O informativo discute as dificuldades nas negociações salariais no primeiro semestre devido à inflação. Algumas empresas não querem oferecer correção salarial. O Sindibeb reconhece problemas econômicos, mas defende reajustes dignos. As negociações com a Coca-Cola continuam, com nova reunião marcada. Problemas no plano de saúde da empresa precisam ser resolvidos.
1. Informativo do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Cervejas e Bebidas em Geral no Estado da Bahia n° 492 - Jun/13
Sindicatos enfrentam dificuldades na
Campanha Salarial no primeiro semestre
As categorias, com data-base no primeiro semestre, têm enfrentado grandes dificuldades na campanha
salarial deste ano. Por conta da alta na inflação, as empresas alegam que a situação econômica não está boa.
Nos anos anteriores, as negociações entre os sindicatos e as fábricas foram mais tranquilas, mas agora algumas
empresas não querem nem oferecer a correção da inflação.
Além da questão da inflação, os donos de empresas de polpa de frutas estão enfrentando grande
dificuldade por conta da seca que atinge todo o Nordeste brasileiro. O sindicato sabe que o momento é difícil,
mas está atento para que os trabalhadores não sejam mais uma vez penalizados e prejudicados. O Sindibeb
reconhece os problemas econômicos das empresas, mas isso não é motivo para não oferecer um reajuste digno
aos trabalhadores.
Agora, é hora de unir forças para buscar melhorias
para os trabalhadores. Mesmo com toda dificuldade
presente, é preciso que os donos das empresas sejam
sensíveis às demandas da categoria e negociem acordos
com o sindicato que possam oferecer ganhos reais aos
trabalhadores.
Diretores se reúnem com
a Coca-Cola
Dentro das ações de negociação da campanha
salarial, o Sindibeb se reuniu pela quarta vez com a Coca-
Cola, na terça-feira (11/06), quando a empresa apresentou
uma proposta que ainda é insuficiente para fechar o acordo.
Após o encontro, o sindicato realizou assembleia com
trabalhadores de Simões Filho e de Feira de Santana, que
reprovaram a proposta, por unanimidade, de reajuste de
7,66 % para o piso, acima do piso 7,16% e cesta básica de
R$ 141,00.
O sindicato apresentou à Coca-Cola uma proposta
que prevê 9% de reajuste salarial e dos benefícios, cesta
básica de R$ 150,00 e melhoria da assistência médica. No
próximo dia 18, tem reunião entre o sindicato e a Coca-
Cola. Já no dia 19 de junho, o sindicato se reúne com os
trabalhadores para apresentar a decisão da empresa. Caso
a Coca-Cola se pronuncie antes da data estipulada, a
assembleia com a categoria será antecipada. É importante
fechar um acordo sem que haja a necessidade de realizar
uma greve.
Um dos principais problemas da negociação
salarial com a Coca-Cola é a assistência médica. A
empresa mudou o plano de saúde e o atual não atende
a contento os trabalhadores. Há problemas na parte
burocrática com o credenciamento, além de transtornos
em relação a consultas e atendimento de emergência. O
plano não tem condição de atender a demanda.
Na reunião de terça-feira (11/06), a empresa pediu
ao sindicato um prazo de 90 dias para ajustar as questões
do plano de saúde. Os diretores Edmilson Almeida,
Alonso Ferreira, Antônio Fernandes, Camila Martins e
Dacio Ângelo, além do presidente Roberto Santana, estão
preocupados com a situação. Muitos trabalhadores têm
relatado situações desesperadoras por conta da falta de
atendimento da assistência médica.
No encontro do dia 18, o sindicato espera que a
empresa apresente alguma definição sobre o assunto. Em
FeiradeSantana,aquestãojáfoiresolvida.Atéofinaldeste
mês, a Unimed Brasil volta a atender os trabalhadores.
Agora falta resolver a questão em Salvador, Simões Filho
e Vitória da Conquista. A saúde é uma questão primordial
na vida do trabalhador e o sindicato não permitirá que o
assunto seja deixado de lado.
Plano de saúde
2. EXPEDIENTE
O informativo do Sindibeb - Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Bebidas do Estado da Bahia, editado e publicado sob a responsabilidade da diretoria da
entidade - Presidente: Roberto Santana, Diretor de Imprensa: Edmilson de Almeida. End. Rua Mathias de Albuquerque, nº 39, Uruguai, Salvador-Bahia. CEP
40.450-540. Tel. (71) 3312-6851. Fax (71) 3313-2092. e-mail: sindibeb@ibest.com.br - Sub-sedes: Feira de Santana, Rua das Orquídeas, nº 72 – Bairro: Brasília,
44.088-210, Feira de Santana/BA, Tel.: (71)8805-7790/3614-2578/Camaçari, R. José Nunes de Matos, 113 - Centro, CEP: 42.800-070. Tel.: (71) 3622-2600 /
Alagoinhas, Praça JJ Seabra, 88 - Edf. Ponto Nonato , sl/104 - 1º Andar. CEP 48.010-140. Tel.: (75) 3422-5247 / Vitória da Conquista, R. Coronel Gugê, 155 - Edf.
Eunice Oliveira, sl/103 - Centro. CEP 45.040-000. Tel.: (77) 3422-7216 / Ilhéus, R.Bento Berilo, 223 - Centro. CEP 45.653-270. Tel.: (73) 3231-6650. Redação: Ana
Emília, Editoração Eletrônica: Géssica Barradas. Impressão: Imprima. Tiragem: 5.000 mil exemplares. Edição fechada em 12 de junho de 2013.
Sindicato fecha acordo com a Frutaki
No início deste mês, o Sindibeb
conseguiufecharoprimeiroacordocoma
empresa, que foi considerado satisfatório
pelos trabalhadores. Oficialmente, a
Frutaki iniciou as atividades em março
deste ano. Foi firmado acordo que prevê
piso inicial de R$ 730,00 e após 90 dias
passa para R$ 945,00, reajuste variado
para quem percebe acima do piso e
assistência médica em que a empresa
arca com 95% dos custos. O sindicato
avalia como positiva a posição da Frutaki
durante a negociação.
No dia 11/06, em assembleia dirigida pelos diretores Alberto Santiago e Edvaldo Ribeiro, os trabalhadores
aceitaram a proposta da empresa apresentada no último dia 10, que oferece piso salarial de R$ 765,00, reajuste 6,9%,
cesta básica de R$ 100,00, café da manhã, assistência médica e outros benefícios. A empresa peruana, com sede em
Alagoinhas, iniciou a produção em agosto de 2012. Considerando que a ISM está em atividades há pouco tempo e que
a inflação referente ao período de maio de 2012 a abril de 2013 foi de 7,16%, o reajuste definido está acima da inflação.
A empresa tem grande perspectiva de crescimento e a intenção do Sindibeb é que na próxima campanha salarial os
trabalhadores possam obter mais benefícios.
Brasil Kirin não quer negociar o PPRS
Sobre a questão do PPRS, a Brasil Kirin informou
que a proposta não será alterada: as metas são as mesmas e
o trabalhador recebe até um salário e meio se alcançá-las.
O Sindibeb afirma que o acordo era para ser discutido com
os trabalhadores quando expirou o anterior, a partir de
janeiro deste ano. Nenhuma das propostas sugeridas pelo
sindicato foi aceita pela empresa, como aumentar o valor
para dois salários e meio e diminuir as metas. A empresa
não demonstrou nenhum interesse. Quando a questão é
sobre banco de horas, que só beneficia os patrões, a Brasil
Kirin rapidamente entra em contato com o sindicato. Mas,
quando é para negociar os diretos dos trabalhadores, a
empresa se omite.
A Brasil Kirin está mal administrada e os
negociadores deixam a desejar. São os piores da categoria,
não cumprem os acordos e agem com descaso sobre
assuntos tão importantes. É preciso qualificar os dirigentes
para negociar as questões. Como o primeiro semestre está
quase no final, o Sindibeb solicita que a empresa informe
o resultado das metas de janeiro a junho para colocar em
votação com a categoria. O sindicato enviou documento
para Brasil Kirin com o intuito de saber o que será pago
aos trabalhadores. Até o momento, a empresa não se
pronunciou. É preciso que a empresa aja com transparência
em relação ao PPRS.
Processo de Bombom aguarda decisão do TRT-BA
A sentença proferida pela 1ª Vara
do Trabalho de Alagoinhas, que
julgou improcedente o pedido da
empresa em aplicar falta grave a
Bombom, no processo 0000329-
95.2013.05.0000, está mantida.
A empresa entrou com recurso e
conseguiu liminar que suspende
a Tutela Antecipada (pagamento
imediato de todos os salários
desde quando foi afastado e a
reintegração). O retorno e os
pagamentos de Bombom já haviam sido acertados entre
a empresa e o sindicato, mas a Brasil Kirin voltou atrás
ao conseguir a liminar. A empresa tem dito na fábrica
que o trabalhador perdeu o processo, o que é mentira. A
Brasil Kirin não aceitou a decisão da Justiça e recorreu
no Tribunal Regional do Trabalho (TRT). No momento, o
processo está com o desembargador Esequias de Oliveira,
que é o relator da ação. A decisão final, sem data definida,
cabe agora ao TRT. A luta continua e o Sindibeb está
atento a situação. A categoria está ao lado do trabalhador.
Quem quiser acompanhar a situação de Bombom, basta
utilizar o número do processo e fazer a pesquisa no site
do TRT-BA.
Trabalhadores aceitam proposta da Indústria São Miguel