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MANUTENÇÃO E RECUPERAÇÃO
       DE EDIFÍCIOS
RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - I
INTRODUÇÃO
O concreto de cimento Portland tem provado ser o material de construção
mais adequado para estruturas, superando com larga vantagem outras
alternativas viáveis, como madeira, aço ou alvenaria.
Embora possa ser considerado resistente e durável, desde que receba
manutenção sistemática e programada, existe construções que apresentam
manifestações patológicas significativas, acarretando elevados custos para
sua recuperação.
Sempre há comprometimento dos aspectos estéticos e, na maioria das
vezes, redução da capacidade resistente, podendo chegar ao colapso parcial
ou total da estrutura.
        Observa-se em geral duas coisas
Um descaso que leva a simples reparos superficiais ou a demolições ou
reforços injustificados.
Os dois extremos são desaconselháveis uma vez que existe atualmente uma
elevada gama de técnicas e produtos desenvolvidos para solucionar esses
problemas.
RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - II




Ruptura de pilar do subsolo de um edifício,
observa-se a flambagem da armadura
principal do pilar.
Causa: Concreto de resistência inadequada
(7,0 Mpa em compressão axial)
                                              Corrosão de armadura por
                                              cloretos em estrutura de
                                              concreto em zona marítima.
RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - III




Má performance de um reparo       Danos causados pelo incêndio de uma
executado de forma inadequada     estrutura
na face inferior de uma laje,
agravando ainda mais o problema
inicial.
RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - VI
PATOLOGIA E TERAPIA DAS CONSTRUÇÕES
Patologia é o estudo das partes que compõem o diagnóstico do problema
                  - Sintomas
                  - Mecanismos
                  - Causas e Origens dos defeitos
Terapia cabe estudar a correção e a solução desses problemas patológicos

PATOLOGIA
Sintomas
Os problemas patológicos apresentam manifestação característica a partir do qual se
pode deduzir qual a natureza, a origem e os mecanismos dos fenômenos envolvidos.
Sintomas mais comuns:
 - fissuras
 - eflorescências
 - flechas excessivas
 - manchas no concreto aparente
 - corrosão das armaduras
 - ninhos de concretagem
 - degradação química
RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - V
Mecanismo
Todo problema patológico (vício de construção) ocorre a partir de um mecanismo.
Por exemplo a corrosão de armaduras no concreto armado é um fenômeno de natureza
eletroquímica, que pode ser acelerado pela presença de agentes agressivos externos,
do ambiente ou internos, incorporados ao concreto.
Para que a corrosão se manifeste é necessário que haja oxigênio (ar), umidade (água)
e o estabelecimento de uma célula de corrosão eletroquímica (heterogeneidade da
estrutura) que só ocorre após a despassivação da armadura.




              Célula de corrosão
      eletroquímica em concreto
          armado (Helene, 1986)




É imprescindível, por exemplo saber que devem ser limitadas as sobrecargas ou
reforçadas as vigas quando as fissuras são conseqüências de momento fletor, Neste
caso, não basta a injeção das fissuras, pois estas poderiam reaparecer em posições
muito próximas às iniciais.
RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - VI
Origem
Um diagnóstico adequado do problema deve indicar em que etapa do
processo construtivo teve origem o fenômeno.
O processo de construção e uso pode ser dividido em cinco grandes etapas:



                                                           • Planejamento
                                                           • Projeto
                                                           • Fabricação de materiais
                                                             e componentes fora da obra
                                                           • Execução propriamente dita




Os problemas patológicos só se manifestam após o início da execução, a última etapa
da fase de produção, normalmente ocorrem na etapa de uso.
Certos problemas por exemplo resultantes de:
• Reações álcali-agregados só aparecem com intensidade após seis a doze anos
• Corrosão de armaduras em lajes de forro/piso se manifestam após treze anos
RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - VII

Origem (cont.)
Uma fissura de momento fletor em vigas pode ter origem num projeto inadequado, na
qualidade inferior do aço, na má execução com concreto de resistência inadequada,
colocação sobre a viga de cargas superiores às previstas inicialmente.
Para cada origem há uma terapia mais adequada, embora o fenômeno e os sintomas
possam ser os mesmos.
Uma elevada percentagem das manifestações patológicas têm origem nas etapas de
planejamento e projeto (vide figura).

                                        As falhas de planejamento e projeto são
                                        mais graves que as falhas de qualidade dos
                                        materiais ou de má execução.
                                        É sempre preferível investir mais tempo no
                                        detalhamento e estudo da estrutura que
                                        tomar decisões apressadas ou adaptadas
                                        durante a execução.

                                       Origem dos problemas com relação às etapas de
                                       produção e uso das obras civis (Grunau, 1981)
RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - VIII
Causas
Os agentes causadores dos problemas patológicos podem ser vários: cargas, variação
da umidade, variações térmicas intrínsecas e extrínsecas ao concreto, agentes
biológicos, incompatibilidade de materiais, agentes atmosféricos e outros.
No caso de uma fissura em viga por ação de momento fletor, o agente causador é a
carga ( se não houver carga não há fissura) qualquer que seja a origem do problema.
Já fissuras verticais nas vigas podem ter como agentes causadores tanto a variação
da umidade (retração hidráulica por falta de cura) quanto gradientes térmicos
resultantes do calor de hidratação do cimento ou gradientes térmicos resultantes de
variações diárias de temperatura ambiente.

Conseqüências
Um diagnóstico se completa com algumas considerações sobre as conseqüências do
problema no comportamento geral da estrutura.
As considerações podem ser de dois tipos, as que:
- Afetam as condições de segurança da estrutura
- Comprometem as condições de serviço e funcionamento da construção
Os problemas de patológicos são evolutivos e tendem a se agravar com o passar do
tempo, além de acarretarem outros problemas.
Por exemplo uma fissura de momento fletor pode dar origem à corrosão de armadura,
flechas excessivas em vigas e lajes podem acarretar fissuras em paredes, etc.
RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - IX
Conseqüências (cont.)
As correções são mais duráveis, mais efetivas, mais fáceis de executar e muito mais
baratas quanto mais cedo forem executadas.
A demonstração mais expressiva dessa afirmação e a chamada Lei de Sitter que
mostra os custos crescendo segundo uma progressão geométrica.




                                         Dividindo-se as etapas construtivas e de
                                         uso em quatro períodos correspondentes
                                         ao projeto, à execução propriamente dita,
                                         à manutenção preventiva efetuada antes
                                         dos primeiros três anos e a manutenção
                                         corretiva efetuada após surgimento dos
                                         problemas, a cada uma corresponderá um
                                         custo    que   segue    uma   progressão
                                         geométrica de razão cinco.



                                        Lei de evolução dos custos (Sitter, 1984)
RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - X
Conseqüências (cont.)
PROJETO
Toda medida tomada a nível de projeto com o objetivo de aumentar a proteção e a
durabilidade da estrutura, como apresentado nos exemplos abaixo, implica num custo
que pode ser associado ao número 1 (um):
- Aumentar o cobrimento da armadura
- Reduzir a relação água/cimento do concreto
- tratamentos superficiais
- detalhes construtivos adequados
- especificar cimentos, aditivos e adições com características diferenciadas

EXECUÇÃO
Toda medida tomada extra-projeto, ou seja, durante a execução, implica num custo 5
(cinco) vezes superior ao custo que teria sido acarretado se esta medida tivesse sido
tomada na época da elaboração do projeto (custo 1):
Um exemplo típico é a da redução da relação água/cimento do concreto para
aumentar a durabilidade e a proteção à armadura. Essa nova característica do
concreto acarretariam a redução das dimensões dos componentes estruturais,
economia de fôrmas, redução de taxa de armadura, redução de volume e peso próprio,
etc.
RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - XI
Conseqüências (cont.)
MANUTENÇÃO PREVENTIVA
Toda medida tomada com antecedência e previsão, durante o período de uso e
manutenção da estrutura, pode ser associada a um custo 5 (cinco) vezes menor que
aquele necessário à correção dos problemas gerados a partir da não intervenção
preventiva tomada com antecedência à manifestação de patologia. Ao mesmo tempo
estará associada a um custo de 25 (vinte e cinco) vezes superior àquele que teria
acarretado uma decisão de projeto para obtenção para obtenção do mesmo grau de
proteção e durabilidade da estrutura.

MANUTENÇÃO CORRETIVA
Corresponde aos trabalhos de diagnóstico, prognóstico, reparo e proteção das
estruturas que já apresentam manifestações patológicas (correção de problemas
evidentes. A estas atividades pode-se associar um custo 125 (cento e vinte e cinco)
vezes superior ao custo das medidas que poderiam ter sido tomadas na época da
elaboração do projeto.

CONCLUSÃO:
Segundo Sitter, adiar uma intervenção significa aumentar os custos diretos em
progressão geométrica de razão 5 (cinco), levando em conta os custos da obra orçado
a partir do projeto original.
RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - XII
TERAPIA
As medidas de correção dos problemas tanto podem incluir reparos localizados,
quanto uma recuperação generalizada da estrutura ou reforços de, pilares, vigas e
lajes. È recomendável a implantação de um programa de de manutenção periódica (vida
útil prevista, agressividade da condições ambientes, natureza dos materiais e medidas
protetoras adotadas).
Procedimento
A escolha dos materiais e da técnica de correção a ser empregada depende do
diagnóstico do problema, das características da região a ser corrigida e das exigências
de funcionamento do elemento que vai ser objeto da correção.
                                                                   Reforço generalizado

                              Exemplo:
                              Nos casos de elementos estruturais que
                              necessitam ser colocados em carga após
                              algumas horas da execução da correção,
                              pode ser necessário e conveniente
                              utilizar sistemas de base epóxi ou
                              poliéster. Nos casos de prazos mais
                              dilatados, pode ser conveniente utilizar
                              argamassas e grautes de base mineral e,
                              nas condições normais de solicitação
    Reparo localizado         (após 28 dias) os materiais podem ser
                              argamassas e concretos adequadamente
                              dosados.
RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - XIII
MATERIAIS PARA REPARO, REFORÇO E PROTEÇÃO
Concreto
O concreto é o material tradicionalmente utilizado em reforços e reparos, requer um
traço especialmente formulado que altere melhor algumas de suas características
naturais.
  - altas resistências iniciais                               - plastificantes
  - ausência de retração de secagem                           - redutores de água
  - expansões controladas                                     - impermeabilizantes
  - elevada aderência ao substrato                            - escória de alto forno
  - baixa permeabilidade
                                                              - cinza volante
  - baixa relação água/cimento
  - outras propriedades com utilização de aditivos e adições: - Sílica ativa

São disponíveis no mercado microconcretos e argamassas industrializadas já
adequadamente formulados para utilização em reforços e reparos:
  - segundo o tipo de problema patológico em questão
  - segundo as características da região a ser reparada (vertical o horizontal)
  - resistentes à agressividade do ambiente
  - concretos projetados (agregado graúdo com dimensão máxima de 9 mm)
Os materiais avançados (à base de resinas, fibras, fíleres, etc) estabeleceram como
uma resposta técnico-científica moderna ‘as exigências do desempenho e durabilidade.
RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - XIV
Aditivos
São produtos especialmente formulados para modificar algumas propriedades dos
concretos e argamassas, tanto no estado fresco quanto endurecido.
Sendo todo produto adicionado até o máximo de 5% em relação ‘a massa de cimento,
acima dessa porcentagem deve ser considerado como adição.
Normalmente são utilizados para reparos e reforços os aceleradores de pega e
endurecimento, os retardadores, os redutores de água (plastificantes) e expansores.
Os aditivos impermeabilizantes reduzem muito a resistência mecânica dos concretos.


Argamassas poliméricas
São argamassas à base de cimento Portland modificadas com polímeros, com agregados
e graduação adequadas, podem ser chamadas de argamassas base mineral e o processo
de endurecimento está baseado na reação dos grãos de cimento com a água de
amassamento.
Em geral tem retração compensada e são tixotrópicas para uso em superfícies
verticais e inclinadas.
Podem ser formuladas com resinas acrílicas do tipo metilmetacrílato ou estireno-
butadieno ou então com resinas à base de PVA (aplicação restrita, baixa resistência à
umidade e à ação agressiva do ambiente).
RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - XV
Grautes de base cimento
É um material fluido e auto-adensável no estado recém misturado, formulado para
preencher cavidades e tornar-se aderente, resistente e sem retração no estado
endurecido.
Um graute de base cimento é constituído por cimento Portland, agregados de
granulometria adequada, aditivos expansores e aditivos superplastificantes.
São recomendados para reparos em locais de difícil acesso ou seções densamente
armadas em razão das suas características de fluidez, boa aderência, baixa retração e
alta impermeabilidade (baixa porosidade).

Argamassas e grautes orgânicos
São argamassas e grautes formulados com resinas orgânica cuja aglomeração e
resistência é dada pelas reações de polimerização e endurecimento dos componentes
das resinas, em ausência de água.
O cimento Portland pode entrar na composição do produto apenas como um agregado
fino (filler), preenchendo os vazios da areia, atuando com um material inerte.
Pelo fato de constituírem-se em argamassas e grautes com características de elevada
resistência mecânica e química são apropriados para serem aplicados em ambientes
altamente agressivos ou em condições onde são exigidos alto desempenho dos reparos,
reforços e proteções. Os grautes podem ser formulados para uso em pequenos volumes
e espessuras (possuem elevada aderência porém baixo módulo de deformação
longitudinal) podendo ser utilizados para preenchimento de fissuras.
RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - XVIII
Óleos
Óleo de soja, óleo de peroba e certos ácidos de consistência oleosa, podem ser usados
para impermeabilização e proteção da superfície do concreto. Em geral escurecem a
superfície do concreto. O concreto deve ter idade superior a 14 dias para aplicação.
Recomenda-se neutralizar previamente a sua superfície antes da aplicação, através do
uso de solução composta de 2,4 kg de cloreto de zinco com 3,8 kg de ácido fosfórico
em 100 litros de água. Aguardar secagem por 48 h antes da aplicação dos óleos, sendo
que os óleos podem ser diluídos em querosene, recomenda-se pelo menos duas demãos
espaçadas de mais de 24 h.
Como esta solução é ácida, não é recomendável em estruturas de concreto protendido
nem em casos de pequeno cobrimento da armadura.

Vernizes e hidrofugantes de superfície
São pinturas aplicadas à superfície da estrutura de concreto destinadas a protege-la e
impermeabiliza-la, sem contudo alterar seu aspecto.
Normalmente têm maior aplicação em estruturas e alvenarias aparentes, sem
revestimentos, e localizadas em superfícies verticais e horizontais internas (tetos e
coberturas). Excelente em aplicação em fachadas, estruturas externas ou internas.
Não são recomendáveis para locais com solicitação mecânicas e física forte, nem para
locais submetidas ‘a pressão de água, tais como reservatórios, canaletas, etc.
RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - XIX
Vernizes e hidrofugantes de superfície (cont.)
Formam um filme superficial contínuo tais como os vernizes poliuretanos, vernizes
epóxi e os vernizes de base acrílica. Não devem ser utilizados vernizes tipo látex PVA
base água, pois têm baixíssima durabilidade, reduzida aderência e se degradam
rapidamente, quando em presença de agentes atmosféricos agressivos (industriais).
Em certas condições pode ser mais conveniente utilizar hidrofugantes de superfície
que são capazes de penetrar alguns milímetros no concreto e por um mecanismo de
repelência eletrostática impedem a penetração das moléculas de água e das
substâncias agressivas que estejam dissolvidas nessa água.
Os hidrofugantes são todos de base silicone (resina silicone, silanos, etc.), todos são
monocomponentes dispersos em solvente.

Tintas orgânicas
São dispersões de pigmentos em aglutinantes que, quando aplicadas em finas camadas
sobre uma superfície, sofrem um processo de secagem ou cura e endurecimento
formando um filme sólido, aderente ao substrato e impermeável.
São constituídas basicamente de resina, solvente, pigmento e aditivo. A resina é o
componente mais importante da tinta, pois é ela que confere as propriedades de
resistência, aderência, flexibilidade, impermeabilidade e brilho ao sistema.
Os pigmento são importantes quando se deseja uma proteção anticorrosiva, seja por
barreira, inibição química ou por proteção catódica
RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - XXII
Produtos p/ ancoragem e emendas de barras de aço
São em geral de base polimérica, predominantemente poliéster bicomponente, ou de
base cimento, ambos de pega rápida e ligeiramente expansivos. Para emendas de
barras de aço há uma emenda padrão que consiste de uma luva de aço, seção de um
tubo, na qual são introduzidas as duas barras a emendar. Através da prensagem
hidráulica, a luva deforma-se contra as barras, ancorando-se em suas nervuras.

Concretos e argamassas de pega/endurecimento rápido
Inúmeras vezes é necessário proceder-se a reparos rápidos que permitam a retomada
da produção em indústrias ou a liberação do tráfego, por exemplo. Os produtos
constituem-se em argamassas formuladas com cimentos aluminosos que apresentam
pega rápida e resistência elevadas às primeiras idades, podem também ser formuldaso
com base na reação do magnésio com fosfatos ou materiais de base sulfato de cálcio,
que desenvolvem altas resistências iniciais.

Tijolos anticorrosivos
Conferem proteção otimizada contra ataque químico severo e são portanto indicados
para uso em indústrias farmacêuticas, petroquímicas, químicas e de papel e celulose.
Além do tijolo é necessário utilizar uma membrana impermeável e ainda incorporar um
refratário anticorrosivo entre o revestimento e a membrana. Um tijolo anticorrosivo é
fabricado a partir de matérias-primas com teor de fundentes especialmente baixo,
apresentando baixa porosidade e ausência de absorção.
RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - XXIII
GUIA PARA DIAGNÓSTICO E CORREÇÃO DOS PROBLEMAS
Corrosão de armaduras
Manifestação típica - A




Diagnóstico:
- concreto com alta permeabilidade
- cobrimento insuficiente das armaduras
- má execução
Alternativas para correção:
- remover o concreto afetado e os produtos de corrosão (limpeza de superfície)
- reconstituir a seção original da armadura
- em inícios de corrosão recuperar o componente estrutural (manter seção)
- em casos avançados de corrosão reforçar o componente estrutural (aumentar seção)
- aplicar revestimento de proteção
- eventualmente, demolir e reconstruir
RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - XXIV

Corrosão de armaduras
Manifestação típica - B
Manchas marrom-avermelhadas ou esverdeadas na superfície do concreto




Diagnóstico:
- agentes agressivos do ambiente impregnados na estrutura (cloretos)
- agentes agressivos incorporados ao concreto durante seu amassamento.
Alternativas para correção:
- remover o concreto afetado e os produtos de corrosão (limpeza de superfície)
- reconstituir a seção original da armadura
- na presença de agentes agressivos efetuar a correção com primer rico e efetuar
  barreira epóxi entre o concreto contaminado e a argamassa de reparo
- aplicar revestimento de proteção
- eventualmente, demolir e reconstruir
RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - XXV
Ninhos (segregação)
Manifestação típica




Diagnóstico:
- dosagem inadequada
- dimensão máxima característica do agregado graúdo inadequada
- lançamento e adensamento inadequados
- taxa excessiva de armaduras
Alternativas para correção:
- remover o concreto segregado e limpar bem as superfícies
- em casos de reparos superficiais: argamassa polimérica base cimento, base epóxi
- em casos de reparos profundos: argamassa polimérica base cimento, graute, concreto
- aplicar revestimento de proteção
RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - XXVII
Fissuras de flexão (VIGAS)
Manifestação típica




Diagnóstico:
- sobrecargas não previstas
- estribos insuficientes
- ancoragem insuficiente
- armadura mal posicionada no projeto ou na execução
Alternativas para correção:
- preparar e limpar criteriosamente a fissura
- recuperar monolitismo (injetar resina epóxi com ou sem limitação de sobrecargas
- reforçar a viga através de:
     - colocação de nova armadura longitudinal e reconcretagem
     - colocação de novos estribos e reconcretagem
     - colocação de chapas metálicas aderidas com epóxi
- eventualmente, demolir e reconstruir
RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - XXVIII
Fissuras de cisalhamento (VIGAS)
Manifestação típica




Diagnóstico:
- sobrecargas não previstas
- estribos insuficientes
- estribos mal posicionados no projeto ou na execução
- concreto de resistência inadequada
Alternativas para correção:
- preparar e limpar criteriosamente a fissura
- recuperar monolitismo (injetar resina epóxi com ou sem limitação de sobrecargas
- reforçar a viga através de:
     - colocação de nova armadura longitudinal e reconcretagem
     - colocação de novos estribos e reconcretagem
     - colocação de chapas metálicas aderidas com epóxi
- eventualmente, demolir e reconstruir
RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - XXXXIX
 Deterioração generalizada (PONTES E VIADUTOS)
Manifestação típica
- corrosão de armaduras / deterioração de peitoris
- degradação de juntas de movimentação
- percolação de água
- quebra de cantos em dentes Gerber
- deterioração de apoios / fissuras
Diagnóstico:
- cobrimento insuficiente
- impactos / projetos inadequados
- peitoris muito esbeltos / ausência de manutenção
- posição inadequada das armaduras / solicitação excessiva
Alternativas para correção:
- preparar e limpar adequadamente as fissuras e superfícies
- restaurar o monolitismo: injetar resina epóxi.
- reparar ou reforçar regiões com armaduras corroídas.
- restaurar bordas de junta de movimentação com argamassa epóxi.
- restaurar dentes Gerber.
- eventualmente, criar pingadeiras, efetuar revestimentos de proteção, aumentar ralos,
estender buzinotes.
- aplicar revestimento de proteção / eventualmente demolir e reconstruir.
RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - L
 Percolação de líquidos e corrosão de armaduras (SILOS E TANQUES)
Manifestação típica




Diagnóstico:
- tirante ou espaçador mal executado
- junta de concretagem mal executada
- ninho de concretagem
- movimentação térmica diferencial
- armadura insuficiente
- cobrimento insuficiente
- concreto de resistência inadequada
Alternativas para correção:
- preparar e limpar adequadamente as fissuras e superfícies
- restaurar o monolitismo: injetar resina epóxi.
- demolir e restaurar cavidades localizadas: argamassa polimérica base cimento.
- reparar ou reforçar locais com corrosão de armaduras.
- reforçar a estrutura.
- aplicar revestimento de proteção.
- impermeabilizar e proteger termicamente.
RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - LI
 Deterioração generalizada (Estruturas em água do mar ou água doce)
Manifestação típica
- Desgaste mecânico
- corrosão nos elementos semi-submersos
- quebra de arestas e cantos / fissuras



Diagnóstico:
- concentração de tensões em cantos
- concreto com alta permeabilidade
- má execução
- cobrimento insuficiente
- manuseio de materiais agressivos (adubos, carvão, enxofre, etc)
Alternativas para correção:
- remover as partes soltas e limpar criteriosamente a superfícies
- restaurar o monolitismo: injetar resina epóxi.
- demolir e restaurar cavidades localizadas: argamassa polimérica base cimento.
- reparar ou reforçar locais com corrosão de armadura.
- reforçar regiões submersas: graute para reparo submerso.
- aplicar revestimento de proteção
RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - LII
Deterioração acentuada da parte superior (Galerias de água e esgoto)
Manifestação típica
- corrosão de armaduras
- degradação do concreto




Diagnóstico:
- concreto de resistência inadequada
- cobrimento insuficiente
- má aeração da tubulação
- rupturas localizadas por ação de cargas excessivas ou recalques
- ausência de proteção
Alternativas para correção:
- preparar e limpar cuidadosamente as superfícies
- restaurar o monolitismo: injetar resina epóxi.
- reparar : argamassa polimérica base cimento e argamassa polimérica projetada.
- reconstruir ou reforçar: concreto, concreto projetado.
- aplicar revestimento de proteção.
RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - LIII
Deterioração da parte submersa (Galerias de água e esgoto)
Manifestação típica
- desgaste
- cavitação




Diagnóstico:
- concreto de resistência inadequada
- rupturas localizadas por ação de cargas excessivas ou recalques
- velocidade excessiva do líquido
- excesso de partículas abrasivas
- ausência de proteção
Alternativas para correção:
- preparar e limpar cuidadosamente as superfícies
- reparar : argamassa polimérica base cimento e argamassa polimérica projetada.
- reconstruir ou reforçar: concreto, graute para reparo submerso, concreto projetado.
- aplicar revestimento de proteção.
RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - LV
Defeitos de elementos estruturais de fundação (Fundações)
Manifestação típica




Diagnóstico:
- projeto inadequado
- concreto de resistência inadequada
- má execução
Alternativas para correção:
- remover as partes soltas, preparar e limpar cuidadosamente as superfícies
- reforçar os componentes de fundações com problemas: blocos, sapatas e estacas
- Demolir e reconstruir cabeças de estacas: microconcreto fluido e concreto.
RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - LVI
PROCEDIMENTOS DE PREPARO E LIMPEZA DO SUBSTRATO
PREPARO DO SUBSTRATO
RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - LVII
                       Usos mais comuns
Escarificação Manual   Preparação de pequenas superfícies e locais de
                       difícil acesso para os equipamentos maiores.
                       Apicoamento das superfícies.
                       Equipamento
                       Ponteiro, talhadeira e marreta
                       Procedimento
                       Escarificar de fora para dentro, evitando golpes
                       que possam lascar as arestas e contornos da região
                       em tratamento. Retirar todo o material solto, mal
                       compactado e segregado até atingir concreto são,
                       obtendo superfície rugosa e coesa, propiciando
                       boas condições de aderência. Deve-se prever
                       cimbramento adequado, quando necessário.
                       Vantagens
                       Pouco ruído e ausência de poeira excessiva, além de
                       não exigir instalações específicas de água ou
                       energia e mão-de-obra especializada
                       Desvantagens
                       Baixa produção, uso restrito. Após a escarificação
                       é necessário efetuar limpeza com ar comprimido
                       para remoção do pó. Requer cuidados para não
                       comprometer a estrutura
RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - LVIII
Disco de Desbaste

                    Usos mais comuns
                    Preparação e desbaste de grandes superfícies.
                    Equipamento
                    Lixadeira industrial com disco, adequado para
                    desbaste de pisos (polimento), úmido ou a seco.
                    Procedimento
                    Aplicar o disco com lixa sobre a superfície,
                    aproveitando o peso do próprio equipamento.
                    Efetuar o desbaste em camadas ou passadas
                    cruzadas a 90º. Desbastar, de cada vez, uma
                    espessura pequena, mantendo uniformidade de
                    espessura em toda a superfície.
                    Vantagens
                    Alta produção.
                    Desvantagens
                    Requer mão-de-obra especializada.
RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - LIX
Escarificação Mecânica   Usos mais comuns
                         Preparação de grandes superfícies, apicoamento.
                         Equipamento
                         Rebarbador eletromecânico ou fresas (para pisos).
                         Procedimento
                         Escarificar de fora para dentro para evitar
                         lascamentos das arestas e cantos. Em superfícies
                         planas, remover a nata superficial e procurar
                         conferir rugosidade ao concreto. Retirar todo o
                         material solto, mal compactado e segregado até
                         atingir o concreto são. Deve-se prever o
                         cimbramento adequado, quando necessário.
                         Vantagens
                         Alto rendimento na preparação, não requerendo
                         mão-de-obra especializada (qualificada).
                         Desvantagens
                         Rendimento baixo para espessuras superiores a 1
                         cm. Requer cuidados para não comprometer a
                         estrutura. Após a escarificação é necessário
                         proceder à limpeza com ar comprimido, para
                         remoção do pó.
RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - LX
Demolição

                Usos mais comuns
                Preparação de grandes superfícies, demolições.
                Equipamento
                Martelete pneumático (±20 kg) ou eletromecânico.
                Procedimento
                Retirar todo o material solto, mal compactado e
                segregado até atingir o concreto são. Deve-se
                prever cimbramento adequado.
                Vantagens
                Permite o uso de vários marteletes acoplados a um
                só compressor (no caso do martelete pneumático).
                Alto rendimento na preparação.
                Desvantagens
                Requer cuidados para não comprometer a estrutura
                existente. A demolição não é adequada para
                elementos estruturais esbeltos. Necessita de mão-
                de-obra especializada.
RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - LXI
Lixamento Manual                       Usos mais comuns
                                       Preparo de superfícies reduzidas, lixamento de
                                       barras de aço.
                                       Equipamento
                                       Lixa d´água para concreto ou lixa de ferro para
                                       aço.
                                       Procedimento
                                       Esfregar a lixa em movimentos circulares e
                                       enérgicos sobre a superfície. No caso do aço,
                                       tentar obter cor metálica denominada estado de
                                       “metal quase branco”. (*)
                                       Vantagens
                                       Dispensa equipamentos pesados.
                                       Desvantagens
                                       Baixa produção e exigência de controle criterioso
                                       (fiscalização).


(*) Toda a carepa de laminação e produtos da corrosão deverão ser removidos, de modo que o
metal apresente apenas leves manchas na superfície. Após a limpeza, 95% de cada área de 9
cm2 deverão estar livres de resíduos visíveis e apresentar coloração cinza claro (BS 4232).
RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - LXII
Lixamento Elétrico
                     Usos mais comuns
                     Superfícies de concreto ou chapas de aço.
                     Equipamento
                     Disco de lixa acoplado a uma                lixadeira
                     eletromecânica provida de um protetor.
                     Procedimento
                     Manter a lixa paralela à superfície em tratamento,
                     procurando fazer movimentos circulares.
                     Vantagens
                     Remove as impurezas existentes na superfície do
                     concreto, abre e limpa seus poros. Remove a carepa
                     de laminação e a crosta de corrosão superficial das
                     chapas metálicas. Permite a remoção de
                     eflorescências e a regularização das superfícies de
                     concreto. Alto rendimento na preparação.
                     Desvantagens
                     Provoca elevado grau de sujeira e poeira no
                     ambiente, requerendo o uso de máscara antipó para
                     proteção do operador.
RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - LXIII
Escovamento Manual
                     Usos mais comuns
                     Preparação de superfícies de pequenas dimensões
                     em locais de fácil acesso e remoção de produtos de
                     corrosão incrustados nas barras.
                     Equipamento
                     Escova com cerdas de aço.
                     Procedimento
                     Escovar a superfície até a completa remoção da
                     partículas soltas ou qualquer outro material
                     indesejável.
                     Vantagens
                     Fácil acesso e manuseio, não requerendo mão-de-
                     obra especializada nem instalações específicas. Em
                     contato com a armadura, retira os produtos da
                     corrosão, desde que a escova seja aplicada de
                     forma enérgica e eficiente.
                     Desvantagens
                     Baixa produção, uso restrito.
RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - LXIV
Pistola de Agulha                      Usos mais comuns
                                       Limpeza de superfícies metálicas, retirada de
                                       corrosão e de pinturas.
                                       Equipamento
                                       Pistola eletromecânica.
                                       Procedimento
                                       Colocar a pistola em contato com a armadura ou
                                       chapa metálica até que seja retirada toda a
                                       camada de corrosão ou tinta. Deve-se tomar
                                       cuidado para evitar que o equipamento entre em
                                       contato com o concreto.
                                       Vantagens
                                       Remove os produtos da corrosão (ferrugem) das
                                       armaduras, deixando a superfície na condição de
                                       “metal branco”. (*)
                                       Desvantagens
                                       Risco de danificação das agulhas quando em
                                       contato com o concreto.
(*) Toda a carepa de laminação e produtos da corrosão deverão ser removidos, de modo que o
metal apresente apenas leves manchas na superfície. Após a limpeza, 95% de cada área de 9
cm2 deverão estar livres de resíduos visíveis e apresentar coloração cinza claro (BS 4232).
RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - LXV
                        Usos mais comuns
Jato de Areia Seco ou   Preparação de grandes áreas e locais angulosos.
Úmido
                        Equipamento
                        Compressor de ar, equipamento de jato de areia, abrasivo
                        (areia), mangueira da alta pressão, bico direcional e,
                        eventualmente, água. A areia utilizada deve ter uma
                        granulometria adequada, deve ser lavada, isenta de matéria
                        orgânica e precisa estar seca no momento da utilização.
                        Procedimento
                        Manter o bico de jato numa posição ortogonal à superfície
                        de aplicação. Movê-lo constantemente em círculo,
                        distribuindo uniformemente o jato para melhor remoção de
                        todos os resíduos que possam vir a prejudicar a aderência.
                        Vantagens
                        Prepara as superfícies a serem recuperadas ou reforçadas,
                        eliminando todas as partículas soltas, removendo todo o
                        material que possa a vir prejudicar a aderência da acamada
                        protetora.
                        Desvantagens
                        Provoca elevado grau de sujeira e pó (jato seco) no
                        ambiente. Não remove frações de espessuras superiores a
                        3 mm e, em certos casos não dispensa escarificação prévia.
                        Após a utilização do jato seco deve-se limpar toda a
                        superfície com ar comprimido
RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - LXVI
Disco de corte

                 Usos mais comuns
                 Retirada de rebarbas, delimitação do contorno da
                 área de reparo, abertura de vincos para
                 tratamento de fissuras.
                 Equipamento
                 Máquina de corte dotada de disco diamantado.
                 Procedimento
                 Manter o disco em posição ortogonal à superfície.
                 Antes de iniciar, demarcar com lápis de cera ou
                 equivalente o contorno de serviço a ser executado.
                 Desvantagens
                 Requer o uso de mão-de-obra especializada e
                 acessórios adequados. Dificuldade de acesso deste
                 tipo de equipamento a algumas regiões específicas.
                 Requer também cuidados quanto ao controle da
                 espessura do corte para não danificar estribos e
                 armaduras.
RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - LXVIII

Remoção de Óleos e Graxas impregnados


                         A remoção de óleos, graxas e gorduras impregnados em
                         concretos em profundidades superiores a 3 mm requer
                         a remoção do concreto contaminado através dos
                         procedimentos    descritos    no   procedimento   de
                         escarificação mecânica,       queima controlada ou
                         eventualmente demolição.

                         Após a escarificação do concreto, retirada do material
                         solto e desligamento absoluto de fontes de calor e
                         chamas, aplicar na superfície um removedor de graxas
                         e limpador à base de solvente de alta penetração, não-
                         corrosivo, adequadamente formulado para esta
                         finalidade.
RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - LXX
LIMPEZA DAS SUPERFÍCIES
RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - LXXI
Jato de Água Fria

                    Usos mais comuns
                    Limpeza de grandes áreas.
                    Equipamento
                    Mangueira de alta pressão, equipamento tipo lava-a-
                    jato e bico direcional.
                    Procedimento
                    Iniciar a limpeza pelas partes mais altas,
                    procurando manter uma pressão adequada para
                    remoção de partículas soltas. Executar, de
                    preferência, movimentos circulares com o bico de
                    jato para facilitar a limpeza de toda a superfície.
                    Vantagens
                    Possibilita limpar a superfície, umedecendo-a ao
                    mesmo tempo.
                    Desvantagens
                    Não é adequado quando os materiais de reparo
                    requerem substrato seco para boa aderência.
RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - LXXII
Jato de Água Quente   Usos mais comuns
                      Limpeza de grandes áreas ou locais levemente
                      contaminados com gorduras.
                      Equipamento
                      Mangueiras de alta pressão, equipamento tipo lava-
                      a-jato e bico direcional.
                      Procedimento
                      Iniciar a limpeza nas partes mais altas, procurando
                      manter uma pressão adequada para remoção de
                      partículas soltas. Executar, de preferência,
                      movimentos circulares com o bico de jato para
                      facilitar a limpeza de toda a superfície.
                      Vantagens
                      Ajuda a eliminar impurezas orgânicas tais como
                      graxas, óleos, pinturas, etc., quando associado a
                      removedores biodegradáveis.
                      Desvantagens
                      Não é adequado quando os materiais de reparo
                      requerem substrato seco para boa aderência.
                      Requer proteção com luvas térmicas e operador
                      habilitado.
RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - LXXIII
Vapor

               Usos mais comuns
               Preparação de grandes áreas e locais contaminados
               com impurezas orgânicas e minerais (sais).
               Equipamento
               Mangueiras de alta pressão, dotada de isolamento
               térmico para evitar perda de calor, bico direcional e
               caldeira para geração de vapor.
               Procedimento
               Se em forma de jato, o procedimento é similar ao
               descrito no procedimento jato de água fria.
               Vantagens
               Ajuda a eliminar impurezas orgânicas como graxa,
               óleo, pintura, etc., preferencialmente, deve ser
               associado a removedores biodegradáveis para obter
               melhor performance.
               Desvantagens
               Exige operador especializado.
RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - LXXIV
Lavagem com Soluções   Usos mais comuns
                       Preparação de grandes áreas onde não haja,
Ácidas                 preferencialmente, armadura exposta ou muito próxima à
                       superfície, remoção de tintas e ferrugem de metais,
                       ferramentas, etc.
                       Equipamento
                       Pulverizador, brocha, trincha ou esfregão.
                       Procedimento
                       Antes da aplicação, saturar a estrutura com água limpa
                       para evitar a penetração do ácido no concreto são.
                       Preparar a solução conforme orientação do produto,
                       aplicar a solução. A efervescência é sinal de
                       descontaminação. Imediatamente após a reação lavar a
                       estrutura com água limpa em abundância, para a remoção
                       de partículas sólidas e resíduos da solução utilizada.
                       Vantagens
                       Remove da superfície da estrutura materiais indesejáveis
                       como carbonatos, resíduos de cimento, impurezas
                       orgânicas, etc. melhorando as características aderentes
                       do substrato, não requer equipamento especial.
                       Desvantagens
                       Seu emprego é aconselhável apenas para tratamentos de
                       limpeza superficial, tendo em conta a possibilidade de
                       infiltração irreversível de agentes ácidos na estrutura.
RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - LXXV
                       Usos mais comuns
Lavagem com Soluções   Limpeza de grandes áreas que apresentam resíduos
Alcalinas              ácidos impregnados.
                       Equipamento
                       Pulverizador, brocha, trincha ou esfregão.
                       Procedimento
                       Saturar a estrutura com água limpa para evitar a
                       infiltração do solução alcalina, que poderá modificar as
                       características do concreto. Aplicar a solução
                       concomitantemente com a lavagem da estrutura através
                       de uma mangueira de água.
                       Vantagens
                       Neutraliza especialmente a estrutura que esteve sujeita
                       ao ataque ácido, melhorando as características aderentes
                       do substrato. O método não é agressivo à armadura e não
                       requer equipamento especial.
                       Desvantagens
                       Se por acaso houver presença de agregados reativos no
                       concreto, pode provocar expansão devido à reação álcali-
                       agregado. Não eficaz na remoção de produtos
                       provenientes da corrosão da armadura. Dificulta a
                       aderência de certos produtos à base de epóxi.
RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - LXXVI

Remoção de Óleos e Graxas Superficiais

                         Usos mais comuns
                         Limpeza de superfícies horizontais (pisos) contaminadas
                         superficialmente em espessuras menores que 2 mm.
                         Equipamento
                         Vassoura, brocha, trincha e esfregão.
                         Procedimento
                         Aplicar o removedor diretamente sobe as áreas afetadas,
                         deixando-o agir pelo menos por vinte minutos. A seguir,
                         lavar a região com água em abundância com o auxílio de
                         um esfregão ou vassoura, para remoção de partículas
                         sólidas e resíduos do produto utilizado.
                         Vantagens
                         Não é corrosivo, não ataca o concreto nem a armadura e
                         não requer equipamento especial.
                         Desvantagens
                         Não consegue remover gorduras e óleos impregnados
                         profundamente (> 2 mm) e havendo, neste caso, conforme
                         o grau de contaminação, necessidade de escarificação
                         mecânica ou queima controlada.
RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - LXXVII
                        Usos mais comuns
Jato de ar comprimido   Remoção de pó após os procedimentos de preparo, como
                        escarificação, escova de aço ou jato de areia. Também é
                        usado quando na superfície for aplicada resina de base epóxi,
                        que requer substrato seco e limpo.
                        Equipamento
                        Mangueiras de alta pressão e compressor dotado de filtro de
                        ar e de óleo, para garantir ar descontaminado.
                        Procedimento
                        Havendo cavidades, colocar no seu interior a extremidade da
                        mangueira, executando a limpeza do interior para o exterior.
                        Uma vez limpas, as cavidades devem ser vedadas com papel,
                        precedendo-se então à limpeza da superfície remanescente. È
                        importante começar sempre o processo pelas cavidades,
                        passando depois para as superfícies circunvizinhas, de modo a
                        evitar deposição de pó no seu interior.
                        Vantagens
                        Remove o pó e possibilita, logo em seguida, a aplicação de
                        adesivo estrutural de base epóxi, desde que o substrato
                        esteja seco. Adequado para limpeza de fissuras, sob pressão,
                        antes da execução de procedimentos de injeção de grautes ou
                        resinas para restabelecimento do monolitismo estrutural.
                        Desvantagens
                        É inadequado para superfícies úmidas.
RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - LXXVIII

Solvente voláteis
                    Usos mais comuns
                    Limpeza de superfícies de concreto ou de aço, instantes
                    ants da aplicação de resinas de base epóxi.
                    Equipamento
                    Pincel, estopa e algodão.
                    Procedimento
                    Aplicar o produto (acetona industrial) com estopa, pincel
                    ou algodão nas superfícies e executar movimentos
                    adequados para a retirada de resíduos e contaminações.
                    Vantagens
                    Retira ácido úrico (mãos), contaminações superficiais de
                    gordura, graxas, tintas e óleos. Por ser altamente volátil,
                    evapora levando partículas de água da superfície e,
                    conseqüentemente, auxilia a secagem superficial.
                    Desvantagens
                    È produto inflamável        e   muito   volátil   (perda   por
                    evaporação).
RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - LXXIX

Saturação com Água   Usos mais comuns
                     Tratamento de superfícies de concreto antes da aplicação
                     de argamassas e concreto de base cimento.
                     Equipamento
                     Mangueira perfurada, sacos de aniagem.
                     Procedimento
                     Imergir totalmente a superfície a ser tratada por um
                     período de, pelo menos, doze horas, antes de aplicar os
                     produtos de base cimento. Essa imersão pode ser
                     conseguida com a construção de barreiras temporárias e
                     mangueira com vazão contínua. Em superfícies verticais, é
                     necessário, quando a submersão for inviável, formar um
                     filme contínuo de água na superfície com o auxílio de sacos
                     de aniagem e mangueiras perfuradas. Instantes antes da
                     aplicação dos produtos, retirar a água e secar, com estopa
                     seca e limpa, o excesso de água superficial, obtendo-se a
                     condição de superfície saturada e seca (não encharcada).
RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - LXXXI
   PROCEDIMENTOS DE REPARO E REFORÇO ESTRUTURAL

A necessidade de reparar ou reforçar uma determinada estrutura
(segurança e durabilidade) tem sido cada vez mais comum:

- estruturas mais esbeltas;
- solicitações mais intensas;
- ambientes mais agressivos;
- consciência e maior conhecimento dos responsáveis pela manutenção,
  recuperação ou aumento do valor do imóvel;
- inviabilidade de demolição e reconstrução;
- mudança de uso da construção
- outros mais
Não se pode prescindir de um diagnóstico adequado do problema patológico,
realizado por um especialista. Os serviços devem ser iniciados a partir
desse diagnóstico, do projeto de recuperação e dos escoramentos e
transferências de carga necessários.
RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - LXXXII

    Reparos superficiais localizados
RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - LXXXIII

     Reparos superficiais – Grandes áreas
RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - LXXXIV

     Reparos – juntas de Movimentação

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  • 2. RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - I INTRODUÇÃO O concreto de cimento Portland tem provado ser o material de construção mais adequado para estruturas, superando com larga vantagem outras alternativas viáveis, como madeira, aço ou alvenaria. Embora possa ser considerado resistente e durável, desde que receba manutenção sistemática e programada, existe construções que apresentam manifestações patológicas significativas, acarretando elevados custos para sua recuperação. Sempre há comprometimento dos aspectos estéticos e, na maioria das vezes, redução da capacidade resistente, podendo chegar ao colapso parcial ou total da estrutura. Observa-se em geral duas coisas Um descaso que leva a simples reparos superficiais ou a demolições ou reforços injustificados. Os dois extremos são desaconselháveis uma vez que existe atualmente uma elevada gama de técnicas e produtos desenvolvidos para solucionar esses problemas.
  • 3. RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - II Ruptura de pilar do subsolo de um edifício, observa-se a flambagem da armadura principal do pilar. Causa: Concreto de resistência inadequada (7,0 Mpa em compressão axial) Corrosão de armadura por cloretos em estrutura de concreto em zona marítima.
  • 4. RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - III Má performance de um reparo Danos causados pelo incêndio de uma executado de forma inadequada estrutura na face inferior de uma laje, agravando ainda mais o problema inicial.
  • 5. RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - VI PATOLOGIA E TERAPIA DAS CONSTRUÇÕES Patologia é o estudo das partes que compõem o diagnóstico do problema - Sintomas - Mecanismos - Causas e Origens dos defeitos Terapia cabe estudar a correção e a solução desses problemas patológicos PATOLOGIA Sintomas Os problemas patológicos apresentam manifestação característica a partir do qual se pode deduzir qual a natureza, a origem e os mecanismos dos fenômenos envolvidos. Sintomas mais comuns: - fissuras - eflorescências - flechas excessivas - manchas no concreto aparente - corrosão das armaduras - ninhos de concretagem - degradação química
  • 6. RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - V Mecanismo Todo problema patológico (vício de construção) ocorre a partir de um mecanismo. Por exemplo a corrosão de armaduras no concreto armado é um fenômeno de natureza eletroquímica, que pode ser acelerado pela presença de agentes agressivos externos, do ambiente ou internos, incorporados ao concreto. Para que a corrosão se manifeste é necessário que haja oxigênio (ar), umidade (água) e o estabelecimento de uma célula de corrosão eletroquímica (heterogeneidade da estrutura) que só ocorre após a despassivação da armadura. Célula de corrosão eletroquímica em concreto armado (Helene, 1986) É imprescindível, por exemplo saber que devem ser limitadas as sobrecargas ou reforçadas as vigas quando as fissuras são conseqüências de momento fletor, Neste caso, não basta a injeção das fissuras, pois estas poderiam reaparecer em posições muito próximas às iniciais.
  • 7. RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - VI Origem Um diagnóstico adequado do problema deve indicar em que etapa do processo construtivo teve origem o fenômeno. O processo de construção e uso pode ser dividido em cinco grandes etapas: • Planejamento • Projeto • Fabricação de materiais e componentes fora da obra • Execução propriamente dita Os problemas patológicos só se manifestam após o início da execução, a última etapa da fase de produção, normalmente ocorrem na etapa de uso. Certos problemas por exemplo resultantes de: • Reações álcali-agregados só aparecem com intensidade após seis a doze anos • Corrosão de armaduras em lajes de forro/piso se manifestam após treze anos
  • 8. RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - VII Origem (cont.) Uma fissura de momento fletor em vigas pode ter origem num projeto inadequado, na qualidade inferior do aço, na má execução com concreto de resistência inadequada, colocação sobre a viga de cargas superiores às previstas inicialmente. Para cada origem há uma terapia mais adequada, embora o fenômeno e os sintomas possam ser os mesmos. Uma elevada percentagem das manifestações patológicas têm origem nas etapas de planejamento e projeto (vide figura). As falhas de planejamento e projeto são mais graves que as falhas de qualidade dos materiais ou de má execução. É sempre preferível investir mais tempo no detalhamento e estudo da estrutura que tomar decisões apressadas ou adaptadas durante a execução. Origem dos problemas com relação às etapas de produção e uso das obras civis (Grunau, 1981)
  • 9. RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - VIII Causas Os agentes causadores dos problemas patológicos podem ser vários: cargas, variação da umidade, variações térmicas intrínsecas e extrínsecas ao concreto, agentes biológicos, incompatibilidade de materiais, agentes atmosféricos e outros. No caso de uma fissura em viga por ação de momento fletor, o agente causador é a carga ( se não houver carga não há fissura) qualquer que seja a origem do problema. Já fissuras verticais nas vigas podem ter como agentes causadores tanto a variação da umidade (retração hidráulica por falta de cura) quanto gradientes térmicos resultantes do calor de hidratação do cimento ou gradientes térmicos resultantes de variações diárias de temperatura ambiente. Conseqüências Um diagnóstico se completa com algumas considerações sobre as conseqüências do problema no comportamento geral da estrutura. As considerações podem ser de dois tipos, as que: - Afetam as condições de segurança da estrutura - Comprometem as condições de serviço e funcionamento da construção Os problemas de patológicos são evolutivos e tendem a se agravar com o passar do tempo, além de acarretarem outros problemas. Por exemplo uma fissura de momento fletor pode dar origem à corrosão de armadura, flechas excessivas em vigas e lajes podem acarretar fissuras em paredes, etc.
  • 10. RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - IX Conseqüências (cont.) As correções são mais duráveis, mais efetivas, mais fáceis de executar e muito mais baratas quanto mais cedo forem executadas. A demonstração mais expressiva dessa afirmação e a chamada Lei de Sitter que mostra os custos crescendo segundo uma progressão geométrica. Dividindo-se as etapas construtivas e de uso em quatro períodos correspondentes ao projeto, à execução propriamente dita, à manutenção preventiva efetuada antes dos primeiros três anos e a manutenção corretiva efetuada após surgimento dos problemas, a cada uma corresponderá um custo que segue uma progressão geométrica de razão cinco. Lei de evolução dos custos (Sitter, 1984)
  • 11. RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - X Conseqüências (cont.) PROJETO Toda medida tomada a nível de projeto com o objetivo de aumentar a proteção e a durabilidade da estrutura, como apresentado nos exemplos abaixo, implica num custo que pode ser associado ao número 1 (um): - Aumentar o cobrimento da armadura - Reduzir a relação água/cimento do concreto - tratamentos superficiais - detalhes construtivos adequados - especificar cimentos, aditivos e adições com características diferenciadas EXECUÇÃO Toda medida tomada extra-projeto, ou seja, durante a execução, implica num custo 5 (cinco) vezes superior ao custo que teria sido acarretado se esta medida tivesse sido tomada na época da elaboração do projeto (custo 1): Um exemplo típico é a da redução da relação água/cimento do concreto para aumentar a durabilidade e a proteção à armadura. Essa nova característica do concreto acarretariam a redução das dimensões dos componentes estruturais, economia de fôrmas, redução de taxa de armadura, redução de volume e peso próprio, etc.
  • 12. RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - XI Conseqüências (cont.) MANUTENÇÃO PREVENTIVA Toda medida tomada com antecedência e previsão, durante o período de uso e manutenção da estrutura, pode ser associada a um custo 5 (cinco) vezes menor que aquele necessário à correção dos problemas gerados a partir da não intervenção preventiva tomada com antecedência à manifestação de patologia. Ao mesmo tempo estará associada a um custo de 25 (vinte e cinco) vezes superior àquele que teria acarretado uma decisão de projeto para obtenção para obtenção do mesmo grau de proteção e durabilidade da estrutura. MANUTENÇÃO CORRETIVA Corresponde aos trabalhos de diagnóstico, prognóstico, reparo e proteção das estruturas que já apresentam manifestações patológicas (correção de problemas evidentes. A estas atividades pode-se associar um custo 125 (cento e vinte e cinco) vezes superior ao custo das medidas que poderiam ter sido tomadas na época da elaboração do projeto. CONCLUSÃO: Segundo Sitter, adiar uma intervenção significa aumentar os custos diretos em progressão geométrica de razão 5 (cinco), levando em conta os custos da obra orçado a partir do projeto original.
  • 13. RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - XII TERAPIA As medidas de correção dos problemas tanto podem incluir reparos localizados, quanto uma recuperação generalizada da estrutura ou reforços de, pilares, vigas e lajes. È recomendável a implantação de um programa de de manutenção periódica (vida útil prevista, agressividade da condições ambientes, natureza dos materiais e medidas protetoras adotadas). Procedimento A escolha dos materiais e da técnica de correção a ser empregada depende do diagnóstico do problema, das características da região a ser corrigida e das exigências de funcionamento do elemento que vai ser objeto da correção. Reforço generalizado Exemplo: Nos casos de elementos estruturais que necessitam ser colocados em carga após algumas horas da execução da correção, pode ser necessário e conveniente utilizar sistemas de base epóxi ou poliéster. Nos casos de prazos mais dilatados, pode ser conveniente utilizar argamassas e grautes de base mineral e, nas condições normais de solicitação Reparo localizado (após 28 dias) os materiais podem ser argamassas e concretos adequadamente dosados.
  • 14. RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - XIII MATERIAIS PARA REPARO, REFORÇO E PROTEÇÃO Concreto O concreto é o material tradicionalmente utilizado em reforços e reparos, requer um traço especialmente formulado que altere melhor algumas de suas características naturais. - altas resistências iniciais - plastificantes - ausência de retração de secagem - redutores de água - expansões controladas - impermeabilizantes - elevada aderência ao substrato - escória de alto forno - baixa permeabilidade - cinza volante - baixa relação água/cimento - outras propriedades com utilização de aditivos e adições: - Sílica ativa São disponíveis no mercado microconcretos e argamassas industrializadas já adequadamente formulados para utilização em reforços e reparos: - segundo o tipo de problema patológico em questão - segundo as características da região a ser reparada (vertical o horizontal) - resistentes à agressividade do ambiente - concretos projetados (agregado graúdo com dimensão máxima de 9 mm) Os materiais avançados (à base de resinas, fibras, fíleres, etc) estabeleceram como uma resposta técnico-científica moderna ‘as exigências do desempenho e durabilidade.
  • 15. RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - XIV Aditivos São produtos especialmente formulados para modificar algumas propriedades dos concretos e argamassas, tanto no estado fresco quanto endurecido. Sendo todo produto adicionado até o máximo de 5% em relação ‘a massa de cimento, acima dessa porcentagem deve ser considerado como adição. Normalmente são utilizados para reparos e reforços os aceleradores de pega e endurecimento, os retardadores, os redutores de água (plastificantes) e expansores. Os aditivos impermeabilizantes reduzem muito a resistência mecânica dos concretos. Argamassas poliméricas São argamassas à base de cimento Portland modificadas com polímeros, com agregados e graduação adequadas, podem ser chamadas de argamassas base mineral e o processo de endurecimento está baseado na reação dos grãos de cimento com a água de amassamento. Em geral tem retração compensada e são tixotrópicas para uso em superfícies verticais e inclinadas. Podem ser formuladas com resinas acrílicas do tipo metilmetacrílato ou estireno- butadieno ou então com resinas à base de PVA (aplicação restrita, baixa resistência à umidade e à ação agressiva do ambiente).
  • 16. RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - XV Grautes de base cimento É um material fluido e auto-adensável no estado recém misturado, formulado para preencher cavidades e tornar-se aderente, resistente e sem retração no estado endurecido. Um graute de base cimento é constituído por cimento Portland, agregados de granulometria adequada, aditivos expansores e aditivos superplastificantes. São recomendados para reparos em locais de difícil acesso ou seções densamente armadas em razão das suas características de fluidez, boa aderência, baixa retração e alta impermeabilidade (baixa porosidade). Argamassas e grautes orgânicos São argamassas e grautes formulados com resinas orgânica cuja aglomeração e resistência é dada pelas reações de polimerização e endurecimento dos componentes das resinas, em ausência de água. O cimento Portland pode entrar na composição do produto apenas como um agregado fino (filler), preenchendo os vazios da areia, atuando com um material inerte. Pelo fato de constituírem-se em argamassas e grautes com características de elevada resistência mecânica e química são apropriados para serem aplicados em ambientes altamente agressivos ou em condições onde são exigidos alto desempenho dos reparos, reforços e proteções. Os grautes podem ser formulados para uso em pequenos volumes e espessuras (possuem elevada aderência porém baixo módulo de deformação longitudinal) podendo ser utilizados para preenchimento de fissuras.
  • 17. RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - XVIII Óleos Óleo de soja, óleo de peroba e certos ácidos de consistência oleosa, podem ser usados para impermeabilização e proteção da superfície do concreto. Em geral escurecem a superfície do concreto. O concreto deve ter idade superior a 14 dias para aplicação. Recomenda-se neutralizar previamente a sua superfície antes da aplicação, através do uso de solução composta de 2,4 kg de cloreto de zinco com 3,8 kg de ácido fosfórico em 100 litros de água. Aguardar secagem por 48 h antes da aplicação dos óleos, sendo que os óleos podem ser diluídos em querosene, recomenda-se pelo menos duas demãos espaçadas de mais de 24 h. Como esta solução é ácida, não é recomendável em estruturas de concreto protendido nem em casos de pequeno cobrimento da armadura. Vernizes e hidrofugantes de superfície São pinturas aplicadas à superfície da estrutura de concreto destinadas a protege-la e impermeabiliza-la, sem contudo alterar seu aspecto. Normalmente têm maior aplicação em estruturas e alvenarias aparentes, sem revestimentos, e localizadas em superfícies verticais e horizontais internas (tetos e coberturas). Excelente em aplicação em fachadas, estruturas externas ou internas. Não são recomendáveis para locais com solicitação mecânicas e física forte, nem para locais submetidas ‘a pressão de água, tais como reservatórios, canaletas, etc.
  • 18. RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - XIX Vernizes e hidrofugantes de superfície (cont.) Formam um filme superficial contínuo tais como os vernizes poliuretanos, vernizes epóxi e os vernizes de base acrílica. Não devem ser utilizados vernizes tipo látex PVA base água, pois têm baixíssima durabilidade, reduzida aderência e se degradam rapidamente, quando em presença de agentes atmosféricos agressivos (industriais). Em certas condições pode ser mais conveniente utilizar hidrofugantes de superfície que são capazes de penetrar alguns milímetros no concreto e por um mecanismo de repelência eletrostática impedem a penetração das moléculas de água e das substâncias agressivas que estejam dissolvidas nessa água. Os hidrofugantes são todos de base silicone (resina silicone, silanos, etc.), todos são monocomponentes dispersos em solvente. Tintas orgânicas São dispersões de pigmentos em aglutinantes que, quando aplicadas em finas camadas sobre uma superfície, sofrem um processo de secagem ou cura e endurecimento formando um filme sólido, aderente ao substrato e impermeável. São constituídas basicamente de resina, solvente, pigmento e aditivo. A resina é o componente mais importante da tinta, pois é ela que confere as propriedades de resistência, aderência, flexibilidade, impermeabilidade e brilho ao sistema. Os pigmento são importantes quando se deseja uma proteção anticorrosiva, seja por barreira, inibição química ou por proteção catódica
  • 19. RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - XXII Produtos p/ ancoragem e emendas de barras de aço São em geral de base polimérica, predominantemente poliéster bicomponente, ou de base cimento, ambos de pega rápida e ligeiramente expansivos. Para emendas de barras de aço há uma emenda padrão que consiste de uma luva de aço, seção de um tubo, na qual são introduzidas as duas barras a emendar. Através da prensagem hidráulica, a luva deforma-se contra as barras, ancorando-se em suas nervuras. Concretos e argamassas de pega/endurecimento rápido Inúmeras vezes é necessário proceder-se a reparos rápidos que permitam a retomada da produção em indústrias ou a liberação do tráfego, por exemplo. Os produtos constituem-se em argamassas formuladas com cimentos aluminosos que apresentam pega rápida e resistência elevadas às primeiras idades, podem também ser formuldaso com base na reação do magnésio com fosfatos ou materiais de base sulfato de cálcio, que desenvolvem altas resistências iniciais. Tijolos anticorrosivos Conferem proteção otimizada contra ataque químico severo e são portanto indicados para uso em indústrias farmacêuticas, petroquímicas, químicas e de papel e celulose. Além do tijolo é necessário utilizar uma membrana impermeável e ainda incorporar um refratário anticorrosivo entre o revestimento e a membrana. Um tijolo anticorrosivo é fabricado a partir de matérias-primas com teor de fundentes especialmente baixo, apresentando baixa porosidade e ausência de absorção.
  • 20. RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - XXIII GUIA PARA DIAGNÓSTICO E CORREÇÃO DOS PROBLEMAS Corrosão de armaduras Manifestação típica - A Diagnóstico: - concreto com alta permeabilidade - cobrimento insuficiente das armaduras - má execução Alternativas para correção: - remover o concreto afetado e os produtos de corrosão (limpeza de superfície) - reconstituir a seção original da armadura - em inícios de corrosão recuperar o componente estrutural (manter seção) - em casos avançados de corrosão reforçar o componente estrutural (aumentar seção) - aplicar revestimento de proteção - eventualmente, demolir e reconstruir
  • 21. RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - XXIV Corrosão de armaduras Manifestação típica - B Manchas marrom-avermelhadas ou esverdeadas na superfície do concreto Diagnóstico: - agentes agressivos do ambiente impregnados na estrutura (cloretos) - agentes agressivos incorporados ao concreto durante seu amassamento. Alternativas para correção: - remover o concreto afetado e os produtos de corrosão (limpeza de superfície) - reconstituir a seção original da armadura - na presença de agentes agressivos efetuar a correção com primer rico e efetuar barreira epóxi entre o concreto contaminado e a argamassa de reparo - aplicar revestimento de proteção - eventualmente, demolir e reconstruir
  • 22. RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - XXV Ninhos (segregação) Manifestação típica Diagnóstico: - dosagem inadequada - dimensão máxima característica do agregado graúdo inadequada - lançamento e adensamento inadequados - taxa excessiva de armaduras Alternativas para correção: - remover o concreto segregado e limpar bem as superfícies - em casos de reparos superficiais: argamassa polimérica base cimento, base epóxi - em casos de reparos profundos: argamassa polimérica base cimento, graute, concreto - aplicar revestimento de proteção
  • 23. RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - XXVII Fissuras de flexão (VIGAS) Manifestação típica Diagnóstico: - sobrecargas não previstas - estribos insuficientes - ancoragem insuficiente - armadura mal posicionada no projeto ou na execução Alternativas para correção: - preparar e limpar criteriosamente a fissura - recuperar monolitismo (injetar resina epóxi com ou sem limitação de sobrecargas - reforçar a viga através de: - colocação de nova armadura longitudinal e reconcretagem - colocação de novos estribos e reconcretagem - colocação de chapas metálicas aderidas com epóxi - eventualmente, demolir e reconstruir
  • 24. RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - XXVIII Fissuras de cisalhamento (VIGAS) Manifestação típica Diagnóstico: - sobrecargas não previstas - estribos insuficientes - estribos mal posicionados no projeto ou na execução - concreto de resistência inadequada Alternativas para correção: - preparar e limpar criteriosamente a fissura - recuperar monolitismo (injetar resina epóxi com ou sem limitação de sobrecargas - reforçar a viga através de: - colocação de nova armadura longitudinal e reconcretagem - colocação de novos estribos e reconcretagem - colocação de chapas metálicas aderidas com epóxi - eventualmente, demolir e reconstruir
  • 25. RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - XXXXIX Deterioração generalizada (PONTES E VIADUTOS) Manifestação típica - corrosão de armaduras / deterioração de peitoris - degradação de juntas de movimentação - percolação de água - quebra de cantos em dentes Gerber - deterioração de apoios / fissuras Diagnóstico: - cobrimento insuficiente - impactos / projetos inadequados - peitoris muito esbeltos / ausência de manutenção - posição inadequada das armaduras / solicitação excessiva Alternativas para correção: - preparar e limpar adequadamente as fissuras e superfícies - restaurar o monolitismo: injetar resina epóxi. - reparar ou reforçar regiões com armaduras corroídas. - restaurar bordas de junta de movimentação com argamassa epóxi. - restaurar dentes Gerber. - eventualmente, criar pingadeiras, efetuar revestimentos de proteção, aumentar ralos, estender buzinotes. - aplicar revestimento de proteção / eventualmente demolir e reconstruir.
  • 26. RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - L Percolação de líquidos e corrosão de armaduras (SILOS E TANQUES) Manifestação típica Diagnóstico: - tirante ou espaçador mal executado - junta de concretagem mal executada - ninho de concretagem - movimentação térmica diferencial - armadura insuficiente - cobrimento insuficiente - concreto de resistência inadequada Alternativas para correção: - preparar e limpar adequadamente as fissuras e superfícies - restaurar o monolitismo: injetar resina epóxi. - demolir e restaurar cavidades localizadas: argamassa polimérica base cimento. - reparar ou reforçar locais com corrosão de armaduras. - reforçar a estrutura. - aplicar revestimento de proteção. - impermeabilizar e proteger termicamente.
  • 27. RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - LI Deterioração generalizada (Estruturas em água do mar ou água doce) Manifestação típica - Desgaste mecânico - corrosão nos elementos semi-submersos - quebra de arestas e cantos / fissuras Diagnóstico: - concentração de tensões em cantos - concreto com alta permeabilidade - má execução - cobrimento insuficiente - manuseio de materiais agressivos (adubos, carvão, enxofre, etc) Alternativas para correção: - remover as partes soltas e limpar criteriosamente a superfícies - restaurar o monolitismo: injetar resina epóxi. - demolir e restaurar cavidades localizadas: argamassa polimérica base cimento. - reparar ou reforçar locais com corrosão de armadura. - reforçar regiões submersas: graute para reparo submerso. - aplicar revestimento de proteção
  • 28. RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - LII Deterioração acentuada da parte superior (Galerias de água e esgoto) Manifestação típica - corrosão de armaduras - degradação do concreto Diagnóstico: - concreto de resistência inadequada - cobrimento insuficiente - má aeração da tubulação - rupturas localizadas por ação de cargas excessivas ou recalques - ausência de proteção Alternativas para correção: - preparar e limpar cuidadosamente as superfícies - restaurar o monolitismo: injetar resina epóxi. - reparar : argamassa polimérica base cimento e argamassa polimérica projetada. - reconstruir ou reforçar: concreto, concreto projetado. - aplicar revestimento de proteção.
  • 29. RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - LIII Deterioração da parte submersa (Galerias de água e esgoto) Manifestação típica - desgaste - cavitação Diagnóstico: - concreto de resistência inadequada - rupturas localizadas por ação de cargas excessivas ou recalques - velocidade excessiva do líquido - excesso de partículas abrasivas - ausência de proteção Alternativas para correção: - preparar e limpar cuidadosamente as superfícies - reparar : argamassa polimérica base cimento e argamassa polimérica projetada. - reconstruir ou reforçar: concreto, graute para reparo submerso, concreto projetado. - aplicar revestimento de proteção.
  • 30. RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - LV Defeitos de elementos estruturais de fundação (Fundações) Manifestação típica Diagnóstico: - projeto inadequado - concreto de resistência inadequada - má execução Alternativas para correção: - remover as partes soltas, preparar e limpar cuidadosamente as superfícies - reforçar os componentes de fundações com problemas: blocos, sapatas e estacas - Demolir e reconstruir cabeças de estacas: microconcreto fluido e concreto.
  • 31. RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - LVI PROCEDIMENTOS DE PREPARO E LIMPEZA DO SUBSTRATO PREPARO DO SUBSTRATO
  • 32. RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - LVII Usos mais comuns Escarificação Manual Preparação de pequenas superfícies e locais de difícil acesso para os equipamentos maiores. Apicoamento das superfícies. Equipamento Ponteiro, talhadeira e marreta Procedimento Escarificar de fora para dentro, evitando golpes que possam lascar as arestas e contornos da região em tratamento. Retirar todo o material solto, mal compactado e segregado até atingir concreto são, obtendo superfície rugosa e coesa, propiciando boas condições de aderência. Deve-se prever cimbramento adequado, quando necessário. Vantagens Pouco ruído e ausência de poeira excessiva, além de não exigir instalações específicas de água ou energia e mão-de-obra especializada Desvantagens Baixa produção, uso restrito. Após a escarificação é necessário efetuar limpeza com ar comprimido para remoção do pó. Requer cuidados para não comprometer a estrutura
  • 33. RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - LVIII Disco de Desbaste Usos mais comuns Preparação e desbaste de grandes superfícies. Equipamento Lixadeira industrial com disco, adequado para desbaste de pisos (polimento), úmido ou a seco. Procedimento Aplicar o disco com lixa sobre a superfície, aproveitando o peso do próprio equipamento. Efetuar o desbaste em camadas ou passadas cruzadas a 90º. Desbastar, de cada vez, uma espessura pequena, mantendo uniformidade de espessura em toda a superfície. Vantagens Alta produção. Desvantagens Requer mão-de-obra especializada.
  • 34. RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - LIX Escarificação Mecânica Usos mais comuns Preparação de grandes superfícies, apicoamento. Equipamento Rebarbador eletromecânico ou fresas (para pisos). Procedimento Escarificar de fora para dentro para evitar lascamentos das arestas e cantos. Em superfícies planas, remover a nata superficial e procurar conferir rugosidade ao concreto. Retirar todo o material solto, mal compactado e segregado até atingir o concreto são. Deve-se prever o cimbramento adequado, quando necessário. Vantagens Alto rendimento na preparação, não requerendo mão-de-obra especializada (qualificada). Desvantagens Rendimento baixo para espessuras superiores a 1 cm. Requer cuidados para não comprometer a estrutura. Após a escarificação é necessário proceder à limpeza com ar comprimido, para remoção do pó.
  • 35. RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - LX Demolição Usos mais comuns Preparação de grandes superfícies, demolições. Equipamento Martelete pneumático (±20 kg) ou eletromecânico. Procedimento Retirar todo o material solto, mal compactado e segregado até atingir o concreto são. Deve-se prever cimbramento adequado. Vantagens Permite o uso de vários marteletes acoplados a um só compressor (no caso do martelete pneumático). Alto rendimento na preparação. Desvantagens Requer cuidados para não comprometer a estrutura existente. A demolição não é adequada para elementos estruturais esbeltos. Necessita de mão- de-obra especializada.
  • 36. RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - LXI Lixamento Manual Usos mais comuns Preparo de superfícies reduzidas, lixamento de barras de aço. Equipamento Lixa d´água para concreto ou lixa de ferro para aço. Procedimento Esfregar a lixa em movimentos circulares e enérgicos sobre a superfície. No caso do aço, tentar obter cor metálica denominada estado de “metal quase branco”. (*) Vantagens Dispensa equipamentos pesados. Desvantagens Baixa produção e exigência de controle criterioso (fiscalização). (*) Toda a carepa de laminação e produtos da corrosão deverão ser removidos, de modo que o metal apresente apenas leves manchas na superfície. Após a limpeza, 95% de cada área de 9 cm2 deverão estar livres de resíduos visíveis e apresentar coloração cinza claro (BS 4232).
  • 37. RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - LXII Lixamento Elétrico Usos mais comuns Superfícies de concreto ou chapas de aço. Equipamento Disco de lixa acoplado a uma lixadeira eletromecânica provida de um protetor. Procedimento Manter a lixa paralela à superfície em tratamento, procurando fazer movimentos circulares. Vantagens Remove as impurezas existentes na superfície do concreto, abre e limpa seus poros. Remove a carepa de laminação e a crosta de corrosão superficial das chapas metálicas. Permite a remoção de eflorescências e a regularização das superfícies de concreto. Alto rendimento na preparação. Desvantagens Provoca elevado grau de sujeira e poeira no ambiente, requerendo o uso de máscara antipó para proteção do operador.
  • 38. RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - LXIII Escovamento Manual Usos mais comuns Preparação de superfícies de pequenas dimensões em locais de fácil acesso e remoção de produtos de corrosão incrustados nas barras. Equipamento Escova com cerdas de aço. Procedimento Escovar a superfície até a completa remoção da partículas soltas ou qualquer outro material indesejável. Vantagens Fácil acesso e manuseio, não requerendo mão-de- obra especializada nem instalações específicas. Em contato com a armadura, retira os produtos da corrosão, desde que a escova seja aplicada de forma enérgica e eficiente. Desvantagens Baixa produção, uso restrito.
  • 39. RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - LXIV Pistola de Agulha Usos mais comuns Limpeza de superfícies metálicas, retirada de corrosão e de pinturas. Equipamento Pistola eletromecânica. Procedimento Colocar a pistola em contato com a armadura ou chapa metálica até que seja retirada toda a camada de corrosão ou tinta. Deve-se tomar cuidado para evitar que o equipamento entre em contato com o concreto. Vantagens Remove os produtos da corrosão (ferrugem) das armaduras, deixando a superfície na condição de “metal branco”. (*) Desvantagens Risco de danificação das agulhas quando em contato com o concreto. (*) Toda a carepa de laminação e produtos da corrosão deverão ser removidos, de modo que o metal apresente apenas leves manchas na superfície. Após a limpeza, 95% de cada área de 9 cm2 deverão estar livres de resíduos visíveis e apresentar coloração cinza claro (BS 4232).
  • 40. RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - LXV Usos mais comuns Jato de Areia Seco ou Preparação de grandes áreas e locais angulosos. Úmido Equipamento Compressor de ar, equipamento de jato de areia, abrasivo (areia), mangueira da alta pressão, bico direcional e, eventualmente, água. A areia utilizada deve ter uma granulometria adequada, deve ser lavada, isenta de matéria orgânica e precisa estar seca no momento da utilização. Procedimento Manter o bico de jato numa posição ortogonal à superfície de aplicação. Movê-lo constantemente em círculo, distribuindo uniformemente o jato para melhor remoção de todos os resíduos que possam vir a prejudicar a aderência. Vantagens Prepara as superfícies a serem recuperadas ou reforçadas, eliminando todas as partículas soltas, removendo todo o material que possa a vir prejudicar a aderência da acamada protetora. Desvantagens Provoca elevado grau de sujeira e pó (jato seco) no ambiente. Não remove frações de espessuras superiores a 3 mm e, em certos casos não dispensa escarificação prévia. Após a utilização do jato seco deve-se limpar toda a superfície com ar comprimido
  • 41. RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - LXVI Disco de corte Usos mais comuns Retirada de rebarbas, delimitação do contorno da área de reparo, abertura de vincos para tratamento de fissuras. Equipamento Máquina de corte dotada de disco diamantado. Procedimento Manter o disco em posição ortogonal à superfície. Antes de iniciar, demarcar com lápis de cera ou equivalente o contorno de serviço a ser executado. Desvantagens Requer o uso de mão-de-obra especializada e acessórios adequados. Dificuldade de acesso deste tipo de equipamento a algumas regiões específicas. Requer também cuidados quanto ao controle da espessura do corte para não danificar estribos e armaduras.
  • 42. RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - LXVIII Remoção de Óleos e Graxas impregnados A remoção de óleos, graxas e gorduras impregnados em concretos em profundidades superiores a 3 mm requer a remoção do concreto contaminado através dos procedimentos descritos no procedimento de escarificação mecânica, queima controlada ou eventualmente demolição. Após a escarificação do concreto, retirada do material solto e desligamento absoluto de fontes de calor e chamas, aplicar na superfície um removedor de graxas e limpador à base de solvente de alta penetração, não- corrosivo, adequadamente formulado para esta finalidade.
  • 43. RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - LXX LIMPEZA DAS SUPERFÍCIES
  • 44. RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - LXXI Jato de Água Fria Usos mais comuns Limpeza de grandes áreas. Equipamento Mangueira de alta pressão, equipamento tipo lava-a- jato e bico direcional. Procedimento Iniciar a limpeza pelas partes mais altas, procurando manter uma pressão adequada para remoção de partículas soltas. Executar, de preferência, movimentos circulares com o bico de jato para facilitar a limpeza de toda a superfície. Vantagens Possibilita limpar a superfície, umedecendo-a ao mesmo tempo. Desvantagens Não é adequado quando os materiais de reparo requerem substrato seco para boa aderência.
  • 45. RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - LXXII Jato de Água Quente Usos mais comuns Limpeza de grandes áreas ou locais levemente contaminados com gorduras. Equipamento Mangueiras de alta pressão, equipamento tipo lava- a-jato e bico direcional. Procedimento Iniciar a limpeza nas partes mais altas, procurando manter uma pressão adequada para remoção de partículas soltas. Executar, de preferência, movimentos circulares com o bico de jato para facilitar a limpeza de toda a superfície. Vantagens Ajuda a eliminar impurezas orgânicas tais como graxas, óleos, pinturas, etc., quando associado a removedores biodegradáveis. Desvantagens Não é adequado quando os materiais de reparo requerem substrato seco para boa aderência. Requer proteção com luvas térmicas e operador habilitado.
  • 46. RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - LXXIII Vapor Usos mais comuns Preparação de grandes áreas e locais contaminados com impurezas orgânicas e minerais (sais). Equipamento Mangueiras de alta pressão, dotada de isolamento térmico para evitar perda de calor, bico direcional e caldeira para geração de vapor. Procedimento Se em forma de jato, o procedimento é similar ao descrito no procedimento jato de água fria. Vantagens Ajuda a eliminar impurezas orgânicas como graxa, óleo, pintura, etc., preferencialmente, deve ser associado a removedores biodegradáveis para obter melhor performance. Desvantagens Exige operador especializado.
  • 47. RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - LXXIV Lavagem com Soluções Usos mais comuns Preparação de grandes áreas onde não haja, Ácidas preferencialmente, armadura exposta ou muito próxima à superfície, remoção de tintas e ferrugem de metais, ferramentas, etc. Equipamento Pulverizador, brocha, trincha ou esfregão. Procedimento Antes da aplicação, saturar a estrutura com água limpa para evitar a penetração do ácido no concreto são. Preparar a solução conforme orientação do produto, aplicar a solução. A efervescência é sinal de descontaminação. Imediatamente após a reação lavar a estrutura com água limpa em abundância, para a remoção de partículas sólidas e resíduos da solução utilizada. Vantagens Remove da superfície da estrutura materiais indesejáveis como carbonatos, resíduos de cimento, impurezas orgânicas, etc. melhorando as características aderentes do substrato, não requer equipamento especial. Desvantagens Seu emprego é aconselhável apenas para tratamentos de limpeza superficial, tendo em conta a possibilidade de infiltração irreversível de agentes ácidos na estrutura.
  • 48. RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - LXXV Usos mais comuns Lavagem com Soluções Limpeza de grandes áreas que apresentam resíduos Alcalinas ácidos impregnados. Equipamento Pulverizador, brocha, trincha ou esfregão. Procedimento Saturar a estrutura com água limpa para evitar a infiltração do solução alcalina, que poderá modificar as características do concreto. Aplicar a solução concomitantemente com a lavagem da estrutura através de uma mangueira de água. Vantagens Neutraliza especialmente a estrutura que esteve sujeita ao ataque ácido, melhorando as características aderentes do substrato. O método não é agressivo à armadura e não requer equipamento especial. Desvantagens Se por acaso houver presença de agregados reativos no concreto, pode provocar expansão devido à reação álcali- agregado. Não eficaz na remoção de produtos provenientes da corrosão da armadura. Dificulta a aderência de certos produtos à base de epóxi.
  • 49. RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - LXXVI Remoção de Óleos e Graxas Superficiais Usos mais comuns Limpeza de superfícies horizontais (pisos) contaminadas superficialmente em espessuras menores que 2 mm. Equipamento Vassoura, brocha, trincha e esfregão. Procedimento Aplicar o removedor diretamente sobe as áreas afetadas, deixando-o agir pelo menos por vinte minutos. A seguir, lavar a região com água em abundância com o auxílio de um esfregão ou vassoura, para remoção de partículas sólidas e resíduos do produto utilizado. Vantagens Não é corrosivo, não ataca o concreto nem a armadura e não requer equipamento especial. Desvantagens Não consegue remover gorduras e óleos impregnados profundamente (> 2 mm) e havendo, neste caso, conforme o grau de contaminação, necessidade de escarificação mecânica ou queima controlada.
  • 50. RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - LXXVII Usos mais comuns Jato de ar comprimido Remoção de pó após os procedimentos de preparo, como escarificação, escova de aço ou jato de areia. Também é usado quando na superfície for aplicada resina de base epóxi, que requer substrato seco e limpo. Equipamento Mangueiras de alta pressão e compressor dotado de filtro de ar e de óleo, para garantir ar descontaminado. Procedimento Havendo cavidades, colocar no seu interior a extremidade da mangueira, executando a limpeza do interior para o exterior. Uma vez limpas, as cavidades devem ser vedadas com papel, precedendo-se então à limpeza da superfície remanescente. È importante começar sempre o processo pelas cavidades, passando depois para as superfícies circunvizinhas, de modo a evitar deposição de pó no seu interior. Vantagens Remove o pó e possibilita, logo em seguida, a aplicação de adesivo estrutural de base epóxi, desde que o substrato esteja seco. Adequado para limpeza de fissuras, sob pressão, antes da execução de procedimentos de injeção de grautes ou resinas para restabelecimento do monolitismo estrutural. Desvantagens É inadequado para superfícies úmidas.
  • 51. RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - LXXVIII Solvente voláteis Usos mais comuns Limpeza de superfícies de concreto ou de aço, instantes ants da aplicação de resinas de base epóxi. Equipamento Pincel, estopa e algodão. Procedimento Aplicar o produto (acetona industrial) com estopa, pincel ou algodão nas superfícies e executar movimentos adequados para a retirada de resíduos e contaminações. Vantagens Retira ácido úrico (mãos), contaminações superficiais de gordura, graxas, tintas e óleos. Por ser altamente volátil, evapora levando partículas de água da superfície e, conseqüentemente, auxilia a secagem superficial. Desvantagens È produto inflamável e muito volátil (perda por evaporação).
  • 52. RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - LXXIX Saturação com Água Usos mais comuns Tratamento de superfícies de concreto antes da aplicação de argamassas e concreto de base cimento. Equipamento Mangueira perfurada, sacos de aniagem. Procedimento Imergir totalmente a superfície a ser tratada por um período de, pelo menos, doze horas, antes de aplicar os produtos de base cimento. Essa imersão pode ser conseguida com a construção de barreiras temporárias e mangueira com vazão contínua. Em superfícies verticais, é necessário, quando a submersão for inviável, formar um filme contínuo de água na superfície com o auxílio de sacos de aniagem e mangueiras perfuradas. Instantes antes da aplicação dos produtos, retirar a água e secar, com estopa seca e limpa, o excesso de água superficial, obtendo-se a condição de superfície saturada e seca (não encharcada).
  • 53. RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - LXXXI PROCEDIMENTOS DE REPARO E REFORÇO ESTRUTURAL A necessidade de reparar ou reforçar uma determinada estrutura (segurança e durabilidade) tem sido cada vez mais comum: - estruturas mais esbeltas; - solicitações mais intensas; - ambientes mais agressivos; - consciência e maior conhecimento dos responsáveis pela manutenção, recuperação ou aumento do valor do imóvel; - inviabilidade de demolição e reconstrução; - mudança de uso da construção - outros mais Não se pode prescindir de um diagnóstico adequado do problema patológico, realizado por um especialista. Os serviços devem ser iniciados a partir desse diagnóstico, do projeto de recuperação e dos escoramentos e transferências de carga necessários.
  • 54. RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - LXXXII Reparos superficiais localizados
  • 55. RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - LXXXIII Reparos superficiais – Grandes áreas
  • 56. RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - LXXXIV Reparos – juntas de Movimentação