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O livro e a leitura na
perspectiva da sociedade
contemporânea
Dra. Gabrielle Francinne Tanus
Professora do Departamento de Ciência da Informação (UFRN)
gfrancinne@gmail.com
Natal/ 2018
• Definição: Um livro é um conjunto de folhas de papel ou de qualquer outro
material semelhante que, uma vez encadernadas, formam um volume. De
acordo com a UNESCO, um livro deve conter pelo menos 50 folhas. Caso
contrário, é considerado um folheto.
• Pesquisa de 2010, pela Google - 129.864.880 livros publicados. Crescimento
exponencial.
• Livros eletrônicos (e-book) não diminuiu a publicação do livro impresso, este,
na verdade, aumentou.
• A indústria editorial é uma das mais importante entre as indústrias de
conteúdo (primeira – televisão), gera, nível global 150 bilhões de dólares.
• Google – digitalização de livros – projeto Google books - Empresa particular
que digitaliza livros do mundo todo – monopólio do conhecimento.
Livros que caíram em domínio público - corresponde uma quantidade muito inferior
diante das publicações de séculos de história, sobretudo as publicações recentes.
De onde provém estes livros?
Das bibliotecas - preservam, organizam e disseminam o conhecimento!
Devemos lembrar que cada país tem sua legislação acerca do direito autoral (No Brasil
são 70 anos da morte do autor). Devemos respeitar a legislação, e o trabalho do autor e
do editor! Pirataria é crime!
Art. 184. Violar direitos de autor e os que lhe são conexos: (Redação dada pela Lei nº 10.695, de 1º.7.2003)
Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, ou multa.
No Brasil, o governo brasileiro lançou, em 2004, o Portal Domínio Público, inicialmente
com 500 obras, incluindo a obra completa de Machado de Assis e de José de Alencar.
Hoje mais de 200 mil obras, 100 mil downloads.
Desconstruções...
Livro como um conceito, uma ideia, para além do objeto retangular e em papel.
É uma falácia achar que todos tem acesso ao livro, que todos podem comprar.
É uma falácia achar que tudo está na internet e o ambiente é seguro.
É uma falácia achar que o ambiente da internet é livre, e que todos tem acesso à internet.
É uma falácia achar que o ambiente na internet é organizado e verdadeiro.
A internet está sujeita à manipulação e informações falsas (Fake News).
A internet é transitória, constantemente os motores de busca são alterados. Modificando seu
acesso e visibilidade de informação. Internet é uma enxurrada de informações não
qualificadas.
A digitalização não substitui o impresso, ela possibilita ainda mais a preservação e o acesso,
mas não dispensa o documento. E não são concorrentes. São aliadas.
A Internet complementa e facilita a vida de usuários e bibliotecários, mas não substitui seus
profissionais e nem as bibliotecas.
Bibliotecas
• Bibliotecas são instituições públicas, físicas ou não, com papel social,
visam o acesso à informação, nota-se, informação, isto é, para além
do livro.
• Promovem a democratização do conhecimento, por meio dos diversos
suportes e formatos (acesso a múltiplos discursos).
• Bibliotecas são instituições seguras (para permanência do sujeito,
acesso às informações e as tecnologias), são organizadas (processos
de seleção, aquisição, organização, disponibilização).
• Bibliotecas são estáveis (não estão sujeitas às pressões do mercado).
• Bibliotecas armazenam e preservam o patrimônio cultural, os bens
bibliográficos.
• Bibliotecas são espaços de socialização, de encontro, de diálogo, de
trocas de conhecimentos e experiências.
• Bibliotecas são instituições de memória coletiva e individual de um
nação. (sempre foram atacadas ao longo de sua história, ou esquecidas
por determinados governos).
• Bibliotecas têm poder de compra coletiva (livros e periódicos).
• Bibliotecas são berço da democracia. (Uma verdadeira democracia
requer a participação de uma sociedade bem informada).
• Bibliotecas adaptam as mudanças históricas e culturais.
• Bibliotecas são instituições milenares...com uma trajetória histórica....
“Humanos ainda são relevantes para os humanos” (Dora Steimer)
Antiguidade
A escrita marca a transição da pré-história para a Antiguidade.
Necessidade do registro do conhecimento para a humanidade.
Memoria oral tornou-se insuficiente diante do crescimento das cidades e da solidez da palavra
escrita.
Tabuinhas de argila – conteúdo administrativo e econômico. Papiro – escrita hierográfica.
Papiro advém da planta - rolo ou volumen em que o leitor deve segurar com as duas mãos para
poder desenrolá-la, fazendo aparecer trechos distribuídos em colunas. Não é possível, por exemplo,
que um autor escreva ao mesmo tempo que lê (os leitores são aqueles autorizados, privilegiados).
Exemplos: Bibliotecas de Ebla, Ninive, Alexandria (mais famosa), Egito, século III a.C. Centro de produção do conhecimento.
Escriba
Outro suporte: Pedra
Código de Hamurábi, datado do século XVIII a.C. região de Mesopotâmia. É um monumento talhado
em rocha de sobre o qual se dispõem 46 colunas de escrita cuneiforme acádica. Seu texto expõe as
leis e punições caso não sejam respeitadas, legislando sobre matérias muito variadas.
Museu do Louvre, na sala 3 do
Departamento de Antiguidades
Orientais.
282 leis em 3600 linhas
Idade Média
Suporte: Pergaminho - um material feito da pele de um animal (geralmente cabra, carneiro,
cordeiro ou ovelha)
Formato: Códice – folhas dobradas e costuradas, formando os cadernos (percursos do livro).
Possibilitava a escrita dos dois lados da folha e a liberação das mãos para à escrita, os
comentários nos textos.
Centros de confecção de livros nos scriptorium (mosteiros, conventos).
Manuscritos possuem uma série de características que lhe são próprias (ilustração, iluminuras,
letras capitulares, letra gótica, latim etc).
Prática de leitura silenciosa se difunde com esse
formato. Antes a leitura em voz alta predominava nos templos
da metrópole e a quantidade de livros favoreceu um maior
acesso (ainda restrito).
Uma leitura intensiva (a quantidade ainda era restrita), mais
profunda e particular era a relação com os livros.
Na baixa Idade Média a leitura silenciosa se faz presente nas
bibliotecas universitárias.
Idade Moderna
Gutenberg – tipos de metais e reutilizáveis. Dispersão e difusão da imprensa. 1ª explosão bibliográfica.
Livro impresso – dos mosteiros às oficinas tipográficas. A demanda pela escrita deu lugar a um
suporte menos dispendioso e trabalhoso, o papel. O papel na verdade existe desde a Antiguidade na
China, mas foi em razão das rotas comerciais que ele chega na Europa e passa a ser a principal
matéria prima.
Bíblia de Gutenberg, ou a Bíblia de 42 linhas (1455) – incunábulo.
O livro impresso demorou um
século para se firmar, imitava-
se o códex manuscrito.
Leitura extensiva: o leitor
consome muitos e variados impressos;
a leitura passa a ser com rapidez e de
modo pouco profundo – revolução da
leitura – século XVIII – aumento de
livros e leitores, ainda mais forte.
Idade Contemporânea
Revolução industrial e francesa – nascem as bibliotecas públicas. Voltadas para a educação e
alfabetização da classe trabalhadora.
No século XX, escala industrial do livro.
As bibliotecas especializadas, centros de documentação, bibliotecas universitárias, bibliotecas
escolares, bibliotecas nacionais, bibliotecas comunitárias, bibliotecas especializadas (tipologia
de bibliotecas – com diferentes missões.
Tecnologias de informação e comunicação - Livros eletrônicos.
“a inscrição do texto na tela cria uma distribuição, uma organização,
uma estruturação do texto que não é de modo algum a mesma com a
qual se defrontava o leitor do livro em rolo da Antiguidade ou o leitor
medieval, moderno e contemporâneo do manuscrito ou impresso”
(CHARTIER, 1998, p. 12).
Antes da constituição da rede WWW, já preocupávamos (Biblioteconomia e Documentação)
com a organização do conhecimento em escala mundial! Com a localização e acesso, menos
com a posse.
Paul Otlet (1868-1944) / Mundaneum: a internet em fichas de papel
Início do
Século XX
A revolução do texto eletrônico será, ela também,
uma revolução da leitura. Ler num monitor
não é o mesmo que ler num códice. Se é verdade
que abre possibilidades novas e imensas, a
representação eletrônica dos textos modifica
totalmente a condição destes: à materialidade do
livro, ela substitui a imaterialidade de textos sem
lugar próprio;
As relações de contiguidade estabelecidas no
objeto impresso, ela opõe a livre composição de
fragmentos indefinidamente manipuláveis; à
apreensão imediata da totalidade da obra,
viabilizada pelo objeto que a contém, ela faz
suceder a navegação de muito longo curso, por
arquipélagos textuais sem beira nem limites
(CHARTIER, 1998)
Livro - como uma produção intelectual humana, da ordem do sujeito e do coletivo –
sujeito é um ser social.
Materialidade do livro – sentido de
permanência, de eternizar o pensamento
para outras gerações.
Cada um dos suportes e formatos trazem
vantagens e desvantagens.
O melhor sistema de preservação que já se
inventou é o papel, mas todos tem uma duração.
“bits se degradam com o passar do tempo,
documentos podem se perder no
ciberespaço por conta da obsolescência da
mídia em que estão registrados” (Robert
Darnton).
Leitura: livro eletrônico proporcionará “um conforto extraordinário”, como no caso do
“magistrado que levará mais confortavelmente para sua casa as 25 mil páginas de um processo
em curso se elas estiverem na memória de um e-book”, mas continuam a se perguntar se “mesmo
com a tecnologia mais bem adaptada às exigências da leitura, será viável ler Guerra e Paz num e-
book” (2010, p. 17). O tipo de leitura, o conteúdo importa, nesta relação leitor e leitura.
A aceleração digital fragmenta o tempo disponível para os livros, para a leitura literária. E a
literatura, vale lembrar que ela tem o potencial de humanização, de desenvolvimento do
pensamento crítico, da empatia, da imaginação.
Memória: se todos os livros forem digitais, e os formatos de suporte mudam a cada ano, de que
vai adiantar um arqueólogo futuro encontrar um pen drive com toda a Biblioteca de Alexandria
dentro se as máquinas futuras dele não conseguirem ler aquilo? Com o livro digital, jamais teremos
os "Manuscritos do Mar Morto" digitais para sacudir a história dos livros (Nayla Campos de
Alencar).
“não há sinais de que as novas tecnologias da
comunicação estejam contribuindo para a troca
de informações culturais consistentes e
significativas”.
“o que se vê é uma proliferação de dados
superficiais, relativos a todas as áreas e todas
as culturas, embalados em invólucros,
vendáveis e perecíveis na memória dos
usuários” (PERRONE,1998, p. 204).
Mais que nunca os bibliotecários e as bibliotecas tornaram imprescindíveis na sociedade da
informação, sociedade do conhecimento, sociedade em rede, sociedade do aprendizado,
sociedade pós-industrial.
Sociedade em que vivemos – transição, de convívio do analógico e do digital. As coisas não
precisam acabar para o outro surgir. Não faltam precisões sobre o futuro do livro, as quais não
foram concretizadas.
Vivemos numa sociedade marcada pelas desigualdades: sociais, econômicas, e, de acesso à
informação e às tecnologias!
Brasil apresenta-se ainda sob essas características, e com taxas de analfabetismo, e que vale
lembrar no RN é maior que a média nacional, e sem acesso às bibliotecas (escolares e públicas).
Pesquisa Retratos da leitura no Brasil (2016): 44% da população brasileira não lê ("Leitor" é quem
leu, inteiro ou em partes, pelo menos um livro nos últimos 3 meses);
4% das pessoas que já leram um livro digital o fizeram num aparelho dedicado, os chamados e-
readers; 59% dos entrevistados nunca tinham ouvido falar em e-book.
Bibliotecas são indispensáveis à população, a todos! E não uma minoria!
Missão da biblioteca é atender às
necessidades de sua comunidade e não
ser simplesmente um local cheio de
materiais. Bibliotecas devem promover o
desenvolvimento das comunidades,
facilitando a criação do conhecimento,
independe do suporte ou formato, que
irão sempre mudar ao longo do
desenvolvimento das sociedades.
Possibilitam acesso (à informação e às
tecnologias); fornecem capacitações
(treinamentos e cursos de capacitação de
competência informacional);
proporcionam um ambiente seguro (de
permanência e de informação);
motivação para aprender, Potência para
o turismo....
O rádio continuou a viver apesar da TV, o cinema ainda tem alta demanda
apesar do vídeo, as pessoas ainda falam no telefone apesar do e-mail.
Pessoas que gostam de livros de papel continuarão a ler livros de papel
mesmo se downloads móveis induzir a maioria dos editores a liberarem e-
books ao invés de papel. Afinal, uma imensa reserva de livros impressos
ainda será acessível aos leitores. Aonde quer que as bibliotecas se
enquadrem ao supor que e-books móveis realmente substituam os livros
impressos, a presença da biblioteca digital continuará a ser extremamente
importante, seja baseada em papel ou eletronicamente. (33 motivos porque
bibliotecas e bibliotecários se mantém extremamente importante).
"A biblioteca não está em via de destruir-se: nós é que estamos em relação a ela".
Os livros sempre estarão nas bibliotecas à espera de novos leitores.
(PERRONE, 1998, p. 209).
"Uma biblioteca digital é onde o passado encontra o presente e cria o futuro."
Dr. Avul Pakir Jainulabdeen Abdul Kalam
Consideração...
Fim do livro é previsão apocalíptica.
Fim das bibliotecas implica um fim dos leitores.
Se os livros e as bibliotecas acabarem...retrato de nós como humanidade também
acabaremos, ou seja, todos nós fracassamos culturalmente.
Bibliotecários não são ameaçados pela internet, nós acompanhamos as mudanças,
nós juntamente construímos as bibliotecas com as tecnologias e com vocês .
O fim do bibliotecário eu diria é daquele organizador de livros, que não se coloca como
um intelectual, mas como um técnico apenas centrado em um “paradigma do balcão”.
“Bibliotecas ruins somente criam acervos. Boas bibliotecas criam serviços. Grandes
bibliotecas constroem comunidades” (David Lankes).
Bibliotecas modificam vidas!
As bibliotecas tem a ver com liberdade. A liberdade de ler, a liberdade de ideias, a
liberdade de comunicação, liberdade de imaginação (Neil Gaiman).
Todos nós temos a obrigação de demandar e apoiar as bibliotecas!
Todos nós devemos encorajar as pessoas a usarem as bibliotecas, um espaço livre e
democrático, de formação de leitores ao desenvolvimento de pesquisas qualificadas.
“Se você não valoriza bibliotecas então você não valoriza informação ou
cultura ou sabedoria. Você está silenciando as vozes do passado e você
está prejudicando o futuro, contribuindo inclusive para a violência”. (Neil
Gaiman).
Obrigada!

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O livro, a leitura e as bibliotecas na sociedade contemporânea

  • 1. O livro e a leitura na perspectiva da sociedade contemporânea Dra. Gabrielle Francinne Tanus Professora do Departamento de Ciência da Informação (UFRN) gfrancinne@gmail.com Natal/ 2018
  • 2.
  • 3. • Definição: Um livro é um conjunto de folhas de papel ou de qualquer outro material semelhante que, uma vez encadernadas, formam um volume. De acordo com a UNESCO, um livro deve conter pelo menos 50 folhas. Caso contrário, é considerado um folheto. • Pesquisa de 2010, pela Google - 129.864.880 livros publicados. Crescimento exponencial. • Livros eletrônicos (e-book) não diminuiu a publicação do livro impresso, este, na verdade, aumentou. • A indústria editorial é uma das mais importante entre as indústrias de conteúdo (primeira – televisão), gera, nível global 150 bilhões de dólares. • Google – digitalização de livros – projeto Google books - Empresa particular que digitaliza livros do mundo todo – monopólio do conhecimento.
  • 4. Livros que caíram em domínio público - corresponde uma quantidade muito inferior diante das publicações de séculos de história, sobretudo as publicações recentes. De onde provém estes livros? Das bibliotecas - preservam, organizam e disseminam o conhecimento! Devemos lembrar que cada país tem sua legislação acerca do direito autoral (No Brasil são 70 anos da morte do autor). Devemos respeitar a legislação, e o trabalho do autor e do editor! Pirataria é crime! Art. 184. Violar direitos de autor e os que lhe são conexos: (Redação dada pela Lei nº 10.695, de 1º.7.2003) Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, ou multa. No Brasil, o governo brasileiro lançou, em 2004, o Portal Domínio Público, inicialmente com 500 obras, incluindo a obra completa de Machado de Assis e de José de Alencar. Hoje mais de 200 mil obras, 100 mil downloads.
  • 5. Desconstruções... Livro como um conceito, uma ideia, para além do objeto retangular e em papel. É uma falácia achar que todos tem acesso ao livro, que todos podem comprar. É uma falácia achar que tudo está na internet e o ambiente é seguro. É uma falácia achar que o ambiente da internet é livre, e que todos tem acesso à internet. É uma falácia achar que o ambiente na internet é organizado e verdadeiro. A internet está sujeita à manipulação e informações falsas (Fake News). A internet é transitória, constantemente os motores de busca são alterados. Modificando seu acesso e visibilidade de informação. Internet é uma enxurrada de informações não qualificadas. A digitalização não substitui o impresso, ela possibilita ainda mais a preservação e o acesso, mas não dispensa o documento. E não são concorrentes. São aliadas. A Internet complementa e facilita a vida de usuários e bibliotecários, mas não substitui seus profissionais e nem as bibliotecas.
  • 6. Bibliotecas • Bibliotecas são instituições públicas, físicas ou não, com papel social, visam o acesso à informação, nota-se, informação, isto é, para além do livro. • Promovem a democratização do conhecimento, por meio dos diversos suportes e formatos (acesso a múltiplos discursos). • Bibliotecas são instituições seguras (para permanência do sujeito, acesso às informações e as tecnologias), são organizadas (processos de seleção, aquisição, organização, disponibilização). • Bibliotecas são estáveis (não estão sujeitas às pressões do mercado).
  • 7. • Bibliotecas armazenam e preservam o patrimônio cultural, os bens bibliográficos. • Bibliotecas são espaços de socialização, de encontro, de diálogo, de trocas de conhecimentos e experiências. • Bibliotecas são instituições de memória coletiva e individual de um nação. (sempre foram atacadas ao longo de sua história, ou esquecidas por determinados governos). • Bibliotecas têm poder de compra coletiva (livros e periódicos). • Bibliotecas são berço da democracia. (Uma verdadeira democracia requer a participação de uma sociedade bem informada). • Bibliotecas adaptam as mudanças históricas e culturais. • Bibliotecas são instituições milenares...com uma trajetória histórica.... “Humanos ainda são relevantes para os humanos” (Dora Steimer)
  • 8. Antiguidade A escrita marca a transição da pré-história para a Antiguidade. Necessidade do registro do conhecimento para a humanidade. Memoria oral tornou-se insuficiente diante do crescimento das cidades e da solidez da palavra escrita. Tabuinhas de argila – conteúdo administrativo e econômico. Papiro – escrita hierográfica. Papiro advém da planta - rolo ou volumen em que o leitor deve segurar com as duas mãos para poder desenrolá-la, fazendo aparecer trechos distribuídos em colunas. Não é possível, por exemplo, que um autor escreva ao mesmo tempo que lê (os leitores são aqueles autorizados, privilegiados).
  • 9. Exemplos: Bibliotecas de Ebla, Ninive, Alexandria (mais famosa), Egito, século III a.C. Centro de produção do conhecimento. Escriba
  • 10. Outro suporte: Pedra Código de Hamurábi, datado do século XVIII a.C. região de Mesopotâmia. É um monumento talhado em rocha de sobre o qual se dispõem 46 colunas de escrita cuneiforme acádica. Seu texto expõe as leis e punições caso não sejam respeitadas, legislando sobre matérias muito variadas. Museu do Louvre, na sala 3 do Departamento de Antiguidades Orientais. 282 leis em 3600 linhas
  • 11. Idade Média Suporte: Pergaminho - um material feito da pele de um animal (geralmente cabra, carneiro, cordeiro ou ovelha) Formato: Códice – folhas dobradas e costuradas, formando os cadernos (percursos do livro). Possibilitava a escrita dos dois lados da folha e a liberação das mãos para à escrita, os comentários nos textos. Centros de confecção de livros nos scriptorium (mosteiros, conventos).
  • 12. Manuscritos possuem uma série de características que lhe são próprias (ilustração, iluminuras, letras capitulares, letra gótica, latim etc).
  • 13. Prática de leitura silenciosa se difunde com esse formato. Antes a leitura em voz alta predominava nos templos da metrópole e a quantidade de livros favoreceu um maior acesso (ainda restrito). Uma leitura intensiva (a quantidade ainda era restrita), mais profunda e particular era a relação com os livros. Na baixa Idade Média a leitura silenciosa se faz presente nas bibliotecas universitárias.
  • 14. Idade Moderna Gutenberg – tipos de metais e reutilizáveis. Dispersão e difusão da imprensa. 1ª explosão bibliográfica. Livro impresso – dos mosteiros às oficinas tipográficas. A demanda pela escrita deu lugar a um suporte menos dispendioso e trabalhoso, o papel. O papel na verdade existe desde a Antiguidade na China, mas foi em razão das rotas comerciais que ele chega na Europa e passa a ser a principal matéria prima. Bíblia de Gutenberg, ou a Bíblia de 42 linhas (1455) – incunábulo. O livro impresso demorou um século para se firmar, imitava- se o códex manuscrito. Leitura extensiva: o leitor consome muitos e variados impressos; a leitura passa a ser com rapidez e de modo pouco profundo – revolução da leitura – século XVIII – aumento de livros e leitores, ainda mais forte.
  • 15. Idade Contemporânea Revolução industrial e francesa – nascem as bibliotecas públicas. Voltadas para a educação e alfabetização da classe trabalhadora. No século XX, escala industrial do livro. As bibliotecas especializadas, centros de documentação, bibliotecas universitárias, bibliotecas escolares, bibliotecas nacionais, bibliotecas comunitárias, bibliotecas especializadas (tipologia de bibliotecas – com diferentes missões. Tecnologias de informação e comunicação - Livros eletrônicos. “a inscrição do texto na tela cria uma distribuição, uma organização, uma estruturação do texto que não é de modo algum a mesma com a qual se defrontava o leitor do livro em rolo da Antiguidade ou o leitor medieval, moderno e contemporâneo do manuscrito ou impresso” (CHARTIER, 1998, p. 12).
  • 16. Antes da constituição da rede WWW, já preocupávamos (Biblioteconomia e Documentação) com a organização do conhecimento em escala mundial! Com a localização e acesso, menos com a posse. Paul Otlet (1868-1944) / Mundaneum: a internet em fichas de papel Início do Século XX
  • 17. A revolução do texto eletrônico será, ela também, uma revolução da leitura. Ler num monitor não é o mesmo que ler num códice. Se é verdade que abre possibilidades novas e imensas, a representação eletrônica dos textos modifica totalmente a condição destes: à materialidade do livro, ela substitui a imaterialidade de textos sem lugar próprio; As relações de contiguidade estabelecidas no objeto impresso, ela opõe a livre composição de fragmentos indefinidamente manipuláveis; à apreensão imediata da totalidade da obra, viabilizada pelo objeto que a contém, ela faz suceder a navegação de muito longo curso, por arquipélagos textuais sem beira nem limites (CHARTIER, 1998)
  • 18. Livro - como uma produção intelectual humana, da ordem do sujeito e do coletivo – sujeito é um ser social. Materialidade do livro – sentido de permanência, de eternizar o pensamento para outras gerações. Cada um dos suportes e formatos trazem vantagens e desvantagens. O melhor sistema de preservação que já se inventou é o papel, mas todos tem uma duração. “bits se degradam com o passar do tempo, documentos podem se perder no ciberespaço por conta da obsolescência da mídia em que estão registrados” (Robert Darnton).
  • 19. Leitura: livro eletrônico proporcionará “um conforto extraordinário”, como no caso do “magistrado que levará mais confortavelmente para sua casa as 25 mil páginas de um processo em curso se elas estiverem na memória de um e-book”, mas continuam a se perguntar se “mesmo com a tecnologia mais bem adaptada às exigências da leitura, será viável ler Guerra e Paz num e- book” (2010, p. 17). O tipo de leitura, o conteúdo importa, nesta relação leitor e leitura. A aceleração digital fragmenta o tempo disponível para os livros, para a leitura literária. E a literatura, vale lembrar que ela tem o potencial de humanização, de desenvolvimento do pensamento crítico, da empatia, da imaginação. Memória: se todos os livros forem digitais, e os formatos de suporte mudam a cada ano, de que vai adiantar um arqueólogo futuro encontrar um pen drive com toda a Biblioteca de Alexandria dentro se as máquinas futuras dele não conseguirem ler aquilo? Com o livro digital, jamais teremos os "Manuscritos do Mar Morto" digitais para sacudir a história dos livros (Nayla Campos de Alencar).
  • 20. “não há sinais de que as novas tecnologias da comunicação estejam contribuindo para a troca de informações culturais consistentes e significativas”. “o que se vê é uma proliferação de dados superficiais, relativos a todas as áreas e todas as culturas, embalados em invólucros, vendáveis e perecíveis na memória dos usuários” (PERRONE,1998, p. 204).
  • 21.
  • 22. Mais que nunca os bibliotecários e as bibliotecas tornaram imprescindíveis na sociedade da informação, sociedade do conhecimento, sociedade em rede, sociedade do aprendizado, sociedade pós-industrial. Sociedade em que vivemos – transição, de convívio do analógico e do digital. As coisas não precisam acabar para o outro surgir. Não faltam precisões sobre o futuro do livro, as quais não foram concretizadas. Vivemos numa sociedade marcada pelas desigualdades: sociais, econômicas, e, de acesso à informação e às tecnologias! Brasil apresenta-se ainda sob essas características, e com taxas de analfabetismo, e que vale lembrar no RN é maior que a média nacional, e sem acesso às bibliotecas (escolares e públicas). Pesquisa Retratos da leitura no Brasil (2016): 44% da população brasileira não lê ("Leitor" é quem leu, inteiro ou em partes, pelo menos um livro nos últimos 3 meses); 4% das pessoas que já leram um livro digital o fizeram num aparelho dedicado, os chamados e- readers; 59% dos entrevistados nunca tinham ouvido falar em e-book. Bibliotecas são indispensáveis à população, a todos! E não uma minoria!
  • 23. Missão da biblioteca é atender às necessidades de sua comunidade e não ser simplesmente um local cheio de materiais. Bibliotecas devem promover o desenvolvimento das comunidades, facilitando a criação do conhecimento, independe do suporte ou formato, que irão sempre mudar ao longo do desenvolvimento das sociedades. Possibilitam acesso (à informação e às tecnologias); fornecem capacitações (treinamentos e cursos de capacitação de competência informacional); proporcionam um ambiente seguro (de permanência e de informação); motivação para aprender, Potência para o turismo....
  • 24. O rádio continuou a viver apesar da TV, o cinema ainda tem alta demanda apesar do vídeo, as pessoas ainda falam no telefone apesar do e-mail. Pessoas que gostam de livros de papel continuarão a ler livros de papel mesmo se downloads móveis induzir a maioria dos editores a liberarem e- books ao invés de papel. Afinal, uma imensa reserva de livros impressos ainda será acessível aos leitores. Aonde quer que as bibliotecas se enquadrem ao supor que e-books móveis realmente substituam os livros impressos, a presença da biblioteca digital continuará a ser extremamente importante, seja baseada em papel ou eletronicamente. (33 motivos porque bibliotecas e bibliotecários se mantém extremamente importante). "A biblioteca não está em via de destruir-se: nós é que estamos em relação a ela". Os livros sempre estarão nas bibliotecas à espera de novos leitores. (PERRONE, 1998, p. 209). "Uma biblioteca digital é onde o passado encontra o presente e cria o futuro." Dr. Avul Pakir Jainulabdeen Abdul Kalam
  • 25. Consideração... Fim do livro é previsão apocalíptica. Fim das bibliotecas implica um fim dos leitores. Se os livros e as bibliotecas acabarem...retrato de nós como humanidade também acabaremos, ou seja, todos nós fracassamos culturalmente. Bibliotecários não são ameaçados pela internet, nós acompanhamos as mudanças, nós juntamente construímos as bibliotecas com as tecnologias e com vocês . O fim do bibliotecário eu diria é daquele organizador de livros, que não se coloca como um intelectual, mas como um técnico apenas centrado em um “paradigma do balcão”. “Bibliotecas ruins somente criam acervos. Boas bibliotecas criam serviços. Grandes bibliotecas constroem comunidades” (David Lankes). Bibliotecas modificam vidas!
  • 26. As bibliotecas tem a ver com liberdade. A liberdade de ler, a liberdade de ideias, a liberdade de comunicação, liberdade de imaginação (Neil Gaiman). Todos nós temos a obrigação de demandar e apoiar as bibliotecas! Todos nós devemos encorajar as pessoas a usarem as bibliotecas, um espaço livre e democrático, de formação de leitores ao desenvolvimento de pesquisas qualificadas. “Se você não valoriza bibliotecas então você não valoriza informação ou cultura ou sabedoria. Você está silenciando as vozes do passado e você está prejudicando o futuro, contribuindo inclusive para a violência”. (Neil Gaiman). Obrigada!