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A Agenda 21 foi um dos principais resultados da conferência Eco-92 ou Rio-92,
ocorrida no Rio de Janeiro, Brasil, em 1992. É um documento que estabeleceu a
importância de cada país a se comprometer a refletir, global e localmente, sobre a forma
pela qual governos, empresas, organizações não-governamentais e todos os setores da
sociedade poderiam cooperar no estudo de soluções para os problemas sócio-
ambientais. Cada país desenvolve a sua Agenda 21 e no Brasil as discussões são
coordenadas pela Comissão de Políticas de Desenvolvimento Sustentável e da Agenda
21 Nacional (CPDS). A Agenda 21 se constitui num poderoso instrumento de
reconversão da sociedade industrial rumo a um novo paradigma, que exige a
reinterpretação do conceito de progresso, contemplando maior harmonia e equilíbrio
holístico entre o todo e as partes, promovendo a qualidade, não apenas a quantidade do
crescimento.

Com a Agenda 21 criou-se um instrumento aprovado pela OMF, internacionalmente,
que tornou possível repensar o planejamento. Abriu-se o caminho capaz de ajudar a
construir politicamente as bases de um plano de ação e de um planejamento
participativo em âmbito global, nacional e local, de forma gradual e negociada, tendo
como meta um novo paradigma econômico e civilizatório.

As ações prioritárias da Agenda 21 brasileira são os programas de inclusão social (com
o acesso de toda a população à educação, saúde e distribuição de renda), a
sustentabilidade urbana e rural, a preservação dos recursos naturais e minerais e a ética
política para o planejamento rumo ao desenvolvimento sustentável. Mas o mais
importante ponto dessas ações prioritárias, segundo este estudo, é o planejamento de
sistemas de produção e consumo sustentáveis contra a cultura do desperdício. A Agenda
21 é um plano de ação para ser adotado global, nacional e localmente, por organizações
do sistema das Nações Unidas, governos e pela sociedade civil, em todas as áreas em
que a ação humana impacta o meio ambiente.

[editar] História
A adoção formal por parte da ONU do conceito de desenvolvimento sustentável parte
da criação em 1972 da Comissão Mundial sobre Ambiente e Desenvolvimento (WCED)
que em 1987 publicou um relatório intitulado "Nosso futuro comum", também
conhecido como o relatório Brundtland. Esse relatório indicou a pobreza nos países do
sul e o consumismo extremo dos países do norte como as causas fundamentais da
insustentabilidade do desenvolvimento e das crises ambientais. A comissão recomendou
a convocação de uma conferência sobre esses temas.

O desenvolvimento da Agenda 21 começou em 23 de dezembro de 1989 com a
aprovação em assembléia extraordinária das Nações Unidas uma conferência sobre o
meio ambiente e o desenvolvimento como fora recomendado pelo relatório Brundtland
e com a elaboração de esboços do programa, que, como todos os acordos dos estados-
membros da ONU, sofreram um complexo processo de revisão, consulta e negociação,
culminando com a segunda Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e
Desenvolvimento, mais conhecida como Rio-92 ou Eco-92, entre 3 e 14 de junho de
1992 no Rio de Janeiro, onde representantes de 179 governos aceitaram adotar o
programa.
A Agenda 21 teve um estreito acompanhamento a partir do qual foram feitos ajustes e
revisões. Primeiro, com a conferência Rio+5, entre os dias 23 e 27 de junho de 1997 na
sede da ONU, em Nova Iorque; posteriormente com a adoção de uma agenda
complementária denominada metas do desenvolvimento do milênio (Millenium
development goals), com ênfase particular nas políticas de globalização e na erradicação
da pobreza e da fome, adotadas por 199 países na 55ª Assembléia da ONU, que ocorreu
em Nova Iorque entre os dias 6 e 8 de setembro de 2000; e a mais recente, a Cúpula de
Johannesburgo, na cidade sul-africana entre 26 de agosto a 4 de setembro de 2002.

Este termo, contou com a assinatura de 179 países.

[editar] Estrutura e conteúdo
Os temas fundamentais da Agenda 21 estão tratados em 40 capítulos organizados em
um preâmbulo e quatro seções:

   1. Preámbulo
       Seção I. Dimensões sociais e econômicas
   2. Cooperação internacional para acelerar o desenvolvimento sustentável dos
       países em desenvolvimento das políticas internas conexas
   3. Luta contra a pobreza
   4. Evolução das modalidades de consumo
   5. Dinâmica demográfica e sustentabilidade
   6. Proteção e fomento da saúde humana
   7. Fomento do desenvolvimento sustentável dos recursos humanos
   8. Integração do meio ambiente e o desenvolvimento na tomada de decisões
       Seção II . Conservação e gestão dos recursos para o desenvolvimento
   9. Proteção da atmosfera
   10. Enfoque integrado do planejamento e da ordenação dos recursos das terras
   11. Luta contra o desmatamento
   12. Ordenação dos ecossistemas frágeis: luta contra a desertificação e a seca
   13. Ordenação dos ecossistemas frágeis: desenvolvimento sustentável das zonas
       montanhosas
   14. Fomento da agricultura e do desenvolvimento rural sustentável
   15. Conservação da diversidade biológica
   16. Gestão ecologicamente racional da biotecnologia
   17. Proteção dos oceanos e dos mares de todo tipo, incluídos os mares fechados e
       semi-fechados e as zonas costeiras, e o uso racional e o desenvolvimento de seus
       recursos vivos
   18. Proteção da qualidade dos recursos de água doce: aplicação de critérios
       integrados para o aproveitamento, ordenação e uso dos recursos de água doce
   19. Gestão ecologicamente racional dos produtos químicos tóxicos, incluída a
       prevenção do tráfico internacional ilícito de produtos tóxicos e perigosos
   20. Gestão ecologicamente racional dos rejeitos perigosos, incluída a prevenção do
       tráfico internacional ilícito de rejeitos perigosos
   21. Gestão ecologicamente racional dos rejeitos sólidos e questões relacionadas com
       as matérias fecais
   22. Gestão inócua e ecologicamente racional dos rejeitos radioativos
       Seção III. Fortalecimento do papel dos grupos principais
   23. Preâmbulo
24. Medidas mundiais em favor da mulher para atingir um desenvolvimento
    sustentável e equitativo
25. A infância e a juventude no desenvolvimento sustentável
26. Reconhecimento e fortalecimento do papel das populações indígenas e suas
    comunidades
27. Fortalecimento do papel das organizações não-governamentais associadas na
    busca de um desenvolvimento sustentável
28. Iniciativas das autoridades locais em apoio ao Programa 21
29. Fortalecimento do papel dos trabalhadores e seus sindicatos
30. Fortalecimento do papel do comércio e da indústria
31. A comunidade científica e tecnológica
32. Fortalecimento do papel dos agricultores
    Seção IV. Meios de execução
33. Recursos e mecanismos de financiamento
34. Transferência de tecnologia ecologicamente racional, cooperação e aumento da
    capacidade
35. A ciência para o desenvolvimento sustentável
36. Fomento da educação, a capacitação e a conscientização
37. Mecanismos nacionais e cooperação internacional para aumentar a capacidade
    nacional nos países em desenvolvimento
38. Acordos institucionais internacionais
39. Instrumentos e mecanismos jurídicos internacionais
40. Informação para a adoção de decisões
41. ligados a eco 92

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  • 1. A Agenda 21 foi um dos principais resultados da conferência Eco-92 ou Rio-92, ocorrida no Rio de Janeiro, Brasil, em 1992. É um documento que estabeleceu a importância de cada país a se comprometer a refletir, global e localmente, sobre a forma pela qual governos, empresas, organizações não-governamentais e todos os setores da sociedade poderiam cooperar no estudo de soluções para os problemas sócio- ambientais. Cada país desenvolve a sua Agenda 21 e no Brasil as discussões são coordenadas pela Comissão de Políticas de Desenvolvimento Sustentável e da Agenda 21 Nacional (CPDS). A Agenda 21 se constitui num poderoso instrumento de reconversão da sociedade industrial rumo a um novo paradigma, que exige a reinterpretação do conceito de progresso, contemplando maior harmonia e equilíbrio holístico entre o todo e as partes, promovendo a qualidade, não apenas a quantidade do crescimento. Com a Agenda 21 criou-se um instrumento aprovado pela OMF, internacionalmente, que tornou possível repensar o planejamento. Abriu-se o caminho capaz de ajudar a construir politicamente as bases de um plano de ação e de um planejamento participativo em âmbito global, nacional e local, de forma gradual e negociada, tendo como meta um novo paradigma econômico e civilizatório. As ações prioritárias da Agenda 21 brasileira são os programas de inclusão social (com o acesso de toda a população à educação, saúde e distribuição de renda), a sustentabilidade urbana e rural, a preservação dos recursos naturais e minerais e a ética política para o planejamento rumo ao desenvolvimento sustentável. Mas o mais importante ponto dessas ações prioritárias, segundo este estudo, é o planejamento de sistemas de produção e consumo sustentáveis contra a cultura do desperdício. A Agenda 21 é um plano de ação para ser adotado global, nacional e localmente, por organizações do sistema das Nações Unidas, governos e pela sociedade civil, em todas as áreas em que a ação humana impacta o meio ambiente. [editar] História A adoção formal por parte da ONU do conceito de desenvolvimento sustentável parte da criação em 1972 da Comissão Mundial sobre Ambiente e Desenvolvimento (WCED) que em 1987 publicou um relatório intitulado "Nosso futuro comum", também conhecido como o relatório Brundtland. Esse relatório indicou a pobreza nos países do sul e o consumismo extremo dos países do norte como as causas fundamentais da insustentabilidade do desenvolvimento e das crises ambientais. A comissão recomendou a convocação de uma conferência sobre esses temas. O desenvolvimento da Agenda 21 começou em 23 de dezembro de 1989 com a aprovação em assembléia extraordinária das Nações Unidas uma conferência sobre o meio ambiente e o desenvolvimento como fora recomendado pelo relatório Brundtland e com a elaboração de esboços do programa, que, como todos os acordos dos estados- membros da ONU, sofreram um complexo processo de revisão, consulta e negociação, culminando com a segunda Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento, mais conhecida como Rio-92 ou Eco-92, entre 3 e 14 de junho de 1992 no Rio de Janeiro, onde representantes de 179 governos aceitaram adotar o programa.
  • 2. A Agenda 21 teve um estreito acompanhamento a partir do qual foram feitos ajustes e revisões. Primeiro, com a conferência Rio+5, entre os dias 23 e 27 de junho de 1997 na sede da ONU, em Nova Iorque; posteriormente com a adoção de uma agenda complementária denominada metas do desenvolvimento do milênio (Millenium development goals), com ênfase particular nas políticas de globalização e na erradicação da pobreza e da fome, adotadas por 199 países na 55ª Assembléia da ONU, que ocorreu em Nova Iorque entre os dias 6 e 8 de setembro de 2000; e a mais recente, a Cúpula de Johannesburgo, na cidade sul-africana entre 26 de agosto a 4 de setembro de 2002. Este termo, contou com a assinatura de 179 países. [editar] Estrutura e conteúdo Os temas fundamentais da Agenda 21 estão tratados em 40 capítulos organizados em um preâmbulo e quatro seções: 1. Preámbulo Seção I. Dimensões sociais e econômicas 2. Cooperação internacional para acelerar o desenvolvimento sustentável dos países em desenvolvimento das políticas internas conexas 3. Luta contra a pobreza 4. Evolução das modalidades de consumo 5. Dinâmica demográfica e sustentabilidade 6. Proteção e fomento da saúde humana 7. Fomento do desenvolvimento sustentável dos recursos humanos 8. Integração do meio ambiente e o desenvolvimento na tomada de decisões Seção II . Conservação e gestão dos recursos para o desenvolvimento 9. Proteção da atmosfera 10. Enfoque integrado do planejamento e da ordenação dos recursos das terras 11. Luta contra o desmatamento 12. Ordenação dos ecossistemas frágeis: luta contra a desertificação e a seca 13. Ordenação dos ecossistemas frágeis: desenvolvimento sustentável das zonas montanhosas 14. Fomento da agricultura e do desenvolvimento rural sustentável 15. Conservação da diversidade biológica 16. Gestão ecologicamente racional da biotecnologia 17. Proteção dos oceanos e dos mares de todo tipo, incluídos os mares fechados e semi-fechados e as zonas costeiras, e o uso racional e o desenvolvimento de seus recursos vivos 18. Proteção da qualidade dos recursos de água doce: aplicação de critérios integrados para o aproveitamento, ordenação e uso dos recursos de água doce 19. Gestão ecologicamente racional dos produtos químicos tóxicos, incluída a prevenção do tráfico internacional ilícito de produtos tóxicos e perigosos 20. Gestão ecologicamente racional dos rejeitos perigosos, incluída a prevenção do tráfico internacional ilícito de rejeitos perigosos 21. Gestão ecologicamente racional dos rejeitos sólidos e questões relacionadas com as matérias fecais 22. Gestão inócua e ecologicamente racional dos rejeitos radioativos Seção III. Fortalecimento do papel dos grupos principais 23. Preâmbulo
  • 3. 24. Medidas mundiais em favor da mulher para atingir um desenvolvimento sustentável e equitativo 25. A infância e a juventude no desenvolvimento sustentável 26. Reconhecimento e fortalecimento do papel das populações indígenas e suas comunidades 27. Fortalecimento do papel das organizações não-governamentais associadas na busca de um desenvolvimento sustentável 28. Iniciativas das autoridades locais em apoio ao Programa 21 29. Fortalecimento do papel dos trabalhadores e seus sindicatos 30. Fortalecimento do papel do comércio e da indústria 31. A comunidade científica e tecnológica 32. Fortalecimento do papel dos agricultores Seção IV. Meios de execução 33. Recursos e mecanismos de financiamento 34. Transferência de tecnologia ecologicamente racional, cooperação e aumento da capacidade 35. A ciência para o desenvolvimento sustentável 36. Fomento da educação, a capacitação e a conscientização 37. Mecanismos nacionais e cooperação internacional para aumentar a capacidade nacional nos países em desenvolvimento 38. Acordos institucionais internacionais 39. Instrumentos e mecanismos jurídicos internacionais 40. Informação para a adoção de decisões 41. ligados a eco 92