O documento discute a sobrecarga imposta às famílias que convivem com pessoas diagnosticadas com esquizofrenia. O estudo identificou três tipos principais de sobrecarga: 1) sobrecarga financeira devido à perda de renda do paciente e gastos adicionais com tratamento; 2) sobrecarga nas rotinas familiares, uma vez que o paciente requer cuidados contínuos; 3) sobrecarga física e emocional dos familiares, que desenvolvem doenças devido ao estresse.
Terapias Complementares em Cuidados PaliativosLuciana Mateus
O documento discute as terapias complementares utilizadas em cuidados paliativos, destacando:
1) A musicoterapia e a massagem são as terapias complementares mais utilizadas para o controle da dor e depressão;
2) A acupuntura tem sido eficaz no alívio da dor espiritual e física em pacientes com câncer, além de reduzir a fadiga;
3) Programas baseados na logoterapia melhoram o bem-estar espiritual em pacientes terminais e profissionais da área.
O documento discute o papel da família no contexto dos cuidados paliativos, definindo família e vendo-a como a unidade de cuidado. A doença terminal causa medo e confusão nos familiares, e a equipe deve ajudá-los a lidar com o luto de forma acompanhada e recuperar a confiança no processo. As famílias passam por etapas como negação, raiva e aceitação ao lidar com a perda de um ente querido.
Os cuidados paliativos em geriatria visam melhorar a qualidade de vida de pacientes idosos e suas famílias diante de doenças crônicas e degenerativas. Eles focam no alívio da dor e outros sintomas, como fadiga, náusea e constipação, de forma multidisciplinar e centrada na pessoa. Os cuidados paliativos podem ser aplicados desde o diagnóstico e são importantes para proporcionar uma morte digna.
Da religião à assistência especializada. Uma evolução para o atendimento prestado pela Psicologia dentro dos hospitais. A história da Psicologia Hospitalar evoluiu de um modelo religioso de assistência para um atendimento psicológico profissionalizado e interdisciplinar, com destaque para o pioneirismo de Mathilde Neder no Brasil.
O documento resume os resultados de uma pesquisa sobre cuidados paliativos realizada com estudantes de uma escola secundária. A pesquisa mostra que a maioria dos estudantes já ouviu falar de cuidados paliativos, porém poucos conhecem unidades dedicadas a estes cuidados ou pessoas que os receberam. Todos os estudantes acham importante o desenvolvimento desta área como uma alternativa à eutanásia.
Informações clinicas e a comunicação com o paciente.Luciane Santana
O documento discute a importância da comunicação entre profissionais de saúde e pacientes, incluindo como fornecer informações clínicas e notícias, seja boas ou ruins. Ele destaca a necessidade de obter consentimento informado dos pacientes e respeitar sua dignidade, bem como os princípios da bioética na assistência clínica. O documento também fornece diretrizes para comunicar diagnósticos graves ou impossibilidade de cura de forma sensível e apoiar pacientes emocionalmente.
O documento discute o cuidado da família de um paciente terminal em casa. A doença terminal causa desequilíbrio na família e mudanças nos papéis. O enfermeiro deve avaliar as necessidades da família, fornecer informações e apoio emocional, e ajudar a família a se adaptar e lidar com a perda. O objetivo é capacitar a família a cuidar do paciente e lidar com o luto de forma saudável.
Palestra realizada pela Dra. Vera Bonato, da Qualidade InCor HC-FMUSP, na Sala Havana, no dia 11 de julho de 2009.
6º Congresso de Humanização da Saúde em Ação - realizado pela HC-FMUSP e Associação Viva e Deixe Viver
Terapias Complementares em Cuidados PaliativosLuciana Mateus
O documento discute as terapias complementares utilizadas em cuidados paliativos, destacando:
1) A musicoterapia e a massagem são as terapias complementares mais utilizadas para o controle da dor e depressão;
2) A acupuntura tem sido eficaz no alívio da dor espiritual e física em pacientes com câncer, além de reduzir a fadiga;
3) Programas baseados na logoterapia melhoram o bem-estar espiritual em pacientes terminais e profissionais da área.
O documento discute o papel da família no contexto dos cuidados paliativos, definindo família e vendo-a como a unidade de cuidado. A doença terminal causa medo e confusão nos familiares, e a equipe deve ajudá-los a lidar com o luto de forma acompanhada e recuperar a confiança no processo. As famílias passam por etapas como negação, raiva e aceitação ao lidar com a perda de um ente querido.
Os cuidados paliativos em geriatria visam melhorar a qualidade de vida de pacientes idosos e suas famílias diante de doenças crônicas e degenerativas. Eles focam no alívio da dor e outros sintomas, como fadiga, náusea e constipação, de forma multidisciplinar e centrada na pessoa. Os cuidados paliativos podem ser aplicados desde o diagnóstico e são importantes para proporcionar uma morte digna.
Da religião à assistência especializada. Uma evolução para o atendimento prestado pela Psicologia dentro dos hospitais. A história da Psicologia Hospitalar evoluiu de um modelo religioso de assistência para um atendimento psicológico profissionalizado e interdisciplinar, com destaque para o pioneirismo de Mathilde Neder no Brasil.
O documento resume os resultados de uma pesquisa sobre cuidados paliativos realizada com estudantes de uma escola secundária. A pesquisa mostra que a maioria dos estudantes já ouviu falar de cuidados paliativos, porém poucos conhecem unidades dedicadas a estes cuidados ou pessoas que os receberam. Todos os estudantes acham importante o desenvolvimento desta área como uma alternativa à eutanásia.
Informações clinicas e a comunicação com o paciente.Luciane Santana
O documento discute a importância da comunicação entre profissionais de saúde e pacientes, incluindo como fornecer informações clínicas e notícias, seja boas ou ruins. Ele destaca a necessidade de obter consentimento informado dos pacientes e respeitar sua dignidade, bem como os princípios da bioética na assistência clínica. O documento também fornece diretrizes para comunicar diagnósticos graves ou impossibilidade de cura de forma sensível e apoiar pacientes emocionalmente.
O documento discute o cuidado da família de um paciente terminal em casa. A doença terminal causa desequilíbrio na família e mudanças nos papéis. O enfermeiro deve avaliar as necessidades da família, fornecer informações e apoio emocional, e ajudar a família a se adaptar e lidar com a perda. O objetivo é capacitar a família a cuidar do paciente e lidar com o luto de forma saudável.
Palestra realizada pela Dra. Vera Bonato, da Qualidade InCor HC-FMUSP, na Sala Havana, no dia 11 de julho de 2009.
6º Congresso de Humanização da Saúde em Ação - realizado pela HC-FMUSP e Associação Viva e Deixe Viver
Este documento analisa a produção científica sobre cuidados paliativos para idosos em periódicos online entre 2006-2011. Foram encontrados 20 artigos, dos quais 10 foram selecionados segundo critérios de inclusão. A maioria abordou terminalidade, cuidadores de idosos sob cuidados paliativos, oncologia e declínio funcional. Conclui-se que as publicações sobre o tema ainda são tímidas e há necessidade de mais pesquisas para melhor atender idosos no fim da vida.
Este documento discute os princípios éticos dos cuidados paliativos, incluindo respeito pela autonomia, beneficência, não-maleficência e justiça. Também aborda questões como eutanásia, suicídio assistido e casos clínicos envolvendo decisões sobre tratamento e alívio da dor.
As três frases resumem o documento da seguinte forma:
1) A aula introduz conceitos psicológicos aplicados ao cuidado com pacientes, incluindo sofrimento psíquico e aspectos culturais e sociais relacionados ao adoecer.
2) As unidades discutem aspectos psicológicos na relação entre profissionais de saúde, pacientes e famílias, assim como humanização e cuidados paliativos.
3) O documento também critica o modelo biomédico de saúde e defende uma abordagem biopsicoss
45 a intervenção psicológica na terminalidade, voltada para paciente e famíliaONCOcare
O documento discute o processo de luto e as perdas decorrentes do diagnóstico e tratamento de doenças potencialmente fatais. Apresenta as cinco dimensões do luto (intelectual, emocional, física, espiritual e social) e destaca a importância do luto antecipatório para a elaboração gradual da perda. Também descreve seis objetivos para a construção de significado durante esse processo: encontrar novo significado na vida e morte, pontos de continuidade e transição, significados pré-verbais e explícitos,
[1] O documento discute a importância do estudo da psicologia na formação do profissional de enfermagem. [2] A psicologia ajuda a entender alterações psicológicas decorrentes do processo de adoecimento e estágios vivenciados por pacientes terminais. [3] É essencial que profissionais de enfermagem tenham conhecimentos de psicologia para prestarem um atendimento humanizado e centrado na pessoa do paciente.
I. A espiritualidade e religião são importantes para o bem-estar físico e emocional dos pacientes, especialmente aqueles com doenças terminais. II. Os cuidados paliativos envolvem o alívio do sofrimento físico, emocional, social e espiritual dos pacientes e familiares. III. A espiritualidade pode ajudar os pacientes a lidarem com a morte e encontrarem significado até o fim da vida.
O documento descreve a história e funções dos hospitais, destacando que originalmente eram locais para abrigar pobres e doentes sem recursos. Também discute a atuação do psicólogo em hospitais, enfatizando que eles trabalham na promoção da saúde dos pacientes e familiares, oferecendo apoio emocional e ajudando no ajuste à vida hospitalar.
O documento discute a psicologia hospitalar e a importância da escuta como forma de cuidado com a subjetividade do paciente. A psicologia hospitalar busca entender os aspectos psicológicos do adoecimento e dar voz à subjetividade do paciente. A escuta é fundamental para a humanização do hospital e para que o paciente se sinta um sujeito, não apenas um objeto de estudo médico.
Este documento discute a psicologia hospitalar e o papel do psicólogo no contexto hospitalar. Ele resume a história da psicologia hospitalar no Brasil desde 1954 e define o conceito de psicologia hospitalar como contribuições científicas, educativas e profissionais para prestar assistência de qualidade aos pacientes. Ele também descreve as funções do psicólogo hospitalar em minimizar o sofrimento da hospitalização, apoiar o paciente, família e equipe.
O documento discute cuidados paliativos e dor em pacientes oncológicos terminais. Aborda conceitos como dor total, classificações de dor, avaliação e tratamento da dor, incluindo tratamento farmacológico e não farmacológico. Também discute desnutrição, anorexia, diarreia e obstipação como sintomas comuns nesses pacientes e ações de enfermagem para lidar com esses problemas.
Psicologia Hospitalar - Pacientes Terminais 2Mateus Neves
O documento descreve a atuação do psicólogo no acompanhamento de pacientes terminais em hospitais, apresentando a história da psicologia hospitalar no Brasil e seu papel na equipe multidisciplinar. O psicólogo auxilia pacientes e familiares a lidarem com as cinco fases da terminalidade: negação, raiva, tentativa de viver, depressão e aceitação.
O documento discute os sistemas de saúde sob uma perspectiva antropológica, abordando os três setores de cuidados à saúde (informal, popular e profissional), e como esses setores se relacionam com a cultura e organização da sociedade.
Este documento descreve os processos de admissão e cuidados de enfermagem para crianças hospitalizadas, incluindo a reação comum das crianças à hospitalização e estratégias para minimizar danos. Também discute o perfil profissional ideal para enfermeiros pediátricos e o uso de contos de fadas como recurso terapêutico.
O documento faz uma reflexão sobre o relacionamento terapêutico na enfermagem psiquiátrica entre 1980-2000. Analisou-se a produção científica de 14 periódicos e encontrou-se 13 artigos sobre o tema. Seis artigos abordaram experiências com pacientes, um artigo tratou da equipe de enfermagem e seis discutiram teoricamente a inserção do relacionamento terapêutico no ensino e prática da enfermagem psiquiátrica.
Trabalho realizado no ano de 2011, na disciplina de estágio básico II do curso de Psicologia que teve como objeto de estudo a Psicologia no Hospital Geral.
O documento descreve o Modelo do Luto de Klüber-Ross, que identificou 5 estágios comuns de reação ao receber más notícias sobre a saúde ou enfrentar a morte: 1) Negação, 2) Raiva, 3) Barganha, 4) Depressão, 5) Aceitação. O objetivo dos cuidados paliativos é ajudar os pacientes a alcançarem a aceitação, entendendo a morte como natural e focando na qualidade de vida.
O documento discute a formação em psicologia no Brasil e como ela é deficitária em relação à realidade sanitária do país. Argumenta que a formação deve contemplar conhecimentos diversificados sobre saúde e doença de bases biológicas, sociais e psicológicas. Também diferencia a psicologia da saúde, que atua desde a prevenção até o tratamento, da psicologia hospitalar, que tem foco nos atendimentos em hospitais. Defende que a interdisciplinaridade é necessária para superar a fragmentação no setor da sa
O documento descreve a atuação do psicólogo no acompanhamento de pacientes terminais em hospitais. O psicólogo atua em equipe multidisciplinar para apoiar o paciente e familiares nas cinco fases da terminalidade: negação, raiva, tentativa de viver, depressão e aceitação. O psicólogo também lida com o impacto do processo de morte na equipe médica.
1. O documento discute a participação da família na reinserção social de portadores de transtornos mentais.
2. A autora realizou uma revisão bibliográfica sobre o tema entre 1999-2009, identificando 28 publicações.
3. A maioria dos trabalhos mostra que a família fortalece o vínculo do portador e viabiliza seu processo de reabilitação e ressocialização, porém a convivência também implica em sobrecarga para a família.
ASPECTOS EMOCIONAIS DO PACIENTE IDOSO HOSPITALIZADO E O PAPEL DO PSICÓLOGO HO...biacastro
Costuma-se dizer que o idoso terá sua velhice como conseqüência do que foi sua vida até então. A personalidade é uma construção. Ninguém é o que é por acaso. É fruto da maneira como viveu cada uma das etapas da vida, dos objetos e desejos que cultivou durante a vida. A confiança e a segurança são fatores decisivos no equilíbrio psíquico do idoso. A saúde mental do idoso pode ser entendida como equilíbrio psíquico resultante da interação da pessoa com a realidade, ou seja, o meio. Estar hospitalizado para o idoso é um processo árduo no qual o mesmo pode sentir-se deprimido, necessitando de um suporte psicológico condizente durante seu processo de hospitalização.
O documento discute o cuidado da família de um paciente terminal em casa. A doença terminal causa desequilíbrio na família e seus membros enfrentam depressão, ansiedade e exaustão. O enfermeiro desempenha um papel importante apoiando a família por meio de avaliação de necessidades, informação, resolução de conflitos e apoio no luto. O objetivo é capacitar a família a cuidar do paciente e se adaptar à perda de forma saudável.
Este documento analisa a produção científica sobre cuidados paliativos para idosos em periódicos online entre 2006-2011. Foram encontrados 20 artigos, dos quais 10 foram selecionados segundo critérios de inclusão. A maioria abordou terminalidade, cuidadores de idosos sob cuidados paliativos, oncologia e declínio funcional. Conclui-se que as publicações sobre o tema ainda são tímidas e há necessidade de mais pesquisas para melhor atender idosos no fim da vida.
Este documento discute os princípios éticos dos cuidados paliativos, incluindo respeito pela autonomia, beneficência, não-maleficência e justiça. Também aborda questões como eutanásia, suicídio assistido e casos clínicos envolvendo decisões sobre tratamento e alívio da dor.
As três frases resumem o documento da seguinte forma:
1) A aula introduz conceitos psicológicos aplicados ao cuidado com pacientes, incluindo sofrimento psíquico e aspectos culturais e sociais relacionados ao adoecer.
2) As unidades discutem aspectos psicológicos na relação entre profissionais de saúde, pacientes e famílias, assim como humanização e cuidados paliativos.
3) O documento também critica o modelo biomédico de saúde e defende uma abordagem biopsicoss
45 a intervenção psicológica na terminalidade, voltada para paciente e famíliaONCOcare
O documento discute o processo de luto e as perdas decorrentes do diagnóstico e tratamento de doenças potencialmente fatais. Apresenta as cinco dimensões do luto (intelectual, emocional, física, espiritual e social) e destaca a importância do luto antecipatório para a elaboração gradual da perda. Também descreve seis objetivos para a construção de significado durante esse processo: encontrar novo significado na vida e morte, pontos de continuidade e transição, significados pré-verbais e explícitos,
[1] O documento discute a importância do estudo da psicologia na formação do profissional de enfermagem. [2] A psicologia ajuda a entender alterações psicológicas decorrentes do processo de adoecimento e estágios vivenciados por pacientes terminais. [3] É essencial que profissionais de enfermagem tenham conhecimentos de psicologia para prestarem um atendimento humanizado e centrado na pessoa do paciente.
I. A espiritualidade e religião são importantes para o bem-estar físico e emocional dos pacientes, especialmente aqueles com doenças terminais. II. Os cuidados paliativos envolvem o alívio do sofrimento físico, emocional, social e espiritual dos pacientes e familiares. III. A espiritualidade pode ajudar os pacientes a lidarem com a morte e encontrarem significado até o fim da vida.
O documento descreve a história e funções dos hospitais, destacando que originalmente eram locais para abrigar pobres e doentes sem recursos. Também discute a atuação do psicólogo em hospitais, enfatizando que eles trabalham na promoção da saúde dos pacientes e familiares, oferecendo apoio emocional e ajudando no ajuste à vida hospitalar.
O documento discute a psicologia hospitalar e a importância da escuta como forma de cuidado com a subjetividade do paciente. A psicologia hospitalar busca entender os aspectos psicológicos do adoecimento e dar voz à subjetividade do paciente. A escuta é fundamental para a humanização do hospital e para que o paciente se sinta um sujeito, não apenas um objeto de estudo médico.
Este documento discute a psicologia hospitalar e o papel do psicólogo no contexto hospitalar. Ele resume a história da psicologia hospitalar no Brasil desde 1954 e define o conceito de psicologia hospitalar como contribuições científicas, educativas e profissionais para prestar assistência de qualidade aos pacientes. Ele também descreve as funções do psicólogo hospitalar em minimizar o sofrimento da hospitalização, apoiar o paciente, família e equipe.
O documento discute cuidados paliativos e dor em pacientes oncológicos terminais. Aborda conceitos como dor total, classificações de dor, avaliação e tratamento da dor, incluindo tratamento farmacológico e não farmacológico. Também discute desnutrição, anorexia, diarreia e obstipação como sintomas comuns nesses pacientes e ações de enfermagem para lidar com esses problemas.
Psicologia Hospitalar - Pacientes Terminais 2Mateus Neves
O documento descreve a atuação do psicólogo no acompanhamento de pacientes terminais em hospitais, apresentando a história da psicologia hospitalar no Brasil e seu papel na equipe multidisciplinar. O psicólogo auxilia pacientes e familiares a lidarem com as cinco fases da terminalidade: negação, raiva, tentativa de viver, depressão e aceitação.
O documento discute os sistemas de saúde sob uma perspectiva antropológica, abordando os três setores de cuidados à saúde (informal, popular e profissional), e como esses setores se relacionam com a cultura e organização da sociedade.
Este documento descreve os processos de admissão e cuidados de enfermagem para crianças hospitalizadas, incluindo a reação comum das crianças à hospitalização e estratégias para minimizar danos. Também discute o perfil profissional ideal para enfermeiros pediátricos e o uso de contos de fadas como recurso terapêutico.
O documento faz uma reflexão sobre o relacionamento terapêutico na enfermagem psiquiátrica entre 1980-2000. Analisou-se a produção científica de 14 periódicos e encontrou-se 13 artigos sobre o tema. Seis artigos abordaram experiências com pacientes, um artigo tratou da equipe de enfermagem e seis discutiram teoricamente a inserção do relacionamento terapêutico no ensino e prática da enfermagem psiquiátrica.
Trabalho realizado no ano de 2011, na disciplina de estágio básico II do curso de Psicologia que teve como objeto de estudo a Psicologia no Hospital Geral.
O documento descreve o Modelo do Luto de Klüber-Ross, que identificou 5 estágios comuns de reação ao receber más notícias sobre a saúde ou enfrentar a morte: 1) Negação, 2) Raiva, 3) Barganha, 4) Depressão, 5) Aceitação. O objetivo dos cuidados paliativos é ajudar os pacientes a alcançarem a aceitação, entendendo a morte como natural e focando na qualidade de vida.
O documento discute a formação em psicologia no Brasil e como ela é deficitária em relação à realidade sanitária do país. Argumenta que a formação deve contemplar conhecimentos diversificados sobre saúde e doença de bases biológicas, sociais e psicológicas. Também diferencia a psicologia da saúde, que atua desde a prevenção até o tratamento, da psicologia hospitalar, que tem foco nos atendimentos em hospitais. Defende que a interdisciplinaridade é necessária para superar a fragmentação no setor da sa
O documento descreve a atuação do psicólogo no acompanhamento de pacientes terminais em hospitais. O psicólogo atua em equipe multidisciplinar para apoiar o paciente e familiares nas cinco fases da terminalidade: negação, raiva, tentativa de viver, depressão e aceitação. O psicólogo também lida com o impacto do processo de morte na equipe médica.
1. O documento discute a participação da família na reinserção social de portadores de transtornos mentais.
2. A autora realizou uma revisão bibliográfica sobre o tema entre 1999-2009, identificando 28 publicações.
3. A maioria dos trabalhos mostra que a família fortalece o vínculo do portador e viabiliza seu processo de reabilitação e ressocialização, porém a convivência também implica em sobrecarga para a família.
ASPECTOS EMOCIONAIS DO PACIENTE IDOSO HOSPITALIZADO E O PAPEL DO PSICÓLOGO HO...biacastro
Costuma-se dizer que o idoso terá sua velhice como conseqüência do que foi sua vida até então. A personalidade é uma construção. Ninguém é o que é por acaso. É fruto da maneira como viveu cada uma das etapas da vida, dos objetos e desejos que cultivou durante a vida. A confiança e a segurança são fatores decisivos no equilíbrio psíquico do idoso. A saúde mental do idoso pode ser entendida como equilíbrio psíquico resultante da interação da pessoa com a realidade, ou seja, o meio. Estar hospitalizado para o idoso é um processo árduo no qual o mesmo pode sentir-se deprimido, necessitando de um suporte psicológico condizente durante seu processo de hospitalização.
O documento discute o cuidado da família de um paciente terminal em casa. A doença terminal causa desequilíbrio na família e seus membros enfrentam depressão, ansiedade e exaustão. O enfermeiro desempenha um papel importante apoiando a família por meio de avaliação de necessidades, informação, resolução de conflitos e apoio no luto. O objetivo é capacitar a família a cuidar do paciente e se adaptar à perda de forma saudável.
1) O documento discute o papel da família no cuidado de pessoas com problemas de saúde mental e a jornada da família nesse processo ao longo do tempo.
2) A família foi vista como culpada pelos problemas de saúde mental no passado, mas agora é reconhecida como importante para o tratamento e apoio da pessoa.
3) O grupo de familiares no CAPS ajuda os cuidadores a lidar com o estresse e trocar informações sobre o tratamento.
O documento descreve um programa de capacitação em saúde mental. O programa aborda conceitos de saúde mental, perturbações mentais, e cuidados específicos para indivíduos com problemas de saúde mental. Ele destaca a importância de executar tarefas de cuidado sempre sob orientação e supervisão de profissionais de saúde.
saúde mental e CAPS sua epistemologia e funcionamentoannekahpsico00
O documento discute a epidemiologia da saúde mental e os desafios no atendimento a pacientes com transtornos mentais. Ele explica que 1 em cada 3 pessoas terá um episódio de transtorno mental em sua vida e que os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) são a principal estratégia para o tratamento, promovendo a integração social dos pacientes.
O documento discute a história da psiquiatria no Brasil desde sua chegada com a família real portuguesa, tendo como objetivo colocar ordem na sociedade. O saber médico criou a legitimidade de intervenção sobre os despossuídos através da psiquiatria e dos manicômios. Os internados nestas instituições eram vítimas de solidão e abandono, tendo seus objetivos focados no funcionamento da instituição e não no indivíduo.
O documento discute o papel da enfermagem em saúde mental e psiquiatria. Ele descreve a enfermagem em saúde mental como focada no cuidado da saúde mental da pessoa e família em diferentes níveis de assistência, com respeito aos direitos do cidadão. Também discute os conceitos de saúde mental e doença mental, além dos níveis de prevenção e atuação do enfermeiro em cada nível.
O documento discute enfermagem psiquiátrica e saúde mental. Ele descreve enfermagem em saúde mental como uma especialidade centrada no cuidado à saúde mental da pessoa e família em diferentes níveis de assistência. Também discute conceitos de saúde mental e doença mental, além dos papéis do enfermeiro em saúde mental, níveis de atuação e rede de atenção à saúde mental.
O documento discute o cuidado às famílias de pessoas com transtornos mentais no contexto da desinstitucionalização. Ele analisa 41 estudos sobre o assunto e conclui que cada família é única, mas existem considerações importantes como valorizar a força da família, acolhê-la quando busca ajuda e reinserir o membro com transtorno mental na rede social.
O documento discute a atuação do enfermeiro frente ao usuário com transtorno mental, definindo conceitos de saúde mental e doença mental, a evolução histórica da assistência, as atribuições do enfermeiro e a vivência em uma clínica psiquiátrica, apontando pontos fortes e fracos encontrados.
O documento discute a relação médico-paciente ao longo da história da medicina, desde a era mágico-religiosa até a era técnico-científica contemporânea. Aborda como a medicina foi se tornando mais focada no corpo do que na subjetividade do paciente e como a tecnologia impactou essa relação, tanto de forma positiva quanto negativa. Também discute conceitos como doença, sofrimento e somatização, defendendo uma abordagem mais humanizada e menos mecanicista do paciente.
Cartilha-de-Suporte-ao-Luto - estratégias para profissionaisLucasSilva385433
O documento discute estratégias para apoiar familiares que estão enfrentando luto antecipatório ou luto pela perda de um filho. As três principais estratégias são:
1. Comunicar más notícias de forma clara, empática e efetiva.
2. Ajudar a formar memórias e fortalecer laços entre pais e filhos.
3. Oferecer apoio espiritual e religioso, se for de interesse da família.
Este artigo descreve a intervenção psicológica junto aos familiares de pacientes com alto risco de morte no contexto do transplante de medula óssea. A família enfrenta um forte impacto psicológico com o diagnóstico e o tratamento, passando por fases como negação, raiva e barganha. A equipe da unidade de transplante implantou modalidades como reuniões familiares, atendimentos individuais e grupos de apoio para auxiliar os familiares nesse processo difícil. Os resultados indicam que o apoio ps
Prevenção ao Suicídio - Um Manual para Profissionais da Saúde em Atenção Prim...Jeferson Espindola
1. O documento fornece orientações para profissionais de saúde da atenção primária sobre prevenção do suicídio.
2. O suicídio é um problema de saúde pública global que pode ser prevenido. Transtornos mentais como depressão e alcoolismo, assim como doenças físicas, aumentam o risco de suicídio.
3. Profissionais da atenção primária são cruciais para identificar pessoas em risco de suicídio na comunidade e encaminhá-las para tratamento, ajudando a prevenir mortes
Este documento descreve um estudo de caso de uma mulher moçambicana que apresentava sintomas de psicose. A abordagem clínica ocidental não trouxe melhorias, mas quando levada a um curandeiro tradicional e submetida aos rituais de curandeirismo, seus sintomas desapareceram. Isso sugere que a perspectiva cultural local é importante para entendimento e tratamento de distúrbios mentais.
O documento discute a definição de saúde mental segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). A OMS define saúde mental como um estado de bem-estar no qual a pessoa pode usar suas habilidades para lidar com o estresse da vida diária e contribuir para a sua comunidade. Mais do que a ausência de doenças mentais, a saúde mental envolve o pleno funcionamento de uma pessoa.
O documento discute os impactos do distanciamento social na saúde mental durante a pandemia de Covid-19. A pesquisa mostra que casos de ansiedade e estresse mais do que dobraram, enquanto a depressão aumentou 90%. Além disso, manter atividades físicas é importante para a saúde mental durante o isolamento. Buscar apoio em redes de amigos e familiares também é recomendado.
O documento discute a evolução do modelo biomédico da medicina para um modelo biopsicossocial, reconhecendo a influência de fatores psicológicos e sociais na saúde e doença. Começa com o histórico da psicologia médica no século XIX e avanços no século XX, incluindo a medicina psicossomática. Critica a visão cartesiana de separar corpo e mente e mostra como fatores comportamentais, estilo de vida e eventos de vida influenciam a saúde.
Saúde mental refere-se ao bem-estar emocional e psicológico de uma pessoa. É a capacidade de lidar com estresses da vida, trabalhar de forma produtiva e contribuir para a comunidade.
Algumas atividades que podem melhorar a saúde mental são:
- Praticar exercícios físicos
- Manter relacionamentos sociais positivos
- Ter uma alimentação saudável
- Praticar relaxamento como ioga ou meditação
- Fazer atividades de lazer que gosta como música, artes ou esportes
CAPS é o Centro de A
1. CONVIVÊNCIA COM A PESSOA ESQUIZOFRÊNICA:
1
SOBRECARGA FAMILIAR
LIVING WITH A SCHIZOPHRENIC PERSON: FAMILY OVERBURDEN
Mariko Koga*
Antônia Regina Furegato#
RESUMO
O objetivo do presente estudo foi identificar os ônus adicionais impostos a familiares em suas atividades diárias
pela convivência com a pessoa com diagnóstico médico de esquizofrenia. O estudo permitiu verificar que os
familiares que convivem com o paciente diagnosticado como esquizofrênico, há mais de cinco anos, são
submetidos a três tipos de sobrecarga: 1) sobrecarga financeira, 2) sobrecarga nas rotinas familiares e 3)
sobrecarga em forma de doença física e emocional.
Palavras-chave: Reestruturação psiquiátrica. Família. Doente mental.
INTRODUÇÃO Psiquiátrica, com a construção de serviços de
saúde mental na comunidade (KINOSHITA,
A sociedade, ao longo de sua história, tem 1987).
isolado os doentes mentais; dessa forma eles têm Na minha vivência profissional, constatei
ficado fora do alcance dos olhos das pessoas, que o “tratamento” era feito de forma cruel, com
fora da sua convivência. ausência de higiene, à base de eletrochoques,
A explicação para a existência do hospital excessiva e indiscriminada medicalização, faixas
psiquiátrico é que ele cumpre determinadas em que se envolvia o doente por um período de
funcões, como por exemplo, absorver uma tempo do pescoço até os pés em posição
população de não-cidadãos, com a utilização de anatômica, contenções no leito ou utilização de
técnicas que devem levar à recuperação da saúde quartos fortes. O “tratamento” não era de forma
e à socialização, para proteção da sociedade, e alguma terapêutico.
também servir de custódia em caso de Enquanto acadêmica e depois como docente,
inexistência de familiares ou incapacidade tive oportunidade de presenciar a utilização de
destes de arcar com o ônus de uma pessoa cada um destes procedimentos em Curitiba e no
improdutiva em casa (MOREIRA, 1983). interior do Estado do Paraná, nos hospitais com
Da mesma forma que o paciente se características custodiais.
conformou aos ditames da internação, os Antes da proposta de desinstitucionalização
profissionais que trabalham com ele sujeitaram- do enfermo psíquico os profissionais da área de
se a tratá-lo dentro dos muros de um hospital, psiquiatria preocupavam-se, quando muito, com
utilizando-se de coerções, derivando daí a os cuidados intramuros, com todas as atividades
violência institucional (BASAGLIA, 1985). específicas da hospitalização - a higienização, os
A substituição da internação começou na horários de administração de medicamentos e
Itália, e foi amparada pela Lei 180, da Reforma das consultas da equipe multiprofissional. O
1
Extraído da Dissertação “Convivência com a pessoa equizofrênica: sobrecarga familiar” apresentada à Escola de
Enfermagem da USP-RP, em dezembro de 1997.
*
Enfermeira. Mestre em Enfermagem Psiquiátrica e Doutoranda em Enfermagem Psiquiátrica pela USP-RP. Docente do
Departamento de Enfermagem da UEM desde . Disciplina de Saúde Mental e Enfermagem Psiquiátrica.
#
Orientadora. Professora titular em Enfermagem Psiquiátrica da EERP- USP.
Revista Ciência, Cuidado e Saúde Maringá, v. 1, n. 1, p. 69-73, 1. sem. 2002
2. 70 Koga e Furegato
contato com os familiares só se dava no de Saúde Mental (CISAM), na cidade de
momento das esporádicas visitas e da alta Maringá, região Noroeste do Estado do Paraná.
hospitalar.
Sendo assim, são necessárias modificações
de posturas profissionais e de papéis dos DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
diferentes membros da equipe multiprofissional.
Já que se discute uma modificação radical no Na análise dos resultados identifiquei com
método de tratamento, o momento é maior relevância três tipos de sobrecarga
extremamente propício para se questionar sobre impostos à família, na convivência com a
o que fazer com o paciente desinstitucionalizado doença mental por mais de cinco anos, em um
e sua família. dos seus membros: 1) sobrecarga financeira,
Hoje, os profissionais (ABREU et al., 1991; 2)sobrecarga nas rotinas familiares e 3)
LAGOMARSINO, 1990; ZUÑIGA; JOBET, sobrecarga em forma de doença física ou
1991) estão preocupando-se com a importância emocional. Da mesma forma identifiquei
do preparo da família, porque a convivência do alterações nas atividades de lazer e nas relações
doente com seus familiares está sendo cada vez sociais da família do doente mental.
maior, ocorrendo dificuldades de “deixá-lo
Sobrecarga financeira
internado”, em decorrência de tratamentos
realizados em serviços de emergência, unidades Verifiquei este tipo de ônus porque antes de
psiquiátricas em casos de surtos, núcleos de adoecer o paciente trabalhava, tinha uma
atenção psicossocial (NAPS), ospitais-dia e/ou profissão e seu salário contribuía com o
ospitais-noite, ambulatórios, conforme o orçamento doméstico. Mas, a partir de um certo
processo de desintitucionalização for sendo tempo do aparecimento da doença mental
consolidado. abandonou o trabalho ou foi demitido (18 dos 20
A presença de uma pessoa que sofre de pacientes pararam de trabalhar); alguns
enfermidade mental produz alterações no seio da familiares tiveram que deixar de trabalhar para
família. Antes da doença, a pessoa tinha cuidar dos pacientes, como relata uma senhora:
condições de contribuir não só financeiramente, “Não tinha condições de ninguém trabalhar”.
mas também nas atividades domésticas e nas Além disso, os gastos foram acrescidos com
responsabilidades. Quando ocorre a modificação compra de medicamentos de uso contínuo,
no comportamento dessa pessoa, há viagens para buscar outra alternativa de
modificações da rotina familiar, porque se sente tratamento e ainda consultas e internamentos
a falta da ajuda que era prestada e ainda se arca particulares.
com a responsabilidade de ajudar a pessoa É comum encontrarmos textos relacionados
doente. com a doença mental destacando em forma de
números e valores monetários o tratamento
realizado com os doentes mentais, como por
OBJETIVO exemplo Dunningham e Aguiar (1995), quando
ressaltam que em todo o mundo, cerca de 20
Identificar os ônus adicionais impostos aos milhões de pessoas estão diagnosticadas como
familiares, em suas atividades diárias pela esquizofrênicos. Afirmam ainda que:
convivência com a pessoa com diagnóstico
médico de esquizofrenia. A esquizofrenia atinge todos os grupos
etários, mas por ser enfermidade
crônica e se iniciar em idade precoce,
IDENTIFICAÇÃO DA POPULAÇÃO tem um grande impacto sobre a queda
E CONTEXTO e/ou perda da capacidade produtiva.
Realizei vinte (20) entrevistas com Para os sistemas de produção, o “louco” é
familiares de pacientes com diagnóstico médico prejuízo, porque perturba os processos
de esquizofrenia inscritos no Centro Integrado produtivos e ainda utiliza os fundos destinados
ao bem-estar social (BERTOLOTE ,1995).
Revista Ciência, Cuidado e Saúde Maringá, v. 1, n. 1, p. 69-73, 1. sem. 2002
3. Convivência com a pessoa esquizofrênica 71
Por outro lado, em décadas anteriores o tenho que ficá de olho... e aumenta
doente mental foi tutelado e considerado trabalho porque nem sempre ajuda.
improdutivo, mas atualmente é instrumento de
lucro para o setor privado de prestação de As atividades mais elementares de cuidados
serviços de saúde mental (MARSIGLIA,1987). pessoais são comuns em clientes que sofrem de
Gostaria de comentar este paradoxo: ao esquizofrenia (TAYLOR,1992). A mãe de um
mesmo tempo em que constitui perda (carga) paciente comentou: “Ele foi indo até que
para a sua família, o doente mental constitui desanimou de uma vez, até de tomar banho”.
lucro para as instituições que o internam; ao Nesses casos, alguém tem que fazer isso por eles
mesmo tempo em que é desvalorizado como e para eles.
pessoa, sendo estigmatizado, é valorizado A incapacidade para a realização de tarefas
enquanto um número a mais, um leito a mais domésticas simples e o desemprego acometem a
ocupado, sendo pago pelo SUS ao hospital maioria dos portadores de doenças crônicas e de
psiquiátrico. curso prolongado, abrangendo a doença mental
Do ponto de vista mais abrangente, o doente (DUNNINGHAM ; AGUIAR, 1995).
mental enquanto força de trabalho, é A redivisão de tarefas em situações
desvalorizado no sistema capitalista, porque não especiais e de curta duração de tempo é
produz como as pessoas ditas “normais”. Assim, facilmente assimilada pelos membros da família.
vem sendo excluído da vida produtiva, Entretanto, quando esta é de caráter prolongado
derivando daí seu desemprego, e em algumas pessoas ficam sobrecarregadas e novas
conseqüência aumenta o fardo orçamentário adaptações são necessárias.
para a família. Quando a doença inicia-se na infância ou na
Não excluo a importância destas pesquisas e adolescência a pessoa que é acometida de
publicações que enfocam o doente mental em esquizofrenia encontra extrema dificuldade em
termos de números, mas percebo também atingir o nível esperado de aquisição
dificuldade em reduzir a estatísticas a interpessoal, acadêmica ou ocupacional
problemática do doente mental e sua família. (MANUAL...,1995). É possível verificarmos
Para as declarações acima verifica-se que os isto nestas colocações: “Foi ficando esquecida,
julgamentos giram em torno de cifras, não conseguia acompanhar a sala de aula”; e
capacidade de vender a sua própria capacidade também: “Faltou à universidade e teve que parar
de trabalho, mas indago como Ackerman (1986): porque ficou agressiva com os professores”.
“Podemos medir o valor da vida humana em Apesar de haver iniciado um curso universitário,
dinheiro?”; e continua: “A busca dos aspectos esta paciente não conseguiu concluí-lo devido à
mais sutis de doença e de saúde na vida familiar sintomatologia da doença.
não pode basear-se exclusivamente em uma Na população pesquisada, composta por
abordagem estatística.” familiares de vinte pessoas com diagnóstico
médico de esquizofrenia, constatei que a grande
Sobrecarga nas rotinas familiares maioria, dezessete pessoas havia concluído
apenas o primeiro grau, um era analfabeto, um
Considero como rotinas familiares as
havia cursado o colegial e um possuía curso
atividades como ir e vir do trabalho ou escola,
universitário, sendo que nenhum deles mantinha
cuidados pessoais de asseio/higiene, realização
esta atividade, no momento, confirmando a
de tarefas corriqueiras dentro de casa ou no
dificuldade na vida acadêmica, como mostra a
quintal. Verifico que alguns familiares tiveram
literatura nesta área.
que assumir as atividades que os pacientes
Um dos comportamentos mais comumente
faziam e ainda interromper as próprias em
encontrados nos pacientes esquizofrênicos é a
função do paciente, como no caso abaixo:
extrema falta de interesse por qualquer tipo de
Tive que deixar de fazer as coisas para
atividade, ocorrendo então o abandono paulatino
correr atrás da polícia para internar; das atividades laborais e acadêmicas
Tive que abandoná a casa; “Ele não (CUADRA; APALATEGUI, 1991). Isto é
dorme à noite e eu também, o dia que possível de se verificar na resposta de uma
ele fica andando pra lá e pra cá eu genitora a respeito de sua filha: “Eu faço todo o
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4. 72 Koga e Furegato
serviço de casa, ela não interessa em fazer”, e doente mental são alterados com o
ainda num relato a respeito de um paciente de 26 estabelecimento da doença, expressos através de
anos: “Ele parou de trabalhar porque não se sua conduta nas relações consigo próprio, com
concentrava ... eles deram a conta pra ele ...” as pessoas ao seu redor e com os demais setores
da vida e da sociedade.
Sobrecarga em forma de doença física ou emocional
Conviver com o esquizofrênico não se
CONSIDERAÇÕES FINAIS
constitui em uma tarefa fácil. Isto é explicado
por ser uma pessoa que exige que os seus Vejo a importância de comentar que quando
pedidos sejam atendidos imediatamente, porque o paciente piora a maioria dos familiares procura
em caso contrário ele pode manifestar atitudes o médico em busca de receita para a compra de
agressivas ou sair de casa sem dizer para onde medicamentos. Este fato demonstra a eficácia da
vai. Muitas vezes ele fica acordado a noite utilização dos psicofármacos na retirada das
inteira, falando sozinho ou dizendo coisas que crises, porque o familiar, pela experiência
só têm significado para ele mesmo. Quando isso percebe o que pode solucionar o problema.
acontece repetidas vezes, altera-se o clima Reconheço que sem os psicofármacos a
dentro de casa, o que sem dúvida constitui desinstitucionalização estaria fadada ao
desgaste físico e mental para a família. fracasso, ou nem mesmo a discussão sobre ela
Nesta pesquisa identifiquei queixas quanto a seria iniciada. Entretanto, a terapêutica não pode
várias situações, como: emagrecimento: “A irmã limitar-se a este procedimento.
emagreceu seis quilos!”; Ffiquei sem comer 3 a A realização das visitas às famílias com o
4 dias”; problemas cardíacos (coração fraco, propósito de entrevistá-las foi outro momento
pressão alta): “problemas dos nervos”; importante em que verifiquei a afetividade que
dificuldade para conciliar o sono: “Ele não envolve o seurelacionamento com o doente
dorme à noite e eu também não durmo”. Uma mental, demonstrada pela preocupação, renúncia
mãe de certa idade desabafa: “Agente desgasta, das pessoas a si mesmas a para “estar com a
não dorme, envelhece”, Algumas pessoas pessoa doente”, e principalmente, pela
procuraram ajuda psicológica e até a utilização perseverança, mesmo com as recorrências da
de calmantes, como segue: “Fiquei com doença.
problema de nervos” e “Fui à a psiquiatra, tomei A experiência de levar o aluno de
calmantes”. enfermagem ao domicílio e observar a
O que mais afligia os familiares, segundo problemática da convivência com o doente
(FUKUDA, 1989), era o fato de, após uma noite mental foi fundamental para o desenvolvimento
em claro, precisarem no dia seguinte sair para desta pesquisa. Ao mesmo tempo, percebi meu
trabalhar. Desta forma é possível compreender o próprio crescimento como pessoa e como
desgaste físico, além do emocional, mas este profissional, a partir do momento em que me
fato está associado com outros que se repetem propus a estar mais próxima da experiência dos
todos os dias. familiares.
Se, para uma família de paciente Finalizando, reforço meu apoio aos
psiquiátrico, o fardo se limitasse ao problema programas de saúde da amília e da Reforma
financeiro, às dificuldades domésticas e aos Psiquiátrica, que possibilitem apoio aos
problemas de saúde, um programa social pré- familiares de doentes mentais.
estabelecido e vertical poderia ser resolutivo.
Entretanto, muitos outros aspectos da vida do
ABSTRACT
The objective of this study was to identify the burden carried by the family in their daily activities because
of the presence of mental disease in one of their members. The interviews were accomplished with help of
a questionaire adapted from MONTAGNA (1985) and ABREU (1991). This study verified that the family
members that live together the person with schizofrenic diagnosis, for more than five yers. Present three
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5. Convivência com a pessoa esquizofrênica 73
tipes of burdens: 1) financial burdens, 2) burdens on family routine and, 3) burdens on the form of physical
and emotional disease. Ne.
Key words: Family buden. Psychiatric reform. Mental illness
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mayko@wnet.com.br
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