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[1]
PIBIDIANOS DA UTFPR MEDIANTE A EDUCAÇÃO INCLUSIVA COM
NEURODIVERGENTES, DEFICIÊNTES FÍSICOS E AUDITIVOS NAS ESCOLAS
PÚBLICAS DE PONTA GROSSA NO PARANÁ
Dalize Cubis Oliveira 1
Ezequiel Sperandio Machado2
Giuliane Stauski Florencio 3
Leonardo Souza Santos 4
Lia Maris Orth Ritter Antiqueira 5
RESUMO
A proposta deste artigo é, através de pesquisas quantitativas e de experiências adquiridas por
alunos de graduação do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas da Universidade
Tecnológica Federal do Paraná, que fazem parte do Programa Institucional de Iniciação à
Docência (PIBID), expor a importância da inclusão do modelo de Educação Inclusiva para
alunos e professores portadores de deficiência (PcD’s) nas escolas de ensino público e a
defasagem na educação que a falta dessa abordagem de ensino e preparo do ambiente escolar
causa nesses nos mesmos.
Palavras-chave: Educação Inclusiva, escola, acessibilidade, ensino público.
ABSTRACT
The purpose of this article is, through quantitative research and experiences acquired by
graduation students of the Degree in Biological Sciences from the Federal Technological
University of Paraná who are part of the Institutional Program for Teaching Initiation (PIBID),
to expose the importance of including the model of Inclusive Education for students and
teachers that are disabled ( PwD’s) in public schools and the gap in education that the lack of
this teaching approach and preparations of the school environment causes in these.
Keywords: Inclusive Education, school, accessibility, public school.
INTRODUÇÃO
Não é novidade que nos últimos anos, o ensino público brasileiro teve suas verbas
reduzidas e seu apoio muitas vezes negado. Com isso, traz-se a reflexão sobre como as escolas
que já não possuem uma infraestrutura básica adequada, conseguem adaptar-se para atenderem
as necessidades específicas dos alunos com deficiência (PcD’s), já que em Ponta Grossa não é
tão diferente dos outros locais do país.
1
Licenciatura em Ciências Biológicas, UTFPR, dalize.@alunos.edu.br
2
Licenciatura em Ciências Biológicas, UTFPR, ezequielsperandio.@alunos.utfpr.edu.br
3
Licenciatura em Ciências Biológicas, UTFPR, giulianestauski.@alunos.utfpr.edu.br
4
Departamento Acadêmico de Ensino, DAENS, leonardosantos.2019@alunos.utfpr.edu.br
5
Departamento Acadêmico de Ensino, DAENS, liaantiqueira@utfpr.edu.br
[2]
Em decorrência da falta de recursos iminente e partindo do pressuposto de que as escolas
precisam trabalhar com o mínimo, muitas problemáticas perante a falta de acessibilidade
aparecem. Logo, os professores entram em cena e precisam exercitar bastante sua criatividade
em sala de aula, para aprender a pensar um pouco fora da caixa normativa da sociedade. Cada
sala apresenta um ecossistema completamente diferente, a pluriculturalidade entre os alunos é
bem diversa e aumenta mais ainda quando se tem alunos Pcd’s, uma vez que precisam adequar-
se às atividades que geralmente são padronizadas pelo sistema de ensino tradicional. É quando
essas dificuldades aparecem, que a educação inclusiva assume destaque.
Tendo isso em vista, o trabalho busca trazer a visão dos pibidianos da Universidade
Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Campus Ponta Grossa diante de situações onde a
educação inclusiva precisou ser colocada em prática e até mesmo onde precisaria ser melhor
utilizada, nas instituições públicas de ensino, incluindo suas vivências com deficientes físicos,
auditivos e alunos neurodivergentes.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
1. Papel do pibidiano na escola e o objetivo do PIBID
O Programa Institucional de Iniciação à Docência (PIBID) aparece como forma de
inserir ainda na graduação, os alunos de licenciatura no mundo educacional. O projeto que faz
parceria entre as universidades públicas e as escolas estaduais públicas, tem o objetivo de
simular uma real experiência do cotidiano de um professor, por meio de bolsas de estudo.
A partir do momento que o graduando é selecionado para receber sua bolsa, terá
orientação de um professor de sua universidade e também de um docente da escola que irá
atuar. Em sequência, fica responsável em auxiliar durante as aulas com pequenas tarefas, que
podem sim, vir a evoluir para atividades maiores durante a permanência no programa, chegando
até a lecionar miniaulas e formular materiais didáticos para os educandos.
Tudo isso, é uma forma da Academia contribuir para a sociedade. Ela externaliza o
conhecimento científico que está sendo produzido em seu interior, o colocando em prática nas
comunidades, fato que ajuda na divulgação dos cursos e melhora a qualidade da didática desses
futuros professores, já que terão uma bagagem bem mais concreta para assumir sua profissão
efetivamente.
É por estar diretamente inserido na sala de aula, que faz com que seja possível o
pibidiano identificar várias questões que acontecem cotidianamente nas escolas públicas. Em
[3]
consequência dessas observações, nota-se claramente a necessidade da educação inclusiva
dentro do âmbito escolar, principalmente ao se trabalhar com alunos deficientes e
neurodivergentes.
1.2.Conceituando a educação inclusiva
Em virtude da problematização em relação a inclusão de alunos com deficiência, faz-se
de extrema importância a adesão da educação inclusiva nas escolas regulares, conforme consta
no decreto nº 7.611, a educação traz:
[...]“Garantia de um sistema educacional inclusivo em todos os níveis, sem
discriminação e com base na igualdade de oportunidades; aprendizado ao longo de toda
a vida; não exclusão do sistema educacional geral sob alegação de deficiência; garantia
de ensino fundamental gratuito e compulsório, asseguradas adaptações razoáveis de
acordo com as necessidades individuais; oferta de apoio necessário, no âmbito do
sistema educacional geral, com vistas a facilitar sua efetiva educação; adoção de
medidas de apoio individualizadas e efetivas, em ambientes que maximizem o
desenvolvimento acadêmico e social, de acordo com a meta de inclusão plena[..]”
(BRASÍLIA, 17 DE NOVEMBRO DE 2011, DECRETO Nº 7.611)
A educação inclusiva tem como princípio que, como vivemos em uma sociedade que
inerentemente é formada pela diversidade de indivíduos, todos têm a capacidade de
aprendizagem e devem ter direito ao acesso à educação, independentemente de serem ou não
portadores de deficiência. Tal modelo educacional visa a mudança na prática vigente de
educação, para que seja garantido o acesso e a aprendizagem de todos. O ensino deve ser
personalizado, visando que cada indivíduo tenha suas especificidades na forma de
aprendizagem atendidas por um ensino flexível e abrangente. Segundo a resolução presente nas
Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica (Resolução CNE/CEB nº
2/2001), art. 2º, determina-se que:
[...]"Os sistemas de ensino devem matricular todos os alunos, cabendo
às escolas organizarem-se para o atendimento aos educandos com necessidades
educacionais especiais, assegurando as condições necessárias para uma
educação de qualidade para todos" (BRASIL, 2001, p.1).
Destacando-se que, a inclusão social diz respeito a todos como uma sociedade,
possibilitando que haja uma mudança ideológica e a sensibilização às pessoas com deficiência,
para o combate ao preconceito, que é enraizado há tanto tempo na concepção geral.
1.3.O que é ser uma pessoa com deficiência?
[4]
Para poder entender as problemáticas envoltas da educação inclusiva, aparece a
Indigência de compreender o que é uma pessoa deficiente. Quanto a isso, a Convenção
Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, define que:
[...]“Pessoas com deficiência são aquelas que têm impedimentos de longo
prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em
interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e
efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas”. (Art.
1º DA CONVENÇÃO SOBRE OS DIREITOS DAS PESSOAS COM
DEFICIÊNCIA, 2006).
A partir desse ponto, reflete-se que uma pessoa com deficiência vai bem além dos
termos somente técnicos. Constantemente se vê a generalização dos indivíduos que estão
inseridos nesse espectro, muitos sofrem preconceito e são marginalizados pela sociedade. Cabe
à escola demonstrar apoio e incentivar a independência desses alunos, oferecendo um espaço
onde possam ser incluídos no sistema de aprendizagem.
1.4.O Transtorno do Espectro Autista (TEA) e seu contato com a sala de aula
O Transtorno de Espectro Autista (TEA) tem como característica a dificuldade nas
habilidades sociocomunicativas, comportamentos e interesses repetitivos ou restritos. É uma
condição que reflete alterações no neurodesenvolvimento de uma pessoa. Cada autista expõe
seus comportamentos de maneiras diferentes, bem como os sintomas variam de leve a grave
(SANTOS, 2011; FIGUEIREDO et al., (2018).
Schmidt et al., (2016), revelam que há um crescimento nos casos diagnosticados de autismo.
No Brasil, cerca de 2 milhões de pessoas sofrem com o diagnóstico de TEA, correspondendo a
aproximadamente 3% da população total do país (IBGE, 2022).
O TEA teve origem nos primeiros anos de vida, mas sua trajetória inicial não foi
uniforme. Os sintomas aparecem em algumas crianças logo após o nascimento. A maioria dos
diagnósticos de TEA ocorre entre as idades de 4 e 5 anos. Dado que a intervenção precoce está
associada a ganhos significativos na função cognitiva e adaptativa em crianças, alguns
pesquisadores acreditam que a intervenção precoce e intensiva tem o potencial de prevenir a
manifestação completa porque coincide com um período de desenvolvimento cerebral (SILVA
et al., 2020).
Na década de 90 houve grandes transformações na política educacional Brasileira, nessa
época começou o movimento da inclusão escolar que resultou em novas perspectivas no campo
da educação especial (GARCIA; MICHELS, 2011). No que se refere à educação inclusiva,
[5]
destaca que é preciso tomar medidas que garantam a igualdade de acesso à educação às pessoas
com todo e qualquer tipo de deficiência, como parte integrante do sistema educativo.
No ano de 1994 a Declaração de Salamanca vem para mudar o cenário da educação
mundial, sua elaboração ocorreu na cidade de Salamanca na Espanha. Segundo Santos e Teles,
(2012), esse documento foi criado para apontar aos países a necessidade de políticas públicas e
educacionais que venham a atender todas as pessoas de modo igualitário. Essa declaração ainda
enfatiza a real necessidade da inclusão educacional das pessoas que apresentam quaisquer
necessidades educacionais “especiais”.
Dessa maneira, em 1994, a Declaração de Salamanca, um documento elaborado na
Conferência Mundial sobre Educação Especial, passa a influenciar a formulação das políticas
públicas de educação inclusiva. De acordo com a declaração, o princípio fundamental dessa
escola é o de que todas as crianças aprendam juntas, sempre que possível, independentemente
de quaisquer dificuldades ou diferenças que elas possam ter. Inclusive, a declaração destaca
que a escola e o projeto político pedagógico devem adequar-se às necessidades dos alunos.
Além da escola e comunidade estarem envolvidas para que aconteça a aprendizagem das
crianças da melhor forma possível é importante também que a escola disponha de ambientes e
condições adequadas (BATTISTI; HECK, 2015).
Em decorrência dos motivos que foram mencionados anteriormente, os alunos que se
enquadram dentro do TEA, carecem de atenção singular para executar as atividades propostas
em sala de aula, visto que muitas vezes elas se tornam desconfortáveis para o autista, seja pelo
caos que uma turma superlotada gera ou pelo descaso recorrente no ensino público.
É muito comum observar dois lados, o discente que não consegue acompanhar o
professor devido suas limitações e em contrapartida, o docente sobrecarregado, que fica
impossibilitado de dar a atenção devida e necessária ao seu aluno. Correndo contra o tempo
para vencer o conteúdo, a maioria dos professores tendem a fazer algumas escolhas difíceis,
pois precisam reivindicar certas tarefas em decorrência do tempo que é extremamente limitado.
O sistema tradicional de ensino definitivamente não é o mais indicado e funcional para os
neurodivergentes, assim como não se encontra preparado para trabalhar com outros transtornos
e deficiências.
1.5.Deficientes físicos, auditivos e o desafio da acessibilidade nas escolas públicas
[6]
Antes de discorrer sobre quais os percalços que os alunos com deficiência, tanto auditiva
quanto motora passam no cotidiano escolar, se faz necessário conceituar o que são exatamente
essas deficiências.
A deficiência física ou motora, define-se como a redução da mobilidade física em
pessoas, que pode ser ocasionada por complicações de causas variadas, como é o caso de má
formação durante o parto, lesões neuromusculares/neurológicas e também outros fatores
adquiridos ao longo da vida (AMPUDIA, 2016, p. 1). Em decorrência disso, pessoas com
mobilidade reduzida ou até mesmo nula, precisam de estruturas específicas compatíveis com
suas dificuldades, para que não tenham prejuízos ao aprender.
Já em relação à deficiência auditiva, de acordo com a Secretaria de Justiça e Cidadania
do Paraná, ela se refere a pessoas que tiveram perda parcial ou total da audição. É acometida
por lesões em estruturas que compõem o aparelho auditivo, mas assim como a deficiência física,
provém de questões genéticas e causas externas. Por esse motivo, os deficientes auditivos
demandam adaptações em sala, para que sejam incluídos no plano escolar.
Ao considerar que educação inclusiva é a qual garante a qualidade de ensino educacional
a todos os alunos, respeitando a individualidade e diversidade de cada um, sem discriminações,
percebe-se quão necessário é desenvolver novas técnicas para que a sala de aula seja um local
acolhedor e edificante para os frequentadores. Sabendo disso, um ponto importante e que em
alguns estados já é lei, como é o caso de Santa Catarina, seria a presença de um segundo
professor, o qual teria o papel de auxiliar os alunos que apresentam laudos médicos, atestando
determinados transtornos e deficiências.
Alguns outros pontos gerais a se relatar, englobam bastante situações que acontecem
cotidianamente no ensino público. Acarretado principalmente pela falta de acessibilidade
dentro das instituições, nota-se que existe uma grande carência em ambientes escolares que
tenham de fato estrutura para comportar alunos com deficiência, já que em maioria, não há o
mínimo de planejamento para que ocorra a inclusão desses alunos.
São inúmeras instalações que não apresentam portas com tamanho suficiente para que
cadeirantes possam adentrar nas salas de aula, prédios que incluem mais de um andar sem que
haja elevador ou no mínimo rampas de acesso e tampouco, profissionais disponíveis para
auxiliar na sinalização de libras durante as aulas para os surdos, por exemplo.
Houveram situações relatadas por professores da Rede Estadual de Ensino de Ponta
Grossa, que devido à falta de infraestrutura adaptada, alguns alunos cadeirantes infelizmente
[7]
ficaram sem aulas práticas no laboratório de biologia. Devido ao colégio não conter elevadores
nem rampas, apenas escadarias, tais atividades laboratoriais precisaram ser modificadas e
mesmo com os educadores se esforçando para buscar alternativas para esse obstáculo, as
habilidades propostas e exercidas, não serão tão igualmente satisfatórias quanto se existisse um
laboratório adequado ou que fosse pelo menos no piso térreo.
Ao mesmo tempo, dispuseram de ocasiões onde a educação inclusiva foi executada de
maneira congruente e construtiva. No caso dos deficientes auditivos, verificou-se uma melhora
na qualidade do ensino, educandos em maioria dispõe-se de segundos professores que os
auxiliam na sinalização de libras durante as aulas e atividades propostas são desenvolvidas de
modo que compreendam o conteúdo sem defasagens. Assim como também se observa que há
a preocupação dos docentes em procurar mídias digitais que tragam legendas e/ou tradutores
de libras.
1.6.Professores pcd’s e o cotidiano escolar
Anteriormente, o tema da acessibilidade foi explicitado no aspecto dos discentes para
com a educação inclusiva, entretanto, também é válido ressaltar qual é a visão dos professores
com deficiência e o ensino regular. Destarte, tanto educadores como educandos sofrem com a
falta de adaptações em sala.
Embora haja um sistema de ensino que possa ser mais inclusivo, existem fatores básicos
do dia-a-dia que fazem muita diferença, já que para pessoas sem deficiência, tais fatos nunca
chegariam a ser algo impeditivo em sua rotina. Às vezes, esses elementos passam até mesmo
despercebidos, por serem coisas consideradas banais, como é o caso de poder utilizar o quadro
de giz ou de caneta para passar o conteúdo. Para educadores cadeirantes, uma tarefa que
teoricamente seria simples, torna-se um obstáculo, pois não há uma forma de se alcançar o
quadro com totalidade. Atualmente com o avanço tecnológico, ao menos essa prática pode ser
substituída pelo “Educatron” (uma smart tv 43” com pedestal regulado, fornecida pelo Estado)
ou o uso de slides com o retroprojetor.
Ademais, outras questões que atrapalham a vida de um professor cadeirante, há o
empecilho para acessar todos os locais existentes nos prédios das escolas. Isso se dá ao fato de
que além de nem todas as portas terem tamanho suficiente para as cadeiras de rodas adentrarem
aos recintos, como anteriormente já foi mencionado na visão dos alunos, muitos desses espaços
possuem seu chão composto por elementos que geram impasses nos trajetos. São muitos
[8]
degraus desnecessários pelo caminho e o excesso de escadas impossibilita que o educador
consiga dar aulas para todas as turmas disponíveis naquela instituição.
METODOLOGIA
O artigo constitui-se de uma metodologia qualitativa produzida através de um estudo de
revisão bibliográfica acerca da educação inclusiva e a acessibilidade para com alunos
neurodivergentes, surdos, cadeirantes e também professores com deficiência.
Desenvolveu-se o conteúdo aqui apresentado por meio de variados artigos científicos
online, livros educativos/técnicos e sites informativos. Com esse compilado de informações,
realizou-se a filtragem dos tópicos que seriam abordados e seguidamente foram associados com
as experiências vividas durante o Programa PIBID.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Partindo da premissa que, todos têm o direito à educação de qualidade, ou pelo menos
deveriam ter, muitos ainda são excluídos dessa esfera. É válido ressaltar que o processo de
inclusão é um verdadeiro desafio na educação, não é simples e requer a contribuição, bem como
o envolvimento da sociedade em geral (RODRIGUES et al., 2021).
Um outro ponto importante para promoção da inclusão notado, é a capacitação dos
profissionais, que por sua vez devem ter a formação adequada para conseguirem pôr em prática
as metodologias de ensino, assim conseguindo obter sucesso na aprendizagem dos alunos
envolvidos. Desse modo, uma reflexão extremamente válida é a de que:
[...]“Para que a escola possa promover a inclusão é necessário que os
profissionais que nela atuam tenham uma formação especializada, que lhes
permita conhecer as características e as possibilidades de atuação destas
crianças. Tal conhecimento deveria ser efetivado no processo de formação
desses profissionais, sobretudo dos professores que atuam no ensino
fundamental. (SILVA; BROTHERHOOD, 2009).
De acordo com Figueiredo et al., (2018), a inclusão na escola não se dá de forma efetiva
e sim fragilizada, resultado da falta de formação continuada do professor de como lidar com as
dificuldades enfrentadas, inadequação física da escola, falta de recursos materiais e de práticas
pedagógicas certeiras para que haja a devida interação e socialização dos alunos, sejam eles
com algum tipo de deficiência e transtorno ou não. A inclusão escolar implementada nas
escolas, ainda está longe de ser a ideal.
[9]
De acordo com Suplino (2009), "para que o acesso seja garantido, torna-se necessário
assegurar a ”permanência com qualidade". Dessa forma, é fundamental focar nos pontos fortes
de cada aluno; o educador deve incutir confiança e segurança para que ele aprenda
efetivamente. Lopes e Pavelacki (2005), ressaltam que além das técnicas que devesse utilizar
em sala, a rotina diária é muito importante na educação do aluno com qualquer tipo de
deficiência ou transtorno, a qual não deve ser alterada, pois qualquer mudança pode refletir no
comportamento da criança.
A educação inclusiva no modelo atual é um desafio aos professores, pois obriga-os a
repensar sua maneira de ensinar, sua cultura, sua política e suas estratégias pedagógicas,
adotando uma postura receptiva diante da singularidade que irá encontrar, a fim de detectar
potencialidades e expor habilidades de acordo com a demanda de cada aluno (ROCHA, 2017).
Por isso, a presença de alunos do PIBID nas escolas pode ser uma boa alternativa para levar
novos estudos do campo da educação para a sala de aula, incluindo metodologias ativas mais
recentes e consequentemente mais inclusivas.
Segundo Bueno (2001), uma educação de qualidade para crianças com necessidades
educacionais especiais na educação inclusiva, envolve pelo menos dois tipos de formação
profissional do professor: professores "especialistas " nas diversas necessidades desses
indivíduos e professores " generalistas " no regular conhecimento da sala de aula e aplicação
de diversas populações estudantis.
A inclusão nada mais é que um processo de inovação que exige um esforço de
reestruturação e atualização de algumas escolas, fazendo com que essas escolas busquem uma
reorganização escolar, ampliando seu projeto político-pedagógico, incorporando novas práticas
aos currículos e realizem adaptações físicas necessárias para acolher os alunos demonstraram
que são necessárias intervenções na adaptação de currículo, rotinas, processo formativas de
professores e disposição da equipe para que a inclusão se efetive. Portanto, compreendemos
que é necessário ressignificar a escola, seus funcionários, professores, alunos e a família nesse
processo educativo e entender que esses alunos têm direitos assegurados por lei, que ainda
precisam ser colocados na real prática do chão da escola (ROCHA, 2017).
[10]
CONCLUSÕES
Como descrito em toda a obra, a educação inclusiva e as pautas de acessibilidade mesmo
depois de anos, continuam sendo um grande desafio para os deficientes dentro das instituições
públicas de ensino. Aqui foram descritas algumas experiências observadas pelos alunos do
PIBID, que acabam por comprovar vários dos empecilhos enfrentados no cotidiano.
Conclui-se que as dificuldades enfrentadas no ensino público não podem ultrapassar os
esforços oriundos de anos para que todos tenham direito ao ensino. Por isso, ainda há muito
caminho pela frente para que a educação especial tenha manutenção e atendimento pleno no
Brasil, a qual se pode mudar com algumas manobras, como reparos na base curricular, na
formação de professores, com atenção familiar e atendimento médico aliadas nessa luta de
resistência para que a educação de fato seja para todos na prática e não só na teoria. De fato, as
escolas brasileiras vêm sofrendo, grandes dificuldades como a falta de recursos e despreparo
dos professores.
É de suma importância, pautas inclusivas que há muito tempo lutam para que o ensino
não seja mais um espaço de exclusão, vinculadas a políticas públicas eficazes para analisar, as
estruturações das escolas e o papel do docente, assim podendo trazer melhorias na sua prática
pedagógica quanto a metodologias específicas para lidar com pessoas autistas e com
deficiências múltiplas. Ainda se ressalta que a escola contribui para o desenvolvimento do
aluno, no processo profissional e social, e essa inclusão significativa e prevista por lei.
REFERÊNCIAS
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<https://dspace.doctum.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1637/1/samira%201%20%281%29.
docx>. Acesso em: 05 fev. 2023.
AMPUDIA, R. O que é deficiência física? Disponível em: <https://nova
escola.org.br/conteúdo/269/o-que-e-deficiência-física>. Acesso em: 10 fev. 2023
BATTISTI, A. V.; HECK, G. M. P. O. A inclusão escolar de crianças com autismo na educação
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práticas pedagógicas. 2018. 24 f. Trabalho de Conclusão de Curso. Faculdade Doctum de
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FIGUEIREDO, J. P; COSTA, J. P; DIAS, S.L. Autismo e inclusão escolar, um olhar para as
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[12]
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D3588_28092020215417.pdf>
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%20Curriculo%20Funcional%20Natural.pdf. Acesso em: 10 fev. 2023.

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Educação inclusiva para PCDs na escola pública

  • 1. [1] PIBIDIANOS DA UTFPR MEDIANTE A EDUCAÇÃO INCLUSIVA COM NEURODIVERGENTES, DEFICIÊNTES FÍSICOS E AUDITIVOS NAS ESCOLAS PÚBLICAS DE PONTA GROSSA NO PARANÁ Dalize Cubis Oliveira 1 Ezequiel Sperandio Machado2 Giuliane Stauski Florencio 3 Leonardo Souza Santos 4 Lia Maris Orth Ritter Antiqueira 5 RESUMO A proposta deste artigo é, através de pesquisas quantitativas e de experiências adquiridas por alunos de graduação do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, que fazem parte do Programa Institucional de Iniciação à Docência (PIBID), expor a importância da inclusão do modelo de Educação Inclusiva para alunos e professores portadores de deficiência (PcD’s) nas escolas de ensino público e a defasagem na educação que a falta dessa abordagem de ensino e preparo do ambiente escolar causa nesses nos mesmos. Palavras-chave: Educação Inclusiva, escola, acessibilidade, ensino público. ABSTRACT The purpose of this article is, through quantitative research and experiences acquired by graduation students of the Degree in Biological Sciences from the Federal Technological University of Paraná who are part of the Institutional Program for Teaching Initiation (PIBID), to expose the importance of including the model of Inclusive Education for students and teachers that are disabled ( PwD’s) in public schools and the gap in education that the lack of this teaching approach and preparations of the school environment causes in these. Keywords: Inclusive Education, school, accessibility, public school. INTRODUÇÃO Não é novidade que nos últimos anos, o ensino público brasileiro teve suas verbas reduzidas e seu apoio muitas vezes negado. Com isso, traz-se a reflexão sobre como as escolas que já não possuem uma infraestrutura básica adequada, conseguem adaptar-se para atenderem as necessidades específicas dos alunos com deficiência (PcD’s), já que em Ponta Grossa não é tão diferente dos outros locais do país. 1 Licenciatura em Ciências Biológicas, UTFPR, dalize.@alunos.edu.br 2 Licenciatura em Ciências Biológicas, UTFPR, ezequielsperandio.@alunos.utfpr.edu.br 3 Licenciatura em Ciências Biológicas, UTFPR, giulianestauski.@alunos.utfpr.edu.br 4 Departamento Acadêmico de Ensino, DAENS, leonardosantos.2019@alunos.utfpr.edu.br 5 Departamento Acadêmico de Ensino, DAENS, liaantiqueira@utfpr.edu.br
  • 2. [2] Em decorrência da falta de recursos iminente e partindo do pressuposto de que as escolas precisam trabalhar com o mínimo, muitas problemáticas perante a falta de acessibilidade aparecem. Logo, os professores entram em cena e precisam exercitar bastante sua criatividade em sala de aula, para aprender a pensar um pouco fora da caixa normativa da sociedade. Cada sala apresenta um ecossistema completamente diferente, a pluriculturalidade entre os alunos é bem diversa e aumenta mais ainda quando se tem alunos Pcd’s, uma vez que precisam adequar- se às atividades que geralmente são padronizadas pelo sistema de ensino tradicional. É quando essas dificuldades aparecem, que a educação inclusiva assume destaque. Tendo isso em vista, o trabalho busca trazer a visão dos pibidianos da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Campus Ponta Grossa diante de situações onde a educação inclusiva precisou ser colocada em prática e até mesmo onde precisaria ser melhor utilizada, nas instituições públicas de ensino, incluindo suas vivências com deficientes físicos, auditivos e alunos neurodivergentes. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 1. Papel do pibidiano na escola e o objetivo do PIBID O Programa Institucional de Iniciação à Docência (PIBID) aparece como forma de inserir ainda na graduação, os alunos de licenciatura no mundo educacional. O projeto que faz parceria entre as universidades públicas e as escolas estaduais públicas, tem o objetivo de simular uma real experiência do cotidiano de um professor, por meio de bolsas de estudo. A partir do momento que o graduando é selecionado para receber sua bolsa, terá orientação de um professor de sua universidade e também de um docente da escola que irá atuar. Em sequência, fica responsável em auxiliar durante as aulas com pequenas tarefas, que podem sim, vir a evoluir para atividades maiores durante a permanência no programa, chegando até a lecionar miniaulas e formular materiais didáticos para os educandos. Tudo isso, é uma forma da Academia contribuir para a sociedade. Ela externaliza o conhecimento científico que está sendo produzido em seu interior, o colocando em prática nas comunidades, fato que ajuda na divulgação dos cursos e melhora a qualidade da didática desses futuros professores, já que terão uma bagagem bem mais concreta para assumir sua profissão efetivamente. É por estar diretamente inserido na sala de aula, que faz com que seja possível o pibidiano identificar várias questões que acontecem cotidianamente nas escolas públicas. Em
  • 3. [3] consequência dessas observações, nota-se claramente a necessidade da educação inclusiva dentro do âmbito escolar, principalmente ao se trabalhar com alunos deficientes e neurodivergentes. 1.2.Conceituando a educação inclusiva Em virtude da problematização em relação a inclusão de alunos com deficiência, faz-se de extrema importância a adesão da educação inclusiva nas escolas regulares, conforme consta no decreto nº 7.611, a educação traz: [...]“Garantia de um sistema educacional inclusivo em todos os níveis, sem discriminação e com base na igualdade de oportunidades; aprendizado ao longo de toda a vida; não exclusão do sistema educacional geral sob alegação de deficiência; garantia de ensino fundamental gratuito e compulsório, asseguradas adaptações razoáveis de acordo com as necessidades individuais; oferta de apoio necessário, no âmbito do sistema educacional geral, com vistas a facilitar sua efetiva educação; adoção de medidas de apoio individualizadas e efetivas, em ambientes que maximizem o desenvolvimento acadêmico e social, de acordo com a meta de inclusão plena[..]” (BRASÍLIA, 17 DE NOVEMBRO DE 2011, DECRETO Nº 7.611) A educação inclusiva tem como princípio que, como vivemos em uma sociedade que inerentemente é formada pela diversidade de indivíduos, todos têm a capacidade de aprendizagem e devem ter direito ao acesso à educação, independentemente de serem ou não portadores de deficiência. Tal modelo educacional visa a mudança na prática vigente de educação, para que seja garantido o acesso e a aprendizagem de todos. O ensino deve ser personalizado, visando que cada indivíduo tenha suas especificidades na forma de aprendizagem atendidas por um ensino flexível e abrangente. Segundo a resolução presente nas Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica (Resolução CNE/CEB nº 2/2001), art. 2º, determina-se que: [...]"Os sistemas de ensino devem matricular todos os alunos, cabendo às escolas organizarem-se para o atendimento aos educandos com necessidades educacionais especiais, assegurando as condições necessárias para uma educação de qualidade para todos" (BRASIL, 2001, p.1). Destacando-se que, a inclusão social diz respeito a todos como uma sociedade, possibilitando que haja uma mudança ideológica e a sensibilização às pessoas com deficiência, para o combate ao preconceito, que é enraizado há tanto tempo na concepção geral. 1.3.O que é ser uma pessoa com deficiência?
  • 4. [4] Para poder entender as problemáticas envoltas da educação inclusiva, aparece a Indigência de compreender o que é uma pessoa deficiente. Quanto a isso, a Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, define que: [...]“Pessoas com deficiência são aquelas que têm impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas”. (Art. 1º DA CONVENÇÃO SOBRE OS DIREITOS DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA, 2006). A partir desse ponto, reflete-se que uma pessoa com deficiência vai bem além dos termos somente técnicos. Constantemente se vê a generalização dos indivíduos que estão inseridos nesse espectro, muitos sofrem preconceito e são marginalizados pela sociedade. Cabe à escola demonstrar apoio e incentivar a independência desses alunos, oferecendo um espaço onde possam ser incluídos no sistema de aprendizagem. 1.4.O Transtorno do Espectro Autista (TEA) e seu contato com a sala de aula O Transtorno de Espectro Autista (TEA) tem como característica a dificuldade nas habilidades sociocomunicativas, comportamentos e interesses repetitivos ou restritos. É uma condição que reflete alterações no neurodesenvolvimento de uma pessoa. Cada autista expõe seus comportamentos de maneiras diferentes, bem como os sintomas variam de leve a grave (SANTOS, 2011; FIGUEIREDO et al., (2018). Schmidt et al., (2016), revelam que há um crescimento nos casos diagnosticados de autismo. No Brasil, cerca de 2 milhões de pessoas sofrem com o diagnóstico de TEA, correspondendo a aproximadamente 3% da população total do país (IBGE, 2022). O TEA teve origem nos primeiros anos de vida, mas sua trajetória inicial não foi uniforme. Os sintomas aparecem em algumas crianças logo após o nascimento. A maioria dos diagnósticos de TEA ocorre entre as idades de 4 e 5 anos. Dado que a intervenção precoce está associada a ganhos significativos na função cognitiva e adaptativa em crianças, alguns pesquisadores acreditam que a intervenção precoce e intensiva tem o potencial de prevenir a manifestação completa porque coincide com um período de desenvolvimento cerebral (SILVA et al., 2020). Na década de 90 houve grandes transformações na política educacional Brasileira, nessa época começou o movimento da inclusão escolar que resultou em novas perspectivas no campo da educação especial (GARCIA; MICHELS, 2011). No que se refere à educação inclusiva,
  • 5. [5] destaca que é preciso tomar medidas que garantam a igualdade de acesso à educação às pessoas com todo e qualquer tipo de deficiência, como parte integrante do sistema educativo. No ano de 1994 a Declaração de Salamanca vem para mudar o cenário da educação mundial, sua elaboração ocorreu na cidade de Salamanca na Espanha. Segundo Santos e Teles, (2012), esse documento foi criado para apontar aos países a necessidade de políticas públicas e educacionais que venham a atender todas as pessoas de modo igualitário. Essa declaração ainda enfatiza a real necessidade da inclusão educacional das pessoas que apresentam quaisquer necessidades educacionais “especiais”. Dessa maneira, em 1994, a Declaração de Salamanca, um documento elaborado na Conferência Mundial sobre Educação Especial, passa a influenciar a formulação das políticas públicas de educação inclusiva. De acordo com a declaração, o princípio fundamental dessa escola é o de que todas as crianças aprendam juntas, sempre que possível, independentemente de quaisquer dificuldades ou diferenças que elas possam ter. Inclusive, a declaração destaca que a escola e o projeto político pedagógico devem adequar-se às necessidades dos alunos. Além da escola e comunidade estarem envolvidas para que aconteça a aprendizagem das crianças da melhor forma possível é importante também que a escola disponha de ambientes e condições adequadas (BATTISTI; HECK, 2015). Em decorrência dos motivos que foram mencionados anteriormente, os alunos que se enquadram dentro do TEA, carecem de atenção singular para executar as atividades propostas em sala de aula, visto que muitas vezes elas se tornam desconfortáveis para o autista, seja pelo caos que uma turma superlotada gera ou pelo descaso recorrente no ensino público. É muito comum observar dois lados, o discente que não consegue acompanhar o professor devido suas limitações e em contrapartida, o docente sobrecarregado, que fica impossibilitado de dar a atenção devida e necessária ao seu aluno. Correndo contra o tempo para vencer o conteúdo, a maioria dos professores tendem a fazer algumas escolhas difíceis, pois precisam reivindicar certas tarefas em decorrência do tempo que é extremamente limitado. O sistema tradicional de ensino definitivamente não é o mais indicado e funcional para os neurodivergentes, assim como não se encontra preparado para trabalhar com outros transtornos e deficiências. 1.5.Deficientes físicos, auditivos e o desafio da acessibilidade nas escolas públicas
  • 6. [6] Antes de discorrer sobre quais os percalços que os alunos com deficiência, tanto auditiva quanto motora passam no cotidiano escolar, se faz necessário conceituar o que são exatamente essas deficiências. A deficiência física ou motora, define-se como a redução da mobilidade física em pessoas, que pode ser ocasionada por complicações de causas variadas, como é o caso de má formação durante o parto, lesões neuromusculares/neurológicas e também outros fatores adquiridos ao longo da vida (AMPUDIA, 2016, p. 1). Em decorrência disso, pessoas com mobilidade reduzida ou até mesmo nula, precisam de estruturas específicas compatíveis com suas dificuldades, para que não tenham prejuízos ao aprender. Já em relação à deficiência auditiva, de acordo com a Secretaria de Justiça e Cidadania do Paraná, ela se refere a pessoas que tiveram perda parcial ou total da audição. É acometida por lesões em estruturas que compõem o aparelho auditivo, mas assim como a deficiência física, provém de questões genéticas e causas externas. Por esse motivo, os deficientes auditivos demandam adaptações em sala, para que sejam incluídos no plano escolar. Ao considerar que educação inclusiva é a qual garante a qualidade de ensino educacional a todos os alunos, respeitando a individualidade e diversidade de cada um, sem discriminações, percebe-se quão necessário é desenvolver novas técnicas para que a sala de aula seja um local acolhedor e edificante para os frequentadores. Sabendo disso, um ponto importante e que em alguns estados já é lei, como é o caso de Santa Catarina, seria a presença de um segundo professor, o qual teria o papel de auxiliar os alunos que apresentam laudos médicos, atestando determinados transtornos e deficiências. Alguns outros pontos gerais a se relatar, englobam bastante situações que acontecem cotidianamente no ensino público. Acarretado principalmente pela falta de acessibilidade dentro das instituições, nota-se que existe uma grande carência em ambientes escolares que tenham de fato estrutura para comportar alunos com deficiência, já que em maioria, não há o mínimo de planejamento para que ocorra a inclusão desses alunos. São inúmeras instalações que não apresentam portas com tamanho suficiente para que cadeirantes possam adentrar nas salas de aula, prédios que incluem mais de um andar sem que haja elevador ou no mínimo rampas de acesso e tampouco, profissionais disponíveis para auxiliar na sinalização de libras durante as aulas para os surdos, por exemplo. Houveram situações relatadas por professores da Rede Estadual de Ensino de Ponta Grossa, que devido à falta de infraestrutura adaptada, alguns alunos cadeirantes infelizmente
  • 7. [7] ficaram sem aulas práticas no laboratório de biologia. Devido ao colégio não conter elevadores nem rampas, apenas escadarias, tais atividades laboratoriais precisaram ser modificadas e mesmo com os educadores se esforçando para buscar alternativas para esse obstáculo, as habilidades propostas e exercidas, não serão tão igualmente satisfatórias quanto se existisse um laboratório adequado ou que fosse pelo menos no piso térreo. Ao mesmo tempo, dispuseram de ocasiões onde a educação inclusiva foi executada de maneira congruente e construtiva. No caso dos deficientes auditivos, verificou-se uma melhora na qualidade do ensino, educandos em maioria dispõe-se de segundos professores que os auxiliam na sinalização de libras durante as aulas e atividades propostas são desenvolvidas de modo que compreendam o conteúdo sem defasagens. Assim como também se observa que há a preocupação dos docentes em procurar mídias digitais que tragam legendas e/ou tradutores de libras. 1.6.Professores pcd’s e o cotidiano escolar Anteriormente, o tema da acessibilidade foi explicitado no aspecto dos discentes para com a educação inclusiva, entretanto, também é válido ressaltar qual é a visão dos professores com deficiência e o ensino regular. Destarte, tanto educadores como educandos sofrem com a falta de adaptações em sala. Embora haja um sistema de ensino que possa ser mais inclusivo, existem fatores básicos do dia-a-dia que fazem muita diferença, já que para pessoas sem deficiência, tais fatos nunca chegariam a ser algo impeditivo em sua rotina. Às vezes, esses elementos passam até mesmo despercebidos, por serem coisas consideradas banais, como é o caso de poder utilizar o quadro de giz ou de caneta para passar o conteúdo. Para educadores cadeirantes, uma tarefa que teoricamente seria simples, torna-se um obstáculo, pois não há uma forma de se alcançar o quadro com totalidade. Atualmente com o avanço tecnológico, ao menos essa prática pode ser substituída pelo “Educatron” (uma smart tv 43” com pedestal regulado, fornecida pelo Estado) ou o uso de slides com o retroprojetor. Ademais, outras questões que atrapalham a vida de um professor cadeirante, há o empecilho para acessar todos os locais existentes nos prédios das escolas. Isso se dá ao fato de que além de nem todas as portas terem tamanho suficiente para as cadeiras de rodas adentrarem aos recintos, como anteriormente já foi mencionado na visão dos alunos, muitos desses espaços possuem seu chão composto por elementos que geram impasses nos trajetos. São muitos
  • 8. [8] degraus desnecessários pelo caminho e o excesso de escadas impossibilita que o educador consiga dar aulas para todas as turmas disponíveis naquela instituição. METODOLOGIA O artigo constitui-se de uma metodologia qualitativa produzida através de um estudo de revisão bibliográfica acerca da educação inclusiva e a acessibilidade para com alunos neurodivergentes, surdos, cadeirantes e também professores com deficiência. Desenvolveu-se o conteúdo aqui apresentado por meio de variados artigos científicos online, livros educativos/técnicos e sites informativos. Com esse compilado de informações, realizou-se a filtragem dos tópicos que seriam abordados e seguidamente foram associados com as experiências vividas durante o Programa PIBID. RESULTADOS E DISCUSSÕES Partindo da premissa que, todos têm o direito à educação de qualidade, ou pelo menos deveriam ter, muitos ainda são excluídos dessa esfera. É válido ressaltar que o processo de inclusão é um verdadeiro desafio na educação, não é simples e requer a contribuição, bem como o envolvimento da sociedade em geral (RODRIGUES et al., 2021). Um outro ponto importante para promoção da inclusão notado, é a capacitação dos profissionais, que por sua vez devem ter a formação adequada para conseguirem pôr em prática as metodologias de ensino, assim conseguindo obter sucesso na aprendizagem dos alunos envolvidos. Desse modo, uma reflexão extremamente válida é a de que: [...]“Para que a escola possa promover a inclusão é necessário que os profissionais que nela atuam tenham uma formação especializada, que lhes permita conhecer as características e as possibilidades de atuação destas crianças. Tal conhecimento deveria ser efetivado no processo de formação desses profissionais, sobretudo dos professores que atuam no ensino fundamental. (SILVA; BROTHERHOOD, 2009). De acordo com Figueiredo et al., (2018), a inclusão na escola não se dá de forma efetiva e sim fragilizada, resultado da falta de formação continuada do professor de como lidar com as dificuldades enfrentadas, inadequação física da escola, falta de recursos materiais e de práticas pedagógicas certeiras para que haja a devida interação e socialização dos alunos, sejam eles com algum tipo de deficiência e transtorno ou não. A inclusão escolar implementada nas escolas, ainda está longe de ser a ideal.
  • 9. [9] De acordo com Suplino (2009), "para que o acesso seja garantido, torna-se necessário assegurar a ”permanência com qualidade". Dessa forma, é fundamental focar nos pontos fortes de cada aluno; o educador deve incutir confiança e segurança para que ele aprenda efetivamente. Lopes e Pavelacki (2005), ressaltam que além das técnicas que devesse utilizar em sala, a rotina diária é muito importante na educação do aluno com qualquer tipo de deficiência ou transtorno, a qual não deve ser alterada, pois qualquer mudança pode refletir no comportamento da criança. A educação inclusiva no modelo atual é um desafio aos professores, pois obriga-os a repensar sua maneira de ensinar, sua cultura, sua política e suas estratégias pedagógicas, adotando uma postura receptiva diante da singularidade que irá encontrar, a fim de detectar potencialidades e expor habilidades de acordo com a demanda de cada aluno (ROCHA, 2017). Por isso, a presença de alunos do PIBID nas escolas pode ser uma boa alternativa para levar novos estudos do campo da educação para a sala de aula, incluindo metodologias ativas mais recentes e consequentemente mais inclusivas. Segundo Bueno (2001), uma educação de qualidade para crianças com necessidades educacionais especiais na educação inclusiva, envolve pelo menos dois tipos de formação profissional do professor: professores "especialistas " nas diversas necessidades desses indivíduos e professores " generalistas " no regular conhecimento da sala de aula e aplicação de diversas populações estudantis. A inclusão nada mais é que um processo de inovação que exige um esforço de reestruturação e atualização de algumas escolas, fazendo com que essas escolas busquem uma reorganização escolar, ampliando seu projeto político-pedagógico, incorporando novas práticas aos currículos e realizem adaptações físicas necessárias para acolher os alunos demonstraram que são necessárias intervenções na adaptação de currículo, rotinas, processo formativas de professores e disposição da equipe para que a inclusão se efetive. Portanto, compreendemos que é necessário ressignificar a escola, seus funcionários, professores, alunos e a família nesse processo educativo e entender que esses alunos têm direitos assegurados por lei, que ainda precisam ser colocados na real prática do chão da escola (ROCHA, 2017).
  • 10. [10] CONCLUSÕES Como descrito em toda a obra, a educação inclusiva e as pautas de acessibilidade mesmo depois de anos, continuam sendo um grande desafio para os deficientes dentro das instituições públicas de ensino. Aqui foram descritas algumas experiências observadas pelos alunos do PIBID, que acabam por comprovar vários dos empecilhos enfrentados no cotidiano. Conclui-se que as dificuldades enfrentadas no ensino público não podem ultrapassar os esforços oriundos de anos para que todos tenham direito ao ensino. Por isso, ainda há muito caminho pela frente para que a educação especial tenha manutenção e atendimento pleno no Brasil, a qual se pode mudar com algumas manobras, como reparos na base curricular, na formação de professores, com atenção familiar e atendimento médico aliadas nessa luta de resistência para que a educação de fato seja para todos na prática e não só na teoria. De fato, as escolas brasileiras vêm sofrendo, grandes dificuldades como a falta de recursos e despreparo dos professores. É de suma importância, pautas inclusivas que há muito tempo lutam para que o ensino não seja mais um espaço de exclusão, vinculadas a políticas públicas eficazes para analisar, as estruturações das escolas e o papel do docente, assim podendo trazer melhorias na sua prática pedagógica quanto a metodologias específicas para lidar com pessoas autistas e com deficiências múltiplas. Ainda se ressalta que a escola contribui para o desenvolvimento do aluno, no processo profissional e social, e essa inclusão significativa e prevista por lei. REFERÊNCIAS ALVES, S. Educação inclusiva: uma escola igualitária para deficientes físicos- Cadeirante. Disponível em: <https://dspace.doctum.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1637/1/samira%201%20%281%29. docx>. Acesso em: 05 fev. 2023. AMPUDIA, R. O que é deficiência física? Disponível em: <https://nova escola.org.br/conteúdo/269/o-que-e-deficiência-física>. Acesso em: 10 fev. 2023 BATTISTI, A. V.; HECK, G. M. P. O. A inclusão escolar de crianças com autismo na educação básica: teoria e prática. 2015. 47 f. Trabalho de conclusão de curso. Licenciatura em Pedagogia. Universidade Federal da Fronteira Sul. Chapecó, 2015. BUENO, J. G. S. A inclusão de alunos deficientes nas classes comuns do ensino regular. Temas sobre Desenvolvimento, v. 9, n. 54, p. 7-21, 2001. Disponível em: https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/educacao/a-inclusao-alunos-com-necessidades- especiais-no-ensino-regular.htm. Acesso em: 12 fev. 2023.
  • 11. [11] Deficiência Auditiva. Disponível em: <https://www.justica.pr.gov.br/Pagina/Deficiencia- Auditiva>. Acesso em: 10 fev. 2023 FIGUEIREDO, J. P.; COSTA, J. P.; LOPES, S. Autismo e inclusão escolar: um olhar para as práticas pedagógicas. 2018. 24 f. Trabalho de Conclusão de Curso. Faculdade Doctum de Pedagogia Licenciatura Plena em Pedagogia. Serra 2018. FIGUEIREDO, J. P; COSTA, J. P; DIAS, S.L. Autismo e inclusão escolar, um olhar para as práticas pedagógicas. 2018. 24p. Trabalho de Conclusão de Curso (graduação) -Faculdade Doctum de Pedagogia da Serra. GARCIA, R. M. C.; MICHELS, M. H. A política de educação especial no Brasil (1991-2011): uma análise da produção do GT15 – educação especial da ANPED. Rev. Bras. Ed. Esp., v. 17, p. 105-124, 2011. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rbee/v17nspe1/09.pdf>. Acesso em: 09 fev. 2023. IBGE – INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios: autismo, Brasil. 2022. Disponível em: https://folhabv.com.br/noticia/CIDADES/Capital/Censo-do-IBGE-levanta-dados-sobre- autismo-pela-1a-vez/89074 JESSÉ. PcD, PNE, afinal, que termo usar para Pessoas com Deficiência? Disponível em: <https://pcdmais.com.br/pcd-pne-afinal-que-termo-usar-para-pessoas-com-deficiencia/>. Acesso em: 10 fev. 2023. LOPES, D. C.; PAVELACKI, L. F.; Técnicas utilizadas na educação de autistas. 2005. Disponível em: http://www.educamoc.com.br/admin_blogs/assets/uploads/bfc70e185171153f359cc981d3305 867.PDF. Acesso em: 09 fev. 2023. PIBID - Apresentação. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/pibid>. Acesso em: 10 fev. 2023 Qual é a definição de pessoa com deficiência? Disponível em: <https://www.tjdft.jus.br/acessibilidade/publicacoes/sementes-da-inclusao/qual-e-a-definicao- de-pessoa-com-deficiencia>. Acesso em: 10 fev. 2023 ROCHA, A. B. de O. O papel do professor na educação inclusiva. Ensaios Pedagógicos. v.7, n.2, 2017. Disponível em: https://www.opet.com.br/faculdade/revista-pedagogia/pdf/n14/n14- artigo-1-O-PAPEL-DO-PROFESSOR-NA-EDUCACAO-INCLUSIVA.pdf> RODRIGUES, D. da S.; JESUS, E. F. de; SILVA, R. dos S.; Os desafios da inclusão escolar de crianças com autismo: da teoria a pratica. 2021. Disponível em: https://repositorio.animaeducacao.com.br/bitstream/ANIMA/17595/1/artigo%20Inclus%c3%a 3o%20Denise%2c%20Elisleide%2c%20Renataconcluido.pdf. SANTOS, A. R. dos; TELES, M. M. Declaração de Salamanca e Educação Inclusiva. In: 3º Simpósio Educação e Comunicação, set. 2012. p. 77-87. Disponível em: <http://geces.com.br/simposio/anais/anais-2012/Anais-077-087.pdf>. Acesso em: 09 fev. 2023.
  • 12. [12] SANTOS, M. S. dos. O papel da mediação da educadora no desenvolvimento da brincadeira de crianças com autismo na educação infantil: um estudo longitudinal. 2011. 186 f. Tese de Doutorado. Universidade Federal do Rio Grande do Sul Instituto de Psicologia Curso de Pós- Graduação em Psicologia do Desenvolvimento, 2011. Porto Alegre – RS, 2011. SCHMIDT, C.; NUNES, D. R. P.; PEREIRA, D. M.; OLIVEIRA, V. F.; NUERNBERG, A. H.; KUBASKI, C. Inclusão escolar e autismo: uma análise da percepção docente e práticas pedagógicas. Psicologia: teoria e prática, v.18, n. 1, p. 222-235. 2016. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S1516-36872016000100017. SILVA, M. do C. B. de L.; BROTHERHOOD, R. de M. Autismo e inclusão: da teoria à prática. In: V ECPP, Maringá, out. 2009. Disponível em: https://www.unicesumar.edu.br/epcc- 2009/wp-content/uploads/sites/77/2016/07/maria_carmo_bezerra_lima_silva.pdf. Acesso em: 10 fev. 2023. SILVA, M. dos M. F.; BARROS, R. P. da S.; LOPES, L. C. da S.; TELES, M. C. A inclusão de alunos com transtorno do espectro autista no ensino regular. 2020. Disponível em: https://editorarealize.com.br/editora/anais/conedu/2020/TRABALHO_EV140_MD1_SA10_I D3588_28092020215417.pdf> SOUZA, A. C. et. al. Educação Inclusiva: Entre o ideal e a realidade. REUNI, V 77-90, 2012. SUPLINO, M. Currículo funcional natural: guia prático para a educação na área de autismo e deficiência mental. Brasília: Secretaria Especial dos Direitos Humanos, Coordenadoria Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência. 2005. Disponível em: http://feapaesp.org.br/material_download/566_Livro%20Maryse%20Suplyno%20- %20Curriculo%20Funcional%20Natural.pdf. Acesso em: 10 fev. 2023.