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3ª Edição
Rio do Sul - SC
2010
Helena Justen de Fáveri
Ilson Paulo Ramos Blogoslawski
Olimpio Fachini
3ª edição3ª edição3ª edição3ª edição3ª edição
4
© Todos os direitos reservados aos Autores
Arte e Diagramação
Osmair José Pereira – (47) 3533-2759
Capa
Mauro Tenório Pedrosa
Revisão
Prof. Aurélio Adriano D´Avila
Distribuição e Vendas:
CENTRAL LIVROS – (47) 3521-0155
BLOGOSLAWSKI, Ilson Paulo Ramos; FACHINI, Olimpio;
FAVERI, Helena Justen de. Educar para a pesquisa:
normas para produção de textos científicos. 3. ed. ver. ampl.
e atual. Rio do Sul: NOVA LETRA, 2010.
ISBN 978-85-7682-272-1
1. Pesquisa, normas, textos científicos.
Impresso no Brasil, 2010
Tiragem: 1000
Ficha catalográfica
3ª edição
Revisada, ampliada e atualizada
(de acordo com as normas da ABNT)
5
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ................................................................................................ 11
1 NOÇÕES PRELIMINARES
1 NOÇÕES PRELIMINARES SOBRE METODOLOGIA CIENTÍFICA ................. 14
1.1 ALGUNS OBJETIVOS DA METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO ... 14
1.2 METODOLOGIA CIENTÍFICA ENQUANTO CONHECIMENTO .................... 14
1.2.1 Formas de conhecimento ......................................................................... 15
1.3 METODOLOGIA CIENTÍFICA ENQUANTO CIÊNCIA ................................. 16
1.4 MÉTODOS E TÉCNICAS CIENTÍFICAS .................................................... 16
1.5 DOCUMENTOS CIENTÍFICOS ................................................................... 18
2 ESTRUTURA DE UM PROJETO DE PESQUISA
2 O QUE É UM PROJETO DE PESQUISA ........................................................ 22
2.1 TEMA: TÍTULO DO PROJETO .................................................................. 22
2.2 DELIMITAÇÃO DO PROBLEMA ................................................................ 22
2.3 JUSTIFICATIVAS ..................................................................................... 23
2.3.1 Justificativa da pesquisa - Por quê? ....................................................... 24
2.4 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA ............................................................... 24
2.4.1 Abordagem geral do problema ................................................................ 24
2.4.2 Problematização ...................................................................................... 25
2.4.3 Presupostos e/ou hipóteses ..................................................................... 25
2.4.4 Formulação de hipóteses ........................................................................ 26
2.4.5 Características das hipóteses .................................................................. 26
2.5 OBJETIVOS - PARA QUÊ? ......................................................................... 27
2.5.1 Objetivo geral ........................................................................................ 27
2.5.2 Objetivos específicos .............................................................................. 27
2.6 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ................................................................. 28
6
2.7 METODOLOGIA - Como? Onde? Com quê? ............................................... 28
2.7.1 Modalidade de Pesquisa ........................................................................ 28
2.7.2 Tipos de Pesquisa .................................................................................. 29
2.7.2.1 Pesquisa básica ................................................................................... 29
2.7.2.2 Pesquisa aplicada ................................................................................. 30
2.7.2.3 Pesquisa exploratória ........................................................................... 30
2.7.2.4 Pesquisa descritiva .............................................................................. 30
2.7.2.5 Pesquisa bibliográfica ........................................................................... 30
2.7.2.6 Pesquisa de estudo de campo ............................................................... 31
2.7.2.7 Pesquisa experimental .......................................................................... 31
2.7.2.8 Pesquisa documental ........................................................................... 31
2.7.2.9 Pesquisa histórica ................................................................................ 31
2.7.2.10 Pesquisa-ação ...................................................................................... 32
2.7.2.11 Pesquisa participante ........................................................................... 32
2.7.2.12 Pesquisa quantitativa .......................................................................... 32
2.7.2.13 Pesquisa qualitativa ............................................................................ 32
2.7.2.14 Pesquisa estudo de caso ..................................................................... 32
2.7.3 Tipos de métodos ................................................................................... 33
2.7.4 Técnicas de pesquisa (com quê?) ............................................................ 34
2.8 CRONOGRAMA - Quando? ....................................................................... 35
2.9 ORÇAMENTO – Quanto vai custar? .......................................................... 37
REFERÊNCIAS - que materiais foram consultados? ......................................... 37
ANEXOS ........................................................................................................ 37
3 RELATÓRIOS CIENTÍFICOS
3 ELABORAÇÃO E APRESENTAÇÃO DE RELATÓRIOS CIENTÍFICOS .......... 40
3.1 ESTRUTURA DO RELATÓRIO .................................................................. 41
3.1.1 Partes que compõem um relatório ........................................................... 42
3.2 ESTRUTURA DO RELATÓRIO – Partes que o compõem ............................. 41
3.2.1 Introdução ............................................................................................ 41
3.2.2 Desenvolvimento - (Fundamentação Teórica / Revisão de Literatura) .......... 44
7
3.2.3 Metodologia e materiais de pesquisa - (pode ser substituída
por Procedimentos Metodológicos ou Materiais e Métodos) ............................... 44
3.2.4 Resultados obtidos no período – (análise e discussão) ........................ 44
3.2.4.1 O texto de relatórios de estágio é composto por ............................. 44
3.2.4.2 Apresentação dos dados / resultados ............................................. 44
3.2.5 Conclusões/Recomendações ............................................................... 45
REFERÊNCIAS ................................................................................................ 46
APÊNDICE(S) ................................................................................................. 46
ANEXOS ........................................................................................................ 46
4 COMO ORGANIZAR TRABALHOS CIENTÍFICOS
4 COMO ORGANIZAR E APRESENTAR TRABALHOS CIENTÍFICOS ............... 48
4.1 ARTIGO CIENTÍFICO ............................................................................... 48
4.1.1 elementos pré-textuais ............................................................................ 48
4.1.2 os elementos textuais ............................................................................. 49
4.1.3 elementos pós-textuais ........................................................................... 49
4.2 RESENHAS .............................................................................................. 50
4.2.1 Elementos constitutivos de uma resenha ................................................. 50
4.2.2 As partes que constituem a estrutura de uma resenha .............................. 50
4.3 ESTRUTURA PARA ELABORAÇÃO DE UM PAPER ................................. 51
4.4 CRITÉRIOS DE APRESENTAÇÃO PARA ARTIGOS NA REVISTA CAMINHOS .. 52
4.4.1 informações gerais ................................................................................ 52
5 NORMAS BÁSICAS
5 NORMAS BÁSICAS PARA ELABORAÇÃO E APRESENTAÇÃO DE
PRODUÇÕES CIENTÍFICAS ........................................................................... 56
5.1 OBJETIVOS .............................................................................................. 56
5.2 ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DO TRABALHO DE GRADUAÇÃO ........... 56
5.3 DISPOSIÇÃO DOS ELEMENTOS .............................................................. 57
5.4 CAPA ...................................................................................................... 58
8
5.5 LOMBADA .............................................................................................. 59
5.6 FOLHA DE ROSTO .................................................................................. 59
5.7 FOLHA DE APROVAÇÃO ........................................................................ 60
5.8 DEDICATÓRIA ......................................................................................... 60
5.9 AGRADECIMENTOS ................................................................................. 61
5.10 RESUMOS .............................................................................................. 61
5.10.1 Resumo na Língua Vernácula ................................................................ 61
5.10.2 Normas para elaboração dos Resumos .................................................. 62
5.10.3 Resumo em Língua Estrangeira ............................................................. 63
5.11 OUTRAS FORMAS DE RESUMOS .......................................................... 63
5.12 LISTA DE ILUSTRAÇÕES ....................................................................... 64
5.12.1 Elementos de apoio das ilustrações - Tabelas, Quadros, Gráficos e Figuras .. 64
5.13 SUMÁRIO ............................................................................................... 67
5.13.1Formasdeenumerareapresentarasseções(nosumárioenocorpodotrabalho). 68
6 CONSTRUÇÃO DO TRABALHO ................................................................. 68
6.1 INTRODUÇÃO ........................................................................................ 69
6.2 DESENVOLVIMENTO OU CORPO DO TRABALHO (Texto) ......................... 70
6.3 CONCLUSÃO .......................................................................................... 71
7 CITAÇÕES - EM DOCUMENTOS ................................................................. 72
7.1 CITAÇÃO CURTA DIRETA ....................................................................... 73
7.2 CITAÇÃO INDIRETA ou LIVRE (PARÁFRASE) .......................................... 74
7.3 CITAÇÃO TEXTUAL – DIRETA E CURTA ................................................. 74
7.4 CITAÇÃO TEXTUAL – DIRETA E LONGA ................................................. 75
7.5 OMISSÕES EM CITAÇÃO ........................................................................ 75
7.5.1 Omissão no início da citação (abre e fecha aspas) ................................... 75
7.5.2 Omissão no meio da citação (dispensa aspas) .......................................... 76
7.5.3 Omissão no final da citação (abre e fecha aspas) ...................................... 76
7.6 CITAÇÃO (citação com três autores) .......................................................... 76
7.7 CITAÇÃO EM NOTAS DE RODAPÉ (sistema numérico) ............................... 76
7.8 OUTRAS FORMAS DE CITAÇÃO ............................................................. 77
7.8.1 citação de citação ................................................................................... 77
7.8.2 Notas de referência ................................................................................. 78
9
7.8.3 Citação de informação obtida por meio de canais informais ..................... 79
7.8.4 Citação de informação extraída da Internet ............................................. 80
7.8.5 Notas Explicativas .................................................................................. 80
8 REFERÊNCIAS ........................................................................................... 80
8.1 TRANSCRIÇÃO DOS ELEMENTOS .......................................................... 81
8.2 EXEMPLOS DE REFERÊNCIAS ................................................................ 82
8.3 TRABALHOS APRESENTADOS EM EVENTOS CIENTÍFICOS .................... 86
8.4 LIVROS CONSIDERADOS NO TODO ....................................................... 87
8.5 DOCUMENTOS LEGISLATIVOS ............................................................... 92
8.6 FONTES DE DOCUMENTOS ELETRÔNICOS ............................................ 95
REFERÊNCIAS .............................................................................................. 98
ANEXOS ........................................................................................................ 101
10
11
INTRODUÇÃO
O presente documento é uma produção realizada por professores de
Metodologia Cientifica da Universidade para o Desenvolvimento do Alto Vale
do Itajaí (UNIDAVI), destinado para a melhoria da elaboração e apresentação
das produções acadêmicas.
Tem como objetivo fornecer subsídios aos professores e alunos, a fim de
que possam orientar-se com mais segurança na construção de produções que
são veiculadas no decorrer do processo de ensinar e de aprender, tais como:
trabalhos acadêmicos, projetos, relatórios, monografias, artigos, resenhas, etc.
O livro Educar para a Pesquisa objetiva fornecer à comunidade acadêmica
normas e formas adotadas pela UNIDAVI.
Tendo em vista a dinamicidade das normas nacionais e internacionais
voltadas para a estruturação lógica e gráfica dos trabalhos acadêmico-científicos,
como resultado de pesquisas projetadas e executadas por parte dos
investigadores das produções do conhecimento, que envolvem o mundo da
ciência é que apresentamos esta versão revisada e atualizada.
A norma adotada neste documento tem como base as Normas de
Documentação da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT),
passando por pequenas adequações sem ferir as normas instituídas.
Educar para a Pesquisa: normas para produção de textos científicos
contemplam as legislações recentes da ABNT, quais sejam as Normas Brasileira
de Referencia (NBR): NBR 6022 de maio de 2003, Informação e documentação
– Artigo em publicação periódica científica impressa; a NBR 6023 de ago. de
2002, Informação e documentação - Referências – Elaboração; NBR 10520 de
ago. de 2002 – Informação e documentação – Citações em documentos e da
NBR – 14724 válidas a partir de 30/01/2006 – Informação e documentação –
Trabalhos acadêmicos – Apresentação, entre outras.
A Universidade para o Desenvolvimento do Alto Vale do Itajaí, visando
incentivar a produção docente e discente, sente-se honrada em colocar à
disposição este livro, agradecendo a todos e convidando seus integrantes para
continuar juntos, na corrente e na missão de fazer da Pesquisa, da Extensão e
do Ensino um caminho de possibilidades.
Os autores
12
13
1 NOÇÕES PRELIMINARES
“O centro da pesquisa é a arte de questionar
de modo crítico e criativo, para assim, melhor
intervir na realidade.” (DEMO, 1993, p. 98)
14
Noções Preliminares
1 NOÇÕES PRELIMINARES SOBRE METODOLOGIA CIENTÍFICA
O que é Metodologia Científica? A Metodologia Científica consiste em
estudar e verificar os vários métodos que conduzem à captação e
processamento de informações com vistas à resolução de problemas de
investigação, bem como examinar e avaliar as técnicas de pesquisa. Para Demo
(2001, p. 19) “Metodologia é uma preocupação instrumental. Trata das formas
de se fazer ciência. Cuida dos procedimentos, das ferramentas, dos caminhos.”
Metodologia corresponde a um conjunto de procedimentos a serem
utilizados na obtenção do conhecimento. É o estudo da melhor maneira de
abordar determinados problemas. Não procura soluções, mas escolhe as
maneiras de encontrá-las e utilizá-las.
Segundo Meksenas (2002), o termo méthodos é constituído por duas
palavras gregas: metá, que significa buscar, perseguir, procurar, e odós,
que significa caminho, passagem, rota.
1.1 ALGUNS OBJETIVOS DA METODOLOGIA DO TRABALHO
CIENTÍFICO
• distinguir a ciência e as demais formas de obtenção do conhecimento;
• estimular e ou criar o desenvolvimento do espírito crítico e observador
do acadêmico-pesquisador:
• apresentar diretrizes para a formação gradual de hábitos de estudos
científicos, uma vez que a pesquisa e a reflexão são objetivos
relevantes na vida universitária;
• orientar na elaboração de trabalhos científicos, contribuindo para o
desenvolvimento do espírito crítico.
1.2 METODOLOGIA CIENTÍFICA ENQUANTO CONHECIMENTO
O que é Conhecimento? Segundo Barros e Lehfeld (2004, p. 30): “O
conhecimento pode ser definido como sendo a manifestação da consciência-
de-conhecer; é a consciência do conhecimento.” De modo simplificado, o
conhecimento existe quando a pessoa ultrapassa um dado vivenciado,
sendo capaz de explicá-lo.
15
Educar Para a Pesquisa: normas para produção de textos científicos
O conhecimento como ato de conhecer existe como forma de solução
de problemas próprios e comuns à vida.
O conhecimento leva o ser humano a apropriar-se da realidade, e ao
mesmo tempo, a penetrar nela.
1.2.1 Formas de conhecimento
Conhecimento Popular - que pode ser valorativo; reflexivo;
assistemático; verificável; falível e inexato. É o conhecimento que as pessoas
adquirem no cotidiano, com base, em experiências vividas.
Conhecimento Filosófico – que pode ser valorativo; racional;
sistemático; infalível; não verificável e exato. É caracterizado pelo esforço
da razão pura para questionar os problemas humanos e escolher entre o
certo e o errado, recorrendo unicamente às luzes da própria razão humana.
Ocorre na troca de idéias.
Segundo Barros e Lehfeld (2000, p. 32), “Etimologicamente, é tida como
expressão da universalidade do conhecimento humano, de tal forma que a
filosofia é a fonte de todas as áreas de conhecimento humano, e todas as
ciências não só dependem dela, como nela se incluem.”
Conhecimento Religioso - que pode ser valorativo; inspiracional;
sistemático; não verificável; infalível e exato. Apóia-se na doutrina que
contém proposições sagradas, manifestação divina. Esse conhecimento parte
do princípio de que as “verdades” tratadas são infalíveis e indiscutíveis,
por constituírem em “revelações” da divindade (sobrenatural). A adesão
da pessoa passa a ser um ato de fé, sem maiores contestações.
Conhecimento Científico – que pode ser real; contingente; sistemático;
verificável; falível e aproximadamente exato. Visa desvendar a realidade,
lida com ocorrências ou fatos. Como os demais tipos de conhecimento, se
direciona, às formas de pensamento e observação onde o pesquisador
utiliza-se de estratégias para desvelar um fenômeno.
16
Noções Preliminares
1.3 METODOLOGIA CIENTÍFICA ENQUANTO CIÊNCIA
Cada autor ou estudioso aplica seu olhar para compreender ciência. O
termo ciência vem do latim SCIENTIA, que provem de SCIRE, que significa
“aprender” ou “conhecer”. A ciência assume definições variadas, mas, de
modo geral, há características e exigências comuns, que pode ser racional;
coerente; representação do real; questionamento sistemático; analítico.
Exige investigação e a utilização de métodos. Agrupa objetos da mesma
espécie; É comunicável.
Por exemplo: as Áreas de Conhecimento da UNIDAVI são uma ciência,
pois possuem um objetivo, que é estudar, analisar, interpretar, compreender,
comparar o conhecimento, enquanto objeto de estudo e tem como função
compreender a dinâmica no universo organizacional-educacional. Enfim,
a ciência está em todas as disciplinas. Não há ciência sem o emprego de
métodos científicos.
1.4 MÉTODOS E TÉCNICAS CIENTÍFICAS
Todas as ciências caracterizam-se pela utilização de métodos científicos.
O método a ser utilizado não é único e sempre o mesmo para o estudo
deste ou daquele objeto e/ou para esta ou aquela ciência.
O que é Método científico? É um conjunto de etapas, sistemáticas e
logicamente organizadas, que são observadas ao longo da fase de
investigação, em busca do conhecimento científico.
Na Grécia Antiga, Méthodos significava “caminho para chegar a um
fim” e, a Técnica funcionava como um recurso para viabilizar o método, ou
seja, que o fim buscado seja atingido.
Ao organizar um trabalho de pesquisa o método nos leva a refletir sobre
o tema; o problema; a revisão bibliográfica; a formulação de hipóteses e
variáveis; a metodologia e seus resultados.
As pesquisas e seus campos de investigações definem quais métodos
são mais adequados. Há uma variedade de métodos a serem empregados
na busca do conhecimento: indutivo, dedutivo, hipotético-dedutivo,
dialético, histórico, comparativo, estatístico, monográfico, entre outros.
Indutivo: é um processo mental que parte de dados particulares,
suficientemente constatados, inferindo uma verdade geral. O objetivo dos
17
Educar Para a Pesquisa: normas para produção de textos científicos
argumentos é levar a conclusões onde o conteúdo é muito mais amplo do
que o das premissas nas quais se basearam. O método indutivo tem o
propósito de ampliar o alcance dos conhecimentos.
Segundo Silva e Menezes (2001, p. 26), este é um método constituído
“[...]pelos empiristas Bacon, Hobbes, Locke e Hume. Considera que o
conhecimento é fundamentado na experiência, não levando em conta
princípios preestabelecidos. No raciocínio indutivo a generalização deriva
de observações de casos da realidade concreta.”
Dedutivo: tem o propósito de explicitar o conteúdo das premissas e
parte de um fato geral, conhecido, dividindo-o e conhecendo as suas partes.
Segundo Silva e Menezes (2001, p. 26), este é um método constituído
“[...]pelos racionalistas Descartes, Spinoza e Leibnitz que pressupõe que
só a razão é capaz de levar ao conhecimento verdadeiro.”
Dialético: consiste em formulação de perguntas e respostas, e que traz
à tona todas as falsas concepções.
Segundo Silva e Menezes (2001, p. 26), este é um método que
“Fundamenta-se na dialética de Hegel, na qual as contradições se
transcendem dando origem a novas contradições que passam a requerem
solução. [...] considera que os fatos não podem ser considerados fora de
um contexto social, político, econômico, etc.”
Hipotético-dedutivo: visa enunciar claramente o problema e examinar,
criticamente, as várias soluções propostas.
Histórico: tem como pressuposto reconstruir o passado, em geral
relacionado com uma hipótese sustentável.
Comparativo: analisa os dados concretos e com base neles deduz
elementos abstratos e genéricos.
Segundo Silva (2001, p. 44), “[...] realiza comparações com o objetivo
de verificar similitudes e explicar as divergências no intuito de melhor
compreender o comportamento humano.”
Estatístico: é um método de análise, que permite obter de conjuntos
complexos representações simples e constatar se estas verificações têm
relação entre si.
18
Noções Preliminares
Monográfico ou Estudo de caso: permite entender determinados fatos.
Investiga um fenômeno dentro de seu contexto de vida real.
Para Silva (2000) este método “[...] permite, mediante caso isolado ou
de pequenos grupos, entender determinados fatos, partindo do princípio
de que qualquer caso que se estude em profundidade pode ser considerado
representativo de muitos outros [...].”
Positivismo: a base desta modalidade de análise está amparada nos
pensamentos de Francis Bacon, John Locke, John Stuart Mill, David Hume
e Augusto Comte. E utiliza como expediente a observação dos fenômenos e
estabelece uma relação entre o estudo dos fenômenos naturais e dos
fenômenos sociais.
Esta é uma pesquisa constituída “[...]através da observação dos dados
da experiência, das leis que regem os fenômenos. [...]Para o positivismo
todo conhecimento humano procede direta ou imediatamente da
experiência.” (BARROS E LEHFELD, 2003, p. 51)
Fenomenológico: não se limita a descrição dos fenômenos. É ao mesmo
tempo tentativa de interpretação dos mesmos, com objetivo de por a
descoberto os sentidos menos aparentes.
Para Meksenas (2002), fenomenologia tem sua origem no verbo grego
phainomai, num significado abrangente: eu apareço e/ou aquilo que
aparece. E descreve que “Quando Husserl (1859-1938) iniciou o movimento
filosófico que originaria a fenomenologia, tinha em mente o desafio de
estudar, descrever e interpretar aquilo que aparece, isto é, qual a essência
de um fenômeno e como se manifesta ao seu observador – o eu (o Ser).”
1.5 DOCUMENTOS CIENTÍFICOS
De modo geral os documentos científicos podem ser definidos como
monográficos. A Monografia é concebida como o tipo de trabalho científico
que restringe sua abordagem a um único problema. O tema deve ser bem
delimitado e trabalhado em profundidade.
Os documentos científicos podem ser assim traduzidos:
• Trabalhos Acadêmicos – similares (Trabalho de Conclusão de Curso
-TCC) - Segundo a NBR 14724 (2006), “[...]são documentos (relatório ou
19
Educar Para a Pesquisa: normas para produção de textos científicos
monografia) que expressam o resultado do estudo, devendo expressar
conhecimento do assunto escolhido e ser emanado de disciplina [...].” Pode
ser desenvolvido no nível de graduação ou de Pós-graduação (Lato-Sensu).
• Dissertação (Mestrado) De acordo a NBR anteriormente citada é o
documento que representa o resultado de um trabalho experimental ou a
exposição de um estudo científico retrospectivo, de tema único e bem
delimitado em sua extensão, com o objetivo de reunir, analisar e interpretar
informações. Deve evidenciar o conhecimento da literatura existente sobre
o assunto e a capacidade de sistematização do candidato. É feito sob a
coordenação de um orientador (doutor), visando à obtenção do título de
mestre.1
• Tese (Doutorado) Ainda, em conformidade com a NBR anteriormente
citada é o documento que representa o resultado de um trabalho
experimental ou a exposição de um estudo científico de tema único e bem
delimitado. Deve ser elaborado com base em investigação original,
constituindo-se em real contribuição para a especialidade em questão. É
feito sob a coordenação de um orientador (doutor), e visa à obtenção do
título de doutor, ou similar.2
1
NBR 14.724 (ABNT, 2005, p. 4)
2
id.
20
21
2 ESTRUTURA DE UM PROJETO DE PESQUISA
“Quanto mais a sociedade mergulha em
problemas muito mais é exigido dos
intelectuais, dos cientistas a das instituições
que forneçam potenciais para soluções.”
(HABERMAS citado por FRANTZ, 2002, p. 106)
22
Estrutura de Um Projeto de Pesquisa
2 O QUE É UM PROJETO DE PESQUISA
O projeto de pesquisa é um documento que tem por finalidade
sistematizar, construir, planejar as etapas de fundamentação de ordem
teórica e prática.
Para elaboração de um projeto de pesquisa não há um conjunto de regras
rígidas, possibilitando desta forma, uma maior flexibilidade na sua
construção. O projeto de pesquisa aponta, define e delimita o que se pretende
estudar, o problema de pesquisa, as suas justificativas, objetivos, uma
cuidadosa revisão de literatura, acompanhada de metodologia, cronograma
de execução e as referências bibliográficas empregadas.
Em um clássico esquema de apresentação de projeto de pesquisa
encontramos os elementos fundamentais:
2.1 TEMA: TÍTULO DO PROJETO
É a essência do que se pretende pesquisar. Para localizar o objeto de
pesquisa, basta retirar os elementos secundários do título do projeto
(adjetivos, pronomes e preposições) para identificá-lo. (ver exemplo abaixo
e a sua seqüência de desenvolvimento)
Segundo Barros e Lehfeld (2002, p. 45), “O tema deve responder ao
interesse do pesquisador, bem como preocupar-se com a possibilidade de
manejo das fontes de consulta bibliográfica.”
Os temas estão presentes e ressoam nos ecos da sociedade. Surgem
mediante a observação da vida, do cotidiano profissional/trabalho, dos
fenômenos, dos fatos, das coisas, dos programas de pesquisa e iniciação
científica já constituídos, das produções dos cientistas ou pesquisadores,
enfim, de estudos publicados.
2.2 DELIMITAÇÃO DO PROBLEMA
Na acepção científica, o problema é qualquer questão não resolvida e
que é de discussão, em qualquer domínio do conhecimento (GIL, 2002, p.
23). Problema, para Kerlinger (1998, p. 35), “é uma questão que mostra
uma situação necessitada de discussão, investigação, decisão ou solução.
Portanto, problema é uma inquietação no processo de investigação que a
pesquisa pretende responder.”
23
Educar Para a Pesquisa: normas para produção de textos científicos
Na prática, delimitar o problema consiste em situar, localizar,
identificar o objeto-problema em sua circunstância, no tempo e no espaço,
mostrando o levantamento preliminar dos dados a ele referentes, obtidos
através dos estudos exploratórios.
Gil (2002), define problema de pesquisa como questões para as quais
ainda não se têm respostas. A formulação, delimitação ou apresentação de
um problema tem relação com as indagações:
• Como se apresenta um fenômeno?
• Quais as suas causas e conseqüências?
Descreve o tema de forma a evidenciar os motivos ou o contexto no
qual o problema, a(s) questão(ões) e as hipóteses que levaram o pesquisador
à investigação.
Questões de pesquisa são indagações ou inquietações manifestadas pelo
pesquisador em relação ao estudo pretendido.
Recomendações para o pesquisador delimitar o seu tema de pesquisa:
A fim de que o pesquisador consiga avançar em sua tarefa de investigação,
segundo Gressler (2003, p. 114), “O problema deve demonstrar que é passível
de verificação científica. Tem que “[...] ser uma indagação para a qual se
busca uma ou diversas respostas; um problema pode referir-se a ‘que acontece
quando’, ‘qual a causa de’, ‘como deveria ser... para.”
Para definir o problema temos que analisar as características. Porque
para Gressler (2003), o problema deve refletir ou estabelecer as relações entre
duas ou mais variáveis, deve ser formatado em forma de questão, para a qual
se busca uma resposta; formulado de maneira clara, objetiva e resumida.
2.3 JUSTIFICATIVAS
Após apresentar o tema ao leitor, procure justificar a escolha do tema,
mostrando sua importância. Diga a quem ele serve e por que serve. Procure
mostrar o valor e o significado da sua pesquisa. Procure convencer o leitor
de que seu tema é pertinente, é coerente e consistente. Ressalte o tema do
ponto de vista histórico, pessoal, profissional, pedagógico, sociológico,
psicológico. Qual a razão científica que o convenceu de optar por este tema
em detrimento de outros.
24
Estrutura de Um Projeto de Pesquisa
Para o Gil (2002, p.162) na fase inicial de um projeto de pesquisa, podemos
incluir e apresentar os seguintes argumentos:
Fatores que determinaram a escolha do tema, sua relação com a
experiência profissional ou acadêmica do autor, assim como sua
vinculação à área temática e a uma das linhas de pesquisa do
curso de pós-graduação; argumentos relativos à importância da
pesquisa, do ponto de vista teórico ou empírico; referência a sua
possível contribuição para o conhecimento de alguma questão
teórica ou prática ainda não solucionada.
2.3.1 Justificativa da pesquisa - Por quê?
Deverá constar uma narração sucinta dos aspectos teóricos e práticos que
fazem necessários para a realização da pesquisa.
• É dizer o por quê?
• É clarificar os motivos que justificam a pesquisa:
- Motivos de ordem teórica.
- Motivos de ordem prática.
2.4 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA
A conceituação adequada de problema de pesquisa não constitui tarefa
fácil, em virtude das diferentes acepções que envolvem este termo.
Como nem todo problema é passível de tratamento científico, é necessário
que logo de início se verifique se o problema cogitado se enquadra na categoria
de científico ou não.
A formulação do problema é resultado de muita leitura, de persistente
reflexão e de discussão com autoridades que tiveram e tem vivência e
experiência do problema.
2.4.1 Abordagem geral do problema
Neste ponto você deverá descrever de forma ampla o estado atual do
problema, que mereça uma pesquisa que o afeta e aos demais. Faça uma análise
crítica sobre a problemática dentro da qual seu tema está inserido. O que o
25
Educar Para a Pesquisa: normas para produção de textos científicos
incomoda, o que o questiona, o que o desafia e o que o estimula a buscar
urgentes respostas e ou soluções às questões e/ou problemas.
Problemas não são coisas boas, são aspectos que incomodam, que
perturbam e servem, aqui, como uma introdução às questões específicas da
pesquisa.
2.4.2 Problematização
Por problematização entende-se pelo fato o autor transformar o tema em
problema, fazendo indagações, perguntas ao tema, ao objeto de investigação.
Ressalta-se que a ou as questões aqui formuladas indicam o objeto a ser
investigado; portanto a caminhada a ser implantada. O que você perguntar
aqui, sua pesquisa irá mais tarde responder ou apresentar as soluções.
A facilidade ou dificuldade em fazer perguntas está na ordem direta em
que o autor domina ou não o assunto a ser pesquisado. É preciso entender
bem para ter facilidade de ser claro e objetivo ao fazer as indagações.
De acordo com Gil, (2002, p. 26) “A experiência acumulada dos
pesquisadores possibilita ainda o desenvolvimento de certas regras práticas
para a formulação de problemas científicos, tais como: a) o problema deve
ser formulado como pergunta; b) o problema deve ser claro e preciso; c) o
problema deve ser empírico; d) o problema dever ser suscetível de solução;
e) o problema deve ser delimitado a uma dimensão viável.”
2.4.3 Pressupostos e / ou Hipóteses
Tanto pressupostos quanto hipóteses constituem a idéia da tese.
Pressuposto é uma proposição preliminar qualitativa que se faz na tentativa
de verificar a validade da(s) resposta(s) existente(s) para um problema
levantado.
Hipótese é uma proposição preliminar quantitativa que se faz na tentativa
de verificar a realidade da(s) solução(s) existente(s) para um problema
levantado.
Na maioria das vezes, estas pesquisas são qualitativas, embasadas em
pressupostos e em fatores qualitativos de análise e não em hipóteses e
variáveis. As hipóteses compreendem as variáveis. Os pressupostos
compreendem fatores qualitativos de análise.
Os fatores qualitativos de análise são aqueles aspectos que serão tratados,
na pesquisa, de forma qualitativa, dentro de um todo e não pela limitação
entre causa e efeito.
26
Estrutura de Um Projeto de Pesquisa
Fica claro então que os pressupostos correspondem a respostas prévias,
que o investigador apresenta para dar início a sua pesquisa propriamente dita,
que são apresentadas na tentativa de imaginar preliminarmente, em base a
estudos exploratórios e aquilo que é do conhecimento atual do pesquisador.
É conveniente antecipar que tudo isso é colocado na imaginação do
investigador que, através da pesquisa bibliográfica e de outra modalidade de
pesquisa por ele sistematizada, conseguirá ou não confirmar suas respostas
ou pressupostos.
2.4.4 Formulação de hipóteses
São suposições colocadas como respostas plausíveis e antecipadas para o
problema de pesquisa. As hipóteses são provisórias, pois são passíveis de
confirmação ou refutação com o desenvolvimento da pesquisa. Um mesmo
problema pode apresentar muitas hipóteses que são soluções possíveis para a
sua resolução.
A(s) hipótese (s) irá (ão) orientar o planejamento dos procedimentos
metodológicos necessários à execução da pesquisa. O processo de pesquisa está
voltado para as evidências que comprovem, sustentem ou refutem as hipóteses
do pesquisador. A hipótese é uma afirmação, uma resposta possível ao problema
proposto e caracteriza-se por ser a direção do processo investigativo.
Segundo Gil (1997) As hipóteses podem estar explícitas ou implícitas
na pesquisa. Quando analisados os instrumentos adotados para a coleta de
dados é possível reconhecer as hipóteses subjacentes (implícitas) que
conduziram a pesquisa.
2.4.5 Características das hipóteses
Vários autores determinaram as características ou requisitos das hipóteses
necessários para a validade das hipóteses.
Segundo Piccoli (2004, p. 106), “Hipótese é uma suposição que se faz
na tentativa de se explicar o que se desconhece. Esta suposição é provisória,
pois deverá ser testada para que seja verificada a sua validade.
As hipóteses devem atender alguns requisitos na visão de Piccoli (2004,
p. 106-107),
“[...]serclaraecompreensível–serconstituídaportemosqueauxiliem
a compreender o que se pretende afirmar e indiquem, de forma
denotativa,osfenômenosaquesereferem;terbaseempírica–possível
27
Educar Para a Pesquisa: normas para produção de textos científicos
de ser observada.; ser plausível – indicar uma situação possível de
ser admitida, aceita; ser consistente - indicar que o enunciado não
esta em contradição com a teoria, com o conhecimento científico
mais amplo e nem mesmo dentro de seu próprio enunciado.; ser
específica – hipóteses muito amplas necessitam de sub hipóteses;
ser verificáveis; ser redigida de forma simples – incluir os termos
queestejamdiretamenterelacionadosparasuacompreensão.;servir
de explicação para o problema que foi enunciado.”
2.5 OBJETIVOS - PARA QUÊ?
É um fim que o trabalho se propõe atingir. É tentar dar resposta ao problema.
2.5.1 Objetivo geral
Definir, de modo geral, o que se pretende alcançar com a execução da
pesquisa (visão global e abrangente). Apresenta de modo sucinto o que se
deseja fazer, e o que se pretende alcançar. Enuncia de forma genérica um
propósito mais amplo e que somente será alcançado com o término da pesquisa.
2.5.2 Objetivos específicos
É o detalhamento do objetivo geral da pesquisa podendo ser obtido a
médio ou curto prazo. Visa à operacionalização de um objeto mais
abrangente ao longo da pesquisa.
Segundo Santos (2002), apresentamos como contribuição uma relação
de verbos. São verbos que contribuem para o entendimento e compreensão
dos estágios cognitivos.
Para o autor nos estágios podemos utilizar os seguintes verbos:
Estágio de conhecimento – Expressa-se em verbos como apontar,
citar, classificar, conhecer, definir, descrever, identificar,
reconhecer, relatar. Estágio de compreensão – Em verbos como
compreender, concluir, deduzir, demonstrar, determinar,
diferenciar, discutir, interpretar, localizar, reafirmar. Estágio de
aplicação – Em verbos como aplicar, desenvolver, empregar,
estruturar, operar, organizar, praticar, selecionar, traçar. Estágio
de análise – Em verbos como analisar, comparar, criticar, debater,
28
Estrutura de Um Projeto de Pesquisa
diferenciar, discriminar, examinar, investigar, provar. Estágio de
síntese – Em verbos como compor, construir, documentar,
especificar, esquematizar, formular, produzir, propor, reunir,
sintetizar. Estágio de avaliação – Em verbos como argumentar,
avaliar, contrastar, decidir, escolher, estimar, julgar, medir,
selecionar. (SANTOS, 2002, p. 66)
2.6 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O que foi escrito sobre o tema? É o levantamento de literatura existente
acerca da temática escolhida acompanhada de uma análise comentada com
ênfase nos pontos convergentes e divergentes entre os autores de um mesmo
objeto de estudo.
Nesta etapa da descrição mediante argumentos teóricos publicados por
outros pesquisadores, o aluno deverá dividir seu tema em títulos e
subtítulos (partes/subseções) e construir seus argumentos tendo como base
as idéias de três ou mais autores estudados.
É momento para demonstrar todo conhecimento adquirido ou
construído ao longo dos estudos na graduação, pertencentes a sua área de
conhecimento.
2.7 METODOLOGIA - Como? Onde? Com quê?
Em qualquer tipo de trabalho científico faz parte inicialmente a pesquisa
bibliográfica, por que viabiliza a fundamentação teórica do trabalho.
A expressão Metodologia poderia ser substituída por Procedimentos
Metodológicos ou Materiais e Métodos.
2.7.1 Modalidade de pesquisa
Segundo posicionamento de Gil (2002), qualquer classificação segue
algum critério. De maneira geral, as pesquisas usualmente se classificam
de acordo com os seus objetivos gerais. Quanto aos objetivos, podemos
classificar as pesquisas em: exploratórias, descritivas e explicativas.
29
Educar Para a Pesquisa: normas para produção de textos científicos
Para Dencker (2002, p. 124), a característica da pesquisa exploratória
é “possuir um planejamento flexível envolvendo em geral o levantamento
bibliográfico, entrevistas[...].”
“[...]têm objetivo de proporcionar maior familiaridade com o
problema, com vistas a torná-lo mais explícito ou constituir
hipóteses. Pode-se dizer que estas pesquisas têm como objetivo
principal o aprimoramento de idéias ou a descoberta de intuições.
[...] na maioria dos casos, essas pesquisas envolvem: a)
levantamento bibliográfico; b) entrevistas com pessoas que tiveram
experiências práticas com o problema pesquisado c) análise de
exemplos que ‘estimulem a compreensão’.” (SELLTIZ et al., 1967,
p. 63 apud GIL, 2002, p. 41)
As pesquisas descritivas têm como objetivo primordial a descrição
das características de determinada população ou fenômeno ou, então, o
estabelecimento de relações entre as variáveis.” [...]uma de suas
características mais significativas está na utilização de técnicas
padronizadas de coleta de dados, tais como o questionário e a observação
sistemática.” (GIL, 2002, p. 42)
Na pesquisa explicativa a relevância é a “[...]preocupação principal
identificar os fatores que determinam ou que contribuem para a ocorrência
dos fenômenos. Este tipo de pesquisa é a que mais aprofunda o
conhecimento da realidade, porque explica a razão, o porquê das coisas.”
(GIL, 2002, p. 42)
Para analisar os fatos com mais profundidade e do ponto de vista
empírico, para confrontar a visão teórica com os dados da realidade, torna-
se necessário traçar um modelo conceitual e operativo da pesquisa.
Toda modalidade de pesquisa não pode dispensar a pesquisa
bibliográfica, que pode ser uma modalidade de pesquisa por si própria.
Além da bibliográfica podemos, de acordo com critérios de objeto-
problema e objetivos, acenar para as seguintes modalidades:
2.7.2 Tipos de pesquisa
2.7.2.1 Pesquisa básica
Tem como propósito a geração de novos conhecimentos para o avanço
da ciência sem aplicação prática prevista.
30
Estrutura de Um Projeto de Pesquisa
2.7.2.2 Pesquisa aplicada
Tem como propósito a geração de conhecimentos para aplicações
práticas dirigidas á solução de problemas específicos. Tem resultados
práticos, especialmente econômicos.
2.7.2.3 Pesquisa exploratória
Esta fase segundo Minayo (1994, p. 31) “[...] é, sem dúvida um de seus
momentos mais importantes. Pode, até mesmo, ser considerada uma
pesquisa exploratória.”
A construção deste tipo de pesquisa deve ser constituída pela pesquisa
bibliográfica disciplinada, crítica e ampla, pela fase de articulação criativa
e pela humildade.
2.7.2.4 Pesquisa descritiva
Segundo a Gressler (2003, p. 54) “a pesquisa descritiva descreve,
sistematicamente, fatos e características presentes em uma determinada
população ou área de interesse.”
Segundo Dmitruk (2004, p. 73) Este tipo de pesquisa “[...] estuda fatos e
fenômenos físicos e humanos sem que o pesquisador interfira, utilizando
técnicas de observação, registro, análise e correlação de fatos sem manipulá-
los.” É um caminho utilizado principalmente nas ciências humanas e sociais.
2.7.2.5 Pesquisa bibliográfica
Segundo Barros e Lehfeld (2000, p. 70), é uma modalidade de pesquisa
que “[...] se efetua tentando resolver um problema ou adquirir
conhecimentos a partir do emprego predominante de informações advindas
de material gráfico, sonoro e informatizado.” Em livros de referência,
dicionários, revistas, artigos científicos etc.
A organização e uso deste tipo de pesquisa permitem que o discente
obtenha a formação e consiga criar a postura científica, encaminha para o
autodidatismo, quando realizada independentemente. Envolve e instiga
os discentes a elaborar trabalhos nas disciplinas, constituir projetos e
relatórios sistematizados dos conhecimentos já transmitidos.
31
Educar Para a Pesquisa: normas para produção de textos científicos
2.7.2.6 Pesquisa de estudo de campo
Esse tipo de pesquisa é constituída através da coleta direta de
informações no lugar e espaço definido para o estudo dos fenômenos.
Segundo Silva (2003, p. 63), afirma que “não se deve confundir pesquisa
de campo com coleta de dados, pois todas as pesquisas necessitam de coleta
dos dados, porém, na pesquisa de campo, os dados são coletados In loco;
com objetivos pré-estabelecidos [...].”
Este tipo de pesquisa requer a inserção de entrevistas, de questionários
formulários ou outros meios.
2.7.2.7 Pesquisa experimental
Segundo Barros e Lehfeld (2000, p. 76), este tipo de pesquisa “[...]adota
o critério de manipulação de uma ou mais variáveis independentes (causa),
sob adequado controle, a fim de se observar e interpretar as reações e as
modificações ocorridas no objeto de pesquisa (efeito-variável dependente).”
Com esta modalidade de pesquisa, o pesquisador pode interferir na
realidade estudada, estabelece ele uma relação direta na manipulação das
variáveis de pesquisa.
2.7.2.8 Pesquisa documental
Para Dmitruk (2004, p. 74), esta modalidade de análise “[...] estuda a
realidade atual por meio de documentos, para descrever e compara
diferentes tendências, costumes, práticas etc.”
2.7.2.9 Pesquisa histórica
A estrutura de descrição para a pesquisa histórica é constituída através
de documentos, onde o maior suporte de busca explicações da verdade são
os escritos documentais primários, iconográficos bem como a oralidade
dos sujeitos de pesquisa.
32
Estrutura de Um Projeto de Pesquisa
2.7.2.10 Pesquisa -ação
Segundo Barros e Lehfeld (2000, p. 77), “Nesse tipo de pesquisa, os
pesquisadores desempenham um papel ativo no equacionamento dos
problemas, mas procura desencadear ações e avalia-las em conjunto com a
população envolvida.”
Os sujeitos participantes da pesquisa estão envolvidos de modo
cooperativo e participativo, desempenhando um papel ativo na resolução
dos problemas.
2.7.2.11 Pesquisa participante
Este é um tipo de pesquisa que se constitui quando existe a interação
entre o investigador e os sujeitos da investigação.
2.7.2.12 Pesquisa quantitativa
É tipo de pesquisa que procura quantificar opiniões, dados, nas formas
de coleta de informações e no emprego de recursos de técnicas estatísticas.
Aplicada na pesquisa de âmbitos sociais, econômicos, de comunicação,
mercadológica, de opinião.
2.7.2.13 Pesquisa qualitativa
É o tipo de pesquisa que descreve a complexidade de uma determinada
hipótese ou problema, analisando a interação de certas variáveis,
compreendendo e classificando processos dinâmicos experimentados pôr
grupos sociais.
2.7.2.14 Pesquisa estudo de caso
Segundo Dencker (1998, p. 127), este tipo de pesquisa é um “[...]estudo
profundo e exaustivo de determinados objetos ou situações. Permite o
conhecimento em profundidade dos processo e relações sociais. [...] é
recomendável na fase inicial das investigações, para construção de
hipóteses ou reformulação do problema.”
33
Educar Para a Pesquisa: normas para produção de textos científicos
Possibilita muita flexibilidade no processo de análise, não permite que
o pesquisador construa as generalizações dos dados.
Segundo Cimadom (2004, p. 124), o estudo de caso
“não se trata propriamente de um método, mas de uma técnica
didática, que deve ser alterada com outras técnicas de ensino.
[...]É muito empregado em Psicologia Aplicada, em Serviço Social,
em Clínica Médica, Em Administração, em direito. [...]favorece a
participação ativa, é muito dinâmico e estabelece excelentes
correlações com o real, portanto, altamente motivador.”
2.7.3 Tipos de métodos
O Projeto de Pesquisa ‘clareia’ quando o pesquisador consegue dizer,
de forma operacional, quais etapas, quais passos, quais procedimentos,
quais regras vão ser operacionalizados para desenvolver a pesquisa.
Nas investigações e serem construídas precisamos de um meio para
trilhar um caminho e saber qual o rumo a ser seguido. Portanto, o uso do
método é necessário. Segundo Cervo e Bervian (1983, p. 23), “[...] o método
é a ordem que se deve impor aos diferentes processos necessários para
atingir um fim dado ou resultado desejado. Nas ciências, entende-se por
método o conjunto de processos que o espírito humano deve empregar na
investigação e demonstração da verdade.”
Os métodos podem ser classificados quanto à abordagem e quanto aos
procedimentos.
Os de abordagem podem ser: indutivo, dedutivo, hipotético-dedutivo
e dialético, fenomenológico, positivista, estruturalista, hermenêutico.
Os de procedimento podem ser: empírico, histórico, comparativo,
monográfico, observação, funcionalista, estatístico, econométrico e
genealógico.
Descreve minuciosamente as atividades a serem executadas ao longo
da pesquisa, ou seja, é o desenho metodológico que se pretende adotar.
Esta etapa do projeto sugere a definição do tipo da pesquisa.
Os tipos de pesquisa mais comuns são: de campo, bibliográfica,
descritiva, experimental, etc..., os instrumentos, as técnicas, os sujeitos
de pesquisa (amostra), o tempo previsto para a realização do levantamento
de dados e o método (comparativo, hipotético-dedutivo, estatístico, etc...)
a ser adotado na análise e interpretação dos dados.
34
Estrutura de Um Projeto de Pesquisa
2.7.4 Técnicas de pesquisa (COM QUÊ?)
As técnicas mais comuns de pesquisa são:
- questionários (é um instrumento que dispensa a presença do
pesquisador), pode ser utilizado de forma direta ou indireta;
- entrevistas (pode ser organizada com perguntas fechadas ou abertas);
- levantamento documental;
- formulários (com a presença do pesquisador).
ONDE? COMO? - campo de observação
• descrever o campo de observação com suas unidades de observação e
variáveis que interessem à pesquisa;
• população com suas características;
• se for utilizar amostra, justificar, dando os motivos, e apresentar o
modo como a amostra será selecionada e suas características;
• local;
• unidades de observação relevantes para a pesquisa.
COM QUÊ? - instrumento de pesquisa
• descrever o instrumento da pesquisa que vai ser utilizado;
• que informações se pretende obter com eles;
• como o instrumento será usado ou aplicado para obter estas
informações.
QUANTO? - utilização de provas estatísticas
• quais as hipóteses estatísticas enunciadas;
• como os dados obtidos serão codificados;
• que tabelas serão feitas e como serão feitas;
• que provas estatísticas serão utilizadas para verificar as hipóteses;
• em que nível de significância;
• previsão sobre interpretação dos dados.
35
Educar Para a Pesquisa: normas para produção de textos científicos
2.8 CRONOGRAMA - Quando?
Para qualquer ação humana, exige envolvimento, adequação,
possibilidades reais, relevância, recursos financeiros e tempo necessário
para cada tarefa.
Segundo Gil (2002, p.155), cronograma da pesquisa “se desenvolve em
várias etapas, é necessário fazer a previsão do tempo necessário para se
passar de uma fase para outra.”
A descrição das etapas pode ser feita em horas, dias, semanas, meses
etc., de acordo com a realidade. Para Gil (2002, p. 155), as etapas do projeto
de pesquisa “[...]convém definir um cronograma que indique com clareza
o tempo de execução previsto para as diversas fases, bem como os momentos
em que estas se interpõem.”
No cronograma deve-se:
• definir o tempo que será necessário para executar o projeto, isto é,
para realizar a pesquisa, dividindo o processo em etapas e indicando
que tempo é necessário para a realização de cada etapa.
• apresentar as atividades de cada etapa da pesquisa: (elaboração do
projeto, coleta de dados, tabulação e análise e discussão dos dados,
elaboração do relatório final), acompanhada do tempo previsto para
sua realização;
• verificar o tempo disponibilizado para realização da pesquisa;
• indicar as principais tarefas e respectivo período de realização.
36
Estrutura de Um Projeto de Pesquisa
CRONOGRAMA
666666666666666666666666)HYPDUDEUPDMXQMXO
'HILQLomRHFRQYLWHDRRULHQWDGRU
/HYDQWDPHQWRHUHYLVmRELEOLRJUiILFD
(VFROKDGRDVVXQWR7HPD
/HLWXUDH)LFKDPHQWRV
'HOLPLWDomRGRSUREOHPD

(ODERUDUDVMXVWLILFDWLYDVHRVREMHWLYRVJHUDLV
HVSHFtILFRV
)XQGDPHQWDomRWHyULFD

ROHWDGRVGDGRV
TXHVWLRQiULRVHQWUHYLVWDVIRUPXOiULRV
0HWRGRORJLDHFURQRJUDPD
(PLVVmRGRSDUHFHUGRRPLWrGHpWLFD
/HLWXUDGRSURMHWRSHORRULHQWDGRU
(ODERUDomRGRUHODWyULR
$QiOLVHGRVGDGRV
,QWHUSUHWDomRGRVUHVXOWDGRVHFRQFOXV}HV
5HGDomRGRUHODWyULR

,1752'8d­27HPDGHOLPLWDomRMXVWLILFDWLYD
REMHWLYRV
)XQGDPHQWDomR7HyULFD
0HWRGRORJLD0DWHULDLVH0pWRGRV
$QiOLVHGRV5HVXOWDGRV2EWLGRV
RQFOXV}HV
5HYLVmRILQDOGR7
(QWUHJDGRUHODWyULRSDUDDFRRUGHQDomRGRFXUVR
$SUHVHQWDomRSDUDEDQFDH[DPLQDGRUD
RUUHomRILQDO
(QWUHJDYHUVmRILQDOFySLDLPSUHVVDHRXGLJLWDO

$7,9,'$'(6-8/$*26(7

287129'(=
37
Educar Para a Pesquisa: normas para produção de textos científicos
2.9 ORÇAMENTO – Quanto vai custar?
É apresentado por meio de um quadro mostrando as rubricas:
• Material de Consumo (papel A4, disquetes, cartuchos para impressora);
• Outros serviços e encargos (fotocópias, transporte, alimentação);
• Material permanente (equipamentos, móveis) necessários para a
realização da investigação;
• Arrole as quantidades e os valores em reais (R$);
• Apresentar um somatório com o valor global.
Não poderá ultrapassar o valor estipulado pelo Edital ao qual a proposta
está sendo submetida. Quando for o caso.
REFERÊNCIAS - que materiais foram consultados?
Lista das referências adotadas na execução da pesquisa conforme a
NBR 6023 3
da ABNT. São referências os documentos de onde foram retiradas
as citações feitas na revisão da literatura e materiais consultados durante a
pesquisa bibliográfica.
ANEXOS
São documentos, nem sempre do próprio autor, utilizados para
fundamentar, comprovar ou ilustrar algo que foi “dito”. Se forem utilizados,
devem aparecer ao final do trabalho.
ANEXO A - Unidavi
3
NBR 6023 (ABNT, 2002).
38
Estrutura de Um Projeto de Pesquisa
ELEMENTOS FUNDAMENTAIS DE UM PROJETO DE PESQUISA4
CAPA
FOLHA DE ROSTO
SUMÁRIO 5
1 TEMA E TÍTULO DO PROJETO
2 DELIMITAÇÃO DO PROBLEMA
3 JUSTIFICATIVAS
4 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA
5 OBJETIVOS
5.1 Gerais
5.2 Específicos
6 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
7 METODOLOGIA
8 CRONOGRAMA
9 ORÇAMENTO
REFERÊNCIAS
APÊNDICES
ANEXOS
Na apresentação e elaboração do projeto de pesquisa não deve ter:
introdução nem conclusão.
4
Para elaboração, formatação e digitação de todo o projeto, consulte o capítulo.
5
Para elaboração e constituição dos elementos Pré-textuais, verifique quais são os elementos obrigatórios e opcionais de
Trabalho de Conclusão de Curso(TCC).
39
Educar Para a Pesquisa: normas para produção de textos científicos
3 RELATÓRIOS CIENTÍFICOS
“A vocação política e a vocação científica da
universidade.” (CHAUÍ, 2001, p. 115)
40
Relatórios Científicos
6
Universidade do Vale do Itajaí. Pró-Reitoria de Ensino. Elaboração de trabalhos acadêmico-científicos. Itajaí: Universidade do
Vale do Itajaí, 2004.
3 ELABORAÇÃO E APRESENTAÇÃO DE RELATÓRIOS CIENTÍFICOS
Entende-se por relatório, segundo a NBR 10719/89 todo “documento
que relata formalmente os resultados ou progressos obtidos em investigação
de pesquisa e desenvolvimento ou que descreve a situação de uma questão
técnica ou científica.”
Os projetos de pesquisa que não são criteriosa e sistematicamente
planejados, mediante os dados relevantes coletados, observados, analisados,
e interpretados de forma correta, não exercem uma mudança acadêmica
necessária do caminhar da pesquisa.
Para tanto, ainda é necessário o devido cuidado dos autores na
construção do relato e na apresentação dos resultados obtidos, das
considerações finais. É necessário que o trabalho tenha claramente definidos
os fundamentos científicos e metodológicos.
Relatório é, então, uma narração, descrição ou exposição de um evento
qualquer (algo que ocorreu e foi observado, algo que foi realizado), de uma
prática ou de um conjunto de práticas, até mesmo de um objeto.6
Assim sendo, mencionamos a importância de elaborar o relato,
momento de finalização e apresentação dos dados obtidos durante o
desenvolvimento da pesquisa. É importante que o pesquisador tenha
presente que, ao término da sua pesquisa, deverá elaborar o Relatório Final.
O relatório final deverá documentar todas as suas ações e registrar um
conjunto de informações consideradas importantes.
Antes de iniciar o relatório, você deve refletir sobre alguns aspectos
fundamentais do seu trabalho que necessariamente deverão ser levados
em conta:
a) o que é que você quer relatar?
b) a quem se destina o relatório?
c) quando e onde se desenvolveu a sua pesquisa?
d) como foi realizada a sua pesquisa?
e) que resultados espera com a sua pesquisa?
Assim sendo, feitas as reflexões, você já pode pensar na estrutura do
seu relatório; independentemente das normas científicas para sua
elaboração, o relatório deve conter os seguintes elementos:
a) a apresentação do problema de investigação;
41
Educar Para a Pesquisa: normas para produção de textos científicos
b) o processo (desenvolvimento) da pesquisa;
c) os resultados alcançados com a pesquisa;
d) as conseqüências dos resultados alcançados.
Os acadêmicos, por meio de suas pesquisas, contribuem para o
progresso científico. “À medida que auxiliam o desenvolvimento da ciência,
por meio de novas descobertas científicas é um dever que lhes cabe
documentar por escrito e divulgar seus trabalhos.” (FACHIN, 2001, p. 184)
Para redigir o seu relatório, lembre-se de que a redação deve ter a
essência e comunicar com clareza as suas reais intenções. Para tanto
recomendamos evitar:
a) palavras desnecessárias;
b) a inclusão de ações ambíguas ou abstratas;
c) excesso de citações sem inferência do pesquisador;
d) grande quantidade de tabelas e gráficos sem análise;
Por outro lado recomendamos o emprego de:
a) frases preferencialmente curtas, ou seja, parágrafos de 5-6 linhas;
b) escolha de termos familiares e preferencialmente na língua vernácula;
c) opção pelo simples ao invés do complexo;
d) ponha ação em seus verbos para clarificar os objetivos, ou mencionar
ações imediatamente verificáveis;
e) comunicar os resultados, ou seja, escreva como se estivesse falando.
Todo trabalho de pesquisa, ao ser relatado, deverá visar
fundamentalmente, às contribuições social e científica ao invés de
impressionar professor - orientador ou banca.
Os relatos devem preencher os requisitos de uma informação adequada
e atender os leitores (leigos) em geral e não somente os profissionais da
área específica.
3.1 ESTRUTURA DO RELATÓRIO
A estrutura do documento relatório quer seja Trabalho de Conclusão
de Curso (TCC), Estágio, Prática de Ensino, Monografia, apresenta, em
42
Relatórios Científicos
7
NBR 14.724 (ABNT, 2005, p. 3).
linhas gerais, as mesmas normas de apresentação dos trabalhos acadêmicos
de caráter científico.
Considerando que a NBR 10719, datada de agosto de 1989 (bastante
antiga), optou-se por apresentar para a UNIDAVI, algumas adaptações
lógicas e coerentes, visando facilitar a vida do acadêmico de graduação,
pós-graduação e aos pesquisadores de modo geral (docentes e discentes).
3.1.1 Partes que compõem um relatório
a) Elementos Pré-Textuais em conformidade com a NBR 6023
Capa
Folha de Rosto
Folha de aprovação
Dedicatória(s)
Agradecimento(s)
Epígrafe
Resumo na língua vernácula
Resumo em língua estrangeira
Lista de ilustrações
Lista de tabelas
Lista de abreviaturas e siglas
Lista de símbolos
Sumário 7
b) Elementos textuais
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................15
1.1 PROBLEMA DE PESQUISA .................................................................. 15
1.2 DELIMITAÇÃO - Entidade (Contextualização do local de pesquisa) ..... 16
43
Educar Para a Pesquisa: normas para produção de textos científicos
1.3 JUSTIFICATIVAS ................................................................................... 16
1.4 OBJETIVOS ........................................................................................... 17
1.4.1 Geral .................................................................................................... 17
1.4.2 Específicos ........................................................................................... 17
2 DESENVOLVIMENTO (Fundamentação Teórica / Revisão de
Literatura)...................................................................................................... 18
3 METODOLOGIA (pode ser substituída por Procedimentos
Metodológicos ou Materiais e Métodos) .................................................... 25
4 RESULTADOS OBTIDOS (Análise e Discussão) ................................. 28
5 CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES ..................................................... 35
c) Elementos pós-textuais
REFERÊNCIAS .............................................................................................. 36
APÊNDICES ................................................................................................... 37
ANEXOS ........................................................................................................ 38
A finalidade de um relatório é comunicar os resultados obtidos na
investigação. A sua apresentação formal obedece às normas técnicas
padronizadas pela ABNT, que devem ser seguidos com todo o rigor no
âmbito acadêmico, observando a seguinte estrutura:
3.2 ESTRUTURA DO RELATÓRIO – Partes que o compõem:
3.2.1 Introdução
Na introdução, além de anunciar o tema é apresentada a delimitação
do assunto tratado, as justificativas, os objetivos gerais e específicos
alcançados pela pesquisa, podendo até apresentar uma breve
contextualização histórica do local onde você estagiou.
44
Relatórios Científicos
3.2.2 Desenvolvimento - (Fundamentação Teórica / Revisão de Literatura)
É a descrição histórico-filosófica-técnica-social do tema em estudo.
Parte da pesquisa bibliográfica, devendo apresentar raciocínio lógico e
clareza de idéias. Segundo Macedo (1996, p. 13), “a revisão bibliográfica
[...] consiste numa espécie de ‘varredura’ do que existe sobre um assunto
[...] a fim de que o estudioso não reinvente a roda.”
Pode constituir-se em vários capítulos ou seções e subseções. Cada
capítulo ou seção primária deve ser iniciado com nova página. Seu teor poderá
ser enriquecido com ilustrações (tabelas, gráficos, mapas, quadros etc...).
Assim, conservando-se a introdução e conclusão, pode-se subdividir
o desenvolvimento em capítulos ou seções.
3.2.3 Metologia e materiais de pesquisa - (pode ser substituída por
Procedimentos Metodológicos ou Materiais e Métodos)
Informa, de maneira concisa e objetiva, como foi realizada a pesquisa:
qual modalidade de pesquisa, qual método praticado e quais as técnicas
aplicadas na sistematização dos dados durante o período do estágio-pesquisa.
Vale informar que os métodos de uma mesma pesquisa podem
simultaneamente ser qualitativos e quantitativos, assim como os tipos de
pesquisa não são mutuamente excludentes. A pesquisa bibliográfica, por
exemplo, pode ser também documental e estudo de caso, caracterizando a
pesquisa qualitativa.
Ainda, na descrição da metodologia, devem-se estabelecer os limites
da pesquisa quanto ao assunto e extensão.
É conveniente ressaltar a população (conjunto de elementos que possui
as características desejáveis para o estudo) e amostra (representatividade
da população).
Recomenda-se cautela com a definição dos termos e as variáveis
qualitativas devem ser descritas enquanto as quantitativas podem ser
representadas por ilustrações.
Deve-se manter a neutralidade na coleta e análise dos dados. Todo
instrumento de coleta (entrevistas, questionários) deve ser previamente testado.
45
Educar Para a Pesquisa: normas para produção de textos científicos
3.2.4 Resultados obtidos no período – (análise e discussão)
Resultado não significa conclusão. Aqui se procura responder aos
objetivos específicos propostos. Apresentam-se os dados coletados e o
tratamento dos mesmos. Nesta parte, pode se apresentar os gráficos, as
ilustrações, os quadros, as tabelas. É a etapa em que são realizadas a análise
e a discussão dos resultados.
3.2.4.1 O texto de relatórios de estágio é composto por:
Um contexto que enfoca os seguintes pontos:
Descrição geral do estágio (histórico, descrição física);
Descrição das atividades desenvolvidas (informando o total de horas
em cada atividade, detalhamento de cada fase ou etapa de estágio);
Descrição dos processos temáticos ou de outras particularidades
técnicas observadas.
A apresentação dos resultados:
3.2.4.2 Apresentação dos dados / resultados (relativos ao 1º objetivo
específico; pressuposto ou hipótese) e análise interpretação / discussão
dos resultados.
Cada um dos objetivos específicos; pressupostos ou hipóteses devem
ser expostos com seus resultados e respectiva análise. São numerados
seqüencialmente, 4.1; 4.2; 4.3 ... conforme sua seqüência de apresentação
original.
Os resultados de objetivos específicos; pressupostos ou hipóteses,
podem ser correlacionados produzindo novas informações ou resultados.
3.2.5 Conclusões / Recomendações
Tomando como base a discussão dos resultados, a conclusão deve
considerar se os objetivos propostos foram alcançados, fazendo as
necessárias críticas sobre o caminho percorrido, com vistas a indicar as
prováveis fontes de erros; apresentar sugestões para futuras pesquisas
relacionadas com o projeto.
46
Relatórios Científicos
Segundo Gressler (2003), a conclusão vem a ser, portanto, uma análise
interpretativa, um arremate crítico unificador, que poderá conter:
a) a idéia-tema expressa na introdução, que poderá ser apresentada em
forma de problema, hipótese ou objetivo, seguida da solução para o
problema, confirmação ou rejeição da hipótese e alcance do objetivo;
b) a síntese integradora das partes que compõem o trabalho;
c) a comparação com outras investigações ou com opiniões de
autoridade no assunto;
d) a extensão do trabalho, isto é, até onde seus resultados poderão ser
extrapolados com validade;
e) as sugestões de possíveis alternativas para equacionar o problema
ou sugestões para novos estudos, com outros enfoques, mais amplos,
ou sobre assuntos correlatos;
f) as dificuldades encontradas no decorrer do desenvolvimento da
investigação que ocasionaram limitações no estudo.
g) as recomendações são declarações concisas de ações, necessárias a
partir das conclusões obtidas e que, devem ser recomendadas para
solução de problemas e estudos complementares.
REFERÊNCIAS
Apresentar, de acordo com as normas da ABNT, as fontes bibliográficas
consultadas e citadas nas demais partes do relatório é comportamento
obrigatório.
APÊNDICE(S)
Segundo a NBR 14.724 (ABNT, 2005), são documentos constituídos
pelo autor, cuja finalidade é complementar a argumentação do trabalho.
ANEXOS
São documentos, que não foram constituídos pelo autor, são utilizados
para fundamentar, comprovar ou ilustrar algo que foi “dito”. Se forem
utilizados, devem aparecer ao final do trabalho.
47
Educar Para a Pesquisa: normas para produção de textos científicos
4 COMO ORGANIZAR TRABALHOS CIENTÍFICOS
“A alma da vida acadêmica é constituída pela
pesquisa, como princípio científico e educativo,
ou seja, como estratégia de geração de
conhecimento e promoção da cidadania.”
(DEMO, 1993, p. 127)
48
Como Organizar Trabalhos Científicos
4 COMO ORGANIZAR E APRESENTAR TRABALHOS CIENTÍFICOS
Entre os trabalhos científicos mais solicitados pelos docentes são:
artigos, resenhas e papers.
4.1 ARTIGO CIENTÍFICO
Respeitando o que prescreve a NBR 6022, maio 2003, o artigo é um texto
com autoria declarada, que apresenta e discutem idéias, métodos, processos
e técnicas, análise e resultados nas diversas áreas do conhecimento.
Segundo Lakatos (2001), “Os artigos científicos são pequenos estudos,
porém completos, que tratam de uma questão verdadeiramente científica,
mas que não constituem em matéria de um livro.”
No meio acadêmico são três os tipos de artigos mencionados por Dmitruk
(2004, p. 62), os artigos originais, os artigos teóricos e os artigos de revisão.
Artigos originais: informam os resultados obtidos, descrevem métodos,
técnicas e processos, apresentando novas soluções na área através das
pesquisas de campo, d experimentação ou estudos teóricos.
Artigos teóricos: são produções apoiados na literatura existente. Neste
tipo de produção o autor busca examinar determinada teoria, apontar
defeitos ou procura demonstrar a superioridade de uma teoria sobre a outra.
Artigos de revisão: constituem-se de avaliações críticas sobre material
já publicado. As resenhas críticas pertencem a esta categoria.
É comum nos cursos de graduação, o docente solicitar, como trabalho
acadêmico, a redação de um artigo. Por esse motivo, apresentamos a seguir
a estrutura de um artigo. O artigo é composto de elementos pré-textuais,
elementos textuais (elemento de apoio) e elementos pós-textuais.
4.1.1 Elementos pré-textuais
• O título do artigo;
• Indicação do(s) autor(es);
• Em nota de rodapé, indica-se um breve currículo dos autores
(credenciais);
49
Educar Para a Pesquisa: normas para produção de textos científicos
• Em seguida, apresenta-se um breve resumo, com o espaçamento entre
linhas simples e fonte 10;
• O resumo na língua vernácula;
• O resumo em língua estrangeira;
• Nos resumos devem obrigatoriamente constar as palavras-chave.
4.1.2 Os elementos textuais
O corpo do artigo deverá ser assim estruturado: Introdução,
desenvolvimento e conclusão.
Da Introdução, segundo (NBR 14724, 2002), deve constar “[...] a
apresentação do trabalho, onde se informa o motivo que levaram à pesquisa,
o problema, os objetivos e a justificativa.”
Segundo Silveira (2004, p. 97), “A introdução, genericamente,
desenvolve-se em seções e subseções, não sendo esta, entretanto,
necessariamente, uma divisão formal das partes. Novamente, cabe ao
pesquisador decidir como melhor formatar e subdividir o trabalho científico
[...].”
O desenvolvimento é parte do trabalho que poderá conter divisões
organizadas em seções e subseções quantas forem necessárias para o melhor
detalhamento dos estudos organizados durante a pesquisa.
É a parte onde se devem detalhar os métodos, as teorias, os
procedimentos adotados durante as vivências em campo e apresentar a
análise e síntese dos resultados obtidos durante as horas estabelecidas no
período de estágio.
A Conclusão, Segundo Lakatos (2001), é a “síntese completa dos
resultados da pesquisa ou resumo das principais informações ou
argumentos.”
4.1.3 Elementos pós-textuais
Para organizar as referências, deve-se seguir e utilizar todas as
orientações contidas o livro Educar para a pesquisa da UNIDAVI. Como
complementação, deve ser utilizado a NBR 6023 de ago. de 2002.
50
Como Organizar Trabalhos Científicos
4.2 RESENHAS
Da mesma forma por que, constantemente, nos cursos de graduação,
os professores solicitam como trabalhos acadêmicos a redação de uma
resenha, passamos a apresentar a estrutura de uma resenha.
4.2.1 Elementos constitutivos de uma resenha
Primeiramente configurar página (borda superior e esquerda 3,0 cm;
borda inferior e direita 2,0 cm).
• O título da resenha deverá ser centralizado, em negrito, letras
maiúsculas e minúsculas, fonte 12, seguido de dois espaços.
• Indica-se o(s) autor(es) e dos resenhistas à direita em fonte 10, fazendo
chamada de rodapé.
• Em nota de rodapé, indica-se um breve currículo dos autores.
A Resenha é uma apreciação crítica sobre determinada obra; visa
incentivar a leitura do livro comentado. O tamanho pode variar entre duas
(para jornais não especializados) e dez laudas (publicações científicas).
Segundo Silva (2003, p. 94), a “[...] Associação Brasileira de Normas
Técnicas, na NBR 6028, denominou a resenha de resumo crítico. Seu
objetivo é oferecer informações para que o leitor possa decidir quanto à
consulta ou não do original. A resenha deve resumir as idéias da obra [...].”
A resenha poderá incluir opiniões, comentários e comparações de
outros autores e ou obras e julgamentos.
Dmitruk (2004, p. 52) apresenta alguns detalhes a serem observadas
na construção da resenha críticas.
4.2.2 As partes que constituem a estrutura de uma resenha:
a) Referências da obra;
b) Dados biográficos do autor:
quem realizou o estudo? Por quê?
51
Educar Para a Pesquisa: normas para produção de textos científicos
c) Construir uma síntese dos principais elementos da obra:
em quantas partes esta constituída a obra?
quais são as principais questões - assuntos discutidos na
obra?
Quais são as conclusões do autor?
d) Quadro de referência teórica da obra;
Qual a corrente teórica do autor?
Qual o método usado pelo autor?
e) Crítica do resenhista:
 Apresenta as suas apreciações crítica da leitura
realizada;
f) Indicações do resenhista:
A quem e qual o público alvo da obra?
4.3 ESTRUTURA PARA ELABORAÇÃO DE UM PAPER
Segundo Santos (2002), o paper é um texto que serve de suporte para
ser usado em apresentações como: curso, congressos, simpósios, reuniões
científicas. Deve conter no mínimo duas e no máximo dez páginas, tal
construção deve seguir a estrutura de um artigo científico.
Segundo Silva (2003), paper “é o texto transcrito de uma comunicação
oral. Pode apresentar o resumo ou o conteúdo integral da comunicação e tem
por objetivo sua publicação nas atas ou anais do evento em que foi apresentado.”
Na sua estrutura o paper deve conter a mesma organização intelectual
do artigo (Introdução, desenvolvimento e conclusão), o texto não deve
apresentar subdivisões, deve ser um texto único.
A estrutura de apresentação escrita de um paper deve conter os aspectos
a seguir:
Título: Metodologia da pesquisa aplicada a contabilidade
Autor: Antônio Carlos Ribeiro da Silva.
52
Como Organizar Trabalhos Científicos
Credenciais do autor: Mestre em Contabilidade, Contador, Pedagogo e
Psicopedagogo.
Texto: nesta etapa de construção você deve construir um texto que
contenha uma introdução, um desenvolvimento e uma conclusão (sem
sub-divisões);
Referências: é a bibliografia utilizada na construção do trabalho.
4.4 CRITÉRIOS DE APRESENTAÇÃO PARA ARTIGOS NA REVISTA
CAMINHOS
A produção cientifica para a UNIDAVI tem sido um desafio. Portanto,
temos procurado constituir uma publicação periódica, que busca
problematizar, divulgar e empreender reflexões relativas ao campo
educacional, privilegiando artigos produzidos e elaborados pelos
professores e acadêmicos da instituição e fora dela.
Assim sendo, a revista CAMINHOS têm sido um dos processos
utilizados na academia com a missão de divulgar o conhecimento
desenvolvido no âmbito universitário nas áreas de Ciências Humanas,
Ciências Sociais e Aplicadas, Exatas e da Terra, Saúde, Biológicas, Letras e
Artes, Engenharias.
São considerados para publicação artigos científicos e resenhas. As
publicações visam contribuir para divulgação de estudos e pesquisas bem
como difundir o conhecimento científico resultante das diferentes atividades
de pesquisa realizadas na instituição pelos professores e acadêmicos.
Através da Revista de Divulgação Científica, buscamos publicar
trabalhos originais que devem ser inéditos, sendo vedada sua publicação
em outras revistas brasileiras.
4.4.1 informações gerais:
• Serão aceitos textos em Português, Inglês e Espanhol;
• Os originais deverão conter, no mínimo 10 páginas e no máximo, 20
páginas, incluindo resumo, tabelas, ilustrações e referências (conforme
NBR-6023 de agosto de 2002);
• Qualidade científica ou tecnológica avaliada pela Comissão Editorial,
e pelos consultores “ad hoc”, omitida a identidade dos autores;
53
Educar Para a Pesquisa: normas para produção de textos científicos
• Todos os textos publicados tornar-se-ão propriedade da Revista
Caminhos.
ESTRUTURA DO ARTIGO:
Os trabalhos ou resumos deverão utilizar o processador de texto
Microsoft Word 97 for Windows.
• tamanho do papel: A4 (210 x 297mm) orientação retrato;
• configuração das margens: superior e esquerda 30 mm, inferior e
direita 20 mm.
QUANTO AO TÍTULO DO TRABALHO:
O título deve vir centralizado, em Fonte Arial ou Times New Roman,
tamanho de fonte 12, em negrito e maiúsculo.
QUANTO AOS AUTORES:
O nome dos autores deverá constar após o título do trabalho, alinhado
à direita, em fonte tamanho 12. Com uma chamada com número elevado
em (nota de rodapé) ‘1’, constando na nota o nome completo do autor, da
instituição e credenciais dos autores em fonte tamanho 10 e com espaço
simples entrelinhas.
Ver exemplo:
Charles Roberto Hasse 8
O TEXTO DO RESUMO:
• O resumo em Português e seguido Do resumo em Língua Estrangeira,
contendo no mínimo 100 e no máximo 250 palavras;
• O texto do resumo deve vir dois espaços após a indicação do(s)
autor(es);
8
Professor Universitário e coordenador de Extensão na Pró-reitoria de Pós-graduação, Pesquisa e Extensão (PROPPEX) da
UNIDAVI.
54
Como Organizar Trabalhos Científicos
• O espaçamento de 1,5 entre linhas, fonte 12;
• O resumo é a apresentação concisa do texto, destacando seus aspectos
de maior relevância;
• Deve ser redigido em parágrafo único;
• Reproduz apenas as informações mais significativas, como:
introdução (delimitação do assunto, justificativa e objetivos),
fundamentação teórica, metodologia, resultados obtidos, conclusões
e referências;
• Obrigatoriamente devem constar os descritores. Os termos são as
palavras-chave, cuja expressão deve aparecer em negrito, com inicial
maiúscula, seguido de dois pontos. As palavras-chave (no mínimo
três e no máximo cinco) devem ser minúsculas, não negritadas,
separadas entre si por vírgula.
Os textos devem ser constituídos na modalidade de Estudos teóricos,
ensaios – análise de problemáticas pautadas por questões fundamentadas
teoricamente.
Podem ser textos constituídos através de Relatos de pesquisa que
tenham utilizado metodologia quantitativa ou qualitativa e Comunicações
científicas na forma de resenha, resultados de relatos apresentados em
eventos científicos.
55
Educar Para a Pesquisa: normas para produção de textos científicos
5 NORMAS BÁSICAS
“[...]pesquisa funda o ensino e evita que este
seja simples repasse copiado. Ensinar continua
função importante da escola e da universidade,
mas não se pode mais tomar como auto-
suficiente. Quem pesquisa, tem o que ensinar;
deve, pois, ensinar, porque ‘ensina’ a produzir,
não a copiar. Quem não pesquisa, nada tem a
ensinar, pois apenas ensina a copiar. (DEMO,
1993, p. 128)
56
Normas Básicas
5 NORMAS BÁSICAS PARA ELABORAÇÃO E APRESENTAÇÃO DE
PRODUÇÕES CIENTÍFICAS
5.1 OBJETIVOS
Estabelecer normas básicas de apresentação de trabalhos acadêmicos -
similares (Trabalho de Conclusão de Curso - TCC, Trabalho de Graduação
Interdisciplinar - TGI Trabalho de Conclusão de curso de Especialização
e/ou Aperfeiçoamento e outros) seguindo os critérios técnicos de sua
aplicação na UNIDAVI. Padronizar a apresentação de trabalhos acadêmicos,
comumente denominados trabalhos semestrais, para os cursos de graduação
e pós-graduação da UNIDAVI.
5.2 ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DO TRABALHO DE GRADUAÇÃO
A estrutura de um trabalho acadêmico compreende: elementos pré-
textuais, elementos textuais e elementos pós-textuais.
9
NBR 14.724 (ABNT, 2005, p. 8).
57
Educar Para a Pesquisa: normas para produção de textos científicos
5.3 DISPOSIÇÃO DOS ELEMENTOS
58
Normas Básicas
5.4 CAPA
Capa é elemento obrigatório é a cobertura que reveste o trabalho. Na
capa de um trabalho acadêmico, deve constar o nome da instituição, o título
do trabalho, a cidade e a data (ano). Observe-se:
59
Educar Para a Pesquisa: normas para produção de textos científicos
Instituição - tamanho fonte 12, centralizado, em negrito e maiúsculas;
inicia-se a digitação a 3 cm da borda superior. Linha 1.
Autor - tamanho fonte 12, centralizado, em negrito e maiúsculas. Linha 2.
Título e subtítulo da capa e da folha de rosto - tamanho fonte 16,
centralizado, em negrito e maiúsculas; recomenda-se que o título não ultrapasse
três linhas e o espaçamento entrelinhas tenha 1,5 cm; o subtítulo é precedido
de dois pontos; inicia-se a digitação na linha 14, dependendo do número de
autores do trabalho e da extensão do título. O subtítulo não é negritado.
Local - cidade da instituição onde deve ser apresentado; tamanho fonte 12
em maiúsculas, negrito, centralizado; iniciar a digitação em torno da linha 32.
Ano de entrega - tamanho 12, negritar e centralizar; inicia-se a digitação
na linha 33. Verifique modelo nos anexos.
5.5 LOMBADA
Na impressão e na encadernação final do TCC: nome do autor e o título
do trabalho impressos longitudinalmente, e a sigla da instituição
horizontalmente. Somente para o caso de ser exigido tal encadernação em
capa dura no curso.
5.6 FOLHA DE ROSTO10
A Folha de Rosto deve conter os mesmos elementos identificados na
capa do trabalho, com acréscimo de:
Nota – deixe três espaços de 1,5 entre linhas logo após o título do
trabalho. Indicando a natureza acadêmica do trabalho, o nome da disciplina,
além da unidade de ensino e instituição em que é apresentado. O tamanho
da fonte 12, recuando até o centro da página para a direita, justificado e
somente as iniciais maiúsculas, com espaçamento entre linhas é de 1,5.
Iniciar a digitação na linha 19.
Nome do professor e ou orientador da disciplina - tamanho fonte 12.
Deixe um espaço de 1,5 entre linhas logo abaixo da nota indicativa.
Digitando o nome do ‘professor’ orientador do trabalho, não negritar.
Verifique modelo nos anexos.
10
NBR 14.724 (ABNT, 2005, p. 4)
60
Normas Básicas
Exemplo da nota
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso
deEnfermagemdaáreadeCiênciasBiológicas,Médicas
e da Saúde da Universidade para o Desenvolvimento
do Alto Vale do Itajaí, como requisito parcial para a
obtenção do grau de Bacharel em Enfermagem.
Prof. orientador: MSc. Ilson Paulo Ramos
Blogoslawski
Para a UNIDAVI, os elementos acima indicados ficam traduzidos nos
modelos em anexo e devem ser utilizados por todos os cursos das quatro
áreas de conhecimentos.
Observação: Quando o trabalho for elaborado por mais de quatro
componentes, deve-se incluir uma relação nominal dos integrantes em
página própria, após a folha de rosto, e dela deve constar o nome do grupo
em forma de título. Verifique modelo nos anexos.
5.7 FOLHA DE APROVAÇÃO
O Trabalho de Conclusão de Curso acordo com a NBR 14.724 (ABNT,
2005, p. 5), é
“[...] constituído pelo nome do autor do trabalho, título do trabalho
e subtítulo (se houver), natureza, nome da instituição a que é
submetido, área de concentração, data de aprovação, nome,
titulação e assinatura dos componentes da banca examinadora e
instituições a que pertencem. A data da aprovação e as assinaturas
dos membros componentes da banca examinadora são colocadas
após aprovação do trabalho.”
Verifique modelo nos anexos.
5.8 DEDICATÓRIA
É uma menção que o autor do trabalho realiza prestando uma
homenagem a alguém. Deve ser construída numa folha distinta, após o
termo de aprovação. Sem o título. Verifique modelo nos anexos.
61
Educar Para a Pesquisa: normas para produção de textos científicos
5.9 AGRADECIMENTOS
São menções do autor no trabalho para pessoas ou instituições de quem
recebeu apoio para o desenvolvimento do trabalho. Deve aparecer em folha
distinta. Cada agradecimento inicia com um parágrafo novo. Verifique
modelo nos anexos.
5.10 RESUMOS
5.10.1 Resumo na Língua Vernácula
Elemento obrigatório que consiste na apresentação concisa dos pontos
relevantes de um texto. O resumo deve dar uma visão rápida e clara do
conteúdo e das conclusões do trabalho; constitui-se em uma seqüência de
frases concisas e objetivas e não de uma simples enumeração de tópicos,
não ultrapassando 500 palavras, com espaçamento 1,5cm entre linhas,
seguido, logo abaixo, das palavras representativas do conteúdo do trabalho,
isto é, palavras-chave e/ou descritores, conforme a NBR 6028/2003.
Segundo o que consta no volume 2, da UNIVERSIDADE FEDERAL
DO PARANÁ (2000), o resumo deve:
a) incluir obrigatoriamente um resumo em português no caso de
trabalhos em língua estrangeira;
b) redigir em um único parágrafo;
c) quanto a sua extensão os resumos devem Ter:
- para trabalhos acadêmicos (teses e dissertações e outros) e relatórios
técnicos científicos o resumo deve ter 150 a 500 palavras;
- para 100 a 250 palavras os de artigos de periódicos;
- de 50 a 100 palavras os destinados a indicações breves.11
d) redigir com frases completas e não com seqüência de títulos;
e) empregar termos científicos geralmente aceitos e não apenas os de
uso particular;
f) expressar na primeira frase do resumo o assunto tratado, situando-o no
tempo e no espaço, caso o título do trabalho não seja suficientemente explícito;
11
NBR 6028 (ABNT, 2003, p. 2)
62
Normas Básicas
g) dar preferência ao uso da terceira pessoa do singular;
h) evitar o uso de citações bibliográficas;
i) ressaltar o tema, os objetivos, os métodos, os resultados obtidos e
as conclusões do trabalho;
j) indicar, se for o caso, as novas diretrizes de teorias, processos, técnicas
e aparelhos, bem como o nome de todos os novos elementos, minérios e
compostos;
k) mencionar os nomes geográficos (municípios, estado e país) ou
circunscrição (região, distrito, condado), quando necessário. Verifique
modelo nos anexos.
5.10.2 Normas para elaboração dos Resumos
A composição do texto deverá seguir as seguintes orientações gerais:
Quanto ao título do trabalho
Nos relatórios: O título do resumo deverá ser “RESUMO” fonte 12,
maiúsculo, negrito e centralizado.
Nos Artigos científicos deve constar o título: centralizado, negrito,
maiúsculo e em fonte 12, com número elevado chamando (nota de rodapé)
‘1’, a qual se associa a natureza do trabalho, por exemplo: Projeto de Iniciação
Científica ou Pesquisa desenvolvida na disciplina de Metodologia do
Trabalho Científico.
Quanto ao(s) nome(s) dos envolvidos no trabalho
Escritos dois espaços abaixo do título do trabalho, fonte 12. Requerem
novas chamadas de número elevado (notas de rodapé), ordenadas,
identificando orientador e acadêmicos. Podem ser acrescentados endereço
e e-mail. Utilize-se o mesmo tipo de letras do texto, mas o tamanho da
fonte deve ser 10.
Quanto ao texto do resumo
O resumo deve constituir-se num texto redigido de forma cursiva,
concisa e objetiva. Limita-se a um parágrafo, devendo incluir palavras
representativas do assunto. O texto do resumo deve vir logo abaixo do
nome do(s) autor(es), após dois espaços de 1,5 entre linhas, contendo o
mínimo de 100 palavras e o máximo de 250 palavras.
63
Educar Para a Pesquisa: normas para produção de textos científicos
Reproduz apenas as informações mais significativas, como: introdução
(justificativa e objetivos), fundamentação teórica, metodologia, resultados
obtidos, conclusões e referências.
Quanto às palavras-chave
Escritas a dois espaços abaixo do texto (resumo); serão,
obrigatoriamente, no mínimo três e no máximo cinco palavras-chave.
5.10.3 Resumo em Língua Estrangeira
O resumo é elemento obrigatório, que consiste em uma versão do
resumo em idioma de divulgação internacional.
O resumo é denominado abstract em inglês, resumen em espanhol,
résumé em francês, riassunto em italiano e Zusammenfassung em alemão.
Não deve ser confundido com o sumário, que é a lista dos capítulos, seções
ou partes. No sumário, o conteúdo é descrito por títulos e subtítulos,
enquanto no resumo, que é uma síntese, o conteúdo é apresentado em forma
de texto reduzido.
Deve ser seguido das palavras representativas do conteúdo do trabalho,
isto é, palavras-chave e/ou descritores, na língua. Verifique modelo nos
anexos.
5.11 OUTRAS FORMAS DE RESUMOS
Outras formas de trabalhar com a organização de resumos em sala de
aula com os alunos podem ser através dos resumos informativos,
indicativos, críticos.
Segundo Gonsalves (2001, p. 40), “O resumo é um pequeno texto que
destaca as idéias essenciais do texto-base, procurando guardar uma
fidelidade ao texto original.”
Na abordagem sobre o tema resumo, podemos ainda destacar que
existem três tipos de resumos a serem utilizados no desenvolvimento das
atividades acadêmicas para construção da iniciação cientifica.
Segundo Silva (2003, p. 93) o resumo:
64
Normas Básicas
RESUMO INFORMATIVO: “[...] é o tipo de resumo que reduz o texto
a 1/3 ou ¼ do original, abolindo gráficos, citações, exemplificações
abundantes, mantendo, porém, as idéias principais. Não são permitidas
as opiniões pessoais do autor do resumo.” Dispensa a leitura do original.
RESUMO CRÍTICO: “consiste na condensação do texto original a 1/3
ou ¼ de sua extensão, mantendo as idéias fundamentais, mas permitindo
as opiniões e comentários do autor do resumo.”
RESUMO INDICATIVO: é realizado pela descrição dos principais
tópicos do texto original, não dispensando, contudo, a leitura do texto
original. Não deve ultrapassar 250 ou 500 palavras, sugere-se frases curtas.
5.12 LISTA DE ILUSTRAÇÕES
A Lista de Ilustrações é opcional e deve ser elaborada de acordo com a
ordem apresentada no texto, tendo cada item designado por seu nome
específico, acompanhado do respectivo número da página. Quando necessário,
recomenda-se a elaboração de lista própria para cada tipo de ilustração
(desenhos, esquemas, fluxogramas, fotografias, gráficos, mapas, organogramas,
plantas, quadros, retratos e outros). O título inicia-se a 3 cm da borda superior,
em negrito, centralizado, fonte 12. Verifique modelo nos anexos.
5.12.1 Elementos de apoio das ilustrações - Tabelas, Quadros, Gráficos
e Figuras
De acordo com as normas de apresentação tabular do IBGE12
(2003)13
as tabelas e quadros devem ser numeradas consecutivamente com
algarismos arábicos que seguem a palavra tabela, escrita em letras
maiúsculas e minúsculas.
Tabelas - sua finalidade consiste em resumir ou sintetizar dados,
fornecendo o máximo de informação num mínimo de espaço. Deve ser
apresentada com letra em fonte 10 e entrelinhamento simples. Na parte
superior, deve constar a expressão ‘Tabela’, alinhada à esquerda, sucedida
do número em arábico que a indica.
12
Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
13
IBGE. Normas de apresentação tabular. 3. ed. Rio de Janeiro: 1993.
65
Educar Para a Pesquisa: normas para produção de textos científicos
O título é precedido de hífen em letras maiúsculas e minúsculas. Ver
exemplos abaixo.
Quando uma tabela ou quadro ocupar mais de uma página, deve-se
incluir no final a palavra ‘continua’ e, na página seguinte, deve aparecer a
expressão ‘continuação’ e, no final, “conclusão”.
Exemplo:
Tabela 1 – Fluxo de informações entre as contabilidades.
A indicação da fonte é na parte inferior, devendo a expressão ‘Fonte’
aparecer em letras maiúsculas e minúsculas, seguida de dois pontos. Os
demais dados, em letras minúsculas não negritadas.
Fonte: Coleta e análise dos dados organizada pelo autor.
Quadro é o arranjo de palavras e ou número dispostos em colunas e
linhas. Inclui a colocação de traços verticais nas laterais dos quadros. Os
quadros são apresentados em fonte 10 e entrelinhamento simples. Na parte
inferior do quadro, deve aparecer o título ‘Quadro’ alinhado à lateral
esquerda, sucedido do número em arábico que o indica. O título deverá
ser em letras maiúsculas e minúsculas e precedido por hífen.
66
Normas Básicas
Quadro 1 – Fluxo de informações entre as contabilidades.
Fonte: Informações organizadas pelo autor.
Figuras - Ilustração que explicita ou complementa um texto, como:
desenhos, diagramas, estampas, esquemas, fluxogramas, fotografias,
lâminas, plantas. Os títulos e indicação de fonte devem seguir os moldes
de quadros.
Se o quadro for de autoria própria deverá constar: Acervo do autor.
Exemplo:
Figura 3 – Projetos desenvolvidos em softwares CAD tridimensionais.
Fonte: Acervo do setor de Engenharia de Produto da Metalúrgica Rio-sulense.
Exemplo:
67
Educar Para a Pesquisa: normas para produção de textos científicos
Gráfico 1 – Credibilidade do protocolo de atendimento
Fonte: Kotler (1999).
Observação: As tabelas, quadros, figuras devem ser, preferencialmente,
alinhadas às margens laterais do texto e, quando pequenas, centralizadas
na página. As fotos, preferencialmente, centralizadas e em tamanho postal.
5.13 SUMÁRIO
Parte do trabalho onde é feita a indicação do conteúdo, dos assuntos
abordados e da forma como estes aparecem na produção, seguindo a ordem
de abordagem da obra, remete para a página onde se encontra o conteúdo
relacionado.
O sumário deve conter o esqueleto/esquema com os títulos e subtítulos
gerais do estudo realizado. Os títulos e os subtítulos devem ser colocados
em ordem, junto com a indicação da página inicial correspondente.
O título inicia-se a 3 cm da borda superior da folha, em letras
maiúsculas e em negrito, centralizado, fonte 12.
Sua apresentação deve ser da seguinte forma:
a) separa-se o título SUMÁRIO dos títulos das seções por dois espaços
entrelinhas de 1,5 cm e inicia-se a digitação;
b) os elementos que antecedem o sumário não devem nele aparecer;
c) em seguida, relacionam-se os títulos das seções:
68
Normas Básicas
- indicativo numérico (quando houver), alinhado à esquerda. Todos os
capítulos são numerados, menos a introdução (se for um trabalho do
tipo monografia), a conclusão e as referências. No caso da organização
de uma Introdução para o relatório Técnico Cientifico a mesma pode
ser, desenvolvida em seções e subseções.
- títulos da seção (capítulo) e subseções, separados do indicativo
numérico por dois espaçamentos, escritos como aparecem no interior
do trabalho;
- com uma linha pontilhada (sem negrito), ligam-se os títulos aos
números da página inicial, sendo estes alinhados à margem direita;
d) por último, são relacionados os elementos pós-textuais (referências,
glossário, apêndice(s), anexos e outros):
- sem indicativo numérico, alinhados à margem esquerda;
- escritos em letras maiúsculas e em negrito;
- uma linha pontilhada (sem negrito) liga os títulos aos números.
5.13.1 Formas de enumerar e apresentar as seções (no sumário e no
corpo do trabalho)
1 SEÇÃO PRIMÁRIA ................................................................................... 01
1.1 SEÇÃO SECUNDÁRIA ......................................................................... 02
1.1.1 Seção terciária .................................................................................. 03
1.1.1.1 Seção quaternária .......................................................................... 04
1.1.1.1.1 Seção quinária ............................................................................ 05
a) alínea;
b) alínea.
- subalínea
6 CONSTRUÇÃO DO TRABALHO
Por ser uma exigência lógica, todo escrito científico apresenta,
necessariamente, três partes essenciais: INTRODUÇÃO, DESEN-
VOLVIMENTO E CONCLUSÃO.
69
Educar Para a Pesquisa: normas para produção de textos científicos
6.1 INTRODUÇÃO
O título inicia-se a 3 cm da borda superior da folha, em letras maiúsculas
e em negrito, centralizado, fonte 12.
A introdução, como o próprio nome diz, consiste em apresentar o
trabalho ao público que irá utilizá-lo, ou seja, ao professor e aos colegas,
ou ainda, é a ação que serve de preparação a um estudo; não deve ser
alongada. Todas as informações devem ser expressas sob o título Introdução.
Os tópicos principais que devem constar na introdução são os seguintes:
Anunciar - de forma clara e precisa o assunto do trabalho acadêmico e
de que forma surgiu a idéia de abordar este tema - objeto-problema. Nesta
etapa, deve-se sintetizar o tema principal da pesquisa, mencionando o
público alvo se este for o caso.
Justificativas – apresentar as várias razões ou motivos que induziram
a preferir este tema em detrimento de outros. Evidenciar a importância do
assunto a ser tratado.
Esclarecer – o assunto trabalhado de forma sucinta, destacando as
limitações.
Delimitar – refere-se à extensão e profundidade do assunto e de que
forma se pretende desenvolvê-lo.
Idéia mestra – sintetizar o tema principal da pesquisa, mencionando
o público alvo se este for o caso.
Objetivos – apontar as intenções concretas do trabalho e o fim a que se
propõe.
Relevância – evidenciar a importância do assunto a ser tratado, sem
necessidade de evidenciar os subtítulos, destacando as dificuldades.
Metodologia – anunciar o tipo de pesquisa em ação, com a indicação
do método e das técnicas de operacionalização.
Segundo Silveira (2004, p. 96), a Introdução “[...] via de regra, constitui-
se no primeiro capítulo do trabalho, onde é contextualizado o tema de estudo.
O tema é o assunto que se deseja revisar, investigar, comprovar [...].”
Assim sendo, a autora alerta para uma questão muito simples. Nesta
construção é necessário saber que “[...] genericamente, desenvolve-se em
seções e subseções, não sendo esta, entretanto, necessariamente, uma
divisão formal das partes deste capítulo.” (SILVEIRA, 2004, p. 97)
Normas para produção de textos científicos
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Normas para produção de textos científicos

  • 2.
  • 3. Rio do Sul - SC 2010 Helena Justen de Fáveri Ilson Paulo Ramos Blogoslawski Olimpio Fachini 3ª edição3ª edição3ª edição3ª edição3ª edição
  • 4. 4 © Todos os direitos reservados aos Autores Arte e Diagramação Osmair José Pereira – (47) 3533-2759 Capa Mauro Tenório Pedrosa Revisão Prof. Aurélio Adriano D´Avila Distribuição e Vendas: CENTRAL LIVROS – (47) 3521-0155 BLOGOSLAWSKI, Ilson Paulo Ramos; FACHINI, Olimpio; FAVERI, Helena Justen de. Educar para a pesquisa: normas para produção de textos científicos. 3. ed. ver. ampl. e atual. Rio do Sul: NOVA LETRA, 2010. ISBN 978-85-7682-272-1 1. Pesquisa, normas, textos científicos. Impresso no Brasil, 2010 Tiragem: 1000 Ficha catalográfica 3ª edição Revisada, ampliada e atualizada (de acordo com as normas da ABNT)
  • 5. 5 SUMÁRIO INTRODUÇÃO ................................................................................................ 11 1 NOÇÕES PRELIMINARES 1 NOÇÕES PRELIMINARES SOBRE METODOLOGIA CIENTÍFICA ................. 14 1.1 ALGUNS OBJETIVOS DA METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO ... 14 1.2 METODOLOGIA CIENTÍFICA ENQUANTO CONHECIMENTO .................... 14 1.2.1 Formas de conhecimento ......................................................................... 15 1.3 METODOLOGIA CIENTÍFICA ENQUANTO CIÊNCIA ................................. 16 1.4 MÉTODOS E TÉCNICAS CIENTÍFICAS .................................................... 16 1.5 DOCUMENTOS CIENTÍFICOS ................................................................... 18 2 ESTRUTURA DE UM PROJETO DE PESQUISA 2 O QUE É UM PROJETO DE PESQUISA ........................................................ 22 2.1 TEMA: TÍTULO DO PROJETO .................................................................. 22 2.2 DELIMITAÇÃO DO PROBLEMA ................................................................ 22 2.3 JUSTIFICATIVAS ..................................................................................... 23 2.3.1 Justificativa da pesquisa - Por quê? ....................................................... 24 2.4 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA ............................................................... 24 2.4.1 Abordagem geral do problema ................................................................ 24 2.4.2 Problematização ...................................................................................... 25 2.4.3 Presupostos e/ou hipóteses ..................................................................... 25 2.4.4 Formulação de hipóteses ........................................................................ 26 2.4.5 Características das hipóteses .................................................................. 26 2.5 OBJETIVOS - PARA QUÊ? ......................................................................... 27 2.5.1 Objetivo geral ........................................................................................ 27 2.5.2 Objetivos específicos .............................................................................. 27 2.6 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ................................................................. 28
  • 6. 6 2.7 METODOLOGIA - Como? Onde? Com quê? ............................................... 28 2.7.1 Modalidade de Pesquisa ........................................................................ 28 2.7.2 Tipos de Pesquisa .................................................................................. 29 2.7.2.1 Pesquisa básica ................................................................................... 29 2.7.2.2 Pesquisa aplicada ................................................................................. 30 2.7.2.3 Pesquisa exploratória ........................................................................... 30 2.7.2.4 Pesquisa descritiva .............................................................................. 30 2.7.2.5 Pesquisa bibliográfica ........................................................................... 30 2.7.2.6 Pesquisa de estudo de campo ............................................................... 31 2.7.2.7 Pesquisa experimental .......................................................................... 31 2.7.2.8 Pesquisa documental ........................................................................... 31 2.7.2.9 Pesquisa histórica ................................................................................ 31 2.7.2.10 Pesquisa-ação ...................................................................................... 32 2.7.2.11 Pesquisa participante ........................................................................... 32 2.7.2.12 Pesquisa quantitativa .......................................................................... 32 2.7.2.13 Pesquisa qualitativa ............................................................................ 32 2.7.2.14 Pesquisa estudo de caso ..................................................................... 32 2.7.3 Tipos de métodos ................................................................................... 33 2.7.4 Técnicas de pesquisa (com quê?) ............................................................ 34 2.8 CRONOGRAMA - Quando? ....................................................................... 35 2.9 ORÇAMENTO – Quanto vai custar? .......................................................... 37 REFERÊNCIAS - que materiais foram consultados? ......................................... 37 ANEXOS ........................................................................................................ 37 3 RELATÓRIOS CIENTÍFICOS 3 ELABORAÇÃO E APRESENTAÇÃO DE RELATÓRIOS CIENTÍFICOS .......... 40 3.1 ESTRUTURA DO RELATÓRIO .................................................................. 41 3.1.1 Partes que compõem um relatório ........................................................... 42 3.2 ESTRUTURA DO RELATÓRIO – Partes que o compõem ............................. 41 3.2.1 Introdução ............................................................................................ 41 3.2.2 Desenvolvimento - (Fundamentação Teórica / Revisão de Literatura) .......... 44
  • 7. 7 3.2.3 Metodologia e materiais de pesquisa - (pode ser substituída por Procedimentos Metodológicos ou Materiais e Métodos) ............................... 44 3.2.4 Resultados obtidos no período – (análise e discussão) ........................ 44 3.2.4.1 O texto de relatórios de estágio é composto por ............................. 44 3.2.4.2 Apresentação dos dados / resultados ............................................. 44 3.2.5 Conclusões/Recomendações ............................................................... 45 REFERÊNCIAS ................................................................................................ 46 APÊNDICE(S) ................................................................................................. 46 ANEXOS ........................................................................................................ 46 4 COMO ORGANIZAR TRABALHOS CIENTÍFICOS 4 COMO ORGANIZAR E APRESENTAR TRABALHOS CIENTÍFICOS ............... 48 4.1 ARTIGO CIENTÍFICO ............................................................................... 48 4.1.1 elementos pré-textuais ............................................................................ 48 4.1.2 os elementos textuais ............................................................................. 49 4.1.3 elementos pós-textuais ........................................................................... 49 4.2 RESENHAS .............................................................................................. 50 4.2.1 Elementos constitutivos de uma resenha ................................................. 50 4.2.2 As partes que constituem a estrutura de uma resenha .............................. 50 4.3 ESTRUTURA PARA ELABORAÇÃO DE UM PAPER ................................. 51 4.4 CRITÉRIOS DE APRESENTAÇÃO PARA ARTIGOS NA REVISTA CAMINHOS .. 52 4.4.1 informações gerais ................................................................................ 52 5 NORMAS BÁSICAS 5 NORMAS BÁSICAS PARA ELABORAÇÃO E APRESENTAÇÃO DE PRODUÇÕES CIENTÍFICAS ........................................................................... 56 5.1 OBJETIVOS .............................................................................................. 56 5.2 ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DO TRABALHO DE GRADUAÇÃO ........... 56 5.3 DISPOSIÇÃO DOS ELEMENTOS .............................................................. 57 5.4 CAPA ...................................................................................................... 58
  • 8. 8 5.5 LOMBADA .............................................................................................. 59 5.6 FOLHA DE ROSTO .................................................................................. 59 5.7 FOLHA DE APROVAÇÃO ........................................................................ 60 5.8 DEDICATÓRIA ......................................................................................... 60 5.9 AGRADECIMENTOS ................................................................................. 61 5.10 RESUMOS .............................................................................................. 61 5.10.1 Resumo na Língua Vernácula ................................................................ 61 5.10.2 Normas para elaboração dos Resumos .................................................. 62 5.10.3 Resumo em Língua Estrangeira ............................................................. 63 5.11 OUTRAS FORMAS DE RESUMOS .......................................................... 63 5.12 LISTA DE ILUSTRAÇÕES ....................................................................... 64 5.12.1 Elementos de apoio das ilustrações - Tabelas, Quadros, Gráficos e Figuras .. 64 5.13 SUMÁRIO ............................................................................................... 67 5.13.1Formasdeenumerareapresentarasseções(nosumárioenocorpodotrabalho). 68 6 CONSTRUÇÃO DO TRABALHO ................................................................. 68 6.1 INTRODUÇÃO ........................................................................................ 69 6.2 DESENVOLVIMENTO OU CORPO DO TRABALHO (Texto) ......................... 70 6.3 CONCLUSÃO .......................................................................................... 71 7 CITAÇÕES - EM DOCUMENTOS ................................................................. 72 7.1 CITAÇÃO CURTA DIRETA ....................................................................... 73 7.2 CITAÇÃO INDIRETA ou LIVRE (PARÁFRASE) .......................................... 74 7.3 CITAÇÃO TEXTUAL – DIRETA E CURTA ................................................. 74 7.4 CITAÇÃO TEXTUAL – DIRETA E LONGA ................................................. 75 7.5 OMISSÕES EM CITAÇÃO ........................................................................ 75 7.5.1 Omissão no início da citação (abre e fecha aspas) ................................... 75 7.5.2 Omissão no meio da citação (dispensa aspas) .......................................... 76 7.5.3 Omissão no final da citação (abre e fecha aspas) ...................................... 76 7.6 CITAÇÃO (citação com três autores) .......................................................... 76 7.7 CITAÇÃO EM NOTAS DE RODAPÉ (sistema numérico) ............................... 76 7.8 OUTRAS FORMAS DE CITAÇÃO ............................................................. 77 7.8.1 citação de citação ................................................................................... 77 7.8.2 Notas de referência ................................................................................. 78
  • 9. 9 7.8.3 Citação de informação obtida por meio de canais informais ..................... 79 7.8.4 Citação de informação extraída da Internet ............................................. 80 7.8.5 Notas Explicativas .................................................................................. 80 8 REFERÊNCIAS ........................................................................................... 80 8.1 TRANSCRIÇÃO DOS ELEMENTOS .......................................................... 81 8.2 EXEMPLOS DE REFERÊNCIAS ................................................................ 82 8.3 TRABALHOS APRESENTADOS EM EVENTOS CIENTÍFICOS .................... 86 8.4 LIVROS CONSIDERADOS NO TODO ....................................................... 87 8.5 DOCUMENTOS LEGISLATIVOS ............................................................... 92 8.6 FONTES DE DOCUMENTOS ELETRÔNICOS ............................................ 95 REFERÊNCIAS .............................................................................................. 98 ANEXOS ........................................................................................................ 101
  • 10. 10
  • 11. 11 INTRODUÇÃO O presente documento é uma produção realizada por professores de Metodologia Cientifica da Universidade para o Desenvolvimento do Alto Vale do Itajaí (UNIDAVI), destinado para a melhoria da elaboração e apresentação das produções acadêmicas. Tem como objetivo fornecer subsídios aos professores e alunos, a fim de que possam orientar-se com mais segurança na construção de produções que são veiculadas no decorrer do processo de ensinar e de aprender, tais como: trabalhos acadêmicos, projetos, relatórios, monografias, artigos, resenhas, etc. O livro Educar para a Pesquisa objetiva fornecer à comunidade acadêmica normas e formas adotadas pela UNIDAVI. Tendo em vista a dinamicidade das normas nacionais e internacionais voltadas para a estruturação lógica e gráfica dos trabalhos acadêmico-científicos, como resultado de pesquisas projetadas e executadas por parte dos investigadores das produções do conhecimento, que envolvem o mundo da ciência é que apresentamos esta versão revisada e atualizada. A norma adotada neste documento tem como base as Normas de Documentação da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), passando por pequenas adequações sem ferir as normas instituídas. Educar para a Pesquisa: normas para produção de textos científicos contemplam as legislações recentes da ABNT, quais sejam as Normas Brasileira de Referencia (NBR): NBR 6022 de maio de 2003, Informação e documentação – Artigo em publicação periódica científica impressa; a NBR 6023 de ago. de 2002, Informação e documentação - Referências – Elaboração; NBR 10520 de ago. de 2002 – Informação e documentação – Citações em documentos e da NBR – 14724 válidas a partir de 30/01/2006 – Informação e documentação – Trabalhos acadêmicos – Apresentação, entre outras. A Universidade para o Desenvolvimento do Alto Vale do Itajaí, visando incentivar a produção docente e discente, sente-se honrada em colocar à disposição este livro, agradecendo a todos e convidando seus integrantes para continuar juntos, na corrente e na missão de fazer da Pesquisa, da Extensão e do Ensino um caminho de possibilidades. Os autores
  • 12. 12
  • 13. 13 1 NOÇÕES PRELIMINARES “O centro da pesquisa é a arte de questionar de modo crítico e criativo, para assim, melhor intervir na realidade.” (DEMO, 1993, p. 98)
  • 14. 14 Noções Preliminares 1 NOÇÕES PRELIMINARES SOBRE METODOLOGIA CIENTÍFICA O que é Metodologia Científica? A Metodologia Científica consiste em estudar e verificar os vários métodos que conduzem à captação e processamento de informações com vistas à resolução de problemas de investigação, bem como examinar e avaliar as técnicas de pesquisa. Para Demo (2001, p. 19) “Metodologia é uma preocupação instrumental. Trata das formas de se fazer ciência. Cuida dos procedimentos, das ferramentas, dos caminhos.” Metodologia corresponde a um conjunto de procedimentos a serem utilizados na obtenção do conhecimento. É o estudo da melhor maneira de abordar determinados problemas. Não procura soluções, mas escolhe as maneiras de encontrá-las e utilizá-las. Segundo Meksenas (2002), o termo méthodos é constituído por duas palavras gregas: metá, que significa buscar, perseguir, procurar, e odós, que significa caminho, passagem, rota. 1.1 ALGUNS OBJETIVOS DA METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO • distinguir a ciência e as demais formas de obtenção do conhecimento; • estimular e ou criar o desenvolvimento do espírito crítico e observador do acadêmico-pesquisador: • apresentar diretrizes para a formação gradual de hábitos de estudos científicos, uma vez que a pesquisa e a reflexão são objetivos relevantes na vida universitária; • orientar na elaboração de trabalhos científicos, contribuindo para o desenvolvimento do espírito crítico. 1.2 METODOLOGIA CIENTÍFICA ENQUANTO CONHECIMENTO O que é Conhecimento? Segundo Barros e Lehfeld (2004, p. 30): “O conhecimento pode ser definido como sendo a manifestação da consciência- de-conhecer; é a consciência do conhecimento.” De modo simplificado, o conhecimento existe quando a pessoa ultrapassa um dado vivenciado, sendo capaz de explicá-lo.
  • 15. 15 Educar Para a Pesquisa: normas para produção de textos científicos O conhecimento como ato de conhecer existe como forma de solução de problemas próprios e comuns à vida. O conhecimento leva o ser humano a apropriar-se da realidade, e ao mesmo tempo, a penetrar nela. 1.2.1 Formas de conhecimento Conhecimento Popular - que pode ser valorativo; reflexivo; assistemático; verificável; falível e inexato. É o conhecimento que as pessoas adquirem no cotidiano, com base, em experiências vividas. Conhecimento Filosófico – que pode ser valorativo; racional; sistemático; infalível; não verificável e exato. É caracterizado pelo esforço da razão pura para questionar os problemas humanos e escolher entre o certo e o errado, recorrendo unicamente às luzes da própria razão humana. Ocorre na troca de idéias. Segundo Barros e Lehfeld (2000, p. 32), “Etimologicamente, é tida como expressão da universalidade do conhecimento humano, de tal forma que a filosofia é a fonte de todas as áreas de conhecimento humano, e todas as ciências não só dependem dela, como nela se incluem.” Conhecimento Religioso - que pode ser valorativo; inspiracional; sistemático; não verificável; infalível e exato. Apóia-se na doutrina que contém proposições sagradas, manifestação divina. Esse conhecimento parte do princípio de que as “verdades” tratadas são infalíveis e indiscutíveis, por constituírem em “revelações” da divindade (sobrenatural). A adesão da pessoa passa a ser um ato de fé, sem maiores contestações. Conhecimento Científico – que pode ser real; contingente; sistemático; verificável; falível e aproximadamente exato. Visa desvendar a realidade, lida com ocorrências ou fatos. Como os demais tipos de conhecimento, se direciona, às formas de pensamento e observação onde o pesquisador utiliza-se de estratégias para desvelar um fenômeno.
  • 16. 16 Noções Preliminares 1.3 METODOLOGIA CIENTÍFICA ENQUANTO CIÊNCIA Cada autor ou estudioso aplica seu olhar para compreender ciência. O termo ciência vem do latim SCIENTIA, que provem de SCIRE, que significa “aprender” ou “conhecer”. A ciência assume definições variadas, mas, de modo geral, há características e exigências comuns, que pode ser racional; coerente; representação do real; questionamento sistemático; analítico. Exige investigação e a utilização de métodos. Agrupa objetos da mesma espécie; É comunicável. Por exemplo: as Áreas de Conhecimento da UNIDAVI são uma ciência, pois possuem um objetivo, que é estudar, analisar, interpretar, compreender, comparar o conhecimento, enquanto objeto de estudo e tem como função compreender a dinâmica no universo organizacional-educacional. Enfim, a ciência está em todas as disciplinas. Não há ciência sem o emprego de métodos científicos. 1.4 MÉTODOS E TÉCNICAS CIENTÍFICAS Todas as ciências caracterizam-se pela utilização de métodos científicos. O método a ser utilizado não é único e sempre o mesmo para o estudo deste ou daquele objeto e/ou para esta ou aquela ciência. O que é Método científico? É um conjunto de etapas, sistemáticas e logicamente organizadas, que são observadas ao longo da fase de investigação, em busca do conhecimento científico. Na Grécia Antiga, Méthodos significava “caminho para chegar a um fim” e, a Técnica funcionava como um recurso para viabilizar o método, ou seja, que o fim buscado seja atingido. Ao organizar um trabalho de pesquisa o método nos leva a refletir sobre o tema; o problema; a revisão bibliográfica; a formulação de hipóteses e variáveis; a metodologia e seus resultados. As pesquisas e seus campos de investigações definem quais métodos são mais adequados. Há uma variedade de métodos a serem empregados na busca do conhecimento: indutivo, dedutivo, hipotético-dedutivo, dialético, histórico, comparativo, estatístico, monográfico, entre outros. Indutivo: é um processo mental que parte de dados particulares, suficientemente constatados, inferindo uma verdade geral. O objetivo dos
  • 17. 17 Educar Para a Pesquisa: normas para produção de textos científicos argumentos é levar a conclusões onde o conteúdo é muito mais amplo do que o das premissas nas quais se basearam. O método indutivo tem o propósito de ampliar o alcance dos conhecimentos. Segundo Silva e Menezes (2001, p. 26), este é um método constituído “[...]pelos empiristas Bacon, Hobbes, Locke e Hume. Considera que o conhecimento é fundamentado na experiência, não levando em conta princípios preestabelecidos. No raciocínio indutivo a generalização deriva de observações de casos da realidade concreta.” Dedutivo: tem o propósito de explicitar o conteúdo das premissas e parte de um fato geral, conhecido, dividindo-o e conhecendo as suas partes. Segundo Silva e Menezes (2001, p. 26), este é um método constituído “[...]pelos racionalistas Descartes, Spinoza e Leibnitz que pressupõe que só a razão é capaz de levar ao conhecimento verdadeiro.” Dialético: consiste em formulação de perguntas e respostas, e que traz à tona todas as falsas concepções. Segundo Silva e Menezes (2001, p. 26), este é um método que “Fundamenta-se na dialética de Hegel, na qual as contradições se transcendem dando origem a novas contradições que passam a requerem solução. [...] considera que os fatos não podem ser considerados fora de um contexto social, político, econômico, etc.” Hipotético-dedutivo: visa enunciar claramente o problema e examinar, criticamente, as várias soluções propostas. Histórico: tem como pressuposto reconstruir o passado, em geral relacionado com uma hipótese sustentável. Comparativo: analisa os dados concretos e com base neles deduz elementos abstratos e genéricos. Segundo Silva (2001, p. 44), “[...] realiza comparações com o objetivo de verificar similitudes e explicar as divergências no intuito de melhor compreender o comportamento humano.” Estatístico: é um método de análise, que permite obter de conjuntos complexos representações simples e constatar se estas verificações têm relação entre si.
  • 18. 18 Noções Preliminares Monográfico ou Estudo de caso: permite entender determinados fatos. Investiga um fenômeno dentro de seu contexto de vida real. Para Silva (2000) este método “[...] permite, mediante caso isolado ou de pequenos grupos, entender determinados fatos, partindo do princípio de que qualquer caso que se estude em profundidade pode ser considerado representativo de muitos outros [...].” Positivismo: a base desta modalidade de análise está amparada nos pensamentos de Francis Bacon, John Locke, John Stuart Mill, David Hume e Augusto Comte. E utiliza como expediente a observação dos fenômenos e estabelece uma relação entre o estudo dos fenômenos naturais e dos fenômenos sociais. Esta é uma pesquisa constituída “[...]através da observação dos dados da experiência, das leis que regem os fenômenos. [...]Para o positivismo todo conhecimento humano procede direta ou imediatamente da experiência.” (BARROS E LEHFELD, 2003, p. 51) Fenomenológico: não se limita a descrição dos fenômenos. É ao mesmo tempo tentativa de interpretação dos mesmos, com objetivo de por a descoberto os sentidos menos aparentes. Para Meksenas (2002), fenomenologia tem sua origem no verbo grego phainomai, num significado abrangente: eu apareço e/ou aquilo que aparece. E descreve que “Quando Husserl (1859-1938) iniciou o movimento filosófico que originaria a fenomenologia, tinha em mente o desafio de estudar, descrever e interpretar aquilo que aparece, isto é, qual a essência de um fenômeno e como se manifesta ao seu observador – o eu (o Ser).” 1.5 DOCUMENTOS CIENTÍFICOS De modo geral os documentos científicos podem ser definidos como monográficos. A Monografia é concebida como o tipo de trabalho científico que restringe sua abordagem a um único problema. O tema deve ser bem delimitado e trabalhado em profundidade. Os documentos científicos podem ser assim traduzidos: • Trabalhos Acadêmicos – similares (Trabalho de Conclusão de Curso -TCC) - Segundo a NBR 14724 (2006), “[...]são documentos (relatório ou
  • 19. 19 Educar Para a Pesquisa: normas para produção de textos científicos monografia) que expressam o resultado do estudo, devendo expressar conhecimento do assunto escolhido e ser emanado de disciplina [...].” Pode ser desenvolvido no nível de graduação ou de Pós-graduação (Lato-Sensu). • Dissertação (Mestrado) De acordo a NBR anteriormente citada é o documento que representa o resultado de um trabalho experimental ou a exposição de um estudo científico retrospectivo, de tema único e bem delimitado em sua extensão, com o objetivo de reunir, analisar e interpretar informações. Deve evidenciar o conhecimento da literatura existente sobre o assunto e a capacidade de sistematização do candidato. É feito sob a coordenação de um orientador (doutor), visando à obtenção do título de mestre.1 • Tese (Doutorado) Ainda, em conformidade com a NBR anteriormente citada é o documento que representa o resultado de um trabalho experimental ou a exposição de um estudo científico de tema único e bem delimitado. Deve ser elaborado com base em investigação original, constituindo-se em real contribuição para a especialidade em questão. É feito sob a coordenação de um orientador (doutor), e visa à obtenção do título de doutor, ou similar.2 1 NBR 14.724 (ABNT, 2005, p. 4) 2 id.
  • 20. 20
  • 21. 21 2 ESTRUTURA DE UM PROJETO DE PESQUISA “Quanto mais a sociedade mergulha em problemas muito mais é exigido dos intelectuais, dos cientistas a das instituições que forneçam potenciais para soluções.” (HABERMAS citado por FRANTZ, 2002, p. 106)
  • 22. 22 Estrutura de Um Projeto de Pesquisa 2 O QUE É UM PROJETO DE PESQUISA O projeto de pesquisa é um documento que tem por finalidade sistematizar, construir, planejar as etapas de fundamentação de ordem teórica e prática. Para elaboração de um projeto de pesquisa não há um conjunto de regras rígidas, possibilitando desta forma, uma maior flexibilidade na sua construção. O projeto de pesquisa aponta, define e delimita o que se pretende estudar, o problema de pesquisa, as suas justificativas, objetivos, uma cuidadosa revisão de literatura, acompanhada de metodologia, cronograma de execução e as referências bibliográficas empregadas. Em um clássico esquema de apresentação de projeto de pesquisa encontramos os elementos fundamentais: 2.1 TEMA: TÍTULO DO PROJETO É a essência do que se pretende pesquisar. Para localizar o objeto de pesquisa, basta retirar os elementos secundários do título do projeto (adjetivos, pronomes e preposições) para identificá-lo. (ver exemplo abaixo e a sua seqüência de desenvolvimento) Segundo Barros e Lehfeld (2002, p. 45), “O tema deve responder ao interesse do pesquisador, bem como preocupar-se com a possibilidade de manejo das fontes de consulta bibliográfica.” Os temas estão presentes e ressoam nos ecos da sociedade. Surgem mediante a observação da vida, do cotidiano profissional/trabalho, dos fenômenos, dos fatos, das coisas, dos programas de pesquisa e iniciação científica já constituídos, das produções dos cientistas ou pesquisadores, enfim, de estudos publicados. 2.2 DELIMITAÇÃO DO PROBLEMA Na acepção científica, o problema é qualquer questão não resolvida e que é de discussão, em qualquer domínio do conhecimento (GIL, 2002, p. 23). Problema, para Kerlinger (1998, p. 35), “é uma questão que mostra uma situação necessitada de discussão, investigação, decisão ou solução. Portanto, problema é uma inquietação no processo de investigação que a pesquisa pretende responder.”
  • 23. 23 Educar Para a Pesquisa: normas para produção de textos científicos Na prática, delimitar o problema consiste em situar, localizar, identificar o objeto-problema em sua circunstância, no tempo e no espaço, mostrando o levantamento preliminar dos dados a ele referentes, obtidos através dos estudos exploratórios. Gil (2002), define problema de pesquisa como questões para as quais ainda não se têm respostas. A formulação, delimitação ou apresentação de um problema tem relação com as indagações: • Como se apresenta um fenômeno? • Quais as suas causas e conseqüências? Descreve o tema de forma a evidenciar os motivos ou o contexto no qual o problema, a(s) questão(ões) e as hipóteses que levaram o pesquisador à investigação. Questões de pesquisa são indagações ou inquietações manifestadas pelo pesquisador em relação ao estudo pretendido. Recomendações para o pesquisador delimitar o seu tema de pesquisa: A fim de que o pesquisador consiga avançar em sua tarefa de investigação, segundo Gressler (2003, p. 114), “O problema deve demonstrar que é passível de verificação científica. Tem que “[...] ser uma indagação para a qual se busca uma ou diversas respostas; um problema pode referir-se a ‘que acontece quando’, ‘qual a causa de’, ‘como deveria ser... para.” Para definir o problema temos que analisar as características. Porque para Gressler (2003), o problema deve refletir ou estabelecer as relações entre duas ou mais variáveis, deve ser formatado em forma de questão, para a qual se busca uma resposta; formulado de maneira clara, objetiva e resumida. 2.3 JUSTIFICATIVAS Após apresentar o tema ao leitor, procure justificar a escolha do tema, mostrando sua importância. Diga a quem ele serve e por que serve. Procure mostrar o valor e o significado da sua pesquisa. Procure convencer o leitor de que seu tema é pertinente, é coerente e consistente. Ressalte o tema do ponto de vista histórico, pessoal, profissional, pedagógico, sociológico, psicológico. Qual a razão científica que o convenceu de optar por este tema em detrimento de outros.
  • 24. 24 Estrutura de Um Projeto de Pesquisa Para o Gil (2002, p.162) na fase inicial de um projeto de pesquisa, podemos incluir e apresentar os seguintes argumentos: Fatores que determinaram a escolha do tema, sua relação com a experiência profissional ou acadêmica do autor, assim como sua vinculação à área temática e a uma das linhas de pesquisa do curso de pós-graduação; argumentos relativos à importância da pesquisa, do ponto de vista teórico ou empírico; referência a sua possível contribuição para o conhecimento de alguma questão teórica ou prática ainda não solucionada. 2.3.1 Justificativa da pesquisa - Por quê? Deverá constar uma narração sucinta dos aspectos teóricos e práticos que fazem necessários para a realização da pesquisa. • É dizer o por quê? • É clarificar os motivos que justificam a pesquisa: - Motivos de ordem teórica. - Motivos de ordem prática. 2.4 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA A conceituação adequada de problema de pesquisa não constitui tarefa fácil, em virtude das diferentes acepções que envolvem este termo. Como nem todo problema é passível de tratamento científico, é necessário que logo de início se verifique se o problema cogitado se enquadra na categoria de científico ou não. A formulação do problema é resultado de muita leitura, de persistente reflexão e de discussão com autoridades que tiveram e tem vivência e experiência do problema. 2.4.1 Abordagem geral do problema Neste ponto você deverá descrever de forma ampla o estado atual do problema, que mereça uma pesquisa que o afeta e aos demais. Faça uma análise crítica sobre a problemática dentro da qual seu tema está inserido. O que o
  • 25. 25 Educar Para a Pesquisa: normas para produção de textos científicos incomoda, o que o questiona, o que o desafia e o que o estimula a buscar urgentes respostas e ou soluções às questões e/ou problemas. Problemas não são coisas boas, são aspectos que incomodam, que perturbam e servem, aqui, como uma introdução às questões específicas da pesquisa. 2.4.2 Problematização Por problematização entende-se pelo fato o autor transformar o tema em problema, fazendo indagações, perguntas ao tema, ao objeto de investigação. Ressalta-se que a ou as questões aqui formuladas indicam o objeto a ser investigado; portanto a caminhada a ser implantada. O que você perguntar aqui, sua pesquisa irá mais tarde responder ou apresentar as soluções. A facilidade ou dificuldade em fazer perguntas está na ordem direta em que o autor domina ou não o assunto a ser pesquisado. É preciso entender bem para ter facilidade de ser claro e objetivo ao fazer as indagações. De acordo com Gil, (2002, p. 26) “A experiência acumulada dos pesquisadores possibilita ainda o desenvolvimento de certas regras práticas para a formulação de problemas científicos, tais como: a) o problema deve ser formulado como pergunta; b) o problema deve ser claro e preciso; c) o problema deve ser empírico; d) o problema dever ser suscetível de solução; e) o problema deve ser delimitado a uma dimensão viável.” 2.4.3 Pressupostos e / ou Hipóteses Tanto pressupostos quanto hipóteses constituem a idéia da tese. Pressuposto é uma proposição preliminar qualitativa que se faz na tentativa de verificar a validade da(s) resposta(s) existente(s) para um problema levantado. Hipótese é uma proposição preliminar quantitativa que se faz na tentativa de verificar a realidade da(s) solução(s) existente(s) para um problema levantado. Na maioria das vezes, estas pesquisas são qualitativas, embasadas em pressupostos e em fatores qualitativos de análise e não em hipóteses e variáveis. As hipóteses compreendem as variáveis. Os pressupostos compreendem fatores qualitativos de análise. Os fatores qualitativos de análise são aqueles aspectos que serão tratados, na pesquisa, de forma qualitativa, dentro de um todo e não pela limitação entre causa e efeito.
  • 26. 26 Estrutura de Um Projeto de Pesquisa Fica claro então que os pressupostos correspondem a respostas prévias, que o investigador apresenta para dar início a sua pesquisa propriamente dita, que são apresentadas na tentativa de imaginar preliminarmente, em base a estudos exploratórios e aquilo que é do conhecimento atual do pesquisador. É conveniente antecipar que tudo isso é colocado na imaginação do investigador que, através da pesquisa bibliográfica e de outra modalidade de pesquisa por ele sistematizada, conseguirá ou não confirmar suas respostas ou pressupostos. 2.4.4 Formulação de hipóteses São suposições colocadas como respostas plausíveis e antecipadas para o problema de pesquisa. As hipóteses são provisórias, pois são passíveis de confirmação ou refutação com o desenvolvimento da pesquisa. Um mesmo problema pode apresentar muitas hipóteses que são soluções possíveis para a sua resolução. A(s) hipótese (s) irá (ão) orientar o planejamento dos procedimentos metodológicos necessários à execução da pesquisa. O processo de pesquisa está voltado para as evidências que comprovem, sustentem ou refutem as hipóteses do pesquisador. A hipótese é uma afirmação, uma resposta possível ao problema proposto e caracteriza-se por ser a direção do processo investigativo. Segundo Gil (1997) As hipóteses podem estar explícitas ou implícitas na pesquisa. Quando analisados os instrumentos adotados para a coleta de dados é possível reconhecer as hipóteses subjacentes (implícitas) que conduziram a pesquisa. 2.4.5 Características das hipóteses Vários autores determinaram as características ou requisitos das hipóteses necessários para a validade das hipóteses. Segundo Piccoli (2004, p. 106), “Hipótese é uma suposição que se faz na tentativa de se explicar o que se desconhece. Esta suposição é provisória, pois deverá ser testada para que seja verificada a sua validade. As hipóteses devem atender alguns requisitos na visão de Piccoli (2004, p. 106-107), “[...]serclaraecompreensível–serconstituídaportemosqueauxiliem a compreender o que se pretende afirmar e indiquem, de forma denotativa,osfenômenosaquesereferem;terbaseempírica–possível
  • 27. 27 Educar Para a Pesquisa: normas para produção de textos científicos de ser observada.; ser plausível – indicar uma situação possível de ser admitida, aceita; ser consistente - indicar que o enunciado não esta em contradição com a teoria, com o conhecimento científico mais amplo e nem mesmo dentro de seu próprio enunciado.; ser específica – hipóteses muito amplas necessitam de sub hipóteses; ser verificáveis; ser redigida de forma simples – incluir os termos queestejamdiretamenterelacionadosparasuacompreensão.;servir de explicação para o problema que foi enunciado.” 2.5 OBJETIVOS - PARA QUÊ? É um fim que o trabalho se propõe atingir. É tentar dar resposta ao problema. 2.5.1 Objetivo geral Definir, de modo geral, o que se pretende alcançar com a execução da pesquisa (visão global e abrangente). Apresenta de modo sucinto o que se deseja fazer, e o que se pretende alcançar. Enuncia de forma genérica um propósito mais amplo e que somente será alcançado com o término da pesquisa. 2.5.2 Objetivos específicos É o detalhamento do objetivo geral da pesquisa podendo ser obtido a médio ou curto prazo. Visa à operacionalização de um objeto mais abrangente ao longo da pesquisa. Segundo Santos (2002), apresentamos como contribuição uma relação de verbos. São verbos que contribuem para o entendimento e compreensão dos estágios cognitivos. Para o autor nos estágios podemos utilizar os seguintes verbos: Estágio de conhecimento – Expressa-se em verbos como apontar, citar, classificar, conhecer, definir, descrever, identificar, reconhecer, relatar. Estágio de compreensão – Em verbos como compreender, concluir, deduzir, demonstrar, determinar, diferenciar, discutir, interpretar, localizar, reafirmar. Estágio de aplicação – Em verbos como aplicar, desenvolver, empregar, estruturar, operar, organizar, praticar, selecionar, traçar. Estágio de análise – Em verbos como analisar, comparar, criticar, debater,
  • 28. 28 Estrutura de Um Projeto de Pesquisa diferenciar, discriminar, examinar, investigar, provar. Estágio de síntese – Em verbos como compor, construir, documentar, especificar, esquematizar, formular, produzir, propor, reunir, sintetizar. Estágio de avaliação – Em verbos como argumentar, avaliar, contrastar, decidir, escolher, estimar, julgar, medir, selecionar. (SANTOS, 2002, p. 66) 2.6 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA O que foi escrito sobre o tema? É o levantamento de literatura existente acerca da temática escolhida acompanhada de uma análise comentada com ênfase nos pontos convergentes e divergentes entre os autores de um mesmo objeto de estudo. Nesta etapa da descrição mediante argumentos teóricos publicados por outros pesquisadores, o aluno deverá dividir seu tema em títulos e subtítulos (partes/subseções) e construir seus argumentos tendo como base as idéias de três ou mais autores estudados. É momento para demonstrar todo conhecimento adquirido ou construído ao longo dos estudos na graduação, pertencentes a sua área de conhecimento. 2.7 METODOLOGIA - Como? Onde? Com quê? Em qualquer tipo de trabalho científico faz parte inicialmente a pesquisa bibliográfica, por que viabiliza a fundamentação teórica do trabalho. A expressão Metodologia poderia ser substituída por Procedimentos Metodológicos ou Materiais e Métodos. 2.7.1 Modalidade de pesquisa Segundo posicionamento de Gil (2002), qualquer classificação segue algum critério. De maneira geral, as pesquisas usualmente se classificam de acordo com os seus objetivos gerais. Quanto aos objetivos, podemos classificar as pesquisas em: exploratórias, descritivas e explicativas.
  • 29. 29 Educar Para a Pesquisa: normas para produção de textos científicos Para Dencker (2002, p. 124), a característica da pesquisa exploratória é “possuir um planejamento flexível envolvendo em geral o levantamento bibliográfico, entrevistas[...].” “[...]têm objetivo de proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais explícito ou constituir hipóteses. Pode-se dizer que estas pesquisas têm como objetivo principal o aprimoramento de idéias ou a descoberta de intuições. [...] na maioria dos casos, essas pesquisas envolvem: a) levantamento bibliográfico; b) entrevistas com pessoas que tiveram experiências práticas com o problema pesquisado c) análise de exemplos que ‘estimulem a compreensão’.” (SELLTIZ et al., 1967, p. 63 apud GIL, 2002, p. 41) As pesquisas descritivas têm como objetivo primordial a descrição das características de determinada população ou fenômeno ou, então, o estabelecimento de relações entre as variáveis.” [...]uma de suas características mais significativas está na utilização de técnicas padronizadas de coleta de dados, tais como o questionário e a observação sistemática.” (GIL, 2002, p. 42) Na pesquisa explicativa a relevância é a “[...]preocupação principal identificar os fatores que determinam ou que contribuem para a ocorrência dos fenômenos. Este tipo de pesquisa é a que mais aprofunda o conhecimento da realidade, porque explica a razão, o porquê das coisas.” (GIL, 2002, p. 42) Para analisar os fatos com mais profundidade e do ponto de vista empírico, para confrontar a visão teórica com os dados da realidade, torna- se necessário traçar um modelo conceitual e operativo da pesquisa. Toda modalidade de pesquisa não pode dispensar a pesquisa bibliográfica, que pode ser uma modalidade de pesquisa por si própria. Além da bibliográfica podemos, de acordo com critérios de objeto- problema e objetivos, acenar para as seguintes modalidades: 2.7.2 Tipos de pesquisa 2.7.2.1 Pesquisa básica Tem como propósito a geração de novos conhecimentos para o avanço da ciência sem aplicação prática prevista.
  • 30. 30 Estrutura de Um Projeto de Pesquisa 2.7.2.2 Pesquisa aplicada Tem como propósito a geração de conhecimentos para aplicações práticas dirigidas á solução de problemas específicos. Tem resultados práticos, especialmente econômicos. 2.7.2.3 Pesquisa exploratória Esta fase segundo Minayo (1994, p. 31) “[...] é, sem dúvida um de seus momentos mais importantes. Pode, até mesmo, ser considerada uma pesquisa exploratória.” A construção deste tipo de pesquisa deve ser constituída pela pesquisa bibliográfica disciplinada, crítica e ampla, pela fase de articulação criativa e pela humildade. 2.7.2.4 Pesquisa descritiva Segundo a Gressler (2003, p. 54) “a pesquisa descritiva descreve, sistematicamente, fatos e características presentes em uma determinada população ou área de interesse.” Segundo Dmitruk (2004, p. 73) Este tipo de pesquisa “[...] estuda fatos e fenômenos físicos e humanos sem que o pesquisador interfira, utilizando técnicas de observação, registro, análise e correlação de fatos sem manipulá- los.” É um caminho utilizado principalmente nas ciências humanas e sociais. 2.7.2.5 Pesquisa bibliográfica Segundo Barros e Lehfeld (2000, p. 70), é uma modalidade de pesquisa que “[...] se efetua tentando resolver um problema ou adquirir conhecimentos a partir do emprego predominante de informações advindas de material gráfico, sonoro e informatizado.” Em livros de referência, dicionários, revistas, artigos científicos etc. A organização e uso deste tipo de pesquisa permitem que o discente obtenha a formação e consiga criar a postura científica, encaminha para o autodidatismo, quando realizada independentemente. Envolve e instiga os discentes a elaborar trabalhos nas disciplinas, constituir projetos e relatórios sistematizados dos conhecimentos já transmitidos.
  • 31. 31 Educar Para a Pesquisa: normas para produção de textos científicos 2.7.2.6 Pesquisa de estudo de campo Esse tipo de pesquisa é constituída através da coleta direta de informações no lugar e espaço definido para o estudo dos fenômenos. Segundo Silva (2003, p. 63), afirma que “não se deve confundir pesquisa de campo com coleta de dados, pois todas as pesquisas necessitam de coleta dos dados, porém, na pesquisa de campo, os dados são coletados In loco; com objetivos pré-estabelecidos [...].” Este tipo de pesquisa requer a inserção de entrevistas, de questionários formulários ou outros meios. 2.7.2.7 Pesquisa experimental Segundo Barros e Lehfeld (2000, p. 76), este tipo de pesquisa “[...]adota o critério de manipulação de uma ou mais variáveis independentes (causa), sob adequado controle, a fim de se observar e interpretar as reações e as modificações ocorridas no objeto de pesquisa (efeito-variável dependente).” Com esta modalidade de pesquisa, o pesquisador pode interferir na realidade estudada, estabelece ele uma relação direta na manipulação das variáveis de pesquisa. 2.7.2.8 Pesquisa documental Para Dmitruk (2004, p. 74), esta modalidade de análise “[...] estuda a realidade atual por meio de documentos, para descrever e compara diferentes tendências, costumes, práticas etc.” 2.7.2.9 Pesquisa histórica A estrutura de descrição para a pesquisa histórica é constituída através de documentos, onde o maior suporte de busca explicações da verdade são os escritos documentais primários, iconográficos bem como a oralidade dos sujeitos de pesquisa.
  • 32. 32 Estrutura de Um Projeto de Pesquisa 2.7.2.10 Pesquisa -ação Segundo Barros e Lehfeld (2000, p. 77), “Nesse tipo de pesquisa, os pesquisadores desempenham um papel ativo no equacionamento dos problemas, mas procura desencadear ações e avalia-las em conjunto com a população envolvida.” Os sujeitos participantes da pesquisa estão envolvidos de modo cooperativo e participativo, desempenhando um papel ativo na resolução dos problemas. 2.7.2.11 Pesquisa participante Este é um tipo de pesquisa que se constitui quando existe a interação entre o investigador e os sujeitos da investigação. 2.7.2.12 Pesquisa quantitativa É tipo de pesquisa que procura quantificar opiniões, dados, nas formas de coleta de informações e no emprego de recursos de técnicas estatísticas. Aplicada na pesquisa de âmbitos sociais, econômicos, de comunicação, mercadológica, de opinião. 2.7.2.13 Pesquisa qualitativa É o tipo de pesquisa que descreve a complexidade de uma determinada hipótese ou problema, analisando a interação de certas variáveis, compreendendo e classificando processos dinâmicos experimentados pôr grupos sociais. 2.7.2.14 Pesquisa estudo de caso Segundo Dencker (1998, p. 127), este tipo de pesquisa é um “[...]estudo profundo e exaustivo de determinados objetos ou situações. Permite o conhecimento em profundidade dos processo e relações sociais. [...] é recomendável na fase inicial das investigações, para construção de hipóteses ou reformulação do problema.”
  • 33. 33 Educar Para a Pesquisa: normas para produção de textos científicos Possibilita muita flexibilidade no processo de análise, não permite que o pesquisador construa as generalizações dos dados. Segundo Cimadom (2004, p. 124), o estudo de caso “não se trata propriamente de um método, mas de uma técnica didática, que deve ser alterada com outras técnicas de ensino. [...]É muito empregado em Psicologia Aplicada, em Serviço Social, em Clínica Médica, Em Administração, em direito. [...]favorece a participação ativa, é muito dinâmico e estabelece excelentes correlações com o real, portanto, altamente motivador.” 2.7.3 Tipos de métodos O Projeto de Pesquisa ‘clareia’ quando o pesquisador consegue dizer, de forma operacional, quais etapas, quais passos, quais procedimentos, quais regras vão ser operacionalizados para desenvolver a pesquisa. Nas investigações e serem construídas precisamos de um meio para trilhar um caminho e saber qual o rumo a ser seguido. Portanto, o uso do método é necessário. Segundo Cervo e Bervian (1983, p. 23), “[...] o método é a ordem que se deve impor aos diferentes processos necessários para atingir um fim dado ou resultado desejado. Nas ciências, entende-se por método o conjunto de processos que o espírito humano deve empregar na investigação e demonstração da verdade.” Os métodos podem ser classificados quanto à abordagem e quanto aos procedimentos. Os de abordagem podem ser: indutivo, dedutivo, hipotético-dedutivo e dialético, fenomenológico, positivista, estruturalista, hermenêutico. Os de procedimento podem ser: empírico, histórico, comparativo, monográfico, observação, funcionalista, estatístico, econométrico e genealógico. Descreve minuciosamente as atividades a serem executadas ao longo da pesquisa, ou seja, é o desenho metodológico que se pretende adotar. Esta etapa do projeto sugere a definição do tipo da pesquisa. Os tipos de pesquisa mais comuns são: de campo, bibliográfica, descritiva, experimental, etc..., os instrumentos, as técnicas, os sujeitos de pesquisa (amostra), o tempo previsto para a realização do levantamento de dados e o método (comparativo, hipotético-dedutivo, estatístico, etc...) a ser adotado na análise e interpretação dos dados.
  • 34. 34 Estrutura de Um Projeto de Pesquisa 2.7.4 Técnicas de pesquisa (COM QUÊ?) As técnicas mais comuns de pesquisa são: - questionários (é um instrumento que dispensa a presença do pesquisador), pode ser utilizado de forma direta ou indireta; - entrevistas (pode ser organizada com perguntas fechadas ou abertas); - levantamento documental; - formulários (com a presença do pesquisador). ONDE? COMO? - campo de observação • descrever o campo de observação com suas unidades de observação e variáveis que interessem à pesquisa; • população com suas características; • se for utilizar amostra, justificar, dando os motivos, e apresentar o modo como a amostra será selecionada e suas características; • local; • unidades de observação relevantes para a pesquisa. COM QUÊ? - instrumento de pesquisa • descrever o instrumento da pesquisa que vai ser utilizado; • que informações se pretende obter com eles; • como o instrumento será usado ou aplicado para obter estas informações. QUANTO? - utilização de provas estatísticas • quais as hipóteses estatísticas enunciadas; • como os dados obtidos serão codificados; • que tabelas serão feitas e como serão feitas; • que provas estatísticas serão utilizadas para verificar as hipóteses; • em que nível de significância; • previsão sobre interpretação dos dados.
  • 35. 35 Educar Para a Pesquisa: normas para produção de textos científicos 2.8 CRONOGRAMA - Quando? Para qualquer ação humana, exige envolvimento, adequação, possibilidades reais, relevância, recursos financeiros e tempo necessário para cada tarefa. Segundo Gil (2002, p.155), cronograma da pesquisa “se desenvolve em várias etapas, é necessário fazer a previsão do tempo necessário para se passar de uma fase para outra.” A descrição das etapas pode ser feita em horas, dias, semanas, meses etc., de acordo com a realidade. Para Gil (2002, p. 155), as etapas do projeto de pesquisa “[...]convém definir um cronograma que indique com clareza o tempo de execução previsto para as diversas fases, bem como os momentos em que estas se interpõem.” No cronograma deve-se: • definir o tempo que será necessário para executar o projeto, isto é, para realizar a pesquisa, dividindo o processo em etapas e indicando que tempo é necessário para a realização de cada etapa. • apresentar as atividades de cada etapa da pesquisa: (elaboração do projeto, coleta de dados, tabulação e análise e discussão dos dados, elaboração do relatório final), acompanhada do tempo previsto para sua realização; • verificar o tempo disponibilizado para realização da pesquisa; • indicar as principais tarefas e respectivo período de realização.
  • 36. 36 Estrutura de Um Projeto de Pesquisa CRONOGRAMA 666666666666666666666666)HYPDUDEUPDMXQMXO 'HILQLomRHFRQYLWHDRRULHQWDGRU /HYDQWDPHQWRHUHYLVmRELEOLRJUiILFD (VFROKDGRDVVXQWR7HPD /HLWXUDH)LFKDPHQWRV 'HOLPLWDomRGRSUREOHPD (ODERUDUDVMXVWLILFDWLYDVHRVREMHWLYRVJHUDLV HVSHFtILFRV )XQGDPHQWDomRWHyULFD ROHWDGRVGDGRV TXHVWLRQiULRVHQWUHYLVWDVIRUPXOiULRV 0HWRGRORJLDHFURQRJUDPD (PLVVmRGRSDUHFHUGRRPLWrGHpWLFD /HLWXUDGRSURMHWRSHORRULHQWDGRU (ODERUDomRGRUHODWyULR $QiOLVHGRVGDGRV ,QWHUSUHWDomRGRVUHVXOWDGRVHFRQFOXV}HV 5HGDomRGRUHODWyULR ,1752'8d­27HPDGHOLPLWDomRMXVWLILFDWLYD REMHWLYRV
  • 38. 37 Educar Para a Pesquisa: normas para produção de textos científicos 2.9 ORÇAMENTO – Quanto vai custar? É apresentado por meio de um quadro mostrando as rubricas: • Material de Consumo (papel A4, disquetes, cartuchos para impressora); • Outros serviços e encargos (fotocópias, transporte, alimentação); • Material permanente (equipamentos, móveis) necessários para a realização da investigação; • Arrole as quantidades e os valores em reais (R$); • Apresentar um somatório com o valor global. Não poderá ultrapassar o valor estipulado pelo Edital ao qual a proposta está sendo submetida. Quando for o caso. REFERÊNCIAS - que materiais foram consultados? Lista das referências adotadas na execução da pesquisa conforme a NBR 6023 3 da ABNT. São referências os documentos de onde foram retiradas as citações feitas na revisão da literatura e materiais consultados durante a pesquisa bibliográfica. ANEXOS São documentos, nem sempre do próprio autor, utilizados para fundamentar, comprovar ou ilustrar algo que foi “dito”. Se forem utilizados, devem aparecer ao final do trabalho. ANEXO A - Unidavi 3 NBR 6023 (ABNT, 2002).
  • 39. 38 Estrutura de Um Projeto de Pesquisa ELEMENTOS FUNDAMENTAIS DE UM PROJETO DE PESQUISA4 CAPA FOLHA DE ROSTO SUMÁRIO 5 1 TEMA E TÍTULO DO PROJETO 2 DELIMITAÇÃO DO PROBLEMA 3 JUSTIFICATIVAS 4 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA 5 OBJETIVOS 5.1 Gerais 5.2 Específicos 6 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 7 METODOLOGIA 8 CRONOGRAMA 9 ORÇAMENTO REFERÊNCIAS APÊNDICES ANEXOS Na apresentação e elaboração do projeto de pesquisa não deve ter: introdução nem conclusão. 4 Para elaboração, formatação e digitação de todo o projeto, consulte o capítulo. 5 Para elaboração e constituição dos elementos Pré-textuais, verifique quais são os elementos obrigatórios e opcionais de Trabalho de Conclusão de Curso(TCC).
  • 40. 39 Educar Para a Pesquisa: normas para produção de textos científicos 3 RELATÓRIOS CIENTÍFICOS “A vocação política e a vocação científica da universidade.” (CHAUÍ, 2001, p. 115)
  • 41. 40 Relatórios Científicos 6 Universidade do Vale do Itajaí. Pró-Reitoria de Ensino. Elaboração de trabalhos acadêmico-científicos. Itajaí: Universidade do Vale do Itajaí, 2004. 3 ELABORAÇÃO E APRESENTAÇÃO DE RELATÓRIOS CIENTÍFICOS Entende-se por relatório, segundo a NBR 10719/89 todo “documento que relata formalmente os resultados ou progressos obtidos em investigação de pesquisa e desenvolvimento ou que descreve a situação de uma questão técnica ou científica.” Os projetos de pesquisa que não são criteriosa e sistematicamente planejados, mediante os dados relevantes coletados, observados, analisados, e interpretados de forma correta, não exercem uma mudança acadêmica necessária do caminhar da pesquisa. Para tanto, ainda é necessário o devido cuidado dos autores na construção do relato e na apresentação dos resultados obtidos, das considerações finais. É necessário que o trabalho tenha claramente definidos os fundamentos científicos e metodológicos. Relatório é, então, uma narração, descrição ou exposição de um evento qualquer (algo que ocorreu e foi observado, algo que foi realizado), de uma prática ou de um conjunto de práticas, até mesmo de um objeto.6 Assim sendo, mencionamos a importância de elaborar o relato, momento de finalização e apresentação dos dados obtidos durante o desenvolvimento da pesquisa. É importante que o pesquisador tenha presente que, ao término da sua pesquisa, deverá elaborar o Relatório Final. O relatório final deverá documentar todas as suas ações e registrar um conjunto de informações consideradas importantes. Antes de iniciar o relatório, você deve refletir sobre alguns aspectos fundamentais do seu trabalho que necessariamente deverão ser levados em conta: a) o que é que você quer relatar? b) a quem se destina o relatório? c) quando e onde se desenvolveu a sua pesquisa? d) como foi realizada a sua pesquisa? e) que resultados espera com a sua pesquisa? Assim sendo, feitas as reflexões, você já pode pensar na estrutura do seu relatório; independentemente das normas científicas para sua elaboração, o relatório deve conter os seguintes elementos: a) a apresentação do problema de investigação;
  • 42. 41 Educar Para a Pesquisa: normas para produção de textos científicos b) o processo (desenvolvimento) da pesquisa; c) os resultados alcançados com a pesquisa; d) as conseqüências dos resultados alcançados. Os acadêmicos, por meio de suas pesquisas, contribuem para o progresso científico. “À medida que auxiliam o desenvolvimento da ciência, por meio de novas descobertas científicas é um dever que lhes cabe documentar por escrito e divulgar seus trabalhos.” (FACHIN, 2001, p. 184) Para redigir o seu relatório, lembre-se de que a redação deve ter a essência e comunicar com clareza as suas reais intenções. Para tanto recomendamos evitar: a) palavras desnecessárias; b) a inclusão de ações ambíguas ou abstratas; c) excesso de citações sem inferência do pesquisador; d) grande quantidade de tabelas e gráficos sem análise; Por outro lado recomendamos o emprego de: a) frases preferencialmente curtas, ou seja, parágrafos de 5-6 linhas; b) escolha de termos familiares e preferencialmente na língua vernácula; c) opção pelo simples ao invés do complexo; d) ponha ação em seus verbos para clarificar os objetivos, ou mencionar ações imediatamente verificáveis; e) comunicar os resultados, ou seja, escreva como se estivesse falando. Todo trabalho de pesquisa, ao ser relatado, deverá visar fundamentalmente, às contribuições social e científica ao invés de impressionar professor - orientador ou banca. Os relatos devem preencher os requisitos de uma informação adequada e atender os leitores (leigos) em geral e não somente os profissionais da área específica. 3.1 ESTRUTURA DO RELATÓRIO A estrutura do documento relatório quer seja Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), Estágio, Prática de Ensino, Monografia, apresenta, em
  • 43. 42 Relatórios Científicos 7 NBR 14.724 (ABNT, 2005, p. 3). linhas gerais, as mesmas normas de apresentação dos trabalhos acadêmicos de caráter científico. Considerando que a NBR 10719, datada de agosto de 1989 (bastante antiga), optou-se por apresentar para a UNIDAVI, algumas adaptações lógicas e coerentes, visando facilitar a vida do acadêmico de graduação, pós-graduação e aos pesquisadores de modo geral (docentes e discentes). 3.1.1 Partes que compõem um relatório a) Elementos Pré-Textuais em conformidade com a NBR 6023 Capa Folha de Rosto Folha de aprovação Dedicatória(s) Agradecimento(s) Epígrafe Resumo na língua vernácula Resumo em língua estrangeira Lista de ilustrações Lista de tabelas Lista de abreviaturas e siglas Lista de símbolos Sumário 7 b) Elementos textuais 1 INTRODUÇÃO ........................................................................................15 1.1 PROBLEMA DE PESQUISA .................................................................. 15 1.2 DELIMITAÇÃO - Entidade (Contextualização do local de pesquisa) ..... 16
  • 44. 43 Educar Para a Pesquisa: normas para produção de textos científicos 1.3 JUSTIFICATIVAS ................................................................................... 16 1.4 OBJETIVOS ........................................................................................... 17 1.4.1 Geral .................................................................................................... 17 1.4.2 Específicos ........................................................................................... 17 2 DESENVOLVIMENTO (Fundamentação Teórica / Revisão de Literatura)...................................................................................................... 18 3 METODOLOGIA (pode ser substituída por Procedimentos Metodológicos ou Materiais e Métodos) .................................................... 25 4 RESULTADOS OBTIDOS (Análise e Discussão) ................................. 28 5 CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES ..................................................... 35 c) Elementos pós-textuais REFERÊNCIAS .............................................................................................. 36 APÊNDICES ................................................................................................... 37 ANEXOS ........................................................................................................ 38 A finalidade de um relatório é comunicar os resultados obtidos na investigação. A sua apresentação formal obedece às normas técnicas padronizadas pela ABNT, que devem ser seguidos com todo o rigor no âmbito acadêmico, observando a seguinte estrutura: 3.2 ESTRUTURA DO RELATÓRIO – Partes que o compõem: 3.2.1 Introdução Na introdução, além de anunciar o tema é apresentada a delimitação do assunto tratado, as justificativas, os objetivos gerais e específicos alcançados pela pesquisa, podendo até apresentar uma breve contextualização histórica do local onde você estagiou.
  • 45. 44 Relatórios Científicos 3.2.2 Desenvolvimento - (Fundamentação Teórica / Revisão de Literatura) É a descrição histórico-filosófica-técnica-social do tema em estudo. Parte da pesquisa bibliográfica, devendo apresentar raciocínio lógico e clareza de idéias. Segundo Macedo (1996, p. 13), “a revisão bibliográfica [...] consiste numa espécie de ‘varredura’ do que existe sobre um assunto [...] a fim de que o estudioso não reinvente a roda.” Pode constituir-se em vários capítulos ou seções e subseções. Cada capítulo ou seção primária deve ser iniciado com nova página. Seu teor poderá ser enriquecido com ilustrações (tabelas, gráficos, mapas, quadros etc...). Assim, conservando-se a introdução e conclusão, pode-se subdividir o desenvolvimento em capítulos ou seções. 3.2.3 Metologia e materiais de pesquisa - (pode ser substituída por Procedimentos Metodológicos ou Materiais e Métodos) Informa, de maneira concisa e objetiva, como foi realizada a pesquisa: qual modalidade de pesquisa, qual método praticado e quais as técnicas aplicadas na sistematização dos dados durante o período do estágio-pesquisa. Vale informar que os métodos de uma mesma pesquisa podem simultaneamente ser qualitativos e quantitativos, assim como os tipos de pesquisa não são mutuamente excludentes. A pesquisa bibliográfica, por exemplo, pode ser também documental e estudo de caso, caracterizando a pesquisa qualitativa. Ainda, na descrição da metodologia, devem-se estabelecer os limites da pesquisa quanto ao assunto e extensão. É conveniente ressaltar a população (conjunto de elementos que possui as características desejáveis para o estudo) e amostra (representatividade da população). Recomenda-se cautela com a definição dos termos e as variáveis qualitativas devem ser descritas enquanto as quantitativas podem ser representadas por ilustrações. Deve-se manter a neutralidade na coleta e análise dos dados. Todo instrumento de coleta (entrevistas, questionários) deve ser previamente testado.
  • 46. 45 Educar Para a Pesquisa: normas para produção de textos científicos 3.2.4 Resultados obtidos no período – (análise e discussão) Resultado não significa conclusão. Aqui se procura responder aos objetivos específicos propostos. Apresentam-se os dados coletados e o tratamento dos mesmos. Nesta parte, pode se apresentar os gráficos, as ilustrações, os quadros, as tabelas. É a etapa em que são realizadas a análise e a discussão dos resultados. 3.2.4.1 O texto de relatórios de estágio é composto por: Um contexto que enfoca os seguintes pontos: Descrição geral do estágio (histórico, descrição física); Descrição das atividades desenvolvidas (informando o total de horas em cada atividade, detalhamento de cada fase ou etapa de estágio); Descrição dos processos temáticos ou de outras particularidades técnicas observadas. A apresentação dos resultados: 3.2.4.2 Apresentação dos dados / resultados (relativos ao 1º objetivo específico; pressuposto ou hipótese) e análise interpretação / discussão dos resultados. Cada um dos objetivos específicos; pressupostos ou hipóteses devem ser expostos com seus resultados e respectiva análise. São numerados seqüencialmente, 4.1; 4.2; 4.3 ... conforme sua seqüência de apresentação original. Os resultados de objetivos específicos; pressupostos ou hipóteses, podem ser correlacionados produzindo novas informações ou resultados. 3.2.5 Conclusões / Recomendações Tomando como base a discussão dos resultados, a conclusão deve considerar se os objetivos propostos foram alcançados, fazendo as necessárias críticas sobre o caminho percorrido, com vistas a indicar as prováveis fontes de erros; apresentar sugestões para futuras pesquisas relacionadas com o projeto.
  • 47. 46 Relatórios Científicos Segundo Gressler (2003), a conclusão vem a ser, portanto, uma análise interpretativa, um arremate crítico unificador, que poderá conter: a) a idéia-tema expressa na introdução, que poderá ser apresentada em forma de problema, hipótese ou objetivo, seguida da solução para o problema, confirmação ou rejeição da hipótese e alcance do objetivo; b) a síntese integradora das partes que compõem o trabalho; c) a comparação com outras investigações ou com opiniões de autoridade no assunto; d) a extensão do trabalho, isto é, até onde seus resultados poderão ser extrapolados com validade; e) as sugestões de possíveis alternativas para equacionar o problema ou sugestões para novos estudos, com outros enfoques, mais amplos, ou sobre assuntos correlatos; f) as dificuldades encontradas no decorrer do desenvolvimento da investigação que ocasionaram limitações no estudo. g) as recomendações são declarações concisas de ações, necessárias a partir das conclusões obtidas e que, devem ser recomendadas para solução de problemas e estudos complementares. REFERÊNCIAS Apresentar, de acordo com as normas da ABNT, as fontes bibliográficas consultadas e citadas nas demais partes do relatório é comportamento obrigatório. APÊNDICE(S) Segundo a NBR 14.724 (ABNT, 2005), são documentos constituídos pelo autor, cuja finalidade é complementar a argumentação do trabalho. ANEXOS São documentos, que não foram constituídos pelo autor, são utilizados para fundamentar, comprovar ou ilustrar algo que foi “dito”. Se forem utilizados, devem aparecer ao final do trabalho.
  • 48. 47 Educar Para a Pesquisa: normas para produção de textos científicos 4 COMO ORGANIZAR TRABALHOS CIENTÍFICOS “A alma da vida acadêmica é constituída pela pesquisa, como princípio científico e educativo, ou seja, como estratégia de geração de conhecimento e promoção da cidadania.” (DEMO, 1993, p. 127)
  • 49. 48 Como Organizar Trabalhos Científicos 4 COMO ORGANIZAR E APRESENTAR TRABALHOS CIENTÍFICOS Entre os trabalhos científicos mais solicitados pelos docentes são: artigos, resenhas e papers. 4.1 ARTIGO CIENTÍFICO Respeitando o que prescreve a NBR 6022, maio 2003, o artigo é um texto com autoria declarada, que apresenta e discutem idéias, métodos, processos e técnicas, análise e resultados nas diversas áreas do conhecimento. Segundo Lakatos (2001), “Os artigos científicos são pequenos estudos, porém completos, que tratam de uma questão verdadeiramente científica, mas que não constituem em matéria de um livro.” No meio acadêmico são três os tipos de artigos mencionados por Dmitruk (2004, p. 62), os artigos originais, os artigos teóricos e os artigos de revisão. Artigos originais: informam os resultados obtidos, descrevem métodos, técnicas e processos, apresentando novas soluções na área através das pesquisas de campo, d experimentação ou estudos teóricos. Artigos teóricos: são produções apoiados na literatura existente. Neste tipo de produção o autor busca examinar determinada teoria, apontar defeitos ou procura demonstrar a superioridade de uma teoria sobre a outra. Artigos de revisão: constituem-se de avaliações críticas sobre material já publicado. As resenhas críticas pertencem a esta categoria. É comum nos cursos de graduação, o docente solicitar, como trabalho acadêmico, a redação de um artigo. Por esse motivo, apresentamos a seguir a estrutura de um artigo. O artigo é composto de elementos pré-textuais, elementos textuais (elemento de apoio) e elementos pós-textuais. 4.1.1 Elementos pré-textuais • O título do artigo; • Indicação do(s) autor(es); • Em nota de rodapé, indica-se um breve currículo dos autores (credenciais);
  • 50. 49 Educar Para a Pesquisa: normas para produção de textos científicos • Em seguida, apresenta-se um breve resumo, com o espaçamento entre linhas simples e fonte 10; • O resumo na língua vernácula; • O resumo em língua estrangeira; • Nos resumos devem obrigatoriamente constar as palavras-chave. 4.1.2 Os elementos textuais O corpo do artigo deverá ser assim estruturado: Introdução, desenvolvimento e conclusão. Da Introdução, segundo (NBR 14724, 2002), deve constar “[...] a apresentação do trabalho, onde se informa o motivo que levaram à pesquisa, o problema, os objetivos e a justificativa.” Segundo Silveira (2004, p. 97), “A introdução, genericamente, desenvolve-se em seções e subseções, não sendo esta, entretanto, necessariamente, uma divisão formal das partes. Novamente, cabe ao pesquisador decidir como melhor formatar e subdividir o trabalho científico [...].” O desenvolvimento é parte do trabalho que poderá conter divisões organizadas em seções e subseções quantas forem necessárias para o melhor detalhamento dos estudos organizados durante a pesquisa. É a parte onde se devem detalhar os métodos, as teorias, os procedimentos adotados durante as vivências em campo e apresentar a análise e síntese dos resultados obtidos durante as horas estabelecidas no período de estágio. A Conclusão, Segundo Lakatos (2001), é a “síntese completa dos resultados da pesquisa ou resumo das principais informações ou argumentos.” 4.1.3 Elementos pós-textuais Para organizar as referências, deve-se seguir e utilizar todas as orientações contidas o livro Educar para a pesquisa da UNIDAVI. Como complementação, deve ser utilizado a NBR 6023 de ago. de 2002.
  • 51. 50 Como Organizar Trabalhos Científicos 4.2 RESENHAS Da mesma forma por que, constantemente, nos cursos de graduação, os professores solicitam como trabalhos acadêmicos a redação de uma resenha, passamos a apresentar a estrutura de uma resenha. 4.2.1 Elementos constitutivos de uma resenha Primeiramente configurar página (borda superior e esquerda 3,0 cm; borda inferior e direita 2,0 cm). • O título da resenha deverá ser centralizado, em negrito, letras maiúsculas e minúsculas, fonte 12, seguido de dois espaços. • Indica-se o(s) autor(es) e dos resenhistas à direita em fonte 10, fazendo chamada de rodapé. • Em nota de rodapé, indica-se um breve currículo dos autores. A Resenha é uma apreciação crítica sobre determinada obra; visa incentivar a leitura do livro comentado. O tamanho pode variar entre duas (para jornais não especializados) e dez laudas (publicações científicas). Segundo Silva (2003, p. 94), a “[...] Associação Brasileira de Normas Técnicas, na NBR 6028, denominou a resenha de resumo crítico. Seu objetivo é oferecer informações para que o leitor possa decidir quanto à consulta ou não do original. A resenha deve resumir as idéias da obra [...].” A resenha poderá incluir opiniões, comentários e comparações de outros autores e ou obras e julgamentos. Dmitruk (2004, p. 52) apresenta alguns detalhes a serem observadas na construção da resenha críticas. 4.2.2 As partes que constituem a estrutura de uma resenha: a) Referências da obra; b) Dados biográficos do autor: quem realizou o estudo? Por quê?
  • 52. 51 Educar Para a Pesquisa: normas para produção de textos científicos c) Construir uma síntese dos principais elementos da obra: em quantas partes esta constituída a obra? quais são as principais questões - assuntos discutidos na obra? Quais são as conclusões do autor? d) Quadro de referência teórica da obra; Qual a corrente teórica do autor? Qual o método usado pelo autor? e) Crítica do resenhista:  Apresenta as suas apreciações crítica da leitura realizada; f) Indicações do resenhista: A quem e qual o público alvo da obra? 4.3 ESTRUTURA PARA ELABORAÇÃO DE UM PAPER Segundo Santos (2002), o paper é um texto que serve de suporte para ser usado em apresentações como: curso, congressos, simpósios, reuniões científicas. Deve conter no mínimo duas e no máximo dez páginas, tal construção deve seguir a estrutura de um artigo científico. Segundo Silva (2003), paper “é o texto transcrito de uma comunicação oral. Pode apresentar o resumo ou o conteúdo integral da comunicação e tem por objetivo sua publicação nas atas ou anais do evento em que foi apresentado.” Na sua estrutura o paper deve conter a mesma organização intelectual do artigo (Introdução, desenvolvimento e conclusão), o texto não deve apresentar subdivisões, deve ser um texto único. A estrutura de apresentação escrita de um paper deve conter os aspectos a seguir: Título: Metodologia da pesquisa aplicada a contabilidade Autor: Antônio Carlos Ribeiro da Silva.
  • 53. 52 Como Organizar Trabalhos Científicos Credenciais do autor: Mestre em Contabilidade, Contador, Pedagogo e Psicopedagogo. Texto: nesta etapa de construção você deve construir um texto que contenha uma introdução, um desenvolvimento e uma conclusão (sem sub-divisões); Referências: é a bibliografia utilizada na construção do trabalho. 4.4 CRITÉRIOS DE APRESENTAÇÃO PARA ARTIGOS NA REVISTA CAMINHOS A produção cientifica para a UNIDAVI tem sido um desafio. Portanto, temos procurado constituir uma publicação periódica, que busca problematizar, divulgar e empreender reflexões relativas ao campo educacional, privilegiando artigos produzidos e elaborados pelos professores e acadêmicos da instituição e fora dela. Assim sendo, a revista CAMINHOS têm sido um dos processos utilizados na academia com a missão de divulgar o conhecimento desenvolvido no âmbito universitário nas áreas de Ciências Humanas, Ciências Sociais e Aplicadas, Exatas e da Terra, Saúde, Biológicas, Letras e Artes, Engenharias. São considerados para publicação artigos científicos e resenhas. As publicações visam contribuir para divulgação de estudos e pesquisas bem como difundir o conhecimento científico resultante das diferentes atividades de pesquisa realizadas na instituição pelos professores e acadêmicos. Através da Revista de Divulgação Científica, buscamos publicar trabalhos originais que devem ser inéditos, sendo vedada sua publicação em outras revistas brasileiras. 4.4.1 informações gerais: • Serão aceitos textos em Português, Inglês e Espanhol; • Os originais deverão conter, no mínimo 10 páginas e no máximo, 20 páginas, incluindo resumo, tabelas, ilustrações e referências (conforme NBR-6023 de agosto de 2002); • Qualidade científica ou tecnológica avaliada pela Comissão Editorial, e pelos consultores “ad hoc”, omitida a identidade dos autores;
  • 54. 53 Educar Para a Pesquisa: normas para produção de textos científicos • Todos os textos publicados tornar-se-ão propriedade da Revista Caminhos. ESTRUTURA DO ARTIGO: Os trabalhos ou resumos deverão utilizar o processador de texto Microsoft Word 97 for Windows. • tamanho do papel: A4 (210 x 297mm) orientação retrato; • configuração das margens: superior e esquerda 30 mm, inferior e direita 20 mm. QUANTO AO TÍTULO DO TRABALHO: O título deve vir centralizado, em Fonte Arial ou Times New Roman, tamanho de fonte 12, em negrito e maiúsculo. QUANTO AOS AUTORES: O nome dos autores deverá constar após o título do trabalho, alinhado à direita, em fonte tamanho 12. Com uma chamada com número elevado em (nota de rodapé) ‘1’, constando na nota o nome completo do autor, da instituição e credenciais dos autores em fonte tamanho 10 e com espaço simples entrelinhas. Ver exemplo: Charles Roberto Hasse 8 O TEXTO DO RESUMO: • O resumo em Português e seguido Do resumo em Língua Estrangeira, contendo no mínimo 100 e no máximo 250 palavras; • O texto do resumo deve vir dois espaços após a indicação do(s) autor(es); 8 Professor Universitário e coordenador de Extensão na Pró-reitoria de Pós-graduação, Pesquisa e Extensão (PROPPEX) da UNIDAVI.
  • 55. 54 Como Organizar Trabalhos Científicos • O espaçamento de 1,5 entre linhas, fonte 12; • O resumo é a apresentação concisa do texto, destacando seus aspectos de maior relevância; • Deve ser redigido em parágrafo único; • Reproduz apenas as informações mais significativas, como: introdução (delimitação do assunto, justificativa e objetivos), fundamentação teórica, metodologia, resultados obtidos, conclusões e referências; • Obrigatoriamente devem constar os descritores. Os termos são as palavras-chave, cuja expressão deve aparecer em negrito, com inicial maiúscula, seguido de dois pontos. As palavras-chave (no mínimo três e no máximo cinco) devem ser minúsculas, não negritadas, separadas entre si por vírgula. Os textos devem ser constituídos na modalidade de Estudos teóricos, ensaios – análise de problemáticas pautadas por questões fundamentadas teoricamente. Podem ser textos constituídos através de Relatos de pesquisa que tenham utilizado metodologia quantitativa ou qualitativa e Comunicações científicas na forma de resenha, resultados de relatos apresentados em eventos científicos.
  • 56. 55 Educar Para a Pesquisa: normas para produção de textos científicos 5 NORMAS BÁSICAS “[...]pesquisa funda o ensino e evita que este seja simples repasse copiado. Ensinar continua função importante da escola e da universidade, mas não se pode mais tomar como auto- suficiente. Quem pesquisa, tem o que ensinar; deve, pois, ensinar, porque ‘ensina’ a produzir, não a copiar. Quem não pesquisa, nada tem a ensinar, pois apenas ensina a copiar. (DEMO, 1993, p. 128)
  • 57. 56 Normas Básicas 5 NORMAS BÁSICAS PARA ELABORAÇÃO E APRESENTAÇÃO DE PRODUÇÕES CIENTÍFICAS 5.1 OBJETIVOS Estabelecer normas básicas de apresentação de trabalhos acadêmicos - similares (Trabalho de Conclusão de Curso - TCC, Trabalho de Graduação Interdisciplinar - TGI Trabalho de Conclusão de curso de Especialização e/ou Aperfeiçoamento e outros) seguindo os critérios técnicos de sua aplicação na UNIDAVI. Padronizar a apresentação de trabalhos acadêmicos, comumente denominados trabalhos semestrais, para os cursos de graduação e pós-graduação da UNIDAVI. 5.2 ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DO TRABALHO DE GRADUAÇÃO A estrutura de um trabalho acadêmico compreende: elementos pré- textuais, elementos textuais e elementos pós-textuais. 9 NBR 14.724 (ABNT, 2005, p. 8).
  • 58. 57 Educar Para a Pesquisa: normas para produção de textos científicos 5.3 DISPOSIÇÃO DOS ELEMENTOS
  • 59. 58 Normas Básicas 5.4 CAPA Capa é elemento obrigatório é a cobertura que reveste o trabalho. Na capa de um trabalho acadêmico, deve constar o nome da instituição, o título do trabalho, a cidade e a data (ano). Observe-se:
  • 60. 59 Educar Para a Pesquisa: normas para produção de textos científicos Instituição - tamanho fonte 12, centralizado, em negrito e maiúsculas; inicia-se a digitação a 3 cm da borda superior. Linha 1. Autor - tamanho fonte 12, centralizado, em negrito e maiúsculas. Linha 2. Título e subtítulo da capa e da folha de rosto - tamanho fonte 16, centralizado, em negrito e maiúsculas; recomenda-se que o título não ultrapasse três linhas e o espaçamento entrelinhas tenha 1,5 cm; o subtítulo é precedido de dois pontos; inicia-se a digitação na linha 14, dependendo do número de autores do trabalho e da extensão do título. O subtítulo não é negritado. Local - cidade da instituição onde deve ser apresentado; tamanho fonte 12 em maiúsculas, negrito, centralizado; iniciar a digitação em torno da linha 32. Ano de entrega - tamanho 12, negritar e centralizar; inicia-se a digitação na linha 33. Verifique modelo nos anexos. 5.5 LOMBADA Na impressão e na encadernação final do TCC: nome do autor e o título do trabalho impressos longitudinalmente, e a sigla da instituição horizontalmente. Somente para o caso de ser exigido tal encadernação em capa dura no curso. 5.6 FOLHA DE ROSTO10 A Folha de Rosto deve conter os mesmos elementos identificados na capa do trabalho, com acréscimo de: Nota – deixe três espaços de 1,5 entre linhas logo após o título do trabalho. Indicando a natureza acadêmica do trabalho, o nome da disciplina, além da unidade de ensino e instituição em que é apresentado. O tamanho da fonte 12, recuando até o centro da página para a direita, justificado e somente as iniciais maiúsculas, com espaçamento entre linhas é de 1,5. Iniciar a digitação na linha 19. Nome do professor e ou orientador da disciplina - tamanho fonte 12. Deixe um espaço de 1,5 entre linhas logo abaixo da nota indicativa. Digitando o nome do ‘professor’ orientador do trabalho, não negritar. Verifique modelo nos anexos. 10 NBR 14.724 (ABNT, 2005, p. 4)
  • 61. 60 Normas Básicas Exemplo da nota Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso deEnfermagemdaáreadeCiênciasBiológicas,Médicas e da Saúde da Universidade para o Desenvolvimento do Alto Vale do Itajaí, como requisito parcial para a obtenção do grau de Bacharel em Enfermagem. Prof. orientador: MSc. Ilson Paulo Ramos Blogoslawski Para a UNIDAVI, os elementos acima indicados ficam traduzidos nos modelos em anexo e devem ser utilizados por todos os cursos das quatro áreas de conhecimentos. Observação: Quando o trabalho for elaborado por mais de quatro componentes, deve-se incluir uma relação nominal dos integrantes em página própria, após a folha de rosto, e dela deve constar o nome do grupo em forma de título. Verifique modelo nos anexos. 5.7 FOLHA DE APROVAÇÃO O Trabalho de Conclusão de Curso acordo com a NBR 14.724 (ABNT, 2005, p. 5), é “[...] constituído pelo nome do autor do trabalho, título do trabalho e subtítulo (se houver), natureza, nome da instituição a que é submetido, área de concentração, data de aprovação, nome, titulação e assinatura dos componentes da banca examinadora e instituições a que pertencem. A data da aprovação e as assinaturas dos membros componentes da banca examinadora são colocadas após aprovação do trabalho.” Verifique modelo nos anexos. 5.8 DEDICATÓRIA É uma menção que o autor do trabalho realiza prestando uma homenagem a alguém. Deve ser construída numa folha distinta, após o termo de aprovação. Sem o título. Verifique modelo nos anexos.
  • 62. 61 Educar Para a Pesquisa: normas para produção de textos científicos 5.9 AGRADECIMENTOS São menções do autor no trabalho para pessoas ou instituições de quem recebeu apoio para o desenvolvimento do trabalho. Deve aparecer em folha distinta. Cada agradecimento inicia com um parágrafo novo. Verifique modelo nos anexos. 5.10 RESUMOS 5.10.1 Resumo na Língua Vernácula Elemento obrigatório que consiste na apresentação concisa dos pontos relevantes de um texto. O resumo deve dar uma visão rápida e clara do conteúdo e das conclusões do trabalho; constitui-se em uma seqüência de frases concisas e objetivas e não de uma simples enumeração de tópicos, não ultrapassando 500 palavras, com espaçamento 1,5cm entre linhas, seguido, logo abaixo, das palavras representativas do conteúdo do trabalho, isto é, palavras-chave e/ou descritores, conforme a NBR 6028/2003. Segundo o que consta no volume 2, da UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ (2000), o resumo deve: a) incluir obrigatoriamente um resumo em português no caso de trabalhos em língua estrangeira; b) redigir em um único parágrafo; c) quanto a sua extensão os resumos devem Ter: - para trabalhos acadêmicos (teses e dissertações e outros) e relatórios técnicos científicos o resumo deve ter 150 a 500 palavras; - para 100 a 250 palavras os de artigos de periódicos; - de 50 a 100 palavras os destinados a indicações breves.11 d) redigir com frases completas e não com seqüência de títulos; e) empregar termos científicos geralmente aceitos e não apenas os de uso particular; f) expressar na primeira frase do resumo o assunto tratado, situando-o no tempo e no espaço, caso o título do trabalho não seja suficientemente explícito; 11 NBR 6028 (ABNT, 2003, p. 2)
  • 63. 62 Normas Básicas g) dar preferência ao uso da terceira pessoa do singular; h) evitar o uso de citações bibliográficas; i) ressaltar o tema, os objetivos, os métodos, os resultados obtidos e as conclusões do trabalho; j) indicar, se for o caso, as novas diretrizes de teorias, processos, técnicas e aparelhos, bem como o nome de todos os novos elementos, minérios e compostos; k) mencionar os nomes geográficos (municípios, estado e país) ou circunscrição (região, distrito, condado), quando necessário. Verifique modelo nos anexos. 5.10.2 Normas para elaboração dos Resumos A composição do texto deverá seguir as seguintes orientações gerais: Quanto ao título do trabalho Nos relatórios: O título do resumo deverá ser “RESUMO” fonte 12, maiúsculo, negrito e centralizado. Nos Artigos científicos deve constar o título: centralizado, negrito, maiúsculo e em fonte 12, com número elevado chamando (nota de rodapé) ‘1’, a qual se associa a natureza do trabalho, por exemplo: Projeto de Iniciação Científica ou Pesquisa desenvolvida na disciplina de Metodologia do Trabalho Científico. Quanto ao(s) nome(s) dos envolvidos no trabalho Escritos dois espaços abaixo do título do trabalho, fonte 12. Requerem novas chamadas de número elevado (notas de rodapé), ordenadas, identificando orientador e acadêmicos. Podem ser acrescentados endereço e e-mail. Utilize-se o mesmo tipo de letras do texto, mas o tamanho da fonte deve ser 10. Quanto ao texto do resumo O resumo deve constituir-se num texto redigido de forma cursiva, concisa e objetiva. Limita-se a um parágrafo, devendo incluir palavras representativas do assunto. O texto do resumo deve vir logo abaixo do nome do(s) autor(es), após dois espaços de 1,5 entre linhas, contendo o mínimo de 100 palavras e o máximo de 250 palavras.
  • 64. 63 Educar Para a Pesquisa: normas para produção de textos científicos Reproduz apenas as informações mais significativas, como: introdução (justificativa e objetivos), fundamentação teórica, metodologia, resultados obtidos, conclusões e referências. Quanto às palavras-chave Escritas a dois espaços abaixo do texto (resumo); serão, obrigatoriamente, no mínimo três e no máximo cinco palavras-chave. 5.10.3 Resumo em Língua Estrangeira O resumo é elemento obrigatório, que consiste em uma versão do resumo em idioma de divulgação internacional. O resumo é denominado abstract em inglês, resumen em espanhol, résumé em francês, riassunto em italiano e Zusammenfassung em alemão. Não deve ser confundido com o sumário, que é a lista dos capítulos, seções ou partes. No sumário, o conteúdo é descrito por títulos e subtítulos, enquanto no resumo, que é uma síntese, o conteúdo é apresentado em forma de texto reduzido. Deve ser seguido das palavras representativas do conteúdo do trabalho, isto é, palavras-chave e/ou descritores, na língua. Verifique modelo nos anexos. 5.11 OUTRAS FORMAS DE RESUMOS Outras formas de trabalhar com a organização de resumos em sala de aula com os alunos podem ser através dos resumos informativos, indicativos, críticos. Segundo Gonsalves (2001, p. 40), “O resumo é um pequeno texto que destaca as idéias essenciais do texto-base, procurando guardar uma fidelidade ao texto original.” Na abordagem sobre o tema resumo, podemos ainda destacar que existem três tipos de resumos a serem utilizados no desenvolvimento das atividades acadêmicas para construção da iniciação cientifica. Segundo Silva (2003, p. 93) o resumo:
  • 65. 64 Normas Básicas RESUMO INFORMATIVO: “[...] é o tipo de resumo que reduz o texto a 1/3 ou ¼ do original, abolindo gráficos, citações, exemplificações abundantes, mantendo, porém, as idéias principais. Não são permitidas as opiniões pessoais do autor do resumo.” Dispensa a leitura do original. RESUMO CRÍTICO: “consiste na condensação do texto original a 1/3 ou ¼ de sua extensão, mantendo as idéias fundamentais, mas permitindo as opiniões e comentários do autor do resumo.” RESUMO INDICATIVO: é realizado pela descrição dos principais tópicos do texto original, não dispensando, contudo, a leitura do texto original. Não deve ultrapassar 250 ou 500 palavras, sugere-se frases curtas. 5.12 LISTA DE ILUSTRAÇÕES A Lista de Ilustrações é opcional e deve ser elaborada de acordo com a ordem apresentada no texto, tendo cada item designado por seu nome específico, acompanhado do respectivo número da página. Quando necessário, recomenda-se a elaboração de lista própria para cada tipo de ilustração (desenhos, esquemas, fluxogramas, fotografias, gráficos, mapas, organogramas, plantas, quadros, retratos e outros). O título inicia-se a 3 cm da borda superior, em negrito, centralizado, fonte 12. Verifique modelo nos anexos. 5.12.1 Elementos de apoio das ilustrações - Tabelas, Quadros, Gráficos e Figuras De acordo com as normas de apresentação tabular do IBGE12 (2003)13 as tabelas e quadros devem ser numeradas consecutivamente com algarismos arábicos que seguem a palavra tabela, escrita em letras maiúsculas e minúsculas. Tabelas - sua finalidade consiste em resumir ou sintetizar dados, fornecendo o máximo de informação num mínimo de espaço. Deve ser apresentada com letra em fonte 10 e entrelinhamento simples. Na parte superior, deve constar a expressão ‘Tabela’, alinhada à esquerda, sucedida do número em arábico que a indica. 12 Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 13 IBGE. Normas de apresentação tabular. 3. ed. Rio de Janeiro: 1993.
  • 66. 65 Educar Para a Pesquisa: normas para produção de textos científicos O título é precedido de hífen em letras maiúsculas e minúsculas. Ver exemplos abaixo. Quando uma tabela ou quadro ocupar mais de uma página, deve-se incluir no final a palavra ‘continua’ e, na página seguinte, deve aparecer a expressão ‘continuação’ e, no final, “conclusão”. Exemplo: Tabela 1 – Fluxo de informações entre as contabilidades. A indicação da fonte é na parte inferior, devendo a expressão ‘Fonte’ aparecer em letras maiúsculas e minúsculas, seguida de dois pontos. Os demais dados, em letras minúsculas não negritadas. Fonte: Coleta e análise dos dados organizada pelo autor. Quadro é o arranjo de palavras e ou número dispostos em colunas e linhas. Inclui a colocação de traços verticais nas laterais dos quadros. Os quadros são apresentados em fonte 10 e entrelinhamento simples. Na parte inferior do quadro, deve aparecer o título ‘Quadro’ alinhado à lateral esquerda, sucedido do número em arábico que o indica. O título deverá ser em letras maiúsculas e minúsculas e precedido por hífen.
  • 67. 66 Normas Básicas Quadro 1 – Fluxo de informações entre as contabilidades. Fonte: Informações organizadas pelo autor. Figuras - Ilustração que explicita ou complementa um texto, como: desenhos, diagramas, estampas, esquemas, fluxogramas, fotografias, lâminas, plantas. Os títulos e indicação de fonte devem seguir os moldes de quadros. Se o quadro for de autoria própria deverá constar: Acervo do autor. Exemplo: Figura 3 – Projetos desenvolvidos em softwares CAD tridimensionais. Fonte: Acervo do setor de Engenharia de Produto da Metalúrgica Rio-sulense. Exemplo:
  • 68. 67 Educar Para a Pesquisa: normas para produção de textos científicos Gráfico 1 – Credibilidade do protocolo de atendimento Fonte: Kotler (1999). Observação: As tabelas, quadros, figuras devem ser, preferencialmente, alinhadas às margens laterais do texto e, quando pequenas, centralizadas na página. As fotos, preferencialmente, centralizadas e em tamanho postal. 5.13 SUMÁRIO Parte do trabalho onde é feita a indicação do conteúdo, dos assuntos abordados e da forma como estes aparecem na produção, seguindo a ordem de abordagem da obra, remete para a página onde se encontra o conteúdo relacionado. O sumário deve conter o esqueleto/esquema com os títulos e subtítulos gerais do estudo realizado. Os títulos e os subtítulos devem ser colocados em ordem, junto com a indicação da página inicial correspondente. O título inicia-se a 3 cm da borda superior da folha, em letras maiúsculas e em negrito, centralizado, fonte 12. Sua apresentação deve ser da seguinte forma: a) separa-se o título SUMÁRIO dos títulos das seções por dois espaços entrelinhas de 1,5 cm e inicia-se a digitação; b) os elementos que antecedem o sumário não devem nele aparecer; c) em seguida, relacionam-se os títulos das seções:
  • 69. 68 Normas Básicas - indicativo numérico (quando houver), alinhado à esquerda. Todos os capítulos são numerados, menos a introdução (se for um trabalho do tipo monografia), a conclusão e as referências. No caso da organização de uma Introdução para o relatório Técnico Cientifico a mesma pode ser, desenvolvida em seções e subseções. - títulos da seção (capítulo) e subseções, separados do indicativo numérico por dois espaçamentos, escritos como aparecem no interior do trabalho; - com uma linha pontilhada (sem negrito), ligam-se os títulos aos números da página inicial, sendo estes alinhados à margem direita; d) por último, são relacionados os elementos pós-textuais (referências, glossário, apêndice(s), anexos e outros): - sem indicativo numérico, alinhados à margem esquerda; - escritos em letras maiúsculas e em negrito; - uma linha pontilhada (sem negrito) liga os títulos aos números. 5.13.1 Formas de enumerar e apresentar as seções (no sumário e no corpo do trabalho) 1 SEÇÃO PRIMÁRIA ................................................................................... 01 1.1 SEÇÃO SECUNDÁRIA ......................................................................... 02 1.1.1 Seção terciária .................................................................................. 03 1.1.1.1 Seção quaternária .......................................................................... 04 1.1.1.1.1 Seção quinária ............................................................................ 05 a) alínea; b) alínea. - subalínea 6 CONSTRUÇÃO DO TRABALHO Por ser uma exigência lógica, todo escrito científico apresenta, necessariamente, três partes essenciais: INTRODUÇÃO, DESEN- VOLVIMENTO E CONCLUSÃO.
  • 70. 69 Educar Para a Pesquisa: normas para produção de textos científicos 6.1 INTRODUÇÃO O título inicia-se a 3 cm da borda superior da folha, em letras maiúsculas e em negrito, centralizado, fonte 12. A introdução, como o próprio nome diz, consiste em apresentar o trabalho ao público que irá utilizá-lo, ou seja, ao professor e aos colegas, ou ainda, é a ação que serve de preparação a um estudo; não deve ser alongada. Todas as informações devem ser expressas sob o título Introdução. Os tópicos principais que devem constar na introdução são os seguintes: Anunciar - de forma clara e precisa o assunto do trabalho acadêmico e de que forma surgiu a idéia de abordar este tema - objeto-problema. Nesta etapa, deve-se sintetizar o tema principal da pesquisa, mencionando o público alvo se este for o caso. Justificativas – apresentar as várias razões ou motivos que induziram a preferir este tema em detrimento de outros. Evidenciar a importância do assunto a ser tratado. Esclarecer – o assunto trabalhado de forma sucinta, destacando as limitações. Delimitar – refere-se à extensão e profundidade do assunto e de que forma se pretende desenvolvê-lo. Idéia mestra – sintetizar o tema principal da pesquisa, mencionando o público alvo se este for o caso. Objetivos – apontar as intenções concretas do trabalho e o fim a que se propõe. Relevância – evidenciar a importância do assunto a ser tratado, sem necessidade de evidenciar os subtítulos, destacando as dificuldades. Metodologia – anunciar o tipo de pesquisa em ação, com a indicação do método e das técnicas de operacionalização. Segundo Silveira (2004, p. 96), a Introdução “[...] via de regra, constitui- se no primeiro capítulo do trabalho, onde é contextualizado o tema de estudo. O tema é o assunto que se deseja revisar, investigar, comprovar [...].” Assim sendo, a autora alerta para uma questão muito simples. Nesta construção é necessário saber que “[...] genericamente, desenvolve-se em seções e subseções, não sendo esta, entretanto, necessariamente, uma divisão formal das partes deste capítulo.” (SILVEIRA, 2004, p. 97)