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AMEOPO MAERio Janeiro - Bra$il - FE(r)VEREIRO ’ 17
46
o
a torre da Central do Brasil,
o Pão de Açúcar
os prédios que se elevam do mar.
Não é exatamente amor,
bem menos identificação absoluta.
O Rio de Janeiro me é um caminho,
um mover-se entre coisas,
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Do alto da ponte das coisas,
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inclinam-se as águas a mim;
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João Pedro Campos
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Mikael Viegas
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André Garcia
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Você tem cara daqueles
pensadores melancólicos
que se trancam em seus quartos
e escrevem poemas
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- disse-me uma mulher
Acenei com a cabeça,
esperei ela ir embora
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Segunda é quase terça
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Quarta é quase quinta
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Sábado é quase domingo
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Tristeza é quase sempre
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QUASE NUNCA
Mell Calado
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Mariana Belize
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Rômulo Ferreira
Edição e Coordenação: Selo Editorial Outras Dimensões
Exemplares na pRAÇA: 1ooo exemplares. PIRATEIE!.
tem grana sobrando: Financie novas edições e outros trabalhos
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AMEOPO MA
E
AMEOPO MA
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AMEOPO MA
E
Capa: Bárbara Sotério , "Toque Recíproco - grav. metal"
Moço dos olhos castanhos da boca carnuda
percorre meu corpo
me deixa desnuda
Teu toque teu beijo
me faz delirar
entre as pernas meu gozo te faz desejar
Então enlouqueço e
saio de mim
me entrego à você em uma noite sem fim
te aperto e te trago pra dentro de mim
Meu corpo teu corpo
suados então se entregam
por horas à essa paixão
Um poema para Carlos Tão acostumada a ser mar
Ao ver margens de rio só consegui ser
correnteza
Que transborda a cada limite
Desmanchando o limitar em incerteza
Tão pouco acostumada a fluir
Capotei em trombas D'água
Destruí toda a mata
E o viver a me rodear chorei e vi alagar
Tão presente em construir portos
Criei icebergs insossos
Que bem vejo para além da superfície
Mas não posso com a alma tocar
Sendo só e observando o todo
Me transformo em água
Sem ser mar, rio, gelo ou nada
Me faço lago
Sinto
Existo
Evaporo
Chovo
Rego
Molho
E tão nada mais me sinto
Que me possibilito em ser mar
Desaguar
Maria Mitsuko
facebook.com/maria.mitsuko
Júlia Vita
versoando.wordpress.com
sem referências
não quero referências
quero o verso simples
mas já fizeram
quero o rebuscado
e já nasceu
onde mato esses malditos?
como termino a canção?
mulheres que reclamam
cheiram à calcinha suja
na cidade dos homens
sem línguas que lambam
só as sinapses são felizes
‘ não sei, tudo está travado,
cravado na pele deste calor
que vibra e tem endereço
rumo certo... Estamos cegos e
não enxergamos o palmo a
frente; Só pode ser
isso. Vai ver, é o calor...
que cala nossa agonia
e esquenta nosso
rabo... É verão pra
lá, carnaval pra
cá... E o que
teremos de saldo
desta festa estranha
que sem perceber
entramos e depois
de duas cervejas
não mais
ousamos sair?
Que dia foi este
que ví tudo ser planejado
na minha cara e calado fui
procurar meu lugar na sombra do futuro? O
que queremos? O que queremos? Queremos?
É tudo tão confuso algumas vezes que nem sei o
que escrever neste editorial meia bosta...
Nesta edição: Mell Calado, Mariana Belize, Maria Mitsuko, Júlia Vita,
André Garcia, Mikael Viegas, João Pedro Campos, Marginalfotographia
SELO EDITORIAL
outrasdimensoes@gmail.com
fb.comeditoraoutrasdimensoes
21 - 9 - 6822-3446

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Rio de Janeiro descrito em poema

  • 1. AMEOPO MAERio Janeiro - Bra$il - FE(r)VEREIRO ’ 17 46 o a torre da Central do Brasil, o Pão de Açúcar os prédios que se elevam do mar. Não é exatamente amor, bem menos identificação absoluta. O Rio de Janeiro me é um caminho, um mover-se entre coisas, um eixo, trem-bala de minha vida. Do alto da ponte das coisas, de cima do topo do mundo, inclinam-se as águas a mim; azul cingido de azul, as cores trêmulas do meu velejar. É abril de um outro ano! É abril e eu vejo! vejo o Sol que nos deixa de queimar, vento forte que do Sul traz ventania arejando e limpando as cinzas de um verão incendiário. Eu fui longe buscar a brisa fresca, para abençoar os cariocas com um frio que vem de lá. É no alto que eu vivo, é pra baixo que eu olho. Ao nível do mar eu despenco. Não sem antes re-tornar. João Pedro Campos facebook.com/joaopedro.campos.994 no papel pardo do meu circular Mikael Viegas facebook.com/mikael.viegas André Garcia facebook.com/andre138 ilustra: facebook.com/marginalfotographia Você tem cara daqueles pensadores melancólicos que se trancam em seus quartos e escrevem poemas maravilhosos e secretos. - disse-me uma mulher Acenei com a cabeça, esperei ela ir embora e escrevi um poema. Segunda é quase terça Terça é quase quarta Quarta é quase quinta Quinta é quase sexta Sexta é quase sábado Sábado é quase domingo Domingo é quase segunda Tristeza é quase sempre Felicidade quase nunca QUASE NUNCA
  • 2. Mell Calado facebook.com/melissa.calado Mariana Belize facebook.com/palavrabelize Rômulo Ferreira Edição e Coordenação: Selo Editorial Outras Dimensões Exemplares na pRAÇA: 1ooo exemplares. PIRATEIE!. tem grana sobrando: Financie novas edições e outros trabalhos depositando qualquer valor em: Banco do Brasil (Rômulo Ferreira) Agência 0473-1 conta poup. 16197-7 (var. 51) PARTICIPE, ENVIE SEU MATERIAL... participe do grupo no ‘‘faceroubatempo’’ $ BY ND = NC cc _ outrasdimensoes@gmail.com www.facebook.com/ameopoema AMEOPO MA E AMEOPO MA E AMEOPO MA E Capa: Bárbara Sotério , "Toque Recíproco - grav. metal" Moço dos olhos castanhos da boca carnuda percorre meu corpo me deixa desnuda Teu toque teu beijo me faz delirar entre as pernas meu gozo te faz desejar Então enlouqueço e saio de mim me entrego à você em uma noite sem fim te aperto e te trago pra dentro de mim Meu corpo teu corpo suados então se entregam por horas à essa paixão Um poema para Carlos Tão acostumada a ser mar Ao ver margens de rio só consegui ser correnteza Que transborda a cada limite Desmanchando o limitar em incerteza Tão pouco acostumada a fluir Capotei em trombas D'água Destruí toda a mata E o viver a me rodear chorei e vi alagar Tão presente em construir portos Criei icebergs insossos Que bem vejo para além da superfície Mas não posso com a alma tocar Sendo só e observando o todo Me transformo em água Sem ser mar, rio, gelo ou nada Me faço lago Sinto Existo Evaporo Chovo Rego Molho E tão nada mais me sinto Que me possibilito em ser mar Desaguar Maria Mitsuko facebook.com/maria.mitsuko Júlia Vita versoando.wordpress.com sem referências não quero referências quero o verso simples mas já fizeram quero o rebuscado e já nasceu onde mato esses malditos? como termino a canção? mulheres que reclamam cheiram à calcinha suja na cidade dos homens sem línguas que lambam só as sinapses são felizes ‘ não sei, tudo está travado, cravado na pele deste calor que vibra e tem endereço rumo certo... Estamos cegos e não enxergamos o palmo a frente; Só pode ser isso. Vai ver, é o calor... que cala nossa agonia e esquenta nosso rabo... É verão pra lá, carnaval pra cá... E o que teremos de saldo desta festa estranha que sem perceber entramos e depois de duas cervejas não mais ousamos sair? Que dia foi este que ví tudo ser planejado na minha cara e calado fui procurar meu lugar na sombra do futuro? O que queremos? O que queremos? Queremos? É tudo tão confuso algumas vezes que nem sei o que escrever neste editorial meia bosta... Nesta edição: Mell Calado, Mariana Belize, Maria Mitsuko, Júlia Vita, André Garcia, Mikael Viegas, João Pedro Campos, Marginalfotographia SELO EDITORIAL outrasdimensoes@gmail.com fb.comeditoraoutrasdimensoes 21 - 9 - 6822-3446