O documento discute a evolução do livro digital, desde sua definição como objeto até as mudanças trazidas pela digitalização. Apresenta a história do livro e as quatro revoluções de sua forma ao longo do tempo, analisando os desafios atuais de sua produção e leitura no formato digital.
3. Sobre o título
❖ Tecnologia
❖ Preceitos
❖ Sentimentos
As variáveis culturais
4. Livro e história
❖ A cultura do livro permeia a nossa historia e
o nosso modo de viver e pensar.
❖ Existe uma espécie de divinização do objeto
livro
❖ Fetichismo do livro
5. ❖ Dificuldade em definir o que é um livro
❖ Suporte e conteúdo: dois conceitos no
mesmo objeto?
❖ Diferença entre texto e livro
❖ Livro como objeto
Definição de livro
6. (re)evolução digital
❖ Vivemos uma mudança maior do que na
invenção da tipografia (Roger Chartier e Jason
Epstein)
❖ Mudança de paradigma
7. Quarta revolução
❖ Da oralidade à escrita
❖ do volumem ao codex
❖ do manuscrito à impressão
❖ da impressão ao digital
8. A era da informação
❖ não estamos imóveis e não somos o centro do universo (Copérnico)
❖ Somos animais e pertencemos ao reino animal (Darwin)
❖ Estamos longe de sermos transparentes e claros a nós mesmos (Freud)
❖ Estamos todos conectados. Somos informational organisms (inforgs)
❖ Luciano Floridi fala de quarta revolução referindo-se
à informação
9. Modernidade líquida
❖ Perca da materialidade
❖ Texto fluido, livro líquido.
❖ Fragmentariedade e incompletude
❖ "Todo livro é uma startup"
10. Isaac Asimov
❖ O telelivro
❖ The boys and the girls, 1951
❖ Citado por Gino Roncaglia
❖ Tradução J. Fernando Tavares
11. Margie, escreveu até mesmo no seu diário aquela noite, na página com a
data de 17 de maio de 2157:
"Hoje Tommy encontrou um livro verdadeiro. Era um livro antigo. O avô
da Margie disse uma vez que, quando ele era criança, seu avô lhe disse
que houve uma época em que todas as histórias e contos eram impressos
em papel. Dava pra virar as páginas, que eram amarelas e faziam barulho
e era muito engraçado ler as palavras que estavam paradas em vez de
estarem se movendo, como era previsto que elas fizessem em uma tela, é
lógico.
E ainda mais, quando você retornava à página precedente ali estavam as
palavras que você já tinha lido antes!
- Meu Deus, que desperdício - disse Tommy. - E quando a pessoa chega no
final do livro, o que faz? Joga fora tudo? A nossa televisão já deve ter
passado um milhão de livros e ainda está boa para ser usada mais vezes.
Quem sonharia de jogar ela fora?
- O mesmo vale para a minha - disse Margie - que tinha 11 anos e ainda
não tinha visto tantos livros quanto Tommy."
12. Interface de leitura
❖ O suporte ao texto, aquilo que chamaremos de
"interface de leitura" tem uma função central na
evolução dos modos e das formas de leitura e
escritura. (Gino Roncaglia)
❖ Esta ideia aparece em embrião na obra de Harold
Innis quando ele faz a distinção entre medium
orientado à permanência, como a pedra e médium
orientado ao movimento no espaço, como o papel.
13. Não existe texto sem suporte
❖ Não existe texto sem suporte (“Guglielmo Cavallo e
Roger Chartier (a cura di), Storia della lettura nel mondo occidentale,
Laterza, Roma-Bari 1995, 2009)
❖ Os autores não escrevem livros. Escrevem
textos, histórias, que torna-se objetos textuais
que podem vir a ser livros
❖ O suporte não é neutro
14. Materialidade digital
❖ Aparelho (device)
❖ Software
❖ e-book (conteúdo)
❖ suporte físico (papel)
❖ Texto (conteúdo)
materialidade do impresso materialidade do digital
17. O texto digital
❖ Texto em forma de bit
❖ Formatação do texto
❖ Linguagem de marcação
❖ Expressividade
❖ Portabilidade e reutilização
❖ Padronização e abertura
18. Duas estradas…
❖ WYSIWYG (What You See Is What You Get)
❖ O que você vê é o que você obtém
❖ WYSIWYM (What You See Is What You Mean)
❖ O que você vê é o que você pensa
19.
20.
21. O formato ePub
❖ Formato aberto (open source)
❖ Baseado em tecnologias consolidadas (HTML
e CSS)
❖ Desenvolvido para satisfazer a necessidade
de estabilidade e portabilidade
23. W3C e IPDF
❖ O World Wide Web Consortium (W3C) é a
principal organização de padronização da World
Wide Web. Consiste em um consórcio internacional
com quase 400 membros, agrega empresas, órgãos
governamentais e organizações independentes com
a finalidade de estabelecer padrões para a criação
e a interpretação de conteúdos para a Web.
24. W3C e IPDF
❖ O International Publishing Digital Fórum
era uma organização composta pelos
principais editores e players do mercado do
livro digital com a intenção de criar um
padrão para as publicações digitais. Criou
assim o ePub (eletronic Publication) nas
versões 2.1 e 3.0 e 3.1 que é a versão atual.
25. W3C e IPDF
❖ A união destes dois organismos, ocorrida
este ano faz com os livros digitais entrem a
fazer parte das especificações da Web (W3C)
tornando-se assim um padrão mundial para
as publicações eletrônicas.
26. Mudanças lentas
❖ Produção ainda centrada no impresso
❖ Falta de conhecimento do digital
❖ Falta de investimento econômico
❖ Retorno econômico ainda baixo
30. Livros infantis
❖ Nova linguagem?
❖ Novo modo de aprender?
❖ Quais linguagens podem ser desfrutadas no
digital?
❖ Unir a materialidade do digital com as
dinâmicas relacionadas aos livros infantis
31.
32. App ou e-book
❖ Um App é um software (programa) que
funciona em um sistema operativo
❖ usa os recursos do sistema operativo e
do hardware
35. ePub3 com layout fixo
❖ Formato padrão que pode ser transversal
aos suportes de leitura
❖ Utiliza padrões da web (HTML, CSS e
XML)
❖ Utiliza o recurso de posizionamento fixo
36. Recursos
❖ Interatividades (histórias interativas)
❖ Animações
❖ Sons, músicas, vídeo
❖ Leitura em alta voz
❖ Acessibilidade (fontes para disléxicos)
❖ Interação com o device
37. Produção
❖ Integração entre história e desenho
❖ Animações dizem mais sobre o texto
❖ Equilíbrio entre leitura textual, sonora e visiva
❖ Leitura como ponto central (não é um game)