Este artigo descreve a intervenção psicológica junto aos familiares de pacientes com alto risco de morte no contexto do transplante de medula óssea. A família enfrenta um forte impacto psicológico com o diagnóstico e o tratamento, passando por fases como negação, raiva e barganha. A equipe da unidade de transplante implantou modalidades como reuniões familiares, atendimentos individuais e grupos de apoio para auxiliar os familiares nesse processo difícil. Os resultados indicam que o apoio ps
O documento descreve a atuação do psicólogo no acompanhamento de pacientes terminais em hospitais. O psicólogo atua em equipe multidisciplinar para apoiar o paciente e familiares nas cinco fases da terminalidade: negação, raiva, tentativa de viver, depressão e aceitação. O psicólogo também lida com o impacto do processo de morte na equipe médica.
O documento introduz noções sobre câncer, psico-oncologia e internação hospitalar. Apresenta definições de câncer, suas causas e tratamentos. Discute a história da psico-oncologia e suas áreas de atuação, como prevenção, diagnóstico e apoio a pacientes, familiares e equipe. Também destaca aspectos psicológicos da internação hospitalar como adaptação à rotina e perda de autonomia.
O documento descreve a história e funções dos hospitais, destacando que originalmente eram locais para abrigar pobres e doentes sem recursos. Também discute a atuação do psicólogo em hospitais, enfatizando que eles trabalham na promoção da saúde dos pacientes e familiares, oferecendo apoio emocional e ajudando no ajuste à vida hospitalar.
Da religião à assistência especializada. Uma evolução para o atendimento prestado pela Psicologia dentro dos hospitais. A história da Psicologia Hospitalar evoluiu de um modelo religioso de assistência para um atendimento psicológico profissionalizado e interdisciplinar, com destaque para o pioneirismo de Mathilde Neder no Brasil.
O documento discute a sobrecarga imposta às famílias que convivem com pessoas diagnosticadas com esquizofrenia. O estudo identificou três tipos principais de sobrecarga: 1) sobrecarga financeira devido à perda de renda do paciente e gastos adicionais com tratamento; 2) sobrecarga nas rotinas familiares, uma vez que o paciente requer cuidados contínuos; 3) sobrecarga física e emocional dos familiares, que desenvolvem doenças devido ao estresse.
Aspectos psicologicos do paciente oncológicoEliane Santos
O documento discute o câncer, resumindo seu conceito como o crescimento desordenado de células que invadem tecidos e órgãos. Brevemente descreve a história do câncer desde 4000 a.C. até os desenvolvimentos modernos no século 20, como a radioterapia e a quimioterapia. Também lista os tipos mais comuns de câncer em homens e mulheres e discute a psiconcologia, o impacto emocional do câncer nos pacientes e famílias.
Terapias Complementares em Cuidados PaliativosLuciana Mateus
O documento discute as terapias complementares utilizadas em cuidados paliativos, destacando:
1) A musicoterapia e a massagem são as terapias complementares mais utilizadas para o controle da dor e depressão;
2) A acupuntura tem sido eficaz no alívio da dor espiritual e física em pacientes com câncer, além de reduzir a fadiga;
3) Programas baseados na logoterapia melhoram o bem-estar espiritual em pacientes terminais e profissionais da área.
O documento discute o papel da família no contexto dos cuidados paliativos, definindo família e vendo-a como a unidade de cuidado. A doença terminal causa medo e confusão nos familiares, e a equipe deve ajudá-los a lidar com o luto de forma acompanhada e recuperar a confiança no processo. As famílias passam por etapas como negação, raiva e aceitação ao lidar com a perda de um ente querido.
O documento descreve a atuação do psicólogo no acompanhamento de pacientes terminais em hospitais. O psicólogo atua em equipe multidisciplinar para apoiar o paciente e familiares nas cinco fases da terminalidade: negação, raiva, tentativa de viver, depressão e aceitação. O psicólogo também lida com o impacto do processo de morte na equipe médica.
O documento introduz noções sobre câncer, psico-oncologia e internação hospitalar. Apresenta definições de câncer, suas causas e tratamentos. Discute a história da psico-oncologia e suas áreas de atuação, como prevenção, diagnóstico e apoio a pacientes, familiares e equipe. Também destaca aspectos psicológicos da internação hospitalar como adaptação à rotina e perda de autonomia.
O documento descreve a história e funções dos hospitais, destacando que originalmente eram locais para abrigar pobres e doentes sem recursos. Também discute a atuação do psicólogo em hospitais, enfatizando que eles trabalham na promoção da saúde dos pacientes e familiares, oferecendo apoio emocional e ajudando no ajuste à vida hospitalar.
Da religião à assistência especializada. Uma evolução para o atendimento prestado pela Psicologia dentro dos hospitais. A história da Psicologia Hospitalar evoluiu de um modelo religioso de assistência para um atendimento psicológico profissionalizado e interdisciplinar, com destaque para o pioneirismo de Mathilde Neder no Brasil.
O documento discute a sobrecarga imposta às famílias que convivem com pessoas diagnosticadas com esquizofrenia. O estudo identificou três tipos principais de sobrecarga: 1) sobrecarga financeira devido à perda de renda do paciente e gastos adicionais com tratamento; 2) sobrecarga nas rotinas familiares, uma vez que o paciente requer cuidados contínuos; 3) sobrecarga física e emocional dos familiares, que desenvolvem doenças devido ao estresse.
Aspectos psicologicos do paciente oncológicoEliane Santos
O documento discute o câncer, resumindo seu conceito como o crescimento desordenado de células que invadem tecidos e órgãos. Brevemente descreve a história do câncer desde 4000 a.C. até os desenvolvimentos modernos no século 20, como a radioterapia e a quimioterapia. Também lista os tipos mais comuns de câncer em homens e mulheres e discute a psiconcologia, o impacto emocional do câncer nos pacientes e famílias.
Terapias Complementares em Cuidados PaliativosLuciana Mateus
O documento discute as terapias complementares utilizadas em cuidados paliativos, destacando:
1) A musicoterapia e a massagem são as terapias complementares mais utilizadas para o controle da dor e depressão;
2) A acupuntura tem sido eficaz no alívio da dor espiritual e física em pacientes com câncer, além de reduzir a fadiga;
3) Programas baseados na logoterapia melhoram o bem-estar espiritual em pacientes terminais e profissionais da área.
O documento discute o papel da família no contexto dos cuidados paliativos, definindo família e vendo-a como a unidade de cuidado. A doença terminal causa medo e confusão nos familiares, e a equipe deve ajudá-los a lidar com o luto de forma acompanhada e recuperar a confiança no processo. As famílias passam por etapas como negação, raiva e aceitação ao lidar com a perda de um ente querido.
O documento resume os resultados de uma pesquisa sobre cuidados paliativos realizada com estudantes de uma escola secundária. A pesquisa mostra que a maioria dos estudantes já ouviu falar de cuidados paliativos, porém poucos conhecem unidades dedicadas a estes cuidados ou pessoas que os receberam. Todos os estudantes acham importante o desenvolvimento desta área como uma alternativa à eutanásia.
O documento discute cuidados paliativos e dor em pacientes oncológicos terminais. Aborda conceitos como dor total, classificações de dor, avaliação e tratamento da dor, incluindo tratamento farmacológico e não farmacológico. Também discute desnutrição, anorexia, diarreia e obstipação como sintomas comuns nesses pacientes e ações de enfermagem para lidar com esses problemas.
A experiência do adoecimento é muito difícil não só para o paciente, mas tamb...Cristina Pressutto
A experiência do adoecimento é muito difícil não só para o paciente, mas também para seus familiares, amigos, cuidadores e equipes de saúde envolvida em seu tratamento.
Viviane cuidado centrado no paciente e familia psicólogoAnais III Simpie
O documento discute o modelo de cuidado centrado no paciente e família em comparação ao modelo centrado na doença. Ele descreve os princípios e práticas do cuidado centrado no paciente, incluindo a avaliação holística da pessoa, a importância da família e do contexto social, e a abordagem interdisciplinar.
Historia da psicologia hospitalar ensaios universitários - robertalouzeiroJac Muller
A psicologia hospitalar teve início no século XIX com a inserção de psicólogos em hospitais para compor equipes multiprofissionais. No Brasil, a psicologia hospitalar se desenvolveu a partir da década de 1930 associada à psiquiatria e teve crescimento nas décadas seguintes. Atualmente, a psicologia hospitalar é reconhecida como especialidade e visa entender e tratar os aspectos psicológicos relacionados ao adoecimento físico e emocional do paciente.
Informações clinicas e a comunicação com o paciente.Luciane Santana
O documento discute a importância da comunicação entre profissionais de saúde e pacientes, incluindo como fornecer informações clínicas e notícias, seja boas ou ruins. Ele destaca a necessidade de obter consentimento informado dos pacientes e respeitar sua dignidade, bem como os princípios da bioética na assistência clínica. O documento também fornece diretrizes para comunicar diagnósticos graves ou impossibilidade de cura de forma sensível e apoiar pacientes emocionalmente.
O documento discute o cuidado da família de um paciente terminal em casa. A doença terminal causa desequilíbrio na família e mudanças nos papéis. O enfermeiro deve avaliar as necessidades da família, fornecer informações e apoio emocional, e ajudar a família a se adaptar e lidar com a perda. O objetivo é capacitar a família a cuidar do paciente e lidar com o luto de forma saudável.
Este documento apresenta o currículo de Nelson Urio, professor de Psicologia Médica na Universidade Federal de Mato Grosso, Campus de Sinop. Ele é médico especialista em Medicina de Família e Comunidade e atua no Programa Saúde da Família em Sinop e como médico regulador estadual. O documento também aborda temas como adoecimento, morte e cuidados paliativos.
O documento discute a psicologia hospitalar e a importância da escuta como forma de cuidado com a subjetividade do paciente. A psicologia hospitalar busca entender os aspectos psicológicos do adoecimento e dar voz à subjetividade do paciente. A escuta é fundamental para a humanização do hospital e para que o paciente se sinta um sujeito, não apenas um objeto de estudo médico.
Este documento discute a psicologia hospitalar e o papel do psicólogo no contexto hospitalar. Ele resume a história da psicologia hospitalar no Brasil desde 1954 e define o conceito de psicologia hospitalar como contribuições científicas, educativas e profissionais para prestar assistência de qualidade aos pacientes. Ele também descreve as funções do psicólogo hospitalar em minimizar o sofrimento da hospitalização, apoiar o paciente, família e equipe.
1) A psicoterapia breve remonta à época de Freud e teve seu desenvolvimento inicial no contexto da psicanálise, mas se distanciou dela metodologicamente.
2) Com a entrada da psicologia nos hospitais gerais, a psicoterapia breve tornou-se uma alternativa útil para atender a demanda clínica, principalmente em aplicações ambulatoriais.
3) A psicoterapia breve objetiva modificar sintomas e melhorar o ajustamento interpessoal do paciente em um número limitado de sessões,
Este documento descreve os processos de admissão e cuidados de enfermagem para crianças hospitalizadas, incluindo a reação comum das crianças à hospitalização e estratégias para minimizar danos. Também discute o perfil profissional ideal para enfermeiros pediátricos e o uso de contos de fadas como recurso terapêutico.
Este artigo discute como a relação médico-paciente pode levar a resultados iatrogênicos indesejados no paciente. Apresenta como a regressão e transferência do paciente podem colocar expectativas irrealistas no médico, e como isso pode afetar negativamente o tratamento se não for lidado adequadamente. Também discute como a contratransferência do médico pode interferir na relação e potencialmente causar danos ao paciente. O artigo argumenta que é importante que os profissionais de saúde estejam cientes dessas dinâmicas para
Este documento apresenta um plano de cuidados de enfermagem para um recém-nascido hospitalizado com base no Modelo de Betty Newman. Inclui a identificação do cliente e da família, análise de fatores intra, inter e extrapessoais, stressores percebidos pela criança e pelos pais, diagnósticos de enfermagem e intervenções focadas na dor pós-cirúrgica da criança utilizando os três níveis de prevenção como intervenção para manter a estabilidade do sistema.
O documento discute a formação em psicologia no Brasil e como ela é deficitária em relação à realidade sanitária do país. Argumenta que a formação deve contemplar conhecimentos diversificados sobre saúde e doença de bases biológicas, sociais e psicológicas. Também diferencia a psicologia da saúde, que atua desde a prevenção até o tratamento, da psicologia hospitalar, que tem foco nos atendimentos em hospitais. Defende que a interdisciplinaridade é necessária para superar a fragmentação no setor da sa
[1] O documento discute a importância do estudo da psicologia na formação do profissional de enfermagem. [2] A psicologia ajuda a entender alterações psicológicas decorrentes do processo de adoecimento e estágios vivenciados por pacientes terminais. [3] É essencial que profissionais de enfermagem tenham conhecimentos de psicologia para prestarem um atendimento humanizado e centrado na pessoa do paciente.
Palestra realizada pela Dra. Vera Bonato, da Qualidade InCor HC-FMUSP, na Sala Havana, no dia 11 de julho de 2009.
6º Congresso de Humanização da Saúde em Ação - realizado pela HC-FMUSP e Associação Viva e Deixe Viver
Este artigo discute o conceito de somatização, que é caracterizado por sintomas físicos sem causa orgânica identificável. A somatização é comum em serviços de atenção primária e geralmente é diagnosticada por exclusão. Pacientes somatizadores frequentemente apresentam diagnósticos difíceis e podem ter comorbidades psiquiátricas. Além disso, esses pacientes demandam muitas consultas e exames, gerando altos custos para o sistema de saúde. O artigo aborda o conceito, manifestações clínicas,
Terminalidade, a eutanásia, a distanásia e ortotanásiaDenise Aguiar
O documento discute a eutanásia, distanásia e ortotanásia no contexto do fim da vida. A eutanásia é criticada, argumenta-se que o alívio da dor não justifica tirar a vida e que a autonomia do paciente tem limites, já que a vida é um dom divino. A espiritualidade deve ser levada em conta, pois a morte é um processo que envolve desatar laços entre espírito e corpo, e acelerá-la pode dificultar a desencarnação.
[1] A dissertação discute um caso clínico de intervenção psicológica durante a primeira crise psicótica de uma paciente chamada Isadora.
[2] O estudo utilizou a estratégia de intervenção psicológica desde a primeira crise para minimizar seus efeitos sobre a personalidade da paciente.
[3] A pesquisa mostra como a intervenção psicológica torna o paciente menos resistente à psicoterapia, ajudando-o a reconstruir seu mundo interior de forma mais favorável.
O documento introduz noções sobre câncer, psico-oncologia e internação hospitalar. Apresenta definições de câncer, suas causas e tratamentos. Discute a história da psico-oncologia e suas áreas de atuação, como prevenção, diagnóstico e apoio a pacientes, familiares e equipe. Também destaca aspectos psicológicos da internação hospitalar como adaptação à rotina e perda de autonomia.
ASPECTOS EMOCIONAIS DO PACIENTE IDOSO HOSPITALIZADO E O PAPEL DO PSICÓLOGO HO...biacastro
Costuma-se dizer que o idoso terá sua velhice como conseqüência do que foi sua vida até então. A personalidade é uma construção. Ninguém é o que é por acaso. É fruto da maneira como viveu cada uma das etapas da vida, dos objetos e desejos que cultivou durante a vida. A confiança e a segurança são fatores decisivos no equilíbrio psíquico do idoso. A saúde mental do idoso pode ser entendida como equilíbrio psíquico resultante da interação da pessoa com a realidade, ou seja, o meio. Estar hospitalizado para o idoso é um processo árduo no qual o mesmo pode sentir-se deprimido, necessitando de um suporte psicológico condizente durante seu processo de hospitalização.
O documento resume os resultados de uma pesquisa sobre cuidados paliativos realizada com estudantes de uma escola secundária. A pesquisa mostra que a maioria dos estudantes já ouviu falar de cuidados paliativos, porém poucos conhecem unidades dedicadas a estes cuidados ou pessoas que os receberam. Todos os estudantes acham importante o desenvolvimento desta área como uma alternativa à eutanásia.
O documento discute cuidados paliativos e dor em pacientes oncológicos terminais. Aborda conceitos como dor total, classificações de dor, avaliação e tratamento da dor, incluindo tratamento farmacológico e não farmacológico. Também discute desnutrição, anorexia, diarreia e obstipação como sintomas comuns nesses pacientes e ações de enfermagem para lidar com esses problemas.
A experiência do adoecimento é muito difícil não só para o paciente, mas tamb...Cristina Pressutto
A experiência do adoecimento é muito difícil não só para o paciente, mas também para seus familiares, amigos, cuidadores e equipes de saúde envolvida em seu tratamento.
Viviane cuidado centrado no paciente e familia psicólogoAnais III Simpie
O documento discute o modelo de cuidado centrado no paciente e família em comparação ao modelo centrado na doença. Ele descreve os princípios e práticas do cuidado centrado no paciente, incluindo a avaliação holística da pessoa, a importância da família e do contexto social, e a abordagem interdisciplinar.
Historia da psicologia hospitalar ensaios universitários - robertalouzeiroJac Muller
A psicologia hospitalar teve início no século XIX com a inserção de psicólogos em hospitais para compor equipes multiprofissionais. No Brasil, a psicologia hospitalar se desenvolveu a partir da década de 1930 associada à psiquiatria e teve crescimento nas décadas seguintes. Atualmente, a psicologia hospitalar é reconhecida como especialidade e visa entender e tratar os aspectos psicológicos relacionados ao adoecimento físico e emocional do paciente.
Informações clinicas e a comunicação com o paciente.Luciane Santana
O documento discute a importância da comunicação entre profissionais de saúde e pacientes, incluindo como fornecer informações clínicas e notícias, seja boas ou ruins. Ele destaca a necessidade de obter consentimento informado dos pacientes e respeitar sua dignidade, bem como os princípios da bioética na assistência clínica. O documento também fornece diretrizes para comunicar diagnósticos graves ou impossibilidade de cura de forma sensível e apoiar pacientes emocionalmente.
O documento discute o cuidado da família de um paciente terminal em casa. A doença terminal causa desequilíbrio na família e mudanças nos papéis. O enfermeiro deve avaliar as necessidades da família, fornecer informações e apoio emocional, e ajudar a família a se adaptar e lidar com a perda. O objetivo é capacitar a família a cuidar do paciente e lidar com o luto de forma saudável.
Este documento apresenta o currículo de Nelson Urio, professor de Psicologia Médica na Universidade Federal de Mato Grosso, Campus de Sinop. Ele é médico especialista em Medicina de Família e Comunidade e atua no Programa Saúde da Família em Sinop e como médico regulador estadual. O documento também aborda temas como adoecimento, morte e cuidados paliativos.
O documento discute a psicologia hospitalar e a importância da escuta como forma de cuidado com a subjetividade do paciente. A psicologia hospitalar busca entender os aspectos psicológicos do adoecimento e dar voz à subjetividade do paciente. A escuta é fundamental para a humanização do hospital e para que o paciente se sinta um sujeito, não apenas um objeto de estudo médico.
Este documento discute a psicologia hospitalar e o papel do psicólogo no contexto hospitalar. Ele resume a história da psicologia hospitalar no Brasil desde 1954 e define o conceito de psicologia hospitalar como contribuições científicas, educativas e profissionais para prestar assistência de qualidade aos pacientes. Ele também descreve as funções do psicólogo hospitalar em minimizar o sofrimento da hospitalização, apoiar o paciente, família e equipe.
1) A psicoterapia breve remonta à época de Freud e teve seu desenvolvimento inicial no contexto da psicanálise, mas se distanciou dela metodologicamente.
2) Com a entrada da psicologia nos hospitais gerais, a psicoterapia breve tornou-se uma alternativa útil para atender a demanda clínica, principalmente em aplicações ambulatoriais.
3) A psicoterapia breve objetiva modificar sintomas e melhorar o ajustamento interpessoal do paciente em um número limitado de sessões,
Este documento descreve os processos de admissão e cuidados de enfermagem para crianças hospitalizadas, incluindo a reação comum das crianças à hospitalização e estratégias para minimizar danos. Também discute o perfil profissional ideal para enfermeiros pediátricos e o uso de contos de fadas como recurso terapêutico.
Este artigo discute como a relação médico-paciente pode levar a resultados iatrogênicos indesejados no paciente. Apresenta como a regressão e transferência do paciente podem colocar expectativas irrealistas no médico, e como isso pode afetar negativamente o tratamento se não for lidado adequadamente. Também discute como a contratransferência do médico pode interferir na relação e potencialmente causar danos ao paciente. O artigo argumenta que é importante que os profissionais de saúde estejam cientes dessas dinâmicas para
Este documento apresenta um plano de cuidados de enfermagem para um recém-nascido hospitalizado com base no Modelo de Betty Newman. Inclui a identificação do cliente e da família, análise de fatores intra, inter e extrapessoais, stressores percebidos pela criança e pelos pais, diagnósticos de enfermagem e intervenções focadas na dor pós-cirúrgica da criança utilizando os três níveis de prevenção como intervenção para manter a estabilidade do sistema.
O documento discute a formação em psicologia no Brasil e como ela é deficitária em relação à realidade sanitária do país. Argumenta que a formação deve contemplar conhecimentos diversificados sobre saúde e doença de bases biológicas, sociais e psicológicas. Também diferencia a psicologia da saúde, que atua desde a prevenção até o tratamento, da psicologia hospitalar, que tem foco nos atendimentos em hospitais. Defende que a interdisciplinaridade é necessária para superar a fragmentação no setor da sa
[1] O documento discute a importância do estudo da psicologia na formação do profissional de enfermagem. [2] A psicologia ajuda a entender alterações psicológicas decorrentes do processo de adoecimento e estágios vivenciados por pacientes terminais. [3] É essencial que profissionais de enfermagem tenham conhecimentos de psicologia para prestarem um atendimento humanizado e centrado na pessoa do paciente.
Palestra realizada pela Dra. Vera Bonato, da Qualidade InCor HC-FMUSP, na Sala Havana, no dia 11 de julho de 2009.
6º Congresso de Humanização da Saúde em Ação - realizado pela HC-FMUSP e Associação Viva e Deixe Viver
Este artigo discute o conceito de somatização, que é caracterizado por sintomas físicos sem causa orgânica identificável. A somatização é comum em serviços de atenção primária e geralmente é diagnosticada por exclusão. Pacientes somatizadores frequentemente apresentam diagnósticos difíceis e podem ter comorbidades psiquiátricas. Além disso, esses pacientes demandam muitas consultas e exames, gerando altos custos para o sistema de saúde. O artigo aborda o conceito, manifestações clínicas,
Terminalidade, a eutanásia, a distanásia e ortotanásiaDenise Aguiar
O documento discute a eutanásia, distanásia e ortotanásia no contexto do fim da vida. A eutanásia é criticada, argumenta-se que o alívio da dor não justifica tirar a vida e que a autonomia do paciente tem limites, já que a vida é um dom divino. A espiritualidade deve ser levada em conta, pois a morte é um processo que envolve desatar laços entre espírito e corpo, e acelerá-la pode dificultar a desencarnação.
[1] A dissertação discute um caso clínico de intervenção psicológica durante a primeira crise psicótica de uma paciente chamada Isadora.
[2] O estudo utilizou a estratégia de intervenção psicológica desde a primeira crise para minimizar seus efeitos sobre a personalidade da paciente.
[3] A pesquisa mostra como a intervenção psicológica torna o paciente menos resistente à psicoterapia, ajudando-o a reconstruir seu mundo interior de forma mais favorável.
O documento introduz noções sobre câncer, psico-oncologia e internação hospitalar. Apresenta definições de câncer, suas causas e tratamentos. Discute a história da psico-oncologia e suas áreas de atuação, como prevenção, diagnóstico e apoio a pacientes, familiares e equipe. Também destaca aspectos psicológicos da internação hospitalar como adaptação à rotina e perda de autonomia.
ASPECTOS EMOCIONAIS DO PACIENTE IDOSO HOSPITALIZADO E O PAPEL DO PSICÓLOGO HO...biacastro
Costuma-se dizer que o idoso terá sua velhice como conseqüência do que foi sua vida até então. A personalidade é uma construção. Ninguém é o que é por acaso. É fruto da maneira como viveu cada uma das etapas da vida, dos objetos e desejos que cultivou durante a vida. A confiança e a segurança são fatores decisivos no equilíbrio psíquico do idoso. A saúde mental do idoso pode ser entendida como equilíbrio psíquico resultante da interação da pessoa com a realidade, ou seja, o meio. Estar hospitalizado para o idoso é um processo árduo no qual o mesmo pode sentir-se deprimido, necessitando de um suporte psicológico condizente durante seu processo de hospitalização.
1) O documento discute aspectos éticos e psicossociais do cuidado de pacientes com doenças graves e terminais.
2) Ele destaca a importância do cuidado paliativo para aliviar o sofrimento desses pacientes e a necessidade de compartilhar decisões com as famílias.
3) Também enfatiza a necessidade de apoiar a equipe de saúde no cuidado de pacientes no fim da vida.
4 terminalidade da vida e cuidados paliativosAlmeida Almeida
O documento discute como a medicina moderna passou a lutar agressivamente contra a morte, prolongando a vida a qualquer custo. Isso resultou em um sofrimento maior no fim da vida, já que as doenças crônicas e o processo de morrer são prolongados. O cuidado paliativo surge como uma resposta a essa "obstinação terapêutica", visando controlar a dor e outros sintomas para proporcionar a melhor qualidade de vida possível aos pacientes terminais e suas famílias.
1. O documento discute o câncer e a terapia ocupacional em oncologia, definindo câncer e apresentando estatísticas sobre incidência no Brasil.
2. Aborda o processo de adoecimento causado pelo câncer, seus impactos físicos, emocionais e sociais nos pacientes e familiares, e a importância de cuidados integras e de uma equipe multiprofissional.
3. Destaca a necessidade de se considerar as múltiplas dimensões da experiência humana nos cuidados em saúde, incl
Trabalho realizado por duas alunas do ISPA, a fazer mestrado em Psicologia Clínica - para apresentar na unidade curricular de Psicossomática sobre a temática: Transplante: o antes e o depois.
(retirado de um artigo espanhol)
* Nota: Este trabalho deve ser lido com precauçao especialmente por pessoas transplantadas pois estes casos sao especificos. A grande maioria das pessoas após um Transplante Pulmonar retoma a sua vida normal, cheia de energia e com vontade de aproveitar o melhor da vida.
Sandra Campos
http://transplantes-pulmonares.blogspot.com/
O documento discute a atuação da psicologia hospitalar no tratamento de crianças com câncer, abordando o apoio ao paciente, família e equipe médica. O câncer infantil causa sofrimento psicológico não apenas na criança, mas também em seus cuidadores. O psicólogo desempenha um papel importante no auxílio ao enfrentamento dessa doença, trabalhando com a aceitação do diagnóstico e do luto quando necessário.
Este documento discute a importância da relação entre profissionais de saúde e pacientes para promover a saúde. Ele destaca que (1) essa relação é terapêutica quando estruturada corretamente, (2) a Atenção Primária é um local ideal para fortalecer os vínculos com pacientes, e (3) quatro pilares - acolhimento, escuta, suporte e esclarecimento - sustentam a ação terapêutica nessa relação.
Este documento descreve um projeto desenvolvido por alunos de uma escola secundária que visa promover a conscientização sobre câncer e a importância da solidariedade. O projeto envolve visitas de alunos a um centro de tratamento pediátrico para o câncer para proporcionar alegria aos pacientes por meio de performances e presentes. O documento fornece detalhes sobre os objetivos, métodos e referências bibliográficas do projeto.
Este documento discute as relações entre médicos e pacientes que não têm possibilidades de tratamento terapêutico. A medicina moderna tem prolongado a vida através da tecnologia, mas isso também criou desafios éticos ao lidar com pacientes terminais. É importante que as equipes médicas discutam quando o tratamento não trará mais benefícios e foquem nos cuidados paliativos para aliviar o sofrimento.
Tanatologia clinica e cuidados paliativos-luto oncológico pediátrico.pdfAndressaMolina3
O documento discute como cuidadores paliativos e tanatólogos clínicos podem facilitar o luto de crianças com câncer terminal e suas famílias. Eles desenvolvem medidas educativas e práticas de cuidado como toque e atividades prazerosas para promover o bem-estar da criança e a aceitação da morte, aliviando o luto. O documento também enfatiza a importância dos cuidadores estarem equilibrados em suas próprias questões de mortalidade para fornecer os melhores cuidados.
Tanatologia clinica e cuidados paliativos-luto oncológico pediátrico.pdfAndressaMolina3
O documento discute como cuidadores paliativos e tanatólogos clínicos podem facilitar o luto de crianças com câncer terminal e suas famílias. Eles desenvolvem medidas educativas e práticas de cuidado como toque e atividades prazerosas para promover o bem-estar da criança e a aceitação da morte, aliviando o luto. O documento também enfatiza a importância dos cuidadores estarem equilibrados em suas próprias questões de mortalidade para fornecer os melhores cuidados.
Trabalho realizado no ano de 2011, na disciplina de estágio básico II do curso de Psicologia que teve como objeto de estudo a Psicologia no Hospital Geral.
1. O documento discute como as doenças crônicas estão alterando o perfil de mortalidade no Brasil e como isso implica mudanças na agenda de saúde pública e na organização dos cuidados de saúde.
2. Ele explora as perspectivas ontológica, epistemológica e metodológica da antropologia da saúde para entender a experiência das doenças crônicas no cotidiano das pessoas.
3. Defende que a antropologia da saúde pode ensinar a construir novos saberes para lidar
Este artigo discute o tratamento da esquizofrenia com antipsicóticos atípicos. Os autores explicam que a esquizofrenia é uma das psicoses mais comuns que afeta cerca de 1% da população. Apresenta uma evolução crônica e gera consequências psicológicas e sociais devastadoras para os pacientes e suas famílias. O tratamento da esquizofrenia evoluiu ao longo do tempo, começando com a descoberta da clorpromazina em 1952 e mais recentemente com os antipsic
Este documento descreve um estudo de caso de uma mulher moçambicana que apresentava sintomas de psicose. A abordagem clínica ocidental não trouxe melhorias, mas quando levada a um curandeiro tradicional e submetida aos rituais de curandeirismo, seus sintomas desapareceram. Isso sugere que a perspectiva cultural local é importante para entendimento e tratamento de distúrbios mentais.
1) O documento discute a importância da psicologia médica no ensino de medicina, definindo-a como o estudo da relação médico-paciente.
2) Ele propõe que a psicologia médica deve estar presente em todas as disciplinas médicas e durante todo o curso, de forma interdisciplinar, para promover uma abordagem holística que una mente e corpo.
3) O documento destaca o "processo clínico" como o núcleo central do ensino de psicologia médica, analisando síndromes como
1) A psico-oncologia surgiu no final do século XIX e estudou a relação entre mente e corpo no câncer.
2) Jimmie Holland foi pioneira nos EUA ao investigar como as reações emocionais afetam o tratamento e prognóstico do câncer.
3) A psico-oncologia brasileira se desenvolveu a partir da década de 1980, visando o atendimento integral do paciente oncológico.
Este documento descreve a atuação dos psicólogos no Hospital de Câncer de Barretos. O serviço de psicologia oferece atendimento individual e grupal para pacientes, familiares e equipe, abordando questões psicossociais relacionadas ao câncer. Os psicólogos realizam avaliações, orientações e intervenções para auxiliar no enfrentamento da doença e melhoria da qualidade de vida. Grupos psicoeducativos discutem dúvidas sobre tratamento, mitos sobre a doença e oferecem apoio em
A introdução psicologia hospitalar artigolaura393382
O documento discute a atuação do psicólogo em unidades de terapia intensiva (UTI). A UTI é um setor do hospital destinado a pacientes graves ou de risco potencialmente recuperáveis. O psicólogo atua junto à tríade de paciente, família e equipe de saúde, auxiliando cada grupo a lidar com os sentimentos e emoções decorrentes da situação de risco e tratamento intensivo.
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Este artigo discute os aspectos legais da morte para médicos. A morte extingue a personalidade jurídica de uma pessoa e tem vários efeitos legais, como a dissolução do casamento. Compete aos médicos declarar a morte através de um atestado de óbito, o que tem importantes consequências jurídicas. Os médicos devem estar cientes destes aspectos para que possam declarar a morte com precisão e responsabilidade.
A morte sempre foi encarada com resistência na cultura ocidental. A medicina usa a alta tecnologia para prolongar a vida, porém isso acarreta sofrimentos ao paciente e familiares. É necessário refletir sobre como equilibrar o uso da tecnologia com a qualidade de vida e conforto do paciente durante o processo de morrer.
1) O documento discute o cuidado de profissionais de saúde em situações de morte à luz da fenomenologia de Heidegger.
2) Heidegger propõe que a morte faz parte da existência humana e que os profissionais devem compreender as relações de cuidado para compartilhar esse momento com dignidade.
3) É necessário refletir sobre como oferecer um cuidado humanizado aos pacientes que enfrentam a morte.
Este documento apresenta dois modelos compreensivos para comportamentos suicidas. O primeiro modelo discute "a história natural de jovens que tentam suicídio", mostrando que eles experimentam um mundo interno vazio que estimula busca por relações simbióticas. Quando essas relações são ameaçadas, levam a fantasias de busca da plenitude com a morte. O segundo modelo é o "narcisismo destrutivo", onde autoexigências cruéis levam a sentimentos de fracasso e loucura, fazendo o ato suicida
O documento discute a necessidade de estudos transdisciplinares sobre o tabagismo. Estuda as crenças e valores associados ao uso de tabaco entre jovens. Também aponta caminhos para fortalecer os programas de controle do tabagismo considerando diferentes perspectivas científicas.
1) O texto discute a visão de imortalidade que adolescentes têm em relação à morte, baseado nas teorias de Aníbal Ponce sobre a "síndrome da adolescência normal".
2) Essa síndrome inclui lutos pelo corpo infantil perdido, identidade infantil perdida e pelos pais da infância. Isso leva os adolescentes a sentirem-se onipotentes e imortais.
3) A percepção do tempo e da morte como irreversíveis gera sentimentos angustiantes nos adolescentes, que precisam
1) O documento discute a Síndrome da Morte Súbita Infantil (SIDS), incluindo sua definição, fatores de risco e investigação pós-morte.
2) A SIDS é uma morte súbita e inexplicada de bebês menores de 1 ano, possivelmente causada por uma interação de fatores genéticos e ambientais.
3) Dormir de bruços é o principal fator de risco, enquanto a autópsia é essencial para descartar outras causas e entender melhor a condição
1) O documento discute a visão da criança sobre a morte, revisando aspectos da literatura e integrando com experiências clínicas.
2) Apresenta dois casos clínicos de crianças que vivenciaram situações relacionadas à morte para ilustrar como elas expressam cognitiva e emocionalmente sua compreensão sobre o tema de acordo com sua idade.
3) Conclui que o atendimento psicológico é importante nessas situações para ajudar a criança a compartilhar sentimentos e ser compreendida.
1) O documento discute a definição de morte no contexto da prática médica, reconhecendo que a morte é um processo complexo e que sua definição deve levar em conta fatores culturais e tecnológicos, não apenas o conhecimento médico.
2) A busca por uma definição precisa de morte trouxe conflitos éticos, já que técnicas médicas podem manter funções vitais em pacientes sem consciência. Isso levanta questões sobre o que realmente define um "indivíduo".
Este documento discute a visão da morte ao longo do tempo em diferentes culturas. Apresenta a perspectiva de Schopenhauer de que a compreensão da mortalidade é o que distingue os humanos dos animais e inspira a filosofia. Também descreve como rituais funerários em culturas antigas como a Mesopotâmia integravam os mortos na vida social dos vivos, marcando a identidade coletiva e a continuidade cultural.
Concepção, gravidez, parto e pós-parto: perspectivas feministas e interseccionais
Livro integra a coleção Temas em Saúde Coletiva
A mais recente publicação do Instituto de SP traça a evolução da política de saúde voltada para as mulheres e pessoas que engravidam no Brasil ao longo dos últimos cinquenta anos.
A publicação se inicia com uma análise aprofundada de dois conceitos fundamentais: gênero e interseccionalidade. Ao abordar questões de saúde da mulher, considera-se o contexto social no qual a mulher está inserida, levando em conta sua classe, raça e gênero. Um dos pontos centrais deste livro é a transformação na assistência ao parto, influenciada significativamente pelos movimentos sociais, que desde a década de 1980 denunciam o uso irracional de tecnologia na assistência.
Essas iniciativas se integraram ao movimento emergente de avaliação tecnológica em saúde e medicina baseada em evidências, resultando em estudos substanciais que impulsionaram mudanças significativas, muitas das quais são discutidas nesta edição. Esta edição tem como objetivo fomentar o debate na área da saúde, contribuindo para a formação de profissionais para o SUS e auxiliando na formulação de políticas públicas por meio de uma discussão abrangente de conceitos e tendências do campo da Saúde Coletiva.
Esta edição amplia a compreensão das diversas facetas envolvidas na garantia de assistência durante o período reprodutivo, promovendo uma abordagem livre de preconceitos, discriminação e opressão, pautada principalmente nos direitos humanos.
Dois capítulos se destacam: ‘“A pulseirinha do papai”: heteronormatividade na assistência à saúde materna prestada a casais de mulheres em São Paulo’, e ‘Políticas Públicas de Gestação, Práticas e Experiências Discursivas de Gravidez Trans masculina’.
Parabéns às autoras e organizadoras!
Prof. Marcus Renato de Carvalho
www.agostodourado.com
1. Medicina (Ribeirão Preto) Simpósio: MORTE: VALORES E DIMENSÕES
2005; 38 (1): 63-68 Capítulo X
INTERVENÇÃO JUNTO À FAMÍLIA DO PACIENTE
COM ALTO RISCO DE MORTE
INTERVENTION IN THE FAMILY OF PATIENT FACING HIGH DEATH RISK
Érika Arantes de Oliveira1, Júlio César Voltarelli2, Manoel Antônio dos Santos3 e Ana Paula Mastropietro4
1
Psicóloga da Unidade de Transplante de Medula Óssea. Hospital das Clinicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP e do
Departamento de Psicologia e Educação. Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto-USP. 2Docente. Faculdade de
Medicina de Ribeirão Preto-USP. Responsável pela Unidade de Transplante de Medula Óssea do HCFMRP-USP.
E-mail: jcvoltar@fmrp.usp.br. 3Docente. Departamento de Psicologia e Educação. Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de
Ribeirão Preto – USP. Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq. E-mail: masantos@ffclrp.usp.br. 4Terapeuta Ocupacional da
UTMO do HCFMRP-USP. Docente. Curso de Terapia Ocupacional das Faculdades Claretianas de Batatais. E-mail: anapmastro@bol.com.br
Correspondência: Rua Machado de Assis, 433 - Vila Tibério - Ribeirão Preto – SP – CEP 14050-490 Ribeirão Preto – SP. Tel: (16) 630-
6273. E-mail: erikaao@bol.com.br
Oliveira EA, Voltarelli JC, Santos MA, Mastropietro AP. Intervenção junto à família do paciente com alto risco
de morte. Medicina (Ribeirão Preto) 2005, 38 (1): 63-68.
RESUMO: Atualmente o Transplante de Medula Óssea (TMO) vem se constituindo como
alternativa eficaz para o tratamento de diversos tipos de doenças hematológicas e auto-imunes,
quando os tratamentos convencionais não oferecem bom prognóstico. São enfermidades poten-
cialmente fatais, cujo diagnóstico gera impacto psicológico tanto no paciente como em sua
organização familiar. Nesse momento, a família enfrenta a perda da vida “normal”, tal como era
percebida e vivida antes do diagnóstico, e se vê obrigada a encarar a destruição do mito familiar
de que as doenças fatais só acontecem com os outros. Além disso, o transplante implica em
riscos severos para a integridade física do paciente, comprometendo seu senso de autonomia
e controle pessoal. A iminência da morte é uma ameaça onipresente que afeta também a família,
devido à possibilidade palpável da perda de seu ente querido. Numa tentativa de auxiliar esses
familiares algumas modalidades de intervenção psicológica foram implantadas na Unidade de
TMO do Hospital das Clínicas da FMRP-USP, dentre elas: reuniões familiares, atendimentos
individuais e grupos de apoio psicológico. Os resultados obtidos têm mostrado a importância
que os beneficiados, assim como os profissionais da equipe, atribuem à estratégia de apoio
psicológico ao familiar, complementando as intervenções psicossociais voltadas diretamente
para o bem-estar emocional do paciente. A experiência acumulada em anos de assistência tem
corroborado dados disponíveis na literatura, que apontam a necessidade de disponibilizar inter-
venções ao familiar nas diferentes fases do tratamento.
Descritores: Transplante de Medula Óssea. Cuidador Familiar. Psicologia.
1- INTRODUÇÃO e foram realizadas em camundongos e, posteriormen-
te, em cães1. Todavia, essa modalidade terapêutica só
As primeiras experimentações científicas em se mostrou bem-sucedida a partir de 1968, quando o
Transplante de Medula Óssea (TMO) datam de 1949 TMO tornou-se um dos mais promissores tratamen-
63
2. Oliveira EA, Voltarelli JC, Santos MA, Mastropietro AP
tos para uma série de graves enfermidades hematoló- psicologia, sendo que na atualidade muitos hospitais,
gicas e imunológicas . Atualmente, vem se constituin- espalhados por todo o Brasil, contam com a colabora-
do como alternativa eficaz quando os tratamentos con- ção de serviços de atendimento psicológico4.
vencionais não oferecem resultado, como em diver- No caso específico do trabalho em uma Uni-
sos tipos de neoplasias, doenças hematológicas, gené- dade de Transplante de Medula Óssea, o papel do
ticas e imunológicas. profissional de psicologia abrange todo o processo de
O procedimento do transplante é constituído por tratamento, sendo que a intervenção inicia-se antes
três fases, caracterizadas2 a seguir. mesmo da internação e não se restringe somente ao
paciente, estendendo-se também aos familiares5.
1- Pré-TMO
2- IMPACTO PSICOLÓGICO DA POSSIBILI-
É o período de avaliação, visando confirmar a DADE DE PERDA NO FAMILIAR
indicação terapêutica, e a capacidade do paciente su-
portar o procedimento. O impacto psicológico do diagnóstico de uma
doença grave atinge toda a unidade familiar6, uma vez
2- TMO propriamente dito que o núcleo social primário do paciente sofrerá as
implicações da situação da doença e as vicissitudes
Inicia-se com a internação na enfermaria para do tratamento7.
a realização do transplante e encerra-se com a alta A família merece um cuidado especial desde o
hospitalar do paciente. Compreende a quimioterapia instante da comunicação do diagnóstico, uma vez que
em alta dose, a infusão da medula óssea e a recupera- esse momento tem um enorme impacto sobre os fami-
ção da função hematopoética. liares, que vêem seu mundo desabar após a desco-
berta de que uma doença potencialmente fatal atingiu
3- Pós-TMO um dos seus membros7. Isso faz com que, em muitas
circunstâncias, suas necessidades psicológicas exce-
É o período pós-internação, quando o paciente dam as do paciente. Dependendo da intensidade das
deve permanecer próximo à unidade hospitalar em reações emocionais desencadeadas, a ansiedade famili-
Ribeirão Preto aproximadamente por três meses, sendo ar torna-se um dos aspectos de mais difícil manejo8.
que depois dessa data pode voltar para sua casa e Na situação específica do câncer hematológico,
será seguido nos retornos ambulatorais. a descoberta de uma doença com um prognóstico por
Essa modalidade terapêutica tem sido realiza- vezes reservado, mesmo com os recentes avanços
da desde 1992 na Unidade de Transplante de Medula extraordinários da medicina, traz consigo o temor frente
Óssea do Hospital das Clínicas da Faculdade de Me- à possibilidade concreta de perda, sendo que para
dicina de Ribeirão Preto, graças ao trabalho de uma muitos essa probabilidade transforma-se em certeza
equipe multidisciplinar composta pelos membros da e, conseqüentemente, o diagnóstico converte-se em
enfermagem, pela equipe médica, por uma assistente sentença de morte8.
social, uma nutricionista, uma dentista, uma fisiotera- No contexto do TMO, passado esse momento
peuta, uma terapeuta ocupacional e uma psicóloga. do diagnóstico, um novo conflito se instala: realizar ou
A inclusão do psicólogo nas equipes de cuida- não tal procedimento? Esse questionamento aparece
dos oncológicos está relacionada diretamente com o principalmente em virtude das peculiaridades dessa
reconhecimento da interação existente entre aspec- terapêutica, vista como um tratamento-salvador e, ao
tos físicos e psicológicos, o que acabou por conduzir à mesmo tempo, um tratamento-ameaçador9, em virtu-
estruturação de abordagens multidisciplinares para o de dos inúmeros riscos que comporta.
manejo das manifestações sintomatológicas que es- Nessa última categoria (o tratamento como uma
ses pacientes podem desenvolver e que afetam seu ameaça), o transplante carrega consigo riscos pesso-
equilíbrio psíquico3. ais severos para o paciente (ameaça da perda da inte-
A bem da verdade, trata-se de um fenômeno gridade física e, acima de tudo, da própria vida). Para-
muito recente em nosso meio, pois somente a partir lelamente, essas ameaças afetam também a família,
do início da década de 90 é que se assistiu a uma devido à possibilidade palpável de se perder um ente
enorme expansão da inserção dos profissionais de querido10.
64
3. Intervenção junto a familia do paciente com alto risco de morte
3- IMPACTO PSICOLÓGICO DA APROXI- Nesse momento o familiar estabelece acordos,
MAÇÃO DO MOMENTO DA PERDA reais ou imaginários, com figuras que representam,
em seu sistema de crenças e valores, o ideal de onipo-
Em alguns casos, a possibilidade de perder o tência e supremacia, e que, em sua fantasia, têm po-
paciente torna-se muito concreta e ineludível. Nesse der sobre o bem e o mal, sobre a vida e a morte. Es-
momento, os familiares ao se depararem com esta sas figuras aparecem, freqüentemente, encarnadas em
realidade impactante, geralmente vivenciam as certos profissionais da equipe, sobretudo da especiali-
teorizadas fases do luto11: dade médica. No plano sobrenatural, o poder absoluto
é investido em Deus ou nos santos de devoção.
1- Fase da negação Nesse momento, os familiares voltam-se para
Nessa etapa os familiares não acreditam (ou uma introspecção religiosa, que lhes permite obter certo
melhor, não podem acreditar) na gravidade do diag- alívio e tranqüilidade, que são ingredientes necessári-
nóstico e do reservado prognóstico do paciente. Apa- os para enfrentar a crise que se instalou no cotidiano
rece com freqüência o discurso da possibilidade de familiar. É um mecanismo de luta, esperança de cura
ter havido um erro no seu exame, ou de troca do re- e prolongamento da vida do paciente.
sultado.
O primeiro contato com a doença grave em 4- Fase de depressão
geral tem como características: o choque inicial fren-
Uma vez que percebem que o quadro clínico
te ao diagnóstico e o início de uma busca frenética,
do paciente não apresenta melhoras, ou que caminha
que logo se torna uma autêntica peregrinação de
inexoravelmente para uma situação irreversível, o fa-
especialista em especialista, na expectativa de mu-
miliar adquire a percepção da perda iminente. Nesse
dança do diagnóstico12
momento, a angústia e a introspecção aumentam12,
2- Fase da raiva acompanhando progressivamente o deterioração do
estado do paciente.
Nessa fase é esperado um questionamento da
A dor psíquica é imensa, pois começa a se es-
vontade divina e do poder da equipe, uma vez que a
boçar o contato nítido com o início do fim. Sentimen-
melhora está demorando por vir. O familiar passa a
tos de culpa e insegurança, tristeza e pesar, retornam
experimentar outros sentimentos, com forte carga de
com maior intensidade. São características dessa fase:
ambivalência afetiva, podendo tornar-se hostil e agres-
introspecção e isolamento, episódios de choro e pro-
sivo ao meio que o rodeia e mesmo em relação a
funda tristeza.
Deus12.
Nesse momento penoso, o sentimento predomi-
5- Fase de aceitação
nante é de impotência, alternando-se com momentos
de revolta e franca hostilidade. São comuns expres- Este é o estágio da quietude e do isolamento. A
sões do tipo: “Por que tenho que passar por isto?” vontade de lutar cessa gradualmente e a necessidade
ou ainda: “Tantas pessoas ruins estão vivas , por- de descanso é imensa. A aceitação da morte do fami-
que justo ele(a) tem que estar com essa doença?”. liar não significa perder a esperança de vida, mas não
O lamento às vezes pode ocultar um sentimento de mais temer ou se angustiar intensamente ao entrar
culpa, além do pesar: “O que fiz para merecer isso?”. em contato com a perda inevitável. É o aprendizado
Em relação à equipe são esperadas reações de do desinvestimento afetivo12, necessário para que se
desconfiança e de agressividade por parte do familiar, possa elaborar o desligamento e a separação que es-
que nesse momento se questiona se deveria ter real- tão por advir. É um tempo precioso e ao mesmo tem-
mente permitido o transplante, se o tratamento não po delicado da resignação, que se bem elaborada pro-
acabou antecipando a morte do familiar, e coloca em picia uma maior harmonia consigo mesmo.
dúvida a própria capacidade técnica da equipe. Nesse momento é comum o “balanço” do que
foi realizado até aquele momento, e a sensação re-
3- Fase da barganha confortante de “missão cumprida”, isto é, de que
São características dessa fase: a busca de mé- “foi feito tudo o que podia ser feito” e de que “o
todos mágicos de cura, apelos dramáticos e a cele- melhor para ele(a) talvez seja mesmo o descanso
bração de pactos ou promessas12. eterno”.
65
4. Oliveira EA, Voltarelli JC, Santos MA, Mastropietro AP
4- POSSIBILIDADES DE INTERVENÇÕES Foi realizado um estudo tendo como objetivo
PSICOLÓGICAS descrever o processo grupal e averigüar seus efeitos
sobre os acompanhantes14 submetidos a esse tipo de
Seguindo os dados da literatura sobre a morte e intervenção. Investigou-se uma amostra de 17 acom-
o morrer, associados às demandas específicas da panhantes, assistidos em um intervalo de 10 meses
Unidade de TMO, foi desenvolvido um plano de inter- consecutivos. Procedeu-se a uma análise das trans-
venção para a fase pré-TMO, que engloba os seguin- crições das sessões ocorridas nesse período, constitu-
tes procedimentos: indo um corpo de 40 sessões. Foi empregada uma
metodologia qualitativa de avaliação do processo grupal,
a) Avaliação psicológica com o familiar que se aplicando-se uma análise temática aos segmentos dos
dispõe a exercer o papel de acompanhante relatos verbais. O material foi submetido à avaliação
independente de dois juízes. Essa análise permitiu a
É necessário identificar as percepções dos fa- elucidação do movimento do grupo e a constatação
miliares a respeito do procedimento, uma vez que gran- de alguns “tópicos/temas” que emergiram durante as
de parte deles tem concepções errôneas sobre o trans- sessões.
plante. É fundamental que tudo se esclareça antes No decorrer dos grupos pôde-se perceber que
mesmo que ele comece a exercer o papel de acompa- algumas questões levantadas traziam preocupações
nhante, dado o alto nível de exigência e sobrecarga comuns a todos os participantes e seguiam até mes-
afetiva que essa função exige. mo uma determinada ordem cronológica: inicialmente
Além disso, essa avaliação visa detectar a ne- o grupo tinha um caráter mais informativo, auxiliando
cessidade ou não de uma intervenção suportiva mais o familiar na adaptação à sua função de acompanhante
focal, visando auxiliar o familiar no enfrentamento da na enfermaria; depois discutiam-se questões relacio-
situação de adoecimento de um ente querido, seguida nadas ao impacto do adoecimento e do tratamento.
da necessidade de participar ativamente de um trata- Frente à possibilidade de alta aparecia a ambivalência
mento muito complexo, como o TMO13, que exige que entre o desejo de saírem da enfermaria e o receio de
ele permaneça internado ao lado do leito do paciente não serem bons cuidadores quando estivessem des-
24 horas por dia. providos da atenção direta e contínua da equipe pro-
fissional. E, finalmente, em caso de agravamento da
b) Reuniões familiares condição clínica do paciente, aparecia com muita for-
ça nos grupos o tema da morte.
O objetivo é fornecer suporte emocional e in- A importância desse grupo se fez notar, princi-
formações sobre os procedimentos hospitalares, pro- palmente pela oportunidade que os acompanhantes
movendo, junto aos familiares, a conscientização so- encontravam de falarem livremente de suas tensões e
bre os recursos que podem ser mobilizados no enfren- dificuldades enfrentadas no cotidiano hospitalar, de
tamento da doença, trabalhando as resistências às compartilharem suas emoções com pessoas que
mudanças e inserindo a unidade familiar como parte vivenciavam a mesma situação de crise vital e de se
integrante do processo terapêutico13. sentirem escutados, compreendidos e amparados por
profissionais da equipe.
c) Grupo de acompanhantes
d) Atendimentos individuais ambulatoriais
Para colaborar com essa tarefa e aprimorar as
estratégias de enfrentamento do processo de trata- Consistem na continuidade do atendimento que
mento por parte do acompanhante, foi instituído um era oferecido na enfermaria até completados os cem
grupo de apoio, aberto, composto por no máximo cin- dias pós-TMO. Esses atendimentos são realizados
co e no mínimo três pessoas, coordenado por uma ambulatorialmente e sua freqüência varia em função
psicóloga e uma terapeuta ocupacional, observado por da necessidade de cada familiar. Encerrado o período
estagiárias da psicologia e da terapia ocupacional, com dos cem dias, opta-se pela alta do apoio psicológico,
duração de uma hora e freqüência semanal. pelo retorno livre (no qual o familiar pode recorrer ao
66
5. Intervenção junto a familia do paciente com alto risco de morte
atendimento quando sentir necessidade) ou por um tematizar um serviço de psicologia na Unidade de
encaminhamento para outro serviço que preste assis- Transplante de Medula Óssea do Hospital das Clíni-
tência psicológica de maneira mais sistemática e con- cas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto que
tínua13. se mostrasse o mais adequado do ponto de vista téc-
nico, respeitando-se os limites e possibilidades con-
5– CONSIDERAÇÕES FINAIS cretas do contexto institucional em que se acha insta-
lado.
A última década foi testemunha do crescimen- Desse modo, procurou-se valorizar a necessi-
to de um novo campo de trabalho e pesquisa: a psico- dade de um acompanhamento psicológico que não se
oncologia. A sistematização desse campo surge da restringisse somente ao período de internação do pa-
necessidade de se oferecer apoio emocional ao paci- ciente. Para tanto, o trabalho do profissional de saúde
ente com câncer, assim como aos seus familiares e mental tem início no momento que precede a interna-
aos profissionais envolvidos no tratamento3. ção e se prolonga após a alta da enfermaria, além de
Apesar de ainda se encontrar recentemente se estender também aos familiares, especialmente ao
implantada nos serviços hospitalares, a união entre a acompanhante, visando diminuir sua ansiedade, alivi-
psicologia e a oncologia já tem produzindo resultados ar sua sobrecarga emocional e melhorar suas habili-
amplamente reconhecidos através dos aumentos sig- dades de enfrentamento e controle do estresse.
nificativos da sobrevida, melhora da qualidade de vida A intervenção psicológica antes da internação
e do fortalecimento psicológico para encarar a objetiva auxiliar o familiar no enfrentamento da situa-
terminalidade, quando se esgotam os recursos dispo- ção de adoecimento, de modo a poder lidar com a
níveis para prolongar a sobrevida do paciente2. necessidade de tomada de decisão a respeito da rea-
A intervenção psicológica em uma Unidade lização do transplante de medula óssea e, em especi-
de Transplante de Medula Óssea, se adequadamente al, com as angústias desencadeadas pela possibilida-
estruturada, apresenta-se como um recurso que am- de, real e palpável, de perda de seu ente querido.
plia os limites de ação da equipe médica no atendi- Desse modo, o apoio psicológico visa colaborar
mento das necessidades que surgem em cada mo- para a manutenção da integridade psíquica do familiar
mento da trajetória do paciente oncológico, inician- que acompanhará todo o percurso e dificuldades dos
do-se no diagnóstico, percorrendo as distintas etapas pacientes nas sucessivas fases do TMO, sendo obri-
do tratamento e podendo alcançar as situações poste- gado a lidar intimamente com as reações psicológicas
riores de adaptação do transplantado às seqüelas con- que o transplante desencadeia nos pacientes, tais como
cretas ou subjetivas com que se depara em seu co- negação, ambivalência, labilidade emocional, ansieda-
tidiano3. de, depressão, negativismo, além das implicações or-
As evidências acumuladas destacam a impor- gânicas: vômitos, febres, diarréias, alterações drásti-
tância da inclusão do acompanhante na assistência cas na imagem corporal devido à queda de cabelo,
psicológica oferecida no contexto do tratamento. Mas emagrecimento e estado físico debilitado. Acima de
é preciso planejar e implementar cuidadosamente as tudo, é preciso enfrentar a possibilidade concreta de
intervenções voltadas para os familiares dos pacien- perda do familiar acometido16.
tes que são submetidos ao TMO. Essas intervenções Cabe aqui a ressalva de que se trata de um
têm a função de auxiliá-los a lidar com os problemas e serviço permanentemente aberto para reestruturações,
angústias suscitados pelo transplante e pelo longo pe- seja por meio da incorporação de novas modalidades
ríodo de hospitalização, desenvolvendo estratégias de de assistência psicossocial, seja pela constante refor-
enfrentamento que levem a mudanças positivas, pro- mulação de outras, que por ventura não se mostrarem
movendo a redução do estresse e a adaptação a nova eficientes para o atendimento dos objetivos do servi-
rotina, além de contribuir para a resolução de confli- ço. Daí a importância dos estudos realizados pela equi-
tos e a reconstrução dos relacionamentos abalados pe de profissionais dessa área, como os referidos an-
pela situação do adoecer15 . teriormente, visando avaliar a pertinência e a resolu-
Levando-se em consideração tais pressupos- tividade das intervenções oferecidas no âmbito da saú-
tos e os conhecimentos já acumulados, buscou-se sis- de mental no contexto do TMO.
67
6. Oliveira EA, Voltarelli JC, Santos MA, Mastropietro AP
Oliveira EA, Voltarelli JC, Santos MA, Mastropietro AP. The relation with the family members of patient with
high death risk. Medicina (Ribeirão Preto) 2005, 38 (1): 63-68.
Abstract: Nowadays, Bone Marrow Transplantation (BMT) is an effective alternative for treating
various hematological and imunological diseases, when conventional treatments do not offer any
good prognosis. These diseases can be fatal, and their diagnosis exerts a psychological impact
on patients as well as their family structure. At that moment, the family faces the loss of “normal”
life as it was perceived and lived before the diagnosis, and finds itself obliged to face the destruction
of the common myth that lethal diseases only happen to other people. Furthermore, the
transplantation implies serious risks for the patients’ physical integrity, exposing their sense of
autonomy and personal control. The imminence of death is an omnipresent threat that also
affects the family, due to the obvious possibility of losing a loved one. In an attempt to help these
family members, some psychological intervention modes were implanted at the BMT unit of the
University of São Paulo at Ribeirão Preto Medical School Hospital das Clínicas, including: family
meetings, individual sessions and psychological support groups. The obtained results have
demonstrated the importance the beneficiaries and professional team members attach to the
strategy of offering psychological support to family members, as a complement to the psychosocial
interventions that are directly oriented towards the patient’s emotional well-being. The experience
accumulated through years of care has corroborated literature data, which point towards the need
to offer interventions to family members at different stages of treatment.
Keywords: Bone Marrow Transplantation. Caregivers. Psychology.
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