O documento discute patologia das construções, abordando conceitos como diagnóstico de problemas, sintomas comuns, causas, origens e consequências de defeitos em edificações. Também apresenta informações sobre materiais e custos de recuperação de estruturas, além de tratar de durabilidade e manutenção de construções.
1. PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES
PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES
PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES
PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES
Agosto 2019
Professor Adriano de Paula e Silva
Professora Cristiane Machado Parisi Jonov
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM CONSTRUÇÃO CIVIL
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM CONSTRUÇÃO CIVIL
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM CONSTRUÇÃO CIVIL
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM CONSTRUÇÃO CIVIL
ÁREA: SUSTENTABILIDADE E GESTÃO DO AMBIENTE CONSTRUÍDO
2. PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES
1. PATOLOGIA NAS EDIFICAÇÕES – HISTÓRICO
− Tema recente – anos 60 e 70
− Pavilhão de Exposições da Gameleira / Belo Horizonte – 04/02/71
− Elevado Paulo de Frontin / Rio de Janeiro – 20/11/71
− Introdução nos currículos das Escolas de Engenharia
2. PATOLOGIA E TERAPIA
− Patologia das construções é o ramo da engenharia que estuda os sintomas, os
mecanismos, as causas, as origens e as conseqüências das deficiências das
construções
− Patologia significa não atendimento ao desempenho desejado
− Terapia das construções é o ramo da engenharia que trata da correção dos
problemas patológicos apresentados pelas construções
3. É a parte da engenharia que estuda os
sintomas, os mecanismos, as causas e
as origens dos defeitos das edificações,
ou seja, é o estudo das partes que
compõem o diagnóstico do problema.
Patologia das Edificações
4. PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES
3. DIAGNÓSTICO DO PROBLEMA
Para que se tenha êxito nas medidas terapêuticas, é necessário que o estudo
precedente, o diagnóstico do problema tenha sido bem conduzido
O diagnóstico completo envolve vários aspectos:
− Sintomas: também chamados de lesões ou defeitos
− Mecanismo: os problemas patológicos são decorrentes dos chamados vícios
construtivos. O conhecimento do processo é fundamental para a definição da
terapia
exemplo: uma fissura em viga decorrente de flexão não pode ser
simplesmente obturada, sob o risco de que ela volte a se manifestar em outro
local
− Origem: definição da fase do processo construtivo em que teve origem o
fenômeno
− Causas: Deve ser identificado o agente causador do problema
− Consequências: O problema compromete a segurança da estrutura ou suas
condições de higiene e funcionamento?
5. PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES
4. SINTOMAS
Os problemas patológicos, salvo raras exceções , apresentam manifestações
externas características que permitem um início do estudo do problema. Os
sintomas mais comuns nas estruturas de concreto são:
− as fissuras;
− as eflorescências;
− as flechas excessivas;
− as manchas;
− corrosão das armaduras;
− ninhos de concretagem (segregação)
6. PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES
5. ORIGEM
− Definição da etapa do processo construtivo
exemplo: fissura de momento fletor em viga – projeto inadequado ou
qualidade inferior do aço?
− A identificação da origem do problema permite definir, para fins judiciais,
quem cometeu a falha
exemplo:
7. PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES
Para o concreto armado, as origens das patologias podem ser classificadas
em:
− Deficiências de projeto;
− Deficiências de execução;
− Má qualidade dos materiais, ou emprego inadequado dos mesmos;
− Sinistros ou causas fortuitas (incêndios, inundações, acidentes, etc);
− Uso inadequado da estrutura;
− Manutenção imprópria
8. PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES
O nível de incidência de cada origem varia de país para país, conforme
mostrado à seguir:
10. PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES
Através do estudo de HELENE FIGUEIREDO (2003) tem-se que as
manifestações patológicas possuem origem na maior parte das vezes nas
fases de projeto e do planejamento, conforme apresentado na figura a seguir.
Figura – Origem dos problemas patológicos com relação às etapas de produção e uso das obras civis.
Fonte: Adaptado de HELENE FIGUEIREDO, (2003).
11. PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES
Conforme citado anteriormente a durabilidade das edificações está ligada à
qualidade e durabilidade apresentada nas mesmas, mas mesmo com todo
avanço tecnológico dos últimos anos não tem havido uma redução dos
problemas patológicos.
FIGUEIREDO O’REILLY (2003) citam que ”o ambiente hoje em dia é mais
agressivo que o de décadas atrás, além disso o aperfeiçoamento de técnicas
de dimensionamento mais avançadas e portanto mais econômicas, também
interferem negativamente na durabilidade das edificações”.
Assim, FIGUEIREDO E O’REILLY (2003) concluem ainda que as estruturas de
concreto armado contemporâneas estão cada vez mais vulneráveis ao
aparecimento precoce de manifestações patológicas.
12. − Erros de concepção da estrutura da edificação
• Má definição das cargas atuantes ou combinação delas;
• Deficiência no cálculo da estrutura;
• Detalhamento insuficiente ou errado;
• Erros de dimensionamento;
• Ausência de vergas e contra-vergas nas aberturas;
• Ausência de “sentimento estrutural”.
PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES
13. − Erros na execução da estrutura
• Não capacitação profissional da mão de obra;
• Falta de prumo, esquadro e alinhamento de estruturas/alvenarias;
• Flechas excessivas em lajes (desforma precoce, por exemplo).
− Erros na utilização da estrutura
• Demolição e abertura de vãos em alvenarias estruturais;
• Ultrapassagem da carga em pontes;
• Mudanças de uso da estrutura.
PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES
14. PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES
6. CAUSAS
Os agentes causadores dos problemas patológicos podem ser vários :
(a) Cargas;
(b) Variação de umidade;
(c) Variações térmicas intrínsecas e extrínsecas no concreto;
(d) Agentes biológicos, físicos e químicos;
(e) Incompatibilidade de materiais;
(f) Agentes atmosféricos;
A cada causa corresponderá uma terapia mais adequada e mais duradoura
15. PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES
7. PATOLOGIAS COMUNS E SUAS CAUSAS
Fissuras e trincas:
− Por movimentações térmicas;
− Por movimentações higroscópicas;
− Por atuação de sobrecargas;
− Deformações excessivas da estrutura;
− Recalques de fundação;
− Retração de produtos à base de cimento;
− Alterações químicas dos materiais de construção;
− Hidratação retardada de cales;
16. PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES
− Ataque por sulfatos;
− Corrosão de armaduras;
− Patologias decorrentes da umidade
8. CONSEQUÊNCIAS
− Os problemas patológicos são evolutivos e tendem a se agravar com o passar
do tempo, além de acarretarem outros problemas associados ao inicial
exemplo: uma fissura de momento fletor pode dar origem à corrosão de
armadura
− Flechas excessivas em vigas e lajes podem ocasionar fissuras em paredes
− As correções serão mais duráveis, mais fáceis e muito mais baratas quanto
mais cedo forem executadas
17. PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES
9. DIAGNÓSTICO E TERAPIA
Para dar início a uma terapia adequada, segundo CÁNOVAS (1988), é preciso
seguir os seguintes procedimentos:
Inspeção para mapeamento dos sintomas;
O procedimento começa com a inspeção, onde se busca identificar os
sintomas das patologias existentes na estrutura; através de um mapeamento
dos sintomas realizado por um exame visual da estrutura.
Recolhimento de dados e informações;
Este procedimento em geral vem complementar os dados obtidos na inspeção
e auxiliam na quantificação dos danos (medidas geométricas, evolução no
tempo, bem como no conhecimento das condições prévias aos danos da
edificação, avaliação da resistência do concreto).
18. PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES
Conhecer o histórico da estrutura;
Este histórico é parte fundamental na escolha da terapia e sua análise deve
levar em consideração a data da construção, o responsável pela construção, o
projeto executivo para revisão e análise, o conhecimento dos materiais
utilizados (cimento, areia, aço, aditivo, relação água/cimento) e detalhes
sobre o uso da estrutura (sobrecargas, ações acidentais).
Realização de análises e ensaios;
Em muitos casos o levantamento histórico e a inspeção não são suficientes,
sendo necessário realizar análises e ensaios que permitam clarificar os
sintomas, mecanismos e causas das patologias da estrutura.
CÁNOVAS (1988) sugere ainda o organograma, mostrado na figura a seguir,
de atividades a serem realizadas na solução de um processo patológico.
21. PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES
11. CUSTOS DE RECUPERAÇÃO
Relativamente às condições da construção, pode-se ter duas situações
distintas:
− A construção será reabilitada, recompondo-se as condições para as quais
tinha sido desenvolvida;
− A construção será reforçada, tendo sua condição de suporte aumentada em
relação à desenvolvida anteriormente
Os custos de recuperação variam em função do tempo de manifestação e
detecção da patologia:
− Ainda na fase de projeto
− Durante a execução da construção
− Fase de utilização da construção – se houver manutenção preventiva
− Fase de utilização da construção – se necessária manutenção corretiva
22. PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES
A relação dos altos custos associado às intervenções corretivas foi
apresentado por SITTER, na década de 80, através da figura a seguir da
evolução de custos.
Figura – Lei da evolução de custos, lei de SITTER (SITTER, 1984 CEB-RILEM)
23. PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES
Fazendo a análise da figura anterior para as etapas de projeto, execução,
manutenção preventiva e manutenção corretiva tem-se que:
Projeto:
Toda medida tomada em nível de projeto com o objetivo de aumentar a
proteção e a durabilidade da estrutura, como por exemplo, aumentar o
cobrimento da armadura, reduzir a relação água/cimento, etc., corresponde
ao número 1 do eixo Custo Relativo da Figura;
Execução:
Toda medida extra projeto, tomada durante a execução da obra, implica num
custo cinco vezes maior ao custo que teria sido acarretado se esta medida
tivesse sido tomada em nível de projeto, para obter o mesmo grau de
proteção e durabilidade;
24. PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES
Manutenção preventiva:
Toda medida tomada com antecedência e previsão, durante o período de uso
e manutenção da estrutura, pode ser associado a um custo vinte e cinco
vezes maior que aquele necessário se a decisão de obter certo grau de
proteção e durabilidade tivesse sido tomada no projeto.
Manutenção corretiva:
Correspondem aos trabalhos de diagnóstico, prognóstico, reparo e proteção
das estruturas que já apresentam manifestações patológicas. A esta atividade
pode associar um custo de cento e vinte e cinco vezes superior ao custo das
medidas que poderiam ter sido tomadas em nível de projeto.
25. PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES
TRINCAS EM EDIFÍCIOS
1. GENERALIDADES
Entre os problemas patológicos que afetam os edifícios, as trincas
são particularmente importantes porque:
− São o aviso de um eventual estado perigoso para a estrutura;
− Podem levar ao comprometimento do desempenho da obra em
serviço (estanqueidade à água , durabilidade, isolação acústica, etc.);
− Constrangimento psicológico que a fissuração dos edifício exerce
sobre seus usuários
26. PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES
2. SURGIMENTO PRECOCE
− As trincas podem começar a surgir, de forma congênita, logo no
projeto arquitetônico da construção;
− Isso muitas vezes está relacionado ao desconhecimento do projetista
sobre as propriedades tecnológicas dos materiais de construção
empregados;
− Incompatibilidade entre os projetos de arquitetura, estrutura e
fundações normalmente conduzem a tensões que excedem a
resistência dos materiais de construção, originando o problema das
fissuras.
28. PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES
3. DURABILIDADE
− A presença de fissuras é prejudicial à durabilidade da estrutura;
− No caso das estruturas de concreto armado, a durabilidade fica
comprometida por facilitar a penetração de agentes agressivos às
armaduras e à própria massa de concreto;
− Deve-se analisar fissuras maiores que 0,3 mm, fissuras menores que
0,5 mm são consideradas microfissuras.
30. PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES
DURABILIDADE
Capacidade de um produto manter seu
desempenho acima dos níveis aceitáveis pré-
estabelecidos, sob condições previstas de uso e
com manutenção, durante um período de tempo
que é a sua vida útil.
31. PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES
DURABILIDADE
A durabilidade está associada:
−À durabilidade dos materiais e componentes;
−Ao uso;
−Ao entorno;
−Às ações de manutenção.
32. PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES
MANUTENÇÃO DE EDIFÍCIOS
“Manutenção: conjunto de atividades a serem
realizadas para conservar ou recuperar a
capacidade funcional da edificação e de suas partes
constituintes de atender as necessidades e
segurança dos seus usuários.”
ABNT – NBR 5674 – Manutenção de edifícios
33. PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES
MANUTENÇÃO DE EDIFÍCIOS
Compreende todas as atividades que se realizam
nos componentes, elementos e equipamentos de
um edifício, com o objetivo de manter o seu
desempenho funcional ou suas partes, dentro de
níveis aceitáveis, a um custo compensador.
34. PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES
CONSERVAÇÃO
A conservação está relacionada com aquelas
atividades rotineiras realizadas diariamente ou
então, com pequenos intervalos de tempo entre
intervenções, diretamente relacionada à operação e
à limpeza do edifício, criando condições adequadas
para seu uso. Por exemplo: lubrificação de
engrenagens e polias de elevadores.
35. PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES
REPARAÇÃO
A reparação está relacionada com atividades
preventivas ou corretivas realizadas antes que o
edifício ou algum de seus elementos constituintes
atinja o nível de desempenho mínimo aceitável sem
que a recuperação de desempenho ultrapasse o
nível inicialmente construído. Por exemplo:
substituição de uma botoeira de elevador onde o
led não acende.
36. PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES
RESTAURAÇÃO
A restauração está relacionada com atividades
corretivas realizadas após o edifício ou algum de
seus elementos constituintes atingir níveis
inferiores ao nível de desempenho mínimo
aceitável, sem que a recuperação de desempenho
ultrapasse o nível inicialmente construído. Por
exemplo: troca de um cabo de elevador que se
apresentava rompido, impedindo a utilização do
mesmo.
37. PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES
MODERNIZAÇÃO
A modernização está relacionada com atividades
preventivas e corretivas visando que a recuperação
de desempenho ultrapasse o nível inicialmente
construído, fixando um novo patamar de qualidade
para a edificação. Por exemplo: instalação do
sistema Daffee nos elevadores, permitindo que os
mesmos, em caso de falta de energia, sejam ainda
assim conduzidos ao térreo e tenha suas portas
abertas automaticamente, sistema este antes
inexistente.
38. PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES
4. PROPRIEDADES TÉRMICAS DOS
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO
− Todos os materiais empregados nas
construções estão sujeitos à
dilatações com o aumento de tempera-
tura e à contrações com sua diminuição;
− Para uma dada variação de temperatura,
a intensidade da variação dimensional
é diferente para os diversos materiais
de construção;
39. PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES
− Para se avaliar a movimentação térmica sofrida por um componente
deve-se conhecer o ciclo de temperaturas à que esteve sujeito;
Segundo o BUILDING RESEARCH ESTABLISHMENT, as amplitudes de
variação das temperaturas dos componentes das edificações podem
ser bastante acentuadas.
40. PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES
No caso mais comum das edificações, a principal fonte de calor que
atua sobre seus componentes é o sol.
Segundo LATTA, a temperatura superficial da face externa de lajes e
paredes pode ser estimada em função da temperatura do ar (Ta) e
do coeficiente de absorção solar a.
Tabela – Estimativa da temperatura superficial de lajes e paredes.
42. PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES
EXEMPLO
EXERCÍCIO LAJE
DETERMINAR A TEMPERATURA SUPERFICIAL DE UMA LAJE DE
CONCRETO, SEM ISOLAÇÃO TÉRMICA, EXPOSTA AO SOL, EM UM
LOCAL ONDE TEMPERATURA AMBIENTE É 35ºC.
Tc = 5 (Tf – 32) / 9
Tf = 9 Tc / 5 + 32 = 9 x 35 / 5 + 32 = 95ºF
Tmax = 95 + 75 X 0,65 = 144ºF 62ºC
Tmin = 95 - 10 = 85ºF 30ºC
43. PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES
FISSURAS CAUSADAS POR
MOVIMENTAÇÕES TÉRMICAS
1. MECANISMOS DE FORMAÇÃO
Restrições
Os elementos e componentes de uma construção estão sujeitos à
variações de temperatura, que repercutem numa variação
dimensional dos materiais de construção (dilatação ou contração).
Os movimentos de dilatação e contração são restringidos pelos
diversos vínculos que envolvem os elementos e componentes,
desenvolvendo-se nos materiais tensões que poderão provocar o
aparecimento de fissuras.
44. PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES
2. MOVIMENTAÇÕES DIFERENCIADAS
As principais movimentações diferenciadas ocorrem em função de:
Junção de materiais com diferentes coeficientes de dilatação térmica,
sujeitos à mesma variação de temperatura (por exemplo,
movimentações diferenciadas entre argamassa de assentamento e
componentes de alvenaria).
Exposição de elementos a diferentes solicitações térmicas naturais
(por exemplo, cobertura com relação às paredes de uma edificação).
Variação de temperatura ao longo de uma mesmo componente (por
exemplo entre a face exposta e a face protegida de uma laje de
cobertura).
45. PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES
PROJETOS INADEQUADOS:
As observações feitas deveriam ser levadas em conta no projeto
da edificação.
Infelizmente, as movimentações diferenciadas entre
componentes, devidas à variações de temperatura não são
levadas em conta pelos projetistas, nem mesmo de forma
qualitativa.
46. PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES
3. CONFIGURAÇÕES TÍPICAS
Em geral, as coberturas planas estão mais expostas às mudanças
térmicas naturais do que os paramentos verticais das edificações,
ocorrendo movimentos diferenciados entre os elementos horizontais
e verticais.
Mesmo as lajes sombreadas sofrem o efeito desses fenômenos, pois
parte da energia calorífica absorvida pelas telhas é irradiada para a
laje.
Nesse caso, as movimentações térmicas ocorrem em função de
vários fatores:
natureza do material das telhas;
altura do colchão de ar entre o telhado e a laje;
intensidade de ventilação no ático.
50. TRINCAS EM EDIFÍCIOS
Entre os problemas patológicos que afetam os edifícios, as trincas
são particularmente importantes porque:
− São o aviso de um eventual estado perigoso para a estrutura;
− Podem levar ao comprometimento do desempenho da obra em
serviço;
− Constrangimento psicológico que a fissuração dos edifícios exerce
sobre seus usuários.
MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS NAS EDIFICAÇÕES
MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS NAS EDIFICAÇÕES
MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS NAS EDIFICAÇÕES
MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS NAS EDIFICAÇÕES
51. DURABILIDADE
A durabilidade está associada:
−À durabilidade dos materiais e componentes;
−Ao uso;
−Ao entorno;
−Às ações de manutenção.
MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS NAS EDIFICAÇÕES
MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS NAS EDIFICAÇÕES
MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS NAS EDIFICAÇÕES
MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS NAS EDIFICAÇÕES
52. DURABILIDADE
Capacidade de um produto manter seu desempenho acima dos níveis
aceitáveis pré-estabelecidos, sob condições previstas de uso e com
manutenção, durante um período de tempo que é a sua vida útil.
MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS NAS EDIFICAÇÕES
MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS NAS EDIFICAÇÕES
MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS NAS EDIFICAÇÕES
MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS NAS EDIFICAÇÕES
53. MANUTENÇÃO DE EDIFÍCIOS
“Manutenção: conjunto de atividades a serem realizadas para
conservar ou recuperar a capacidade funcional da edificação e de
suas partes constituintes de atender as necessidades e segurança
dos seus usuários.”
ABNT – NBR 5674 – Manutenção de edifícios
MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS NAS EDIFICAÇÕES
MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS NAS EDIFICAÇÕES
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54. Vista de junta de dilatação em piso de ladrilhos hidráulicos –
ressecamento e danos ao longo de toda a extensão do material de preenchimento da junta
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55. Vista de infiltrações de água e danos na laje e em viga da garagem
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56. FISSURAS CAUSADAS PELA
ATUAÇÃO DE SOBRECARGA
1. GENERALIDADES
• A atuação de sobrecargas pode produzir a fissuração de componentes
estruturais, tais como pilares, vigas e paredes.
• A sobrecarga pode se originar na má utilização do edifício, ou por
erros no cálculo estrutural ou execução da peça.
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57. Vista aproximada da frente do imóvel
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58. Vista de cômodo aos fundos do imóvel – esquadrias de porta e janela retiradas
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59. Vista do piso da edificação na região de demolição das alvenarias
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60. MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS NAS EDIFICAÇÕES
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61. 2. CARGAS ATUANTES NAS ESTRUTURAS DAS EDIFICAÇÕES
• NBR 6120/80 – Cargas para o cálculo de estruturas de edificações
• Carga permanente: este tipo de carga é constituído pelo peso próprio
da estrutura de todos os elementos construtivos fixos e instalações
permanentes.
• Carga acidental: é toda aquela que pode atuar sobre a estrutura de
edificações em função do seu uso (pessoas, móveis, materiais
diversos, veículos, etc.)
MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS NAS EDIFICAÇÕES
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62. • Valores mínimos de cargas verticais – Exemplos
Local Carga
(kN/m²)
1.Bibliotecas Sala de leitura 2,5
Sala com estantes de livros 6,0
2.Edifícios
residenciais
Dormitórios, sala, copa, cozinha e banheiro 1,5
3.Escolas Corredor e sala de aula 3,0
4.Casas de
máquinas
Incluindo o peso das máquinas 7,5
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63. 3. PAREDES DE ALVENARIA
• Sub-sistema do edifício formado por elementos que dividem os
ambientes internos, controlam a ação de agentes indesejáveis
(intrusos, ventos, chuvas, poeiras, ruídos, etc), constituindo ainda
suporte e proteção para as instalações do edifício.
• As alvenarias são componentes construídos em obra pela união entre
componentes (blocos, tijolos) e elemento de ligação (argamassa,
constituindo um conjunto monolítico. Podem ser de vedação ou
estruturais.
MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS NAS EDIFICAÇÕES
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MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS NAS EDIFICAÇÕES
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64. Vantagens das alvenarias
• Facilidade, baixo custo dos componentes e disponibilidade de matérias
primas.
• Não são poluentes, sendo 100% recicláveis quando descartadas.
Desvantagens das alvenarias
• Baixa produtividade.
• Necessita de revestimentos para obtenção de textura lisa.
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65. Inúmeros fatores intervêm na resistência final de uma alvenaria à
esforços de compressão, tais como:
• Resistência mecânica dos componentes de alvenaria e argamassa de
assentamento.
• Módulos de deformação diferenciados dos componentes de alvenaria.
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66. • Poder de aderência da argamassa utilizada.
• Componentes assentados com juntas de amarração produzem
alvenarias com resistências significativamente superiores àquelas
assentadas com juntas à prumo.
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67. • A resistência da parede de alvenaria não varia linearmente com a
resistência do componente de alvenaria e nem com a resistência da
argamassa de assentamento.
• De forma geral, as fissuras em alvenarias carregadas axialmente
começam à surgir muito antes de serem atingidas as cargas limites de
ruptura.
MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS NAS EDIFICAÇÕES
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MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS NAS EDIFICAÇÕES
MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS NAS EDIFICAÇÕES
68. As fissuras que se manifestam nas alvenarias , decorrentes de
cargas, são geralmente verticais originadas na deformação
transversal da argamassa de assentamento e dos próprios
componentes.
Em casos específicos, podem aparecer fissuras horizontais em
decorrência do esmagamento da argamassa de assentamento ou da
ruptura de componentes de alvenaria de baixa resistência à
compressão.
MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS NAS EDIFICAÇÕES
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69. MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS NAS EDIFICAÇÕES
MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS NAS EDIFICAÇÕES
MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS NAS EDIFICAÇÕES
MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS NAS EDIFICAÇÕES
70. Um fato primordial na fissuração da alvenaria é a presença de
aberturas de portas e janelas, em cujos vértices ocorre acentuada
concentração de tensões.
As fissuras nas aberturas são combatidas pela construção de vigas
sobre as aberturas (vergas) ou sob as aberturas (contra-vergas).
MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS NAS EDIFICAÇÕES
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71. MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS NAS EDIFICAÇÕES
MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS NAS EDIFICAÇÕES
MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS NAS EDIFICAÇÕES
MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS NAS EDIFICAÇÕES
72. A aplicação de cargas concentradas nas alvenarias, sem o emprego
de dispositivos adequados para redistribuição de tensões, pode gerar
o aparecimento de trincas inclinadas à partir do ponto de aplicação
da carga.
Exemplo de tesouras ou vigas apoiadas diretamente sobre as
alvenarias.
MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS NAS EDIFICAÇÕES
MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS NAS EDIFICAÇÕES
MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS NAS EDIFICAÇÕES
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73. MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS NAS EDIFICAÇÕES
MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS NAS EDIFICAÇÕES
MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS NAS EDIFICAÇÕES
MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS NAS EDIFICAÇÕES
74. 4. COMPONENTES DO CONCRETO ARMADO
• A atuação de carregamento, previsto ou não em projeto, pode produzir
a fissuração de componentes de concreto armado, sem que isso
signifique necessariamente ruptura ou instabilidade dos componentes.
• A ocorrência de fissuras num componente de concreto armado provoca
uma redistribuição de tensões ao longo do componente fissurado e nos
componentes vizinhos, de modo que a solicitação acaba sendo
absorvida de forma globalizada pela estrutura ou parte dela.
MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS NAS EDIFICAÇÕES
MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS NAS EDIFICAÇÕES
MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS NAS EDIFICAÇÕES
MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS NAS EDIFICAÇÕES
75. Vista de trinca diagonal em laje de teto de quarto originada em
subdimensionamento da armadura
MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS NAS EDIFICAÇÕES
MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS NAS EDIFICAÇÕES
MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS NAS EDIFICAÇÕES
MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS NAS EDIFICAÇÕES
76. MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS NAS EDIFICAÇÕES
MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS NAS EDIFICAÇÕES
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77. MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS NAS EDIFICAÇÕES
MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS NAS EDIFICAÇÕES
MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS NAS EDIFICAÇÕES
MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS NAS EDIFICAÇÕES
78. MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS NAS EDIFICAÇÕES
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MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS NAS EDIFICAÇÕES
79. FISSURAS CAUSADAS POR
DEFORMAÇÃO EXCESSIVA DA ESTRUTURA
• O desenvolvimento de métodos mais refinados de cálculo, fabricação
de aços e cimentos de melhor qualidade, tem tornado as estruturas
cada vez mais flexíveis.
• Isso torna imprescindível a análise mais cuidadosa das deformações
das estruturas e suas conseqüências.
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80. • Vigas e lajes deformam-se naturalmente sob a ação do peso próprio,
das demais cargas permanentes e acidentais e mesmo sob o efeito da
retração e da deformação lenta do concreto.
• As flechas originadas podem ser incompatíveis com a capacidade de
deformação de paredes e outros componentes que integram os
edifícios.
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81. • NBR 6118:
As flechas medidas à partir do plano que contém os apoios, quando
atuarem todas as ações, não ultrapassarão 1/300 do vão teórico,
exceto para o caso de balanços, para os quais não ultrapassarão
1/250 do comprimento teórico dos balanços.
• Na prática, essa recomendação não tem recebido a devida atenção por
parte dos calculistas brasileiros, presenciando-se, frequentemente,
casos de fissuras em alvenarias provocadas pelas flechas dos
componentes estruturais.
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82. • As deformações da estrutura tendem a introduzir nas alvenarias
esforços de tração e cisalhamento, provocando fissuras com diferentes
configurações.
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83. MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS NAS EDIFICAÇÕES
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84. MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS NAS EDIFICAÇÕES
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85. MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS NAS EDIFICAÇÕES
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86. PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES
PATOLOGIAS DEVIDO A PROBLEMAS DE SOLO E DE
FUNDAÇÕES
1. FUNDAÇÕES
Resultam da necessidade de transmissão de cargas ao solo pela
construção de uma estrutura
Em casos correntes custa de 3,0% a 6,0% do custo da obra,
podendo atingir de 10,0% a 15,0% dependendo da estrutura e
das condições adversas de subsolo.
Seu comportamento pode ser afetado por diversos motivos: estruturais,
solos, procedimentos de execução, materiais utilizados, etc;
87. PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES
2. TIPOS DE FUNDAÇÕES
NBR 6122 – Projeto e execução de fundações.
Fundações superficiais e profundas.
Fundações profundas – a pelo menos 3,0 m de profundidade.
Fundações superficiais: blocos, sapatas, radiers.
Fundações profundas: estacas, tubulões.
91. PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES
3. CONCEITOS IMPORTANTES
― Todas as fundações sob carga apresentam recalques pois os
solos são materiais deformáveis, não devendo, porém, ocorrer
ruptura do solo
― Existe necessidade de controle do recalque diferencial, algumas
normas estipulam um limite de L/1000, onde L é o menor vão
considerado
92. PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES
4. RECALQUES NAS FUNDAÇÕES
Recalque é a deformação do solo quando submetido a cargas,
provocando movimentação na fundação que, dependendo da
intensidade, pode resultar em sérios danos à estrutura.
Quando um elemento de fundação se desloca verticalmente, é
configurado um recalque absoluto. A diferença entre os recalques
absolutos de dois elementos da fundação é denominada recalque
diferencial.
93. PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES
5. AUSÊNCIA DE INVESTIGAÇÃO DO SUBSOLO
LOGEAIS (1982) sugere que mais de 80% dos casos de mau
desempenho de fundações em obras pequenas e médias estão
relacionados à ausência de investigação do subsolo. Exemplos:
Fundações em solos/aterros heterogêneos
Estacas de tipo inadequado ao subsolo
6. INVESTIGAÇÃO INSUFICIENTE DO SUBSOLO
95. PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES
7. PROBLEMAS DE PROJETO DAS FUNDAÇÕES
Projeto de fundações
A concepção de fundações é um misto de ciência e arte.
Para o desenvolvimento de um projeto de fundações devem ser
considerados diversos elementos.
96. PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES
7-1. Topografia da área
Levantamento planialtimétrico;
Dados sobre taludes e encostas;
Dados sobre erosões.
7-2. Dados geológicos
Investigação do subsolo;
Mapas, fotos aéreas;
Estudos sobre experiências anteriores na área.
97. PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES
7-3. Dados da estrutura a construir
Tipo e uso da nova obra;
Sistema estrutural;
Cargas (ações sobre as fundações).
7-4. Dados relativos às construções vizinhas
Tipo de estruturas e fundações;
Número de pavimentos e existência de sub-solos;
Possíveis conseqüências de escavações e vibrações provocadas
pela nova obra.
98. PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES
8. CUIDADOS NA EXECUÇÃO
Escavação da obra abaixo das fundações vizinhas.
Pode haver o desconfinamento das fundações e colapso parcial ou
total da estrutura
Ruptura de tubulações de drenagem e esgoto.
Envio de efluentes ao solo.
Faixas de erosão no terreno.
Recalques ou colapso da construção (COPASA, Quimberlita).
100. PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES
9. EVENTOS PÓS-CONCLUSÃO DAS FUNDAÇÕES
― Alteração no uso das edificações
― Ampliações não previstas no projeto original
― Alteração no uso de terrenos vizinhos
― Execução de grandes escavações próximas a construções
101. PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES
10. TIPOS DE RECALQUES DIFERENCIAIS
10-1. Devido à erros de projeto
Erro na previsão de recalques;
Insuficiência nos levantamentos, sondagens e ensaios;
Não consideração da heterogeneidade do solo;
Não consideração da presença de aterro, entulhos ou fossas;
Ignorar variações no nível do lençol freático.
102. PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES
10-2. Devido à erros de execução
Fundações profundas com terra solta na base;
Desvio da ponta da estaca devido à presença de matacões;
Falta de alargamento na base de tubulões.
10-3. Devido à problemas no solo
Falta de homogeneidade do solo;
Consolidação distinta do aterro;
Fundação entre corte e aterro.
103. PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES
COMO EVITAR
● Analisar terreno e
vizinhança.
● Realizar ensaios com bases
em conhecimentos
geotécnicos e normas da
ABNT.
● Considerar situações de
corte e aterro.
Especificar as cargas, os
materiais, locais de
implantação, os recalques
admissíveis.
Executar as fundações
mais adequadas ao
empreendimento com base
nas cargas solicitantes e
capacidade de carga do
terreno.
104. PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES
Rebaixamento do lençol freático;
Adensamento de camadas profundas (solo mais mole);
Carregamento desbalanceado na estrutura;
Influência do bulbo de pressão da obra maior;
Construção de anexo em época diferente da construção do prédio
original.
105. PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES
11. APARECIMENTO DE TRINCAS
Sob o efeito de cargas externas todos os solos, em maior ou menor
proporção de deformam.
Se estas deformações forem diferenciadas ao longo do plano das
fundações de uma obra, tensões de grande intensidade serão
introduzidas na estrutura da mesma, podendo gerar o aparecimento
de trincas.
106. PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES
12. CONFIGURAÇÕES TÍPICAS
De uma maneira geral, as fissuras provocadas por recalques
diferenciados são inclinadas, confundindo-se às vezes com as fissuras
provocadas por deflexão de componentes estruturais.
Contudo, em relação às últimas, apresentam aberturas maiores,
“deitando-se em direção ao ponto de maior recalque”.
Esmagamentos localizados em forma de escamas e variação nas
aberturas das fissuras.
As trincas se estendem até o terreno de apoio das fundações;
As trincas surgem nas duas faces da parede;
122. PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES
MÉTODOS DE REPARO
● Métodos para reforço de fundações são, em boa
parte, adaptações dos sistemas já existentes.
● O principal cuidado na especificação e no projeto
é permitir que as fundações originais e o reforço
trabalhem como um sistema único.
123. PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES
ESTACAS MEGA
● Os equipamentos utilizados são de pequeno porte;
● Podem trabalhar em espaços confinados e de alta
dificuldade de acesso;
● A execução desta estaca não faz barulho, não utiliza água e
nem refrigeração;
● São cravadas com o uso de macacos hidráulicos, ligados a
unidades elétricas/hidráulicas de pequeno porte;
● https://www.youtube.com/watch?v=26fYtwQGfE8
125. PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES
ESTACAS RAIZ
● Utilização de equipamentos de médio porte ou grande porte.
● A estaca raiz é uma estaca concretada “in loco”.
● É executada em direção vertical ou inclinada.
● Trabalham em locais de difícil acesso.
● Perfuração, com circulação de água, capaz de atravessar
matacões, blocos de concreto ou embuti-las em rocha.
● O processo executivo desta estaca não causa vibrações, o que
permite empregá-la em qualquer situação de obra industrial.
● https://www.youtube.com/watch?v=rQcQmq8caG4
128. PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES
ALARGAMENTO DE BASE DE TUBULÃO
● Consiste no aumento da área de apoio do tubulão.
● Quando as armaduras existentes não são
dimensionadas para a peça aumentada, pode ser
realizado o chumbamento de ferragens com o
emprego de resinas colantes para a aderência entre
o concreto original e o novo.
130. PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES
REFORÇO DO SOLO
● Os métodos mais comuns são os do tipo JET GROUTING;
● Melhoram características físicas dos solos, como resistência,
deformabilidade e permeabilidade;
● O JET GROUTING é um processo capaz de no qual um jato da calda
de cimento introduzido no terreno a alta pressão de tal modo a
desagregar o solo misturando-se a este formando, assim, colunas
de solo-cimento de alta resistência mecânica e baixa
permeabilidade
132. PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES
SUBSTITUIÇÃO DE FUNDAÇÕES
● Execução de novas fundações, com
maior capacidade de carga que a
original, sem que haja a necessidade
de serem do mesmo tipo.
134. PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES
A TORRE DE PISA
Edificação inclinada mais famosa do mundo;
Causas de sua inclinação:
Solos instáveis;
Fundação mal planejada;
Construída no século XII: estudos de solo eram precários.
Como consequência, não se sabia a profundidade que as
fundações deveriam ter para se ancorar a torre em solo
estável;
Durante a construção, perceberam a inclinação e passaram a
construir paredes mais altas no lado baixo para compensar
visualmente, aumentando o carregamento no solo e a
inclinação;
Passou por reformas em 1997 para diminuir a inclinação, que
aumentava a cada ano.
136. PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES
Para prevenir a ocorrência de manifestações patológicas em
solos e fundações, deve-se:
Analisar não só o terreno, mas também as vizinhanças;
Realizar sondagens adequadas com base em conhecimentos
geotécnicos e nas normas ANBT;
Adequar a fundação ao tipo de terreno;
Considerar as situações corte/aterro;
Especificar cargas, materiais, quantidades, locais de
implantação, recalques admissíveis, etc;
Acompanhar sinais patológicos ao longo da vida útil da
estrutura, como trincas e fissuras.
137. 137
MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS PELA AÇÃO DA ÁGUA
1. GENERALIDADES
• Prejuízos de caráter funcional da edificação;
• Desconforto dos usuários e em casos extremos os mesmos podem
afetar a saúde dos moradores;
• Danos em equipamentos e bens presentes nos interiores das
edificações;
• Prejuízos financeiros.
PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES
139. ORIGENS PRESENTES NA:
Umidade proveniente da execução da
construção
Confecção do concreto
Confecção de argamassas
Execução de pinturas
Umidade oriunda das chuvas
Cobertura (telhados)
Paredes
Lajes de terraços
Umidade trazida por capilaridade (umidade
ascensional)
Terra, através do lençol freático
Umidade resultante de vazamento de redes
de água e esgotos
Paredes
Telhados
Pisos
Terraços
Umidade de condensação Paredes, forros e pisos
Peças com pouca ventilação
Banheiros, cozinha e garagem
141. ERROS DE CAUSAS MANIFESTAÇÕES
PROJETO
• Falta de impermeabilização
• Pouco caimento para o escoamento das águas
• A não consideração do efeito térmico sobre a
laje
• Manchas
• Mofo
• Gotejamento
• Corrosão das
armaduras da laje
• Lixiviação do concreto
• Descolamento de
cerâmicas do piso
• Desagregação do
revestimento do forro
EXECUÇÃO
• Má execução de juntas
• Rodapés mal executados – arremate
inadequado da impermeabilização na platibanda
ou muro
• Ralos quebrados
MATERIAIS • Rachaduras da platibanda provocam a
penetração de água por baixo da
impermeabilização
• Materiais de baixa qualidade
MANUTENÇÃO
• Ruptura de ladrilhos cerâmicos
• Entupimento de ralos
• Vazamento de redes pluviais ou hidráulico
sanitários por tubulação furada
142. 142
A umidade em parede e pisos pode se originar conforme
esses três meios:
• Por vazamentos ou pela ruptura de canalizações de água
fria, quente, esgoto e águas pluviais;
• Pela penetração de água da chuva;
• Pela percolação de água oriunda do solo, por ascensão
capilar;
PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES
144. Provoca alteração na superfície, exigindo a recuperação ou até
mesmo a necessidade de se refazer revestimentos, gerando grandes
prejuízos financeiros;
O crescimento de bolor está diretamente ligado à existência de
umidade. É comum o emboloramento em paredes umidecidas por
infiltração de água ou vazamento de tubulações;
PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES
145. Para se evitar o surgimento do bolor, já na fase de projeto, devem
ser tomadas medidas como a garantia de ventilação, iluminação e
insolação adequada aos ambientes;
Caso não seja possível prevenir, e o dano ocorra, é necessária a
limpeza da superfície, com emprego de soluções fungicidas;
Troca de materiais que estavam contaminados por outros que
resistam a ação de crescimento do bolor.
PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES
146. O bolor é entendido como a colonização por diversas populações
de fungos filamentosos sobre vários tipos de substrato, inclusive
as argamassas inorgânicas (SHIRAKAWA et al., 1995).
O desenvolvimento desses microrganismos em revestimentos
internos ou de fachada causa alterações estéticas de tetos e
paredes pela formação de manchas escuras, indesejáveis, pretas,
marrons ou verdes, ou ocasionalmente manchas claras
esbranquiçadas ou amareladas;
A multiplicação de fungos pode provocar ao longo do tempo a
deterioração da construção e o desencadeamento de alergias
respiratórias e asmas em pessoas com predisposição.
PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES
149. 149
2. UMIDADE NOS MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO
As mudanças higroscópicas provocam variações
dimensionais nos materiais de construção; o aumento de
umidade provoca expansão do material e a diminuição da
umidade contração.
No caso da existência de vínculos, poderão ocorrer fissuras
nos elementos e componentes do sistema construtivo.
A quantidade de água absorvida por um material de
construção depende dos fatores porosidade e capilaridade.
As variações no teor de umidade de um material provocam
movimentações irreversíveis e reversíveis.
PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES
150. 150
Movimentações irreversíveis e reversíveis:
Movimentações irreversíveis: ocorrem
geralmente logo após a fabricação do material
e originam-se pela perda ou ganho de água
até que se atinja a umidade higroscópica de
equilíbrio do material fabricado.
Movimentações reversíveis: ocorrem por
variações do teor de umidade do material,
ficando delimitadas a um certo intervalo,
mesmo no caso de secar-se ou saturar-se
completamente o material.
PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES
152. 152
Os problemas de umidade podem manifestar-se nas edificações em
todos os seus componentes construtivos.
Uma classificação, adotada internacionalmente, onde se procura
conciliar a origem do fenômeno e a forma como este se manifesta é
assim representada:
umidade de obra;
umidade de absorção e capilaridade;
umidade de infiltração;
umidade de condensação;
umidade acidental.
PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES
153. 153
Umidade de obra
Originada nos trabalhos de construção dos edifícios, mantendo-se
durante um determinado período após o termino da obra, diminuindo
depois gradualmente até desaparecer.
Umidade de absorção e capilaridade
Tem origem na absorção da água existente no solo pelas fundações das
paredes e pavimentos, migrando para as fachadas e pisos.
Umidade de infiltração
Proveniente da água de chuva que penetra nos edifícios através dos
elementos constituintes de sua envoltória exterior.
154. 154
Umidade de condensação
Se origina do vapor de água que se condensa nas superfícies, ou no
interior dos elementos de construção.
Umidade acidental
Proveniente de vazamentos do sistema de distribuição e / ou coleta de
águas da edificação.
* A frequência da ocorrência destes tipos de umidade está associada à
idade da construção, ao clima, aos materiais e técnicas construtivas
aplicadas e ao nível de controle da qualidade realizado nas construções.
155. 155
3. PATOLOGIAS DE UMIDADE
As manifestações patológicas de umidade apresentam diversas formas
de manifestação entre as quais pode-se citar:
Manchas, bolhas e eflorescências
Formação de bolor
Aparecimento de fissuras e trincas
156. 156
Manchas
As manchas podem se manifestar acompanhadas ou não da
formação de eflorescências ou vesículas.
Para ocorrer a eflorescência, é determinante haver a presença e
a ação dissolvente da água (FIORITO, 1994).
As vesículas podem ser causadas por uma série de fatores tais
como, a existência de pedras de cal não completamente extintas,
matérias orgânicas contidas nos agregados, torrões de argila
dispersos na argamassa ou outras impurezas (BAUER, 1994).
157. 157
Manchas
No caso de tintas impermeáveis, a eflorescência deposita-se
entre a camada de tinta e a camada de reboco, desta forma,
comprometendo a aderência entre ambas. Estas tintas são
também responsáveis pela formação de bolhas que resultam da
percolação da água através da alvenaria acumulando entre o
revestimento e a tinta.
159. 159
Aparecimento de fissuras e trincas
As trincas provocadas por variação de umidade dos materiais de
construção, entre um caso e outro, podem apresentar variação de
abertura em função das propriedades higrotérmicas dos materiais
e das amplitudes de variação da temperatura ou da umidade
(THOMAZ, 1989);
Um tipo de fissura bastante característico ocorre verticalmente no
terço médio da parede, podendo ser causada tanto pela contração
de secagem do componente de alvenaria quanto por suas
movimentações reversíveis;
160. 160
Em estudo realizado pelo IPT com blocos vazados de
solo-cimento, pode-se constatar o aparecimento de
microfissuras verticais nas paredes de blocos, após a
ocorrência de chuvas que provocaram o umedecimento
das paredes;
Como os blocos haviam sido empregados na obra com
idade superior a 90 dias, deduziu-se que as fissuras
eram ocasionadas por movimentações reversíveis
originadas pela brusca variação de umidade;
161. 161
Movimentações reversíveis ou irreversíveis podem originar
também destacamentos entre componentes de alvenaria e
argamassa de assentamento em função de inúmeros
fatores tais como, aderência entre a argamassa e
componentes de alvenaria, tipo de junta adotada, módulo
de deformação dos materiais em contato, propriedades
higroscópicas desses materiais e intensidade da variação
de umidade (THOMAZ, 1989);
162. 162
Trincas horizontais também podem aparecer na base das
paredes, onde os componentes de alvenaria em contato direto
com o solo absorvem sua umidade, apresentando
movimentações diferenciadas em relação às fiadas superiores
que estão sujeitas à insolação direta e à perda de água por
evaporação. Essas trincas quase sempre estão acompanhadas
por eflorescências o que facilita seu diagnóstico;
Outro tipo bastante característico de fissura causada por
umidade é aquele presente no topo de muros pela absorção de
água (de chuva ou mesmo de orvalho), uma vez que a
argamassa do topo da parede movimenta-se diferencialmente
em relação ao corpo do muro e acaba destacando-se do mesmo.
163. • Quando se trata de umidade, os problemas podem estar
presentes em todas as fases de uma edificação, desde o
projeto até a manutenção;
• É essencial que sejam corrigidos os defeitos na fase de
projeto, a prevenção é a melhor solução;
• A escolha dos materiais usados e tipos de sistemas
construtivos ajudarão a prevenir o surgimento de danos
por umidade, assim como uma impermeabilização de
qualidade.
164. • Deve-se ter atenção na escolha da impermeabilização, já
que reparos e uma nova aplicação são dispendiosos;
• É frequente a falha de não se dar atenção ao sistema de
impermeabilização, gerando gastos superiores a primeira
impermeabilização;
• Também deve ser levado em conta o microclima em que se
insere a edificação, o qual é de suma importância para se
evitar a ação de água como a agente de patologias;
• A incidência de chuva e vento pode variar de uma fachada
para outra, exigindo características especiais e cuidados.
165. PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES
FISSURAS CAUSADAS POR
ALTERAÇÕES QUÍMICAS DOS MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO
1. GENERALIDADES
Os materiais de construção são susceptíveis de deterioração pela
ação de substâncias químicas, principalmente as soluções ácidas.
Edifícios que abrigam fábricas de laticínios, cervejas, álcool, açúcar,
sal, celulose e produtos químicos em geral podem ter seus materiais
e componentes seriamente avariados por essas substâncias.
Nesses casos, as patologias manifestam-se frequentemente na forma
de lixiviação.
166. PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES
2. CARBONATAÇÃO
Quando o concreto é exposto ao gás carbônico (CO2), a solução
alcalina existente em seus poros pode ter seu pH reduzido;
A alta alcalinidade (pH › 12,0) devida, principalmente, à presença de
hidróxido de cálcio – Ca (OH)2 – proveniente das reações químicas de
hidratação do cimento, pode ser reduzida;
Ca (OH)2 + CO2 Ca CO3 (pH 9,4);
167. PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES
A carbonatação neutraliza a natureza alcalina da pasta de cimento
hidratada, prejudicando a proteção do aço contra a corrosão;
Quando a frente com pH baixo atinge a superfície da armadura, a
película passivadora é rompida, podendo haver corrosão;
A extensão da carbonatação pode ser determinada com facilidade
pelo tratamento de uma superfície recentemente exposta com uma
solução de fenolftaleína – o Ca (OH)2 se torna rosa e a parte
carbonatada incolor ;
169. PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES
3. AÇÃO DE CLORETOS
A presença de íons cloreto em estruturas de concreto armado é uma
das principais causas da corrosão de suas armaduras;
Além da água do mar e atmosferas marinhas, os cloretos podem
estar presentes em águas industriais, aditivos aceleradores de pega
que contenham Ca Cl2 , limpeza de pisos e fachadas cerâmicas com
ácido muriático, etc;
O íons cloreto agem tanto na fase inicial, com o rompimento pontual
do filme passivador, como na aceleração da propagação do processo
corrosivo;
170. NBR 6118/2014 - Durabilidade.
Classes de agressividade ambiental (CAA)
174. PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES
O ingresso e a progressão dos cloretos no concreto podem ser
explicados por um mecanismo duplo, de sucção e difusão;
A difusão é o transporte da matéria através da matéria, como por
exemplo a difusão de gases na atmosfera, em determinado
ambiente;
A difusão pode também ocorrer entre dois sólidos ou por um gás
partículas através de um corpo sólido;
O fenômeno pode ser estudado através das Leis de FICK, para
modelagem da difusão com a distância e o tempo;
175. PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES
Deterioração das armaduras
Causada pela corrosão
Decorrente de processos eletroquímicos;
Intensifica-se com a presença de elementos agressivos;
As edificações encontram-se inseridas em meios cada
vez mais agressivos
Ambientes industriais;
Poluição das grandes cidades.
175
176. PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES
Deterioração das armaduras
As armaduras do concreto são invariavelmente instaladas nas
proximidades da superfície;
Indispensável para proteger as barras de aço do contato com o
ambiente externo:
Adensamento bem feito;
Cobrimento adequado das armaduras.
Esses cuidados são muitas vezes negligenciados.
176
177. PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES
Ocorrência de fissuração
Porta de entrada para a água e o ar/poluentes;
Podem iniciar ou acelerar os processos de corrosão.
As reações de corrosão produzem óxido de ferro
Volume muito superior ao do aço;
Ocorre perda de seção e de capacidade resistente do aço;
O óxido de ferro expande e agrava as fissuras existentes no concreto;
As fissuras podem evoluir para um quadro de lascamento.
177
179. PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES
4. ALTERAÇÕES ENVOLVENDO A FORMAÇÃO DE PRODUTOS
EXPANSIVOS
Hidratação retardada das cales.
Ataque por sulfatos.
Reação álcali-agregado.
Corrosão das armaduras de concreto.
180. PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES
5. HIDRATAÇÃO RETARDADA DAS CALES
Uma cal bem hidratada não apresenta óxidos livres de cal e
magnésio, as cales mal hidratadas podem apresentar teores bastante
elevados desses óxidos, que são ávidos por água.
Se houver umidificação do componente ao longo de sua vida útil, os
óxidos livres tendem a hidratar-se, ocorrendo um aumento de
volume em torno de 100%.
181. PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES
Em argamassas de assentamento a expansão pode provocar fissuras
horizontais no revestimento, acompanhando as juntas de
assentamento.
Entretanto, o efeito mais nocivo está nos revestimentos em
argamassa, cuja expansão tende a produzir danos generalizados no
revestimento (fissuras, descolamento, desagregações e
pulverulências).
182. PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES
6. ATAQUE POR SULFATOS
É o nome genérico de uma série de processos inter-relacionados e às
vezes sequenciais que levam à decomposição da matriz cimentícia do
concreto, ocasionando queda em suas propriedades mecânica,
estabilidade dimensional e durabilidade.
O aluminato tricálcico (C3A) , constituinte do cimento, pode reagir
com sulfatos em solução formando um composto denominado
etringita. Essa reação (C3A › 5%) é acompanhada de grande
expansão.
Para que a reação ocorra é necessária a presença de cimento, de
água e de sulfatos solúveis (por isso a utilização conjunta de cimento
e gesso é perigosa).
184. PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES
Os sulfatos podem provir do solo, águas contaminadas, cerâmicas
fabricadas com argilas com alto teor de sais solúveis, etc.
A água pode provir da chuva em superfícies mal impermeabilizadas,
umidade da edificação (lavagem de pisos, por exemplo), etc.
As patologias são em forma de trincas horizontais e verticais, quase
sempre em conjunto com eflorecências.
186. PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES
7. FORMAS DE DEGRADAÇÃO DO CONCRETO DEVIDO AO ATAQUE
POR SULFATOS
Segundo METHA (2008), o ataque por sulfatos pode manifestar-se de
duas formas:
Expansão e fissuração do concreto;
Diminuição progressiva de resistência e perda de massa.
187. PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES
8. PREVENÇÃO CONTRA O ATAQUE POR SULFATOS
Minimizar o acesso da água contendo sulfatos à estrutura (projeto
estrutural, drenagem, barreiras, revestimentos);
Produzir concreto de baixa permeabilidade (dosagem);
Seleção de materiais cimentícios adequados (por exemplo, utilização
de cimento resistente a sulfatos – RS, com baixo % de C3A);
Produzir concretos com baixa relação água cimento.
188. PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES
9. REAÇÃO ÁLCALI-AGREGADO (RAA)
Não é um processo de deterioração pela ação direta do meio
ambiente;
A RAA é proveniente de reações químicas envolvendo os álcalis do
cimento Portland (K2O e Na2O) e certos minerais silicosos reativos
presentes no agregado;
Provoca expansão e fissuração do concreto, levando à perda de
resistência e módulo de elasticidade, podendo favorecer o
aparecimento de outros processos de deterioração do concreto, como
a carbonatação e corrosão das armaduras;
189. PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES
Pipocamento e exsudação de um líquido viscoso (STANTON, 1940) na
descrição de investigações de estruturas fissuradas de concreto na
Califórnia;
Manifestações patológicas percebidas em estruturas localizadas em
ambientes úmidos, a presença de umidade é condição necessária ao
aparecimento dessas manifestações;
Alguns exemplos são barragens, pilares de pontes, quebra mares,
galerias de águas pluviais, etc;
191. PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES
10. PREVENÇÃO CONTRA A REAÇÃO ÁLCALI-AGREGADO (RAA)
Uso de agregados não reativos.
Uso de materiais (cimentos, principalmente) com baixo teor de
álcalis.
192. PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES
11. CHUVAS ÁCIDAS
Os ambientes urbanos e industriais lançam na atmosfera uma
série de compostos que podem precipitar de forma seca ou úmida
na superfície das construções;
As chuvas ácidas são resultantes da combinação de gases
presentes na poluição atmosférica com hidrogênio presente na
atmosfera sob a forma de vapor d’água;
Os óxidos de enxofre produzem ácido sulfúrico (H2SO4) com pH
entre 2,2 e 4,5 (a chuva normal tem pH aproximado de 5,0);
As chuvas ácidas, ao atingirem as estruturas de concreto, podem
provocar sua degradação, principalmente por dissolução da matriz
cimentícia .
193. PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES
12. ZONA DE ATMOSFERA MARINHA
Apesar dessa região não estar em contato direto com o mar, nela
as estruturas de concreto armado recebem uma quantidade
razoável de sais, capazes de cria depósitos salinos na superfície,
onde ocorrem ciclos de molhagem e secagem;
Os ventos podem carregar os sais na forma de partículas sólidas
ou como gotas de solução salina
A quantidade de sais diminui em função da distância ao mar,
reduzindo significativamente a partir de 700m (MEIRA, 2004);
A forma mais frequente de degradação nesta zona é a corrosão
das armaduras do concreto pela ação dos íons cloreto.
194. PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES
13. RESUMO MECANISMOS DE DETERIORAÇÃO DO CONCRETO
SKALNY (2007)
Deterioração da superfície •Abrasão: movimento de objetos ou materiais (equipamentos
pesados, grãos no silo)
•Erosão: contato com partículas sólidas em suspensão em líquidos
(linhas de esgoto)
•Cavitação: formação e colapso subseqüente de bolhas de vapor
(mudanças súbitas de direção do fluxo)
Deterioração das armaduras •Corrosão do aço
Deterioração dos agregados •Reação álcali-agregado
Deterioração da matriz
cimentícia
•Ataque por sulfatos
•Ataque pela água do mar
•Ataque por ácidos
•Carbonatação
•Cristalização de sais
195. PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES
FISSURAS CAUSADAS PELA
RETRAÇÃO DE PRODUTOS À BASE DE CIMENTO
1. O FENÔMENO DA RETRAÇÃO
A retração está associada à deformação em pastas de cimento,
argamassas e concretos sem que haja qualquer tipo de
carregamento;
De uma forma geral, a principal causa da retração é a perda de água
da pasta de cimento;
196. PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES
2. FORMAS DE RETRAÇÃO
Três formas de retração são as mais importantes em produtos à
base de cimento:
Retração química: a reação química entre o cimento e a água se dá
com redução de volume ;
- A hidratação do cimento resulta em produtos que possuem
características de pega e endurecimento;
- Os aluminatos (C3A) se hidratam a uma velocidade maior que
os silicatos, sua rápida hidratação deve ser desacelerada de
alguma forma (em geral, através do uso de gipsita);
- Os silicatos (C3S e C2S) compõem cerca de 75% do cimento
Portland, tendo papel dominante na taxa de desenvolvimento da
resistência mecânica do concreto
197. PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES
Retração de secagem: a quantidade excedente de água, empregada
no preparo do concreto ou argamassa para a obtenção da
trabalhabilidade necessária, permanece livre no interior da massa.
Em sua evaporação ocorre retração de volume;
- A retração é tanto maior quanto maior for a velocidade de
evaporação da água, que depende da temperatura do ar,
temperatura do concreto, umidade relativa do ar e velocidade do
vento;
- A saída da água do concreto endurecido, mantido em ambiente
não saturado é a causa da retração por secagem;
- Uma parte desse movimento é irreversível
199. PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES
Retração por carbonatação:
Ca (OH)2 + CO2
CaCO3 + H2O
- A reação é acompanhada de redução de volume;
- Um processo consequente da carbonatação, além da redução de
alcalinidade, é a retração do concreto;
- A retração proveniente da carbonatação é menos importante que
a neutralização da natureza alcalina da pasta de cimento;
- A carbonatação aumenta a retração em umidades intermediárias
mas não a 25% e a 100%;
201. PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES
3. RESTRIÇÃO E FISSURAÇÃO
A restrição dos componentes de concreto pode induzir à compressão
ou a tração, sendo a última a mais importante;
Existem duas formas de restrição externas e internas;
A restrição externa ocorre quando o movimento da seção de um
elemento de concreto é total ou parcialmente impedido por
elementos adjacentes rígidos;
A restrição interna existe por gradiente de temperatura e umidade no
interior da seção;
202. PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES
Um exemplo de restrição interna é o de uma massa de concreto na
qual se desenvolve o calor devido à hidratação do cimento;
O calor é dissipado da superfície do concreto, ocorrendo um
gradiente de temperatura na seção e uma retração diferencial entre a
superfície e o interior do concreto;
O fenômeno pode ocorrer quando grandes volumes de concreto
simples (não armado) são lançados em barragens de gravidade
(concreto massa), onde existe risco de fissuração térmica;
203. PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES
4. CONCRETAGEM DE GRANDES MASSAS (BARRAGENS)
A reação de hidratação do cimento, sendo exotérmica, provoca a
elevação de temperatura em quantidades consideráveis;
A quantidade de calor gerada é função do teor de cimento;
O aumento de temperatura será tanto maior, quanto pior forem as
condições de dissipação de energia térmica;
A baixa dissipação gera tensões que podem levar à dissipação do
concreto;
As fissuras ocorrerão quando as tensões de tração desenvolvidas
forem superiores à resistência à tração do concreto.
204. PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES
O controle da temperatura de lançamento é uma das melhores
formas de evitar fissuras térmicas nas estruturas de concreto;
Uma técnica usual é adicionar gelo ou água gelada na betoneira,
durante o preparo do concreto;
O aumento de temperatura será tanto maior, quanto pior forem as
condições de dissipação de energia térmica;
O intervalo de lançamento entre camadas também é utilizado para o
controle da temperatura máxima do concreto;
As fissuras ocorrerão quando as tensões de tração desenvolvidas
forem superiores à resistência à tração do concreto.
206. PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES
5. FATORES QUE INTERVÊM NA RETRAÇÃO
Composição química e finura do cimento:
a retração aumenta com a finura do cimento , seu teor de cloretos
(CaCl2 , normalmente empregado como aditivo acelerador de pega) e
alcalis (K2O e Na2O).
Quantidade de cimento adicionada à mistura:
quanto maior o consumo de cimento, maior é a retração.
Natureza dos agregados:
maior retração para os agregados com maior poder de absorção de
água (basalto e agregados leves, por exemplo).
207. PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES
Granulometria dos agregados:
quanto maior a finura dos agregados, maior será a quantidade
necessária de pasta de cimento para recobri-los, e maior será ,
portanto, a retração.
Quantidade de água na mistura:
quanto maior for a relação água / cimento maior será a retração de
secagem.
Condições de cura:
Se a evaporação da água iniciar-se antes do término da pega do
aglomerante, a retração sofrerá grande aumento.
Umidade relativa do ar:
Nos ambientes mais úmidos a retração é menor.
208. PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES
RECUPERAÇÃO E REFORÇO ESTRUTURAL
I- CONCEITOS FUNDAMENTAIS
A necessidade de reparar ou reforçar uma estrutura restaurando sua
segurança e aumentando sua durabilidade tem sido cada vez mais
comum porque:
Estruturas mais esbeltas;
Solicitações mais intensas;
209. PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES
Ambientes mais agressivos;
Consciência e maior conhecimento na manutenção;
Recuperação ou aumento do valor imóvel;
Inviabilidade de demolição e reconstrução;
Mudanças de uso da construção.
210. PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES
II- MATERIAIS
1. CONCRETO
Requer um traço que altere para melhor algumas de suas
características naturais.
Podem ser necessárias:
- altas resistências iniciais;
- ausência de retração de secagem;
- elevada aderência ao substrato;
- baixa permeabilidade.
211. PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES
A obtenção destas características pode se dar através de:
- aditivos plastificantes, redutores de água, impermeabilizantes, etc;
- adições minerais como escória de alto forno, cinzas volantes,
microssílica,etc;
- via de regra, baixa relação água/cimento.
As exigências mencionadas reduzem a viabilidade de emprego de
concreto dosado em canteiro para uso em reparos e reforços.
212. PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES
A seleção do material depende do problema patológico em questão,
características da região a ser reparada (horizontal, vertical, “sobre
cabeça”), agressividade do ambiente, etc.
2. GRAUTES BASE CIMENTO
Material fluido e auto adensável no estado recém misturado,
formulado para preencher cavidades e subsequentemente tornar-se
aderente, resistente e sem retração no estado endurecido.
213. PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES
Conveniente para reparo em locais de acesso difícil ou em casos de
seções densamente armadas.
3. ARGAMASSAS POLIMÉRICAS
Argamassas de cimento Portland modificadas com polímeros.
Podem ser formuladas com resinas acrílicas tipo metacrilato ou com
resinas à base de PVA.
214. PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES
4. ARGAMASSAS BASE EPOXI
Toleram pH na faixa de 2,0 a 10,0.
O epóxi tem boas propriedades físicas e mecânicas, além de ótima
aderência a vários tipos de superfícies.
III-PREPARO E LIMPEZA DO SUBSTRATO
1. PREPARO
São tratamentos prévios das superfícies dos componentes
estruturais.
215. PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES
Exemplos:
- Escarificação manual (talhadeira, marreta);
- Disco de desbaste (lixadeiras rotativas);
- Escarificação mecânica (martelete pneumático);
- Lixamento manual (lixas comuns);
- Lixamento elétrico (discos de lixa);
- Escovamento manual;
- Apicoamento com martelo.
216. PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES
2. LIMPEZA DAS SUPERFÍCIES
Conjunto de procedimentos aplicados sobre os elementos estruturais
antes da aplicação dos materiais de reparo.
Exemplos:
- Jato de água fria sob alta pressão;
- Jato de água quente sob alta pressão;
- Jato de água sob baixa pressão;
- Lavagem com soluções ácidas;
- Lavagem com soluções alcalinas;
- Remoção de óleos e graxas superficiais;
- Jato de ar comprimido sob pressão;
- Aspiração à vácuo.
217. PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES
IV- TÉCNICAS DE APLICAÇÃO DO MATERIAL DE REPARO
- Montagem de forma e preenchimento convencional;
- Montagem de forma e bombeamento;
- Encunhamento de argamassa seca (DRY PACK);
- Agregado pré-colocado e grauteamento;
- Concreto projetado via seca;
- Concreto projetado via úmida;
- Injeção de fissuras e/ou trincas;
- Aplicação de sobrecapas (overlays).
218.
219.
220.
221.
222.
223.
224. PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES
V- TRATAMENTO DE FISSURAS
1. TÉCNICAS A ADOTAR
Tratamento depende da causa.
Fissuras ativas (variação de espessura).
Fissuras passivas.
Necessidade ou não de reforços estruturais.
Superficiais (tratamentos mais simples).
Nata de cimento com aditivo expansor.
Profundas (resinas epoxídicas).
225. PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES
2. OBJETIVO GERAL
Criação de barreira (fissuras ativas e passivas).
Impedir o transporte nocivo de líquidos e gases.
Evitar o ataque às armaduras.
3. FISSURAS ATIVAS
Eliminação da causa geradora (torná-la passiva)
Não restabelecer o monolitismo.
Fissuração em outro local.
226. PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES
Vedação / cobrimento dos bordos externos.
Preenchimento com material elástico e não resistente.
Convivência com a patologia instaurada.
Impedimento da degradação do concreto.
4. FISSURAS PASSIVAS
Fechamento da fissura com material resistente / aderente.
Injeção de resina epoxídica.
Peça volta a ser monolítica.
227. PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES
5. INJEÇÃO DE FISSURAS
Exígiveis para aberturas maiores que 0,1 mm.
Prenchimento do espaço formado entre as bordas da fenda.
Fissuras passivas – materiais rígidos (epóxi ou grautes).
Fissuras ativas – materiais elásticos (resinas acrílicas ou
poliuretânicas).
228. PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES
6. RESINAS EPOXÍDICAS
Fissuras inativas – Produtos não retráteis.
Alta capacidade resistente e aderente.
Bom comportamento frente aos agentes agressivos.
Endurecimento rápido.
Bicomponentes líquidos – melhor qualidade.
229. PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES
7. PROCEDIMENTO DE INJEÇÃO
Abertura de furos ao longo do desenvolvimento da fissura.
D = 10 mm e 50 mm ≤ l ≤ 300 mm.
Limpeza da fenda (ar comprimido).
Fixação de tubinhos plásticos nos furos.
Selagem com cola epoxídica (espátula).
Injeção tubo a tubo.
230.
231. PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES
8. COSTURA DE FISSURAS (GRAMPEAMENTO)
Fissuras ativas (isoladas).
Disposição de armaduras adicionais (grampos).
Discutível (pode gerar fissuras em regiões adjacentes).