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“ A Literatura Infantil é,  antes de tudo, literatura;  ou melhor, é  arte :  fenômeno da criatividade que  representa o Mundo, o Homem, a Vida, através da palavra. Funde  os sonhos e a vida prática;  o imaginário e o real;  os ideais e sua possível/impossível realização...” Nelly Novaes Coelho Literatura infantil: teoria, análise, didática São Paulo: Ática (1991: 24) Fabiana Beltramin/Folha Imagem
“ Desconheço liberdade maior  e mais duradoura do que esta do leitor  ceder-se à escrita do outro, inscrevendo-se entre as suas palavras e os seus silêncios. Texto e leitor ultrapassam a solidão individual para se enlaçarem pelas interações. Esse abraço a partir do texto é soma das diferenças, movida pela emoção, estabelecendo um encontro fraterno e possível entre leitor e escritor.” Bartolomeu Campos Queirós O livro é passaporte, é bilhete de partida Leia Brasil (1999) Jornada Literária de Passo Fundo
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Nilma Lacerda,  il. Rui de Oliveira Pena de ganso DCL (2005)
“  -- Era uma vez um asno, que cagava moedas de ouro -- risada geral, o que é isso, uma história de cagar? Isolina ficou irritada, não conto mais nada e pronto!, mas que confusão! -- reclama Aurora --, eu quero ouvir a história. -- Eu também, diz Eduardo, adoro histórias de cagar. -- Não é uma história de cagar.  O asno é que cagava. -- O que é asno? -- Burro! Não sabe o que é asno? -- Por quê? Sou obrigado a saber?” Nilma Lacerda,  il. Rui de Oliveira Pena de ganso DCL (2005)
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],Peter O’Sagae Caderno de Estudos 5 São Paulo (2004: 11)
Vermelho Chapeuzinho
“ Onde mora sua avó, Chapeuzinho Vermelho? -- A mais um quarto de légua daqui -- respondeu Chapeuzinho Vermelho. -- A sua casa fica perto de um grande carvalho e ao seu lado há muitas amendoeiras. Deves conhecê-las. Enquanto Chapeuzinho Vermelho falava, o lobo ia pensando: “Que menina delicada! Que carninha tenra! Um bom bocado! Será muito melhor devorá-la do que devorar a velha. Tenho de agir com astúcia para pegar as duas.” Assim, caminhou durante algum tempo ao lado da menina, depois disse: Irmãos Grimm Contos de fadas Villa Rica (1994)
-- Vê, Chapeuzinho Vermelho,  que lindas flores há por aqui. E como os passarinhos estão cantando! Caminhas muito séria, sem sequer olhar para os lados, como se estivesses indo para a escola, sem prestar atenção na beleza da floresta. Chapeuzinho Vermelho levantou os olhos e, quando viu os raios de sol dançando aqui e ali entre as árvores, e as lindas flores que cresciam por todos os lados, pensou: “E se eu levasse para vovó um belo ramalhete dessas flores tão bonitas? Ela iria gostar muito...” Irmãos Grimm Contos de fadas Villa Rica (1994)
[object Object],[object Object],[object Object],Haroldo de Campos Metalinguagem e outras metas São Paulo: Perspectiva (90) Foto: Robson Fernandes/AE
Ninfa Parreiras,  il. André Neves Com a maré e o sonho RHJ (2006)
“ Não conhecia o mar. Morava no interior. Gostava de coleções, como outras crianças de sua idade. Colecionava cartões postais de cidades litorâneas. Recortava figuras com mar e praias. Recortes que moravam em suas caixas e gavetas. Imagens, para ela, desconhecidas. Salgadas, vindas com o choro da espera. Mais que o cheiro, o gosto, o barulho,  a beleza e a cor do mar, queria conhecer os cocos nos coqueiros” Ninfa Parreiras,  il. André Neves Com a maré e o sonho RHJ (2006)
Imaginação: “repertório do potencial,  do hipotético, de tudo quanto não é, nem foi  e talvez não seja, mas poderia ter sido” “ A mente do poeta, bem como o espírito  do cientista em certos momentos decisivos, funcionam segundo  um processo de associações de imagens  que é o sistema mais rápido de coordenar  e escolher entre as formas infinitas  do possível e do impossível.” Italo Calvino Seis propostas para o próximo milênio São Paulo: Companhia das Letras (1985: 106-7) www.emory.edu
Ricardo Alcántara,  il. Gusti Gustavo e os medos Edições SM (2004)
“ Ao perceber que os medos aumentavam, Gustavo não se arriscava a olhar para o próprio ombro. Sabia que eles estavam ali,  mas temia encará-los. Amedrontado, desviou o olhar.  Mas isso não resolvia o problema, pois, mesmo sem vê-los, escutava suas vozes antipáticas. E os medos não paravam de falar. -- A xícara vai quebrar e você  vai levar uma bronca -- diziam. -- Você vai derrubar o café com leite  e sua tia vai ficar irritada -- cochichavam  com malícia.” Ricardo Alcántara,  il. Gusti Gustavo e os medos Edições SM (2004)
Katherine Paterson Ponte para Terabítia Moderna (1977)
“ Ele apertou os olhos, como quem tenta ver por dentro de um tubo escuro. Nem sabia o que perguntar. -- O quê?... -- começou. A voz chata de Brenda o interrompeu. -- Sua amiga morreu e mamãe pensou que você tivesse morrido também.” 11 NÃO! Um redemoinho girou dentro  da cabeça de Jess. Katherine Paterson Ponte para Terabítia Moderna (1977)
Um texto oferece sua máxima significação, quando: projeta um objeto (fixo ou em movimento) na imaginação visual  —   imagens saltam assinala semelhanças entre ritmo/emoção por intermédio dos sons provoca associações intelectuais visual  —   idéias que se desdobram Ezra Pound ABC da Literatura São Paulo: Cultrix (1934) Madrigal.blogsome.com
Thaís Linhares Vovó Dragão Nova Fronteira (2005)
“ Esta história começa com uma caçada. E você sabe o que estava sendo caçado? Uma princesa. Uma pequena princesa de longas tranças perfumadas. A pobrezinha corria costurando sua fuga entre as árvores da floresta. Exausta, quase não agüentava mais correr. Parecia que suas pernas eram feitas de pudim, de tão cansadas que estavam. -- Por favor, princesinha, queremos descansar -- gritavam suas duas perninhas. -- Não posso parar! Ela vai me pegar!” Thaís Linhares Vovó Dragão Nova Fronteira (2005)
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Angela Lago Uni duni e tê Compor (1981)
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2007 0911torricelli

  • 1.  
  • 2. “ A Literatura Infantil é, antes de tudo, literatura; ou melhor, é arte : fenômeno da criatividade que representa o Mundo, o Homem, a Vida, através da palavra. Funde os sonhos e a vida prática; o imaginário e o real; os ideais e sua possível/impossível realização...” Nelly Novaes Coelho Literatura infantil: teoria, análise, didática São Paulo: Ática (1991: 24) Fabiana Beltramin/Folha Imagem
  • 3. “ Desconheço liberdade maior e mais duradoura do que esta do leitor ceder-se à escrita do outro, inscrevendo-se entre as suas palavras e os seus silêncios. Texto e leitor ultrapassam a solidão individual para se enlaçarem pelas interações. Esse abraço a partir do texto é soma das diferenças, movida pela emoção, estabelecendo um encontro fraterno e possível entre leitor e escritor.” Bartolomeu Campos Queirós O livro é passaporte, é bilhete de partida Leia Brasil (1999) Jornada Literária de Passo Fundo
  • 4. Os Meninos Vadios Alberto Figueiredo Pimentel Contos da Carochinha Livraria Quaresma (1894)
  • 5. Monteiro Lobato Peter Pan Brasiliense (1930) A história do menino que não queria crescer
  • 6. Nilma Lacerda, il. Rui de Oliveira Pena de ganso DCL (2005)
  • 7. “ -- Era uma vez um asno, que cagava moedas de ouro -- risada geral, o que é isso, uma história de cagar? Isolina ficou irritada, não conto mais nada e pronto!, mas que confusão! -- reclama Aurora --, eu quero ouvir a história. -- Eu também, diz Eduardo, adoro histórias de cagar. -- Não é uma história de cagar. O asno é que cagava. -- O que é asno? -- Burro! Não sabe o que é asno? -- Por quê? Sou obrigado a saber?” Nilma Lacerda, il. Rui de Oliveira Pena de ganso DCL (2005)
  • 8.
  • 10. “ Onde mora sua avó, Chapeuzinho Vermelho? -- A mais um quarto de légua daqui -- respondeu Chapeuzinho Vermelho. -- A sua casa fica perto de um grande carvalho e ao seu lado há muitas amendoeiras. Deves conhecê-las. Enquanto Chapeuzinho Vermelho falava, o lobo ia pensando: “Que menina delicada! Que carninha tenra! Um bom bocado! Será muito melhor devorá-la do que devorar a velha. Tenho de agir com astúcia para pegar as duas.” Assim, caminhou durante algum tempo ao lado da menina, depois disse: Irmãos Grimm Contos de fadas Villa Rica (1994)
  • 11. -- Vê, Chapeuzinho Vermelho, que lindas flores há por aqui. E como os passarinhos estão cantando! Caminhas muito séria, sem sequer olhar para os lados, como se estivesses indo para a escola, sem prestar atenção na beleza da floresta. Chapeuzinho Vermelho levantou os olhos e, quando viu os raios de sol dançando aqui e ali entre as árvores, e as lindas flores que cresciam por todos os lados, pensou: “E se eu levasse para vovó um belo ramalhete dessas flores tão bonitas? Ela iria gostar muito...” Irmãos Grimm Contos de fadas Villa Rica (1994)
  • 12.
  • 13. Ninfa Parreiras, il. André Neves Com a maré e o sonho RHJ (2006)
  • 14. “ Não conhecia o mar. Morava no interior. Gostava de coleções, como outras crianças de sua idade. Colecionava cartões postais de cidades litorâneas. Recortava figuras com mar e praias. Recortes que moravam em suas caixas e gavetas. Imagens, para ela, desconhecidas. Salgadas, vindas com o choro da espera. Mais que o cheiro, o gosto, o barulho, a beleza e a cor do mar, queria conhecer os cocos nos coqueiros” Ninfa Parreiras, il. André Neves Com a maré e o sonho RHJ (2006)
  • 15. Imaginação: “repertório do potencial, do hipotético, de tudo quanto não é, nem foi e talvez não seja, mas poderia ter sido” “ A mente do poeta, bem como o espírito do cientista em certos momentos decisivos, funcionam segundo um processo de associações de imagens que é o sistema mais rápido de coordenar e escolher entre as formas infinitas do possível e do impossível.” Italo Calvino Seis propostas para o próximo milênio São Paulo: Companhia das Letras (1985: 106-7) www.emory.edu
  • 16. Ricardo Alcántara, il. Gusti Gustavo e os medos Edições SM (2004)
  • 17. “ Ao perceber que os medos aumentavam, Gustavo não se arriscava a olhar para o próprio ombro. Sabia que eles estavam ali, mas temia encará-los. Amedrontado, desviou o olhar. Mas isso não resolvia o problema, pois, mesmo sem vê-los, escutava suas vozes antipáticas. E os medos não paravam de falar. -- A xícara vai quebrar e você vai levar uma bronca -- diziam. -- Você vai derrubar o café com leite e sua tia vai ficar irritada -- cochichavam com malícia.” Ricardo Alcántara, il. Gusti Gustavo e os medos Edições SM (2004)
  • 18. Katherine Paterson Ponte para Terabítia Moderna (1977)
  • 19. “ Ele apertou os olhos, como quem tenta ver por dentro de um tubo escuro. Nem sabia o que perguntar. -- O quê?... -- começou. A voz chata de Brenda o interrompeu. -- Sua amiga morreu e mamãe pensou que você tivesse morrido também.” 11 NÃO! Um redemoinho girou dentro da cabeça de Jess. Katherine Paterson Ponte para Terabítia Moderna (1977)
  • 20. Um texto oferece sua máxima significação, quando: projeta um objeto (fixo ou em movimento) na imaginação visual — imagens saltam assinala semelhanças entre ritmo/emoção por intermédio dos sons provoca associações intelectuais visual — idéias que se desdobram Ezra Pound ABC da Literatura São Paulo: Cultrix (1934) Madrigal.blogsome.com
  • 21. Thaís Linhares Vovó Dragão Nova Fronteira (2005)
  • 22. “ Esta história começa com uma caçada. E você sabe o que estava sendo caçado? Uma princesa. Uma pequena princesa de longas tranças perfumadas. A pobrezinha corria costurando sua fuga entre as árvores da floresta. Exausta, quase não agüentava mais correr. Parecia que suas pernas eram feitas de pudim, de tão cansadas que estavam. -- Por favor, princesinha, queremos descansar -- gritavam suas duas perninhas. -- Não posso parar! Ela vai me pegar!” Thaís Linhares Vovó Dragão Nova Fronteira (2005)
  • 23. “ A fantasia é uma espécie de máquina eletrônica que leva em conta todas as combinações possíveis e escolhe as que obedecem a um fim, ou que simplesmente são as mais interessantes, agradáveis ou divertidas.” Italo Calvino Seis propostas para o próximo milênio São Paulo: Companhia das Letras (1985: 107) www.emory.edu
  • 24. Angela Lago Uni duni e tê Compor (1981)
  • 25. Salamê Mingüê Entraram no barraco do Zé do Cravo. Abriram a geladeira. Um, dois e três... O salame minguou. E lá se foi o sorvete colorido. Deixaram um bilhete em código: “ Uni duni e tê salamê mingüê um sorvete colorê uni duni e tê”. O cravo e a rosa .... Angela Lago Uni duni e tê Compor (1981)