O que é preciso para ser salvo

1. CAPÍTULO 15
FORA DA CARIDADE NÃO HÁ
SALVAÇÃO
O QUE É PRECISO PARA SER SALVO
PARÁBOLA DO BOM SAMARITANO
Centro Espírita João
Batista
Ronaldo

2. IntroduçãoIntrodução
• Nessas duas passagens, Jesus vem nos alertar quanto aNessas duas passagens, Jesus vem nos alertar quanto a
necessidade da pratica danecessidade da pratica da caridadecaridade para que possamospara que possamos
herdar o reino de Deus, mas acima de tudo nos fazerherdar o reino de Deus, mas acima de tudo nos fazer
entender que sendo todos filhos de Deus, somos todosentender que sendo todos filhos de Deus, somos todos
irmãos em espírito buscando através do nosso livre-arbítrioirmãos em espírito buscando através do nosso livre-arbítrio
o progresso moral na escalada da nosso evoluçãoo progresso moral na escalada da nosso evolução
espiritual.espiritual.
• Jesus, nesta parábola, traça as diretrizes do amor aoJesus, nesta parábola, traça as diretrizes do amor ao
próximo, sendo ela, considerada o fundamento básico dopróximo, sendo ela, considerada o fundamento básico do
conceito de caridade, que é a perfeição do amor.conceito de caridade, que é a perfeição do amor. Apesar deApesar de
pequeninas como são, condensam em poucas palavraspequeninas como são, condensam em poucas palavras
verdades profundas e que podem ser aplicadas em todos osverdades profundas e que podem ser aplicadas em todos os
tempos por serem expressões da sabedoria popular.tempos por serem expressões da sabedoria popular.
Passarão os milênios, a humanidade se adiantará, mas asPassarão os milênios, a humanidade se adiantará, mas as
parábolas de Jesus sempre terão ensinamentos morais aparábolas de Jesus sempre terão ensinamentos morais a
darem aos homens.darem aos homens.

3. Algumas Questões para ReflexãoAlgumas Questões para Reflexão
Ensinamentos de Jesus e outros...Ensinamentos de Jesus e outros...
1.1. Não tomarás em vão o nome do SENHOR, o teu Deus;Não tomarás em vão o nome do SENHOR, o teu Deus;
2.2. Não darás falso testemunho contra o teu próximo;Não darás falso testemunho contra o teu próximo;
3.3. Honrai teu pai e tua mãe;Honrai teu pai e tua mãe;
4.4. Amai os vossos inimigos;Amai os vossos inimigos;
5.5. Amai o vosso próximo como a vós mesmos;Amai o vosso próximo como a vós mesmos;
6.6. Perdoai as ofensas;Perdoai as ofensas;
7.7. Fazei aos outro aquilo o que gostaria que os outros vosFazei aos outro aquilo o que gostaria que os outros vos
fizessem;fizessem;
8.8. Que a vossa mão esquerda não saiba o que dá a vossaQue a vossa mão esquerda não saiba o que dá a vossa
mão direita;mão direita;
9.9. Vigiai e Orai;Vigiai e Orai;
10.10. Fazer o bem sem ostentação;Fazer o bem sem ostentação;
11.11. Julgar a vós mesmos antes de julgar aos outros;Julgar a vós mesmos antes de julgar aos outros;
12.12. Se tiverdes fé como um grão de mostarda...;Se tiverdes fé como um grão de mostarda...;
13.13. Seja humilde e resignado diante de vossas provas;Seja humilde e resignado diante de vossas provas;

4. O QUE É PRECISO PARA SER
SALVO
Portanto, quando o Filho do homem vier em sua
majestade acompanhado de todos os anjos, se sentará
sobre o trono de sua glória; e, todas as nações estando
reunidas perante ele, separará uns dos outros, como um
pastor separa as ovelhas dos cabritos, e colocará as
ovelhas à sua direita e os cabritos à sua esquerda. Então
o Rei dirá àqueles que estiverem à sua direita: Vinde,
vós que fostes abençoados por meu Pai, possuí o reino
que vos foi preparado desde o início do mundo; pois tive
fome e me destes de comer; tive sede e me destes de
beber; tive necessidade de abrigo e me abrigastes;
estive nu e me vestistes; estive doente e fostes me
visitar; estive na prisão e viestes me ver. Então os justos
perguntarão: Senhor, quando vos vimos faminto e vos
demos de comer, ou que tivestes sede e vos demos de
beber? Quando vos vimos sem abrigo e vos abrigamos e
sem roupas e vos vestimos? E quando vos vimos doente
ou na prisão e que fomos vos visitar?

5. O QUE É PRECISO PARA SER
SALVO
E o Rei responderá a eles: Eu vos digo em
verdade que, todas as vezes que fizestes isso
a um destes meus irmãos mais pequeninos,
foi a mim mesmo que o fizestes.
Ele dirá em seguida àqueles que estiverem à
sua esquerda: Separai- vos de mim, malditos;
ide ao fogo eterno, que foi preparado para o
diabo e para seus anjos; pois tive fome e não
me destes de comer; tive sede e não me
destes de beber; tive necessidade de abrigo e
não me abrigastes; estive sem roupas e não
me vestistes; estive doente e na prisão e não
me visitastes.

6. O QUE É PRECISO PARA SER
SALVO
Então, eles assim responderão: Senhor,
quando vos vimos ter fome, ter sede, ou
estar sem abrigo, sem roupas, ou doente
ou na prisão, e que não vos assistimos?
Mas ele responderá: Eu vos digo em
verdade que, todas as vezes que
deixastes de dar assistência a um
desses pequeninos, deixastes de fazê-lo
a mim mesmo. E então estes irão para o
suplício eterno, e os justos para a vida
eterna. (Mateus, 25:31 a 46)

7. PARÁBOLA DO BOM SAMARITANO
Depois do regresso dos discípulos da sua excursãoDepois do regresso dos discípulos da sua excursão
missionária, prosseguiu Jesus caminho rumo à metrópole.missionária, prosseguiu Jesus caminho rumo à metrópole.
Decidiu retardar um pouco a chegada para não alcançar aDecidiu retardar um pouco a chegada para não alcançar a
primeira parte da festa dos Tabernáculos, que duravaprimeira parte da festa dos Tabernáculos, que durava
uma semana; queria chegar ‘so pelo fim das solenidades.uma semana; queria chegar ‘so pelo fim das solenidades.
Já não vinha longe de Jerusalém, quando se lheJá não vinha longe de Jerusalém, quando se lhe
apresentou um doutor da lei e lhe fez esta pergunta:apresentou um doutor da lei e lhe fez esta pergunta:
- Mestre, que devo fazer para alcançar a vida eterna?Mestre, que devo fazer para alcançar a vida eterna?
- Repondeu-lhe Jesus tranquilamente:Repondeu-lhe Jesus tranquilamente:
- Que está escrito na lei? Como é que lês?Que está escrito na lei? Como é que lês?
- Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, deAmarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de
toda a tua alma, de toda tua mente e com todas as suastoda a tua alma, de toda tua mente e com todas as suas
forças; e amarás teu próximo como a ti mesmo.forças; e amarás teu próximo como a ti mesmo.
- Muito bem respondido – disse-lhe Jesus – faze isso eMuito bem respondido – disse-lhe Jesus – faze isso e
viverásviverás

8. Comentários:Comentários:
• Festa dos Tabernáculos ou FestaFesta dos Tabernáculos ou Festa
das Cabanas ou, ainda, Festa dasdas Cabanas ou, ainda, Festa das
Colheitas visto que coincide com aColheitas visto que coincide com a
estação das colheitas em Israel,estação das colheitas em Israel,
no começo do Outono. É uma dasno começo do Outono. É uma das
três maiores festas, conhecidastrês maiores festas, conhecidas
comocomo Shalosh RegalimShalosh Regalim, onde o, onde o
povo depovo de IsraelIsrael peregrinava para operegrinava para o
Templo de JerusalémTemplo de Jerusalém..
• O Sucot relembra os 40 anos deO Sucot relembra os 40 anos de
êxodoêxodo dos judeus nodos judeus no desertodeserto apósapós
a sua saída doa sua saída do EgitoEgito. Nesse. Nesse
período o povo judeu não tinhaperíodo o povo judeu não tinha
terra própria, eramterra própria, eram nômadesnômades ee
vivam em pequenas tendas ouvivam em pequenas tendas ou
cabanas frágeis e temporáriascabanas frágeis e temporárias..

9. • Por isso, para não fazer máPor isso, para não fazer má
figura, procurou o doutor dafigura, procurou o doutor da
lei uma saída mais honrosa,lei uma saída mais honrosa,
queria “ justificar-se”, diz oqueria “ justificar-se”, diz o
evangelista, queria mostrarevangelista, queria mostrar
que não perguntara semque não perguntara sem
razão.razão.
• Propôs, portanto, umaPropôs, portanto, uma
questão que lhe parecia bemquestão que lhe parecia bem
mais complica, dizendo commais complica, dizendo com
ares de entendido:ares de entendido:
• - Mestre, quem é o meu- Mestre, quem é o meu
próximo?próximo?

10. Comentários:Comentários:
• Ensinavam os rabinos da época que o nosso próximo eramEnsinavam os rabinos da época que o nosso próximo eram
os inimigos, as pessoas da família e da parentela; osos inimigos, as pessoas da família e da parentela; os
homens, sobretudo oshomens, sobretudo os gentiosgentios (De acordo com a(De acordo com a
linguagem do Novo Testamento, ao termo ‘gentio’ selinguagem do Novo Testamento, ao termo ‘gentio’ se
contrapõe ‘judeu’. Ou seja, tudo que não era judeu nacontrapõe ‘judeu’. Ou seja, tudo que não era judeu na
época de Jesus e nos tempos apostólicos era consideradoépoca de Jesus e nos tempos apostólicos era considerado
gentio. Parece que já naquele tempo havia algo degentio. Parece que já naquele tempo havia algo de
pejorativo nessa palavra, visto que a sua definição,pejorativo nessa palavra, visto que a sua definição,
segundo os dicionários, é:segundo os dicionários, é: pagão, idólatrapagão, idólatra. Além disso,. Além disso,
em virtude do rito da circuncisão entre os judeus, os demaisem virtude do rito da circuncisão entre os judeus, os demais
povos eram chamados de ‘incircuncisos’, numa evidentepovos eram chamados de ‘incircuncisos’, numa evidente
atitude de menosprezo)atitude de menosprezo) estavam excluídos. Mas nãoestavam excluídos. Mas não
concordavam entre si sobre o alcance da palavra “próximo”;concordavam entre si sobre o alcance da palavra “próximo”;
pois o parentesco tem muitos graus, e a palavra “amigo” épois o parentesco tem muitos graus, e a palavra “amigo” é
elástica.elástica.

11. Um homem que descia de Jerusalém a Jericó
caiu nas mãos de ladrões, que o despojaram,
cobriram-no de feridas e deixaram-no meio
morto.
Comentário:
• Achava-se se Jesus nos arredores da cidade. OAchava-se se Jesus nos arredores da cidade. O
caminho que daí levava a Jerusalém era “mal-caminho que daí levava a Jerusalém era “mal-
assombrado”, não por fantasmas do outro mundo, masassombrado”, não por fantasmas do outro mundo, mas
de malfeitores deste mundo. Aquelas profundasde malfeitores deste mundo. Aquelas profundas
quebradas, aquelas gargantas sinistras, aquelasquebradas, aquelas gargantas sinistras, aquelas
cavernas escuras e aqueles desfiladeiros por entrecavernas escuras e aqueles desfiladeiros por entre
penhascos, formavam umpenhascos, formavam um valhacoutovalhacouto (Lugar seguro;(Lugar seguro;
refúgio, abrigo; esconderijo (us. em mau sentido):refúgio, abrigo; esconderijo (us. em mau sentido):
valhacouto de marginais) favorito dos salteadores evalhacouto de marginais) favorito dos salteadores e
bandoleiros da Palestina; não passava ano sem quebandoleiros da Palestina; não passava ano sem que
um ou outro viandante incauto caísse vítima dessasum ou outro viandante incauto caísse vítima dessas
emboscadas.emboscadas.
• Prevaleceu-se o Mestre dessas circunstâncias paraPrevaleceu-se o Mestre dessas circunstâncias para
ilustrar uma das suas doutrinas.ilustrar uma das suas doutrinas.

12. Comentário:
E eis que de repente um sacerdote passava
pelo mesmo caminho e que, tendo-o notado,
passou bem longe. Um levita, que também
vinha pelo mesmo lugar, vendo-o, também
passou longe. Mas um samaritano que viajava,
passando pelo lugar onde estava esse homem,
e tendo-o visto, ficou tomado por compaixão.
Aproximou-se então dele, passou azeite e vinho
em suas feridas, e as enfaixou; e, pondo-o
sobre seu cavalo, levou-o a uma estalagem e
tomou conta dele. No dia seguinte, tirou duas
moedas, que deu ao hospedeiro, e lhe disse:
Cuidai bem deste homem, e tudo o que
gastardes a mais, eu vos restituirei em minha

14. Qual destes três vos parece ter sido o próximo daquele que
caiu nas mãos dos ladrões? O doutor Lhe respondeu: Aquele
que usou de misericórdia para com ele. Ide, pois, lhe disse
Jesus, e fazei o mesmo. (Lucas, 10:25 a 37)
Comentário:
• A Parábola do Bom Samaritano é uma famosa parábola do
Novo Testamento que aparece unicamente no Evangelho de
Lucas (10:25-37).
• O ponto de vista majoritário indica que esta parábola foi
contada por Jesus a fim de ilustrar que a compaixão deveria ser
aplicada a todas as pessoas, e que o cumprimento do espírito
da Lei é tão importante quanto o cumprimento da letra da Lei.
• Jesus coloca a definição de próximo num contexto mais
amplo, além daquilo que as pessoas geralmente consideravam
como tal.

16. Comentários sobre Sarcedote, Levita eComentários sobre Sarcedote, Levita e
Samaritano:Samaritano:
• O Sacerdote e o LevitaO Sacerdote e o Levita (padre da tribo de Levi)(padre da tribo de Levi)
eram religiosos.eram religiosos.
• O SamaritanoO Samaritano estiveram, quase sempre, emestiveram, quase sempre, em
guerra com os reis de Judá; uma aversãoguerra com os reis de Judá; uma aversão
profunda, datando da separação, perpetuou-seprofunda, datando da separação, perpetuou-se
entre os dois povos, que afastavam todas asentre os dois povos, que afastavam todas as
relações recíprocas.relações recíprocas.
• Os Samaritanos, para tornar a cisão mais profundaOs Samaritanos, para tornar a cisão mais profunda
e não ter que ir a Jerusalém na celebração dase não ter que ir a Jerusalém na celebração das
festas religiosas, construíram um templo particular,festas religiosas, construíram um templo particular,
e adotaram certas reformase adotaram certas reformas..

17. Comentários sobre Sarcedote, Levita eComentários sobre Sarcedote, Levita e
Samaritano:Samaritano:
• Eles não admitiam senão o PentateucoEles não admitiam senão o Pentateuco
contendo a lei de Moiséscontendo a lei de Moisés , rejeitando todos os, rejeitando todos os
livros que lhe foram anexados depois. Seus livroslivros que lhe foram anexados depois. Seus livros
sagrados eram escritos em caracteres hebreus dasagrados eram escritos em caracteres hebreus da
mais alta antigüidade.mais alta antigüidade.
• Aos olhos dos Judeus ortodoxos, eles eramAos olhos dos Judeus ortodoxos, eles eram
heréticos, e, por isso mesmo, desprezados,heréticos, e, por isso mesmo, desprezados,
anatematizados e perseguidosanatematizados e perseguidos ..
• O antagonismo das duas nações tinha, pois, porO antagonismo das duas nações tinha, pois, por
único princípio a divergência das opiniõesúnico princípio a divergência das opiniões
religiosas, embora suas crenças tivessem areligiosas, embora suas crenças tivessem a
mesma origem;mesma origem; eram oseram os ProtestantesProtestantes daqueladaquela
épocaépoca". (Kardec, 1984, p. 18)". (Kardec, 1984, p. 18)

19. Comentário finalComentário final
• Judeu que era, não se animava a dizer amavelmente: “oJudeu que era, não se animava a dizer amavelmente: “o
samaritano”; reconhecer a palma ao inimigo, ao “herege” dasamaritano”; reconhecer a palma ao inimigo, ao “herege” da
Samaria, isso nunca.Samaria, isso nunca.
• Achou mais prudente e menos doloroso ladear a questão,Achou mais prudente e menos doloroso ladear a questão,
recorrendo a forma indireta: “aquele que lhe fezrecorrendo a forma indireta: “aquele que lhe fez
misericórdia”.misericórdia”.
• E, de súbito, qual punhalada no coração, tem de ouvir dosE, de súbito, qual punhalada no coração, tem de ouvir dos
lábios do Nazareno esta intimação peremptória:lábios do Nazareno esta intimação peremptória:
• -- Vai e faze tu o mesmo!Vai e faze tu o mesmo!
• - Horrível... Tomar por modelo o samaritano, o herege, o- Horrível... Tomar por modelo o samaritano, o herege, o
inimigo nacional; e não o sacerdote, nem o levita deinimigo nacional; e não o sacerdote, nem o levita de
Israel!...Israel!...
• O doutor conhecia a lei, mas a conhecia na letra, não naO doutor conhecia a lei, mas a conhecia na letra, não na
prática.prática.
• O doutor da lei retirou-se, mais douto do viera – e menosO doutor da lei retirou-se, mais douto do viera – e menos
orgulhoso... Sabia também de que modo se manifestava aorgulhoso... Sabia também de que modo se manifestava a
verdadeira e genuína caridade.verdadeira e genuína caridade.

21. CaridadeCaridade
• Nessa passagem, podemos apreciar o exercícioNessa passagem, podemos apreciar o exercício
dada caridade despretensiosa, incondicionalcaridade despretensiosa, incondicional ,,
em seu sentido amplo, sem limitações.em seu sentido amplo, sem limitações.
• O samaritano, considerado herege e apóstataO samaritano, considerado herege e apóstata
pelos judeus ortodoxos, foi o paradigma tomadopelos judeus ortodoxos, foi o paradigma tomado
pelo Mestre para nos ensejar tão profundopelo Mestre para nos ensejar tão profundo
ensinamento.ensinamento.
• E Jesus figurava os samaritanos como sendoE Jesus figurava os samaritanos como sendo
aqueles que melhormente haviam assimilado osaqueles que melhormente haviam assimilado os
seus ensinos, concretizando em atos tudo aquiloseus ensinos, concretizando em atos tudo aquilo
que aprendiam através das palavras.que aprendiam através das palavras.

22. CaridadeCaridade
• Além de nos ensinar o feito generoso doAlém de nos ensinar o feito generoso do
samaritano da parábola, o Mestre também ossamaritano da parábola, o Mestre também os
tomou como paradigmas em outrastomou como paradigmas em outras
circunstâncias, para ilustração reportemo-circunstâncias, para ilustração reportemo-
nos ao majestoso ensino sobre a Mulhernos ao majestoso ensino sobre a Mulher
Samaritana (João, 4:5-30) e o da cura deSamaritana (João, 4:5-30) e o da cura de
dez leprosos, dentre os quais apenas umdez leprosos, dentre os quais apenas um
que era samaritano lembrou-se de voltarque era samaritano lembrou-se de voltar
para render graças a Deus pela cura obtidapara render graças a Deus pela cura obtida
(Lucas, 17:11-19).(Lucas, 17:11-19).
• O grande mérito da parábola consiste emO grande mérito da parábola consiste em
fazer evidenciar aos nossos olhos que, ofazer evidenciar aos nossos olhos que, o
indivíduo que se intitula religioso e se julgaindivíduo que se intitula religioso e se julga
virtuoso aos olhos de Deus, nem sempre é ovirtuoso aos olhos de Deus, nem sempre é o
verdadeiro expoente de virtudes que julgaverdadeiro expoente de virtudes que julga
possuir. Ensina aos outros como fazerpossuir. Ensina aos outros como fazer
caridade, mas ele nem de longe quercaridade, mas ele nem de longe quer

23. • Allan KardecAllan Kardec ,, emem O Evangelho Segundo oO Evangelho Segundo o
EspiritismoEspiritismo, diz que no quadro desta parábola é, diz que no quadro desta parábola é
preciso separar a figura da alegoria. A homens quepreciso separar a figura da alegoria. A homens que
estavam ainda na infância da espiritualidade, Jesusestavam ainda na infância da espiritualidade, Jesus
precisou utilizar-se de imagens materiais,precisou utilizar-se de imagens materiais,
surpreendentes e capazes de impressionar. Mas aosurpreendentes e capazes de impressionar. Mas ao
lado dessa parte acessória e figurada do quadro, hálado dessa parte acessória e figurada do quadro, há
uma idéia dominante: a da felicidade que espera ouma idéia dominante: a da felicidade que espera o
justo e da infelicidade reservada ao mau. Jesus nãojusto e da infelicidade reservada ao mau. Jesus não
fala das convenções externas da religião;fala das convenções externas da religião;
simplesmente quer exaltar a caridade, o único meio desimplesmente quer exaltar a caridade, o único meio de
salvação da alma.salvação da alma.
• É por esta razão que Jesus coloca o Samaritano,É por esta razão que Jesus coloca o Samaritano,
considerado herético, acima do ortodoxo que falta comconsiderado herético, acima do ortodoxo que falta com
a caridade.a caridade.

24. CONCLUSÃOCONCLUSÃO
• Vemos, por esta simples parábola, aVemos, por esta simples parábola, a
grande dificuldade de colocarmos emgrande dificuldade de colocarmos em
prática a verdadeira caridade. A maioriaprática a verdadeira caridade. A maioria
de nós ainda é católico, espírita oude nós ainda é católico, espírita ou
protestante de fachada. Esquecemo-nosprotestante de fachada. Esquecemo-nos
de que a salvação da alma não dependede que a salvação da alma não depende
da religião que professamos, mas sim, e,da religião que professamos, mas sim, e,
unicamente, da caridade que prestarmosunicamente, da caridade que prestarmos
ao nosso próximo.ao nosso próximo.
• E para Jesus, o que importa, o que vale, oE para Jesus, o que importa, o que vale, o
que pesa, não são os "credos" nem osque pesa, não são os "credos" nem os
"formalismos litúrgicos", mas os "bons"formalismos litúrgicos", mas os "bons
sentimentos", porque são eles quesentimentos", porque são eles que
modelam idéias e dinamizam ações,modelam idéias e dinamizam ações,

26. Frases para ReflexãoFrases para Reflexão
• ““Fora da caridade não há salvação.”Fora da caridade não há salvação.”
(E.S.E - Allan Kardec)(E.S.E - Allan Kardec)
• "Caridade ensinada melhora os ouvidos."Caridade ensinada melhora os ouvidos.
Caridade praticada aprimora osCaridade praticada aprimora os
corações." (Emmanuelcorações." (Emmanuel , psicografado por, psicografado por
Chico Xavier)Chico Xavier)
• ““A verdadeira lei do progresso moral é aA verdadeira lei do progresso moral é a
caridade.” (Camilo Castelo Branco)caridade.” (Camilo Castelo Branco)
• ““A caridade é o único tesouro que seA caridade é o único tesouro que se
aumenta ao dividi-lo.” (Cesare Cantú)aumenta ao dividi-lo.” (Cesare Cantú)
• ““A caridade é a virtude predileta deA caridade é a virtude predileta de
Deus.” (Coelho Neto)Deus.” (Coelho Neto)
• "A caridade cobre com um véu os"A caridade cobre com um véu os
defeitos dos homens." (René Descartes)defeitos dos homens." (René Descartes)

27. Frases para ReflexãoFrases para Reflexão
• "Na caridade não há excessos." (Francis"Na caridade não há excessos." (Francis
Bacon)Bacon)
• "Aquele que tem caridade no coração tem"Aquele que tem caridade no coração tem
sempre qualquer coisa para dar." (Santosempre qualquer coisa para dar." (Santo
Agostinho)Agostinho)
• "Não olvides que caridade é o coração no"Não olvides que caridade é o coração no
teu gesto." (Meimei)teu gesto." (Meimei)
• "A obra da caridade tudo transforma em"A obra da caridade tudo transforma em
favor do bem." (Emmanuel, psicografadofavor do bem." (Emmanuel, psicografado
por Chico Xavier)por Chico Xavier)
• "Aprendemos e ensinamos caridade em"Aprendemos e ensinamos caridade em
todos os temas da necessidade humana.todos os temas da necessidade humana.
Façamos dela o pão espiritual da vida."Façamos dela o pão espiritual da vida."
(Emmanuel, psicografado por Chico Xavier)(Emmanuel, psicografado por Chico Xavier)
• "A caridade é a beleza da alma." (Frei Luis"A caridade é a beleza da alma." (Frei Luis
de Léon)de Léon)

28. F I MF I M