Medicina Veterinária

1. 11/03/2024
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Alterações Circulatórias do
Sistema Cardiovascular
Profa. MSc. DSc. Ana Flávia Ribeiro
anaflaviacribeiro@hotmail.com
Curso de Medicina Veterinária da UESC
Depto. de Ciências Agrárias e Ambientais – Setor de Patologia
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Hemorragias
Hemorragias são alterações não específicas
frequentes no endocárdio, no miocárdio e no
epicárdio.
Quadros de septicemia, toxemia ou anoxia
são causas frequentes de hemorragias no
coração, principalmente subepicárdicas. O
tamanho da hemorragia é variável, sendo
classificadas em petéquias, equimoses e
sufusões (Figura 2.9).
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Hemorragias
Carbúnculo sintomático em bovinos,
doença do coração de amora em suínos e
enterotoxemia por Clostridium em bezerros
e carneiros são exemplos de doenças
específicas em que a hemorragia cardíaca
é uma alteração intensa e marcante.
(Bovino - C. Chauvoei)
Exsudatofibrinosoe hemorragia nocoração
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Hemorragias do epicárdio
Pouco frequentes em caes e gatos.
Ocorrem mais comumente na base do coração e ao longo do sulco coronário.
Causas específicas incluem:
Doença do coração de amoras (def. vit E e selênio)
Intoxicação por warfarin (altera coagulação)
SepIcemia
hipóxia
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Hemorragias do endocárdio
Pouco comuns em caes e gatos
Frequentes
Geralmente são relacionadas à agonia da morte. Ocorrem no momento da
morte e não são necesariamente a causa da morte.
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Sistema cardiovascular Alterações do Pericárdio
Saco pericardico
O saco pericárdico contém uma
pequena quantidade de líquido claro
e seroso.
Após a morte ocorre um pequeno
aumento do volume desse líquido por
transudação e a coloração pode estar
avermelhada pela hemólise.
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Sistema cardiovascular Alterações do Pericárdio
Hidropericárdio
Hidropericárdio é o acúmulo
excessivo de líquido dentro do
saco pericárdico e é considerado
um transudato.
Apresenta-se como fluido aquoso,
claro, transparente ou ligeiramente
amarelado, pobre em proteínas e
que não se coagula quando
exposto ao ar.
SUÍNO– DEFICIÊNCIAVITEESELENIO
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Sistema cardiovascular Alterações do Pericárdio
Hidropericárdio
SUÍNO– DEFICIÊNCIAVITEESELENIO
Macro: acúmulo excessivo de fluido no
saco pericárdico sem alteração dos
folhetos, que permanecem lisos e
brilhantes. O líquido geralmente é
amarelado e translúcido.
Quando o fluido permanece acumulado
por período prolongado pode ocorrer
espessamento e opacidade dos folhetos.
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Sistema cardiovascular Alterações do Pericárdio
Hidropericárdio
Causado por processos patológicos
que levam ao:
aumento de pressão hidrostática,
aumento de permeabilidade vascular,
diminuição da pressão oncótica ou
Diminuição de drenagem linfática.
http://vet.uga.edu/ivcvm/courses/vpat5215/cardiovascular/02_pericardium/pericard01a.htm
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Fluído seroso claro
• Doenças crônicas caquetizantes:
verminose, subnutrição,
insuficiência renal
• Insuficiência cardíaca
• Implante de tumor principalmente
na base do coração (obstrução do
fluxo venoso e linfático)
Hidropericárdio
Fluído turvo amarelo, fibrinoso
• Doença do edema (E. coli): produz
lipopolissacarídeo tóxico (verotoxina 2e / shiga
like toxin IIe) que é absorvido no intestino e
provoca ↑ permeabilidade vascular.
• Toxemia por Clostridium perfringens tipo D
(toxina epsilon)
• Deficiência de vitamina E e selênio (doença
do coração de amoras) - suíno
éPH, êPO éPV
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Hidropericárdio
As consequências de um hidropericárdio dependerão da velocidade e
quantidade do líquido acumulado.
O acúmulo lento e em grande quantidade pode causar hipertrofia
concêntrica do coração (adaptação cardíaca) que com o tempo pode
progredir para insuficiência cardíaca.
Quando o hidropericárdio se desenvolve rapidamente pode ocasionar
tamponamento cardíaco agudo pela dificuldade de enchimento do
ventrículo direito durante a diástole (morte por choque).
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Hemopericárdio é uma
alteração pouco
frequente e geralmente
fatal caracterizada pelo
acúmulo de sangue no
saco pericárdico.
Hemopericárdio
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Sistema cardiovascular ALTERAÇÕES NÃO INFLAMATÓRIAS DO PERICÁRDIO
Principais causas do hemopericárdio: lesão iatrogênica
Hemopericárdio
https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/58432/1/doc41.pdf
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Causas:
•Ruptura do átrio – no caso
de endocardite urêmica
(cão)
•Hemangiossarcoma
https://www.merckvetmanual.com/multimedia/v15586578
Hemopericárdio
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•Ruptura intrapericardial da aorta (cavalos – esforço físico)
•Ruptura da coronária e átrio – deficiência de cobre – ocorre em suínos (raro)
•Traumas (atropelamentos)
http://vet.uga.edu/ivcvm /courses/vpat5215/car
diovascular/02_pericardium /pericard01d.htm
Hemopericárdio
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Os achados mais consistentes
para o diagnóstico de
hemopericárdio são coágulos
sanguíneos no saco
pericárdico.
Hemopericárdio
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Em alguns casos em que os
animais estão em avançado
estado de autólise na
necropsia, o sangue não estará
mais coagulado, mas ainda
assim estará denso e viscoso.
Hemopericárdio
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A consequência é tamponamento
cardíaco rápido seguido de morte
súbita.
Desse modo, a morte decorre do
choque obstruFvo associado à
insuficiência cardíaca aguda por
restrição ao enchimento das
câmaras ventriculares.
Hemopericárdio
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Alterações inflamatórias do sistema cardiovascular
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Alterações inflamatórias
Os processos inflamatórios do coração sao denominados de
acordo com a camada envolvida de endocardite, miocardite e
pericardite.
Endocardite é a inflamaçao do endocárdio. Pode ser localizada
nas válvulas (endocardite valvular) ou na parede dos átrios ou
ventrículos (endocardite mural).
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Pericardite é o processo
inflamatório do pericárdio que
envolve os folhetos visceral e
parietal.
O Hpo de pericardite é
determinado pelo Hpo de
exsudato presente, classificado
como seroso, fibrinoso ou
supurado.
Pericardite
ALTERAÇÕES INFLAMATÓRIAS
Pericardite fibrinosa – suíno
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Pericardite
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Pericardite serosa é caracterizada pelo acúmulo de líquido no
saco pericárdico rico em proteínas, com conteúdo
hemorrágico variável e escassa fibrina.
Esse Hpo de pericardite geralmente progride para pericardite
fibrinosa.
Pericardite
ALTERAÇÕES INFLAMATÓRIAS
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É o Fpo mais comum de inflamação
pericardial nos animais.
Macroscopicamente nas lesões
recentes a superMcie do pericárdio é
recoberta por quanFdade variável de
material filamentoso friável (fibrina)
de coloração amarelo acinzentada,
que pode estar misturado com
sangue.
Pericardite fibrinosa
Figura 2.18 Coração de cão. Pericardite fibrinosa.
Hemorragias e material fibrinoso acinzentado no
epicárdio e no saco pericárdico.
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Esse acúmulo de fibrina é
visto como projeções
papilares entre os folhetos
parietais e viscerais que dão
aspecto de “pão com
manteiga” quando os
folhetos são separados.
Pericardite fibrinosa
Pericardite fibrinosa – Equino - Rhodococcus equi
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Pericardite fibrinosa é resultante,
geralmente, de infecção hematógena,
mas também pode ocorrer por via
linfáFca ou por extensão de processos
inflamatórios adjacentes, como
pleuropneumonia fibrinosa.
Pericardite fibrinosa
Pericardite aguda (vaca - C. Chauvoei)
Exsudato fibrinoso e hemorragia no coração
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Com o tempo a fibrina sofre organização e é
progressivamente subsFtuída por tecido
conjunFvo formando aderências fibrosas
firmes focais ou difusas entre os folhetos.
As consequências dependem da quanFdade
de fibrina e do tempo.
Quando é difusa com obliteração completa do
saco pericárdico pode ocasionar hipertrofia
concêntrica do coração pela dificuldade de
expansão. Nessa fase, a pericardite é
conhecida como pericardite constriFva.
Pericardite fibrinosa
Figura 2.19 Coração de bovino. Pericardite fibrinosa
constritiva. Saco pericárdico completamente
preenchido por tecido conjuntivo fibroso e aderido ao
epicárdio.
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Pericardite fibrinosa – potro (infecção umbililcal)
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Pericardite fibrinosa – feto bovino
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Causada por bactérias piogênicas. Essa
alteração é comum em bovinos em
decorrência de reFculopericardite
traumáFca causada por corpos estranhos
perfurantes (prego, arame, etc) oriundos do
reZculo.
- hábito alimentar pouco seleFvo e
apreensão rápida.
Pericardite fibrinopurulenta ou supurada
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https://i.ytimg.com/vi/DLeeq0--jeo/hqdefault.jpg
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https://i.ytimg.com/vi/iMFfKtY8Tik/hqdefault.jpg
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Animal ID:80N849
Species:Cow
Tissue:Heart, pericardiumMorphologic
DX:Chronic severe septic foreign body pericarditis.
The hardware (cut wire) led directly from the reticulum to the pericardial sac.
O volume de exsudato varia
de uma camada fina na
superMcie serosa a 4 L ou
mais.
Nos estágios iniciais pode ser
lavado para revelar a
granularidade das
membranas.
Logo, todo o epicárdio é
coberto com coágulo sendo
a camada parietal do
pericárdio menos afetada.
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A aderência entre os folhetos e as
estruturas adjacentes está quase
sempre presente.
A hipertrofia concêntrica do ventrículo
direito também pode ser observada em
razão da aderência intensa entre os
folhetos.
A morte geralmente decorre de
toxemia ou insuficiência cardíaca
congesIva.
Pericardite fibrinopurulenta ou supurada
Animal ID:N85-354Species:BovineTissue:Pericardial
sacMorphologic DX:Chronic Traumatic Pericarditis Etiologic
DX:METAL FOREIGN BODY PENETRATING FROM
THE RETICULUM
Lesion or DX Name:Hardware Disease
Lesion Description:Distended and thickened with fluid and fibrin
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A pericardite constriIva, caracterizada
pela organização progressiva do exsudato
pode ser tão grave e difusa que prejudica
o enchimento diastólico e causa IC direita.
Aderências podem estar mineralizadas e
obliteram a cavidade pericárdica podendo
se estender para o mediasIno.
O coração confinado por tecido cicatricial
pode estar menor do que o normal ou
muito aumentado e hipertrófico,
especialmente quando também há
aderências extrapericárdicas presentes.
Sempre há disfunção cardíaca grave e a
morte ocorre por insuficiência cardíaca
congesIva.
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Em cães e cavalos, a pericardite
purulenta pode estar associada a
piotórax.
Macro: grande quanIdade de exsudato
purulento no saco pericárdico. O
exsudato é fino, amarelo, verde ou
cinza, dependendo do agente
envolvido, e pode estar misturado com
fibrina.
Pericardite fibrinopurulenta ou supurada
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