos; 
 Harmonia Funcional de Rameau (1722) 
 Nova forma de pensar a estruturação musical, ideal para a 
burguesia; 
 Que não conhecia música (complexidades técnicas e 
auditivas); 
 Precisava e ambicionava por uma música mais simples
 Harmonia Sequencial e Progressiva de Zarlino (1558) 
 Sequencial – das células rítmico melódicas; 
 Dão a sensação de melodia (por meio da progressão do 
movimento); 
 Ideia de Pulsão (mais rico harmonicamente e mais pobre 
melodicamente); 
 Não há eixo centralizador – sensação de contração e 
distensão; 
 Presente em todo o Barroco (Séc. XVII) 
 Tríade – Relação matemática, três notas; 
 Acorde – Tríade com função hierarquizada/hierarquizante; 
 Função de sustentação da melodia; 
 Porque a burguesia só conseguia cantar e distinguir uma 
melodia; 
 Ritmo harmônico 
 Mais lento que o antigo 
 Harmonia mais “pesada”. 
 Estruturação 
 Atividade fervilhante das melodias se desenvolve sobre uma 
harmonia relativamente lenta e convencional; 
 Harmonia e linha do baixo reduzidos a acompanhamento
 Síntese desta prática – Música para teclas - Baixo de Alberti 
(Domenico Alberti 1710-1740). 
 Quebra do acorde em sucessão de arpejos das notas 
contidas na tríade 
 Utilizado por todos os compositores clássicos (1ª Escola 
de Viena – Mozart, Haydn e Beethoven) 
Música Vocal 
Ópera, canção e música sacra 
 Na ópera, ocorreu o mesmo que a sonata e sinfonia; 
 Novos gêneros que foram surgindo a partir de modelos 
antigos, sendo suplantados nas primeiras décadas do século 
XVIII; 
 França – Tragédia lírica (tragédie lyrique) (Lully) resistiu às 
mudanças 
 Alemanha – Estilo global da ópera veneziana (levada por 
Schütz e sucessores) sobreviveu; 
 Itália – novos ares de mudança; fruto das mesmas forças 
que remodelaram todos os gêneros da música do período 
– ILUMINISMO 
Nova ópera pretendia ser: Clara, simples, racional, fiel à natureza, 
universalmente cativante e capaz de agradar ao público sem lhe causar fadiga 
mental desnecessária; 
Ópera séria italiana (metade do século XVIII): 
 Fórmula literária – Poeta italiano Pietro Metastasio (1689-1782);
 Musicalizada pela maioria dos compositores do séc. XVIII; 
 Abordam um conflito das paixões humanas, baseado em 
relato de autor da antiguidade grega ou latina; 
 Elenco habitual: dois pares de namorados e fig. Secundárias; 
 Desenrolar da ação 
 Introdução variada de cenas: pastoris, guerreiras, 
cerimônias solenes; 
 Resolução do drama: ato de heroísmo ou renúncia de uma 
personagem; 
 Óperas divididas em 3 atos: estruturados em árias e 
recitativos; 
 Função da orquestra: acompanhamento do canto; 
 Interesse musical da ópera séria italiana – árias; 
Reforma da Ópera séria italiana 
 Ópera deveria ser mais flexível na estrutura 
 Abandono da rigidez na sucessão recitativo-ária; 
 Mais expressiva no conteúdo – temáticas mais próximas do 
cotidiano – abandono da temática greco-romana; 
 Melodias mais cantáveis – Importante que o homem comum 
pudesse memorizar facilmente a melodia 
 Mais variedade na utilização dos recursos musicais 
(orquestra e coros) 
 Resultados 
Ária da capo modificada; maior flexibilidade entre recitativos e árias 
(maior rapidez e realismo); maior importância à orquestra; reutilização de corais; 
maior controle do compositor (cantores)
 Principal personalidade do mov. Reformador - Cristoph W. Gluck 
(1714-1787) 
 Síntese entre a ópera francesa e italiana – estilo operístico 
internacional; 
 Guerre des bouffons (1752) – Presença da ópera cômica; 
 Discussão intelectual, uma oposição crítica e estética em 
relação à ópera francesa; 
 Estopim: Presença de uma companhia de ópera italiana, 
que interpretou simultaneamente a obra de Gluck 
Iphigénie em Aulide, e uma ópera buffa de G. B. Pergolesi 
(1710-1736) LA SERVA PADRONA (1733); 
 Opiniões pró ópera italiana (rainha) – pró ópera 
francesa (rei); 
 Caminho aberto para repensar a ópera: ÓPERA 
Ópera Cômica 
 Estilo mais ligeiro que a ópera séria; 
 Episódios e personagens do cotidiano; 
 Adotou características específicas em diferentes países, em 
revolta ao predomínio da ópera séria; 
 Itália – Ópera buffa; França – Opéra Comique; 
 Inglaterra – Ballad opera; Alemanha – Singspiel e o Lied; 
 Libreto era escrito em língua nacional; Música acentuava as 
características musicais de cada país; 
 Encenada com recursos mais modestos;
A música do classicismo no Brasil 
Fator crucial para a transformação da vida musical e dos parâmetros 
estéticos brasileiros seria a chegada da corte portuguesa ao Rio de Janeiro em 
1808. Até então o Rio não se distinguia em nada de outros centros culturais do 
país, sendo mesmo inferior a Minas e aos centros nordestinos, mas a presença 
da corte alterou radicalmente a situação, concentrando todas as atenções e 
servindo como grande estímulo a um outro florescimento artístico, já de molde 
claramente classicista. Dom João VI havia trazido consigo a vasta biblioteca 
musical dos Bragança - uma das melhores da Europa na época - e rapidamente 
mandou vir músicos de Lisboa e castrati da Itália, reorganizando a Capela Real 
agora com cerca de 50 cantores e uma centena de instrumentistas, e mandou 
construir um suntuoso teatro, chamado de Real Teatro de São João. A música 
profana contou com a presença de Marcos Portugal, nomeado Compositor da 
Corte e Mestre de Música dos Infantes, e de Sigismund von Neukomm, que 
contribuíram com apreciável quantidade de obras próprias e também para 
divulgar na capital o trabalho de importantes autores europeus, como Mozart e 
Haydn. 
Neste ambiente atuou o primeiro grande 
compositor brasileiro, o padre José Maurício Nunes 
Garcia. Homem de grande cultura para sua origem - era 
mulato e pobre - foi um dos fundadores da Irmandade de 
Santa Cecília no Rio, professor de muitos alunos, 
Pregador Régio e Mestre da Capela Real da Sé durante 
a estada de Dom João VI no Brasil. Deixou extensa obra 
de alta qualidade, onde se destacam a Missa Pastoril, a 
Missa de Santa Cecília, o Officium de 1816, e as 
intensamente expressivas Matinas de Finados, para coro 
a capella, além de alguma música instrumental e obras 
Padre José Maurício 
Nunes Garcia. 
teóricas. São interessantes neste período também as figuras de Gabriel 
Fernandes da Trindade, compositor de modinhas e das únicas peças 
camerísticas remanescentes do início do século XIX, um conjunto de refinados 
Duos Concertantes para violinos, Damião Barbosa, que segundo Vasco Mariz foi 
na Bahia o que o padre Maurício representou no Rio, e João de Deus de Castro
Lobo, que atuou nas já decadentes Mariana e Ouro Preto, mas deixando obra de 
grande qualidade. 
Este período de brilho não duraria muito. Em 1821 o rei foi obrigado a 
retornar a Lisboa, levando consigo a corte, e a vida cultural no Rio esvaziou-se 
de súbito. Apesar do entusiasmo de Dom Pedro I pela música, sendo ele mesmo 
autor de algumas peças e da música do Hino da Independência, a difícil situação 
financeira gerada pela independência não permitia muitos luxos. O incêndio do 
Teatro de São João em 1824 foi outro golpe, apesar de ter sido restaurado e 
reinaugurado sob o nome de Teatro de São Pedro de Alcântara e continuar com 
suas récitas operísticas. Com a abdicação de Dom Pedro em 1831 e a 
consequente instabilidade política e social durante a menoridade de seu 
sucessor, o cenário se estreitou ainda mais e foi dissolvida a Capela Imperial, 
permanecendo um punhado de músicos.
BIBLIOGRAFIA 
 http://www.revista.akademie-brasil-europa.org/CM13-01.htm 
 http://pt.wikipedia.org/wiki/Música_do_Brasil#O_Classicismo 
 http://www.portaledumusicalcp2.mus.br/Apostilas/PDFs/8ano_05 
_HM%20Ocidental.pdf 
 http://pt.wikipedia.org/wiki/Classicismo 
 http://pt.wikipedia.org/wiki/Música_clássica 
 http://pt.wikipedia.org/wiki/Período_clássico_(música) 
 http://pt.slideshare.net/biaesteves/historia-da-musica-classica? 
related=1 
 http://pt.slideshare.net/evadocinho/parfor-aula-7-classicismo

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Música do Classicismo

  • 1. ESCOLA ESTADUAL PROFESSORA BEATHRIS CAIXEIRO DEL CISTIA MÚSICA DO CLASSICISMO NOME: Wesley Germano Otávio Nº 41 SÉRIE: 3º B
  • 2. A MÚSICA NO CLASSICISMO (1750 – 1820) “Veneza” de Canaletto O termo ‘Clássico’, em música, é empregado em dois sentidos diferentes. As pessoas, às vezes, usam a expressão ‘música clássica’ considerando toda a música dividida em duas grandes partes: ‘clássica’ e ‘popular’. Para o musicólogo, entretanto, ‘música clássica’ tem sentido especial e preciso: é a música composta entre aproximadamente 1750 e 1810, que inclui a música de Haydn e Mozart, bem como as composições iniciais de Beethoven. O classicismo é profundamente influenciado pelos ideais humanistas, que colocam o homem como centro do universo. Reproduz o mundo real, mas molda‐o de acordo com o que se considera ideal. As obras refletem princípios como harmonia, ordem, lógica, equilíbrio, simetria, objetividade e refinamento. A razão é mais importante que a emoção. A transição da música barroca para a clássica é feita sobretudo por Carl Philipp Emanuel Bach (1714‐1788) e por Johann Christian Bach (1735‐1782), filhos do compositor Johann Sebastian Bach (1685‐1750). Os compositores passam a elaborar formas mais desenvolvidas, como a sinfonia e os concertos para instrumentos e orquestra. A sonata é a principal forma musical do período e um passo definitivo em direção à música tonal. A música clássica mostra‐se refinada e elegante e tende a ser mais leve, menos complicada que a barroca. Os compositores procuram realçar a beleza e
  • 3. a graça das melodias. A orquestra está em desenvolvimento. Os compositores deixaram de usar o cravo e acrescentaram mais instrumentos de sopro (clarineta, por exemplo). No classicismo a dinâmica passou a ser explorada em todas as suas possibilidades. Nos períodos anteriores não se usava, ou melhor, não se indicava objetivamente alguma mudança de nuances deste parâmetro. Na última fase do Barroco, havia somente indicações de contrastes entre trechos musicais em "piano" e “forte". Já os clássicos tiveram a ideia de se utilizar do "crescendo" e do "decrescendo", graduando a dinâmica e inventando seus respectivos sinais. Esta técnica foi muito desenvolvida pelos compositores de Mannheim (Alemanha) e divulgada posteriormente por Haydn e Mozart. Novos instrumentos apareceram: entre eles o piano (inventado em 1698 por Bartolomeo Cristofori – 1655/1731, para que tivessem à mão um instrumento de teclado que pudesse dar sons suaves e fortes) e o clarinete (inventado no início do século 18 por Jacob Denner ‐1681/1735). Melhoraram os mecanismos e as extensões do oboé e do fagote. O violoncelo ganhou uma ponta para apoiá‐lo no chão (antes era preso entre as pernas pelo executante) e descobriram a maravilha do seu timbre. FORMAS INSTRUMENTAIS DO PERÍODO CLÁSSICO Durante o Classicismo, a música instrumental passou a ter maior importância que a vocal. Carl Philipp Emanuel Bach Wolfgang Amadeus Mozart
  • 4. A Sonata Nesta época criou‐se a sonata. Sonata é o termo que designa, desde o século XVIII, uma composição instrumental para um ou mais instrumentos de forma ternária (exposição, desenvolvimento, reexposição), construída sobre dois temas e obedecendo a um plano que afirma o princípio da tonalidade. A primeira seção, EXPOSIÇÃO, divide-se em um primeiro grupo, na tônica, e após um material de transição, um segundo grupo, em outra tonalidade (habitualmente a dominante), normalmente com uma codeta para conclui r perfeitamente a seção. A segunda parte da estrutura compreende as duas seções remanescentes, o DESENVOLVIMENTO e a RECAPITULAÇÃO. O primeiro desenvolve o material da exposição numa variedade de modos, progredindo por várias tonalidades (ideia de instabilidade tonal, tensão rítmica e melódica). A recapitulação reexpõe os temas da exposição, habitualmente na mesma ordem, e o segundo grupo é ouvido agora na tônica. A Sinfonia A sinfonia é, na realidade, uma sonata para orquestra. Seus números de movimentos passam a ser quatro: rápido ‐ lento ‐ minueto ‐ muito rápido. Haydn e Mozart foram os maiores compositores de sinfonias do Classicismo. Termo usado a partir do Renascimento para designar vários tipos de peça (geralmente instrumentais). Em torno de 1700, utilizava-se o termo sonata ou sinfonia para peças instrumentais; Durante o século XVIII passou cada vez mais a designar a sinfonia de concerto, para distingui-la da Ouverture italiana. Música de Câmara  Relevo no final do século XVIII  Quartetos de corda
  • 5.  Firmados na época de Haydn, porém localizável em compositores antecessores como L. Bocherinni (1743-1805) e F. X. Ricther (1709-1789) O Concerto O concerto consiste em uma composição para um instrumento solista contra a massa orquestral. Tem três movimentos: rápido ‐ lento ‐ rápido. O Quarteto de Cordas Joseph Haydn inventou o quarteto de cordas (dois violinos, viola e violoncelo), uma combinação soberba de música de câmara. Joseph Haydn Nota especial ‐ W. A. MOZART Wolfgang Amadeus Mozart nasceu em Salzburgo a 27 de janeiro de 1756. Foi um dos mais espantosos exemplos de precocidade na história da arte: desde os três anos de idade revelou excepcional aptidão para música, estudando cravo com seu pai, Johann Georg Leopold Mozart (1719‐1787), compositor e violinista. Aos dezesseis anos já tinha composto quase 200 obras em todos os gêneros! Mozart representa o ponto culminante da música no século XVIII. Figura importante no desenvolvimento final da ópera napolitana, foi também um dos maiores mestres da nova concepção da sonata na época. Criou obras‐primas da música instrumental, nos últimos anos do século XVIII. Estabeleceu normas musicais que transformaram aquele período na era clássica por excelência, no campo da música. Foi admirado por todos os mais destacados compositores subsequentes, que souberam reconhecer o valor do legado que Mozart lhes deixou.
  • 6. Compositor essencialmente vocal, Mozart se realizou de modo mais completo na ópera. As primeiras óperas datam ainda da adolescência do mestre. Ao todo realizou 23 óperas, destacando‐se seis, todas elas do último período de sua vida. A ópera mais conhecida de Mozart é A flauta mágica (1791). Das incoerências do libreto, Mozart tirou uma obra de grande riqueza, numa síntese de estilos: ópera séria, comédia musical popular, tragédia filosófica e drama sentimental. A música que acompanha essa trama complicada é também a síntese do seu universo musical. Mozart escreveu ao todo 41 sinfonias e 11 sinfonias concertantes. Seção importante na obra de Mozart é a dos concertos. A forma do concerto ainda estava indefinida em meados do século XVIII, não havendo distinção nítida entre a forma concertante e a música para orquestras de câmara. Foi C.P.E.Bach o primeiro a Prodígio Mozart ao cravo desenvolver o contraste entre o instrumento solo e a orquestra. Os concertos para piano de Mozart contribuíram decisivamente para a formação do gênero, desenvolvendo‐o em escala mais ampla. As obras de Mozart são identificadas pelo prefixo K, seguida de um número que designa a ordem cronológica de suas composições. O K vem do nome de Ludwig von Köchel, que organizou um catálogo das obras de Mozart, publicado em 1862, sob o título de Registro cronológico‐temático de todas as obras musicais de W.A.Mozart. Nota especial – JOSEPH HAYDN Franz Joseph Haydn nasceu em Rohrau, Baixa Áustria, a 31 de março de 1732 e morreu a 31 de maio de 1809. Haydn é o iniciador de uma nova fase na história da música. Não foi homem de grande cultura, mas de rara inteligência musical. Sua experiência em conjuntos ambulantes, nas ruas, onde era impossível o acompanhamento de baixo contínuo, levou‐o a compreender a
  • 7. autossuficiência do conjunto instrumental de cordas. Com a sua obra se desenvolve uma nova polifonia instrumental, sem o apoio harmônico do baixo contínuo. Haydn é o primeiro nome da tríade "clássica", seguido por Mozart e Beethoven. Mas não deve ser tomado por um iniciador primitivo de um estilo depois aperfeiçoado. Sua obra, ou pelo menos a parte válida de sua obra imensa, já é perfeita dentro de suas proposições. E o que se propôs foi justamente o aperfeiçoamento de uma nova linguagem musical. Sua origem musical foi o folclore musical da Baixa Áustria, e nesse sentido sua música é inconfundivelmente austríaca, mas seu ponto de chegada, o enriquecimento da música instrumental, foi um idioma universal falado por todos os músicos modernos, e não só pelos clássicos vienenses. As seções mais importantes da música instrumental de Haydn são as sinfonias e quartetos. As primeiras sinfonias, que não sobreviveram no repertório, datam da década de 1760. Utiliza‐se nelas de elementos da música barroca, conjugando, em pequenas orquestras, instrumentos de sopro e cordas. Quanto à estrutura, Haydn não tardou em adotar a divisão em quatro movimentos: allegro, andante, minueto e segundo allegro. Nota especial ‐ LUDWIG VAN BEETHOVEN Beethoven (Bonn, 16 de dezembro de 1770 — Viena, 26 de março de 1827) foi um compositor erudito alemão do período de transição entre o Classicismo (século XVIII) e o período Romântico (século XIX). É considerado como um dos pilares da musica ocidental pelo incontestável desenvolvimento tanto da linguagem quanto do conteúdo musical demonstrado em obras como seus últimos quartetos de cordas, a nona sinfonia, suas últimas sonatas etc. Ludwig, que era canhoto, nunca teve estudos muito aprofundados mas sempre revelou um talento excepcional para a música. Compôs as suas primeiras peças aos onze anos. Os seus progressos foram de tal forma notáveis que em 1784 já era segundo organista da capela do Eleitor. Pouco tempo depois
  • 8. foi violoncelista na orquestra da corte. Em 1787 foi enviado para Viena para estudar com Joseph Haydn. Em 1792, muda‐se para Viena, e, afora algumas poucas viagens, permaneceria lá para o resto da vida. Durante os anos 1790, firma uma sólida reputação como pianista e compõe suas primeiras obras‐primas: Três Sonatas para piano Op.2 (1795), Concerto para Piano No.1 em Dó maior Op.15 (1795), Sonata No.8 em Dó menor Op.13 [Sonata Patética] (1798), Seis Quartetos de cordas Op.18 (1800). Por volta de seus 24 anos (1794), Beethoven sentiu os primeiros indícios de surdez. Embora tenha feito muitas tentativas para tratá‐la durante os anos seguintes, a doença continuou a progredir e, aos 46 anos (1816), estava praticamente surdo. Porém, ao contrário do que muitos pensam, Beethoven jamais perdeu toda a audição, muito embora não tivesse mais, em seus últimos anos, condições de acompanhar uma apresentação musical ou de perceber Beethoven na época em que ficou surdo nuances timbrísticas. A culminância desses anos foi a Sinfonia nº 9 em Ré menor Op.125 (1824), para muitos a sua obra‐prima. Pela primeira vez é inserido um coral num movimento de uma sinfonia. O texto é uma adaptação do poema de Schiller “Ode à Alegria”, feita pelo próprio Beethoven. Os anos finais de Beethoven foram dedicados quase que exclusivamente à composição de quartetos de cordas. Foi nesse meio que ele produziu algumas de suas mais profundas e visionárias obras. Conceito de Música Ideal no Classicismo 1. Linguagem deve ser universal;  Não limitada pelas barreiras nacionais; 2. Deve ser nobre e agradável;  Expressiva, dentro dos limites do decoro; 3. Natural
  • 9.  Despojada de complexidade técnicas inúteis e capaz de cativar imediatamente qualquer ouvinte de sensibilidade mediana; Novas concepções de melodia e harmonia 1. Melodia  Abandono da ideia de afeto ou emoção fundamental  Criação de contrastes entre as várias partes do andamento ou mesmo dentro do próprio tema  Estruturação periódica  Melodias articulando-se em frases distintas, regra geral de dois ou quatro compassos, em contrapartida ao desenvolvimento melódico em forma contínua do Barroco;  Caracterização da melodia  Podia consistir simplesmente de figuração acórdica, eventualmente ornamentadas por nota de passagem, grupetos, appoggiaturas, etc.   Coloridos obtidos por meio do modo Maior – menor; 2. Harmonia  Baseada no tratado teórico do francês J. P. Rameau (1683-1764)  Tratado de Harmonia (1722)
  • 10.  “Estabelecimento” da tríade maior  Resultante da divisão da corda em 2, 3 e 4 ou 5 partes iguais;  Seguindo os padrões de naturalidade vigentes do período;  Construção de acordes, em intervalos de 3ª, dentro de uma 8ª, alargando a tríade até a 7ª;  Acordes de Tônica (1º Grau), Subdominante (4º Grau) e Dominante (5º Grau)  Pilares da TONALIDADE;  Formulando a noção de Harmonia Funcional;  Tonalidade  Uma forma de sistematização da Harmonia  Harmonia Funcional X Harmonia Triádica (G. Zarlino, 1558 Le Institutioni Harmoniche)  Harmonia Funcional – Função de sustentação da melodia;  Hierarquização dos acordes, e toda a música se baseia nesta hierarquização  Harmonia Triádica – Ideia de verticalidade das vozes;  Intrínseca relação com o contraponto e com os modos eclesiásticos;  Harmonia Funcional de Rameau (1722)  Nova forma de pensar a estruturação musical, ideal para a burguesia;  Que não conhecia música (complexidades técnicas e auditivas);  Precisava e ambicionava por uma música mais simples
  • 11.  Harmonia Sequencial e Progressiva de Zarlino (1558)  Sequencial – das células rítmico melódicas;  Dão a sensação de melodia (por meio da progressão do movimento);  Ideia de Pulsão (mais rico harmonicamente e mais pobre melodicamente);  Não há eixo centralizador – sensação de contração e distensão;  Presente em todo o Barroco (Séc. XVII)  Tríade – Relação matemática, três notas;  Acorde – Tríade com função hierarquizada/hierarquizante;  Função de sustentação da melodia;  Porque a burguesia só conseguia cantar e distinguir uma melodia;  Ritmo harmônico  Mais lento que o antigo  Harmonia mais “pesada”.  Estruturação  Atividade fervilhante das melodias se desenvolve sobre uma harmonia relativamente lenta e convencional;  Harmonia e linha do baixo reduzidos a acompanhamento
  • 12.  Síntese desta prática – Música para teclas - Baixo de Alberti (Domenico Alberti 1710-1740).  Quebra do acorde em sucessão de arpejos das notas contidas na tríade  Utilizado por todos os compositores clássicos (1ª Escola de Viena – Mozart, Haydn e Beethoven) Música Vocal Ópera, canção e música sacra  Na ópera, ocorreu o mesmo que a sonata e sinfonia;  Novos gêneros que foram surgindo a partir de modelos antigos, sendo suplantados nas primeiras décadas do século XVIII;  França – Tragédia lírica (tragédie lyrique) (Lully) resistiu às mudanças  Alemanha – Estilo global da ópera veneziana (levada por Schütz e sucessores) sobreviveu;  Itália – novos ares de mudança; fruto das mesmas forças que remodelaram todos os gêneros da música do período – ILUMINISMO Nova ópera pretendia ser: Clara, simples, racional, fiel à natureza, universalmente cativante e capaz de agradar ao público sem lhe causar fadiga mental desnecessária; Ópera séria italiana (metade do século XVIII):  Fórmula literária – Poeta italiano Pietro Metastasio (1689-1782);
  • 13.  Musicalizada pela maioria dos compositores do séc. XVIII;  Abordam um conflito das paixões humanas, baseado em relato de autor da antiguidade grega ou latina;  Elenco habitual: dois pares de namorados e fig. Secundárias;  Desenrolar da ação  Introdução variada de cenas: pastoris, guerreiras, cerimônias solenes;  Resolução do drama: ato de heroísmo ou renúncia de uma personagem;  Óperas divididas em 3 atos: estruturados em árias e recitativos;  Função da orquestra: acompanhamento do canto;  Interesse musical da ópera séria italiana – árias; Reforma da Ópera séria italiana  Ópera deveria ser mais flexível na estrutura  Abandono da rigidez na sucessão recitativo-ária;  Mais expressiva no conteúdo – temáticas mais próximas do cotidiano – abandono da temática greco-romana;  Melodias mais cantáveis – Importante que o homem comum pudesse memorizar facilmente a melodia  Mais variedade na utilização dos recursos musicais (orquestra e coros)  Resultados Ária da capo modificada; maior flexibilidade entre recitativos e árias (maior rapidez e realismo); maior importância à orquestra; reutilização de corais; maior controle do compositor (cantores)
  • 14.  Principal personalidade do mov. Reformador - Cristoph W. Gluck (1714-1787)  Síntese entre a ópera francesa e italiana – estilo operístico internacional;  Guerre des bouffons (1752) – Presença da ópera cômica;  Discussão intelectual, uma oposição crítica e estética em relação à ópera francesa;  Estopim: Presença de uma companhia de ópera italiana, que interpretou simultaneamente a obra de Gluck Iphigénie em Aulide, e uma ópera buffa de G. B. Pergolesi (1710-1736) LA SERVA PADRONA (1733);  Opiniões pró ópera italiana (rainha) – pró ópera francesa (rei);  Caminho aberto para repensar a ópera: ÓPERA Ópera Cômica  Estilo mais ligeiro que a ópera séria;  Episódios e personagens do cotidiano;  Adotou características específicas em diferentes países, em revolta ao predomínio da ópera séria;  Itália – Ópera buffa; França – Opéra Comique;  Inglaterra – Ballad opera; Alemanha – Singspiel e o Lied;  Libreto era escrito em língua nacional; Música acentuava as características musicais de cada país;  Encenada com recursos mais modestos;
  • 15. A música do classicismo no Brasil Fator crucial para a transformação da vida musical e dos parâmetros estéticos brasileiros seria a chegada da corte portuguesa ao Rio de Janeiro em 1808. Até então o Rio não se distinguia em nada de outros centros culturais do país, sendo mesmo inferior a Minas e aos centros nordestinos, mas a presença da corte alterou radicalmente a situação, concentrando todas as atenções e servindo como grande estímulo a um outro florescimento artístico, já de molde claramente classicista. Dom João VI havia trazido consigo a vasta biblioteca musical dos Bragança - uma das melhores da Europa na época - e rapidamente mandou vir músicos de Lisboa e castrati da Itália, reorganizando a Capela Real agora com cerca de 50 cantores e uma centena de instrumentistas, e mandou construir um suntuoso teatro, chamado de Real Teatro de São João. A música profana contou com a presença de Marcos Portugal, nomeado Compositor da Corte e Mestre de Música dos Infantes, e de Sigismund von Neukomm, que contribuíram com apreciável quantidade de obras próprias e também para divulgar na capital o trabalho de importantes autores europeus, como Mozart e Haydn. Neste ambiente atuou o primeiro grande compositor brasileiro, o padre José Maurício Nunes Garcia. Homem de grande cultura para sua origem - era mulato e pobre - foi um dos fundadores da Irmandade de Santa Cecília no Rio, professor de muitos alunos, Pregador Régio e Mestre da Capela Real da Sé durante a estada de Dom João VI no Brasil. Deixou extensa obra de alta qualidade, onde se destacam a Missa Pastoril, a Missa de Santa Cecília, o Officium de 1816, e as intensamente expressivas Matinas de Finados, para coro a capella, além de alguma música instrumental e obras Padre José Maurício Nunes Garcia. teóricas. São interessantes neste período também as figuras de Gabriel Fernandes da Trindade, compositor de modinhas e das únicas peças camerísticas remanescentes do início do século XIX, um conjunto de refinados Duos Concertantes para violinos, Damião Barbosa, que segundo Vasco Mariz foi na Bahia o que o padre Maurício representou no Rio, e João de Deus de Castro
  • 16. Lobo, que atuou nas já decadentes Mariana e Ouro Preto, mas deixando obra de grande qualidade. Este período de brilho não duraria muito. Em 1821 o rei foi obrigado a retornar a Lisboa, levando consigo a corte, e a vida cultural no Rio esvaziou-se de súbito. Apesar do entusiasmo de Dom Pedro I pela música, sendo ele mesmo autor de algumas peças e da música do Hino da Independência, a difícil situação financeira gerada pela independência não permitia muitos luxos. O incêndio do Teatro de São João em 1824 foi outro golpe, apesar de ter sido restaurado e reinaugurado sob o nome de Teatro de São Pedro de Alcântara e continuar com suas récitas operísticas. Com a abdicação de Dom Pedro em 1831 e a consequente instabilidade política e social durante a menoridade de seu sucessor, o cenário se estreitou ainda mais e foi dissolvida a Capela Imperial, permanecendo um punhado de músicos.
  • 17. BIBLIOGRAFIA  http://www.revista.akademie-brasil-europa.org/CM13-01.htm  http://pt.wikipedia.org/wiki/Música_do_Brasil#O_Classicismo  http://www.portaledumusicalcp2.mus.br/Apostilas/PDFs/8ano_05 _HM%20Ocidental.pdf  http://pt.wikipedia.org/wiki/Classicismo  http://pt.wikipedia.org/wiki/Música_clássica  http://pt.wikipedia.org/wiki/Período_clássico_(música)  http://pt.slideshare.net/biaesteves/historia-da-musica-classica? related=1  http://pt.slideshare.net/evadocinho/parfor-aula-7-classicismo