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OITOTENDÊNCIASEXECUTIVASPARA2017
Liderando em um Mundo Digital
Índice
22
INTRODUÇÃO
Liderando em um mundo digital..........................................................3
Uma nova abordagem para o recrutamento de executivos ..................4
8 TENDÊNCIAS FUNDAMENTAIS PARA EXECUTIVOS
TENDÊNCIA 1
Como a geração Z está redefinindo
o papel do líder de RH..........................................................................5
TENDÊNCIA 2
Uma nova função para o Diretor Executivo Financeiro (CFO):
preservar a confiança em um clima de rápida mudança......................9
TENDÊNCIA 3
A influência digital na formação
de liderança tecnológica ....................................................................12
TENDÊNCIA 4
Utilizando a inovação digital
na saúde pública................................................................................15
TENDÊNCIA 5
O impacto da digitalização
na eficiência da cadeia produtiva..........................................................9
TENDÊNCIA 6
Os Diretores de Tecnologia de Informação (CIO) no centro
da Indústria 4.0 ..................................................................................23
TENDÊNCIA 7
Digitalização - a nova
medida de valor corporativo...............................................................27
TENDÊNCIA 8
Preços lucrativos em serviços profissionais:
utilizando a digitalização para oferecer um serviço mais rápido
e com qualidade.................................................................................30
CONCLUSÃO
Talento empresarial - a chave
para a sobrevivência da organização .................................................34
Nossa presença global: consultores experientes e
dedicados em todo o mundo ..............................................................37
3
OITO TENDÊNCIAS EXECUTIVAS PARA 2017
BEM VINDOS A 8 TENDÊNCIAS EXECUTIVAS
Liderando em um mundo digital
Como consultores de recrutamento e seleção de executivos, ajudamos
empresas a encontrar líderes e executivos capazes de impulsionar o
crescimento e implementar mudanças em um mundo cada vez mais
digital.
Após o sucesso da primeira edição dos artigos da Page Executive no ano
passado, fomos inspirados a reunir a experiência de nossos consultores
executivos em uma nova série, abrangendo as principais tendências
dentro de suas áreas de especialização.
Essas tendências refletem a natureza digital das mudanças que
impactam todos os setores que operamos. Contudo, a dimensão humana
mantém-se como um componente central: o talento está no cerne de
todas as considerações ao conduzir tais mudanças e levar as
organizações adiante.
Nossos 139 consultores da Page Executive em 24 países estão em uma
posição única para ajudá-lo a encontrar o talento essencial para
capitalizar sobre essas tendências. Em “8 Tendências Executivas para
2017”, descrevemos a natureza das mudanças observadas, e como
líderes e executivos sênior desempenham uma função fundamental à
medida que novas tendências começam a surgir.
Espero que você goste de ler nossa nova série de tendências executivas.
Por favor, divida sua opinião conosco!
Olivier Lemaitre
4
OITO TENDÊNCIAS EXECUTIVAS PARA 2017
Page Executive:
uma nova abordagem para o
recrutamento de executivos
O mundo corporativo está em um estado de transição rápida e as empresas
precisam das pessoas certas para liderá-las com sucesso através dessa
transformação.
Na Page Executive, repensamos nosso modelo de negócios para alinhá-lo
melhor com as necessidades de nossos clientes.
Nós o ajudamos a identificar líderes empresariais que se
encaixem em sua cultura, valores e estratégia.
Nossa motivação intrínseca é ajudar a sua organização a avançar para ter
sucesso em um ambiente em mudanças constantes e aceleradas.
Nosso foco não é apenas buscar e descobrir talentos de primeira linha,
mas tornar-se seu parceiro comercial de longo prazo, um conselheiro de
confiança que possa ajudá-lo a recrutar executivos que irão impulsionar o
crescimento da sua organização e garantir seu sucesso futuro.
5
Líderes são fundamentais para atrair com sucesso os talentos da Geração
Z, aqueles nascidos entre meados da década de 1990 e meados da década
de 2000. Líderes empresariais representam não só o que sua empresa faz,
mas o que ela representa. Eles terão uma necessidade cada vez maior de
tornar seu negócio atraente para esses “nativos digitais” empreendedores
e criativos que agora estão entrando na faixa dos vinte anos.
Com os baby boomers, a geração do milênio e membros mais velhos da
Geração Z ativos no local de trabalho, a própria natureza do funcionamento
de uma empresa e sua geração são afetadas.
Apresentando a Geração Z
Os membros da Geração Z, a mais jovem do conjunto, são altamente
perceptivos devido ao seu acesso e cultura online. Eles são capazes de
identificar marcas corporativas enganosas rapidamente. Eles querem ver
empresas apoiando seus princípios ferozmente e defendendo aquilo que
representam - e não apenas ‘falando por falar’.
Estilo de liderança, estratégias de retenção de talento e envolvimento do
colaborador são apenas alguns dos desafios que as empresas terão de
enfrentar como resultado.
Esther Roman, Diretora Regional de Recursos Humanos do PageGroup,
observa, “As Empresas costumam abordar o trabalho com uma
mentalidade de ‘há um trabalho a ser feito’, enquanto os colaboradores
COMO A GERAÇÃO Z ESTÁ REDEFININDO O PAPEL DO LÍDER DE RH
OITO TENDÊNCIAS EXECUTIVAS PARA 2017
TENDÊNCIA 1
Como a geração Z está
redefinindo a função do
líder de RH
As aspirações de uma nova onda de colaboradores
estão impactando as estratégias de RH e forçando as
organizações a explicar e redefinir seus objetivos.
Espera-se que as empresa demonstrem seus
valores, cada vez mais visíveis e sujeitos ao
escrutínio, devido à crescente digitalização.
6
OITO TENDÊNCIAS EXECUTIVAS PARA 2017
COMO A GERAÇÃO Z ESTÁ REDEFININDO O PAPEL DO LÍDER DE RH
estão cada vez mais impulsionados pela missão e pela confiança de
executar plenamente seu trabalho. Tais colaboradores tendem a querer
contribuir, o que faz com que sejam profissionais de nível básico ideais. Os
empregadores devem, portanto, rever suas estratégias para que possam
encontrar e se conectar a tais colaboradores em potencial.”
O Líder de Práticas de RH, para a Page Executive na Europa, Raphael
Asseo, explica:“Os membros da Geração Z colocam sua ética de trabalho,
diversidade e o equilíbrio entre a vida profissional e a vida pessoal no centro
de seus interesses e prioridades ao decidir se devem ou não se juntar à
uma empresa.”
A Geração Z coloca sua ética de trabalho, diversidade e o
equilíbrio da vida profissional no centro de seus
interesses e prioridades ao decidir se deve ou não se
juntar à uma empresa.”
Uma nova onda de colaboradores talentosos
A Geração Z é automotivada e tem espírito empreendedor. Eles foram
confrontados com incertezas, ainda mais do que a geração do milênio, a
geração que os precede. Como resultado, eles buscam um trabalho que
seja significativo: o salário não é um fator preponderante. Além disso, eles
viram a lealdade de seus pais e irmãos mais velhos não ser recompensada
pelos seus empregadores, então para eles lealdade deve ser uma via de
mão dupla.
Os nativos digitais são progressivos, cresceram no mundo online e tiveram
acesso a mais recursos do que nunca. Eles tendem a ser excelentes
“networkers”, o que aumenta significativamente suas chances de sucesso
em qualquer coisa a que se dediquem.
Um exemplo de sucesso de sua geração é o Nick D’Aloisio , nascido em
1995, um programador e empresário online, que fundou o Summly , um
algoritmo de sumarização automática. Ele vendeu o aplicativo em 2013
por um valor informado de $30 milhões de dólares, tornando-o um dos
milionários mais jovens da história. Ele posteriormente passou a liderar o
Yahoo News Digest, antes de finalmente decidir voltar para a universida-
de.
Nick D’Aloisio representa o empreendedor de espírito ambicioso da
Geração Z. Outro exemplo envolve aquelas pessoas que tendem a preferir
trabalhar em estruturas empresarias menos hierarquizadas e em
empresas onde possam ser ágeis e participar do processo de tomada de
decisão.
Empresas mais tradicionais precisam criar um terreno comum para
trabalhar com essa geração. Estruturas de gerenciamento menos
hierarquizadas e a utilização de uma metodologia ágil são apenas algumas
das medidas que irão criar condições para uma relação de trabalho mais
frutífera e mutuamente respeitosa, o que ajudará na retenção de talentos.
7
OITO TENDÊNCIAS EXECUTIVAS PARA 2017
COMO A GERAÇÃO Z ESTÁ REDEFININDO O PAPEL DO LÍDER DE RH
TTransparência e flexibilidade - uma parceria em retenção
À medida que a Geração Z rompe os limites dos modelos tradicionais de
trabalho, os departamentos de RH precisarão rever suas estratégias de
retenção de talentos. Um exemplo extremo é a Buffer, uma empresa de
mídia social fundada em 2010 que divulga publicamente seus salários .
O que você defende é atrativo para a Geração Z?
Refletir sobre o propósito é importante para a Geração Z. As empresas
precisam rever o que representam, especialmente porque se espera que a
força de trabalho irá incluir pelo menos 50% da Geração Z até 2020.
Mas, como os empregadores podem fazer isso efetivamente? Para
começar, eles devem ir além da apresentação sumária de marketing e da
página de responsabilidade social corporativa (CSR) que aparece em seu
sites, pois estes não irão aguçar o apetite daqueles que desejam fazer parte
de uma causa maior.
A CSR como um ato cínico para pagar menos impostos certamente não
impressionará essa geração. Será que a empresa realmente defende a
causa que escolheu? Frequentemente, as empresas perdem isso de vista.
Depois de ter investido um grande esforço para encontrar uma causa e
alinhá-la ao seu negócio nas etapas iniciais, elas permitem que esse
vínculo enfraqueça com o tempo.
Esther Roman explica que, “Os líderes precisam garantir que, ao definirem
o que defendem, eles não se resumam a satisfazer todos os requisitos
aparentes para o sucesso’. Em uma era na qual as empresas
encontram-se continuamente no centro das atenções do público, isso logo
se tornará bastante evidente. Isso torna a visibilidade da marca dos
empregadores, em seu sentido mais amplo, cada vez mais importante na
estratégia de RH, com a necessidade de projetar valor, cultura, entrega – e
tudo isso precisa ser consistente e gerido de forma eficaz.”
Os líderes precisam garantir que, ao definirem o que
defendem, eles não se resumem a satisfazer todos os
requisitos aparentes para o sucesso’. Em uma era na
qual as empresas encontram-se continuamente no
centro das atenções do público, isso logo se tornará
bastante evidente.
INFORMAÇÕES CHAVE
8
OITO TENDÊNCIAS EXECUTIVAS PARA 2017
COMO A GERAÇÃO Z ESTÁ REDEFININDO O PAPEL DO LÍDER DE RH
Os líderes devem
demonstrar
consistentemente
por que seus
colaboradores
tomaram a
decisão certa em
escolher
trabalhar para
eles.
Líderes são altamente
influentes ao definir o que
sua empresa representa e
comunicá-lo de maneira
autêntica
Líderes de RH precisam levar
em consideração as expecta-
tivas dos colaboradores
quanto ao trabalho significa-
tivo e o trabalho flexível
A transparência é um
componente importante na
estratégia de recrutamento
da empresa, particularmen-
te com essa nova geração de
colaboradores
Em 2015, a Payscale entrevistou colaboradores quanto à satisfação no
trabalho e com pagamento. Descobriu-se que, quanto mais informações os
colaboradores tinham do porquê eles recebiam aqueles valores, menos
provável sairiam dos empregos. Eles procuram transparência em tudo, o
isso inclui até a gestão. A sua empresa possui um plano de carreira?
Além disso, modelos de trabalho flexíveis são algo com que não só muitos
se acostumarão, mas que também se sentirão no direito de ter. Na empre-
sa de design de software, Autodesk, com sede nos EUA, os colaboradores
podem usufruir de seis semanas sabáticas e desfrutar de refeições gratui-
tas e horários de trabalho flexíveis.
Oferecer horários flexíveis e capacidades para trabalhar remotamente dá
aos colaboradores um senso de controle, particularmente em torno do
equilíbrio entre a vida pessoal e a profissional. Isso também aumenta o
compromisso e pode ajudar a resolver escassez de talentos.
Tais modelos não são restritos às empresas de criação ou start-ups;
grandes empreendimentos corporativos também estão chegando a essa
conclusão. Eles estão reconhecendo devidamente a necessidade de rever
políticas tradicionais e ultrapassadas para contratar e manter esse
elemento cada vez mais importante de sua força de trabalho.
Liderando pelo exemplo
Os CEOs precisam estar envolvidos e aproveitar todas as oportunidades
para comunicar o que eles representam.
Marc Benioff, Presidente e CEO da Salesforce, é um bom exemplo de ‘ir
além dos negócios’. Quando sua empresa se estabeleceu, ele iniciou um
modelo de filantropia 1-1-1, doando 1% de cada um de seus produtos,
ações e tempo dos colaboradores para a comunidade. Benioff também é
expressivo, e ativo, quanto a questões socais, tais como pagamentos
igualitários e direitos humanos. Seu engajamento e sua abordagem
influente mostram como um líder autêntico pode fazer uma grande
diferença.
Como figuras de destaque da empresa, CEOs e outros líderes devem
mostrar solidariedade e uma intenção verdadeira de fazer a diferença ou
arriscam perder a credibilidade. Eles devem “liderar pelo exemplo”, pois
no final das contas os colaboradores refletirão os gestores e estes
espelharão seus líderes.
A rentabilidade é, certamente, essencial para a administração de uma
empresa sustentável. Mas, concentrar-se apenas nos números indica uma
desconexão e a perda da oportunidade de identificar e projetar o que se
representa.
Conclusão
O desafio real para o RH é manter a Geração Z, deixar claro com o que a
empresa está trabalhando e criar uma proposta atrativa para eles. Os
líderes devem demonstrar consistentemente porque seus colaboradores
tomaram a decisão certa ao escolher trabalhar para eles.
Como figuras de destaque da empresa, CEOs e outros líderes devem
mostrar solidariedade e uma intenção verdadeira de fazer a diferença ou
arriscam perder a credibilidade. Eles devem “liderar pelo exemplo”, pois
no final das contas os colaboradores refletirão os gestores e estes
espelharão seus líderes.
UMNOVOPAPELPARAODIRETOREXECUTIVOFINANCEIRO(CFO):PRESERVARACONFIANÇAEMUMAAMBIENTEDERÁPIDAMUDANÇA 9
OITO TENDÊNCIAS EXECUTIVAS PARA 2017
Ao descobrir qual indústria foi considerada como a mais confiável, o
Barômetro de Confiança de Edelman pesquisou uma faixa de mais de
33.000 pessoas da população em geral. Os resultados colocaram a
tecnologia como uma das mais confiáveis acima de indústrias como a
farmacêutica, automotiva e de telecomunicações.
O CFO - campeão de inovação
A função do Financeiro passou por transformações tecnológicas radicais. A
expansão de uma automação mais fluida levou à diminuição e a
racionalização de processos manuais demorados, incluindo auditorias
internas, arquivamento e contabilidade. Essa automação levou a uma
maior capacidade de descobrir e perceber padrões nos dados e identificar
tendências emergentes, e finalmente otimizar a força de trabalho e
melhorar a eficiência.
TENDÊNCIA 2
Uma nova função para o Diretor
Executivo Financeiro (CFO):
preservar a confiança em uma
ambiente de rápida mudança
A confiança é um elemento vital nos negócios. Se as
empresas não cultivarem e construírem a confiança,
elas enfrentarão dificuldades em motivar seus
funcionários e atrair e manter os talentos chave.
As análises adquiridas da digitalização permitem que
as empresas tenham mais visibilidade em termos de
precisão, desempenho e controle definitivo – o que
influencia a confiança.
10
OITO TENDÊNCIAS EXECUTIVAS PARA 2017
A necessidade de guiar e mudar a mentalidade
Conforme relatado em nosso Barômetro de Lideranças Financeira e CFOs ,
os CFOs são percebidos como os líderes de mudança que implementam esses
novos sistemas e ajudam a impulsionar a indústria e a empresa adiante. Eles
agora têm a pressão adicional de manter e melhorar os níveis de confiança
internamente e externamente. Isso está ocorrendo em um momento em que a
TI tem maiores consequências sobre riscos legais, os tópicos de RH estão se
tornando mais complexos e há o crescente uso da tecnologia nas empresas.
Mais frequentemente, é com o processo que os colaboradores tendem a ter
dificuldade em adotar - e não a tecnologia ou sistema em si. Assegurar que os
processossejamestabelecidosdaformamaiseficientepossívelparaminimizar
a interrupção contribuirá para uma adoção mais ampla e para que haja fé na
mudança.
A importância da ‘presença humana’
A inovação geralmente afeta o lado humano de qualquer empresa. Em
meio às mudanças trazidas pela automação, o RH tem uma função a
desempenhar na retenção de talentos junto com o CFO. Eles terão que
desenvolver programas juntos para promover e manter os níveis de
confiança.
Dado que a mudança é inevitável, é imperativo que os CFOs estejam
totalmente preparados para a mudança. Eles devem construir a confiança
em suas equipes e através da força de trabalho mais ampla, mostrando a
verdadeira liderança e comunicando claramente a visão de seu
departamento, o que isso representa para sua empresa e que impacto terá
nas equipes.
Honestidade sobre a situação atual das coisas e transparência sobre a
visão ajudarão a facilitar a mudança. Envolver os colaboradores no
processo, mantendo-os atualizados quanto ao progresso e celebrando o
sucesso não só ajudará a gerar confiança, mas oferece um preparo melhor
para um novo futuro, melhorando as chances de transformá-los em
apoiadores mais comprometidos.
Honestidade sobre a situação atual das coisas e
transparência sobre a visão ajudará a facilitar a mudança.
UMNOVOPAPELPARAODIRETOREXECUTIVOFINANCEIRO(CFO):PRESERVARACONFIANÇAEMUMAAMBIENTEDERÁPIDAMUDANÇA
INFORMAÇÕES CHAVE
11
OITO TENDÊNCIAS EXECUTIVAS PARA 2017
O Financeiro hoje precisa de um ‘ecossistema’ de
colaboradores com as habilidades certas, sistemas que
apoiem níveis mais altos de automação e processos para
alcançar um controle geral efetivo.
Quando se fala sobre a otimização e adoção de novos processos para
transformar o financeiro nos Centros de Serviços Compartilhados da
PageGroupemBarcelona,oDiretorFinanceiro,GeoffreydeBeaucorps,afirma
que, “A tecnologia é um facilitador. É o que as pessoas fazem com a tecnologia
que importa”, antes de dar um exemplo: “A própria palavra ‘processo’ soa
como uma máquina. Em essência, o que importa são as pessoas."
O Financeiro hoje precisa de um ‘ecossistema’ de colaboradores com as
habilidades certas, sistemas que apoiem níveis mais altos de automação, e
processos para alcançar um controle geral efetivo.
Para incutir confiança, os CFOs e os líderes de RH precisam garantir a seus
colaboradores que novas funções surgirão. É importante que os CFOs
avaliem seus colaboradores para perceber quem pode se adaptar à
mudanças e acolher novas oportunidades. Um mapeamento de
colaboradores com potencial real para crescer ajudará a desenvolver
efetivamente a transformação digital e impulsionará a participação.
Essencialmente, o que a tecnologia fará é ajudar a força de trabalho a se
tornar mais eficiente como um todo e apoiar os colaboradores para que
tornem-se mais inteligentes em suas funções.
Conclusão
Os CFOs devem cumprir a promessa de tecnologia, levando em
consideração os fatores humanos críticos. A alta tecnologia também
requer contato intenso - um nível de interação humana. Enquanto a
automação representará o fim de alguns empregos relacionados ao
processo, ela demanda novas habilidades conforme tecnologias
inovadoras surgem.
As pessoas precisarão implementar, manter e gerenciar esses novos
processos automatizados. Para manter os níveis de confiança, os CFOs
terão que envolver-se continuamente com os colaboradores e oferecer o
desenvolvimento de talentos para ensinar habilidades adicionais a sua
força de trabalho.
Os CFOs tornaram-se
campeões de inovação e
líderes de mudanças - seu
senso de gerenciamento de
pessoas é cada vez mais
importante
Ao promover mudanças, os
CFOs têm a responsabilida-
de por influenciar a mentali-
dade de seus colaboradores
para ganhar a confiança
incondicional de sua força
produtiva
Os CFOs precisam ser trans-
parentes sobre a visão de
sua função para inspirar
confiança dentro de sua
empresa como um todo
Enquanto a automação representará o fim de alguns
empregos relacionados ao processo, ela demanda
novas habilidades conforme tecnologias inovadoras
surgem.
UMNOVOPAPELPARAODIRETOREXECUTIVOFINANCEIRO(CFO):PRESERVARACONFIANÇAEMUMAAMBIENTEDERÁPIDAMUDANÇA
-
12
OITO TENDÊNCIAS EXECUTIVAS PARA 2017
TENDÊNCIA 3
A influência digital na
formação de liderança
tecnológica
O departamento de tecnologia, hoje, não é mais um
complemento para as empresas na suavização e
simplificação de seus processos, mas sim um
componente integral e central de quase todas as
operações comerciais, essencial para cumprir a
missão principal da empresa.
À medida que a digitalização se estende por todos os
cantos da organização, como este movimento está
mudando os princípios e as práticas da liderança
executiva? A digitalização poderia afetar a dinâmica
na sala de reunião?
Um fase de transição
Um resultado natural da crescente importância das tecnologias é a
ascensão à proeminência do líder em tecnologia. Os nativos digitais -
aqueles educados com tecnologia de informação desde o nascimento -
estão começando a assumir o centro das atenções, com o enfoque
corporativo se afastando dos imigrantes digitais, aqueles que nasceram
antes do uso generalizado da tecnologia de informação.
A fase de transição atual cria um importante “espaço” no qual se pode
reduzir as diferenças entre os nativos e os imigrantes. Isso dá aos nativos
digitais a oportunidade de aprender lições dos líderes que os precederam.
A INFLUÊNCIA DE NATIVOS DIGITAIS NA FORMAÇÃO DE LIDERANÇA TECNOLÓGICA
13
OITO TENDÊNCIAS EXECUTIVAS PARA 2017
Um modelo evolutivo de liderança tecnológica
Marinka de Groot, Diretora Adjunta e Líder de Prática em Tecnologia da
Page Executive na Europa, diz que a era digital está mudando o que
significa ser um líder: “As mudanças vão além das pequenas diferenças
que sempre existiram entre os líderes de diferentes setores. O surgimento
de novas habilidades, uma nova linguagem e novos processos trouxeram
uma maior diversidade na liderança, o que por sua vez incentiva a inovação.
Certamente existe mais criatividade envolvida.”
À medida que o surgimento de novas tecnologias impulsionaram o líder em
tecnologia em primeiro plano, surge uma pergunta: O que está
impulsionando a inovação - a tecnologia ou os próprios líderes em
tecnologia?
A tecnologia se torna uma segunda natureza para todos os
líderes sênior
Os CEOs atualmente estão mais suscetíveis a se sentirem confortáveis
com a tecnologia e a ter uma compreensão do contexto tecnológico que
excede em muito seus antecessores’.
Aplicar e explorar a tecnologia são uma segunda natureza para muitos
líderes executivos nas empresas de hoje. Eles administram uma empresa,
mas também têm o benefício adicional de conhecer várias linguagens de
computação, com um profundo entendimento de sistemas operacionais,
métricas e analítica.
Marinka explica, “Tempos de desenvolvimento contraem-se à medida que
as pessoas entendem a tecnologia mais naturalmente. Onde o
planejamento a longo prazo costumava ser a regra, agora é mais comum
para líderes em tecnologia serem ágeis e focados no curto prazo.”
Tradicionalmente, os CEOs, CMOs ou CFOs das empresas
supervisionariam as decisões e direções estratégicas. Mas, como Marinka
observa, uma mudança está ocorrendo: “Estamos vendo mais e mais CTOs
aparecendo nas salas de reuniões e a função está se tornando um
componente necessário nas posições de nível executivo das empresas.”
Ela acrescenta que “Também estamos vendo mais solicitações de
recrutamento para CIOs (diretor executivo de informação) e CDOs (diretor
executivo digital). Isso é uma evidência adicional de importância crítica da
tecnologia para o tecido empresarial. Ela mudou a dinâmica na sala de
reuniões e atraiu as empresas para o século vinte e um.”
Adaptar para sobreviver
As empresas devem agora mover-se rapidamente para colocar a
tecnologia no centro de seus negócios se pretendem ter sucesso no que
chamamos de era digital - o que está se tornando simplesmente a maneira
como os profissionais e empresas operam.
“Estamos vendo mais e mais CTOs aparecendo nas salas
de reuniões e a função está se tornando um componente
necessário nas posições de nível executivo.
A INFLUÊNCIA DE NATIVOS DIGITAIS NA FORMAÇÃO DE LIDERANÇA TECNOLÓGICA
INFORMAÇÕES CHAVE
14
OITO TENDÊNCIAS EXECUTIVAS PARA 2017
Acelerando o tempo até a comercialização
A crescente confiança na tecnologia traz um aumento da dependência de
líderes em tecnologia para conduzir a indústria na direção correta. Mas
qual é o efeito disso?
Esses líderes em tecnologia se movem a velocidades sem precedentes. O
tempo para desenvolver e testar um produto digital é infinitamente menor,
comparado a um produto tangível. Os empreendedores podem desenvolver
um produto digital, testá-lo e fundar sua própria empresa para vendê-la
em poucos meses.
Como resultado, as funções de Marketing e Tecnologia estão trabalhando
mais estreitamente do que nunca. O diretor executivo digital, outra função
de destaque na tecnologia, frequentemente une habilidades tecnológicas
com experiência em marketing.
Conclusão
A tecnologia costumava assumir uma função secundária. Agora, com a
aplicação generalizada da digitalização, ela tornou-se a força motora para
a inovação e a mudança. Como consequência, os líderes em tecnologia
estão moldando o nível executivo de empresas.
Bancos, lojas, o setor farmacêutico... empresas de todos os setores agora
possuem tecnologia em sua essência. Essa generalização da tecnologia e
a importância da equipe de tecnologia e seu líder significa que as empresas
precisam se reinventar. Os modelos de negócios tradicionais já não são
sustentáveis em um mundo onde tudo é digital.
A INFLUÊNCIA DE NATIVOS DIGITAIS NA FORMAÇÃO DE LIDERANÇA TECNOLÓGICA
A tecnologia está agora enraizada em nosso do dia-a-dia; basta observar o
crescimento de tecnologia inteligente e a disseminação da automação em
todos os aspectos de nossas vidas. Com uma conexão à internet, muitas
vezes o único investimento necessário para concretizar uma ideia
comercial, empreendedores estão começando jovens, enquanto estão na
universidade ou ainda mais cedo. Assim, líderes em tecnologia não vêm
necessariamente com décadas de experiência. Não é nenhuma surpresa
que os fundadores do Facebook e da Groupon, agora bilionários, estavam
na faixa dos 20 anos quando criaram suas respectivas empresas.
Esses nativos digitais por excelência têm um profundo conhecimento de
tecnologia porque aprenderam as habilidades enquanto crianças. Eles
sabem o que significa trabalhar em uma organização digital. Eles usam
metodologias rápidas, como o SCRUM. Sua perspectiva única e
conhecimento distinto de muitas maneiras compensa por sua comparativa
falta de experiência.
O tempo para desenvolver e testar um produto digital é
infinitamente menor, comparado a um produto tangível.
Os líderes em tecnologia
estão mais criativos do que
nunca, encontrando novas
maneiras de impulsionar
inovação e eficiência
O diretor de tecnologia pode
potencialmente ultrapassar
o CEO em importância
A digitalização está em toda
parte e líderes em tecnologia
estão no comando para
mover a organização adiante
a uma velocidade sem
precedentes
15
OITO TENDÊNCIAS EXECUTIVAS PARA 2017
TENDÊNCIA 4
Utilizando a inovação
digital na saúde pública
Graças à inovação digital, as multinacionais na
indústria da saúde agora são capazes de assistir os 4
bilhões dos cidadãos mais pobres do mundo.
Para seguir os passos de pioneiros que estão à frente
em servir esse amplo mercado inexplorado, os
líderes empresariais terão de abandonar conceitos
reconhecidos de mercado, distribuição e finanças e
desenvolver uma compreensão empática das
necessidades das comunidades desfavorecidas.
Mais de 200 milhões de pessoas na Índia, muitas delas vivendo em favelas
e áreas rurais, estão precisando de tratamento oftalmológico. Apesar da
maioria de suas aflições serem facilmente tratadas, muitos perdem a visão
porque não pode arcar com a assistência médica.
A clínica indiana Aravind Eye Care encontrou uma forma de enfrentar esse
problema. Ela é capaz de realizar cirurgias corretivas por apenas U$ 50
dólares por paciente. Através de vídeo conferência wireless de alta
velocidade, os médicos podem consultar centenas de pacientes rurais por
dia. A clínica é um dos exemplos mais bem-sucedidos de empresas que
desenvolveram produtos e serviços para os pobres com a ajuda de novas
tecnologias.
Um mercado vasto e inexplorado
Inspirados em livros dos influentes estrategistas de negócios C.K. Prahalad
e Stuart L. Hart, muitas multinacionais estão agora tentando alcançar
grupos de baixa renda. Não somente por um senso de responsabilidade
UTILIZANDO A INOVAÇÃO DIGITAL NA SAÚDE PARA ALCANÇAR OS POBRES
-
16
OITO TENDÊNCIAS EXECUTIVAS PARA 2017
social. As pessoas com um rendimento anual de menos de U$ 1.500
dólares representam um grande potencial para o mercado:
aproximadamente 60% da população mundial. Muitos vivem em mercados
emergentes como a Ásia, África ou América do Sul.
Como Jeffrey Immelt, CEO da General Electric, coloca, “Se não
elaborarmos inovações nos países pobres e torná-las globais, novos
concorrentes no mundo em desenvolvimento o farão.”
Procurando a fórmula de ouro
Mas, é mais fácil falar do que fazer. Para assistir os cidadãos mais pobres,
as empresas não podem apenas contar com a inovação digital. Elas
precisam reinventar completamente seus modelos de negócios. Tudo o
que as empresas sabem sobre inovação, cadeia produtiva, finanças e
estratégias de marketing simplesmente não funciona com os
consumidores na chamada “base da pirâmide econômica” (BoP).
Além do mais, mover-se para esse mercado terá um grande impacto sobre
a política de RH da empresa e sobre o que se espera de seus executivos. É
um ato de fé, sem nenhuma fórmula de ouro para aplicar.
Reinventando modelos empresariais tradicionais
Aqui, a Aravind Eye Care pode servir como um exemplo. O fundador da
clínica, o oftalmologista indiano Dr. Govindappa Venkataswamy, elaborou
uma abordagem completamente nova para organizar um clínica médica.
Inspirado na McDonald’s, ele organizou de maneira similar todo o processo
em uma linha de produção na qual um indivíduo é treinado para realizar
uma tarefa específica. Tornou-se um sucesso tão grande que hoje a clínica
possui franquias em todo o mundo.
Não é por acaso que uma pequena organização tenha concebido um
modelo tão revolucionário, o que é um exemplo típico de ‘inovação
disruptiva’ - um termo criado pelo professor de administração de Harvard,
Clayton Christensen.
De acordo com Christensen, as grandes corporações são por via de regra
menos suscetíveis a serem disruptivas, pela simples razão de que elas
querem evitar o risco. As carreiras e os benefícios dos executivos
dependem da receita que eles arrecadam: porque investir tempo e
recursos em um projeto de baixa margem ou marcado pela incerteza se
eles podem garantir o crescimento servindo um mercado já desenvolvido?
Como mudar a mentalidade dos executivos
É precisamente essa mentalidade que impede que muitos produtos e
serviços para grupos de baixa renda de saiam dos blocos iniciais,
argumenta C.K. Prahalad, na Revew Business de Harvard: “A maior
mudança precisa vir das atitudes e práticas dos executivos. A força de
trabalho tradicional é tão rigidamente condicionada a operar em mercados
As pessoas com um rendimento anual de menos de U$
1.500 dólares representam um grande potencial para o
mercado: aproximadamente 60% da população
mundial.
Grandes
corporações são
por via de regra
menos suscetíveis
a serem
disruptivas, pela
simples razão de
que elas querem
evitar o risco.
UTILIZANDO A INOVAÇÃO DIGITAL NA SAÚDE PARA ALCANÇAR OS POBRES
17
OITO TENDÊNCIAS EXECUTIVAS PARA 2017
mais elevados que, sem treinamento formal, é improvável ver o enorme
potencial do mercado BoP.”
Ele enfatiza a importância de educar jovens administradores, fazendo-os
passar alguns anos de sua formação em mercados BoP para observar as
oportunidades. Somente se todos líderes na empresa, de gerentes na base
até os CEOs, estiverem incluídos é que existirá uma chance de sucesso do
projeto. Isso é porque a coordenação entre diferentes níveis de empresas
e departamentos só se tornam viáveis se uma nova iniciativa se alinha com
os valores, processo e rotinas da organização.
Infelizmente, muitos projetos são executados por um único, ainda que
empenhado, grupo de indivíduos, isolados do resto da organização.
Utilizando a tecnologia de forma inteligente
A Unilever é uma das poucas grandes corporações que levam sua missão
nos mercados BoP a sério. Sua subsidiária indiana, Hindustan Lever,
possui um programa para gestores em todos os níveis, incluindo o CEO,
para conectar-se a clientes pobres, visitando estabelecimentos e
conversando com os clientes sobre suas experiências de produtos da
Unilever.
Foi durante essas sessões que eles descobriram que a comercialização
em um mercado BoP requer uma nova abordagem. Para criar uma
infraestrutura confiável para distribuir seus produtos ao consumidor, a
Hindustan Lever usa tecnologia wireless. Empreendedores locais,
geralmente mulheres, são treinadas em técnicas básicas de TI e
equipadas com um smartphone. O telefone é habilitado com um
minipacote de produtos empresariais, que ajudam a gerir seus negócios
de forma eficiente. Além disso, eles recebem cursos básicos em
contabilidade, vendas e saúde.
Infelizmente, muitos projetos são executados
por um único, ainda que, empenhado, grupo de
indivíduos, isolados do resto da organização
UTILIZANDO A INOVAÇÃO DIGITAL NA SAÚDE PARA ALCANÇAR OS POBRES
INFORMAÇÕES CHAVE
18
OITO TENDÊNCIAS EXECUTIVAS PARA 2017
Marketing para a comunidade
As estratégias de comunicação de marketing também foram ajustadas.
Mais do que direcionar a mensagem para o indivíduo, como normalmente
aconteceria, em áreas pobres a comunidade como um todo deve ser
abordada, porque cada centavo gasto insensatamente por uma pessoa
afeta os familiares.
Então, quando a Hindustan Lever lançou o sabonete Lifebuoy, ela teve que
convencer seus clientes quanto à importância da boa higiene. Começou
com a educação de crianças e seus pais sobre as muitas doenças que
podem ser evitadas através da higienização regular das mãos.
Repensando modelos de pagamento
Mas, até quando uma empresa como a Hindustan Lever encontra seu
caminho para o cliente e empresários locais ela enfrenta outro grande
desafio: a falta de infraestrutura financeira em áreas pobres. Sem um
sistema bancário, os donos de lojas não podem obter um empréstimo para
pagar grandes quantidades de produtos antecipadamente.
O microcrédito tem uma função importante a desempenhar aqui. Foi o
Grameen Bank que colocou este sistema financeiro para os cidadãos
pobres no mapa. Grameen é uma organização de microfinanças
vencedora do Prêmio Nobel da Paz e um banco de desenvolvimento
comunitário, fundado em Bangladesh nos anos 1980.
Hoje, o microcrédito é usado por quase todas as empresas em
funcionamento nos mercados BoP. Ao fornecer para os empresários
locais não apenas empréstimos, mas também treinamento básico, a
Hindustan Lever leva o conceito de microcrédito um passo adiante.
Uma jornada gratificante
A estrada para o sucesso nos mercados BoP pode ser longa e tortuosa. No
entanto, as recompensas são grandes. Fazer negócios nas áreas rurais e
favelas exige criatividade, não menos quando se trata de reduzir custos
operacionais e encontrar melhores sistemas de distribuição. No entanto,
uma vez em funcionamento, essas novas estratégias também podem ser
aplicadas em outros mercados.
O mesmo vale para o produto ou o serviço em si: uma vez que seja inserido
com sucesso para os grupos de renda mais baixa nos países em
desenvolvimento, ele rapidamente evolui no mercado.
Conclusão
Nos países desenvolvidos, há grandes grupos de consumidores vivendo
com rendimento mínimo, procurando produtos acessíveis. Com a ajuda da
inovação digital, esse mercado mal atendido pode ser aberto.
As empresas podem aplicar as lições já aprendidas pelos pioneiros nos
mercados BoP. No entanto, o sucesso depende da disponibilidade para
mudar a mentalidade corporativa e uma vontade de investir, antes que
possam recuperar os benefícios. E isso pode levar anos.
Fazer negócios
nas áreas rurais
e favelas exige
criatividade. No
entanto, uma vez
em
funcionamento,
novas estratégias
também podem
ser aplicadas em
outros mercados.
Muitas multinacionais médicas
estão tentando chegar aos
consumidoresmaispobres,que
representam um vasto
mercadoinexplorado
Paraalcançaroscidadãosmais
pobres, os líderes de empresas
precisam reinventar sua cadeia
produtiva, finanças, inovação e
estratégiademarketing
Para adquirir conhecimento
sobreosconsumidoresdebaixa
renda, os gestores de todos os
níveisdevempassarumperíodo
de formação em comunidades
desfavorecidas
UTILIZANDO A INOVAÇÃO DIGITAL NA SAÚDE PARA ALCANÇAR OS POBRES
19
OITO TENDÊNCIAS EXECUTIVAS PARA 2017
TENDÊNCIA 5
O impacto da digitalização na
eficiência da cadeia produtiva
O rápido crescimento da tecnologia levou a avanços
na cadeia produtiva, em particular, a cadeia produtiva
digital. À medida que o século se desenrola, estamos
vendo uma cadeia produtiva mais interligada, com
integração de sistemas eficientes, sólidos e
avançados tecnologicamente.
Aqui, exploramos os benefícios que a digitalização,
amparada pelo uso inteligente de grandes volumes
de dados e análises de dados, está trazendo para a
cadeia produtiva em termos de aumento de
rentabilidade e redução de gastos.
A cadeia produtiva existe para agilizar os processos envolvidos na
aquisição e como uma forma de aumentar a eficiência em toda a empresa.
Não só a eficiência permanece no centro da cadeia de produção, mas com
a digitalização permitindo altos níveis de conectividade, veremos maior
transparência e colaboração através de diferentes departamentos.
Além disso, para garantir a segurança de recursos de informação valiosos,
as empresas também possuem o desafio de atingir um nível apropriado de
sustentabilidade, ao mesmo tempo em que inovam e avançam na cadeia
produtiva digital em geral.
Analisando a gestão de cadeia produtiva no momento, a Page Executive
identifica cinco tendências:
A digitalização impulsionará o aumento de eficiência
Os gestores da cadeia produtiva que estão dispostos a investir serão
sensatos em olhar para a integração de TI, uma área onde 70% dos
gestores estão planejando investimentos significativos com a ascensão de
novas tecnologias e um impulso para a modernização.
O IMPACTO DA DIGITALIZAÇÃO NA EFICIÊNCIA DA CADEIA PRODUTIVA
OITO TENDÊNCIAS EXECUTIVAS PARA 2017
20
Este investimento criará empregos e ajudará na adoção rápida de
processos baseados na web na cadeia produtiva. Um exemplo é a
tecnologia em tempo real, onde os cliente e colaboradores podem estar
confiantes de que os níveis de estoque exibidos em suas telas refletem a
realidade no armazém a qualquer momento.
Com essa maior visibilidade da cadeia produtiva, os gestores podem agora
monitorar como os diferentes processos estão operando a qualquer
tempo, desde as vendas à logística, levando a transações
interdepartamental melhor informadas.
As grandes análises de dados melhorarão a rentabilidades e
economizarão tempo
Grandes dados e análises preditivas fornecerão às redes melhor precisão
de dados, clareza e capacidade de trabalhar de forma coesa, para obter
melhor inteligência contextual em várias redes individuais.
Um desses exemplos é a previsão de demanda: os varejistas na Rússia
descobriram que as vendas de livros aumentavam no tempo frio. Algumas
livrarias on-line como a Ozun, portanto, aumentaram o número de
sugestões de livros sempre que a temperatura caía.
Precisão excepcional e a habilidade de reagir rápido se mostrarão úteis
quando os modelos de negócio se basearem em ciclos de vida curtos dos
produtos. Como a Accenture descobriu, 36% das empresas concordam
com a necessidade de uma maior integração de TI ao longo da cadeia
produtiva, como mencionados acima, mas 41% das empresas dizem que
os grandes dados significam um tempo de reação mais rápido e efetivo
para os problemas de cadeia produtiva (fonte: Estudos de Mega
Tendências de Operações Globais sobre Grandes Dados na Cadeia
Produtiva).
A proliferação da Internet das Coisas (IoT) significará maior
interconectividade e sofisticação levando a algoritmos inteligentes. Para
melhorar o desempenho da cadeia produtiva, esses algoritmos
‘aprenderão’ comportamentos de planejamento humano e serão capazes
de prever as decisões que precisarão ser feitas.
A mobilidade se tornará a regra
À medida que o poder dos grandes dados é aplicado para aumentar a
eficiência e economizar tempo, a mobilidade se tornará padrão. Melhorias
na infraestrutura continuarão a avançar os fluxos de trabalho da cadeia
produtiva. Os gestores da cadeia produtiva serão libertados de seus
computadores e laptops conforme fizerem a transição para dispositivos
móveis e tablets.
A atualização da cadeia produtiva em tempo real exige que os gestores e
suas equipes tenham fácil acesso aos sistemas centrais. A fim de alcançar
a verdadeira mobilidade, as empresas e gerentes devem compreender a
importância da integração de TI e assegurar que contratem pessoas com
conhecimentos especializados na área, com ênfase especial em
segurança.
Integração de TI - uma área onde 70% dos gestores estão
planejando investimentos significativos.
A mobilidade se
tornará padrão. Os
gestores da cadeia
produtiva serão
libertados de seus
computadores e
laptops conforme
trocam para
dispositivos móveis
e tablets.
O IMPACTO DA DIGITALIZAÇÃO NA EFICIÊNCIA DA CADEIA PRODUTIVA
21
OITO TENDÊNCIAS EXECUTIVAS PARA 2017
Em colaboração com seus fornecedores de soluções de negócios móveis,
os gestores da cadeia produtiva precisarão determinar quais funções e
processos são os principais candidatos para a mobilização.
Com muitas empresas e gestores de cadeia produtiva ainda dependentes
de sistemas antigos, a transformação para trabalho móvel levará tempo
para ser implementada. É provável que haja um amento nos custos,
também, à medida que gerentes passam por treinamento e orçamentos
são reavaliados.
Haverá uma mudança na contratação de talentos
À medida que a tecnologia continua a avançar, o tipo de talento sendo
contratado mudará conforme as lacunas de habilidade tornam-se
aparentes. Os métodos de formação tradicionais não serão mais
relevantes, criando demanda para novos métodos de formação e novos
papéis a cumprir.
Para os gestores, essa mudança significará procurar por pessoas que
estejam confortáveis com sistemas modernos, com o conhecimento de
grandes dados e profundas análises e experiências com novas
tecnologias.
Habilidades pessoais são igualmente importantes, dado o grau de
adaptabilidade exigida. Habilidades como agilidade e aprender rápido são
essenciais para as empresas que adotam mudanças e eles procurarão
talentos com essas habilidades no futuro. O desafio será encontrar esse
talento
Embora a globalização tenha aumentado o banco de talentos, a crescente
mudança tecnológica criou a necessidade por habilidades altamente
especializadas.
Embora a globalização tenha aumentado o leque de
talentos, mudanças tecnológicas frequentes criaram uma
demanda por habilidades altamente especializadas.
O IMPACTO DA DIGITALIZAÇÃO NA EFICIÊNCIA DA CADEIA PRODUTIVA
INFORMAÇÕES CHAVE
22
OITO TENDÊNCIAS EXECUTIVAS PARA 2017
O IMPACTO DA DIGITALIZAÇÃO NA EFICIÊNCIA DA CADEIA PRODUTIVA
Começaremos a levar os drones a sério
A tecnologia de drones está apenas no começo. No entanto, muitas
grandes corporações estão testando a tecnologia de drones e começando
a levá-la a sério. A perspectiva de reduzir seu impacto ambiental,
diminuindo os custos e acelerando a cadeia produtiva tem um grande
apelo. Essa revolução criará novas posições e desencadeará a busca por
talentos mais recentes e diversos.
Grandes empresas como a Amazon, que recentemente se associou ao
Governo britânico para testar pequenos drones de entrega, foram
pioneiras nesse cenário ao longo do último ano. Entretanto, existe um
grande potencial inexplorado para usar drones em armazéns para
recolher e mover produtos.
O uso de drones para entregar produtos ao consumidor ainda está muito
longe. No entanto, à medida que as capacidade melhoram diariamente
(por exemplo, melhor tempo de bateria e tecnologia inteligente), os drones
estão se tornando uma opção mais comercialmente viável. É
tranquilizador que as empresas como a UPS estão testando os drones
para entregas de emergência de suprimentos médicos.
Conclusão
Com sua capacidade de cortar custos e prazos, a digitalização é a resposta
para muitos pontos críticos da cadeia produtiva. A digitalização irá
invariavelmente aumentar a eficiência, conforme os sistemas são
atualizado e integrados, tornando a vida mais fácil para todos os envolvidos
na cadeia produtiva.
Mas, a evolução mais importante serão os drones. Embora longe da
perfeição, os drones abrem nossos olhos para novas possibilidade e a
direção que todas as indústrias desde o varejo até a fabricação podem
tomar. Uma onde de novos talentos precisa ser contratada para entender
e executar essas mudanças e trazer o gerenciamento da cadeia produtiva
para 2017.
A cadeia produtiva verá um
influxo de talentos diversos e
capacidade para aprender
novas habilidades
O usos inteligente de dados
ajudará a produzir mais
lucro
Os gestores da cadeia
produtiva devem investir em
novas tecnologia, como as
tecnologias de tempo real,
para impulsionar a moderni-
zação e aumentar a eficiên-
cia
OS DIRETORES DE TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO (CIO) NO CENTRO DA INDÚSTRIA 4.0 23
OITO TENDÊNCIAS EXECUTIVAS PARA 2017
TENDÊNCIA 6
Os Diretores de Tecnologia de
Informação (CIO) no centro da
Indústria 4.0
Assim como a força do vapor alimentou a primeira
revolução industrial, a eletricidade a segunda e os
computadores a terceira, a Internet das Coisas
impulsionará e possibilitará a quarta: A Indústria 4.0.
As fábricas inteligentes da Indústria 4.0 aumentarão
a produção e os lucros. Mas, eles também
apresentarão grandes desafios àqueles que os
gerenciam.
Como os líderes de empresas devem preparar suas
equipes para a próxima revolução industrial? Os CIOs
indicarão o caminho, criando a ocasião para eles
entrarem no centro das atenções.
Sapatos feitos sob medida para todos os consumidores: essa é a visão de
futuro da Adidas. E eles não são os únicos. Todos os fabricantes esperam
que até os próximos 10 anos mais ou menos, produtos feitos sob medida -
de telefones celulares, a carros e artigos domésticos - serão baratos e
produzidos em massa. Tem tudo a ver com a próxima revolução industrial:
a transição para a Indústria 4.0.
A Indústria 4.0 permitirá que os fabricantes conectem todas as máquinas,
produtos e serviços a uma única rede central wireless. As máquinas
comunicarão, por exemplo, seu status e quaisquer partes que precisem
ser substituídas. Os produtos dividirão informações, por exemplo, sobre a
cor e tamanho exigidos.
Uma vez que todas as informações podem ser disponibilizadas através da
internet, os clientes e fornecedores podem potencialmente ter acesso
direto às maquinas. Isso significaria que os clientes poderiam carregar
suas próprias especificações diretamente para o sistema.
Requalificação da força de trabalho
The World Economic Forum
Moritz von Schaumann-Werder, Associate Director, Page Executive
24
OITO TENDÊNCIAS EXECUTIVAS PARA 2017
Por outro lado, os fabricantes teriam acesso ao dados de seus clientes.
“Isso permitirá que eles mirem as necessidades pessoais específicas de
um cliente, antes que ele ou ela sequer peçam por isso”, explica Moritz von
Schaumann-Werder, Diretor Adjunto na Page Executive. “Imagine passar
por algum lugar e ver um anúncio feito pessoalmente para você. Graças à
Indústria 4.0, isso será possível.”
Desafios estão por vir
Os especialistas preveem que o impacto dessas fábricas inteligentes será
grande. De acordo com um estudo realizado pelo centro de pesquisa
Frauenhofer, na Alemanha, a indústria já pode esperar um lucro de 78
bilhões de euros nos próximos dez anos.
“A nova tecnologia acelerará implacavelmente o processo de fabricação,
até chegar ao limite absoluto,” diz Moritz von Schaumann-Werder. “Um
fabricante de caminhões alemães já é capaz de entregar um reboque
customizado dentro de 18 horas. E ainda não atingimos o pico."
Mas, a nova revolução não deixa de ter desafios significativos. Conforme o
Fórum Econômico Mundial prevê, em 2020, um terço dos conjuntos de
habilidades incluirá habilidades que atualmente não são consideradas
cruciais para o trabalho.
Como os líderes no setor industrial podem preparar suas empresas e
funcionários para essa nova revolução tecnológica?
“As empresas terão que requalificar sua força de trabalho,” diz Moritz von
Schaumann-Werder. “Para dar um exemplo: uma multinacional de
ciências da vida estava recentemente à procura de um perito jurídico, que
também tivesse habilidades e conhecimentos para criar e manter um
banco de dados, para alinhar questões legais globais. Isso mostra como
um conhecimento em TI é importante, independentemente do seu cargo e
função real.”
Até 2020, um terço do conjunto de habilidades incluirá
habilidades que atualmente não são consideradas
importantes para o trabalho.
Um conhecimento em TI é importante, independentemente
do seu cargo e função real.
OS DIRETORES DE TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO (CIO) NO CENTRO DA INDÚSTRIA 4.0
25
OITO TENDÊNCIAS EXECUTIVAS PARA 2017
O centro de pesquisas Gartner chegou à mesma conclusão. As empresas
pesquisadas pela Gartner classificaram análises de dados grandes e o
gerenciamento de processos como as áreas de especialização mais
importantes para adaptação mais rápida de negócios digitais.
A resolução de problemas complexos e pensamento crítico são típicos das
competências gerais que ajudarão as organizações a se adaptarem
rapidamente às mudanças futuras. “Os analistas de banco de dados são
um bom exemplo," diz Moritz von Schaumann-Werder. “Eles precisam
evoluir para cientistas de dados que podem pegar os dados e
transformá-los em informação verdadeiramente úteis."
Trabalhando em uma base de projeto
No entanto, gerenciar todas as adaptações da tecnologia digital
internamente será simplesmente muito caro e demorado. É por isso que
empresas precisam repensar seus modelos de recursos humanos. Para
poder elevar os recursos de TI rapidamente, as empresas terão que
contratar mais especialistas para cada projeto.
“As empresas vão se concentrar mais no gerenciamento de serviços,
terceirizando as funções puramente técnicas”, reflete Moritz von
Schaumann-Werder, acrescentando, “Já há empresas que se
especializam na coleta de dados.”
Especialistas de TI altamente qualificados estão em falta e, na medida em
que a quarta revolução industrial prossegue, a demanda só aumentará.
Para manter sua vantagem competitiva, as empresas são, portanto,
aconselhadas a desenvolver seu banco de talentos – e que ele seja de
preferência internacional.
Principais desafios para os executivos de empresas
A era digital também pode afetar as funções e competências dos gerentes.
Um estudo realizado pelo Instituto para Cultura de Liderança na Era Digital
mostrou que a maioria dos líderes de empresas espera que o trabalho em
equipe se torne mais importante. Além disso, as ideias dos clientes
desempenharão uma função mais importante no desenvolvimento do
produto, de acordo com 80% dos gestores pesquisados, enquanto 79%
preveem que as redes de parceiros se tornarão cada vez mais importantes.
Este último ponto - forjar redes de parceiros - cria um dos principais
desafios para executivos de empresas: para tirar vantagem total das
possibilidades de fábricas inteligentes, as empresas terão que colaborar
nos grupos de compartilhamento de informações
OS DIRETORES DE TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO (CIO) NO CENTRO DA INDÚSTRIA 4.0
OS DIRETORES DE TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO (CIO) NO CENTRO DA INDÚSTRIA 4.0
INFORMAÇÕES CHAVE
26
OITO TENDÊNCIAS EXECUTIVAS PARA 2017
Para tirar vantagem total das possibilidades de fábricas
inteligentes, as empresas terão que colaborar nos grupos
de compartilhamento de informações.
A empresa de alta tecnologia ASML já pede que todos os seus
fornecedores compartilhem fluxos de dados. A vantagem é óbvia: com
acesso aos dados uns dos outros, as empresas podem otimizar o
processo de produção e a cadeia produtiva. Mas, embora muito estejam a
favor de uma maior cooperação, existe um grande debate sobre quanta
informação eles devem compartilhar na prática.
Além disso, existe um problema prático a resolver: nem todas as
empresas usam os mesmos sistemas e formatos para armazenar e
trocar dados. O que um empresa faz quando todos os seus cliente ou
parceiros usam seus próprios formatos? Cabe aos líderes empresariais,
especialmente das grandes empresas, estabelecer padrões com os quais
todos possam trabalhar. A tecnologia para enfrentar esse problema já foi
desenvolvida.
A importância crescente do CIO
Será que essa nova mudança tecnológica também leva à uma revolução
nas salas dos conselhos? De acordo com um relatório recente da
McKinsey & Company, a função do CIO será cada vez mais importante.
O estrategista digital e o colunista da Financial Times, Ade McCormack
concorda: “É uma ótima oportunidade para os CIOs se destacarem,”
escreve na revista CIO. Mas, para isso, ele argumenta, os CIOs terão de
cultivar e aplicar seus conhecimentos: “Muitos CIOs estão sentados em
um campo de petróleo de dados. É hora de começar a perfurar e
desenvolver sua habilidade de refinamento de dados.”
Conclusão
Permitir que “empresa expandida” de clientes e parceiros troquem
informações para uma maior colaboração irá sem dúvida envolver dor,
mas isso é essencial para entregar a visão da nova revolução industrial: A
Indústria 4.0.
O futuro de uma empresa dependerá da constante adaptação em larga
escala de sua infraestrutura digital. Em alguns casos, as empresas
precisarão ainda interromper seu próprio modelo de negócios, antes que
um concorrente o faça por eles. Para enfrentar todos os desafios futuros,
o CEO e o CFO deverão trabalhar em estreita colaboração com o CIO para
desenvolver a estratégia de negócios.
O impacto econômico da
quarta revolução industrial
será enorme, com fábricas
inteligentes aumentando a
produção, lucros e a satisfa-
ção do cliente
As fábricas inteligentes
exigirão um conjunto
completo de habilidades,
tanto dos profissionais de
nível base como no nível de
administração
O CIO indicará o caminho
nesta nova revolução indus-
trial
DIGITALIZAÇÃO – A NOVA MEDIDA DO VALOR CORPORATIVO 27
OITO TENDÊNCIAS EXECUTIVAS PARA 2017
Por que empresas de investimento precisam de líderes
digitais transformacionais
Empresas de investimento precisam de líderes que agreguem valor,
avaliando o grau de digitalização de uma empresa e aqueles que
compreendem e aceitam totalmente isso estão em condições de fazer
melhores avaliações.
O digital permite mudança rápida para ganhos maiores e
desenvolvimento completo através das várias áreas de negócios. Existem
também maior transparência e concorrência - o que pode ser percebido
de positivamente e negativamente.
No capital privado, esta é uma maneira diferente de trabalhar em
comparação com os modelo prévios e estratégias de otimização de
portfólios. Os líderes precisam aceitar plenamente isso, a fim de realizar
melhores avaliações.
TENDÊNCIA 7
DIGITALIZAÇÃO – A nova
medida do valor corporativo
Assim como a força do vapor alimentou a primeira
revolução industrial, a eletricidade a segunda e os
computadores a terceira, a Internet das Coisas
impulsionará e possibilitará a quarta: A Indústria 4.0.
As fábricas inteligentes da Indústria 4.0 aumentarão
a produção e os lucros. Mas, eles também
apresentarão grandes desafios àqueles que os
gerenciam.
Como os líderes de empresas devem preparar suas
equipes para a próxima revolução industrial? Os CIOs
indicarão o caminho, criando a ocasião para eles
entrarem no centro das atenções.
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OITO TENDÊNCIAS EXECUTIVAS PARA 2017
Trabalhar
digitalmente ajuda
as empresas a
identificar ganhos
e perdas, e
colaborar de
forma mais eficaz
internamente e
externamente.
Cada vez mais, os
varejistas ligam os
modos
tradicionais de
varejo, como uma
loja física, a uma
presença on-line
global 24 horas
por dia, 7 dias por
semana, através
de canais digitais,
chats bots e
mídias sociais.
Como a digitalização forjou uma nova linha de
questionamentos?
Anteriormente, as empresas de capital privado normalmente adquiriam
uma empresa com a intenção de aumentá-la antes de adquirir outra, para
eventualmente fundi-las e acrescentar valor à ambas.
Para que essa estratégia seja bem sucedida, a eficiência torna-se um foco
para facilitar melhores práticas operacionais. Hoje, trabalhar digitalmente
está mais no centro dessa eficiência. Entre outras eficiências, ajuda as
empresas identificar ganhos e perdas e colaborar de forma mais eficaz
internamente e externamente. É escalável, rápido e trabalha através de
todo o negócio: operações, cadeia produtiva, marketing de vendas e mais.
Ao avaliar uma empresa, agora é importante fazer perguntas como:
• Como o digital afetou a indústria?
• Que valor traz o digital?
• Quais funções foram digitalizadas até agora?
• A empresa possui uma visão e organização digital, incluindo um diretor
executivo digital ou equivalente?
A necessidade de tranquilidade em um mundo em rápido
movimento
A partir do Estudo de Varejo da Michael Page , fica claro que o mercado
consumidor tem experimentado um aumento das empresas
implementando uma abordagem omnichannel para seus negócios.
Cada vez mais, os varejistas ligam os modos tradicionais de varejo, como
uma loja física a uma presença online global 24 horas por dia, 7 dias por
semana, através de canais digitais, chats bots e mídias sociais.
Tais estratégias, com seu impacto direto na cadeia produtiva e logísticas,
marketing, RH e vendas, exigem uma visão clara de um líder com uma
mentalidade digital.
Se observarmos a mais recente loja de alimentos sem caixas da Amazon,
em Seattle, onde as compras são faturadas automaticamente às contas
dos clientes, podemos ver que não há desaceleração. Em vez disso,
conceitos e modelos inovadores continuarão a liderar a mudança de
negócios.
Portanto, é importante que gestores de capital privado compreendem tal
inovação e que as empresas identifiquem o potencial de inovação através
da digitalização dentro de seu portfólio existente e aquisições planejadas.
As empresas devem possuir habilidades e experiências necessárias por
trás do processo de tomada de decisões para efetuar mudanças
estratégicas inteligentes.
Miguel Portfolio, Diretor Executivo da Page Executive, comenta “As
empresas têm o poder de mudar seus papéis fundamentais nos negócios
que controlam. De fato, é essencial que eles implementem tais mudanças
para permanecerem à frente da concorrência."
DIGITALIZAÇÃO – A NOVA MEDIDA DO VALOR CORPORATIVO
INFORMAÇÕES CHAVE
Max Eweg, Diretor Adjunto
Page Executive
29
OITO TENDÊNCIAS EXECUTIVAS PARA 2017
A importância dos líderes adotarem uma estratégia digital
Uma visão e uma estratégia são essenciais para apontar as áreas chave
dentro do negócio onde o digital pode ser melhor adotado e para descrever
como isso irá impactar o negócio no futuro.
Se houver funções digitais dentro de um departamento, pode fazer sentido
empregar um diretor de digital. Dependerá dos objetivos e, em última
análise, o que o contratado específico espera alcançar no caminho do
crescimento do negócio.
Max Eweg, Diretor Adjunto da Page Executive e responsável pela prática
CFO e Serviços Financeiros, observa, “Algumas vezes descobrimos que
existe uma situação matriz em que o responsável pelas decisões não está
claro. Os CFO relatam para o CEO e, em seguida, há o investidor, que
também é uma parte interessada, ao lado do CEO. Mas, todos esses
líderes estão plenamente cientes do que a transformação digital pode
trazer em termos de investimento e eles possuem uma visão digital
multifuncional compartilhada?"
Empresas de capital privado precisam de estrategistas digitais com
capacidade para compreender, conceituar e direcionar a implementação
de táticas de uma estratégia geral.
O quadro global
Se olharmos para o mundo, as diferenças regionais ficam evidentes.
Wenda Keijzer, Associada Sênior da Page Executive, Holanda, e
responsável pelas Práticas dos consumidores e aspectos Digitais, explica,
“os chineses estão muito à frente na digitalização, mesmo em mercados
tradicionais como o de seguros. Eles pensam no digital em termos de
oportunidades e parcerias. Eles tomam decisões agilmente e são capazes
de inovar com rapidez. Seu mercado também é muito diferente em
comparação com a Europa, com uma população que só usa celulares
impressionantes e a utilização do WeChat, não apenas um aplicativo de
mensagens, mas como um portal e plataforma."
No que diz respeito à digitalização, como uma oportunidade é inerente à
cultura empresarial chinesa. Esse modelo e mentalidade são muitos
diferentes das atitudes e práticas europeias.
Conclusão
A natureza da rentabilidade e o que constitui sucesso no século 21 está
mudando. Compreender a relevância, o nível de inovação e
comportamentos essenciais, além dos conjuntos de habilidade e
competências básicas é essencial. Alinhado com as melhores práticas,
isso ajudará a conduzir um negócio mais rentável em uma era digital.
Na avaliação da saúde de uma empresa nova ou existente, o valor
corporativo não é mais baseado apenas em medidas tradicionais, tais
como modelos de loja física, planta, inventário e transações em fase de
preparação. A ‘diligência devida’ também é agora necessária na medida
em que a empresa avançou em sua jornada digital e seu potencial futuro
para a digitalização.
Os líderes estão
plenamente
cientes do que a
transformação
digital pode trazer
em termos de
investimento e
eles possuem uma
visão digital
multifuncional
compartilhada?
As empresas precisam
recrutar líderes com profun-
do know-how digital, a fim de
maximizar o valor de seu
portfólio
Ao contratar líderes, as
empresas devem olhar para
além da experiência de
capital privado para as
habilidades dos candidatos
de conduzir uma visão digital
multifuncional
Gerentes de capital privado
precisam de habilidades
para encontrar valor em
áreas inexploradas
DIGITALIZAÇÃO – A NOVA MEDIDA DO VALOR CORPORATIVO
PREÇOS LUCRATIVOS EM SERVIÇOS PROFISSIONAIS: USANDO A DIGITALIZAÇÃO PARA OFERECER MAIS VALOR, MAIS RAPIDAMENTE 30
OITO TENDÊNCIAS EXECUTIVAS PARA 2017
TENDÊNCIA 8
Preços lucrativos em serviços
profissionais: utilizando a
digitalização para oferecer um
serviço mais rápido e com qualidade
Com os clientes tornando-se mais exigentes e a
crescente concorrência, as empresas de serviços
profissionais precisam procurar por uma nova
estratégia de preços.
Ao invés de faturamento por hora, mais e mais
organizações de serviços estão trabalhando para
uma taxa fixa. Mas para permanecer dentro do
orçamento, eles exigem um novo conjunto de
habilidade e processos digitalizados.
A indústria de serviços profissionais mudou drasticamente nos últimos
anos, em parte devido à crise econômica. O número de empresas tem
crescido de tal forma que agora competem em um mercado muito
homogêneo, todos oferecendo serviços semelhantes. Além disso, os
clientes estão mais sensíveis aos preços, têm necessidades de serviços
complexas e esperam prazos mais curtos de entrega e com uma qualidade
melhor.
Para operar nesses mercado complicado e elevar suas receitas, os
prestadores de serviços profissionais precisam procurar por novas
maneiras de superar seus concorrentes e se destacar.
Ofertas com base nos produtos
Muitas empresas começaram a repensar suas estratégias de preços.
Erzsebet Soos, Gerente de Negócios na Page Executive, acredita que
grandes empresas de auditoria, como a Deloitte, Ernst & Young and KPMG,
31
OITO TENDÊNCIAS EXECUTIVAS PARA 2017
são um bom exemplo dessa nova abordagem: “Como todas as empresas
na indústria de serviços profissionais, ele costumam cobrar seus serviços
por hora. Mas a pressão sobre tarifas de serviços aumentou.”
Ela explica, “Para os clientes, nem sempre é fácil ver a relação entre o
custo de um serviço e seu valor. Eles preferem saber com antecedência
exatamente quanto determinado serviço vai lhes custar. Para atender a
essa demanda no mercado, as empresas de serviços profissionais devem
definir o preço sobre uma base fixa ou com base no valor. Essa tendência
está acontecendo em toda parte da indústria. Se uma empresa começa,
outras precisam segui-la se quiserem acompanhar a concorrência."
Um conjunto de habilidades diferentes
Existe, no entanto, o perigo de oferecer taxas fixas: se o serviço não for
executado eficientemente, o preço oferecido pode não cobrir o custo real
da prestação do serviço, especialmente porque a equipe de vendas dos
prestadores de serviço profissional tentará manter os preços em suas
propostas os mais baixos possíveis para ganhar o negócio.
“Líderes empresariais observam a diferença entre a lista e o crescimento
de preços real”, escreve George Cressman, Presidente da empresa de
consultoria World Class Pricing, no The Journal of Professional Pricing.
Ele argumenta que para superar esse desafio, as empresas precisam
investir no conjunto de habilidades de seu pessoal: “A prestação de
serviços profissionais exige grande habilidade no diagnóstico das
necessidades dos clientes e na compreensão da relação entre os diversos
componentes de clientes empresariais. Exige habilidade em personalizar
uma solução para atender precisamente as necessidades de um cliente e
comunicar isso de forma eficaz."
Gerenciamento de projetos em primeiro plano
Um dos conjuntos de habilidades necessário para esta nova abordagem é
o gerenciamento de projetos. Escopo, cronograma e orçamento - os
ingredientes básicos de um bom plano de projeto - são extremamente
importantes para manter o serviço executado dentro do orçamento.
Investir nas habilidade de gerenciamento de projeto dos seus
colaboradores beneficiará os líderes empresariais em mais do que um
aspecto. Esclarecer os custos e os resultados antecipadamente não só
reduz os riscos financeiros percebidos e de resultado do cliente, mas
também os obriga a entender e comunicar o que eles realmente querem
antes de entrar em um contrato. Além disso, ao incluir o gerenciamento de
Se o serviço não for executado eficientemente, o preço
oferecido pode não cobrir o custo real da prestação do
serviço.
PREÇOS LUCRATIVOS EM SERVIÇOS PROFISSIONAIS: USANDO A DIGITALIZAÇÃO PARA OFERECER MAIS VALOR, MAIS RAPIDAMENTE
CEOs - promotores da mudança
32
OITO TENDÊNCIAS EXECUTIVAS PARA 2017
projetos em sua oferta, as empresas podem pedir um preço mais alto por
seus serviços.
Racionalização das operações...
Outro componente importante em uma estratégia rentável de preços são
os processos racionalizados e padronizados. “As grandes empresas de
auditoria, por exemplo, investiram em processos e sistemas operacionais
padrão”, diz a Executiva da Page, Erzsebet Soos. “Em parte, isso é feito
pela digitalização de alguns processos ou serviços."
...e serviços digitalizados
Ao digitalizar elementos de serviços, empresas podem reduzir
drasticamente seus custos e melhorar a qualidade, sem criar despesas
indiretas. “Se uma empresa de consultoria, por exemplo, quer duplicar sua
receita, deve dobrar sua equipe de consultores”, explica o professor em
inovação empresarial, o professor Mohanbir Sawhney, na Harvard
Business Review. “Contraste isso com empresas de produtos como
Google e Adobe, que não precisam lidar com essas estruturas de custo e
desfrutar de margens brutas de 60% a 90%."
A inovação tecnológica pode ajudar os fornecedores a encontrarem uma
saída dessa situação. Existem inúmeros exemplos de empresas
encontrando soluções digitais inteligentes para oferecer aos clientes
melhores serviços a preços que a concorrência não pode igualar.
A fim de implementar com sucesso esse novo modelo de negócio, o CEO
precisará assumir a liderança. Uma boa administração começa pelo topo:
um CEO que faz da inovação parte da estratégia de negócio, investe no que
acredita, inicia programas, coloca as pessoas certas nos lugares certos e
as apóia. A inovação bem-sucedida exige administração clara e
gerenciamento rigoroso.
Ao incluir o gerenciamento de projetos em sua oferta, as
empresas podem pedir um preço mais alto por seus
serviços.
Existem inúmeros exemplos de empresas encontrando
soluções digitais inteligentes para oferecer aos clientes
melhores serviços a preços que a concorrência não pode
igualar.
PREÇOS LUCRATIVOS EM SERVIÇOS PROFISSIONAIS: USANDO A DIGITALIZAÇÃO PARA OFERECER MAIS VALOR, MAIS RAPIDAMENTE
INFORMAÇÕES CHAVE
33
OITO TENDÊNCIAS EXECUTIVAS PARA 2017
A estratégia de inovação deverá eventualmente conduzir a operações mais
simplificadas, redimensionadas e reestruturadas. Os líderes empresariais
devem, por exemplo:
• Centralizar e padronizar processos financeiros para aperfeiçoar os
relatórios de rentabilidade
• Construir sistemas e processos para acessar eficientemente canais de
recursos
• Implementar iniciativas para gerenciamento de talentos
Uma vantagem para empresas de serviços profissionais
Quando se trata de implementar novos modelos de negócios, a indústria
de serviços profissionais possui uma série de vantagens em relação a
outras indústrias. Por sua própria natureza, as empresas de serviços
profissionais estão mais abertas a mudanças e novas formas de pensar do
que outras empresas. Eles possuem uma força de trabalho altamente
qualificada, que está mais inclinada a pensar com inovação e acolher
novas ideias.
Os fornecedores trabalham em estreita colaboração com seus clientes,
por isso eles sabem o que é preciso para ter sucesso. Além disso, a
indústria possui um alto nível de diversidade. “Nesse sentido, os serviços
profissionais estão à frente de outras indústrias, principalmente quando se
trata da participação de mulheres,” diz Erzsebet Soos. “Muito antes da
diversidade se tornar um assunto polêmico, as voz femininas já estavam
bem representada na indústria."
Os benefícios de uma força de trabalho diversificada, especialmente em
relação a mudança e à inovação, não podem ser sobrestimadas. Uma boa
equipe de projeto deve ser tão diversificada quanto possível. Quanto maior
a diversidade dos antecedentes e interesses da equipe, mais fácil é para as
novas ideias prosperarem. Não existe ameaça maior para a inovação e à
mudança do que uma equipe onde todos concordam e gostam das coisas
do jeito que elas são!
Conclusão
Diante do desafio de oferecer serviços com preço fixo de forma competitiva
e lucrativa, os CEOs precisam indicar o caminho na digitalização e
racionalização dos processos de suas empresas.
Os prestadores de serviços profissionais devem procurar oportunidades
para implantar digitalização sempre que possível para rastrear as
interações dos clientes com a empresa, diagnosticar suas necessidades
atuais e cortar os processos manuais demorados de sua prestação de
serviços. O gerenciamento de projetos rigoroso e controle de custos
tornaram-se essenciais para a execução de um negócio rentável.
Por sua própria natureza, as empresas de serviços
profissionais estão mais abertas a mudanças e novas
formas de pensar.
Os prestadores de serviços
profissionais estão substi-
tuindo o faturamento por
hora com ofertas de taxa fixa
As empresas precisam
garantir que o preço acorda-
do cubra seus custos reais
As habilidades de gerencia-
mento de projetos são
essenciais para o rigoroso
controle de custos nesse
novo modelo de negócios
PREÇOS LUCRATIVOS EM SERVIÇOS PROFISSIONAIS: USANDO A DIGITALIZAÇÃO PARA OFERECER MAIS VALOR, MAIS RAPIDAMENTE
34
OITO TENDÊNCIAS EXECUTIVAS PARA 2017
CONCLUSÃO
Talento empresarial - a chave
para a sobrevivência da
organização do amanhã
As organizações de hoje estão sendo abaladas pelas
diferenças entre as gerações X, Y e Z e por suas
necessidades de se adaptarem aos ‘nativos digitais’,
aqueles que cresceram em um mundo online.
Mas mesmo esta troca de gerações poderia ser só
um elemento na mudança em grande escala que
tem de ocorrer dentro das organizações com a
intenção de manter sua posição de liderança.
O que grandes organizações podem aprender com
as start-ups?
A organização do século 21 caracteriza-se por sua resposta aos avanços
tecnológicos e à maneira pela qual a digitalização cria valor empresarial,
reduzindo os ciclos de decisão e permitindo que o cliente ou consumidor
sejam colocados no centro da organização. Trata-se de manter-se
competitivo e próspero em um ambiente operacional que demanda grande
agilidade na adaptação rápida às mudanças.
Isso se aplica tanto para as start-ups, como às pequenas e médias
empresas, bem como às grandes organizações globais. Na verdade, as
start-ups inovadoras são jogadores naturais em uma economia dinâmica,
e são tão boas quantos as grandes organizações que são mais lentas para
se adaptar.
TALENTO EMPRESARIAL - A CHAVE PARA A SOBREVIVÊNCIA DA ORGANIZAÇÃO DO AMANHÃ
35
OITO TENDÊNCIAS EXECUTIVAS PARA 2017
Os conselhos de grandes organizações reconhecem os riscos de perder
para seus concorrentes mais ágeis e o perigo inerente de se tornarem
muito dependentes das fontes de rendimentos que podem um dia secar. A
questão mais crítica da transformação digital é como evoluir para uma
organização que permite a mudança, estimule o crescimento e prospere
em um clima de incerteza.
Muita da reestruturação corporativa envolve a criação de unidades de
negócios ou centros de lucro que visam responder rapidamente às
mudanças nas condições de mercado, com ciclos de decisão mais curtos,
a fim de se manter em sintonia com as exigências do mercado.
Pequenas e médias empresas - a nova referência
Em mercados onde ser ágil efetiva o recebimento de grandes
recompensas, as pequenas e médias empresas costumam mostrar-se
mais capazes de reagir rapidamente para criar valor novo. Seu modelo
operacional tem qualidades que as grandes organizações podem adotar
quando repensam seus modelos de negócios.
Pequenas e médias empresas também podem dar aos líderes e gestores
maior liberdade para colocar seu talento empreendedor em ação do que é
frequentemente o caso nas grandes organizações.
A desvantagem é que o risco de fracasso pode ser aumentado em
empresas menores, uma vez que não possuem os recursos financeiros de
seus grandes rivais.
Achatamento da pirâmide
A convergência para uma estrutura mais plana, mais colaborativa, mais
voltada para o projeto é uma das principais características da organização
do amanhã. É uma evolução que tem o poder de influenciar mudanças de
gerenciais e culturais muito além da diferenças geracionais mencionadas
no início deste artigo.
A digitalização e as novas tecnologias estão trazendo o fim do modelo
organizacional do século 20. Essa transformação é sobre uma mudança na
estrutura de decisão.
Os modelos de negócios e processos de comando anteriores vieram na
seguinte ordem:
Ordem > Cadeia de Comando > Controle > Planejamento
Novos modelos de Negócios podem se parecer mais com isto:
Conceber > Iniciar > Colaborar > Projeto > Engajar > Tudo centrado
no cliente
A função do líder é criar a visão que dará forma e direção ao negócio. Sua
responsabilidade é então, cada vez mais focada em promover interações
que coloquem o cliente ou o consumidor no centro da organização, assim
como envolver a equipe e incentivá-los a se tornarem autodirigidos.
Start-ups
inovadoras são tão
boas quanto as
grandes
organizações, que
são mais lentas
para se adaptar.
TALENTO EMPRESARIAL - A CHAVE PARA A SOBREVIVÊNCIA DA ORGANIZAÇÃO DO AMANHÃ
INFORMAÇÕES CHAVE
36
OITO TENDÊNCIAS EXECUTIVAS PARA 2017
A convergência para uma estrutura mais plana, mais colaborativa,
mais voltada para o projeto é uma das principais características da
organização do amanhã.
Estes novos modelos, típicos das PME, podem ser o mecanismo das
aspirações executivas e gerenciais. Enquanto tal, retrabalhar as grandes
organizações em um coletivo de redes de PMEs pode representar uma
oportunidade para criar um ecossistema ágil e fornecer um nova
abordagem para os desafios de hoje.
Esta "empresa expandida" pode assumir as características de uma
start-up para permitir a agilidade, ao capitalizar sobre o seu próprio
tamanho e relações com parceiros e fornecedores.
Recrutando talentos executivos - quebrando o molde
Até agora, as organizações de todos os tipos têm procurado contratar
executivos com a mesma formação acadêmica e profissional. Mas esses
dias acabaram. Encontrar talento executivo com habilidades
empreendedoras, requer uma nova abordagem para o recrutamento,
utilizando canais mais diversificados.
O recrutamento bem-sucedido não é mais apenas sobre a avaliação de
habilidades técnicas e julgar as competências estratégicas do talento
executivo. Vale a pena lembrar que, de acordo com uma série de relatórios
recentes, até 50% dos empregos conhecidos de hoje não existirão até 2025
como resultado de uma maior automação e com a digitalização
revolucionando a maneira como os negócios são conduzidos. As
habilidades técnicas de um candidato podem em breve ser quase
irrelevantes.
Em vez disso, o processo de recrutamento deve explorar a preparação dos
candidatos para se juntar a projetos empresariais e sua habilidade de
conduzir a visão.
A verdadeira questão para recrutadores executivos nas empresas é se eles
próprios são capazes de avaliar com precisão a experiência de um
candidato em acrescentar novo valor para além dos modelos tradicionais e
focando ações e comportamentos sobre o cliente final.
O processo de recrutamento deve explorar a preparação dos candidatos
para se juntar a projetos empresariais e sua habilidade de conduzir a visão.
Conclusão
No mundo de hoje, é "adaptar-se para sobreviver" e isso se torna oportuno
para repensar a visão organizacional.
Ao recrutar uma nova geração de líderes, o que importa mais do que as
competências tradicionais no futuro é a paixão pela mudança de liderança
e uma ambição de ser quem escreve o próximo capítulo da organização.
As pequenas empresas são
frequentemente mais
rápidas do que as grandes
organizações e são capazes
de se adaptarem melhor às
condições do mercado em
mudanças
As grandes empresas têm
muito a aprender com a
forma como as PMEs estru-
turam seus negócios para a
agilidade
Os recrutadores devem
avaliar não apenas as
competências tradicionais
dos candidatos, mas o seu
espírito empreendedor e a
sua habilidade na condução
da mudança
TALENTO EMPRESARIAL - A CHAVE PARA A SOBREVIVÊNCIA DA ORGANIZAÇÃO DO AMANHÃ
ARGENTINA
Tomás Sadous
Diretor Adjunto
+54 (11) 40014580
tomassadous@pageexecutive.com
BÉLGICA
Olivier Top
Diretor Adjunto
+32 (0)2 5094536
oliviertop@pageexecutive.com
BRASIL
Fernando Andraus
Diretor Executivo
+55 (11) 45056224
fernandoandraus@pageexecutive.com
EUROPA CENTRAL E ORIENTAL
Jiri Gazda
Diretor Adjunto
+43 120520543
jirigazda@pageexecutive.com
COLOMBIA
Paola Marín Pulgarín
Diretora Adjunta
+57 (1) 7436736
paolapulgarin@pageexecutive.com
CHILE
Ainara Ormazábal
Diretora
+56 (2) 25853212
ainaraormazabal@pageexecutive.com
CHINA
Louisa Yeung
Diretor Gerente
+852 28489550
louisayeung@pageexecutive.com
EUROPA CONTINENTAL
Christophe Rosset
Diretor Gerente Europa Continental
+32 (0)2 5094579
christopherosset@pageexecutive.com
Canadá
México
Estados Unidos
Africa
Ásia-Pacífico
Australia
Grande China
Hong Kong
India
Indonésia
Japão
Malasia
Nova Zelandia
Singapura
EMEA
37
Áustria
Bélgica
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Itália
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Holanda
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Suécia
Suíça
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OITO TENDÊNCIAS EXECUTIVAS PARA 2017
Nossa presença global: consultores
experientes e dedicados em todo o mundo
América do Norte
América Latina
Argentina
Brasil
Chile
Colômbia
Peru
Morocco
Qatar
Resto da África
África do Sul
UAE
TALENTO EMPRESARIAL - A CHAVE PARA A SOBREVIVÊNCIA DA ORGANIZAÇÃO DO AMANHÃ
FRANÇA
Matteo Guerra
Diretor
+33 141927116
matteoguerra@pagaeexecutive.com
ALEMANHA
Nils Richter
Diretor Executivo
+49 304000473100
nilsrichter@pageexecutive.com
HONG KONG
Steve Parkes
Diretor
+852 28484703
steveparkes@pageexecutive.com
IRLANDA
Ronan Coyle
Business Diretor
+ 353 16539800
ronancoyle@pageexecutive.com
ITÁLIA
Diretor Executivo
+39 02806800512
MÉXICO
Patricio Garretón
Diretor
+52 (55) 52017112
patriciog@pageexecutive.com
ORIENTEMÉDIO
Jake Olds
Diretor Executivo
+971 47090364
jakeolds@pageexecutive.com
PERU
Rodrigo Escudero
Diretor Adjunto
+51 (1) 712 5814
rodrigoescudero@pageexecutive.com
POLÔNIA
Agnieszka Kulikowska
Diretor Adjunto
+ 48 667867774
agnieszkakulikowska@pageexecutive.com
SINGAPURA
Jon Goldstein
Diretor Regional
+65 6416 9715
jongoldstein@pageexecutive.com
ESPANHA
Miguel Portillo
Diretor Executivo
+34 911318114
miguelportillo@pageexecutive.com
SUÉCIA
Mathieu Moisan
Diretor
+46 850 168 904
mathieumoisan@pageexecutive.com
SUÍÇA
Stephan Surber
Diretor Executivo
+41 442242235
stephansurber@pageexecutive.com
HOLANDA
Rosanne Boer
Diretor Adjunto
+31 102176509
rosanneboer@pageexecutive.com
TURQUIA
N. Merve Oklap
Diretor
+90 5307622991
merveoklap@pageexecutive.com
REINO UNIDO
Jonathan Wiles
Diretor Gerente
+44 2072692591
jonathanwiles@pageexecutive.com
ESTADOS UNIDOS
Paul Webster
Diretor Executivo
+1 212 7716062
paulwebster@pageexecutive.com
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  • 2. Índice 22 INTRODUÇÃO Liderando em um mundo digital..........................................................3 Uma nova abordagem para o recrutamento de executivos ..................4 8 TENDÊNCIAS FUNDAMENTAIS PARA EXECUTIVOS TENDÊNCIA 1 Como a geração Z está redefinindo o papel do líder de RH..........................................................................5 TENDÊNCIA 2 Uma nova função para o Diretor Executivo Financeiro (CFO): preservar a confiança em um clima de rápida mudança......................9 TENDÊNCIA 3 A influência digital na formação de liderança tecnológica ....................................................................12 TENDÊNCIA 4 Utilizando a inovação digital na saúde pública................................................................................15 TENDÊNCIA 5 O impacto da digitalização na eficiência da cadeia produtiva..........................................................9 TENDÊNCIA 6 Os Diretores de Tecnologia de Informação (CIO) no centro da Indústria 4.0 ..................................................................................23 TENDÊNCIA 7 Digitalização - a nova medida de valor corporativo...............................................................27 TENDÊNCIA 8 Preços lucrativos em serviços profissionais: utilizando a digitalização para oferecer um serviço mais rápido e com qualidade.................................................................................30 CONCLUSÃO Talento empresarial - a chave para a sobrevivência da organização .................................................34 Nossa presença global: consultores experientes e dedicados em todo o mundo ..............................................................37
  • 3. 3 OITO TENDÊNCIAS EXECUTIVAS PARA 2017 BEM VINDOS A 8 TENDÊNCIAS EXECUTIVAS Liderando em um mundo digital Como consultores de recrutamento e seleção de executivos, ajudamos empresas a encontrar líderes e executivos capazes de impulsionar o crescimento e implementar mudanças em um mundo cada vez mais digital. Após o sucesso da primeira edição dos artigos da Page Executive no ano passado, fomos inspirados a reunir a experiência de nossos consultores executivos em uma nova série, abrangendo as principais tendências dentro de suas áreas de especialização. Essas tendências refletem a natureza digital das mudanças que impactam todos os setores que operamos. Contudo, a dimensão humana mantém-se como um componente central: o talento está no cerne de todas as considerações ao conduzir tais mudanças e levar as organizações adiante. Nossos 139 consultores da Page Executive em 24 países estão em uma posição única para ajudá-lo a encontrar o talento essencial para capitalizar sobre essas tendências. Em “8 Tendências Executivas para 2017”, descrevemos a natureza das mudanças observadas, e como líderes e executivos sênior desempenham uma função fundamental à medida que novas tendências começam a surgir. Espero que você goste de ler nossa nova série de tendências executivas. Por favor, divida sua opinião conosco! Olivier Lemaitre
  • 4. 4 OITO TENDÊNCIAS EXECUTIVAS PARA 2017 Page Executive: uma nova abordagem para o recrutamento de executivos O mundo corporativo está em um estado de transição rápida e as empresas precisam das pessoas certas para liderá-las com sucesso através dessa transformação. Na Page Executive, repensamos nosso modelo de negócios para alinhá-lo melhor com as necessidades de nossos clientes. Nós o ajudamos a identificar líderes empresariais que se encaixem em sua cultura, valores e estratégia. Nossa motivação intrínseca é ajudar a sua organização a avançar para ter sucesso em um ambiente em mudanças constantes e aceleradas. Nosso foco não é apenas buscar e descobrir talentos de primeira linha, mas tornar-se seu parceiro comercial de longo prazo, um conselheiro de confiança que possa ajudá-lo a recrutar executivos que irão impulsionar o crescimento da sua organização e garantir seu sucesso futuro.
  • 5. 5 Líderes são fundamentais para atrair com sucesso os talentos da Geração Z, aqueles nascidos entre meados da década de 1990 e meados da década de 2000. Líderes empresariais representam não só o que sua empresa faz, mas o que ela representa. Eles terão uma necessidade cada vez maior de tornar seu negócio atraente para esses “nativos digitais” empreendedores e criativos que agora estão entrando na faixa dos vinte anos. Com os baby boomers, a geração do milênio e membros mais velhos da Geração Z ativos no local de trabalho, a própria natureza do funcionamento de uma empresa e sua geração são afetadas. Apresentando a Geração Z Os membros da Geração Z, a mais jovem do conjunto, são altamente perceptivos devido ao seu acesso e cultura online. Eles são capazes de identificar marcas corporativas enganosas rapidamente. Eles querem ver empresas apoiando seus princípios ferozmente e defendendo aquilo que representam - e não apenas ‘falando por falar’. Estilo de liderança, estratégias de retenção de talento e envolvimento do colaborador são apenas alguns dos desafios que as empresas terão de enfrentar como resultado. Esther Roman, Diretora Regional de Recursos Humanos do PageGroup, observa, “As Empresas costumam abordar o trabalho com uma mentalidade de ‘há um trabalho a ser feito’, enquanto os colaboradores COMO A GERAÇÃO Z ESTÁ REDEFININDO O PAPEL DO LÍDER DE RH OITO TENDÊNCIAS EXECUTIVAS PARA 2017 TENDÊNCIA 1 Como a geração Z está redefinindo a função do líder de RH As aspirações de uma nova onda de colaboradores estão impactando as estratégias de RH e forçando as organizações a explicar e redefinir seus objetivos. Espera-se que as empresa demonstrem seus valores, cada vez mais visíveis e sujeitos ao escrutínio, devido à crescente digitalização.
  • 6. 6 OITO TENDÊNCIAS EXECUTIVAS PARA 2017 COMO A GERAÇÃO Z ESTÁ REDEFININDO O PAPEL DO LÍDER DE RH estão cada vez mais impulsionados pela missão e pela confiança de executar plenamente seu trabalho. Tais colaboradores tendem a querer contribuir, o que faz com que sejam profissionais de nível básico ideais. Os empregadores devem, portanto, rever suas estratégias para que possam encontrar e se conectar a tais colaboradores em potencial.” O Líder de Práticas de RH, para a Page Executive na Europa, Raphael Asseo, explica:“Os membros da Geração Z colocam sua ética de trabalho, diversidade e o equilíbrio entre a vida profissional e a vida pessoal no centro de seus interesses e prioridades ao decidir se devem ou não se juntar à uma empresa.” A Geração Z coloca sua ética de trabalho, diversidade e o equilíbrio da vida profissional no centro de seus interesses e prioridades ao decidir se deve ou não se juntar à uma empresa.” Uma nova onda de colaboradores talentosos A Geração Z é automotivada e tem espírito empreendedor. Eles foram confrontados com incertezas, ainda mais do que a geração do milênio, a geração que os precede. Como resultado, eles buscam um trabalho que seja significativo: o salário não é um fator preponderante. Além disso, eles viram a lealdade de seus pais e irmãos mais velhos não ser recompensada pelos seus empregadores, então para eles lealdade deve ser uma via de mão dupla. Os nativos digitais são progressivos, cresceram no mundo online e tiveram acesso a mais recursos do que nunca. Eles tendem a ser excelentes “networkers”, o que aumenta significativamente suas chances de sucesso em qualquer coisa a que se dediquem. Um exemplo de sucesso de sua geração é o Nick D’Aloisio , nascido em 1995, um programador e empresário online, que fundou o Summly , um algoritmo de sumarização automática. Ele vendeu o aplicativo em 2013 por um valor informado de $30 milhões de dólares, tornando-o um dos milionários mais jovens da história. Ele posteriormente passou a liderar o Yahoo News Digest, antes de finalmente decidir voltar para a universida- de. Nick D’Aloisio representa o empreendedor de espírito ambicioso da Geração Z. Outro exemplo envolve aquelas pessoas que tendem a preferir trabalhar em estruturas empresarias menos hierarquizadas e em empresas onde possam ser ágeis e participar do processo de tomada de decisão. Empresas mais tradicionais precisam criar um terreno comum para trabalhar com essa geração. Estruturas de gerenciamento menos hierarquizadas e a utilização de uma metodologia ágil são apenas algumas das medidas que irão criar condições para uma relação de trabalho mais frutífera e mutuamente respeitosa, o que ajudará na retenção de talentos.
  • 7. 7 OITO TENDÊNCIAS EXECUTIVAS PARA 2017 COMO A GERAÇÃO Z ESTÁ REDEFININDO O PAPEL DO LÍDER DE RH TTransparência e flexibilidade - uma parceria em retenção À medida que a Geração Z rompe os limites dos modelos tradicionais de trabalho, os departamentos de RH precisarão rever suas estratégias de retenção de talentos. Um exemplo extremo é a Buffer, uma empresa de mídia social fundada em 2010 que divulga publicamente seus salários . O que você defende é atrativo para a Geração Z? Refletir sobre o propósito é importante para a Geração Z. As empresas precisam rever o que representam, especialmente porque se espera que a força de trabalho irá incluir pelo menos 50% da Geração Z até 2020. Mas, como os empregadores podem fazer isso efetivamente? Para começar, eles devem ir além da apresentação sumária de marketing e da página de responsabilidade social corporativa (CSR) que aparece em seu sites, pois estes não irão aguçar o apetite daqueles que desejam fazer parte de uma causa maior. A CSR como um ato cínico para pagar menos impostos certamente não impressionará essa geração. Será que a empresa realmente defende a causa que escolheu? Frequentemente, as empresas perdem isso de vista. Depois de ter investido um grande esforço para encontrar uma causa e alinhá-la ao seu negócio nas etapas iniciais, elas permitem que esse vínculo enfraqueça com o tempo. Esther Roman explica que, “Os líderes precisam garantir que, ao definirem o que defendem, eles não se resumam a satisfazer todos os requisitos aparentes para o sucesso’. Em uma era na qual as empresas encontram-se continuamente no centro das atenções do público, isso logo se tornará bastante evidente. Isso torna a visibilidade da marca dos empregadores, em seu sentido mais amplo, cada vez mais importante na estratégia de RH, com a necessidade de projetar valor, cultura, entrega – e tudo isso precisa ser consistente e gerido de forma eficaz.” Os líderes precisam garantir que, ao definirem o que defendem, eles não se resumem a satisfazer todos os requisitos aparentes para o sucesso’. Em uma era na qual as empresas encontram-se continuamente no centro das atenções do público, isso logo se tornará bastante evidente.
  • 8. INFORMAÇÕES CHAVE 8 OITO TENDÊNCIAS EXECUTIVAS PARA 2017 COMO A GERAÇÃO Z ESTÁ REDEFININDO O PAPEL DO LÍDER DE RH Os líderes devem demonstrar consistentemente por que seus colaboradores tomaram a decisão certa em escolher trabalhar para eles. Líderes são altamente influentes ao definir o que sua empresa representa e comunicá-lo de maneira autêntica Líderes de RH precisam levar em consideração as expecta- tivas dos colaboradores quanto ao trabalho significa- tivo e o trabalho flexível A transparência é um componente importante na estratégia de recrutamento da empresa, particularmen- te com essa nova geração de colaboradores Em 2015, a Payscale entrevistou colaboradores quanto à satisfação no trabalho e com pagamento. Descobriu-se que, quanto mais informações os colaboradores tinham do porquê eles recebiam aqueles valores, menos provável sairiam dos empregos. Eles procuram transparência em tudo, o isso inclui até a gestão. A sua empresa possui um plano de carreira? Além disso, modelos de trabalho flexíveis são algo com que não só muitos se acostumarão, mas que também se sentirão no direito de ter. Na empre- sa de design de software, Autodesk, com sede nos EUA, os colaboradores podem usufruir de seis semanas sabáticas e desfrutar de refeições gratui- tas e horários de trabalho flexíveis. Oferecer horários flexíveis e capacidades para trabalhar remotamente dá aos colaboradores um senso de controle, particularmente em torno do equilíbrio entre a vida pessoal e a profissional. Isso também aumenta o compromisso e pode ajudar a resolver escassez de talentos. Tais modelos não são restritos às empresas de criação ou start-ups; grandes empreendimentos corporativos também estão chegando a essa conclusão. Eles estão reconhecendo devidamente a necessidade de rever políticas tradicionais e ultrapassadas para contratar e manter esse elemento cada vez mais importante de sua força de trabalho. Liderando pelo exemplo Os CEOs precisam estar envolvidos e aproveitar todas as oportunidades para comunicar o que eles representam. Marc Benioff, Presidente e CEO da Salesforce, é um bom exemplo de ‘ir além dos negócios’. Quando sua empresa se estabeleceu, ele iniciou um modelo de filantropia 1-1-1, doando 1% de cada um de seus produtos, ações e tempo dos colaboradores para a comunidade. Benioff também é expressivo, e ativo, quanto a questões socais, tais como pagamentos igualitários e direitos humanos. Seu engajamento e sua abordagem influente mostram como um líder autêntico pode fazer uma grande diferença. Como figuras de destaque da empresa, CEOs e outros líderes devem mostrar solidariedade e uma intenção verdadeira de fazer a diferença ou arriscam perder a credibilidade. Eles devem “liderar pelo exemplo”, pois no final das contas os colaboradores refletirão os gestores e estes espelharão seus líderes. A rentabilidade é, certamente, essencial para a administração de uma empresa sustentável. Mas, concentrar-se apenas nos números indica uma desconexão e a perda da oportunidade de identificar e projetar o que se representa. Conclusão O desafio real para o RH é manter a Geração Z, deixar claro com o que a empresa está trabalhando e criar uma proposta atrativa para eles. Os líderes devem demonstrar consistentemente porque seus colaboradores tomaram a decisão certa ao escolher trabalhar para eles. Como figuras de destaque da empresa, CEOs e outros líderes devem mostrar solidariedade e uma intenção verdadeira de fazer a diferença ou arriscam perder a credibilidade. Eles devem “liderar pelo exemplo”, pois no final das contas os colaboradores refletirão os gestores e estes espelharão seus líderes.
  • 9. UMNOVOPAPELPARAODIRETOREXECUTIVOFINANCEIRO(CFO):PRESERVARACONFIANÇAEMUMAAMBIENTEDERÁPIDAMUDANÇA 9 OITO TENDÊNCIAS EXECUTIVAS PARA 2017 Ao descobrir qual indústria foi considerada como a mais confiável, o Barômetro de Confiança de Edelman pesquisou uma faixa de mais de 33.000 pessoas da população em geral. Os resultados colocaram a tecnologia como uma das mais confiáveis acima de indústrias como a farmacêutica, automotiva e de telecomunicações. O CFO - campeão de inovação A função do Financeiro passou por transformações tecnológicas radicais. A expansão de uma automação mais fluida levou à diminuição e a racionalização de processos manuais demorados, incluindo auditorias internas, arquivamento e contabilidade. Essa automação levou a uma maior capacidade de descobrir e perceber padrões nos dados e identificar tendências emergentes, e finalmente otimizar a força de trabalho e melhorar a eficiência. TENDÊNCIA 2 Uma nova função para o Diretor Executivo Financeiro (CFO): preservar a confiança em uma ambiente de rápida mudança A confiança é um elemento vital nos negócios. Se as empresas não cultivarem e construírem a confiança, elas enfrentarão dificuldades em motivar seus funcionários e atrair e manter os talentos chave. As análises adquiridas da digitalização permitem que as empresas tenham mais visibilidade em termos de precisão, desempenho e controle definitivo – o que influencia a confiança.
  • 10. 10 OITO TENDÊNCIAS EXECUTIVAS PARA 2017 A necessidade de guiar e mudar a mentalidade Conforme relatado em nosso Barômetro de Lideranças Financeira e CFOs , os CFOs são percebidos como os líderes de mudança que implementam esses novos sistemas e ajudam a impulsionar a indústria e a empresa adiante. Eles agora têm a pressão adicional de manter e melhorar os níveis de confiança internamente e externamente. Isso está ocorrendo em um momento em que a TI tem maiores consequências sobre riscos legais, os tópicos de RH estão se tornando mais complexos e há o crescente uso da tecnologia nas empresas. Mais frequentemente, é com o processo que os colaboradores tendem a ter dificuldade em adotar - e não a tecnologia ou sistema em si. Assegurar que os processossejamestabelecidosdaformamaiseficientepossívelparaminimizar a interrupção contribuirá para uma adoção mais ampla e para que haja fé na mudança. A importância da ‘presença humana’ A inovação geralmente afeta o lado humano de qualquer empresa. Em meio às mudanças trazidas pela automação, o RH tem uma função a desempenhar na retenção de talentos junto com o CFO. Eles terão que desenvolver programas juntos para promover e manter os níveis de confiança. Dado que a mudança é inevitável, é imperativo que os CFOs estejam totalmente preparados para a mudança. Eles devem construir a confiança em suas equipes e através da força de trabalho mais ampla, mostrando a verdadeira liderança e comunicando claramente a visão de seu departamento, o que isso representa para sua empresa e que impacto terá nas equipes. Honestidade sobre a situação atual das coisas e transparência sobre a visão ajudarão a facilitar a mudança. Envolver os colaboradores no processo, mantendo-os atualizados quanto ao progresso e celebrando o sucesso não só ajudará a gerar confiança, mas oferece um preparo melhor para um novo futuro, melhorando as chances de transformá-los em apoiadores mais comprometidos. Honestidade sobre a situação atual das coisas e transparência sobre a visão ajudará a facilitar a mudança. UMNOVOPAPELPARAODIRETOREXECUTIVOFINANCEIRO(CFO):PRESERVARACONFIANÇAEMUMAAMBIENTEDERÁPIDAMUDANÇA
  • 11. INFORMAÇÕES CHAVE 11 OITO TENDÊNCIAS EXECUTIVAS PARA 2017 O Financeiro hoje precisa de um ‘ecossistema’ de colaboradores com as habilidades certas, sistemas que apoiem níveis mais altos de automação e processos para alcançar um controle geral efetivo. Quando se fala sobre a otimização e adoção de novos processos para transformar o financeiro nos Centros de Serviços Compartilhados da PageGroupemBarcelona,oDiretorFinanceiro,GeoffreydeBeaucorps,afirma que, “A tecnologia é um facilitador. É o que as pessoas fazem com a tecnologia que importa”, antes de dar um exemplo: “A própria palavra ‘processo’ soa como uma máquina. Em essência, o que importa são as pessoas." O Financeiro hoje precisa de um ‘ecossistema’ de colaboradores com as habilidades certas, sistemas que apoiem níveis mais altos de automação, e processos para alcançar um controle geral efetivo. Para incutir confiança, os CFOs e os líderes de RH precisam garantir a seus colaboradores que novas funções surgirão. É importante que os CFOs avaliem seus colaboradores para perceber quem pode se adaptar à mudanças e acolher novas oportunidades. Um mapeamento de colaboradores com potencial real para crescer ajudará a desenvolver efetivamente a transformação digital e impulsionará a participação. Essencialmente, o que a tecnologia fará é ajudar a força de trabalho a se tornar mais eficiente como um todo e apoiar os colaboradores para que tornem-se mais inteligentes em suas funções. Conclusão Os CFOs devem cumprir a promessa de tecnologia, levando em consideração os fatores humanos críticos. A alta tecnologia também requer contato intenso - um nível de interação humana. Enquanto a automação representará o fim de alguns empregos relacionados ao processo, ela demanda novas habilidades conforme tecnologias inovadoras surgem. As pessoas precisarão implementar, manter e gerenciar esses novos processos automatizados. Para manter os níveis de confiança, os CFOs terão que envolver-se continuamente com os colaboradores e oferecer o desenvolvimento de talentos para ensinar habilidades adicionais a sua força de trabalho. Os CFOs tornaram-se campeões de inovação e líderes de mudanças - seu senso de gerenciamento de pessoas é cada vez mais importante Ao promover mudanças, os CFOs têm a responsabilida- de por influenciar a mentali- dade de seus colaboradores para ganhar a confiança incondicional de sua força produtiva Os CFOs precisam ser trans- parentes sobre a visão de sua função para inspirar confiança dentro de sua empresa como um todo Enquanto a automação representará o fim de alguns empregos relacionados ao processo, ela demanda novas habilidades conforme tecnologias inovadoras surgem. UMNOVOPAPELPARAODIRETOREXECUTIVOFINANCEIRO(CFO):PRESERVARACONFIANÇAEMUMAAMBIENTEDERÁPIDAMUDANÇA
  • 12. - 12 OITO TENDÊNCIAS EXECUTIVAS PARA 2017 TENDÊNCIA 3 A influência digital na formação de liderança tecnológica O departamento de tecnologia, hoje, não é mais um complemento para as empresas na suavização e simplificação de seus processos, mas sim um componente integral e central de quase todas as operações comerciais, essencial para cumprir a missão principal da empresa. À medida que a digitalização se estende por todos os cantos da organização, como este movimento está mudando os princípios e as práticas da liderança executiva? A digitalização poderia afetar a dinâmica na sala de reunião? Um fase de transição Um resultado natural da crescente importância das tecnologias é a ascensão à proeminência do líder em tecnologia. Os nativos digitais - aqueles educados com tecnologia de informação desde o nascimento - estão começando a assumir o centro das atenções, com o enfoque corporativo se afastando dos imigrantes digitais, aqueles que nasceram antes do uso generalizado da tecnologia de informação. A fase de transição atual cria um importante “espaço” no qual se pode reduzir as diferenças entre os nativos e os imigrantes. Isso dá aos nativos digitais a oportunidade de aprender lições dos líderes que os precederam. A INFLUÊNCIA DE NATIVOS DIGITAIS NA FORMAÇÃO DE LIDERANÇA TECNOLÓGICA
  • 13. 13 OITO TENDÊNCIAS EXECUTIVAS PARA 2017 Um modelo evolutivo de liderança tecnológica Marinka de Groot, Diretora Adjunta e Líder de Prática em Tecnologia da Page Executive na Europa, diz que a era digital está mudando o que significa ser um líder: “As mudanças vão além das pequenas diferenças que sempre existiram entre os líderes de diferentes setores. O surgimento de novas habilidades, uma nova linguagem e novos processos trouxeram uma maior diversidade na liderança, o que por sua vez incentiva a inovação. Certamente existe mais criatividade envolvida.” À medida que o surgimento de novas tecnologias impulsionaram o líder em tecnologia em primeiro plano, surge uma pergunta: O que está impulsionando a inovação - a tecnologia ou os próprios líderes em tecnologia? A tecnologia se torna uma segunda natureza para todos os líderes sênior Os CEOs atualmente estão mais suscetíveis a se sentirem confortáveis com a tecnologia e a ter uma compreensão do contexto tecnológico que excede em muito seus antecessores’. Aplicar e explorar a tecnologia são uma segunda natureza para muitos líderes executivos nas empresas de hoje. Eles administram uma empresa, mas também têm o benefício adicional de conhecer várias linguagens de computação, com um profundo entendimento de sistemas operacionais, métricas e analítica. Marinka explica, “Tempos de desenvolvimento contraem-se à medida que as pessoas entendem a tecnologia mais naturalmente. Onde o planejamento a longo prazo costumava ser a regra, agora é mais comum para líderes em tecnologia serem ágeis e focados no curto prazo.” Tradicionalmente, os CEOs, CMOs ou CFOs das empresas supervisionariam as decisões e direções estratégicas. Mas, como Marinka observa, uma mudança está ocorrendo: “Estamos vendo mais e mais CTOs aparecendo nas salas de reuniões e a função está se tornando um componente necessário nas posições de nível executivo das empresas.” Ela acrescenta que “Também estamos vendo mais solicitações de recrutamento para CIOs (diretor executivo de informação) e CDOs (diretor executivo digital). Isso é uma evidência adicional de importância crítica da tecnologia para o tecido empresarial. Ela mudou a dinâmica na sala de reuniões e atraiu as empresas para o século vinte e um.” Adaptar para sobreviver As empresas devem agora mover-se rapidamente para colocar a tecnologia no centro de seus negócios se pretendem ter sucesso no que chamamos de era digital - o que está se tornando simplesmente a maneira como os profissionais e empresas operam. “Estamos vendo mais e mais CTOs aparecendo nas salas de reuniões e a função está se tornando um componente necessário nas posições de nível executivo. A INFLUÊNCIA DE NATIVOS DIGITAIS NA FORMAÇÃO DE LIDERANÇA TECNOLÓGICA
  • 14. INFORMAÇÕES CHAVE 14 OITO TENDÊNCIAS EXECUTIVAS PARA 2017 Acelerando o tempo até a comercialização A crescente confiança na tecnologia traz um aumento da dependência de líderes em tecnologia para conduzir a indústria na direção correta. Mas qual é o efeito disso? Esses líderes em tecnologia se movem a velocidades sem precedentes. O tempo para desenvolver e testar um produto digital é infinitamente menor, comparado a um produto tangível. Os empreendedores podem desenvolver um produto digital, testá-lo e fundar sua própria empresa para vendê-la em poucos meses. Como resultado, as funções de Marketing e Tecnologia estão trabalhando mais estreitamente do que nunca. O diretor executivo digital, outra função de destaque na tecnologia, frequentemente une habilidades tecnológicas com experiência em marketing. Conclusão A tecnologia costumava assumir uma função secundária. Agora, com a aplicação generalizada da digitalização, ela tornou-se a força motora para a inovação e a mudança. Como consequência, os líderes em tecnologia estão moldando o nível executivo de empresas. Bancos, lojas, o setor farmacêutico... empresas de todos os setores agora possuem tecnologia em sua essência. Essa generalização da tecnologia e a importância da equipe de tecnologia e seu líder significa que as empresas precisam se reinventar. Os modelos de negócios tradicionais já não são sustentáveis em um mundo onde tudo é digital. A INFLUÊNCIA DE NATIVOS DIGITAIS NA FORMAÇÃO DE LIDERANÇA TECNOLÓGICA A tecnologia está agora enraizada em nosso do dia-a-dia; basta observar o crescimento de tecnologia inteligente e a disseminação da automação em todos os aspectos de nossas vidas. Com uma conexão à internet, muitas vezes o único investimento necessário para concretizar uma ideia comercial, empreendedores estão começando jovens, enquanto estão na universidade ou ainda mais cedo. Assim, líderes em tecnologia não vêm necessariamente com décadas de experiência. Não é nenhuma surpresa que os fundadores do Facebook e da Groupon, agora bilionários, estavam na faixa dos 20 anos quando criaram suas respectivas empresas. Esses nativos digitais por excelência têm um profundo conhecimento de tecnologia porque aprenderam as habilidades enquanto crianças. Eles sabem o que significa trabalhar em uma organização digital. Eles usam metodologias rápidas, como o SCRUM. Sua perspectiva única e conhecimento distinto de muitas maneiras compensa por sua comparativa falta de experiência. O tempo para desenvolver e testar um produto digital é infinitamente menor, comparado a um produto tangível. Os líderes em tecnologia estão mais criativos do que nunca, encontrando novas maneiras de impulsionar inovação e eficiência O diretor de tecnologia pode potencialmente ultrapassar o CEO em importância A digitalização está em toda parte e líderes em tecnologia estão no comando para mover a organização adiante a uma velocidade sem precedentes
  • 15. 15 OITO TENDÊNCIAS EXECUTIVAS PARA 2017 TENDÊNCIA 4 Utilizando a inovação digital na saúde pública Graças à inovação digital, as multinacionais na indústria da saúde agora são capazes de assistir os 4 bilhões dos cidadãos mais pobres do mundo. Para seguir os passos de pioneiros que estão à frente em servir esse amplo mercado inexplorado, os líderes empresariais terão de abandonar conceitos reconhecidos de mercado, distribuição e finanças e desenvolver uma compreensão empática das necessidades das comunidades desfavorecidas. Mais de 200 milhões de pessoas na Índia, muitas delas vivendo em favelas e áreas rurais, estão precisando de tratamento oftalmológico. Apesar da maioria de suas aflições serem facilmente tratadas, muitos perdem a visão porque não pode arcar com a assistência médica. A clínica indiana Aravind Eye Care encontrou uma forma de enfrentar esse problema. Ela é capaz de realizar cirurgias corretivas por apenas U$ 50 dólares por paciente. Através de vídeo conferência wireless de alta velocidade, os médicos podem consultar centenas de pacientes rurais por dia. A clínica é um dos exemplos mais bem-sucedidos de empresas que desenvolveram produtos e serviços para os pobres com a ajuda de novas tecnologias. Um mercado vasto e inexplorado Inspirados em livros dos influentes estrategistas de negócios C.K. Prahalad e Stuart L. Hart, muitas multinacionais estão agora tentando alcançar grupos de baixa renda. Não somente por um senso de responsabilidade UTILIZANDO A INOVAÇÃO DIGITAL NA SAÚDE PARA ALCANÇAR OS POBRES
  • 16. - 16 OITO TENDÊNCIAS EXECUTIVAS PARA 2017 social. As pessoas com um rendimento anual de menos de U$ 1.500 dólares representam um grande potencial para o mercado: aproximadamente 60% da população mundial. Muitos vivem em mercados emergentes como a Ásia, África ou América do Sul. Como Jeffrey Immelt, CEO da General Electric, coloca, “Se não elaborarmos inovações nos países pobres e torná-las globais, novos concorrentes no mundo em desenvolvimento o farão.” Procurando a fórmula de ouro Mas, é mais fácil falar do que fazer. Para assistir os cidadãos mais pobres, as empresas não podem apenas contar com a inovação digital. Elas precisam reinventar completamente seus modelos de negócios. Tudo o que as empresas sabem sobre inovação, cadeia produtiva, finanças e estratégias de marketing simplesmente não funciona com os consumidores na chamada “base da pirâmide econômica” (BoP). Além do mais, mover-se para esse mercado terá um grande impacto sobre a política de RH da empresa e sobre o que se espera de seus executivos. É um ato de fé, sem nenhuma fórmula de ouro para aplicar. Reinventando modelos empresariais tradicionais Aqui, a Aravind Eye Care pode servir como um exemplo. O fundador da clínica, o oftalmologista indiano Dr. Govindappa Venkataswamy, elaborou uma abordagem completamente nova para organizar um clínica médica. Inspirado na McDonald’s, ele organizou de maneira similar todo o processo em uma linha de produção na qual um indivíduo é treinado para realizar uma tarefa específica. Tornou-se um sucesso tão grande que hoje a clínica possui franquias em todo o mundo. Não é por acaso que uma pequena organização tenha concebido um modelo tão revolucionário, o que é um exemplo típico de ‘inovação disruptiva’ - um termo criado pelo professor de administração de Harvard, Clayton Christensen. De acordo com Christensen, as grandes corporações são por via de regra menos suscetíveis a serem disruptivas, pela simples razão de que elas querem evitar o risco. As carreiras e os benefícios dos executivos dependem da receita que eles arrecadam: porque investir tempo e recursos em um projeto de baixa margem ou marcado pela incerteza se eles podem garantir o crescimento servindo um mercado já desenvolvido? Como mudar a mentalidade dos executivos É precisamente essa mentalidade que impede que muitos produtos e serviços para grupos de baixa renda de saiam dos blocos iniciais, argumenta C.K. Prahalad, na Revew Business de Harvard: “A maior mudança precisa vir das atitudes e práticas dos executivos. A força de trabalho tradicional é tão rigidamente condicionada a operar em mercados As pessoas com um rendimento anual de menos de U$ 1.500 dólares representam um grande potencial para o mercado: aproximadamente 60% da população mundial. Grandes corporações são por via de regra menos suscetíveis a serem disruptivas, pela simples razão de que elas querem evitar o risco. UTILIZANDO A INOVAÇÃO DIGITAL NA SAÚDE PARA ALCANÇAR OS POBRES
  • 17. 17 OITO TENDÊNCIAS EXECUTIVAS PARA 2017 mais elevados que, sem treinamento formal, é improvável ver o enorme potencial do mercado BoP.” Ele enfatiza a importância de educar jovens administradores, fazendo-os passar alguns anos de sua formação em mercados BoP para observar as oportunidades. Somente se todos líderes na empresa, de gerentes na base até os CEOs, estiverem incluídos é que existirá uma chance de sucesso do projeto. Isso é porque a coordenação entre diferentes níveis de empresas e departamentos só se tornam viáveis se uma nova iniciativa se alinha com os valores, processo e rotinas da organização. Infelizmente, muitos projetos são executados por um único, ainda que empenhado, grupo de indivíduos, isolados do resto da organização. Utilizando a tecnologia de forma inteligente A Unilever é uma das poucas grandes corporações que levam sua missão nos mercados BoP a sério. Sua subsidiária indiana, Hindustan Lever, possui um programa para gestores em todos os níveis, incluindo o CEO, para conectar-se a clientes pobres, visitando estabelecimentos e conversando com os clientes sobre suas experiências de produtos da Unilever. Foi durante essas sessões que eles descobriram que a comercialização em um mercado BoP requer uma nova abordagem. Para criar uma infraestrutura confiável para distribuir seus produtos ao consumidor, a Hindustan Lever usa tecnologia wireless. Empreendedores locais, geralmente mulheres, são treinadas em técnicas básicas de TI e equipadas com um smartphone. O telefone é habilitado com um minipacote de produtos empresariais, que ajudam a gerir seus negócios de forma eficiente. Além disso, eles recebem cursos básicos em contabilidade, vendas e saúde. Infelizmente, muitos projetos são executados por um único, ainda que, empenhado, grupo de indivíduos, isolados do resto da organização UTILIZANDO A INOVAÇÃO DIGITAL NA SAÚDE PARA ALCANÇAR OS POBRES
  • 18. INFORMAÇÕES CHAVE 18 OITO TENDÊNCIAS EXECUTIVAS PARA 2017 Marketing para a comunidade As estratégias de comunicação de marketing também foram ajustadas. Mais do que direcionar a mensagem para o indivíduo, como normalmente aconteceria, em áreas pobres a comunidade como um todo deve ser abordada, porque cada centavo gasto insensatamente por uma pessoa afeta os familiares. Então, quando a Hindustan Lever lançou o sabonete Lifebuoy, ela teve que convencer seus clientes quanto à importância da boa higiene. Começou com a educação de crianças e seus pais sobre as muitas doenças que podem ser evitadas através da higienização regular das mãos. Repensando modelos de pagamento Mas, até quando uma empresa como a Hindustan Lever encontra seu caminho para o cliente e empresários locais ela enfrenta outro grande desafio: a falta de infraestrutura financeira em áreas pobres. Sem um sistema bancário, os donos de lojas não podem obter um empréstimo para pagar grandes quantidades de produtos antecipadamente. O microcrédito tem uma função importante a desempenhar aqui. Foi o Grameen Bank que colocou este sistema financeiro para os cidadãos pobres no mapa. Grameen é uma organização de microfinanças vencedora do Prêmio Nobel da Paz e um banco de desenvolvimento comunitário, fundado em Bangladesh nos anos 1980. Hoje, o microcrédito é usado por quase todas as empresas em funcionamento nos mercados BoP. Ao fornecer para os empresários locais não apenas empréstimos, mas também treinamento básico, a Hindustan Lever leva o conceito de microcrédito um passo adiante. Uma jornada gratificante A estrada para o sucesso nos mercados BoP pode ser longa e tortuosa. No entanto, as recompensas são grandes. Fazer negócios nas áreas rurais e favelas exige criatividade, não menos quando se trata de reduzir custos operacionais e encontrar melhores sistemas de distribuição. No entanto, uma vez em funcionamento, essas novas estratégias também podem ser aplicadas em outros mercados. O mesmo vale para o produto ou o serviço em si: uma vez que seja inserido com sucesso para os grupos de renda mais baixa nos países em desenvolvimento, ele rapidamente evolui no mercado. Conclusão Nos países desenvolvidos, há grandes grupos de consumidores vivendo com rendimento mínimo, procurando produtos acessíveis. Com a ajuda da inovação digital, esse mercado mal atendido pode ser aberto. As empresas podem aplicar as lições já aprendidas pelos pioneiros nos mercados BoP. No entanto, o sucesso depende da disponibilidade para mudar a mentalidade corporativa e uma vontade de investir, antes que possam recuperar os benefícios. E isso pode levar anos. Fazer negócios nas áreas rurais e favelas exige criatividade. No entanto, uma vez em funcionamento, novas estratégias também podem ser aplicadas em outros mercados. Muitas multinacionais médicas estão tentando chegar aos consumidoresmaispobres,que representam um vasto mercadoinexplorado Paraalcançaroscidadãosmais pobres, os líderes de empresas precisam reinventar sua cadeia produtiva, finanças, inovação e estratégiademarketing Para adquirir conhecimento sobreosconsumidoresdebaixa renda, os gestores de todos os níveisdevempassarumperíodo de formação em comunidades desfavorecidas UTILIZANDO A INOVAÇÃO DIGITAL NA SAÚDE PARA ALCANÇAR OS POBRES
  • 19. 19 OITO TENDÊNCIAS EXECUTIVAS PARA 2017 TENDÊNCIA 5 O impacto da digitalização na eficiência da cadeia produtiva O rápido crescimento da tecnologia levou a avanços na cadeia produtiva, em particular, a cadeia produtiva digital. À medida que o século se desenrola, estamos vendo uma cadeia produtiva mais interligada, com integração de sistemas eficientes, sólidos e avançados tecnologicamente. Aqui, exploramos os benefícios que a digitalização, amparada pelo uso inteligente de grandes volumes de dados e análises de dados, está trazendo para a cadeia produtiva em termos de aumento de rentabilidade e redução de gastos. A cadeia produtiva existe para agilizar os processos envolvidos na aquisição e como uma forma de aumentar a eficiência em toda a empresa. Não só a eficiência permanece no centro da cadeia de produção, mas com a digitalização permitindo altos níveis de conectividade, veremos maior transparência e colaboração através de diferentes departamentos. Além disso, para garantir a segurança de recursos de informação valiosos, as empresas também possuem o desafio de atingir um nível apropriado de sustentabilidade, ao mesmo tempo em que inovam e avançam na cadeia produtiva digital em geral. Analisando a gestão de cadeia produtiva no momento, a Page Executive identifica cinco tendências: A digitalização impulsionará o aumento de eficiência Os gestores da cadeia produtiva que estão dispostos a investir serão sensatos em olhar para a integração de TI, uma área onde 70% dos gestores estão planejando investimentos significativos com a ascensão de novas tecnologias e um impulso para a modernização. O IMPACTO DA DIGITALIZAÇÃO NA EFICIÊNCIA DA CADEIA PRODUTIVA
  • 20. OITO TENDÊNCIAS EXECUTIVAS PARA 2017 20 Este investimento criará empregos e ajudará na adoção rápida de processos baseados na web na cadeia produtiva. Um exemplo é a tecnologia em tempo real, onde os cliente e colaboradores podem estar confiantes de que os níveis de estoque exibidos em suas telas refletem a realidade no armazém a qualquer momento. Com essa maior visibilidade da cadeia produtiva, os gestores podem agora monitorar como os diferentes processos estão operando a qualquer tempo, desde as vendas à logística, levando a transações interdepartamental melhor informadas. As grandes análises de dados melhorarão a rentabilidades e economizarão tempo Grandes dados e análises preditivas fornecerão às redes melhor precisão de dados, clareza e capacidade de trabalhar de forma coesa, para obter melhor inteligência contextual em várias redes individuais. Um desses exemplos é a previsão de demanda: os varejistas na Rússia descobriram que as vendas de livros aumentavam no tempo frio. Algumas livrarias on-line como a Ozun, portanto, aumentaram o número de sugestões de livros sempre que a temperatura caía. Precisão excepcional e a habilidade de reagir rápido se mostrarão úteis quando os modelos de negócio se basearem em ciclos de vida curtos dos produtos. Como a Accenture descobriu, 36% das empresas concordam com a necessidade de uma maior integração de TI ao longo da cadeia produtiva, como mencionados acima, mas 41% das empresas dizem que os grandes dados significam um tempo de reação mais rápido e efetivo para os problemas de cadeia produtiva (fonte: Estudos de Mega Tendências de Operações Globais sobre Grandes Dados na Cadeia Produtiva). A proliferação da Internet das Coisas (IoT) significará maior interconectividade e sofisticação levando a algoritmos inteligentes. Para melhorar o desempenho da cadeia produtiva, esses algoritmos ‘aprenderão’ comportamentos de planejamento humano e serão capazes de prever as decisões que precisarão ser feitas. A mobilidade se tornará a regra À medida que o poder dos grandes dados é aplicado para aumentar a eficiência e economizar tempo, a mobilidade se tornará padrão. Melhorias na infraestrutura continuarão a avançar os fluxos de trabalho da cadeia produtiva. Os gestores da cadeia produtiva serão libertados de seus computadores e laptops conforme fizerem a transição para dispositivos móveis e tablets. A atualização da cadeia produtiva em tempo real exige que os gestores e suas equipes tenham fácil acesso aos sistemas centrais. A fim de alcançar a verdadeira mobilidade, as empresas e gerentes devem compreender a importância da integração de TI e assegurar que contratem pessoas com conhecimentos especializados na área, com ênfase especial em segurança. Integração de TI - uma área onde 70% dos gestores estão planejando investimentos significativos. A mobilidade se tornará padrão. Os gestores da cadeia produtiva serão libertados de seus computadores e laptops conforme trocam para dispositivos móveis e tablets. O IMPACTO DA DIGITALIZAÇÃO NA EFICIÊNCIA DA CADEIA PRODUTIVA
  • 21. 21 OITO TENDÊNCIAS EXECUTIVAS PARA 2017 Em colaboração com seus fornecedores de soluções de negócios móveis, os gestores da cadeia produtiva precisarão determinar quais funções e processos são os principais candidatos para a mobilização. Com muitas empresas e gestores de cadeia produtiva ainda dependentes de sistemas antigos, a transformação para trabalho móvel levará tempo para ser implementada. É provável que haja um amento nos custos, também, à medida que gerentes passam por treinamento e orçamentos são reavaliados. Haverá uma mudança na contratação de talentos À medida que a tecnologia continua a avançar, o tipo de talento sendo contratado mudará conforme as lacunas de habilidade tornam-se aparentes. Os métodos de formação tradicionais não serão mais relevantes, criando demanda para novos métodos de formação e novos papéis a cumprir. Para os gestores, essa mudança significará procurar por pessoas que estejam confortáveis com sistemas modernos, com o conhecimento de grandes dados e profundas análises e experiências com novas tecnologias. Habilidades pessoais são igualmente importantes, dado o grau de adaptabilidade exigida. Habilidades como agilidade e aprender rápido são essenciais para as empresas que adotam mudanças e eles procurarão talentos com essas habilidades no futuro. O desafio será encontrar esse talento Embora a globalização tenha aumentado o banco de talentos, a crescente mudança tecnológica criou a necessidade por habilidades altamente especializadas. Embora a globalização tenha aumentado o leque de talentos, mudanças tecnológicas frequentes criaram uma demanda por habilidades altamente especializadas. O IMPACTO DA DIGITALIZAÇÃO NA EFICIÊNCIA DA CADEIA PRODUTIVA
  • 22. INFORMAÇÕES CHAVE 22 OITO TENDÊNCIAS EXECUTIVAS PARA 2017 O IMPACTO DA DIGITALIZAÇÃO NA EFICIÊNCIA DA CADEIA PRODUTIVA Começaremos a levar os drones a sério A tecnologia de drones está apenas no começo. No entanto, muitas grandes corporações estão testando a tecnologia de drones e começando a levá-la a sério. A perspectiva de reduzir seu impacto ambiental, diminuindo os custos e acelerando a cadeia produtiva tem um grande apelo. Essa revolução criará novas posições e desencadeará a busca por talentos mais recentes e diversos. Grandes empresas como a Amazon, que recentemente se associou ao Governo britânico para testar pequenos drones de entrega, foram pioneiras nesse cenário ao longo do último ano. Entretanto, existe um grande potencial inexplorado para usar drones em armazéns para recolher e mover produtos. O uso de drones para entregar produtos ao consumidor ainda está muito longe. No entanto, à medida que as capacidade melhoram diariamente (por exemplo, melhor tempo de bateria e tecnologia inteligente), os drones estão se tornando uma opção mais comercialmente viável. É tranquilizador que as empresas como a UPS estão testando os drones para entregas de emergência de suprimentos médicos. Conclusão Com sua capacidade de cortar custos e prazos, a digitalização é a resposta para muitos pontos críticos da cadeia produtiva. A digitalização irá invariavelmente aumentar a eficiência, conforme os sistemas são atualizado e integrados, tornando a vida mais fácil para todos os envolvidos na cadeia produtiva. Mas, a evolução mais importante serão os drones. Embora longe da perfeição, os drones abrem nossos olhos para novas possibilidade e a direção que todas as indústrias desde o varejo até a fabricação podem tomar. Uma onde de novos talentos precisa ser contratada para entender e executar essas mudanças e trazer o gerenciamento da cadeia produtiva para 2017. A cadeia produtiva verá um influxo de talentos diversos e capacidade para aprender novas habilidades O usos inteligente de dados ajudará a produzir mais lucro Os gestores da cadeia produtiva devem investir em novas tecnologia, como as tecnologias de tempo real, para impulsionar a moderni- zação e aumentar a eficiên- cia
  • 23. OS DIRETORES DE TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO (CIO) NO CENTRO DA INDÚSTRIA 4.0 23 OITO TENDÊNCIAS EXECUTIVAS PARA 2017 TENDÊNCIA 6 Os Diretores de Tecnologia de Informação (CIO) no centro da Indústria 4.0 Assim como a força do vapor alimentou a primeira revolução industrial, a eletricidade a segunda e os computadores a terceira, a Internet das Coisas impulsionará e possibilitará a quarta: A Indústria 4.0. As fábricas inteligentes da Indústria 4.0 aumentarão a produção e os lucros. Mas, eles também apresentarão grandes desafios àqueles que os gerenciam. Como os líderes de empresas devem preparar suas equipes para a próxima revolução industrial? Os CIOs indicarão o caminho, criando a ocasião para eles entrarem no centro das atenções. Sapatos feitos sob medida para todos os consumidores: essa é a visão de futuro da Adidas. E eles não são os únicos. Todos os fabricantes esperam que até os próximos 10 anos mais ou menos, produtos feitos sob medida - de telefones celulares, a carros e artigos domésticos - serão baratos e produzidos em massa. Tem tudo a ver com a próxima revolução industrial: a transição para a Indústria 4.0. A Indústria 4.0 permitirá que os fabricantes conectem todas as máquinas, produtos e serviços a uma única rede central wireless. As máquinas comunicarão, por exemplo, seu status e quaisquer partes que precisem ser substituídas. Os produtos dividirão informações, por exemplo, sobre a cor e tamanho exigidos. Uma vez que todas as informações podem ser disponibilizadas através da internet, os clientes e fornecedores podem potencialmente ter acesso direto às maquinas. Isso significaria que os clientes poderiam carregar suas próprias especificações diretamente para o sistema.
  • 24. Requalificação da força de trabalho The World Economic Forum Moritz von Schaumann-Werder, Associate Director, Page Executive 24 OITO TENDÊNCIAS EXECUTIVAS PARA 2017 Por outro lado, os fabricantes teriam acesso ao dados de seus clientes. “Isso permitirá que eles mirem as necessidades pessoais específicas de um cliente, antes que ele ou ela sequer peçam por isso”, explica Moritz von Schaumann-Werder, Diretor Adjunto na Page Executive. “Imagine passar por algum lugar e ver um anúncio feito pessoalmente para você. Graças à Indústria 4.0, isso será possível.” Desafios estão por vir Os especialistas preveem que o impacto dessas fábricas inteligentes será grande. De acordo com um estudo realizado pelo centro de pesquisa Frauenhofer, na Alemanha, a indústria já pode esperar um lucro de 78 bilhões de euros nos próximos dez anos. “A nova tecnologia acelerará implacavelmente o processo de fabricação, até chegar ao limite absoluto,” diz Moritz von Schaumann-Werder. “Um fabricante de caminhões alemães já é capaz de entregar um reboque customizado dentro de 18 horas. E ainda não atingimos o pico." Mas, a nova revolução não deixa de ter desafios significativos. Conforme o Fórum Econômico Mundial prevê, em 2020, um terço dos conjuntos de habilidades incluirá habilidades que atualmente não são consideradas cruciais para o trabalho. Como os líderes no setor industrial podem preparar suas empresas e funcionários para essa nova revolução tecnológica? “As empresas terão que requalificar sua força de trabalho,” diz Moritz von Schaumann-Werder. “Para dar um exemplo: uma multinacional de ciências da vida estava recentemente à procura de um perito jurídico, que também tivesse habilidades e conhecimentos para criar e manter um banco de dados, para alinhar questões legais globais. Isso mostra como um conhecimento em TI é importante, independentemente do seu cargo e função real.” Até 2020, um terço do conjunto de habilidades incluirá habilidades que atualmente não são consideradas importantes para o trabalho. Um conhecimento em TI é importante, independentemente do seu cargo e função real. OS DIRETORES DE TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO (CIO) NO CENTRO DA INDÚSTRIA 4.0
  • 25. 25 OITO TENDÊNCIAS EXECUTIVAS PARA 2017 O centro de pesquisas Gartner chegou à mesma conclusão. As empresas pesquisadas pela Gartner classificaram análises de dados grandes e o gerenciamento de processos como as áreas de especialização mais importantes para adaptação mais rápida de negócios digitais. A resolução de problemas complexos e pensamento crítico são típicos das competências gerais que ajudarão as organizações a se adaptarem rapidamente às mudanças futuras. “Os analistas de banco de dados são um bom exemplo," diz Moritz von Schaumann-Werder. “Eles precisam evoluir para cientistas de dados que podem pegar os dados e transformá-los em informação verdadeiramente úteis." Trabalhando em uma base de projeto No entanto, gerenciar todas as adaptações da tecnologia digital internamente será simplesmente muito caro e demorado. É por isso que empresas precisam repensar seus modelos de recursos humanos. Para poder elevar os recursos de TI rapidamente, as empresas terão que contratar mais especialistas para cada projeto. “As empresas vão se concentrar mais no gerenciamento de serviços, terceirizando as funções puramente técnicas”, reflete Moritz von Schaumann-Werder, acrescentando, “Já há empresas que se especializam na coleta de dados.” Especialistas de TI altamente qualificados estão em falta e, na medida em que a quarta revolução industrial prossegue, a demanda só aumentará. Para manter sua vantagem competitiva, as empresas são, portanto, aconselhadas a desenvolver seu banco de talentos – e que ele seja de preferência internacional. Principais desafios para os executivos de empresas A era digital também pode afetar as funções e competências dos gerentes. Um estudo realizado pelo Instituto para Cultura de Liderança na Era Digital mostrou que a maioria dos líderes de empresas espera que o trabalho em equipe se torne mais importante. Além disso, as ideias dos clientes desempenharão uma função mais importante no desenvolvimento do produto, de acordo com 80% dos gestores pesquisados, enquanto 79% preveem que as redes de parceiros se tornarão cada vez mais importantes. Este último ponto - forjar redes de parceiros - cria um dos principais desafios para executivos de empresas: para tirar vantagem total das possibilidades de fábricas inteligentes, as empresas terão que colaborar nos grupos de compartilhamento de informações OS DIRETORES DE TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO (CIO) NO CENTRO DA INDÚSTRIA 4.0
  • 26. OS DIRETORES DE TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO (CIO) NO CENTRO DA INDÚSTRIA 4.0 INFORMAÇÕES CHAVE 26 OITO TENDÊNCIAS EXECUTIVAS PARA 2017 Para tirar vantagem total das possibilidades de fábricas inteligentes, as empresas terão que colaborar nos grupos de compartilhamento de informações. A empresa de alta tecnologia ASML já pede que todos os seus fornecedores compartilhem fluxos de dados. A vantagem é óbvia: com acesso aos dados uns dos outros, as empresas podem otimizar o processo de produção e a cadeia produtiva. Mas, embora muito estejam a favor de uma maior cooperação, existe um grande debate sobre quanta informação eles devem compartilhar na prática. Além disso, existe um problema prático a resolver: nem todas as empresas usam os mesmos sistemas e formatos para armazenar e trocar dados. O que um empresa faz quando todos os seus cliente ou parceiros usam seus próprios formatos? Cabe aos líderes empresariais, especialmente das grandes empresas, estabelecer padrões com os quais todos possam trabalhar. A tecnologia para enfrentar esse problema já foi desenvolvida. A importância crescente do CIO Será que essa nova mudança tecnológica também leva à uma revolução nas salas dos conselhos? De acordo com um relatório recente da McKinsey & Company, a função do CIO será cada vez mais importante. O estrategista digital e o colunista da Financial Times, Ade McCormack concorda: “É uma ótima oportunidade para os CIOs se destacarem,” escreve na revista CIO. Mas, para isso, ele argumenta, os CIOs terão de cultivar e aplicar seus conhecimentos: “Muitos CIOs estão sentados em um campo de petróleo de dados. É hora de começar a perfurar e desenvolver sua habilidade de refinamento de dados.” Conclusão Permitir que “empresa expandida” de clientes e parceiros troquem informações para uma maior colaboração irá sem dúvida envolver dor, mas isso é essencial para entregar a visão da nova revolução industrial: A Indústria 4.0. O futuro de uma empresa dependerá da constante adaptação em larga escala de sua infraestrutura digital. Em alguns casos, as empresas precisarão ainda interromper seu próprio modelo de negócios, antes que um concorrente o faça por eles. Para enfrentar todos os desafios futuros, o CEO e o CFO deverão trabalhar em estreita colaboração com o CIO para desenvolver a estratégia de negócios. O impacto econômico da quarta revolução industrial será enorme, com fábricas inteligentes aumentando a produção, lucros e a satisfa- ção do cliente As fábricas inteligentes exigirão um conjunto completo de habilidades, tanto dos profissionais de nível base como no nível de administração O CIO indicará o caminho nesta nova revolução indus- trial
  • 27. DIGITALIZAÇÃO – A NOVA MEDIDA DO VALOR CORPORATIVO 27 OITO TENDÊNCIAS EXECUTIVAS PARA 2017 Por que empresas de investimento precisam de líderes digitais transformacionais Empresas de investimento precisam de líderes que agreguem valor, avaliando o grau de digitalização de uma empresa e aqueles que compreendem e aceitam totalmente isso estão em condições de fazer melhores avaliações. O digital permite mudança rápida para ganhos maiores e desenvolvimento completo através das várias áreas de negócios. Existem também maior transparência e concorrência - o que pode ser percebido de positivamente e negativamente. No capital privado, esta é uma maneira diferente de trabalhar em comparação com os modelo prévios e estratégias de otimização de portfólios. Os líderes precisam aceitar plenamente isso, a fim de realizar melhores avaliações. TENDÊNCIA 7 DIGITALIZAÇÃO – A nova medida do valor corporativo Assim como a força do vapor alimentou a primeira revolução industrial, a eletricidade a segunda e os computadores a terceira, a Internet das Coisas impulsionará e possibilitará a quarta: A Indústria 4.0. As fábricas inteligentes da Indústria 4.0 aumentarão a produção e os lucros. Mas, eles também apresentarão grandes desafios àqueles que os gerenciam. Como os líderes de empresas devem preparar suas equipes para a próxima revolução industrial? Os CIOs indicarão o caminho, criando a ocasião para eles entrarem no centro das atenções.
  • 28. 28 OITO TENDÊNCIAS EXECUTIVAS PARA 2017 Trabalhar digitalmente ajuda as empresas a identificar ganhos e perdas, e colaborar de forma mais eficaz internamente e externamente. Cada vez mais, os varejistas ligam os modos tradicionais de varejo, como uma loja física, a uma presença on-line global 24 horas por dia, 7 dias por semana, através de canais digitais, chats bots e mídias sociais. Como a digitalização forjou uma nova linha de questionamentos? Anteriormente, as empresas de capital privado normalmente adquiriam uma empresa com a intenção de aumentá-la antes de adquirir outra, para eventualmente fundi-las e acrescentar valor à ambas. Para que essa estratégia seja bem sucedida, a eficiência torna-se um foco para facilitar melhores práticas operacionais. Hoje, trabalhar digitalmente está mais no centro dessa eficiência. Entre outras eficiências, ajuda as empresas identificar ganhos e perdas e colaborar de forma mais eficaz internamente e externamente. É escalável, rápido e trabalha através de todo o negócio: operações, cadeia produtiva, marketing de vendas e mais. Ao avaliar uma empresa, agora é importante fazer perguntas como: • Como o digital afetou a indústria? • Que valor traz o digital? • Quais funções foram digitalizadas até agora? • A empresa possui uma visão e organização digital, incluindo um diretor executivo digital ou equivalente? A necessidade de tranquilidade em um mundo em rápido movimento A partir do Estudo de Varejo da Michael Page , fica claro que o mercado consumidor tem experimentado um aumento das empresas implementando uma abordagem omnichannel para seus negócios. Cada vez mais, os varejistas ligam os modos tradicionais de varejo, como uma loja física a uma presença online global 24 horas por dia, 7 dias por semana, através de canais digitais, chats bots e mídias sociais. Tais estratégias, com seu impacto direto na cadeia produtiva e logísticas, marketing, RH e vendas, exigem uma visão clara de um líder com uma mentalidade digital. Se observarmos a mais recente loja de alimentos sem caixas da Amazon, em Seattle, onde as compras são faturadas automaticamente às contas dos clientes, podemos ver que não há desaceleração. Em vez disso, conceitos e modelos inovadores continuarão a liderar a mudança de negócios. Portanto, é importante que gestores de capital privado compreendem tal inovação e que as empresas identifiquem o potencial de inovação através da digitalização dentro de seu portfólio existente e aquisições planejadas. As empresas devem possuir habilidades e experiências necessárias por trás do processo de tomada de decisões para efetuar mudanças estratégicas inteligentes. Miguel Portfolio, Diretor Executivo da Page Executive, comenta “As empresas têm o poder de mudar seus papéis fundamentais nos negócios que controlam. De fato, é essencial que eles implementem tais mudanças para permanecerem à frente da concorrência." DIGITALIZAÇÃO – A NOVA MEDIDA DO VALOR CORPORATIVO
  • 29. INFORMAÇÕES CHAVE Max Eweg, Diretor Adjunto Page Executive 29 OITO TENDÊNCIAS EXECUTIVAS PARA 2017 A importância dos líderes adotarem uma estratégia digital Uma visão e uma estratégia são essenciais para apontar as áreas chave dentro do negócio onde o digital pode ser melhor adotado e para descrever como isso irá impactar o negócio no futuro. Se houver funções digitais dentro de um departamento, pode fazer sentido empregar um diretor de digital. Dependerá dos objetivos e, em última análise, o que o contratado específico espera alcançar no caminho do crescimento do negócio. Max Eweg, Diretor Adjunto da Page Executive e responsável pela prática CFO e Serviços Financeiros, observa, “Algumas vezes descobrimos que existe uma situação matriz em que o responsável pelas decisões não está claro. Os CFO relatam para o CEO e, em seguida, há o investidor, que também é uma parte interessada, ao lado do CEO. Mas, todos esses líderes estão plenamente cientes do que a transformação digital pode trazer em termos de investimento e eles possuem uma visão digital multifuncional compartilhada?" Empresas de capital privado precisam de estrategistas digitais com capacidade para compreender, conceituar e direcionar a implementação de táticas de uma estratégia geral. O quadro global Se olharmos para o mundo, as diferenças regionais ficam evidentes. Wenda Keijzer, Associada Sênior da Page Executive, Holanda, e responsável pelas Práticas dos consumidores e aspectos Digitais, explica, “os chineses estão muito à frente na digitalização, mesmo em mercados tradicionais como o de seguros. Eles pensam no digital em termos de oportunidades e parcerias. Eles tomam decisões agilmente e são capazes de inovar com rapidez. Seu mercado também é muito diferente em comparação com a Europa, com uma população que só usa celulares impressionantes e a utilização do WeChat, não apenas um aplicativo de mensagens, mas como um portal e plataforma." No que diz respeito à digitalização, como uma oportunidade é inerente à cultura empresarial chinesa. Esse modelo e mentalidade são muitos diferentes das atitudes e práticas europeias. Conclusão A natureza da rentabilidade e o que constitui sucesso no século 21 está mudando. Compreender a relevância, o nível de inovação e comportamentos essenciais, além dos conjuntos de habilidade e competências básicas é essencial. Alinhado com as melhores práticas, isso ajudará a conduzir um negócio mais rentável em uma era digital. Na avaliação da saúde de uma empresa nova ou existente, o valor corporativo não é mais baseado apenas em medidas tradicionais, tais como modelos de loja física, planta, inventário e transações em fase de preparação. A ‘diligência devida’ também é agora necessária na medida em que a empresa avançou em sua jornada digital e seu potencial futuro para a digitalização. Os líderes estão plenamente cientes do que a transformação digital pode trazer em termos de investimento e eles possuem uma visão digital multifuncional compartilhada? As empresas precisam recrutar líderes com profun- do know-how digital, a fim de maximizar o valor de seu portfólio Ao contratar líderes, as empresas devem olhar para além da experiência de capital privado para as habilidades dos candidatos de conduzir uma visão digital multifuncional Gerentes de capital privado precisam de habilidades para encontrar valor em áreas inexploradas DIGITALIZAÇÃO – A NOVA MEDIDA DO VALOR CORPORATIVO
  • 30. PREÇOS LUCRATIVOS EM SERVIÇOS PROFISSIONAIS: USANDO A DIGITALIZAÇÃO PARA OFERECER MAIS VALOR, MAIS RAPIDAMENTE 30 OITO TENDÊNCIAS EXECUTIVAS PARA 2017 TENDÊNCIA 8 Preços lucrativos em serviços profissionais: utilizando a digitalização para oferecer um serviço mais rápido e com qualidade Com os clientes tornando-se mais exigentes e a crescente concorrência, as empresas de serviços profissionais precisam procurar por uma nova estratégia de preços. Ao invés de faturamento por hora, mais e mais organizações de serviços estão trabalhando para uma taxa fixa. Mas para permanecer dentro do orçamento, eles exigem um novo conjunto de habilidade e processos digitalizados. A indústria de serviços profissionais mudou drasticamente nos últimos anos, em parte devido à crise econômica. O número de empresas tem crescido de tal forma que agora competem em um mercado muito homogêneo, todos oferecendo serviços semelhantes. Além disso, os clientes estão mais sensíveis aos preços, têm necessidades de serviços complexas e esperam prazos mais curtos de entrega e com uma qualidade melhor. Para operar nesses mercado complicado e elevar suas receitas, os prestadores de serviços profissionais precisam procurar por novas maneiras de superar seus concorrentes e se destacar. Ofertas com base nos produtos Muitas empresas começaram a repensar suas estratégias de preços. Erzsebet Soos, Gerente de Negócios na Page Executive, acredita que grandes empresas de auditoria, como a Deloitte, Ernst & Young and KPMG,
  • 31. 31 OITO TENDÊNCIAS EXECUTIVAS PARA 2017 são um bom exemplo dessa nova abordagem: “Como todas as empresas na indústria de serviços profissionais, ele costumam cobrar seus serviços por hora. Mas a pressão sobre tarifas de serviços aumentou.” Ela explica, “Para os clientes, nem sempre é fácil ver a relação entre o custo de um serviço e seu valor. Eles preferem saber com antecedência exatamente quanto determinado serviço vai lhes custar. Para atender a essa demanda no mercado, as empresas de serviços profissionais devem definir o preço sobre uma base fixa ou com base no valor. Essa tendência está acontecendo em toda parte da indústria. Se uma empresa começa, outras precisam segui-la se quiserem acompanhar a concorrência." Um conjunto de habilidades diferentes Existe, no entanto, o perigo de oferecer taxas fixas: se o serviço não for executado eficientemente, o preço oferecido pode não cobrir o custo real da prestação do serviço, especialmente porque a equipe de vendas dos prestadores de serviço profissional tentará manter os preços em suas propostas os mais baixos possíveis para ganhar o negócio. “Líderes empresariais observam a diferença entre a lista e o crescimento de preços real”, escreve George Cressman, Presidente da empresa de consultoria World Class Pricing, no The Journal of Professional Pricing. Ele argumenta que para superar esse desafio, as empresas precisam investir no conjunto de habilidades de seu pessoal: “A prestação de serviços profissionais exige grande habilidade no diagnóstico das necessidades dos clientes e na compreensão da relação entre os diversos componentes de clientes empresariais. Exige habilidade em personalizar uma solução para atender precisamente as necessidades de um cliente e comunicar isso de forma eficaz." Gerenciamento de projetos em primeiro plano Um dos conjuntos de habilidades necessário para esta nova abordagem é o gerenciamento de projetos. Escopo, cronograma e orçamento - os ingredientes básicos de um bom plano de projeto - são extremamente importantes para manter o serviço executado dentro do orçamento. Investir nas habilidade de gerenciamento de projeto dos seus colaboradores beneficiará os líderes empresariais em mais do que um aspecto. Esclarecer os custos e os resultados antecipadamente não só reduz os riscos financeiros percebidos e de resultado do cliente, mas também os obriga a entender e comunicar o que eles realmente querem antes de entrar em um contrato. Além disso, ao incluir o gerenciamento de Se o serviço não for executado eficientemente, o preço oferecido pode não cobrir o custo real da prestação do serviço. PREÇOS LUCRATIVOS EM SERVIÇOS PROFISSIONAIS: USANDO A DIGITALIZAÇÃO PARA OFERECER MAIS VALOR, MAIS RAPIDAMENTE
  • 32. CEOs - promotores da mudança 32 OITO TENDÊNCIAS EXECUTIVAS PARA 2017 projetos em sua oferta, as empresas podem pedir um preço mais alto por seus serviços. Racionalização das operações... Outro componente importante em uma estratégia rentável de preços são os processos racionalizados e padronizados. “As grandes empresas de auditoria, por exemplo, investiram em processos e sistemas operacionais padrão”, diz a Executiva da Page, Erzsebet Soos. “Em parte, isso é feito pela digitalização de alguns processos ou serviços." ...e serviços digitalizados Ao digitalizar elementos de serviços, empresas podem reduzir drasticamente seus custos e melhorar a qualidade, sem criar despesas indiretas. “Se uma empresa de consultoria, por exemplo, quer duplicar sua receita, deve dobrar sua equipe de consultores”, explica o professor em inovação empresarial, o professor Mohanbir Sawhney, na Harvard Business Review. “Contraste isso com empresas de produtos como Google e Adobe, que não precisam lidar com essas estruturas de custo e desfrutar de margens brutas de 60% a 90%." A inovação tecnológica pode ajudar os fornecedores a encontrarem uma saída dessa situação. Existem inúmeros exemplos de empresas encontrando soluções digitais inteligentes para oferecer aos clientes melhores serviços a preços que a concorrência não pode igualar. A fim de implementar com sucesso esse novo modelo de negócio, o CEO precisará assumir a liderança. Uma boa administração começa pelo topo: um CEO que faz da inovação parte da estratégia de negócio, investe no que acredita, inicia programas, coloca as pessoas certas nos lugares certos e as apóia. A inovação bem-sucedida exige administração clara e gerenciamento rigoroso. Ao incluir o gerenciamento de projetos em sua oferta, as empresas podem pedir um preço mais alto por seus serviços. Existem inúmeros exemplos de empresas encontrando soluções digitais inteligentes para oferecer aos clientes melhores serviços a preços que a concorrência não pode igualar. PREÇOS LUCRATIVOS EM SERVIÇOS PROFISSIONAIS: USANDO A DIGITALIZAÇÃO PARA OFERECER MAIS VALOR, MAIS RAPIDAMENTE
  • 33. INFORMAÇÕES CHAVE 33 OITO TENDÊNCIAS EXECUTIVAS PARA 2017 A estratégia de inovação deverá eventualmente conduzir a operações mais simplificadas, redimensionadas e reestruturadas. Os líderes empresariais devem, por exemplo: • Centralizar e padronizar processos financeiros para aperfeiçoar os relatórios de rentabilidade • Construir sistemas e processos para acessar eficientemente canais de recursos • Implementar iniciativas para gerenciamento de talentos Uma vantagem para empresas de serviços profissionais Quando se trata de implementar novos modelos de negócios, a indústria de serviços profissionais possui uma série de vantagens em relação a outras indústrias. Por sua própria natureza, as empresas de serviços profissionais estão mais abertas a mudanças e novas formas de pensar do que outras empresas. Eles possuem uma força de trabalho altamente qualificada, que está mais inclinada a pensar com inovação e acolher novas ideias. Os fornecedores trabalham em estreita colaboração com seus clientes, por isso eles sabem o que é preciso para ter sucesso. Além disso, a indústria possui um alto nível de diversidade. “Nesse sentido, os serviços profissionais estão à frente de outras indústrias, principalmente quando se trata da participação de mulheres,” diz Erzsebet Soos. “Muito antes da diversidade se tornar um assunto polêmico, as voz femininas já estavam bem representada na indústria." Os benefícios de uma força de trabalho diversificada, especialmente em relação a mudança e à inovação, não podem ser sobrestimadas. Uma boa equipe de projeto deve ser tão diversificada quanto possível. Quanto maior a diversidade dos antecedentes e interesses da equipe, mais fácil é para as novas ideias prosperarem. Não existe ameaça maior para a inovação e à mudança do que uma equipe onde todos concordam e gostam das coisas do jeito que elas são! Conclusão Diante do desafio de oferecer serviços com preço fixo de forma competitiva e lucrativa, os CEOs precisam indicar o caminho na digitalização e racionalização dos processos de suas empresas. Os prestadores de serviços profissionais devem procurar oportunidades para implantar digitalização sempre que possível para rastrear as interações dos clientes com a empresa, diagnosticar suas necessidades atuais e cortar os processos manuais demorados de sua prestação de serviços. O gerenciamento de projetos rigoroso e controle de custos tornaram-se essenciais para a execução de um negócio rentável. Por sua própria natureza, as empresas de serviços profissionais estão mais abertas a mudanças e novas formas de pensar. Os prestadores de serviços profissionais estão substi- tuindo o faturamento por hora com ofertas de taxa fixa As empresas precisam garantir que o preço acorda- do cubra seus custos reais As habilidades de gerencia- mento de projetos são essenciais para o rigoroso controle de custos nesse novo modelo de negócios PREÇOS LUCRATIVOS EM SERVIÇOS PROFISSIONAIS: USANDO A DIGITALIZAÇÃO PARA OFERECER MAIS VALOR, MAIS RAPIDAMENTE
  • 34. 34 OITO TENDÊNCIAS EXECUTIVAS PARA 2017 CONCLUSÃO Talento empresarial - a chave para a sobrevivência da organização do amanhã As organizações de hoje estão sendo abaladas pelas diferenças entre as gerações X, Y e Z e por suas necessidades de se adaptarem aos ‘nativos digitais’, aqueles que cresceram em um mundo online. Mas mesmo esta troca de gerações poderia ser só um elemento na mudança em grande escala que tem de ocorrer dentro das organizações com a intenção de manter sua posição de liderança. O que grandes organizações podem aprender com as start-ups? A organização do século 21 caracteriza-se por sua resposta aos avanços tecnológicos e à maneira pela qual a digitalização cria valor empresarial, reduzindo os ciclos de decisão e permitindo que o cliente ou consumidor sejam colocados no centro da organização. Trata-se de manter-se competitivo e próspero em um ambiente operacional que demanda grande agilidade na adaptação rápida às mudanças. Isso se aplica tanto para as start-ups, como às pequenas e médias empresas, bem como às grandes organizações globais. Na verdade, as start-ups inovadoras são jogadores naturais em uma economia dinâmica, e são tão boas quantos as grandes organizações que são mais lentas para se adaptar. TALENTO EMPRESARIAL - A CHAVE PARA A SOBREVIVÊNCIA DA ORGANIZAÇÃO DO AMANHÃ
  • 35. 35 OITO TENDÊNCIAS EXECUTIVAS PARA 2017 Os conselhos de grandes organizações reconhecem os riscos de perder para seus concorrentes mais ágeis e o perigo inerente de se tornarem muito dependentes das fontes de rendimentos que podem um dia secar. A questão mais crítica da transformação digital é como evoluir para uma organização que permite a mudança, estimule o crescimento e prospere em um clima de incerteza. Muita da reestruturação corporativa envolve a criação de unidades de negócios ou centros de lucro que visam responder rapidamente às mudanças nas condições de mercado, com ciclos de decisão mais curtos, a fim de se manter em sintonia com as exigências do mercado. Pequenas e médias empresas - a nova referência Em mercados onde ser ágil efetiva o recebimento de grandes recompensas, as pequenas e médias empresas costumam mostrar-se mais capazes de reagir rapidamente para criar valor novo. Seu modelo operacional tem qualidades que as grandes organizações podem adotar quando repensam seus modelos de negócios. Pequenas e médias empresas também podem dar aos líderes e gestores maior liberdade para colocar seu talento empreendedor em ação do que é frequentemente o caso nas grandes organizações. A desvantagem é que o risco de fracasso pode ser aumentado em empresas menores, uma vez que não possuem os recursos financeiros de seus grandes rivais. Achatamento da pirâmide A convergência para uma estrutura mais plana, mais colaborativa, mais voltada para o projeto é uma das principais características da organização do amanhã. É uma evolução que tem o poder de influenciar mudanças de gerenciais e culturais muito além da diferenças geracionais mencionadas no início deste artigo. A digitalização e as novas tecnologias estão trazendo o fim do modelo organizacional do século 20. Essa transformação é sobre uma mudança na estrutura de decisão. Os modelos de negócios e processos de comando anteriores vieram na seguinte ordem: Ordem > Cadeia de Comando > Controle > Planejamento Novos modelos de Negócios podem se parecer mais com isto: Conceber > Iniciar > Colaborar > Projeto > Engajar > Tudo centrado no cliente A função do líder é criar a visão que dará forma e direção ao negócio. Sua responsabilidade é então, cada vez mais focada em promover interações que coloquem o cliente ou o consumidor no centro da organização, assim como envolver a equipe e incentivá-los a se tornarem autodirigidos. Start-ups inovadoras são tão boas quanto as grandes organizações, que são mais lentas para se adaptar. TALENTO EMPRESARIAL - A CHAVE PARA A SOBREVIVÊNCIA DA ORGANIZAÇÃO DO AMANHÃ
  • 36. INFORMAÇÕES CHAVE 36 OITO TENDÊNCIAS EXECUTIVAS PARA 2017 A convergência para uma estrutura mais plana, mais colaborativa, mais voltada para o projeto é uma das principais características da organização do amanhã. Estes novos modelos, típicos das PME, podem ser o mecanismo das aspirações executivas e gerenciais. Enquanto tal, retrabalhar as grandes organizações em um coletivo de redes de PMEs pode representar uma oportunidade para criar um ecossistema ágil e fornecer um nova abordagem para os desafios de hoje. Esta "empresa expandida" pode assumir as características de uma start-up para permitir a agilidade, ao capitalizar sobre o seu próprio tamanho e relações com parceiros e fornecedores. Recrutando talentos executivos - quebrando o molde Até agora, as organizações de todos os tipos têm procurado contratar executivos com a mesma formação acadêmica e profissional. Mas esses dias acabaram. Encontrar talento executivo com habilidades empreendedoras, requer uma nova abordagem para o recrutamento, utilizando canais mais diversificados. O recrutamento bem-sucedido não é mais apenas sobre a avaliação de habilidades técnicas e julgar as competências estratégicas do talento executivo. Vale a pena lembrar que, de acordo com uma série de relatórios recentes, até 50% dos empregos conhecidos de hoje não existirão até 2025 como resultado de uma maior automação e com a digitalização revolucionando a maneira como os negócios são conduzidos. As habilidades técnicas de um candidato podem em breve ser quase irrelevantes. Em vez disso, o processo de recrutamento deve explorar a preparação dos candidatos para se juntar a projetos empresariais e sua habilidade de conduzir a visão. A verdadeira questão para recrutadores executivos nas empresas é se eles próprios são capazes de avaliar com precisão a experiência de um candidato em acrescentar novo valor para além dos modelos tradicionais e focando ações e comportamentos sobre o cliente final. O processo de recrutamento deve explorar a preparação dos candidatos para se juntar a projetos empresariais e sua habilidade de conduzir a visão. Conclusão No mundo de hoje, é "adaptar-se para sobreviver" e isso se torna oportuno para repensar a visão organizacional. Ao recrutar uma nova geração de líderes, o que importa mais do que as competências tradicionais no futuro é a paixão pela mudança de liderança e uma ambição de ser quem escreve o próximo capítulo da organização. As pequenas empresas são frequentemente mais rápidas do que as grandes organizações e são capazes de se adaptarem melhor às condições do mercado em mudanças As grandes empresas têm muito a aprender com a forma como as PMEs estru- turam seus negócios para a agilidade Os recrutadores devem avaliar não apenas as competências tradicionais dos candidatos, mas o seu espírito empreendedor e a sua habilidade na condução da mudança TALENTO EMPRESARIAL - A CHAVE PARA A SOBREVIVÊNCIA DA ORGANIZAÇÃO DO AMANHÃ
  • 37. ARGENTINA Tomás Sadous Diretor Adjunto +54 (11) 40014580 tomassadous@pageexecutive.com BÉLGICA Olivier Top Diretor Adjunto +32 (0)2 5094536 oliviertop@pageexecutive.com BRASIL Fernando Andraus Diretor Executivo +55 (11) 45056224 fernandoandraus@pageexecutive.com EUROPA CENTRAL E ORIENTAL Jiri Gazda Diretor Adjunto +43 120520543 jirigazda@pageexecutive.com COLOMBIA Paola Marín Pulgarín Diretora Adjunta +57 (1) 7436736 paolapulgarin@pageexecutive.com CHILE Ainara Ormazábal Diretora +56 (2) 25853212 ainaraormazabal@pageexecutive.com CHINA Louisa Yeung Diretor Gerente +852 28489550 louisayeung@pageexecutive.com EUROPA CONTINENTAL Christophe Rosset Diretor Gerente Europa Continental +32 (0)2 5094579 christopherosset@pageexecutive.com Canadá México Estados Unidos Africa Ásia-Pacífico Australia Grande China Hong Kong India Indonésia Japão Malasia Nova Zelandia Singapura EMEA 37 Áustria Bélgica Dinamarca Finlândia França Alemanha Irlanda Itália Noruega Luxemburgo Holanda Portugal Romênia Espanha Suécia Suíça Turquia Reino Unido OITO TENDÊNCIAS EXECUTIVAS PARA 2017 Nossa presença global: consultores experientes e dedicados em todo o mundo América do Norte América Latina Argentina Brasil Chile Colômbia Peru Morocco Qatar Resto da África África do Sul UAE TALENTO EMPRESARIAL - A CHAVE PARA A SOBREVIVÊNCIA DA ORGANIZAÇÃO DO AMANHÃ
  • 38. FRANÇA Matteo Guerra Diretor +33 141927116 matteoguerra@pagaeexecutive.com ALEMANHA Nils Richter Diretor Executivo +49 304000473100 nilsrichter@pageexecutive.com HONG KONG Steve Parkes Diretor +852 28484703 steveparkes@pageexecutive.com IRLANDA Ronan Coyle Business Diretor + 353 16539800 ronancoyle@pageexecutive.com ITÁLIA Diretor Executivo +39 02806800512 MÉXICO Patricio Garretón Diretor +52 (55) 52017112 patriciog@pageexecutive.com ORIENTEMÉDIO Jake Olds Diretor Executivo +971 47090364 jakeolds@pageexecutive.com PERU Rodrigo Escudero Diretor Adjunto +51 (1) 712 5814 rodrigoescudero@pageexecutive.com POLÔNIA Agnieszka Kulikowska Diretor Adjunto + 48 667867774 agnieszkakulikowska@pageexecutive.com SINGAPURA Jon Goldstein Diretor Regional +65 6416 9715 jongoldstein@pageexecutive.com ESPANHA Miguel Portillo Diretor Executivo +34 911318114 miguelportillo@pageexecutive.com SUÉCIA Mathieu Moisan Diretor +46 850 168 904 mathieumoisan@pageexecutive.com SUÍÇA Stephan Surber Diretor Executivo +41 442242235 stephansurber@pageexecutive.com HOLANDA Rosanne Boer Diretor Adjunto +31 102176509 rosanneboer@pageexecutive.com TURQUIA N. Merve Oklap Diretor +90 5307622991 merveoklap@pageexecutive.com REINO UNIDO Jonathan Wiles Diretor Gerente +44 2072692591 jonathanwiles@pageexecutive.com ESTADOS UNIDOS Paul Webster Diretor Executivo +1 212 7716062 paulwebster@pageexecutive.com 38 OITO TENDÊNCIAS EXECUTIVAS PARA 2017 TALENTO EMPRESARIAL - A CHAVE PARA A SOBREVIVÊNCIA DA ORGANIZAÇÃO DO AMANHÃ