Este documento apresenta um trabalho sobre educação patrimonial realizado na Escola Nanzio Magalhães no município de Feijó, Acre. O trabalho teve como objetivo despertar os alunos do 8o ano sobre a importância do patrimônio cultural local, particularmente o artesanato, por meio de oficinas. Primeiramente, foi realizado um mapeamento dos principais itens do artesanato de Feijó. Posteriormente, as oficinas foram aplicadas na escola, onde os alunos produziram itens artesanais e
Proposta da ACR "Pedras Soltas" para a dinamização e valorização do rico Património arquitectónico, paisagístico e cultural existente no Concelho de Porto de Mós, distrito de Leiria.
13 de Maio de 2009
Este documento apresenta uma proposta de educação patrimonial para instrumentalizar educadores e instituições sobre a valorização do patrimônio cultural de Mato Grosso. A proposta inclui uma cartilha com princípios da metodologia de educação patrimonial e atividades para escolas, comunidades e espaços públicos com o objetivo de sensibilizar sobre a preservação do patrimônio cultural.
O documento descreve um projeto de educação patrimonial desenvolvido com alunos do 6o ano de uma escola em Tangará da Serra, MT. O projeto teve como objetivo sensibilizar os estudantes sobre a importância do patrimônio histórico e cultural na formação da identidade de um povo, levando-os a refletir e valorizar os bens culturais por meio de atividades práticas como visitas, pesquisas e expressões artísticas.
Projeto de Educação Patrimonial - levantamento e criação acervo museológicoMuriel Pinto
Este documento descreve um projeto para realizar um levantamento e doação de acervo museológico sobre o contexto histórico e cultural de Lajeado-RS. O projeto tem como objetivos inventariar fontes históricas locais, realizar doações para instituições culturais, elaborar exposições, e contribuir para a educação patrimonial de estudantes. A metodologia inclui revisar conceitos, buscar parcerias, levantar acervo, estudar o contexto das fontes, fazer exposições, doar acervo e
Palestra sobre Educação Patrimonial, principais conceitos, objetivos e metodologia de aplicação, com fotos sobre mapeamento cultural realizado em Anapurus - MA
Este documento apresenta os resultados de pesquisas arqueológicas e históricas realizadas em Seropédica, RJ para um empreendimento imobiliário. As pesquisas identificaram vestígios arqueológicos e contribuíram para o conhecimento da história da região, desde os primeiros povos até a fazenda de Santa Cruz dos séculos 17-19. O documento explica conceitos como meio ambiente cultural, patrimônio cultural material e imaterial, e a importância da preservação do patrimônio históric
Este documento discute como as referências culturais podem servir como base para a educação patrimonial, evitando visões caricaturizadas da diversidade cultural. Ele propõe que os projetos de educação patrimonial levem em conta os diferentes sentidos atribuídos pelos grupos sociais aos bens culturais, diagnosticando e documentando referências culturais locais de forma coletiva.
Proposta da ACR "Pedras Soltas" para a dinamização e valorização do rico Património arquitectónico, paisagístico e cultural existente no Concelho de Porto de Mós, distrito de Leiria.
13 de Maio de 2009
Este documento apresenta uma proposta de educação patrimonial para instrumentalizar educadores e instituições sobre a valorização do patrimônio cultural de Mato Grosso. A proposta inclui uma cartilha com princípios da metodologia de educação patrimonial e atividades para escolas, comunidades e espaços públicos com o objetivo de sensibilizar sobre a preservação do patrimônio cultural.
O documento descreve um projeto de educação patrimonial desenvolvido com alunos do 6o ano de uma escola em Tangará da Serra, MT. O projeto teve como objetivo sensibilizar os estudantes sobre a importância do patrimônio histórico e cultural na formação da identidade de um povo, levando-os a refletir e valorizar os bens culturais por meio de atividades práticas como visitas, pesquisas e expressões artísticas.
Projeto de Educação Patrimonial - levantamento e criação acervo museológicoMuriel Pinto
Este documento descreve um projeto para realizar um levantamento e doação de acervo museológico sobre o contexto histórico e cultural de Lajeado-RS. O projeto tem como objetivos inventariar fontes históricas locais, realizar doações para instituições culturais, elaborar exposições, e contribuir para a educação patrimonial de estudantes. A metodologia inclui revisar conceitos, buscar parcerias, levantar acervo, estudar o contexto das fontes, fazer exposições, doar acervo e
Palestra sobre Educação Patrimonial, principais conceitos, objetivos e metodologia de aplicação, com fotos sobre mapeamento cultural realizado em Anapurus - MA
Este documento apresenta os resultados de pesquisas arqueológicas e históricas realizadas em Seropédica, RJ para um empreendimento imobiliário. As pesquisas identificaram vestígios arqueológicos e contribuíram para o conhecimento da história da região, desde os primeiros povos até a fazenda de Santa Cruz dos séculos 17-19. O documento explica conceitos como meio ambiente cultural, patrimônio cultural material e imaterial, e a importância da preservação do patrimônio históric
Este documento discute como as referências culturais podem servir como base para a educação patrimonial, evitando visões caricaturizadas da diversidade cultural. Ele propõe que os projetos de educação patrimonial levem em conta os diferentes sentidos atribuídos pelos grupos sociais aos bens culturais, diagnosticando e documentando referências culturais locais de forma coletiva.
Este documento apresenta um projeto de educação patrimonial sobre patrimônio, preservação e turismo com ênfase na história de Nova Friburgo. A primeira aula define o que é patrimônio, distinguindo entre patrimônio individual e coletivo.
O documento descreve o processo de preservação do patrimônio cultural de uma cidade, incluindo a formação de um Conselho Municipal, a realização de inventários e o tombamento de bens. Josefina explica para Maria o funcionamento deste sistema, desde a seleção de bens a serem preservados até as vantagens do tombamento para a comunidade.
Este projeto teve como objetivo ensinar aos alunos sobre o patrimônio histórico-cultural de Belém através de experiências diretas com artefatos culturais e visitas a museus históricos da cidade. Os alunos construíram o conceito de patrimônio cultural e aprenderam a importância da preservação da memória histórica local.
O documento discute sobre espaços de memória, patrimônio, territórios e educação patrimonial. Apresenta conceitos de memória, história e lugar de memória segundo Pierre Nora. Também define território, povos e comunidades tradicionais e discute a territorialidade destes grupos. Explana sobre patrimônio cultural material e imaterial e exemplos brasileiros reconhecidos pela UNESCO. Por fim, define educação patrimonial e seus objetivos.
O documento apresenta a proposta de Educação Patrimonial no âmbito do Programa Mais Educação do Ministério da Educação. O objetivo é sensibilizar estudantes sobre a importância de conhecer, valorizar e preservar o patrimônio cultural brasileiro, por meio de atividades que identifiquem as referências culturais presentes na escola e em sua região. A escolha da atividade dará direito a recursos como câmeras fotográficas, gravadores e verba para inventariar o patrimônio local por me
O documento discute o projeto "Abordagens Históricas" que visa estabelecer uma data oficial para a fundação da cidade de Jaraguá-GO. O projeto se baseia em pesquisas anteriores que apontam o ano de 1736 como a data de descobrimento da cidade, baseado em um documento histórico do século 18. O projeto tem o objetivo de corrigir distorções causadas pela ausência de uma data oficial e estabelecer 1736 como a data de fundação de Jaraguá.
INSTITUTO FEDERAL DE SANTA CATARINA, Campus Garopaba.
HISTÓRIA, MEMÓRIA, PATRIMÔNIO E IDENTIDADE
Professor Viegas Fernandes da Costa
Material produzido para o componente curricular “História Local” do curso de Condutor Ambiental de Garopaba.
Março de 2014.
O documento descreve três espaços observados: (1) Museu das Culturas Dom Bosco, que preserva a cultura dos povos indígenas da região Centro-Oeste do Brasil; (2) Museu de Zoologia da USP, que abriga uma das maiores coleções zoológicas da América Latina; (3) Casa Museu da Pessoa, que preserva histórias de vida de pessoas comuns para valorizar a diversidade cultural.
O documento discute o patrimônio material e imaterial, abordando conceitos como patrimônio cultural, memória, história oral e formas de preservação como tombamento e registro. Exemplos de patrimônio cultural brasileiro reconhecido pela UNESCO e pelo IPHAN também são apresentados.
O documento discute o patrimônio material e imaterial, mencionando: 1) A comissão do IFSC que realizou pesquisa sobre o patrimônio de Garopaba; 2) Exemplos de patrimônio cultural, histórico e paisagístico em Garopaba; 3) A importância da memória e da história oral para compreender o patrimônio.
O documento discute a identidade cultural e os marcos de memória de uma comunidade. A identidade cultural inclui tradições, festas, costumes e hábitos compartilhados que refletem a sabedoria e o caráter de um povo. Marcos de memória podem ser materiais, como museus, ou imateriais, como festas religiosas, que representam aspectos do patrimônio cultural de uma comunidade.
O documento discute a importância da história local e regional no ensino de história. Ele explora três vetores que influenciaram a diminuição das diferenças regionais ao longo dos séculos, como o desenvolvimento da economia global e a consolidação dos estados modernos. Também aborda como a história regional pode ser ensinada de forma a reconhecer semelhanças, diferenças e transformações no presente e passado da localidade dos alunos.
O documento apresenta o conceito de memória e patrimônio. A memória é definida como uma construção psíquica e intelectual que representa seletivamente o passado de um indivíduo inserido em um contexto social e cultural. O patrimônio está relacionado a bens transmitidos entre gerações e ligados à identidade e cultura de uma coletividade.
Este documento apresenta a proposta de Educação Patrimonial no âmbito do Programa Mais Educação do Ministério da Educação. A atividade visa estimular os estudantes a observarem, identificarem e pesquisarem os aspectos culturais do seu território por meio de inventários dos bens culturais locais. O documento explica os conceitos de patrimônio cultural, educação patrimonial e a importância de valorizar as referências culturais próximas à escola.
O documento descreve um projeto educativo sobre patrimônio cultural realizado por alunos do 5o ano da Escola Municipal Presidente Tancredo de Almeida Neves em Capinópolis-MG em 2013, que incluiu apresentação de vídeos sobre patrimônio cultural brasileiro, visita a bens culturais locais como o Casarão do fundador da cidade e a Praça João Moreira de Souza, e palestra sobre a preservação do patrimônio cultural e a Banda Municipal Santa Cecília.
O documento discute o tema patrimônio histórico em um seminário sobre memória e ensino de história. Ele define patrimônio histórico e descreve os tipos de patrimônio material, imaterial e ambiental. Também discute a importância da preservação do patrimônio e da educação patrimonial.
a) O documento discute conceitos como espaço de memória, patrimônio, território e educação do campo. Espaços de memória preservam a história através de vestígios do passado. Patrimônio cultural inclui tradições e bens materiais e imateriais de uma sociedade. Territórios são espaços delimitados por comunidades tradicionais. A educação do campo valoriza a identidade cultural desses grupos.
MEMÓRIA E PATRIMÔNIO HISTÓRICO: ALAVANCAS PARA UMA APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVAPedagogiapibid
Este documento discute o ensino de história nos anos iniciais por meio da educação patrimonial e do uso de patrimônios históricos. Ele apresenta um projeto desenvolvido com alunos da 4a série onde eles fotografam patrimônios históricos de Londrina. O documento também discute conceitos de educação patrimonial e patrimônio histórico e como eles podem ser usados para tornar o ensino de história mais significativo para os alunos e ajudá-los a compreender melhor a história
Este documento discute a importância da arte na educação brasileira desde os tempos pré-históricos. A arte sempre esteve presente em todas as culturas como forma de expressão e comunicação, permitindo conhecer aspectos da evolução humana e organização social. O documento defende que o ensino da arte precede outras formas de leitura e escrita, uma vez que a capacidade de criar imagens nas cavernas já representava uma forma primitiva de linguagem. A arte na educação é relevante para o desenvolvimento humano desde os primórdios.
Este documento apresenta uma pesquisa sobre as compreensões dos professores da Escola Centro Experimental Rural de Torrões acerca do ensino da arte no Ensino Fundamental I. A pesquisa utilizou questionários, observação e entrevistas com os professores para identificar suas visões sobre a arte, sua importância no ensino e os desafios de ensinar arte no Ensino Fundamental I. Os resultados mostraram diferentes níveis de compreensão sobre arte entre os professores e a necessidade de mais recursos e autonomia para o ensino da disciplina.
Este documento apresenta um projeto de educação patrimonial sobre patrimônio, preservação e turismo com ênfase na história de Nova Friburgo. A primeira aula define o que é patrimônio, distinguindo entre patrimônio individual e coletivo.
O documento descreve o processo de preservação do patrimônio cultural de uma cidade, incluindo a formação de um Conselho Municipal, a realização de inventários e o tombamento de bens. Josefina explica para Maria o funcionamento deste sistema, desde a seleção de bens a serem preservados até as vantagens do tombamento para a comunidade.
Este projeto teve como objetivo ensinar aos alunos sobre o patrimônio histórico-cultural de Belém através de experiências diretas com artefatos culturais e visitas a museus históricos da cidade. Os alunos construíram o conceito de patrimônio cultural e aprenderam a importância da preservação da memória histórica local.
O documento discute sobre espaços de memória, patrimônio, territórios e educação patrimonial. Apresenta conceitos de memória, história e lugar de memória segundo Pierre Nora. Também define território, povos e comunidades tradicionais e discute a territorialidade destes grupos. Explana sobre patrimônio cultural material e imaterial e exemplos brasileiros reconhecidos pela UNESCO. Por fim, define educação patrimonial e seus objetivos.
O documento apresenta a proposta de Educação Patrimonial no âmbito do Programa Mais Educação do Ministério da Educação. O objetivo é sensibilizar estudantes sobre a importância de conhecer, valorizar e preservar o patrimônio cultural brasileiro, por meio de atividades que identifiquem as referências culturais presentes na escola e em sua região. A escolha da atividade dará direito a recursos como câmeras fotográficas, gravadores e verba para inventariar o patrimônio local por me
O documento discute o projeto "Abordagens Históricas" que visa estabelecer uma data oficial para a fundação da cidade de Jaraguá-GO. O projeto se baseia em pesquisas anteriores que apontam o ano de 1736 como a data de descobrimento da cidade, baseado em um documento histórico do século 18. O projeto tem o objetivo de corrigir distorções causadas pela ausência de uma data oficial e estabelecer 1736 como a data de fundação de Jaraguá.
INSTITUTO FEDERAL DE SANTA CATARINA, Campus Garopaba.
HISTÓRIA, MEMÓRIA, PATRIMÔNIO E IDENTIDADE
Professor Viegas Fernandes da Costa
Material produzido para o componente curricular “História Local” do curso de Condutor Ambiental de Garopaba.
Março de 2014.
O documento descreve três espaços observados: (1) Museu das Culturas Dom Bosco, que preserva a cultura dos povos indígenas da região Centro-Oeste do Brasil; (2) Museu de Zoologia da USP, que abriga uma das maiores coleções zoológicas da América Latina; (3) Casa Museu da Pessoa, que preserva histórias de vida de pessoas comuns para valorizar a diversidade cultural.
O documento discute o patrimônio material e imaterial, abordando conceitos como patrimônio cultural, memória, história oral e formas de preservação como tombamento e registro. Exemplos de patrimônio cultural brasileiro reconhecido pela UNESCO e pelo IPHAN também são apresentados.
O documento discute o patrimônio material e imaterial, mencionando: 1) A comissão do IFSC que realizou pesquisa sobre o patrimônio de Garopaba; 2) Exemplos de patrimônio cultural, histórico e paisagístico em Garopaba; 3) A importância da memória e da história oral para compreender o patrimônio.
O documento discute a identidade cultural e os marcos de memória de uma comunidade. A identidade cultural inclui tradições, festas, costumes e hábitos compartilhados que refletem a sabedoria e o caráter de um povo. Marcos de memória podem ser materiais, como museus, ou imateriais, como festas religiosas, que representam aspectos do patrimônio cultural de uma comunidade.
O documento discute a importância da história local e regional no ensino de história. Ele explora três vetores que influenciaram a diminuição das diferenças regionais ao longo dos séculos, como o desenvolvimento da economia global e a consolidação dos estados modernos. Também aborda como a história regional pode ser ensinada de forma a reconhecer semelhanças, diferenças e transformações no presente e passado da localidade dos alunos.
O documento apresenta o conceito de memória e patrimônio. A memória é definida como uma construção psíquica e intelectual que representa seletivamente o passado de um indivíduo inserido em um contexto social e cultural. O patrimônio está relacionado a bens transmitidos entre gerações e ligados à identidade e cultura de uma coletividade.
Este documento apresenta a proposta de Educação Patrimonial no âmbito do Programa Mais Educação do Ministério da Educação. A atividade visa estimular os estudantes a observarem, identificarem e pesquisarem os aspectos culturais do seu território por meio de inventários dos bens culturais locais. O documento explica os conceitos de patrimônio cultural, educação patrimonial e a importância de valorizar as referências culturais próximas à escola.
O documento descreve um projeto educativo sobre patrimônio cultural realizado por alunos do 5o ano da Escola Municipal Presidente Tancredo de Almeida Neves em Capinópolis-MG em 2013, que incluiu apresentação de vídeos sobre patrimônio cultural brasileiro, visita a bens culturais locais como o Casarão do fundador da cidade e a Praça João Moreira de Souza, e palestra sobre a preservação do patrimônio cultural e a Banda Municipal Santa Cecília.
O documento discute o tema patrimônio histórico em um seminário sobre memória e ensino de história. Ele define patrimônio histórico e descreve os tipos de patrimônio material, imaterial e ambiental. Também discute a importância da preservação do patrimônio e da educação patrimonial.
a) O documento discute conceitos como espaço de memória, patrimônio, território e educação do campo. Espaços de memória preservam a história através de vestígios do passado. Patrimônio cultural inclui tradições e bens materiais e imateriais de uma sociedade. Territórios são espaços delimitados por comunidades tradicionais. A educação do campo valoriza a identidade cultural desses grupos.
MEMÓRIA E PATRIMÔNIO HISTÓRICO: ALAVANCAS PARA UMA APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVAPedagogiapibid
Este documento discute o ensino de história nos anos iniciais por meio da educação patrimonial e do uso de patrimônios históricos. Ele apresenta um projeto desenvolvido com alunos da 4a série onde eles fotografam patrimônios históricos de Londrina. O documento também discute conceitos de educação patrimonial e patrimônio histórico e como eles podem ser usados para tornar o ensino de história mais significativo para os alunos e ajudá-los a compreender melhor a história
Este documento discute a importância da arte na educação brasileira desde os tempos pré-históricos. A arte sempre esteve presente em todas as culturas como forma de expressão e comunicação, permitindo conhecer aspectos da evolução humana e organização social. O documento defende que o ensino da arte precede outras formas de leitura e escrita, uma vez que a capacidade de criar imagens nas cavernas já representava uma forma primitiva de linguagem. A arte na educação é relevante para o desenvolvimento humano desde os primórdios.
Este documento apresenta uma pesquisa sobre as compreensões dos professores da Escola Centro Experimental Rural de Torrões acerca do ensino da arte no Ensino Fundamental I. A pesquisa utilizou questionários, observação e entrevistas com os professores para identificar suas visões sobre a arte, sua importância no ensino e os desafios de ensinar arte no Ensino Fundamental I. Os resultados mostraram diferentes níveis de compreensão sobre arte entre os professores e a necessidade de mais recursos e autonomia para o ensino da disciplina.
O ENSINO DA ARTE NA PRIMEIRA SÉRIE DO ENSINO MÉDIO EM XAPURI.Vis-UAB
1. O documento discute o ensino da arte na primeira série do ensino médio em Xapuri, Acre. A autora realizou uma pesquisa sobre o assunto como trabalho de conclusão de curso no Instituto de Artes da Universidade de Brasília.
2. A autora justifica a pesquisa devido à falta de valorização da arte nas escolas e dificuldades na execução do ensino da arte conforme a legislação. Ela investiga a prática do ensino de arte em uma escola de Xapuri para confrontar a teoria com a realidade.
Este capítulo apresenta um resumo da trajetória do ensino de arte na história brasileira, desde os primórdios até os dias atuais. A arte sempre esteve presente na vida do ser humano, ajudando na compreensão do mundo. Ao longo do tempo, a arte foi modificando seu significado de acordo com os objetivos de cada época. Na modernidade, os conhecimentos científicos tornaram-se fundamentais e a razão se tornou o pilar da sociedade capitalista. Assim, a escola passou a ter como função a trans
O Papel da Arte no Processo de Ensino-Aprendizagem De Crianças Com Necessidad...Vis-UAB
Este documento discute o papel da arte no processo de ensino-aprendizagem de crianças com necessidades educacionais especiais. A autora observou durante seu estágio que a arte pode ajudar no desenvolvimento de habilidades cognitivas e motoras destes alunos. Ela propõe que a arte torne o aprendizado mais produtivo e facilitado quando adaptada à realidade dos estudantes. O objetivo é refletir sobre como a arte pode promover a inclusão destas crianças na sociedade.
Este documento discute a atuação do Núcleo Aroeira de Arte no Centro Cultural Ceciliano de Carvalho na cidade de Senhor do Bonfim, Bahia, com foco na arte-educação. O trabalho apresenta a história do grupo Aroeira e sua metodologia de atuação por meio de teatro e arte-educação nas escolas e na comunidade.
A Escola Municipal de Ensino Fundamental Padre Pedro Serrão desenvolve diversos projetos para promover a educação e a cidadania, como o Intervalo Dirigido, Projeto Simplesmente Mulher, festa junina, comemorações do mês de agosto e Semana da Criança. O documento também destaca a participação da escola no Desfile Cívico e sua vitória no concurso da Prefeitura de Melhor Projeto Interdisciplinar.
O ENSINO DA XILOGRAVURA PARA ALUNOS DO 7º ANO NA ESCOLA NÂNZIO MAGALHÃES EM F...Vis-UAB
Este documento descreve uma pesquisa sobre o ensino da xilogravura para alunos do 7o ano na Escola Nânzio Magalhães em Feijó. O documento discute a importância da arte no currículo escolar e na formação do indivíduo, e como o ensino da xilogravura pode contribuir para o desenvolvimento da criatividade dos alunos. A pesquisa inclui uma revisão da literatura sobre arte educação e a história da xilogravura.
Este documento discute o papel das artes visuais na educação de alunos surdos. A autora argumenta que as artes visuais podem ajudar alunos surdos a se expressarem e comunicarem de maneiras que não dependem da audição. Ela propõe o uso de histórias em quadrinhos em sala de aula como uma atividade que pode estimular a criatividade dos alunos e ajudá-los a compreender melhor as lições. A autora também discute como as artes visuais podem ajudar a incluir alunos sur
Este documento descreve um projeto desenvolvido na escola E.E.E.F Silvério da Costa Novo São José do Norte em 2005 que teve como objetivo revelar a história da comunidade escolar para os alunos da 8a série. O projeto utilizou atividades como pesquisa, oficinas e debates para ajudar os alunos a conhecerem melhor a história e cultura local e refletirem sobre suas próprias vidas e perspectivas futuras. Uma avaliação inicial mostrou que o projeto contribuiu para mudanças positivas
Este documento descreve um projeto desenvolvido na escola E.E.E.F Silvério da Costa Novo São José do Norte em 2005 que teve como objetivo revelar a história da comunidade escolar para os alunos da 8a série. O projeto utilizou atividades como pesquisa, oficinas e debates para ajudar os alunos a conhecerem melhor a história e cultura local e refletirem sobre suas próprias vidas e perspectivas futuras. Um resultado positivo observado foi o início da mudança nas atitudes dos alunos
Este documento descreve um projeto desenvolvido na escola E.E.E.F Silvério da Costa Novo São José do Norte em 2005 que teve como objetivo revelar a história da comunidade escolar para os alunos da 8a série. O projeto utilizou atividades como pesquisa, oficinas e debates para ajudar os alunos a conhecerem melhor a história e cultura local e refletirem sobre suas próprias vidas e perspectivas futuras. Uma avaliação inicial mostrou que o projeto contribuiu para mudanças positivas
Implantação do ensino da arte na educaçãoerlonmoreira
A Rede Municipal de Educação de Tubarão implantou o ensino de arte na Educação
Infantil no ano de 2010, como componente curricular oportunizando aos educadores
e estudantes de arte da cidade, a reflexão sobre as necessidades para a qualidade
desse ensino. Surge então o problema desta pesquisa que investiga de que forma
os professores da Rede Municipal de Tubarão estão trabalhando o ensino da arte no
momento da inclusão desta disciplina como componente curricular na Educação
Infantil? Parti então para uma pesquisa de campo através de entrevistas com
gestores na Secretaria de Educação do município e questionários para as
professoras de arte com o objetivo de investigar como está acontecendo à
implantação da disciplina de arte. Os dados foram analisados sob uma abordagem
qualitativa, com base na pesquisa bibliográfica que trouxe questões referentes à
criança na escola, falando do papel do professor e da instituição escolar perante o
ensino da arte na Educação Infantil. Este estudo aborda também o histórico da
Educação Infantil no Município de Tubarão destacando o surgimento da idéia da
implantação do ensino de arte nesse nível. Ao analisar os dados percebe-se a
grande dificuldade que ainda se tem em relação ao ensino de arte para a criança e a
necessidade de investir na formação continuada dos profissionais da educação.
Este documento apresenta uma pesquisa sobre o uso de cantigas de roda na educação infantil. Ele discute como as cantigas de roda podem contribuir para o processo de ensino-aprendizagem e analisa sua influência no desenvolvimento cultural e no cotidiano das crianças. A pesquisa utilizou métodos qualitativos como observação, entrevistas e diários para entender as percepções dos alunos, pais e professora sobre o impacto da música.
Este guia apresenta atividades de educação patrimonial para professores. O documento discute o que é patrimônio individual, coletivo e cultural, e como preservá-los. Três professoras descrevem como o curso de educação patrimonial as ajudou a entender melhor esses conceitos e como aplicá-los em sala de aula. O guia fornece ideias e recursos para ensinar estudantes sobre a importância de preservar a história e cultura de sua comunidade.
Este capítulo discute como a cultura popular está contemplada no currículo da Escola Municipal Almiro José da Silva em Itiúba, Bahia. Apresenta que:
1) O currículo historicamente privilegiou a cultura européia marginalizando outras culturas. Isso porque era movido por intenções de transmissão da cultura dominante.
2) É necessário trabalhar a cultura popular em sala de aula levando em conta sua miscigenação, mas os materiais didáticos ainda não abordam adequadamente esta cultura.
3) A cultura popular
Este documento apresenta um trabalho de conclusão de curso de três alunos do curso de licenciatura em história sobre a utilização do museu como extensão da sala de aula. O trabalho descreve o acervo e as atividades educativas do Museu de Arqueologia e Etnologia da USP e defende a integração de visitas a museus no ensino de história para tornar as aulas mais atraentes e significativas para os alunos.
Este documento apresenta um projeto de pesquisa sobre o Projeto Baú de Leitura e seus impactos no desenvolvimento da leitura entre beneficiários do PETI. O texto contextualiza a leitura no Brasil, destacando como ela foi historicamente negada às classes populares. Apresenta também o Projeto Baú de Leitura como uma alternativa para democratizar o acesso aos livros. O referencial teórico analisa conceitos como leitura, contação de histórias e o próprio projeto. A metodologia utiliza questionário, entrevista
CONTRIBUIÇÕES DAS MULHERES ARTESÃS DE XAPURI NO AMBIENTE ESCOLAR.Vis-UAB
Este documento discute a contribuição das mulheres artesãs de Xapuri no ambiente escolar. A autora propõe uma oficina nas escolas onde as artesãs ensinariam técnicas de cestaria com palha de milho e também reforçariam a conscientização ambiental dos alunos. A oficina visaria aproximar a teoria da arte aprendida na escola com a prática do artesanato local, beneficiando tanto as artesãs quanto os alunos.
1) A Escola Indígena Manoel Francisco dos Santos receberá equipes de educação dos estados do Ceará e Bahia para conhecer o modelo de educação escolar indígena Kanindé.
2) A Escola Indígena Kanindé teve 16% de seus alunos ingressarem na universidade neste ano, mostrando os resultados dos esforços para melhorar o aprendizado.
3) A Escola Indígena Kanindé recebeu visitas da CREDE para acompanhar o novo projeto de disciplinas e conversar sobre os desafios e compromiss
Semelhante a A Educação Patrimonial na Escola Nanzio Magalhães (20)
ANÁLISE DOS RECURSOS DIDÁTICOS USADOS NAS AULAS DE ARTES NAS 5ª E 6ª SÉRIES D...Vis-UAB
Este documento apresenta uma revisão histórica do ensino de artes no Brasil desde a chegada dos colonizadores portugueses até os dias atuais. O autor descreve que o primeiro registro de ensino de atividades artísticas data de um regimento elaborado por Dom João III no século XVI, que visava à formação de trabalhadores para a construção civil. Ao longo do processo de colonização, as artes estavam ligadas principalmente à igreja. A vinda da família real propiciou uma maior preocupação com o ensino das artes,
Este documento apresenta um trabalho de conclusão de curso sobre a linguagem da arte no contexto educativo. Ele discute como as atividades artísticas podem ser aplicadas em sala de aula para promover a inclusão social, a integração e a autoestima dos alunos. O documento também aborda o conceito de arteterapia e como ela pode ser aplicada no ambiente escolar.
DANÇA: ENCONTRO COM A ARTE E SEUS REFLEXOS NA EDUCAÇÃO .Vis-UAB
O documento descreve uma oficina de tango realizada com alunos de Educação de Jovens e Adultos. A oficina teve como objetivo mostrar a dança como uma forma de arte capaz de promover o desenvolvimento pessoal dos alunos, despertando sentimentos e integrando-os por meio da expressão corporal. A oficina foi dividida em quatro aulas com conteúdo teórico sobre a história e importância do tango, seguido de exercícios práticos para aprender passos básicos e viver a experiência da dan
O DESENHO COMO FORMA DE MANIFESTAÇÃO ARTÍSTICA NA PENITENCIÁRIA EVARISTO DE M...Vis-UAB
1. O documento trata de um trabalho de conclusão de curso sobre o desenho como forma de expressão artística na Penitenciária Evaristo de Moraes em Sena Madureira, Acre.
2. O autor realizou uma pesquisa sobre a história do desenho e sua importância ao longo dos tempos, além de conduzir oficinas de desenho com os presos da unidade prisional.
3. Os resultados apontaram que o desenho é uma forma de expressão muito utilizada pelos presos para manifestar suas vivências no cárc
Fotografia e Educação Ambiental na escola Raimundo Magalhães .Vis-UAB
1. O documento apresenta o trabalho de conclusão de curso de Marcelo Teles de Matos da Silva sobre fotografia e educação ambiental na escola Raimundo Magalhães em Sena Madureira, Acre.
2. O trabalho teve como objetivo promover maior interação com a sociedade escolar em relação ao ambiente e comunidade, percebendo a fotografia como meio de expressão e comunicação social.
3. O autor realizou atividades fotográficas com os alunos, analisou registros produzidos e comparou
A IMPORTÂNCIA DAS TECNOLOGIAS CONTEMPORÂNEAS PARA O ENSINO DE ARTE Vis-UAB
Este documento resume uma oficina interdisciplinar realizada com estudantes do Ensino Médio utilizando o software GIMP. A oficina teve como objetivo investigar se o computador facilita a aprendizagem de Artes e se o uso do GIMP desperta o interesse pela disciplina. Os estudantes realizaram releituras de obras do artista Romero Britto utilizando ferramentas do GIMP. Os resultados demonstraram que o computador e o software motivaram os estudantes e contribuíram para uma aprendizagem significativa.
O museu virtual e a arte acriana na educação, a partir do percurso criativo d...Vis-UAB
1. O documento descreve um trabalho de conclusão de curso sobre museus virtuais e a arte de Darci Seles.
2. O trabalho será um blog que apresenta a vida e obra do artista plástico Darci Seles de Rio Branco, Acre para fins educacionais.
3. O blog terá informações biográficas sobre Seles, fotos de suas obras e poderá se expandir no futuro para incluir outros artistas locais.
A INSERÇÃO DO PROGRAMA GIMP NO CONTEXTO DA ESCOLA DR. DJALMA DA CUNHA BATISTAVis-UAB
1. O documento discute a inserção do programa GIMP no ensino de artes visuais na Escola Dr. Djalma da Cunha Batista, com o objetivo de utilizar o software como recurso pedagógico e estimular a criatividade dos alunos.
2. A autora realizou uma atividade prática com alunos do ensino médio utilizando o GIMP e aplicou um questionário para avaliar a contribuição do programa para a aprendizagem.
3. Os resultados indicaram que o uso de ferramentas do GIMP facilita a apre
FESTA JUNINA COMO MANIFESTAÇÃO DA CULTURA POPULAR INSERIDA NO ENSINO DE ARTES...Vis-UAB
Este trabalho investiga como a festa junina é abordada nas aulas de arte nas escolas de ensino fundamental II do município de Tarauacá. Analisa porque os professores não utilizam este evento culturalmente rico e propõe abordá-lo como elemento visual e cultural, e não apenas para fins lucrativos. Também discute como a obra do artista Alfredo Volpi representou a festa junina e sugere usar pigmentos naturais regionais na confecção de bandeirinhas juninas para desenvolver habilidades artísticas dos alunos.
O CINEMA COMO MANIFESTAÇÃO ARTÍSTICA NA EDUCAÇÃO PELO OLHAR NO MUNICÍPIO DE T...Vis-UAB
1. O documento discute o cinema como manifestação artística na educação pelo olhar no município de Tarauacá.
2. A educação pelo olhar e o cinema como forma de contribuir para a melhoria qualitativa do ensino de Artes no município são abordados.
3. Questionários e entrevistas com alunos, educadores e a comunidade serão aplicados para compreender perspectivas sobre o uso do cinema na educação.
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1. O documento descreve a arte seringueira como recurso pedagógico no Ensino Fundamental. Apresenta a arte seringueira acreana e seus aspectos históricos, incluindo arquitetura vernácula, arte em látex, experiência de uma artesã seringueira, arte em sementes e associações de artesãos.
2. A proposta pedagógica consiste em aplicar atividades sobre a arte seringueira para alunos do 6o ano usando imagens, mostruário de matéria-prima e relat
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Este documento descreve uma pesquisa sobre a utilização de tintas naturais no ensino de artes visuais para alunos do 7o ano em Brasiléia, AC. O trabalho teve como objetivo identificar pigmentos e aglutinantes naturais da região e experimentar seu uso na produção de tintas, valorizando a cultura local. A metodologia incluiu pesquisa, coleta e preparo de materiais para fabricação de tintas, que foram aplicadas em aulas práticas com os alunos.
O COTIDIANO DO TRABALHO EM CRUZEIRO DO SUL A PARTIR DA OBRA DO PINTOR DE MURA...Vis-UAB
1. O documento discute uma proposta de ensino de artes para o ensino médio a partir da análise das pinturas de murais do artista local Ary em Cruzeiro do Sul.
2. A observação das obras de Ary pelos estudantes permitirá conhecer as formas de trabalho e sobrevivência do homem amazônico, estabelecendo relações com as obras de Portinari.
3. A cultura visual presente nas obras de Ary e Portinari desperta a sensibilidade dos estudantes para questões sociais e culturais, contribu
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NÃO AO BULLYING: UMA EXPERIÊNCIA COM ALUNOS DO 8º. ANO DO CURSO SUPLETIVO
A Educação Patrimonial na Escola Nanzio Magalhães
1. UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL
UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA
INSTITUTO DE ARTES
DEPARTAMENTO DE ARTES VISUAIS
Maria Luceilma de Freitas Mourão
A Educação Patrimonial na Escola Nanzio Magalhães
Feijó
Setembro de 2011
2. Maria Luceilma de Freitas Mourão
A Educação Patrimonial na Escola Nanzio Magalhães
Trabalho apresentado para a Disciplina: Trabalho
de Conclusão de Curso como requisito parcial de
aprovação na disciplina.
Professor Orientador: Dr. Emerson Dionísio
Gomes de Oliveira
Professora tutora: Sofia Lorena Vargas Antezana
Feijó
Setembro de 2011
3. Dedico esse Trabalho de Conclusão de Curso aos
meus pais, meu esposo e meus filhos,
companheiros de todas as horas, que muito me
ajudaram e incentivaram ao longo do Curso de
Licenciatura em Artes Visuais.
4. AGRADECIMENTOS
A Deus, por todas as vitórias ao longo deste curso;
Ao Dr. Emerson Dionísio Gomes de Oliveira, meu orientador;
A Sofia Lorena Vargas Antezana, minha co-orientadora;
Aos meus pais e meus irmãos pelas orações e pelo incentivo ao longo do curso;
Ao meu esposo Francisco de Assis Fernandes Sampaio, pelo apoio e pela
compreensão;
Aos meus filhos, pelo desprendimento e compreensão;
A Raimunda Nonata Ferro Dourado, pela disponibilidade e ajuda no mapeamento
dos patrimônios de Feijó/Acre;
Ao Nivaldo Rodrigues da Silva, meu primeiro tutor presencial que comtemplou de
perto meus primeiros desafios acadêmicos;
A tutora presencial Maria Mirnes Soriano de Oliveira, que nos últimos meses tem
feito um excelente acompanhamento em minha trajetória acadêmica;
Ao Francisco da Silva, coordenador do pólo de Feijó Acre, pelo apoio ao longo do
curso;
Aos meus professores da UAB/UnB e aos tutores a distância que contribuíram com
sabedoria em minha formação, me ajudaram muito a crescer profissionalmente;
A todos os meus colegas pelo companheirismo ao longo destes quatro anos.
5. Bem-aventurado o homem que acha
sabedoria, e o homem que adquire
conhecimento;
Provérbios 3.13
6. RESUMO
Este trabalho é o resultado da pesquisa sobre Educação Patrimonial
trabalhada na Escola Nanzio Magalhães no município de Feijó. O tema escolhido,
como parte do Trabalho de Conclusão de Curso, teve como objetivo, despertar e
conscientizar os alunos do 8º ano “A” da Escola Nanzio Magalhães acerca da
educação patrimonial como um instrumento de valorização e compartilhamento da
identidade local, visando desenvolver a cidadania, pois entendemos que a cultura e
a memória de um povo são os fios que tecem o tecido social e cultural.
Palavras-Chaves: Patrimônio cultural, oficina, artesanato.
7. LISTA DE IMAGENS
Imagem 01 - Esculturas de animais em madeira.......................................................18
Imagem 02 - Esculturas em madeira..........................................................................19
Imagem 03 - Vasos de argila......................................................................................20
Imagem 04 - Esculturas feitas com argila..................................................................22
Imagem 05 - Ritual dos índios cantando, dançando e pintando................................23
Imagem 06 - Antônio Babosa Ferreira de 90 anos e família......................................24
Imagem 07 - Professor Huni Kui Byxku......................................................................24
Imagem 08 - Cocar.....................................................................................................25
Imagem 09 - Colares de sementes............................................................................26
Imagem 10 - Flechas artesanais ...............................................................................27
Imagem 11 - Lança de Paxiúba .................................................................................28
Imagem 12 - Chocalho de cabaça..............................................................................29
Imagem 13 - Tecelagem.............................................................................................30
Imagem 14 - Apresentação da Oficina.......................................................................31
Imagem 15 - Desenhos dos Patrimônios públicos de Feijó.......................................33
Imagem 16 - Produção dos alunos do 8º ano “A”......................................................34
Imagem 17- Professores respondendo o questionário...............................................37
8. SUMÁRIO
INTRODUÇÃO...........................................................................................................09
CAPÍTULO 1: Educação Patrimonial.........................................................................11
1.1 O que é Patrimônio..............................................................................................11
1.2 Patrimônio na Escola...........................................................................................13
1.3 Artesanato como Patrimônio................................................................................15
CAPÍTULO 2: Artesanato na Escola Nanzio Magalhães do Município de Feijó......17
2.1 Mapeamento do Artesanato em Feijó..................................................................17
2.2 . Aplicação da Oficina de Artesanato na Escola Nanzio Magalhães...................31
2. 3 Avaliação das Oficinas de Artesanato.................................................................35
3. CONSIDERAÇOES FINAIS...................................................................................39
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................................................41
ANEXOS.....................................................................................................................42
9.
10. 9
INTRODUÇÂO
Diante de algumas observações sobre a cultura de Feijó e a nossa paixão
pelas artes, e pelos monumentos, pelas tradições, pelos lugares de memória
decidimos, fazer o Trabalho de Conclusão de Curso com o tema: educação
patrimonial na Escola Nanzio Magalhães.
Feijó é uma cidade pequena, mas com uma riqueza cultural muito grande. A
fim de valorizarmos a cultura e a memória dos cidadãos de Feijó, o presente
trabalho tem como objetivo despertar e conscientizar os alunos do 8º ano “A” da
Escola de Ensino Fundamental Nanzio Magalhães acerca da Educação Patrimonial
como um instrumento de revitalização e compartilhamento da identidade local.
Conhecendo a importância do artesanato como terapia ocupacional, algo nos
chamou atenção em Feijó, pois ao longo do curso de Licenciatura em Artes Visuais,
em várias pesquisas de campo, percebemos a ausência de trabalhos artesanais na
cidade principalmente nas instituições governamentais, como por exemplo, abrigos
de menores, associações de mulheres, hospital e até mesmo nas escolas.
Perguntamo-nos se essa ausência de artesanato é por falta de artesãos? Talvez não
seja a falta de artesãos, mas a existência de pouca preservação dos traços culturais
bem como pela falta de trabalhos que visem preservar os saberes e os fazeres,
impedindo que o artesanato permaneça visível.
Diante dos fatos, acreditamos que a Educação Patrimonial é um dos
caminhos para que a sociedade de Feijó em um futuro, bem próximo, possa
valorizar cada vez mais a cultura local. Nesse sentido, a justificativa para a escolha
do tema deste trabalho é despertar e conscientizar os alunos para a memória local,
por meio da Educação Patrimonial, visando desenvolver a cidadania. Entendemos
que a cultura e a memória de um povo são os fios que tecem o tecido social e
cultural. Esse tecido liga as pessoas em torno de um sentimento de pertencimento,
de algo em comum, configurando a identidade de um povo. Por sua vez, a
identidade é fator essencial para a construção da cidadania. Nada mais apropriado
do que trabalhar a cidadania por meio da arte e de oficinas.
O patrimônio histórico faz reviver no presente, elementos do passado que em
sua maioria são constituídos por diversas culturas. Por meio da Educação
Patrimonial os alunos e a escola analisada terão subsídios para iniciarem o trabalho
11. 10
de revalorização dos lugares de memória de Feijó e com isso, construir as
identidades individuais e coletivas dessa cidade. Portanto, é interessante indagar
um pouco sobre os conhecimentos que os alunos do 8º ano ”A” da Escola Nanzio
Magalhães têm sobre a cultura, a arte local, entre elas, o artesanato. Desse modo,
as oficinas de Educação Patrimonial trabalhadas nessa escola terão como objetivo
despertar não apenas a curiosidade sobre as artes existentes em Feijó, mas,
sobretudo, identificar, conhecer e valorizar a cultura de Feijó.
Para realizar esse trabalho, encontramos algumas dificuldades. A principio
tínhamos em mente somente a falta de valorização do artesanato em Feijó.
Percebemos que a ausência de trabalhos artesanais não se dá pela inexistência de
artesãos. Diante dos fatos, das discussões sobre o assunto com os colegas e de
conversas com a Professora Sofia Lorena Vargas Antezana somadas às pesquisas
e leituras de vários textos, chegamos a conclusão que para chegarmos futuramente
a um ponto positivo sobre a valorização e a preservação da cultura Feijoense, os
educadores precisarão despertar para a importância de trabalhar nas escolas, a
questão da Educação Patrimonial. Será um dos caminhos para que a sociedade de
Feijó venha no futuro bem próximo valorizar o artesanato e a cultura local. Assim,
vamos trabalhar pela primeira vez uma oficina sobre Educação Patrimonial na
Escola Nanzio Magalhães e esperamos alcançar um ótimo resultado.
12. 11
CAPÍTULO 1
Educação Patrimonial
Para incentivar a valorização de nossa riqueza cultural é importante trabalhar
a Educação Patrimonial nas escolas. Por meio desta pesquisa acreditamos que a
Educação Patrimonial é o alfabeto cultural que instrumentaliza nossas crianças,
estimulando a conhecer e valorizar nossa cultura.
A Educação Patrimonial é um instrumento de “alfabetização cultural” que
possibilita ao indivíduo fazer a leitura do mundo que o rodeia, levando-o à
compreensão do universo sociocultural e da trajetória histórico-temporal, em
que está inserido. Este processo leva o reforço da auto-estima dos
indivíduos e comunidades e à valorização da cultura brasileira,
compreendida como múltipla e cultural. (HORTA, 1999, apud PASTORE,
s/a, p.1).
1.1 O que é Patrimônio
Esse trabalho nos estimulou bastante a conhecer mais sobre o patrimônio,
pois a principio pensávamos que se referia somente a bens materiais. Porém, ao
pesquisar e estudar mais sobre o tema “Educação Patrimonial”, podemos perceber
que o termo patrimônio vai além desse conhecimento estabelecido a priori e que há
muito que se saber sobre o tema, e aquilo que se relaciona ao patrimônio imaterial.
O Patrimônio Imaterial é transmitido de geração em geração e
constantemente recriado pelas comunidades e grupos em função de seu
ambiente, de sua interação com a natureza e de sua história, gerando um
sentimento de identidade e continuidade, contribuindo assim para promover
o respeito à diversidade cultural e à criatividade humana. IPHAN (Instituto
do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional).
13. 12
Mesmo estudando sobre o que é patrimônio, nos questionamos: como definir
o que é Educação Patrimonial e patrimônio cultural? Ao pesquisar mais sobre isso
finalmente encontramos no IPHAN a resposta para esclarecer melhor o assunto.
Toda vez que as pessoas se reúnem para construir e dividir novos
conhecimentos, investigam pra conhecer melhor, entender e transformar a
realidade que nos cerca, estamos falando de uma ação educativa. Quando
fazemos tudo isso levando em conta alguma coisa que tenha relação ao
com nosso patrimônio cultural, então estamos falando de Educação
Patrimonial! IPHAN, (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional).
Diante da citação do IPHAN, Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico
Nacional pode se entender que Educação Patrimonial é uma:
Ação educativa sobre o patrimônio cultural, que nos possibilita conhecer
melhor o meio em que vivemos, apreciando, analisando, entendendo e
valorizando os patrimônios culturais de nossa região. IPHAN, (Instituto do
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional).
Ainda na busca da definição do que é Patrimônio tomamos como base o
Programa de Pós Graduação Profissionalizante em Patrimônio Cultural (PPGPPC),
da Universidade Federal de Santa Maria, o qual define “Patrimônio Cultural” dizendo
que:
É o conjunto de bens materiais e/ou imateriais, que contam a história de um
povo através de seus costumes, comidas típicas, religiões, lendas, cantos,
danças, linguagem superstições, rituais, festas. Uma das principais fontes
de patrimônio cultural está nos sítios arqueológicos que revelam a história
de civilizações antiqüíssimas. Através do patrimônio cultural é possível
conscientizar os indivíduos, proporcionando aos mesmos a aquisição de
conhecimentos para a compreensão da história local, adequando-os à sua
própria história. Daí a sua importância. (PPGPPC, Programa de Pós
Graduação Profissionalizante em Patrimônio Cultural, 2009, p. 1).
Lendo e relendo vemos o quanto é importante valorizar os patrimônios
culturais, pois como vemos na citação acima é “através do patrimônio cultural” que o
indivíduo se conscientiza acerca da importância da história do seu povo e de sua
própria história no contexto educacional e histórico.
O conhecimento de patrimônio cultural e memória é importante na
construção da identidade, sendo também de fundamental importância para
a herança coletiva repassada as gerações futuras, permitindo assim,
estabelecer relação entre passado, presente e futuro. (SILVA, Giselda
Shirley da. História e Memória. Guia de Estudos. Paracatu: Faculdade do
Noroeste de Minas, 2008. p. 81).
14. 13
É importante para cada cidadão saber sobre sua raiz, de como era a vivência
cultural de seus ancestrais e se possível analisar as diferenças, ou seja, os diversos
momentos históricos através de registros para assim valorizar a si mesmo e não
perder de vista sua identidade cultural.
A cultura e a memória de um povo são os pontos centrais de união e
identidade, os responsáveis pelos fios que tecem o delicado tecido social e
cultural que ligam as pessoas em torno de um senso comum de
compartilhamento e identidade, fator essencial para a construção da
cidadania. (SILVA, Giselda Shirley da. História e Memória. Guia de
Estudos. Paracatu: Faculdade do Noroeste de Minas, 2008. p. 80).
1.2 Patrimônio na Escola
Tomando como base os escritos de Londres (2004), a Profª: Ms. Giselda
Shirley da Silva define patrimônio como:
Tudo aquilo que criamos, valorizamos e queremos preservar: constituem-se
dos monumentos e obras de arte, mas incluem também festas, músicas,
danças, comidas, saberes, fazeres, crenças, folguedos, falares, concluindo
que ai esta inserida toda produção humana, seja ela através das mãos, das
ações, idéias, crenças, fantasias, sonhos. (LONDRES, 2004, apud SILVA,
Giselda Shirley da. História e Memória. Guia de Estudos. Paracatu:
Faculdade do Noroeste de Minas, 2008. p. 82).
Observando as afirmações sobre patrimônio percebemos quantos valores culturais
tem uma nação, um povo, como diz Londres na afirmação acima “toda produção humana,
seja ela através das mãos, das ações, idéias, crenças, fantasias, sonhos” é patrimônio e nos
leva a entender ainda mais o ser humano e seu universo.
A Educação Patrimonial consiste em provocar situações de aprendizado
sobre o processo cultural e, a partir de suas manifestações, despertar no
aluno o interesse em resolver questões significativas para sua própria vida
pessoal e coletiva. O patrimônio histórico e o meio ambiente em que está
inserido oferecem oportunidades de provocar nos alunos sentimentos de
surpresa e curiosidade, levando-os a querer conhecer mais sobre eles.
Nesse sentido podemos falar na “necessidade do passado”, para
compreendermos melhor o “presente” e projetarmos o “futuro”. O estudo
15. 14
dos remanescentes do passado motiva-nos a compreender e avaliar o
modo de vida e os problemas enfrentados pelos que nos antecederam, as
soluções que encontraram para enfrentar esses problemas e desafios, e a
compará-las com as soluções que encontramos, para os mesmos
problemas (moradia, saneamento, abastecimento de água, etc). Podemos
facilmente comparar essas soluções, discutir as causas e origens dos
problemas identificados e projetar as soluções ideais para o futuro, um
exercício de consciência crítica e de cidadania (ibid, p. 03, apud MORAES,
s/a, p. 06).
A menção acima de uma forma direta mostra o que pretendemos alcançar,
juntamente com os alunos e professores, da escola Nanzio Magalhães,
percebermos e entendermos o artesanato como patrimônio.
O patrimônio é o legado que recebemos do passado, vivemos no presente e
transmitimos às futuras gerações. Nosso patrimônio cultural e natural é
fonte insubstituível de vida e inspiração, nossa pedra de toque, nosso ponto
de referência, nossa identidade. UNESCO (Organização das Nações
Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, s/n).
Através de várias pesquisas sobre como está sendo trabalhado o Patrimônio
nas escolas, identificamos que essa proposta temática vem sendo trabalhada
através de questionários, oficinas, pesquisas de campo entre outros.
No texto “Educação Patrimonial nas Escolas: Aprendendo a Resgatar o
Patrimônio Cultural”, da autora Allana Pessanha de Moraes, percebemos que ela
trabalhou a Educação Patrimonial com o objetivo de resgatar o Patrimônio Cultural
em três escolas no município de Campos dos Goytacazes, através de questionários.
Lendo o texto “Educação Patrimonial Através das Oficinas de Arte” de Maria Cristina
Pastore, vemos que ela trabalhou o Patrimônio Cultural e a Educação Patrimonial na
escola CAIC, em Rio Grande, através de oficinas.
Perguntamos a diretora da escola Nanzio Magalhães, Lucineide Carvalho
Cordeiro, como a Educação Patrimonial está sendo trabalhada na escola e ela
respondeu:
Trabalhamos a Educação Patrimonial e o Patrimônio Cultural na escola
Nanzio Magalhães através de projeto Interdisciplinar, onde todos os
professores e alunos desenvolvem o projeto de uma forma criativa obtendo
1
ótimos resultados . (CORDEIRO, Lucineide Carvalho, 2011).
1
CORDEIRO, Lucineide Carvalho. Feijó, 2011. Entrevista concedida à Maria Luceilma de Freitas
Mourão.
16. 15
1.3 Artesanatos como Patrimônio
Visando abordar de uma forma especial a diversidade cultural de Feijó/Acre,
queremos por meio deste trabalho investigar as maravilhas culturais que temos em
nossa região.
O Acre, Estado mais ocidental do Brasil, além da grande riqueza cultural e
artística, conta com uma cobertura vegetal primária correspondente a 88%
de seu território. As políticas públicas de proteção, o uso responsável dos
recursos florestais, a criação de florestas públicas, reservas extrativistas e
parques nacionais em quase 50% do território aliadas á normatização e
fiscalização do uso econômico do ativo florestal, garantem a permanência
deste recurso estratégico no século XXI. As gerações futuras agradecem.
Neste cenário de manutenção/valorização da floresta em pé, o rico bioma
amazônico disponibiliza enorme quantidade de matérias-primas que aliadas
aos saberes das populações tradicionais se transformam em produtos que
expressam a nossa territorialidade. Homem e floresta se fundem para criar
identidade e fazer hoje,o futuro. Nossa intervenção com o Programa
Artesanato Acreano ocorre em 19 municípios do Acre e continuará se
estendendo a todo o Estado. (Artesanato Acreano, Catálogo 2009/10, p.
10).
O “Programa Artesanato Acreano” tem se expandido em 19 municípios do
Estado do Acre. Feijó é um dos municípios que faz parte deste programa e desta
grande riqueza cultural. Segundo o superintendente do SEBRAE/AC, o senhor
Orlando Sabino da Costa Filho, no catálogo “Artesanato Acreano” diz que:
O Acre possui marcas muito fortes, por aqui dizemos que é o único Estado
brasileiro por opção. A identidade do povo que lutou muito desde sua
formação há pouco mais de um século e continua lutando por seus ideais se
funde com a floresta e está gravada na produção artesanal que guarda e
revela a grande diversidade cultural e biológica de nosso Estado.
Os ancestrais dos povos indígenas que habitavam o atual Estado do Acre
produziam uma rica variedade de produtos: urnas mortuárias, utensílios
domésticos, arte plumária, tecelagem, cerâmica, sítios arqueológicos com
estruturas de terra - geoglífos, deixando uma herança cultural vasta que
ainda estamos descobrindo.
No final dos anos noventa o Governo do Estado adotou uma política de
valorização da floresta, de suas populações tradicionais, seus saberes, de
valorização do patrimônio histórico e cultural, criou a Casa do Artesão I e II,
entre outras ações que somadas influenciaram positivamente a produção e
o consumo do artesanato e a inclusão de pessoas e comunidades.
Nesse contexto o Artesanato é produto dos saberes tradicionais, das cores
e formas do bioma amazônico. E vem conquistando cada vez mais
mercados por seus valores e atributos originais. (ORLANDO SABINO DA
COSTA FILHO. Artesanato Acreano, Catálogo 2009/10, p. 08).
17. 16
Como diz o superintendente do SEBRAE/AC, o senhor Orlando Sabino da
Costa Filho, os “ancestrais dos povos indígenas que habitavam o atual Estado do
Acre produziam uma rica variedade de produtos: urnas mortuárias, utensílios
domésticos, arte plumária, tecelagem, cerâmica” e etc. Sendo Feijó um dos
municípios acreano, recebeu de seus ancestrais essa herança cultural extensa, que
aos poucos vem sendo explorada por artesãos indígenas e por artesãos brancos
que ao longo dos anos se misturaram culturalmente de uma forma interessante.
Portanto, vale a pena investigar e estudar mais sobre a diversidade cultural
através da Educação Patrimonial. E procurar saber dos alunos da Escola Nanzio
Magalhães, o interesse deles sobre a sua identidade, de como era a vivência cultural
de seus ancestrais, destacando as diferenças e semelhanças. Ou seja, reconstruir a
memória e história desse povo.
18. 17
CAPÍTULO 2
Artesanato na Escola Nanzio Magalhães do Município de Feijó
2.1 Mapeamento do Artesanato em Feijó
O objetivo deste capítulo foi identificar o artesanato de Feijó. Nesse sentido
foram realizadas entrevistas e o registro fotográfico do artesanato feijoense.
Identificamos três artesãos, o artesão Antônio Galdino do Nascimento,
popularmente conhecido como, Antônio Camucim, o Artesão Francisco da Silva
Gomes, vulgo Pelé Dimas e a artesã Albani Fernandes Maciel.
O primeiro artesão a ser identificado em nossa pesquisa foi o escultor
Antônio Camucim. Em seu atelier o artesão conta-nos sobre sua trajetória2. Antônio
começou a fazer esculturas de animais em madeiras com 15 anos, na zona rural,
pois desde criança quando ia para o roçado ou caça com o seu pai ele admirava os
animais. Na época já fazia barquinho de Imbaúba para brincar na beira do Rio
Envira. Depois decidiu também esculpir na madeira Algodoeiro os animais por ser
uma madeira mole que facilita esculpir suas primeiras esculturas a partir do que
aprendeu a ver com o pai. Com o tempo ele foi gostando do ofício e aperfeiçoando.
Atualmente faz suas esculturas com a madeira Urucu, ela é mais leve para
transportar e não racha. Segundo o artesão, ele vem comercializando suas
esculturas há 10 anos, e há 9 anos se sustenta e sustenta sua família com o
artesanato no município de Feijó. Perguntamos ao Antônio Camucim se ele já
participou de algumas exposições e ele respondeu:
Sim, esse ano recebi um calendário para participar de várias exposições,
mas infelizmente uma das exposições que eu queria ir, não pude ir, era em
Olinda em Pernambuco, mas participei da Roda de negocio em Rio Branco
na Arena da Floresta e vinte empresas conheceram o meu trabalho, porém,
fechei negócio apenas com a empresa “Almerinda” em Brasília, todo mês
mando 600 reais em peças artesanais e isso tem me ajudado muito a
3
sustentar minha família . (NASCIMENTO, Antônio Galdino do, 2011).
2
dia 14 de outubro de 2011, ás 08h: 00mim.
3
NASCIMENTO, Antônio Galdino do, 2011. Feijó, 2011. Entrevista concedida à Maria Luceilma de
Freitas Mourão.
19. 18
O que achamos mais interessante nesta entrevista foi que o artesanato
produzido por ele é divulgado e conhecido em outras regiões. Em Feijó poucas
pessoas conhecem o seu trabalho. Então, fizemos a seguinte pergunta ao Antônio
Camucim: Por que seu artesanato é conhecido, divulgado e comercializado em
outras regiões e a maioria da sociedade feijoense não tem conhecimento do
excelente trabalho que você produz? Ele respondeu:
Professora Luceilma em 2003 fui descoberto pelo SEBRAE (Serviço
Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) e através do SEBRAE
passei a participar de exposições, feiras e ser conhecido fora de minha
região e hoje vendo minhas produções para grandes empresas, fora do
Acre, para outras regiões. O SEBRAE divulgou meu trabalho através do
catálogo do Acre, ou seja, através do catálogo “Artesanato Acreano
2009/10” nas páginas 107,108 e 109 e isso tem me ajudado bastante
4
financeiramente . (NASCIMENTO, Antônio Galdino do, 2011).
Na fala acima, percebemos que ainda falta a valorização do artesanato local
pela sociedade feijoense, a falta de trabalhos que preservem os saberes e os
fazeres, impedindo que o artesanato local fique esquecido pela própria sociedade.
A imagem abaixo é uma montagem feita com nove imagens que retratam um
pouco a rotina do artesão feijoense, Antônio Camucim, em seu ofício. Partindo da
extração da madeira à confecção das esculturas aquáticas feitas pelo artesão.
FIG 1: Esculturas de animais em madeira.
Fonte: MOURÃO, Maria Luceilma de Freitas; ANTÔNIO, Camucim, 2011.
4
NASCIMENTO, Antônio Galdino do, 2011). Feijó, 2011. Entrevista concedida à Maria Luceilma de
Freitas Mourão.
20. 19
A segunda imagem é outra montagem com mais nove imagens que mostram
mais esculturas produzidas por Antônio Camucim. As duas últimas imagens
mostram o artesão na “Roda de negócio” em Rio Branco, na Arena da Floresta,
comercializando seu artesanato.
FIG 2: Esculturas de animais aquático e terrestre em madeira
Fonte: MOURÃO, Maria Luceilma de Freitas; CAMUCIM, Antônio, 2011.
Descobrimos no decorrer da pesquisa que o artesão Camucim, é um
representante a nível nacional das riquezas culturais que temos em nossa floresta.
No entanto, apesar de ser reconhecido e valorizado em outras localidades e em
outros mercados por outros povos é ainda pouco conhecido em Feijó.
Dando sequência ao mapeamento do artesanato vamos abordar o artesanato
de Pelé Dimas que trabalha com cerâmica no município de Feijó.5 Perguntamos ao
artesão, quanto tempo ele trabalha com cerâmica e com quem aprendeu o ofício, e
ele respondeu: “venho trabalhando com cerâmica há mais ou menos dezenove
anos, aprendi com o mestre Morais em um curso de cerâmica no Centro Social e
hoje estou ministrando outros cursos, ensinado outras pessoas” 6.
Continuamos nosso diálogo e fizemos mais uma pergunta: Pelé você
comercializa seu artesanato?
5
Dia 23 de outubro de 2011 às 13h.
6
DIMAS, Pelé. Feijó, 2011. Entrevista concedida à Maria Luceilma de Freitas Mourão.
21. 20
E ele disse: “quando faço, vendo, mas é pouco, pois o meu objetivo não é
comercializar as peças e, sim, aplicar cursos de cerâmica” 7.
Quantos cursos de cerâmicas você já ministrou?
“Vários, mas o mais longo foi um curso que apliquei na Associação de
Mulheres do Município de Feijó - Acre” 8.
Você tem fotos que demonstrem o seu trabalho? Sim9.
Gostaríamos de saber se você pode dar algumas fotos para que possamos
usá-las, em nosso Trabalho de Conclusão de Curso? Posso10.
A imagem abaixo mostra o trabalho do artesão, Pelé Dimas, na Associação
de Mulheres do Município de Feijó - Acre.
FIG 3: Vasos de Argila
Fonte: MOURÃO, Maria Luceilma de Freitas; DIMAS, Pelé, 2011.
O artesanato produzido, por Pelé Dimas, são vasos de cerâmicas, porém, não
são comercializados por ele, nem divulgados. Pelo que percebemos poucas pessoas
na cidade conhecem o trabalho do artesão, como ele mesmo disse: “gosto de
ministrar cursos”. Procuramos nos informar sobre os cursos que ele já ministrou em
Feijó, e constatamos que os cursos foram realizados em instituições. Na instituição
7
DIMAS, Pelé. Feijó, 2011. Entrevista concedida à Maria Luceilma de Freitas Mourão.
8
DIMAS, Pelé. Feijó, 2011. Entrevista concedida à Maria Luceilma de Freitas Mourão.
9
DIMAS, Pelé. Feijó, 2011. Entrevista concedida à Maria Luceilma de Freitas Mourão.
10
DIMAS, Pelé. Feijó, 2011. Entrevista concedida à Maria Luceilma de Freitas Mourão.
22. 21
do Vegetal e na Associação das Mulheres do Município de Feijó . Assim, prevalece o
nome da instituição em detrimento da falta de divulgação da pessoa que ministrou o
curso, motivo pelo qual o trabalho do artesão Pelé Dimas não é conhecido pela
maioria da população de Feijó.
Dando prosseguimento ao trabalho de pesquisa visitamos a artesã Albani
Fernandes Maciel (60 anos) em sua residência11. O artesanato da senhora Albani é
conhecido em Feijó por muitas pessoas. Desde 2009 ela participa nos “Festivais de
Açaí” com suas esculturas feitas com argila e seus vasos.
A artesã Albani disse que há três anos vem trabalhado com argila. Ela conta
com o apoio do seu esposo que trabalha em uma cerâmica de tijolos. Ele traz da
cerâmica a argila que está no ponto certo para ser trabalhada. Sobre o seu
aprendizado ela conta que: aprendeu em um curso na Associação das Mulheres do
Município de Feijó - Acre, ministrado pelo artesão Pelé Dimas, em 2008.
Eu tinha muita vontade de trabalhar com argila, um dia fiquei sabendo de
um curso de cerâmica na Associação das Mulheres do Município de Feijó,
então, como eu tinha vontade de trabalhar com cerâmica fui à associação e
fiz minha inscrição, aprendi a preparar a argila e fazer no torno vasos para
por plantas. O curso acabou e eu fiquei sem poder fazer os vasos que
aprendi, pois não tinha torno, nem forno para queimar, mas como o meu
esposo trabalha em uma cerâmica de tijolos perdi que ele trouxesse argila
pronta e tentei fazer os vasos sem o torno, consegui fazer alguns, mas não
ficou muito bom, então, comecei a modelar um pássaro, gostei e comecei a
modelar tudo que tinha em minha estante, gato, cachorro, pato, peixe e
12
assim aprendi a fazer outras peças . (MACIEL, Albani Fernandes, 2011).
A artesã Albani Fernandes Maciel, trabalha criativamente a variedade do
artesanato que produz. Ela aprendeu e deu seus primeiros passos com o artesão
Pelé Dimas há três anos e em pouco tempo conseguiu crescer profissionalmente.
Seu artesanato passou a ser mais conhecido na cidade de Feijó, do que o de seu
professor o artesão Pelé Dimas.
11
Dia 24 de outubro de 2011 às 19h.
12
MACIEL, Albani Fernandes. Feijó, 2011. Entrevista concedida à Maria Luceilma de Freitas Mourão.
23. 22
FIG 4: Esculturas feitas com argila.
Fonte: MOURÃO, Maria Luceilma de Freitas; LIMA, Maria Antônia, 2011.
Tanto o trabalho da artesã Albani quanto do artesão Antônio Camucim
representam à natureza de nossa região, a fauna de Feijó, a riqueza e beleza
natural que temos em nosso município. Albani vende seu artesanato em casa e a
única feira que ela expõe é no Festival do Açaí que ocorre uma vez por ano. Por
falta de espaço, seu trabalho fica protegido com papéis e encaixotado em caixas
grandes. A artesã disse que sua família e ela divulgam seu artesanato na
comunidade “no boca a boca”, quando chega um cliente em sua casa, ela procura
saber que tipo de peça ele deseja e de acordo com o gosto do cliente ela sabe a
caixa que tem a peça que o cliente quer.
Pensando no artesanato visto e entendido como um patrimônio cultural em
nosso município, achamos interessante trabalharmos o artesanato indígena, pois é
um artesanato que vem passando de geração a geração.
Como diz o professor Evilásio Cosmiro de Oliveira, no livro Yuirá "ainda não
existe uma cultura popular definida, em termos especificamente locais, embora já
13
estejam se delineando valores originais, nascidos no seio da sociedade de Feijó" ,
ou seja, temos poucos artesãos e a maioria dos artesanatos criados em Feijó, não
são passados de geração a geração, ao contrário do artesanato indígena da Aldeia
Paruá. Então, para dar continuidade em nossa pesquisa sobre o artesanato local,
13
OLIVEIRA, Evilásio Cosmiro. Yuirá, 2007, p. 60.
24. 23
como uma herança cultural, visitamos a Aldeia Paruá, no Baixo Rio Envira14. As
fotos abaixo mostram um pouco da organização da Aldeia e também sobre a
receptividade deles na Escola HUNI KUI SIÃ15.
FIG 5: Ritual dos índios cantando, dançando...pintando.
Fonte: MOURÃO, Maria Luceilma de Freitas; SOUZA, Maria Surleide Alves de, 2011.
O professor pedagogo Huni Kui Byxku levou-nos a conhecer o índio mais
antigo da Aldeia, Senhor Antônio Barbosa Ferreira de (90 anos) e sua esposa que
juntos fizeram muito artesanato e hoje já passaram para os índios mais novos, todo
o conhecimento que receberam de seus pais.
14
Dia 16 de outubro de 2011, às 08h.
15
Foi um momento inesquecível, eles fizeram uma festa, enquanto alguns tocavam outros cantavam
e gritavam, até nós tentamos tocar com um pandeiro. Gostaríamos de ter registrado esse momento
em vídeos, porém, eles pediram que não filmasse, pois era um momento sagrado, então, permitiram
apenas o registro de fotografias.
25. 24
FIG 6: Antônio Barbosa Ferreira de 90 anos, esposa e filha.
Fonte: MOURÃO, Maria Luceilma de Freitas, 2011.
O senhor Antônio Barbosa Ferreira não faz mais artesanatos e diz que, agora,
o seu oficio é “comer, dormir, se abanar com o seu abano e brincar com as crianças
16
da Aldeia” . O pajé é considerado na Aldeia como o artesão dos artesãos. Todo o
artesanato feito no local foi ensinado por ele tanto para os seus filhos quanto para
seus netos e seus bisnetos.
FIG 7: Professor Huni Kui Byxku.
Fonte: MOURÃO, Maria Luceilma de
Freitas, 2011.
A foto acima é a foto do professor pedagogo Huni Kui Byxku da escola HUNI
KUI SIÃ na Aldeia Paruá. Segundo o professor Huni Kui Byxku, a Aldeia Paruá tem:
750 índios e todos os índios conhecem seu artesanato desde criança e a
maioria sabe fazer o artesanato, mas apenas dez índios são considerados
artesãos na aldeia, esses dez são consagrados e receberam a coroa de
17
artesão, ou seja, o cocar de artesão . (BYXKU, Huni Kui, 2011).
16
FEREIRA, Antônio Barbosa. Feijó, 2011. Entrevista concedida à Maria Luceilma de Freitas Mourão.
17
BYXKU, Huni Kui. Feijó, 2011. Entrevista concedida à Maria Luceilma de Freitas Mourão.
26. 25
O professor Huni Kui Byxku mostrou-nos imagens em DVD de rituais
realizados na Aldeia para que tivéssemos uma ideia da importância de cada ritual,
segundo o professor todos os rituais são considerados como um momento espiritual
e sagrado por isso não é divulgado fora da aldeia.
Ele informou também que os dez artesãos consagrados pela comunidade
indígena do Paruá apesar de terem conhecimento sobre todos os tipos de
artesanato produzindo na aldeia, cada artesão trabalham com artesanatos
diferentes, ou seja, cada um faz um tipo de artesanato. E citou os tipos de
artesanatos produzidos na Aldeia Paruá que são:
Vassouras feita de cipó Titica para limpar o ambiente, cestos feito de cipó
Titica para servir de acessórios, esteira feita de palhas para forrar o chão,
abanos feito das palhas novas do coco Jaci pra se abanarem nos dias
calorosos, paneiros grandes para carregar pesos na mata feitos de cipó
Titica, flechas e arcos para caçar e para brincar feitos de Paxiúba, cordões
de sementes, de missanga e de tecelagem feita com barbante, chocalho
feito de cabaça e cocos, cocares feitos com barbantes e penas de aves,
capangas feitas de barbantes ou de leite de caucho e pó de madeira ou
látex, jaquetas feitas com barbantes, tornozeleiras feitas com barbantes e
miçangas, braçadeiras para os braços feitas com barbantes e miçangas,
18
faixas para a cabeça feitas com barbantes, miçangas e leite de caucho .
(BYXKU, Huni Kui, 2011).
Juntamente com o professor Huni Kui Byxku, visitamos alguns artesãos da
Aldeia Paruá. Entre eles o artesão Juceliano Sarai dos Santos, que faz os cocares
na Aldeia.
As imagens abaixo revelam o momento que ele estava produzindo o cocar.
Foi demorado, mas valeu apena apreciá-lo confeccionando o cocar.
FIG 8: Cocar.
Fonte: MOURÃO, Maria Luceilma de
Freitas, 2011.
18
BYXKU, Huni Kui. Feijó, 2011. Entrevista concedida à Maria Luceilma de Freitas Mourão.
27. 26
A imagem abaixo mostrar o tipo de artesanato que a artesã Iracilda Fontineles
do Nascimento Nunes Kaxinawá confecciona nos tempos livres na Aldeia Paruá.
FIG 9: Colares de sementes.
Fonte: MOURÃO, Maria Luceilma de Freitas, 2011.
A artesã Iracilda Fontineles do Nascimento Nunes Kaxinawá tem 40 anos e
desde jovem aprendeu a fazer vários artesanatos. No entanto, prefere trabalhar com
sementes. Perguntamos se todos os recursos para produzir suas peças artesanais
são encontrados na Aldeia e ela disse:
Eu e minhas filhas juntamos as sementes na mata, de Mulungu, de
Paxiubão, de açaí, de Santa Maria, de seringa, de cocão, tem muita
semente, de todo jeito e nós usar tudo, eu limpo a semente, pinto com tinta
19
da mata . (KAXINAWÁ, Iracilda Fontineles do Nascimento Nunes, 2011).
Ao perguntarmos à Iracilda se a linha utilizada para confeccionar os colares
era produzida na Aldeia ou se era comprada, ela respondeu o seguinte: “na aldeia
20
não tem algodão pra fazer linha, nós compra a linha de malhadeira na cidade” .
Após conversa com a Iracilda sobre os colares que ela sempre confecciona, fomos
até a casa do artesão, Militão Brandão Shanenawá, que trabalha com flechas.
19
KAXINAWÁ, Iracilda Fontineles do Nascimento Nunes. Feijó, 2011. Entrevista concedida à Maria
Luceilma de Freitas Mourão.
20
KAXINAWÁ, Iracilda Fontineles do Nascimento Nunes. Feijó, 2011. Entrevista concedida à Maria
Luceilma de Freitas Mourão.
28. 27
FIG 10: Flechas artesanais.
Fonte: MOURÃO, Maria Luceilma de Freitas, 2011.
O Artesão Militão Brandão Shanenawá, trabalha com flechas artesanais e
flechas para matar animais há mais de 20 anos. Tem muita experiência em armas
indígenas. No diálogo que tive com Militão perguntamos qual a diferença entre as
flechas artesanais e as flechas para matar animais e ele respondeu:
A flecha que usamos para matar os animais é uma flecha simples e
resistente, muito forte, faço com Paxiúba, Marajá, Malva e pena, para
assegurar o nosso alimento, o sustento. É toda preta para não espantar a
caça. A flecha artesanal nós faz toda de Paxiuba, com pena, pra flecha ficar
bonita nós vai enrolando linha vermelha e branca ou linha preta com branca.
Aqui na aldeia a flecha colorida é para brincar em nossos rituais e vendo na
21
cidade para os brancos expor em casa . (SHANENAWÁ, Militão Brandão,
2011).
Tanto o artesão Militão quanto os demais índios se orgulham de falar das
fechas como uma das ferramentas fundamentais para a sobrevivência dos índios da
Aldeia Paruá.
A próxima imagem representa o artesanato do artesão indígena Carlos Nunes
Kaxinawá, trata-se de mais uma arma, utilizada pelos índios para matar animais
aquáticos e terrestres.
21
SHANENAWÁ, Militão Brandão. Feijó, 2011. Entrevista concedida à Maria Luceilma de Freitas.
29. 28
FIG 11: Lança de Paxiúba.
Fonte: MOURÃO, Maria Luceilma de Freitas, 2011
Carlos Nunes é um dos lideres da Aldeia Paruá, além de ser líder ele é
professor na escola HUNI KUI SIÃ e como índio diz que sempre gostou de fazer
lança e lançá-las ao ar.
O trabalho artístico de Carlos Nunes é bem parecido com o trabalho do
artesão Militão. Carlos sempre que folga faz lanças artesanais de todos os
tamanhos, lanças grandes e fortes para caçar animais.
Perguntamos ao Carlos Nunes que tipo de material ele usa para fazer as
lanças:
O trabalho que faço é muito bom, divertido, não gasto dinheiro para fazer,
uso só uma faca e um pedaço de Paxiúba, assim faço tanto a lança para
caçar como as lanças pequenas e sem ponta para brincar com as crianças
22
e ensinar na escola elas aprenderem a fazerem as lanças . (KAXINAWÁ,
Carlos Nunes, 2011).
Carlos Nunes contou ainda que faz apenas para uso na aldeia e para ensinar
seus alunos.
Outra artesã na aldeia é a índia Irene do Nascimento Nunes Kaxinawá. Ela
confecciona diversos tipos de chocalhos juntamente com seus parentes.
22
KAXINAWÁ, Carlos Nunes. Feijó, 2011. Entrevista concedida à Maria Luceilma de Freitas.
30. 29
FIG 12: Chocalho de cabaça.
Fonte: MOURÃO, Maria Luceilma de Freitas, 2011.
Os chocalhos produzidos por Irene e sua família são comercializados com
frequência e sua venda ajuda na manutenção familiar. Ela mencionou que os
chocalhos são difíceis de fazer: “não encontramos na mata galhos com o mesmo
23
jeito, aí ninguém faz outro chocalho do mesmo jeito” .
Em relação aos chocalhos feitos pela artesã Irene e sua família, apesar de
serem bonitos, percebemos a dificuldade que eles enfrentam para confeccionar seus
produtos. Isto porque como pode-se ver na imagem acima, o chocalho em forma de
cobra, se dá simplesmente pelo formato natural do galho das árvores da aldeia.
Observando o chocalho em forma de cobra que também é utilizado em alguns
rituais, temos a impressão que a cobra engoliu algo redondo.
Para finalizar a pesquisa na Aldeia Paruá. Vejamos o que fala o professor
Huni Kui Byxku, sobre a tecelagem local.
23
KAXINAWÁ, Irene do Nascimento Nunes. Feijó, 2011. Entrevista concedida à Maria Luceilma de
Freitas.
31. 30
FIG 13: Tecelagem.
Fonte: MOURÃO, Maria Luceilma de Freitas, 2011.
Segundo o professor a tecelagem é utilizada por todos.
A tecelagem é um dos artesanatos mais utilizados na aldeia, todos os índios
usam, na aldeia e para ir à cidade, antigamente nós os índios usava roupas
diferentes, feitas de palhas, outros materiais e pinturas, isso identificava
nossa tribo, mas hoje nós usamos as roupas industrializadas como vocês, e
24
para identificar nossa tribo usamos a tecelagem e a pintura . (Huni Kui
Byxku, 2011).
Na imagem acima registramos alguns dos artesanatos feitos pelos artesãos
que identificam os índios da Aldeia Paruá como índios em qualquer lugar do mundo.
Huni Kui Byxk, explicou que há muito cestos feitos de cipó Titica, jaquetas
feitas com barbantes, tornozeleiras, braçadeiras e faixas para a cabeça, colares e
pulseiras 25. Todos os tipos de artesanatos, citados pelo professor Huni Kui Byxk são
nas cores: branco com preto ou vermelho com branco, pois são as cores que
representam a tribo Huni Kui Siâ, Kaxinawá.
Por meio desta pesquisa sobre Educação patrimonial podemos não só
conhecer de perto a produção dos artesãos locais urbanos e indígenas da cidade de
Feijó/Ac e da Aldeia Paruá, mas sobretudo realizar em mapeamento inédito sobre a
cultura do artesanato. Assim, pudemos constatar que o artesanato em nossa cidade
é rico, porém, não valorizado ou pouco conhecido pela população feijoense. Em
virtude disso, elaboramos uma oficina sobre Educação Patrimonial na Escola Nanzio
Magalhães, para despertar e conscientizar os alunos do 8º ano “A” desta escola
24
BYXKU, Huni Kui. Feijó, 2011. Entrevista concedida à Maria Luceilma de Freitas Mourão.
25
BYXKU, Huni Kui. Feijó, 2011. Depoimento concedido à Maria Luceilma de Freitas Mourão.
32. 31
acerca da educação patrimonial como um instrumento de revalorização e
compartilhamento da identidade local, visando desenvolver a cidadania. Em relação
ao artesanato na Aldeia Paruá de certa forma há uma valorização, pela preocupação
que a tribo tem em serem identificados por meio do seu artesanato.
2.2 . Aplicação das Oficinas de Artesanato na Escola Nanzio Magalhães
Para despertar e conscientizar os alunos do 8º ano “A” da escola Nanzio
Magalhães, sobre a importância da educação patrimonial como um instrumento de
valorização e compartilhamento da identidade local elaboramos uma oficina com
momentos distintos detalhando como seria desenvolvida a mesma.
No dia 20 de outubro de 2011, às 8h iniciamos a oficina no 8º ano “A”, nos
apresentamos para os 28 alunos e falamos da importância do nosso trabalho e
abordamos com a turma o tema do Trabalho de Conclusão do Curso e o plano da
oficina de uma forma simples e objetiva.
FIG 14: Apresentação da Oficina.
Fonte: GOMES, Juscilene de Sousa, 2011.
Para dar continuidade no desenvolvimento da oficina dividimos a turma em
cinco grupos para desenvolvermos as atividades com mais facilidade. Dialogamos
com os grupos sobre “Educação Patrimonial e Patrimônio”, questionamos sobre: O
que é Patrimônio? O que é Educação Patrimonial? Qual a importância da Educação
Patrimonial na escola? Foi interessante, pois no início todos participaram de uma
forma tímida cada um esperando a sua vez de dialogar sobre o assunto, mas com o
33. 32
decorrer de alguns minutos todos se exaltaram e começaram a questionar uns com
os outros sobre o assunto. Ao finalizar nosso diálogo com a turma perguntamos por
que no início eles estavam um pouco intimidados e o aluno (G) respondeu:
Professora apesar do tema da oficina ser bem claro sobre educação e
patrimônio, fiquei me perguntando o tipo de patrimônio que iríamos estudar
e quando a senhora começou a fazer as perguntas fiquei mais nervoso
ainda, pois não sabia se ia responder corretamente, mas quando os meus
colegas começaram a participar e dialogar com a senhora fui
compreendendo melhor e tirando minhas dúvidas sobre o assunto, esse
26
assunto é muito bom, pois nos leva a pensar em muitas coisas . (G, 2011).
A turma concordou com o colega e abordamos um pouco mais o assunto e
passamos para o terceiro passo da atividade, fizemos a leitura coletiva de um
pequeno texto sobre “Educação Patrimonial e Patrimônio”, formado por partes
selecionadas do texto “Educação Patrimonial Através das oficinas de Arte” da autora
Maria Cristina Pastore, como também de registros do IPHAN (Instituto do Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional) e do texto “História e Memória. Guia de Estudos.
Paracatu: Faculdade do Noroeste de Minas”. Lemos o texto no data show e os
alunos interagiram positivamente com o conteúdo. Em seguida para saber se os
alunos assimilaram o conteúdo lido fizemos oralmente as seguintes perguntas: O
que é Educação Patrimonial? Qual a importância da Educação Patrimonial na
escola? O que é patrimônio material? O que é patrimônio imaterial? Ficamos
contente com as respostas que a turma nos deu, pois ficou notório que eles
entenderam os assuntos abordados na primeira atividade da oficina.
Na segunda atividade da oficina trabalhamos de forma compartilhada um
pequeno conceito sobre “patrimônio cultural e memória”, discutimos com a turma o
conteúdo e depois no data show apresentamos um slide com exemplos de
patrimônio cultural e memorial de Feijó/Acre, os alunos ficaram agitados ao apreciar
o slide, a maioria dos alunos quando apreciavam a foto antiga dos patrimônios
apresentados no slide não acreditavam nas mudanças que alguns dos patrimônios
da cidade de Feijó passaram ao longo dos anos como, por exemplo, a foto da
primeira prefeitura, da segunda e da terceira, ou seja, as fotos das três mudanças
referentes à prefeitura de Feijó.
26
Aluno (G). Feijó, 2011, responde a pergunta à Maria Luceilma de Freitas Mourão.
34. 33
Depois de apreciar e dialogar com os alunos sobre os patrimônios de Feijó
pedimos que eles individualmente desenhassem um patrimônio cultural de nossa
cidade, depois pedimos que eles identificassem no desenho as relações entre o
patrimônio escolhido e os elementos geométricos e eles desenharam vários
patrimônios e apreciando os desenhos, identificamos os elementos geométricos
presentes em todas as arquiteturas locais, esse trabalho que desenvolvemos com os
alunos foi um ótimo trabalho, pois trabalhamos de uma forma interdisciplinar
envolvendo a Arte e a Matemática.
Veja na imagem abaixo quatro desenhos feitos pelos alunos, sobre os
patrimônios de Feijó, o primeiro desenho, representa, o Portal de Feijó, o segundo
representa o Hotel Joafran, o terceiro desenho representa a Biblioteca Pública e o
quarto desenho representa a entrada da Escola Nanzio Magalhães.
FIG 15: Desenho dos Patrimônios públicos de Feijó
Fonte: MOURÃO, Maria Luceilma de Freitas, 2011.
Na terceira atividade da oficina abordamos o artesanato uma herança cultural,
iniciamos apresentando para a turma um slide com imagens das peças artesanais
produzidas pelo artesão Antônio Camucim e pelos índios da Aldeia Paruá.
Questionamos bastante com os alunos a respeito do artesanato, do significado de
cada peça, o que elas representam, se retratam algo referente à nossa região ou
não. Em seguida pedimos que os alunos interpretassem as imagens por meio de
desenhos, identificando e percebendo as semelhanças e diferenças entre os
35. 34
patrimônios apresentados no slide, identificando as formas tridimensionais ou
bidimensionais.
FIG 16 Produção dos alunos do 8º ano “A”.
Fonte: MOURÃO, Maria Luceilma de Freitas, 2011.
Os alunos desenvolveram os desenhos, alguns escolheram abordar o
artesanato indígena e outros o artesanato do Antônio Camucim, depois
contextualizamos as imagens dos artesanatos com os desenhos produzidos pelos
alunos, discutimos com os alunos o valor do artesanato local como Patrimônio
Cultural e a importância da valorização dos mesmos, como a intenção de descobrir
qual foi o entendimento dos alunos acerca do artesanato.
Para termos um aproveitamento melhor sobre os resultados da oficina
procuramos registrar cada momento de cada atividade da oficina, foi uma atividade
prazerosa de desenvolver com os alunos, porém, acabamos não conseguindo
registrar tudo, no entanto o mais importante foi registrado através de fotos e vídeos.
36. 35
2. 3 Avaliação das oficinas de Artesanato
A oficina “A Educação Patrimonial na Escola Nanzio Magalhães” teve
resultados positivos, pois tivemos bons resultados. Entre eles podemos enumerar:
1. A interação dos alunos em todas as etapas da oficina;
2. A participação ativa de todos nas atividades;
3. A colaboração com as propostas dadas;
Registramos vários momentos dessa interação ao longo da oficina e para
ampliar melhor os resultados sobre Educação Patrimonial na Escola Nanzio
Magalhães. Achamos de fundamental importância apreciar e analisarmos os
resultados obtidos na oficina, juntamente com as coordenadoras, com os
professores de História e com os professores de Artes da escola Nanzio Magalhães.
Então, organizamos todos os registros feitos durante a execução da oficina,
os vídeos, as fotos, os desenhos produzidos pelos alunos do 8º ano “A”, e no dia 25
de outubro de 2011, às 10h nos encontramos com a coordenadora de ensino, Maria
do Livramento Nunes da Silva, com a professora de Arte, Jossely Damasceno do
Nascimento, e com a professora de História, Maria Silvânia de Araújo Menezes.
Assistirmos os vídeos sobre o diálogo desenvolvido com os alunos, observamos as
fotos e os desenhos feitos pelos alunos, apreciamos e discutimos os assuntos
abordados, sobre o aprendizado que os alunos tiveram, sobre os pontos positivos e
os negativos encontrados na execução da oficina e como a Educação Patrimonial
poderá ser trabalhada por meio do artesanato na escola. Essa atividade tinha como
intenção mapear uma proposta de educação patrimonial a ser trabalhada, adiante,
na escola Nanzio Magalhães e talvez em outras escolas.
A coordenadora e as professoras gostaram dos resultados obtidos na oficina
e acharam interessante termos trabalhado, o artesanato como patrimônio cultural,
pois o artesanato não tem sido reconhecido na escola como um patrimônio, a
coordenadora Maria do Livramento Nunes da Silva disse o seguinte:
37. 36
Gostei desta proposta, nossos alunos já têm uma noção sobre patrimônio,
pois desenvolvemos na escola um projeto interdisciplinar sobre patrimônio,
trabalhamos o conceito de patrimônio, focamos o patrimônio material
referente à escola, não trabalhamos de forma direta e detalhada os
patrimônios culturais, mas apreciando os registros que você fez,
percebemos a importância de trabalhamos na escola outro projeto
27
interdisciplinar mais amplo, sobre os nossos patrimônios culturais . (SILVA,
Maria do Livramento Nunes da, 2011).
A professora Jossely Damasceno do Nascimento e a professora Maria
Silvânia de Araújo Menezes, também demonstraram que gostaram dos registros. A
professora Maria Silvânia de Araújo Menezes disse:
Gostei, é ótima essa idéia de registrar as aulas e depois observar os
resultados, pois observando os registros conseguimos observar melhor o
entendimento da turma sobre o assunto trabalhado e nos ajuda a
avaliarmos o rendimento dos alunos com calma, facilita também
planejarmos outras atividades que complemente as aulas já trabalhadas
28
com forme a realidade do nível de conhecimento da turma . (MENEZES,
Maria Silvânia de Araújo, 2011).
Dialogamos de uma forma interativa sobre os resultados obtidos na oficina e
sobre os pontos positivos e os negativos encontrados na execução da mesma. Um
dos pontos positivos foi a facilidade dos materiais tecnológicos necessários para
desenvolvemos a oficina, a clareza de cada tema trabalhado e a interação dos
alunos com os assuntos abordados. Os pontos negativos que encontramos foi à falta
de mais registros antigos dos patrimônios de Feijó, pois não conseguimos encontrar
em nosso município registros históricos, fotos antigas de todos os Patrimônios.
Em relação à Educação Patrimonial na escola Nanzio Magalhães, discutimos
como o assunto pode ser trabalhado por meio do artesanato na escola e chegamos
à conclusão que podemos trabalhar este tema de várias formas, por meio de
desenhos, pinturas, modelagem etc.
Nesse sentido para aprofundar melhor nossos conhecimentos e no intuito de
saber como o tema é está sendo desenvolvido na escola decidimos aplicar um
questionário para todos os professores da referida escola com as seguintes
perguntas: Professor (a) no seu ponto de vista como devemos trabalhar na escola a
27
SILVA, Maria do Livramento Nunes da. Feijó, 2011, comentário sobre o patrimônio na escola
Nanzio Magalhães a Maria Luceilma de Freitas Mourão.
28
MENEZES, Maria Silvânia de Araújo. Feijó, 2011, comentário sobre os registros em sala de aula a
Maria Luceilma de Freitas Mourão.
38. 37
Educação Patrimonial? Como podemos trabalhar o artesanato nas escolas visando
uma proposta de Educação Patrimonial? Existe no Projeto Político Pedagógico da
Escola a temática da Educação Patrimonial?
No planejamento, os professores se reúnem no início para discutir assuntos
do interesse de todos depois por áreas formam pequenos grupos para planejarem.
Aproveitamos o momento e falamos do nosso trabalho, dos nossos objetivos, dos
questionários e da importância da colaboração dos mesmos em nosso trabalho.
FIG:17 Professores respondendo o questionário.
Fonte: MOURÃO, Maria Luceilma de Freitas; ALEIXO, Maria Misslane Cordeiro de, 2011.
Na primeira pergunta do questionário 10 professores responderam que
devemos trabalhar na escola a educação patrimonial, através de um processo de
conscientização, conscientizando os alunos sobre da importância dos patrimônios, 8
professores que devemos trabalhar o tema através de palestras, 4 professores que
devemos trabalhar com projetos e apenas um professor respondeu que não sabia
como trabalhar a educação patrimonial na escola.
Na segunda pergunta sobre como podemos trabalhar o artesanato nas
escolas visando uma proposta de Educação Patrimonial, a maioria dos professores
respondeu de forma diferente, alguns responderam que poderíamos trabalhar o
artesanato nas escolas, usando a realidade dos alunos, outros responderam que -
poderia ser feito por meio de projetos, trabalhando a importância dos objetos
artesanais. Alguns que não sabiam, e outros disseram que poderia ser através da
pintura.
39. 38
E sobre a inclusão da Educação Patrimonial Projeto Político Pedagógico da
Escola - PPP, 9 professores responderam que não sabiam dizer se este conteúdo
fazia parte do PPP da Escola e 14 professores responderam que este tema está
incluído no PPP da Escola.
40. 39
3. CONSIDERAÇOES FINAIS:
Para realizar esse Trabalho de Conclusão de Curso encontramos algumas
dificuldades, pois a princípio tínhamos em mente a falta de valorização do
artesanato em Feijó, depois de algumas discussões sobre o assunto com os colegas
e com a Professora Sofia Lorena Vargas Antezana somadas às pesquisas e leituras
de vários textos, decidi trabalhar na Escola Nanzio Magalhães a “Educação
Patrimonial” com intuito de chegarmos a um ponto positivo sobre a valorização e a
preservação da cultura feijoense.
Para despertar nos educadores a importância de trabalhar nas escolas a
questão da “Educação Patrimonial” elaboramos um questionário para os professores
responderem, pois acreditamos que a Educação Patrimonial é o caminho para que a
sociedade de Feijó valorize o artesanato e a cultura local. Além do questionário para
os professores responderem sobre como esta sendo trabalhada a Educação
Patrimonial na escola, elaboramos também uma oficina com o tema “Educação
Patrimonial na escola Nanzio Magalhães”, fizemos uso da mesma na Escola Nanzio
Magalhães e tive um ótimo resultado, através da oficina procuramos saber dos
alunos do 8º ano “A”, da referida escola o interesse deles sobre a sua identidade,
como era a vivência cultural de seus ancestrais, destacando as diferenças e
semelhanças, reconstruindo a memória e história de seu povo.
Em relação aos resultados da oficina, no início todos os alunos participaram
de uma forma tímida, cada um esperando a sua vez de dialogar sobre o assunto,
mas com o decorrer de alguns minutos todos se exaltaram e começaram a
questionar uns com os outros sobre os assuntos trabalhados na oficina, discutimos
todos os temas e dialogamos com eles o interesse deles sobre a sua identidade,
como era a vivência cultural de seus ancestrais, destacando as diferenças e
semelhanças e os alunos interagiram positivamente, com entusiasmo
desenvolvendo as atividades.
Sobre os resultados obtidos nos questionários feitos aos professores foi
constatado que, os professores concordam que este tema deve ser trabalhado na
escola. Muitos inclusive afirmam que o mesmo já está inserido no Projeto Político
Pedagógico da Escola Nanzio Magalhães, apesar de alguns deles desconhecem tal
fato. Sendo que muitos deles têm várias ideias de como trabalhar a educação
41. 40
patrimonial na escola, porém, o que a maioria não sabe é como trabalhar o
artesanato nas escolas visando uma proposta de Educação Patrimonial.
Portanto, apesar dos educadores da escola Nanzio Magalhães já terem
desenvolvido na escola projetos com os alunos sobre os patrimônios, vejo que ainda
se faz necessário trabalhar a educação patrimonial na escola Nanzio Magalhães de
uma forma geral envolvendo os educadores, alunos e toda a comunidade escolar,
assim não temos dúvidas que a escola alcançará no futuro a valorização do o
artesanato e da cultura local.
42. 41
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
IPHAN, Patrimônio Imaterial [online] disponível em:
http://portal.iphan.gov.br/portal/montarPaginaSecao.do?retorno=paginaIphan&sigla=Institucional&id=1
0852 Acesso em: 21 de Setembro de 2011.
IPHAN, Educação Patrimonial [online] disponível em:
http://portal.iphan.gov.br/portal/montarPaginaSecao.do?id=15481&retorno=paginaIphan Acesso
em: 21 de Setembro de 2011.
MORAES, Allana Pessanha. Educação Patrimonial nas Escolas: Aprendendo a Resgatar o
Patrimônio cultural [online] disponível em:
http://www.cereja.org.br/arquivos_upload/allana_p_moraes_educ_patrimonial.pdf Acesso
em: 25 de Setembro de 2011.
Pastore, Maria Cristina. Educação patrimonial Através das Oficinas de Arte [online]
disponível em: http://www.prograd.ufrgs.br/pibid/anais-do-evento/rodas-de-conversa/eixo
2/Educacao%20patrimonial%20atraves%20das%20oficinas%20de%20arte.pdf Acesso em: 22 de
Setembro de 2011.
PPGPPC, Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental (Natural) [online] em: 16 de Outubro de
2009. http://w3.ufsm.br/ppgppc/index.php?option=com_content&view=article&id=105:o-que-atrim-
cultural-patrim-histo-patrim-ambiental-ou-natural&catid=7:examples&Itemid=25 Acesso em: 23 de
Setembro de 2011.
SANTANA, Aldemir; SASAI, Carlos Takashi; MARQUES, BINHO. Artesanato Acreano:
Catálogo 2009/10. Rio Branco: Ed. Canela de Ema LTDA. SEBRAE NACIONAL; SEBRAE/ AC.,
2009/10.
SILVA, Giselda Shirley da. História e Memória. Guia de Estudos. Paracatu: Faculdade do
Noroeste de Minas, 2008. 184.p
UNESCO, Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura [online]
disponível em: http://www.unesco.org/new/pt/brasilia/culture/world-heritage/heritage-legacy-from-past-
to-the-future/ Acesso em: 28 de Outubro de 2011.
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ANEXOS:
Educação Patrimonial
Na Escola Nanzio Magalhães
Feijó /Acre
18 de Outubro de 2011
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Educação Patrimonial na Escola Nanzio Magalhães
Maria Luceilma de Freitas Mourão
Introdução
Posso dizer que este trabalho é o resultado de várias pesquisas que realizei
nas disciplinas de “Projeto Interdisciplinar de Ensino e Aprendizagem 1, Projeto
Interdisciplinar de Ensino e Aprendizagem 2 e Trabalho de Conclusão de Curso. O
que nos estimulou a desenvolver esse trabalho foi a falta de valorização do
artesanato local. Sendo assim, diante que algumas observações sobre a diversidade
cultural de Feijó e a minha paixão pelas artes, pelos monumentos, pelas tradições,
pelos lugares de memória decidi então, fazer o meu TCC com o seguinte tema:
Educação Patrimonial na Escola Nanzio Magalhães, porém, para alcançar os meus
objetivos foi preciso elaborar essa oficina e trabalhar com os alunos do 8º ano ”A” da
escola Nanzio Magalhães, pois acredito que é um dos caminhos para despertar e
conscientizar os mesmos acerca da educação patrimonial como um instrumento de
valorização e compartilhamento da identidade local, visando desenvolver a
cidadania, pois entendemos que a cultura e a memória de um povo são os fios que
tecem o tecido social e cultural.
A Educação Patrimonial é um instrumento de “alfabetização cultural” que
possibilita ao indivíduo fazer a leitura do mundo que o rodeia, levando-o à
compreensão do universo sociocultural e da trajetória histórico-temporal, em
que está inserido. Este processo leva o reforço da auto-estima dos
indivíduos e comunidades e à valorização da cultura brasileira,
compreendida como múltipla e cultural. (HORTA, 1999, apud PASTORE,
s/a, p.1).
Esse trabalho tem me estimulado, bastante a conhecer mais sobre a
Educação Patrimonial, Patrimônio, Patrimônio cultural, memória etc.
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Atividade1
Educação Patrimonial e Patrimônio
Na primeira atividade da oficina vamos conversar um pouco sobre Educação
Patrimonial e Patrimônio.
1º passo
O 1º passo da oficina é dividir a turma em 4 ou 5 grupos.
2º passo
O 2º passo é dialogar com os grupos acerca da “Educação Patrimonial e
Patrimônio”, com as seguintes perguntas: O que é patrimônio? O que é Educação
Patrimonial? Qual a importância da Educação Patrimonial na escola?
3º passo
O 3º passo consiste na leitura coletiva de um pequeno texto sobre “Educação
Patrimonial e Patrimônio”, formado por partes selecionadas do texto “Educação
Patrimonial Através das oficinas de Arte” da autora Maria Cristina Pastore, como
também de registros do IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional)
e do texto “História e Memória. Guia de Estudos. Paracatu: Faculdade do Noroeste
de Minas”. Esse texto será apresentado para os alunos no data show.
4º passo
No 4º passo por meio de perguntas orais para os alunos, vou saber se eles
assimilaram o conteúdo trabalhado com as seguintes perguntas: O que é Educação
Patrimonial? Qual a importância da Educação Patrimonial na escola? O que é
patrimônio material? O que é patrimônio imaterial?
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Atividade 2
Patrimônio Cultural e Memória
Na segunda atividade da oficina vamos abordar de uma forma atraente os
temas “Patrimônio Cultural e Memória”.
1º passo
No 1º passo, da segunda atividade da oficina, vamos ler de forma
compartilhada e discutir um pequeno conceito sobre “patrimônio cultural e memória”.
2º passo
No 2º passo na segunda atividade da oficina, vamos expor no Data-show um
slide com exemplos de patrimônio cultural e memorial de Feijó/Acre. Vamos dialogar
sobre as mudanças que alguns dos patrimônios da cidade de Feijó passaram ao
longo dos anos.
3º passo
O 3º passo da segunda atividade da oficina consiste na elaboração de um
trabalho individual, os alunos por meio de desenhos irão identificar um patrimônio
cultural da cidade de Feijó, uma arquitetura local. Feito isso, os alunos tentarão
identificar possíveis elementos geométricos nos desenhos feitos, ou seja, os alunos
irão identificar se existe alguma relação entre as arquiteturas locais e os elementos
geométricos.
Esse 3º passo é um passo importante tanto em meu TCC “Educação
patrimonial na Escola Nanzio Magalhães” como em meu Projeto “A Educação
Patrimonial na Escola Nanzio Magalhães: Aprendendo a valorizar o Patrimônio
Cultural Através da Arte e da Matemática”. Esse projeto é um projeto interdisciplinar.
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Atividade 3
Artesanato uma Herança Cultural
Na terceira atividade da oficina vamos abordar o artesanato como herança
cultural.
1º passo
O 1º passo, da terceira atividade da oficina, é a interpretação das imagens
das peças artesanais produzidas pelo artesão Antônio Camucim e, dos artesanatos
indígenas, que serão apresentadas em um slide que eu mesma confeccionei. Esta
etapa será registrada em forma de vídeos.
2º passo
O 2º passo na terceira atividade da oficina consiste nas interpretações das
imagens por meio de desenhos, onde os alunos irão identificar e perceber
semelhanças e diferenças entre os patrimônios apresentados no slide, identificando
formas tridimensionais ou bidimensionais.
3º passo
No 3º passo da terceira atividade da oficina vamos discutir com os alunos o
valor do artesanato local como Patrimônio Cultural e a importância da valorização
dos mesmos. Para tanto, os alunos irão apresentar seus desenhos aos demais
colegas. Nessa etapa temos como intenção descobrir qual foi o entendimento dos
alunos acerca do artesanato.
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Atividade 4
Analisado os Resultados da Oficina
Na quarta atividade da oficina Educação Patrimonial na Escola Nanzio
Magalhães, vamos apreciar e analisar os resultados obtidos na oficina, juntamente
com as coordenadoras, com os professores de História e com os professores de
Artes da escola Nanzio Magalhães.
1º passo
O 1º passo da quarta atividade da oficina é organizar todos os registros feitos
durante a execução da oficina, os vídeos, as fotos e os desenhos produzidos pelos
alunos.
2º passo
O 2º passo da quarta atividade da oficina será uma reunião com a
coordenação da escola Nanzio Magalhães, com os professores de História e com os
professores de Artes. Nessa reunião, vamos assistir aos vídeos das oficinas feitas
pelos alunos do 8ºano “A” e, expor para os professores o que a turma, de modo
geral, assimilou ao longo da oficina.
3º passo
No 3º passo da quarta atividade da oficina vamos discutir os resultados com
as coordenadoras, com os professores de Historia e Artes, expondo os pontos
positivos e os negativos encontrados na execução da oficina. Além disso, vamos
discutir como a Educação Patrimonial poderá ser trabalhada por meio do artesanato
na escola. A intenção é mapear uma proposta de educação patrimonial que será
trabalhada adiante.
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Referências Bibliográficas
Pastore, Maria Cristina. Educação patrimonial Através das Oficinas de Arte [online] disponível
em: http://www.prograd.ufrgs.br/pibid/anais-do-evento/rodas-de-conversa/eixo
2/Educacao%20patrimonial%20atraves%20das%20oficinas%20de%20arte.pdf Acesso em: 22 de
Setembro de 2011.
MORAES, Allana Pessanha. Educação Patrimonial nas Escolas: Aprendendo a Resgatar o
Patrimônio cultural [online] disponível em:
http://www.cereja.org.br/arquivos_upload/allana_p_moraes_educ_patrimonial.pdf Acesso
em: 25 de Setembro de 2011.
MARQUES, Aline. O passo perdido [online] disponível em: linemrosa.blogspot.com Acesso
em: 18 de Outubro de 2011.
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Universidade Aberta do Brasil – UAB/UNB
Instituto de Artes
Departamento de Artes Visuais
Licenciatura em Artes Visuais
Disciplina: Trabalho de Conclusão do Curso
Professor autor: Emerson Dionisio Gomes de Oliveira
Tutora a distância: Sofia Lorena Vargas Antezana
Tutora presencial: Maria Mirnes Soriano de Oliveira
Acadêmica: Maria Luceilma de Freitas Mourão
Polo da UaB/UnB: Feijó/AC
A Educação Patrimonial na Escola Nanzio Magalhães
Feijó /Acre
17 de Outubro de 2011
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Questionário
1º Com este questionário queremos discutir e refletir com os professores da Escola
Nanzio Magalhães a “Educação Patrimonial” como um instrumento de revalorização
e compartilhamento da identidade local, visando desenvolver a cidadania, pois
entendemos que a cultura e a memória de um povo são os fios que tecem o tecido
social e cultural. Este questionário faz parte do Trabalho de Conclusão de Curso a
distância de Licenciatura em Artes Visuais pela Universidade Aberta do Brasil, na
Universidade de Brasília (UAB/UNB).
A) Professor (a) no seu ponto de vista como devemos trabalhar na escola
a Educação Patrimonial?
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B) Como podemos trabalhar o artesanato nas escolas visando uma
proposta de Educação Patrimonial?
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C) Existe dentro do Projeto Político Pedagógico da Escola Nanzio
Magalhães a temática da Educação Patrimonial?
( ) sim ( ) não ( ) não sei dizer
Agradecemos com carinho a sua participação!