O documento discute a manutenção e recuperação de edifícios, focando em técnicas e materiais para reparo de estruturas de concreto. Apresenta exemplos de patologias estruturais e descreve o processo de diagnóstico, incluindo sintomas, mecanismos, causas e origens dos defeitos. Também explica diferentes opções de terapia e materiais para recuperação, como concreto, argamassas, grautes e aditivos.
Patologias na construção civil detalhes construtivos fissuras na alvenariaRicardo Lopes
Inspecionar, avaliar e diagnosticar as patologias da construção são tarefas que devem ser realizadas sistemática e periodicamente, de modo que os resultados e as ações de manutenção devem cumprir efetivamente a reabilitação da construção sempre que necessária.
Muros de arrimo, dimensionamento e detalhamentorubensmax
Slide apostila sobre dimensionamento de muros de arrimo em flexão, cálculo de empuxo ativo e passivo, verificações ao tombamento, deslizamento e detalhamento. Fonte: Universidade Federal de Goiás
Patologias na construção civil detalhes construtivos fissuras na alvenariaRicardo Lopes
Inspecionar, avaliar e diagnosticar as patologias da construção são tarefas que devem ser realizadas sistemática e periodicamente, de modo que os resultados e as ações de manutenção devem cumprir efetivamente a reabilitação da construção sempre que necessária.
Muros de arrimo, dimensionamento e detalhamentorubensmax
Slide apostila sobre dimensionamento de muros de arrimo em flexão, cálculo de empuxo ativo e passivo, verificações ao tombamento, deslizamento e detalhamento. Fonte: Universidade Federal de Goiás
Palestra apresentada no Instituto de Engenharia de São Paulo para a Divisão de Estruturas, em 07/072011, transmitida ao vivo pela INTERNET para todo o Brasil, abordando os aspectos fundamentais do CTC e sua importância na QUALIDADE e conformidade das Estruturas de Concreto.
2. RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - I
INTRODUÇÃO
O concreto de cimento Portland tem provado ser o material de construção
mais adequado para estruturas, superando com larga vantagem outras
alternativas viáveis, como madeira, aço ou alvenaria.
Embora possa ser considerado resistente e durável, desde que receba
manutenção sistemática e programada, existe construções que apresentam
manifestações patológicas significativas, acarretando elevados custos para
sua recuperação.
Sempre há comprometimento dos aspectos estéticos e, na maioria das
vezes, redução da capacidade resistente, podendo chegar ao colapso parcial
ou total da estrutura.
Observa-se em geral duas coisas
Um descaso que leva a simples reparos superficiais ou a demolições ou
reforços injustificados.
Os dois extremos são desaconselháveis uma vez que existe atualmente uma
elevada gama de técnicas e produtos desenvolvidos para solucionar esses
problemas.
3. RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - II
Ruptura de pilar do subsolo de um edifício,
observa-se a flambagem da armadura
principal do pilar.
Causa: Concreto de resistência inadequada
(7,0 Mpa em compressão axial)
Corrosão de armadura por
cloretos em estrutura de
concreto em zona marítima.
4. RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - III
Má performance de um reparo Danos causados pelo incêndio de uma
executado de forma inadequada estrutura
na face inferior de uma laje,
agravando ainda mais o problema
inicial.
5. RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - VI
PATOLOGIA E TERAPIA DAS CONSTRUÇÕES
Patologia é o estudo das partes que compõem o diagnóstico do problema
- Sintomas
- Mecanismos
- Causas e Origens dos defeitos
Terapia cabe estudar a correção e a solução desses problemas patológicos
PATOLOGIA
Sintomas
Os problemas patológicos apresentam manifestação característica a partir do qual se
pode deduzir qual a natureza, a origem e os mecanismos dos fenômenos envolvidos.
Sintomas mais comuns:
- fissuras
- eflorescências
- flechas excessivas
- manchas no concreto aparente
- corrosão das armaduras
- ninhos de concretagem
- degradação química
6. RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - V
Mecanismo
Todo problema patológico (vício de construção) ocorre a partir de um mecanismo.
Por exemplo a corrosão de armaduras no concreto armado é um fenômeno de natureza
eletroquímica, que pode ser acelerado pela presença de agentes agressivos externos,
do ambiente ou internos, incorporados ao concreto.
Para que a corrosão se manifeste é necessário que haja oxigênio (ar), umidade (água)
e o estabelecimento de uma célula de corrosão eletroquímica (heterogeneidade da
estrutura) que só ocorre após a despassivação da armadura.
Célula de corrosão
eletroquímica em concreto
armado (Helene, 1986)
É imprescindível, por exemplo saber que devem ser limitadas as sobrecargas ou
reforçadas as vigas quando as fissuras são conseqüências de momento fletor, Neste
caso, não basta a injeção das fissuras, pois estas poderiam reaparecer em posições
muito próximas às iniciais.
7. RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - VI
Origem
Um diagnóstico adequado do problema deve indicar em que etapa do
processo construtivo teve origem o fenômeno.
O processo de construção e uso pode ser dividido em cinco grandes etapas:
• Planejamento
• Projeto
• Fabricação de materiais
e componentes fora da obra
• Execução propriamente dita
Os problemas patológicos só se manifestam após o início da execução, a última etapa
da fase de produção, normalmente ocorrem na etapa de uso.
Certos problemas por exemplo resultantes de:
• Reações álcali-agregados só aparecem com intensidade após seis a doze anos
• Corrosão de armaduras em lajes de forro/piso se manifestam após treze anos
8. RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - VII
Origem (cont.)
Uma fissura de momento fletor em vigas pode ter origem num projeto inadequado, na
qualidade inferior do aço, na má execução com concreto de resistência inadequada,
colocação sobre a viga de cargas superiores às previstas inicialmente.
Para cada origem há uma terapia mais adequada, embora o fenômeno e os sintomas
possam ser os mesmos.
Uma elevada percentagem das manifestações patológicas têm origem nas etapas de
planejamento e projeto (vide figura).
As falhas de planejamento e projeto são
mais graves que as falhas de qualidade dos
materiais ou de má execução.
É sempre preferível investir mais tempo no
detalhamento e estudo da estrutura que
tomar decisões apressadas ou adaptadas
durante a execução.
Origem dos problemas com relação às etapas de
produção e uso das obras civis (Grunau, 1981)
9. RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - VIII
Causas
Os agentes causadores dos problemas patológicos podem ser vários: cargas, variação
da umidade, variações térmicas intrínsecas e extrínsecas ao concreto, agentes
biológicos, incompatibilidade de materiais, agentes atmosféricos e outros.
No caso de uma fissura em viga por ação de momento fletor, o agente causador é a
carga ( se não houver carga não há fissura) qualquer que seja a origem do problema.
Já fissuras verticais nas vigas podem ter como agentes causadores tanto a variação
da umidade (retração hidráulica por falta de cura) quanto gradientes térmicos
resultantes do calor de hidratação do cimento ou gradientes térmicos resultantes de
variações diárias de temperatura ambiente.
Conseqüências
Um diagnóstico se completa com algumas considerações sobre as conseqüências do
problema no comportamento geral da estrutura.
As considerações podem ser de dois tipos, as que:
- Afetam as condições de segurança da estrutura
- Comprometem as condições de serviço e funcionamento da construção
Os problemas de patológicos são evolutivos e tendem a se agravar com o passar do
tempo, além de acarretarem outros problemas.
Por exemplo uma fissura de momento fletor pode dar origem à corrosão de armadura,
flechas excessivas em vigas e lajes podem acarretar fissuras em paredes, etc.
10. RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - IX
Conseqüências (cont.)
As correções são mais duráveis, mais efetivas, mais fáceis de executar e muito mais
baratas quanto mais cedo forem executadas.
A demonstração mais expressiva dessa afirmação e a chamada Lei de Sitter que
mostra os custos crescendo segundo uma progressão geométrica.
Dividindo-se as etapas construtivas e de
uso em quatro períodos correspondentes
ao projeto, à execução propriamente dita,
à manutenção preventiva efetuada antes
dos primeiros três anos e a manutenção
corretiva efetuada após surgimento dos
problemas, a cada uma corresponderá um
custo que segue uma progressão
geométrica de razão cinco.
Lei de evolução dos custos (Sitter, 1984)
11. RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - X
Conseqüências (cont.)
PROJETO
Toda medida tomada a nível de projeto com o objetivo de aumentar a proteção e a
durabilidade da estrutura, como apresentado nos exemplos abaixo, implica num custo
que pode ser associado ao número 1 (um):
- Aumentar o cobrimento da armadura
- Reduzir a relação água/cimento do concreto
- tratamentos superficiais
- detalhes construtivos adequados
- especificar cimentos, aditivos e adições com características diferenciadas
EXECUÇÃO
Toda medida tomada extra-projeto, ou seja, durante a execução, implica num custo 5
(cinco) vezes superior ao custo que teria sido acarretado se esta medida tivesse sido
tomada na época da elaboração do projeto (custo 1):
Um exemplo típico é a da redução da relação água/cimento do concreto para
aumentar a durabilidade e a proteção à armadura. Essa nova característica do
concreto acarretariam a redução das dimensões dos componentes estruturais,
economia de fôrmas, redução de taxa de armadura, redução de volume e peso próprio,
etc.
12. RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - XI
Conseqüências (cont.)
MANUTENÇÃO PREVENTIVA
Toda medida tomada com antecedência e previsão, durante o período de uso e
manutenção da estrutura, pode ser associada a um custo 5 (cinco) vezes menor que
aquele necessário à correção dos problemas gerados a partir da não intervenção
preventiva tomada com antecedência à manifestação de patologia. Ao mesmo tempo
estará associada a um custo de 25 (vinte e cinco) vezes superior àquele que teria
acarretado uma decisão de projeto para obtenção para obtenção do mesmo grau de
proteção e durabilidade da estrutura.
MANUTENÇÃO CORRETIVA
Corresponde aos trabalhos de diagnóstico, prognóstico, reparo e proteção das
estruturas que já apresentam manifestações patológicas (correção de problemas
evidentes. A estas atividades pode-se associar um custo 125 (cento e vinte e cinco)
vezes superior ao custo das medidas que poderiam ter sido tomadas na época da
elaboração do projeto.
CONCLUSÃO:
Segundo Sitter, adiar uma intervenção significa aumentar os custos diretos em
progressão geométrica de razão 5 (cinco), levando em conta os custos da obra orçado
a partir do projeto original.
13. RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - XII
TERAPIA
As medidas de correção dos problemas tanto podem incluir reparos localizados,
quanto uma recuperação generalizada da estrutura ou reforços de, pilares, vigas e
lajes. È recomendável a implantação de um programa de de manutenção periódica (vida
útil prevista, agressividade da condições ambientes, natureza dos materiais e medidas
protetoras adotadas).
Procedimento
A escolha dos materiais e da técnica de correção a ser empregada depende do
diagnóstico do problema, das características da região a ser corrigida e das exigências
de funcionamento do elemento que vai ser objeto da correção.
Reforço generalizado
Exemplo:
Nos casos de elementos estruturais que
necessitam ser colocados em carga após
algumas horas da execução da correção,
pode ser necessário e conveniente
utilizar sistemas de base epóxi ou
poliéster. Nos casos de prazos mais
dilatados, pode ser conveniente utilizar
argamassas e grautes de base mineral e,
nas condições normais de solicitação
Reparo localizado (após 28 dias) os materiais podem ser
argamassas e concretos adequadamente
dosados.
14. RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - XIII
MATERIAIS PARA REPARO, REFORÇO E PROTEÇÃO
Concreto
O concreto é o material tradicionalmente utilizado em reforços e reparos, requer um
traço especialmente formulado que altere melhor algumas de suas características
naturais.
- altas resistências iniciais - plastificantes
- ausência de retração de secagem - redutores de água
- expansões controladas - impermeabilizantes
- elevada aderência ao substrato - escória de alto forno
- baixa permeabilidade
- cinza volante
- baixa relação água/cimento
- outras propriedades com utilização de aditivos e adições: - Sílica ativa
São disponíveis no mercado microconcretos e argamassas industrializadas já
adequadamente formulados para utilização em reforços e reparos:
- segundo o tipo de problema patológico em questão
- segundo as características da região a ser reparada (vertical o horizontal)
- resistentes à agressividade do ambiente
- concretos projetados (agregado graúdo com dimensão máxima de 9 mm)
Os materiais avançados (à base de resinas, fibras, fíleres, etc) estabeleceram como
uma resposta técnico-científica moderna ‘as exigências do desempenho e durabilidade.
15. RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - XIV
Aditivos
São produtos especialmente formulados para modificar algumas propriedades dos
concretos e argamassas, tanto no estado fresco quanto endurecido.
Sendo todo produto adicionado até o máximo de 5% em relação ‘a massa de cimento,
acima dessa porcentagem deve ser considerado como adição.
Normalmente são utilizados para reparos e reforços os aceleradores de pega e
endurecimento, os retardadores, os redutores de água (plastificantes) e expansores.
Os aditivos impermeabilizantes reduzem muito a resistência mecânica dos concretos.
Argamassas poliméricas
São argamassas à base de cimento Portland modificadas com polímeros, com agregados
e graduação adequadas, podem ser chamadas de argamassas base mineral e o processo
de endurecimento está baseado na reação dos grãos de cimento com a água de
amassamento.
Em geral tem retração compensada e são tixotrópicas para uso em superfícies
verticais e inclinadas.
Podem ser formuladas com resinas acrílicas do tipo metilmetacrílato ou estireno-
butadieno ou então com resinas à base de PVA (aplicação restrita, baixa resistência à
umidade e à ação agressiva do ambiente).
16. RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - XV
Grautes de base cimento
É um material fluido e auto-adensável no estado recém misturado, formulado para
preencher cavidades e tornar-se aderente, resistente e sem retração no estado
endurecido.
Um graute de base cimento é constituído por cimento Portland, agregados de
granulometria adequada, aditivos expansores e aditivos superplastificantes.
São recomendados para reparos em locais de difícil acesso ou seções densamente
armadas em razão das suas características de fluidez, boa aderência, baixa retração e
alta impermeabilidade (baixa porosidade).
Argamassas e grautes orgânicos
São argamassas e grautes formulados com resinas orgânica cuja aglomeração e
resistência é dada pelas reações de polimerização e endurecimento dos componentes
das resinas, em ausência de água.
O cimento Portland pode entrar na composição do produto apenas como um agregado
fino (filler), preenchendo os vazios da areia, atuando com um material inerte.
Pelo fato de constituírem-se em argamassas e grautes com características de elevada
resistência mecânica e química são apropriados para serem aplicados em ambientes
altamente agressivos ou em condições onde são exigidos alto desempenho dos reparos,
reforços e proteções. Os grautes podem ser formulados para uso em pequenos volumes
e espessuras (possuem elevada aderência porém baixo módulo de deformação
longitudinal) podendo ser utilizados para preenchimento de fissuras.
17. RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - XVIII
Óleos
Óleo de soja, óleo de peroba e certos ácidos de consistência oleosa, podem ser usados
para impermeabilização e proteção da superfície do concreto. Em geral escurecem a
superfície do concreto. O concreto deve ter idade superior a 14 dias para aplicação.
Recomenda-se neutralizar previamente a sua superfície antes da aplicação, através do
uso de solução composta de 2,4 kg de cloreto de zinco com 3,8 kg de ácido fosfórico
em 100 litros de água. Aguardar secagem por 48 h antes da aplicação dos óleos, sendo
que os óleos podem ser diluídos em querosene, recomenda-se pelo menos duas demãos
espaçadas de mais de 24 h.
Como esta solução é ácida, não é recomendável em estruturas de concreto protendido
nem em casos de pequeno cobrimento da armadura.
Vernizes e hidrofugantes de superfície
São pinturas aplicadas à superfície da estrutura de concreto destinadas a protege-la e
impermeabiliza-la, sem contudo alterar seu aspecto.
Normalmente têm maior aplicação em estruturas e alvenarias aparentes, sem
revestimentos, e localizadas em superfícies verticais e horizontais internas (tetos e
coberturas). Excelente em aplicação em fachadas, estruturas externas ou internas.
Não são recomendáveis para locais com solicitação mecânicas e física forte, nem para
locais submetidas ‘a pressão de água, tais como reservatórios, canaletas, etc.
18. RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - XIX
Vernizes e hidrofugantes de superfície (cont.)
Formam um filme superficial contínuo tais como os vernizes poliuretanos, vernizes
epóxi e os vernizes de base acrílica. Não devem ser utilizados vernizes tipo látex PVA
base água, pois têm baixíssima durabilidade, reduzida aderência e se degradam
rapidamente, quando em presença de agentes atmosféricos agressivos (industriais).
Em certas condições pode ser mais conveniente utilizar hidrofugantes de superfície
que são capazes de penetrar alguns milímetros no concreto e por um mecanismo de
repelência eletrostática impedem a penetração das moléculas de água e das
substâncias agressivas que estejam dissolvidas nessa água.
Os hidrofugantes são todos de base silicone (resina silicone, silanos, etc.), todos são
monocomponentes dispersos em solvente.
Tintas orgânicas
São dispersões de pigmentos em aglutinantes que, quando aplicadas em finas camadas
sobre uma superfície, sofrem um processo de secagem ou cura e endurecimento
formando um filme sólido, aderente ao substrato e impermeável.
São constituídas basicamente de resina, solvente, pigmento e aditivo. A resina é o
componente mais importante da tinta, pois é ela que confere as propriedades de
resistência, aderência, flexibilidade, impermeabilidade e brilho ao sistema.
Os pigmento são importantes quando se deseja uma proteção anticorrosiva, seja por
barreira, inibição química ou por proteção catódica
19. RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - XXII
Produtos p/ ancoragem e emendas de barras de aço
São em geral de base polimérica, predominantemente poliéster bicomponente, ou de
base cimento, ambos de pega rápida e ligeiramente expansivos. Para emendas de
barras de aço há uma emenda padrão que consiste de uma luva de aço, seção de um
tubo, na qual são introduzidas as duas barras a emendar. Através da prensagem
hidráulica, a luva deforma-se contra as barras, ancorando-se em suas nervuras.
Concretos e argamassas de pega/endurecimento rápido
Inúmeras vezes é necessário proceder-se a reparos rápidos que permitam a retomada
da produção em indústrias ou a liberação do tráfego, por exemplo. Os produtos
constituem-se em argamassas formuladas com cimentos aluminosos que apresentam
pega rápida e resistência elevadas às primeiras idades, podem também ser formuldaso
com base na reação do magnésio com fosfatos ou materiais de base sulfato de cálcio,
que desenvolvem altas resistências iniciais.
Tijolos anticorrosivos
Conferem proteção otimizada contra ataque químico severo e são portanto indicados
para uso em indústrias farmacêuticas, petroquímicas, químicas e de papel e celulose.
Além do tijolo é necessário utilizar uma membrana impermeável e ainda incorporar um
refratário anticorrosivo entre o revestimento e a membrana. Um tijolo anticorrosivo é
fabricado a partir de matérias-primas com teor de fundentes especialmente baixo,
apresentando baixa porosidade e ausência de absorção.
20. RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - XXIII
GUIA PARA DIAGNÓSTICO E CORREÇÃO DOS PROBLEMAS
Corrosão de armaduras
Manifestação típica - A
Diagnóstico:
- concreto com alta permeabilidade
- cobrimento insuficiente das armaduras
- má execução
Alternativas para correção:
- remover o concreto afetado e os produtos de corrosão (limpeza de superfície)
- reconstituir a seção original da armadura
- em inícios de corrosão recuperar o componente estrutural (manter seção)
- em casos avançados de corrosão reforçar o componente estrutural (aumentar seção)
- aplicar revestimento de proteção
- eventualmente, demolir e reconstruir
21. RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - XXIV
Corrosão de armaduras
Manifestação típica - B
Manchas marrom-avermelhadas ou esverdeadas na superfície do concreto
Diagnóstico:
- agentes agressivos do ambiente impregnados na estrutura (cloretos)
- agentes agressivos incorporados ao concreto durante seu amassamento.
Alternativas para correção:
- remover o concreto afetado e os produtos de corrosão (limpeza de superfície)
- reconstituir a seção original da armadura
- na presença de agentes agressivos efetuar a correção com primer rico e efetuar
barreira epóxi entre o concreto contaminado e a argamassa de reparo
- aplicar revestimento de proteção
- eventualmente, demolir e reconstruir
22. RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - XXV
Ninhos (segregação)
Manifestação típica
Diagnóstico:
- dosagem inadequada
- dimensão máxima característica do agregado graúdo inadequada
- lançamento e adensamento inadequados
- taxa excessiva de armaduras
Alternativas para correção:
- remover o concreto segregado e limpar bem as superfícies
- em casos de reparos superficiais: argamassa polimérica base cimento, base epóxi
- em casos de reparos profundos: argamassa polimérica base cimento, graute, concreto
- aplicar revestimento de proteção
23. RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - XXVII
Fissuras de flexão (VIGAS)
Manifestação típica
Diagnóstico:
- sobrecargas não previstas
- estribos insuficientes
- ancoragem insuficiente
- armadura mal posicionada no projeto ou na execução
Alternativas para correção:
- preparar e limpar criteriosamente a fissura
- recuperar monolitismo (injetar resina epóxi com ou sem limitação de sobrecargas
- reforçar a viga através de:
- colocação de nova armadura longitudinal e reconcretagem
- colocação de novos estribos e reconcretagem
- colocação de chapas metálicas aderidas com epóxi
- eventualmente, demolir e reconstruir
24. RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - XXVIII
Fissuras de cisalhamento (VIGAS)
Manifestação típica
Diagnóstico:
- sobrecargas não previstas
- estribos insuficientes
- estribos mal posicionados no projeto ou na execução
- concreto de resistência inadequada
Alternativas para correção:
- preparar e limpar criteriosamente a fissura
- recuperar monolitismo (injetar resina epóxi com ou sem limitação de sobrecargas
- reforçar a viga através de:
- colocação de nova armadura longitudinal e reconcretagem
- colocação de novos estribos e reconcretagem
- colocação de chapas metálicas aderidas com epóxi
- eventualmente, demolir e reconstruir
25. RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - XXXXIX
Deterioração generalizada (PONTES E VIADUTOS)
Manifestação típica
- corrosão de armaduras / deterioração de peitoris
- degradação de juntas de movimentação
- percolação de água
- quebra de cantos em dentes Gerber
- deterioração de apoios / fissuras
Diagnóstico:
- cobrimento insuficiente
- impactos / projetos inadequados
- peitoris muito esbeltos / ausência de manutenção
- posição inadequada das armaduras / solicitação excessiva
Alternativas para correção:
- preparar e limpar adequadamente as fissuras e superfícies
- restaurar o monolitismo: injetar resina epóxi.
- reparar ou reforçar regiões com armaduras corroídas.
- restaurar bordas de junta de movimentação com argamassa epóxi.
- restaurar dentes Gerber.
- eventualmente, criar pingadeiras, efetuar revestimentos de proteção, aumentar ralos,
estender buzinotes.
- aplicar revestimento de proteção / eventualmente demolir e reconstruir.
26. RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - L
Percolação de líquidos e corrosão de armaduras (SILOS E TANQUES)
Manifestação típica
Diagnóstico:
- tirante ou espaçador mal executado
- junta de concretagem mal executada
- ninho de concretagem
- movimentação térmica diferencial
- armadura insuficiente
- cobrimento insuficiente
- concreto de resistência inadequada
Alternativas para correção:
- preparar e limpar adequadamente as fissuras e superfícies
- restaurar o monolitismo: injetar resina epóxi.
- demolir e restaurar cavidades localizadas: argamassa polimérica base cimento.
- reparar ou reforçar locais com corrosão de armaduras.
- reforçar a estrutura.
- aplicar revestimento de proteção.
- impermeabilizar e proteger termicamente.
27. RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - LI
Deterioração generalizada (Estruturas em água do mar ou água doce)
Manifestação típica
- Desgaste mecânico
- corrosão nos elementos semi-submersos
- quebra de arestas e cantos / fissuras
Diagnóstico:
- concentração de tensões em cantos
- concreto com alta permeabilidade
- má execução
- cobrimento insuficiente
- manuseio de materiais agressivos (adubos, carvão, enxofre, etc)
Alternativas para correção:
- remover as partes soltas e limpar criteriosamente a superfícies
- restaurar o monolitismo: injetar resina epóxi.
- demolir e restaurar cavidades localizadas: argamassa polimérica base cimento.
- reparar ou reforçar locais com corrosão de armadura.
- reforçar regiões submersas: graute para reparo submerso.
- aplicar revestimento de proteção
28. RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - LII
Deterioração acentuada da parte superior (Galerias de água e esgoto)
Manifestação típica
- corrosão de armaduras
- degradação do concreto
Diagnóstico:
- concreto de resistência inadequada
- cobrimento insuficiente
- má aeração da tubulação
- rupturas localizadas por ação de cargas excessivas ou recalques
- ausência de proteção
Alternativas para correção:
- preparar e limpar cuidadosamente as superfícies
- restaurar o monolitismo: injetar resina epóxi.
- reparar : argamassa polimérica base cimento e argamassa polimérica projetada.
- reconstruir ou reforçar: concreto, concreto projetado.
- aplicar revestimento de proteção.
29. RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - LIII
Deterioração da parte submersa (Galerias de água e esgoto)
Manifestação típica
- desgaste
- cavitação
Diagnóstico:
- concreto de resistência inadequada
- rupturas localizadas por ação de cargas excessivas ou recalques
- velocidade excessiva do líquido
- excesso de partículas abrasivas
- ausência de proteção
Alternativas para correção:
- preparar e limpar cuidadosamente as superfícies
- reparar : argamassa polimérica base cimento e argamassa polimérica projetada.
- reconstruir ou reforçar: concreto, graute para reparo submerso, concreto projetado.
- aplicar revestimento de proteção.
30. RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - LV
Defeitos de elementos estruturais de fundação (Fundações)
Manifestação típica
Diagnóstico:
- projeto inadequado
- concreto de resistência inadequada
- má execução
Alternativas para correção:
- remover as partes soltas, preparar e limpar cuidadosamente as superfícies
- reforçar os componentes de fundações com problemas: blocos, sapatas e estacas
- Demolir e reconstruir cabeças de estacas: microconcreto fluido e concreto.
32. RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - LVII
Usos mais comuns
Escarificação Manual Preparação de pequenas superfícies e locais de
difícil acesso para os equipamentos maiores.
Apicoamento das superfícies.
Equipamento
Ponteiro, talhadeira e marreta
Procedimento
Escarificar de fora para dentro, evitando golpes
que possam lascar as arestas e contornos da região
em tratamento. Retirar todo o material solto, mal
compactado e segregado até atingir concreto são,
obtendo superfície rugosa e coesa, propiciando
boas condições de aderência. Deve-se prever
cimbramento adequado, quando necessário.
Vantagens
Pouco ruído e ausência de poeira excessiva, além de
não exigir instalações específicas de água ou
energia e mão-de-obra especializada
Desvantagens
Baixa produção, uso restrito. Após a escarificação
é necessário efetuar limpeza com ar comprimido
para remoção do pó. Requer cuidados para não
comprometer a estrutura
33. RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - LVIII
Disco de Desbaste
Usos mais comuns
Preparação e desbaste de grandes superfícies.
Equipamento
Lixadeira industrial com disco, adequado para
desbaste de pisos (polimento), úmido ou a seco.
Procedimento
Aplicar o disco com lixa sobre a superfície,
aproveitando o peso do próprio equipamento.
Efetuar o desbaste em camadas ou passadas
cruzadas a 90º. Desbastar, de cada vez, uma
espessura pequena, mantendo uniformidade de
espessura em toda a superfície.
Vantagens
Alta produção.
Desvantagens
Requer mão-de-obra especializada.
34. RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - LIX
Escarificação Mecânica Usos mais comuns
Preparação de grandes superfícies, apicoamento.
Equipamento
Rebarbador eletromecânico ou fresas (para pisos).
Procedimento
Escarificar de fora para dentro para evitar
lascamentos das arestas e cantos. Em superfícies
planas, remover a nata superficial e procurar
conferir rugosidade ao concreto. Retirar todo o
material solto, mal compactado e segregado até
atingir o concreto são. Deve-se prever o
cimbramento adequado, quando necessário.
Vantagens
Alto rendimento na preparação, não requerendo
mão-de-obra especializada (qualificada).
Desvantagens
Rendimento baixo para espessuras superiores a 1
cm. Requer cuidados para não comprometer a
estrutura. Após a escarificação é necessário
proceder à limpeza com ar comprimido, para
remoção do pó.
35. RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - LX
Demolição
Usos mais comuns
Preparação de grandes superfícies, demolições.
Equipamento
Martelete pneumático (±20 kg) ou eletromecânico.
Procedimento
Retirar todo o material solto, mal compactado e
segregado até atingir o concreto são. Deve-se
prever cimbramento adequado.
Vantagens
Permite o uso de vários marteletes acoplados a um
só compressor (no caso do martelete pneumático).
Alto rendimento na preparação.
Desvantagens
Requer cuidados para não comprometer a estrutura
existente. A demolição não é adequada para
elementos estruturais esbeltos. Necessita de mão-
de-obra especializada.
36. RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - LXI
Lixamento Manual Usos mais comuns
Preparo de superfícies reduzidas, lixamento de
barras de aço.
Equipamento
Lixa d´água para concreto ou lixa de ferro para
aço.
Procedimento
Esfregar a lixa em movimentos circulares e
enérgicos sobre a superfície. No caso do aço,
tentar obter cor metálica denominada estado de
“metal quase branco”. (*)
Vantagens
Dispensa equipamentos pesados.
Desvantagens
Baixa produção e exigência de controle criterioso
(fiscalização).
(*) Toda a carepa de laminação e produtos da corrosão deverão ser removidos, de modo que o
metal apresente apenas leves manchas na superfície. Após a limpeza, 95% de cada área de 9
cm2 deverão estar livres de resíduos visíveis e apresentar coloração cinza claro (BS 4232).
37. RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - LXII
Lixamento Elétrico
Usos mais comuns
Superfícies de concreto ou chapas de aço.
Equipamento
Disco de lixa acoplado a uma lixadeira
eletromecânica provida de um protetor.
Procedimento
Manter a lixa paralela à superfície em tratamento,
procurando fazer movimentos circulares.
Vantagens
Remove as impurezas existentes na superfície do
concreto, abre e limpa seus poros. Remove a carepa
de laminação e a crosta de corrosão superficial das
chapas metálicas. Permite a remoção de
eflorescências e a regularização das superfícies de
concreto. Alto rendimento na preparação.
Desvantagens
Provoca elevado grau de sujeira e poeira no
ambiente, requerendo o uso de máscara antipó para
proteção do operador.
38. RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - LXIII
Escovamento Manual
Usos mais comuns
Preparação de superfícies de pequenas dimensões
em locais de fácil acesso e remoção de produtos de
corrosão incrustados nas barras.
Equipamento
Escova com cerdas de aço.
Procedimento
Escovar a superfície até a completa remoção da
partículas soltas ou qualquer outro material
indesejável.
Vantagens
Fácil acesso e manuseio, não requerendo mão-de-
obra especializada nem instalações específicas. Em
contato com a armadura, retira os produtos da
corrosão, desde que a escova seja aplicada de
forma enérgica e eficiente.
Desvantagens
Baixa produção, uso restrito.
39. RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - LXIV
Pistola de Agulha Usos mais comuns
Limpeza de superfícies metálicas, retirada de
corrosão e de pinturas.
Equipamento
Pistola eletromecânica.
Procedimento
Colocar a pistola em contato com a armadura ou
chapa metálica até que seja retirada toda a
camada de corrosão ou tinta. Deve-se tomar
cuidado para evitar que o equipamento entre em
contato com o concreto.
Vantagens
Remove os produtos da corrosão (ferrugem) das
armaduras, deixando a superfície na condição de
“metal branco”. (*)
Desvantagens
Risco de danificação das agulhas quando em
contato com o concreto.
(*) Toda a carepa de laminação e produtos da corrosão deverão ser removidos, de modo que o
metal apresente apenas leves manchas na superfície. Após a limpeza, 95% de cada área de 9
cm2 deverão estar livres de resíduos visíveis e apresentar coloração cinza claro (BS 4232).
40. RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - LXV
Usos mais comuns
Jato de Areia Seco ou Preparação de grandes áreas e locais angulosos.
Úmido
Equipamento
Compressor de ar, equipamento de jato de areia, abrasivo
(areia), mangueira da alta pressão, bico direcional e,
eventualmente, água. A areia utilizada deve ter uma
granulometria adequada, deve ser lavada, isenta de matéria
orgânica e precisa estar seca no momento da utilização.
Procedimento
Manter o bico de jato numa posição ortogonal à superfície
de aplicação. Movê-lo constantemente em círculo,
distribuindo uniformemente o jato para melhor remoção de
todos os resíduos que possam vir a prejudicar a aderência.
Vantagens
Prepara as superfícies a serem recuperadas ou reforçadas,
eliminando todas as partículas soltas, removendo todo o
material que possa a vir prejudicar a aderência da acamada
protetora.
Desvantagens
Provoca elevado grau de sujeira e pó (jato seco) no
ambiente. Não remove frações de espessuras superiores a
3 mm e, em certos casos não dispensa escarificação prévia.
Após a utilização do jato seco deve-se limpar toda a
superfície com ar comprimido
41. RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - LXVI
Disco de corte
Usos mais comuns
Retirada de rebarbas, delimitação do contorno da
área de reparo, abertura de vincos para
tratamento de fissuras.
Equipamento
Máquina de corte dotada de disco diamantado.
Procedimento
Manter o disco em posição ortogonal à superfície.
Antes de iniciar, demarcar com lápis de cera ou
equivalente o contorno de serviço a ser executado.
Desvantagens
Requer o uso de mão-de-obra especializada e
acessórios adequados. Dificuldade de acesso deste
tipo de equipamento a algumas regiões específicas.
Requer também cuidados quanto ao controle da
espessura do corte para não danificar estribos e
armaduras.
42. RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - LXVIII
Remoção de Óleos e Graxas impregnados
A remoção de óleos, graxas e gorduras impregnados em
concretos em profundidades superiores a 3 mm requer
a remoção do concreto contaminado através dos
procedimentos descritos no procedimento de
escarificação mecânica, queima controlada ou
eventualmente demolição.
Após a escarificação do concreto, retirada do material
solto e desligamento absoluto de fontes de calor e
chamas, aplicar na superfície um removedor de graxas
e limpador à base de solvente de alta penetração, não-
corrosivo, adequadamente formulado para esta
finalidade.
44. RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - LXXI
Jato de Água Fria
Usos mais comuns
Limpeza de grandes áreas.
Equipamento
Mangueira de alta pressão, equipamento tipo lava-a-
jato e bico direcional.
Procedimento
Iniciar a limpeza pelas partes mais altas,
procurando manter uma pressão adequada para
remoção de partículas soltas. Executar, de
preferência, movimentos circulares com o bico de
jato para facilitar a limpeza de toda a superfície.
Vantagens
Possibilita limpar a superfície, umedecendo-a ao
mesmo tempo.
Desvantagens
Não é adequado quando os materiais de reparo
requerem substrato seco para boa aderência.
45. RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - LXXII
Jato de Água Quente Usos mais comuns
Limpeza de grandes áreas ou locais levemente
contaminados com gorduras.
Equipamento
Mangueiras de alta pressão, equipamento tipo lava-
a-jato e bico direcional.
Procedimento
Iniciar a limpeza nas partes mais altas, procurando
manter uma pressão adequada para remoção de
partículas soltas. Executar, de preferência,
movimentos circulares com o bico de jato para
facilitar a limpeza de toda a superfície.
Vantagens
Ajuda a eliminar impurezas orgânicas tais como
graxas, óleos, pinturas, etc., quando associado a
removedores biodegradáveis.
Desvantagens
Não é adequado quando os materiais de reparo
requerem substrato seco para boa aderência.
Requer proteção com luvas térmicas e operador
habilitado.
46. RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - LXXIII
Vapor
Usos mais comuns
Preparação de grandes áreas e locais contaminados
com impurezas orgânicas e minerais (sais).
Equipamento
Mangueiras de alta pressão, dotada de isolamento
térmico para evitar perda de calor, bico direcional e
caldeira para geração de vapor.
Procedimento
Se em forma de jato, o procedimento é similar ao
descrito no procedimento jato de água fria.
Vantagens
Ajuda a eliminar impurezas orgânicas como graxa,
óleo, pintura, etc., preferencialmente, deve ser
associado a removedores biodegradáveis para obter
melhor performance.
Desvantagens
Exige operador especializado.
47. RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - LXXIV
Lavagem com Soluções Usos mais comuns
Preparação de grandes áreas onde não haja,
Ácidas preferencialmente, armadura exposta ou muito próxima à
superfície, remoção de tintas e ferrugem de metais,
ferramentas, etc.
Equipamento
Pulverizador, brocha, trincha ou esfregão.
Procedimento
Antes da aplicação, saturar a estrutura com água limpa
para evitar a penetração do ácido no concreto são.
Preparar a solução conforme orientação do produto,
aplicar a solução. A efervescência é sinal de
descontaminação. Imediatamente após a reação lavar a
estrutura com água limpa em abundância, para a remoção
de partículas sólidas e resíduos da solução utilizada.
Vantagens
Remove da superfície da estrutura materiais indesejáveis
como carbonatos, resíduos de cimento, impurezas
orgânicas, etc. melhorando as características aderentes
do substrato, não requer equipamento especial.
Desvantagens
Seu emprego é aconselhável apenas para tratamentos de
limpeza superficial, tendo em conta a possibilidade de
infiltração irreversível de agentes ácidos na estrutura.
48. RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - LXXV
Usos mais comuns
Lavagem com Soluções Limpeza de grandes áreas que apresentam resíduos
Alcalinas ácidos impregnados.
Equipamento
Pulverizador, brocha, trincha ou esfregão.
Procedimento
Saturar a estrutura com água limpa para evitar a
infiltração do solução alcalina, que poderá modificar as
características do concreto. Aplicar a solução
concomitantemente com a lavagem da estrutura através
de uma mangueira de água.
Vantagens
Neutraliza especialmente a estrutura que esteve sujeita
ao ataque ácido, melhorando as características aderentes
do substrato. O método não é agressivo à armadura e não
requer equipamento especial.
Desvantagens
Se por acaso houver presença de agregados reativos no
concreto, pode provocar expansão devido à reação álcali-
agregado. Não eficaz na remoção de produtos
provenientes da corrosão da armadura. Dificulta a
aderência de certos produtos à base de epóxi.
49. RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - LXXVI
Remoção de Óleos e Graxas Superficiais
Usos mais comuns
Limpeza de superfícies horizontais (pisos) contaminadas
superficialmente em espessuras menores que 2 mm.
Equipamento
Vassoura, brocha, trincha e esfregão.
Procedimento
Aplicar o removedor diretamente sobe as áreas afetadas,
deixando-o agir pelo menos por vinte minutos. A seguir,
lavar a região com água em abundância com o auxílio de
um esfregão ou vassoura, para remoção de partículas
sólidas e resíduos do produto utilizado.
Vantagens
Não é corrosivo, não ataca o concreto nem a armadura e
não requer equipamento especial.
Desvantagens
Não consegue remover gorduras e óleos impregnados
profundamente (> 2 mm) e havendo, neste caso, conforme
o grau de contaminação, necessidade de escarificação
mecânica ou queima controlada.
50. RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - LXXVII
Usos mais comuns
Jato de ar comprimido Remoção de pó após os procedimentos de preparo, como
escarificação, escova de aço ou jato de areia. Também é
usado quando na superfície for aplicada resina de base epóxi,
que requer substrato seco e limpo.
Equipamento
Mangueiras de alta pressão e compressor dotado de filtro de
ar e de óleo, para garantir ar descontaminado.
Procedimento
Havendo cavidades, colocar no seu interior a extremidade da
mangueira, executando a limpeza do interior para o exterior.
Uma vez limpas, as cavidades devem ser vedadas com papel,
precedendo-se então à limpeza da superfície remanescente. È
importante começar sempre o processo pelas cavidades,
passando depois para as superfícies circunvizinhas, de modo a
evitar deposição de pó no seu interior.
Vantagens
Remove o pó e possibilita, logo em seguida, a aplicação de
adesivo estrutural de base epóxi, desde que o substrato
esteja seco. Adequado para limpeza de fissuras, sob pressão,
antes da execução de procedimentos de injeção de grautes ou
resinas para restabelecimento do monolitismo estrutural.
Desvantagens
É inadequado para superfícies úmidas.
51. RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - LXXVIII
Solvente voláteis
Usos mais comuns
Limpeza de superfícies de concreto ou de aço, instantes
ants da aplicação de resinas de base epóxi.
Equipamento
Pincel, estopa e algodão.
Procedimento
Aplicar o produto (acetona industrial) com estopa, pincel
ou algodão nas superfícies e executar movimentos
adequados para a retirada de resíduos e contaminações.
Vantagens
Retira ácido úrico (mãos), contaminações superficiais de
gordura, graxas, tintas e óleos. Por ser altamente volátil,
evapora levando partículas de água da superfície e,
conseqüentemente, auxilia a secagem superficial.
Desvantagens
È produto inflamável e muito volátil (perda por
evaporação).
52. RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - LXXIX
Saturação com Água Usos mais comuns
Tratamento de superfícies de concreto antes da aplicação
de argamassas e concreto de base cimento.
Equipamento
Mangueira perfurada, sacos de aniagem.
Procedimento
Imergir totalmente a superfície a ser tratada por um
período de, pelo menos, doze horas, antes de aplicar os
produtos de base cimento. Essa imersão pode ser
conseguida com a construção de barreiras temporárias e
mangueira com vazão contínua. Em superfícies verticais, é
necessário, quando a submersão for inviável, formar um
filme contínuo de água na superfície com o auxílio de sacos
de aniagem e mangueiras perfuradas. Instantes antes da
aplicação dos produtos, retirar a água e secar, com estopa
seca e limpa, o excesso de água superficial, obtendo-se a
condição de superfície saturada e seca (não encharcada).
53. RECUPERAÇÃO DAS ESTRUTURAS - LXXXI
PROCEDIMENTOS DE REPARO E REFORÇO ESTRUTURAL
A necessidade de reparar ou reforçar uma determinada estrutura
(segurança e durabilidade) tem sido cada vez mais comum:
- estruturas mais esbeltas;
- solicitações mais intensas;
- ambientes mais agressivos;
- consciência e maior conhecimento dos responsáveis pela manutenção,
recuperação ou aumento do valor do imóvel;
- inviabilidade de demolição e reconstrução;
- mudança de uso da construção
- outros mais
Não se pode prescindir de um diagnóstico adequado do problema patológico,
realizado por um especialista. Os serviços devem ser iniciados a partir
desse diagnóstico, do projeto de recuperação e dos escoramentos e
transferências de carga necessários.