Artigo_Bioterra_V23_N2_01

Revista Bioterra
Revista BioterraPeriódico Científico em Universidade Federal de Sergipe - UFS

REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 Volume 23 - Número 2 - 2º Semestre 2023

REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228
Volume 23 - Número 2 - 2º Semestre 2023
FLORA RUPÍCOLA DO PARQUE NACIONAL SERRA DE ITABAIANA, SERGIPE
Daniel Oliveira Reis1
; Diego de Andrade Mendonça2
; Juliano Ricardo Fabricante3
RESUMO
Apesar de sua importância, as plantas rupícolas são um grupo pouco estudado. Assim, o objetivo do
presente estudo foi de realizar um levantamento da vegetação rupícola do Parque Nacional Serra de
Itabaiana, Sergipe, Brasil. O levantamento foi realizado por busca ativa e todas as espécies rupícolas
foram coletadas, herborizadas e depositadas no herbário ASE, Universidade Federal de Sergipe, São
Cristóvão, SE. A identificação das espécies foi realizada mediantes consultas a literatura
especializada e a especialistas. Visando comparar a composição de espécies do local de estudo com
a de outros locais estudados no Brasil, foi realizada uma análise de similaridade de Jaccard. Foram
inventariadas 89 espécies, distribuídas em 64 gêneros e 40 famílias. As famílias mais abundantes
foram Orchidaceae com 16 espécies e Bromeliaceae com 13. Essas famílias também se mostraram
predominantes em outros trabalhos. Quanto a análise de similaridade, essa se mostrou baixa entre
todos os cruzamentos, evidenciando assim, que cada área apresenta um rol de espécie exclusivas.
Palavras-chave: Inventário florístico, Litófita, Unidade de Conservação.
RUPICOLOUS FLORA OF THE PARQUE NACIONAL SERRA DE ITABAIANA,
SERGIPE.
ABSTRACT
Despite their importance, rupicolous plants are a poorly studied group. Thus, the objective of this
study was to carry out a survey of rupicolous vegetation in the Parque Nacional Serra de Itabaiana,
Sergipe, Brazil. The survey was carried out by active search and all rupicolous species were collected,
herborized and deposited in the ASE herbarium, Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, SE.
Species identification was carried out by consulting the specialized literature and specialists. In order
to compare the species composition of the study site with that of other sites studied in Brazil, a Jaccard
similarity analysis was performed. 89 species were inventoried, distributed in 64 genera and 40
families. The most abundant families were Orchidaceae with 16 species and Bromeliaceae with 13.
These families were also shown to be predominant in other works. As for the similarity analysis, this
was shown to be low among all crosses, thus showing that each area has a unique species list.
Keywords: Floristic Inventory, Lithophytes, Conservation Unit.
01
INTRODUÇÃO
Plantas rupícolas ou rupestres são aquelas
que se estabelecem e vivem sobre rochas ou em
suas fendas (TÉLLEZ et al., 2007). Essa é uma
vegetação com alto grau de endemismo
(ESGARIO et al., 2008) e pouco estudada
(RIBEIRO, 2002), especialmente devido as
dificuldades de acesso aos locais, baixo interesse
econômico (RIBEIRO et al., 2007) e da
complexidade das paisagens, o que, segundo
Escudero (1996), dificulta a descrição das
comunidades em questão. São algumas dessas
características que permitem com que a
vegetação rupícola represente parte significativa
das áreas ainda preservadas de uma região
(RIBEIRO, 2002) embora essas sejam áreas
sensíveis a perturbação antrópica, como
incêndios e práticas agropecuárias (LÜTH, 1993;
LARSON et al., 2000).
O ambiente rupícola apresenta
características que podem reduzir a velocidade
de crescimento das espécies (BOOTH;
LARSON, 1999), como dificuldade de fixação,
baixa disponibilidade hídrica e nutricional, além
da alta exposição aos ventos e a irradiação solar,
sendo esses elementos que o distinguem das
áreas em seu entorno (LARSON et al., 2000).
Apesar de apresentarem essas condições
extremas, os ambientes rochosos são
considerados estruturalmente estáveis na escala
geológica (RIBEIRO, 2002). Além disso, esses
ambientes são responsáveis por iniciar o
processo de drenagem da água utilizada por
aproximadamente 25% da população brasileira
(SAFFORD, 1999).
As plantas rupícolas são citadas em
alguns trabalhos devido ao seu potencial
ornamental, econômico, paisagístico,
colonizador (SANTOS et al., 2018) e medicinal
(GRANDI, 2014). Essa vegetação ainda é
conhecida por apresentar variadas estratégias de
sobrevivência as características adversas do
ambiente rupícola, como folhas reduzidas e
pilosas, cutícula espessa, estômatos abaxiais,
metabolismo CAM e C4, alta produção de
carotenóides, antocianinas e clorofila A, tecido
especializado no armazenamento de água,
tolerância à dessecação, deciduidade, dormência,
e adoção de um ciclo anual ou pseudo-anual
(LÜTTGE, 1997).
No Brasil, a flora rupícola é tida como
bastante diferenciada e caracterizada por um
vasto número de espécies (BARTHLOTT et al.,
1993). Entretanto, essa flora foi estudada
essencialmente em inselbergs presentes na região
semiárida (FRANÇA et al., 1997; OLIVEIRA et
al., 2004; ARAÚJO et al., 2008; PORTO et al.,
2008; FABRICANTE et al., 2010; GOMES;
ALVES, 2010; TÖLKE et al., 2011;
GERMANO, 2013; PESSANHA et al., 2014;
SILVA; SALES-RODRIGUES et al., 2014)
enquanto que em regiões de clima úmido, o
número de trabalhos envolvendo essa vegetação
são ínfimos ou até mesmo inexistentes para
muitas ecorregiões. Essa carência de trabalho é
perceptível na área em que a pesquisa foi
realizada, o Parque Nacional Serra de Itabaiana
(PARNASI) localizado em uma região tropical
úmido (TENÓRIO et al., 2009) em Sergipe.
Apesar de sua baixa altitude em
comparação com os demais campos de altitudes
no Brasil, o PARNASI apresenta em algumas de
suas áreas vegetações típicas de campos
rupestres (ALVES et al., 2007; DANTAS;
RIBEIRO, 2010). Todavia, mesmo apresentando
um extenso arcabouço de estudos florísticos
realizados em sua área (BEZERRA et al., 2007;
BEZERRA et al., 2008; TENÓRIO et al., 2009;
BEZERRA et al., 2010; DANTAS et al., 2010;
MACIEL; ALVES, 2011; ARAÚJO et al., 2019;
TEODORO et al., 2019), nenhum desses teve
foco em sua vegetação rupícola. Assim, o
presente trabalho buscou responder as seguintes
questões: (i) Quais são as espécies rupícolas
presentes no Parque Nacional Serra de Itabaiana?
(ii) Qual a similaridade florística do local de
estudo com outras áreas estudadas no Brasil?
MATERIAL E MÉTODOS
O Parque Nacional Serra de Itabaiana
(PARNASI) está inserido nos munícipios de
Areia Branca Laranjeiras, Itaporanga d’Ajuda e
Campo do Brito, com latitudes e longitudes de
10°40’S e 37°25’O e altitude máxima de 670 m
(CARVALHO; VILAR, 2005) (Figura 1).
Criado em 15 de junho de 2005, possui 7.966
hectares e localiza-se no agreste sergipano em
uma zona de transição entre a Caatinga e a Mata
Atlântica (SOUZA; ENNES, 2016). O clima
regional é do tipo As’ (Tropical com verão seco
e moderado e inverno chuvoso) de acordo com a
classificação de Köeppen-Geiger. A precipitação
tem uma variação de 1.100 a 1.300mm por ano
(DANTAS; RIBEIRO, 2010), com uma
evapotranspiração de 800mm (VICENTE, 1997).
Figura 1. Mapa de localização do Parque Nacional Serra de Itabaiana, SE.
O relevo varia de suavemente ondulados
a ondulados (COSTA, 2014). Já os solos
predominantes são os Neossolos Litólicos
Distróficos, presente nas regiões de escarpa e
topo da serra e, nas áreas mais baixas, Neossolos
Quartzarênicos, profundos e lixiviados
(SANTOS et al., 2013).
Foram realizadas caminhadas (busca
ativa) pela Serra de Itabaiana (10 expedições com
duração de 5 h. cada), PARNASI e todas as
espécies rupícolas vasculares presentes em
cacimbas, fendas, fissuras, depressões e rochas
expostas, foram coletadas, herborizadas e
depositadas no herbário ASE, Universidade
Federal de Sergipe, São Cristóvão, SE.
Para comparar a similaridade florística da
área estudada com outras de regiões dentro e fora
do Nordeste foi utilizado o coeficiente de Jaccard
(Sj) (MÜLLER-DOMBOIS; ELLENBERG,
1974). O software utilizado para realização da
análise foi o MVSP 3.1© (KOVACH, 2005).
A identificação das espécies foi realizada
por meio de comparação com material existente
no citado herbário e por consulta a literatura
específica e a especialistas. As plantas foram
classificadas segundo o sistema APG IV e a
grafia do nome dos autores segundo a Flora e
Funga do Brasil (2023).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Foram inventariadas 88 espécies
distribuídas em 70 gêneros e 39 famílias. As
famílias mais abundantes foram Orchidaceae
com 16 (18,18%) espécies, Bromeliaceae com 13
(14,77%) e Poaceae com seis (6,82%). As
famílias Cyperaceae, Polipodiaceae e Rubiaceae
apresentaram quatro (13,64%) representantes
cada, seguidas pelas famílias Araceae e Fabaceae
com três (6,82%) espécies. Lentibulariaceae,
Melastomataceae, Piperaceae e Turneraceae
apresentaram duas espécies (9,09%) cada uma.
As demais famílias apresentaram uma única
espécie cada (31,83%) (Tabela 1).
Tabela 1. Lista de espécies rupícolas inventariadas no Parque Nacional Serra de Itabaiana, SE.
Táxons Voucher
Anemiaceae
Anemia oblongifolia (Cav.) Sw. ASE38739
Apocynaceae
Mandevilla tenuifolia (J.C.Mikan) Woodson ASE39097
Araceae
Dracontioides salvianii E.G.Gonç. *
Philodendron acutatum Schott ASE39107
Philodendron fragrantissimum (Hook.) G.Don ASE37021
Arecaceae
Allagoptera brevicalyx Moraes ASE38704
Aspleniaceae
Asplenium cristatum Lam. ASE39864
Bennetiaceae
Bonnetia stricta (Nees) Nees e Mart. ASE39678
Blechnaceae
Blechnum occidentale L. ASE39869
Bromeliaceae
Aechmea aquilega (Salisb.) Griseb. ASE37018
Aechmea lingulata (L) Baker ASE37664
Aechmea mertensii (G. Mey.) Schult. e Schult.f. ASE37017
Aechmea nudicaulis (L.) Griseb. ASE37662
Aechmea patentissima (Mart. ex Schult. e Schult.f.) Baker ASE38466
Guzmania lingulata (L.) Mez ASE37666
Hohenbergia catingae Ule ASE37014
Hohenbergia ramageana Mez ASE38705
Tillandsia gardneri Lindl ASE37019
Tillandsia pohliana Mez ASE39086
Tillandsia recurvata (L.) L. ASE39721
Tillandsia stricta Sol. ASE39087
Vriesea simplex (Vell.) Berr ASE39080
Cactaceae
Melocactus violaceus Pfeiff. ASE39084
Calophyllaceae
Kielmeyera rugosa Choisy ASE39102
Commelinaceae
Dichorisandra hexandra (Aubl.) C.B.Clarke *
Cyatheaceae
Cyathea phalerata Mart. ASE38477
Cyperaceae
Cyperus distans L. *
Lagenocarpus rigidus Nees ASE39673
Rhynchospora barbata (Vahl) Kunth ASE39729
Scleria cyperina Willd. ex Kunth ASE38712
Eriocaulaceae
Paepalanthus aleurophyllus Trovó ASE38447
Euphorbiaceae
Microstachys corniculata (Vahl) Griseb. *
Fabaceae
Chamaecrista cytisoides (DC. ex Collad.) H.S.Irwin e Barneby ASE39675
Clitoria laurifolia Poir. ASE37004
Etaballia dubia (Kunth) Rudd. ASE39674
Gentianaceae
Chelonanthus purpurascens (Aubl.) Struwe et al., ASE39227
Gleicheniaceae
Dicranopteris flexuosa (Schrad.) Underw. ASE38732
Hymenophyllaceae
Trichomanes pinnatum Hedw. *
Hypoxidaceae
Curculigo scorzonerifolia (Lam.) Baker ASE39877
Lentibulariaceae
Utricularia costata P. Taylor ASE41753
Utricularia flaccida A.DC. ASE38518
Lindsaeaceae
Lindsaea stricta (Sw.) Dryand. *
Lycopodiaceae
Palhinhaea cernua (L.) Franco e Vasc. ASE38697
Lygodiaceae
Lygodium venustum Sw. ASE37660
Lythraceae
Cuphea flava Spreng. *
Malpighiaceae
Byrsonima dealbata Griseb. ASE39106
Malvaceae
Waltheria cinerascens A.St.-Hil. *
Melastomataceae
Comolia sertularia (DC.) Triana ASE38714
Nepsera aquatica (Aubl.) Naudin *
Nephrolepidaceae
Nephrolepis biserrata (Sw.) Schott. ASE39742
Orchidaceae
Cyrtopodium flavum Link e Otto ex Rchb.f. *
Encyclia alboxanthina Fowlie ASE38710
Epidendrum carpophorum Barb.Rodr. ASE37665
Epidendrum cinnabarinum Salzm. ASE39740
Epidendrum orchidiflorum (Salzm.) Lindl. ASE39735
Epidendrum secundum Jacq. *
Epistephium lucidum Cogn. ASE38699
Habenaria obtusa Lindl. ASE39237
Habenaria trifida Kunth. *
Jacquiniella globosa (Jacq.) Schltr. ASE39078
Liparis vexillifera (La Llave e Lex.) Cogn. *
Polystachya concreta (Jacq.) Garay e Sweet ASE38471
Polystachya estrellensis Rchb.f. ASE37023
Scaphyglottis fusiformis (Griseb) R.E. Schultes *
Scaphyglottis prolifera (R.Br.) Cogn. *
Sobralia liliastrum Salzm. ex Lindl. ASE38696
Orobanchaceae
Esterhazya splendida J.C.Mikan ASE39682
Piperaceae
Peperomia obtusifolia (L.) A.Dietr. ASE38483
Piper arboreum Aubl. *
Poaceae
Andropogon selloanus (Hack.) Hack. ASE38713
Axonopus aureus P. Beauv. *
Echinolaena inflexa (Poir.) Chase ASE39099
Ichnanthus bambusiflorus (Trin.) Döll ASE37024
Paspalum pumilum Nees *
Setaria parviflora (Poir.) Kerguélen *
Polygalaceae
Polygala galioides Poir. *
Polypodiaceae
Campyloneurum nitidum (Kaulf.) C.Presl ASE39088
Pleopeltis astrolepis (Liebm.) E.Fourn. *
Pleopeltis macrocarpa (Bory ex Willd.) Kaulf. ASE39082
Serpocaulon triseriale (Sw.) A.R.Sm. ASE38479
Rubiaceae
Borreria capitata (Ruiz e Pav.) DC. *
Declieuxia aspalathoides Müll.Arg. ASE38446
Declieuxia fruticosa (Willd. ex Roem. e Schult.) Kuntze ASE39228
Staelia virgata (Link ex Roem. e Schult.) K. Schum. ASE39235
Scrophulariaceae
Ameroglossum pernambucense Eb. Fisch. et al., *
Turneraceae
Turnera coerulea DC ASE39229
Piriqueta guianensis N. E. Br. ASE39231
Urticaceae
Cecropia pachystachya Trécul *
Em estudo realizado por Falkenberg
(2003) nos Aparados da Serra Geral, Sul do
Brasil, foram listadas 642 espécies rupícolas
sendo que as famílias mais ricas foram
Asteraceae, Poaceae, Cyperaceae, Fabaceae,
Orchidaceae, Polypodiaceae, Rubiaceae,
Apiaceae e Bromeliaceae, Melastomataceae e
Solanaceae. Dentre as espécies listadas por
Falkenberg, Tillandsia stricta e Epidendrum
secundum, também foram encontradas no
presente estudo. Dois fatores podem explicar
essa diferença no número de espécies
inventariadas: (i) a diferença no tamanho das
áreas amostrais; (ii) diferenças na conservação
das áreas - o local avaliado por Falkenberg, por
ser de difícil acesso, não sofre com impactos
como aqueles proporcionado pelo turismo,
frequente no PARNASI (OLIVEIRA et al.,
2009).
Já no trabalho realizado por Esgario et al.,
(2009) no Alto Misterioso, Sudeste do Brasil,
foram listadas 170 espécies rupícolas, sendo que
as famílias Orchidaceae, Asteraceae,
Melastomataceae e Bromeliaceae apresentaram
uma maior riqueza. Além disso, nesse mesmo
trabalho é possível observar a ocorrência de
espécies pertencentes aos mesmos gêneros
listados neste trabalho, como o Mandevilla,
Philodendrum, Habenaria e Tillandsia. Da
mesma forma que no trabalho anterior, esse
apresentou uma área amostral maior, e esse fato
pode explicar a diferença no número de espécies,
mesmo sendo uma área que, assim como o
PARNASI, sofre com impactos antrópicos
negativos.
Nos trabalhos supracitados, as famílias
Orchidaceae e Bromeliaceae estão sempre
presentes e em geral entre aquelas com maior
riqueza. Esse fato se repetiu nesse trabalho onde
os representantes das famílias Orchidaceae e
Bromeliaceae corresponderam juntos a 32,95%
de todos os táxons amostrados. Esse resultado
pode ser explicado devido ao fato dessas espécies
possuírem traços adaptativos de epífitas, os quais
são de grande importância em ambientes
rupícolas (ESGARIO et al., 2009). Nos trópicos,
principalmente na América do Sul, é comum a
existência dessa forte afinidade entre a vegetação
rupícola e epífita (BARTHLOTT;
POREMBSKI, 2000), característica essa que foi
evidenciada no presente trabalho onde, das 27
das espécies amostradas, cerca de 30% do total,
foram encontradas por Araújo et al. (2019) como
epífitas.
Essas duas famílias supracitadas são
representadas por espécies consideradas
bioindicadoras de alterações no ambiente
(ZOTZ; ANDRADE, 2002). Além disso, são
fonte de alimento para insetos e aves (VAN-
DER-PIJL; DODSON, 1966; DIAS et al., 2014).
A família Bromeliaceae ainda possui
representantes que fornecem ambientes para
diversos grupos de animais devido as suas
estruturas vegetativas (DIAS et al., 2014).
O fato da família Poaceae ter
demonstrado um menor número de espécies
quando comparado a Orquidaceae e Bromeliacea
pode ser um reflexo do clima úmido no qual o
PARNASI está inserido. Como apresentado por
Araújo et al. (2008) em seu trabalho em Quixabá,
município do Ceará, a alta riqueza de Poaceae
aparenta estar relacionada com a presença de
afloramentos rochoso em climas mais secos,
sendo que em climas mais úmidos Orquidaceae e
Bromeliaceae apresentam maior diversidade.
Ainda sobre as famílias, cerca de 69% das
39 famílias encontradas apresentaram apenas um
representante. Esse fato demonstra a alta riqueza
de rupícolas presentes no PARNASI já que,
segundo Ratter et al. (2003), um número elevado
de famílias com apenas uma espécie é um padrão
indicativo alta riqueza. Valores relativamente
altos também foram encontrados em outros
trabalhos com foco na vegetação rupícola. França
et al. (1997), na região Nordeste, observaram que
37% das famílias seguiam esse padrão. De
maneira semelhante, no Sudeste, Meirelles
(1999), Caiafa (2002) e Porembski et al. (1998)
encontraram valores acima de 50% de famílias
com apenas um representante.
Cabe ressaltar que no presente trabalho
foram amostradas as seguintes espécies
ameaçadas de extinção: Allagoptera brevicalyx
Moraes., Guzmania lingulata (L.) Mez,
Melocactus violaceus Pfeiff., Staelia virgata
(Link ex Roem. e Schult.) K. Schum.
(CNCFLORA, 2023) e Ameroglossum
pernambucense Eb. Fisch. et al. (REIS et al.,
2019). Levando em consideração que os
ambientes rupícolas, devido as suas
características, representam um importante
refúgio contra certos impactos (SILVA, 2016), se
torna evidente a importância da existência dos
mesmos no PARNASI para proteção dessas
espécies.
Quanto à similaridade, essa se mostrou
baixa entre todos os cruzamentos (Figura 2),
evidenciando que cada área apresenta um rol de
espécie exclusivas. As espécies encontradas no
presente trabalho e que também foram
amostradas em outras áreas foram: Epidendrum
secundum Jacq, Mandevilla tenuifolia
(J.C.Mikan) Woodson, Tillandsia recurvata (L.)
L., Lagenocarpus rigidus Nees, Chelonanthus
purpurascens (Aubl.) Struwe et al.,
Dicranopteris flexuosa (Schrad.) Underw.,
Epistephium lucidum Cogn., Esterhazya
splendida J.C.Mikan.
Figura 1: Cluster produzido pela análise de similaridade de Jaccard. Sendo: I - área estudada; II -
Minas Gerais (CAIAFA, 2002); III - Paraiba (TÖLKE, 2011); IV - Bahia (GUIMARÃES, 2012); V
- Tocantins (ROLIM, 2013); VI - Espirito Santo (ESGARIO, 2009); VII – Ceará (PEREIRA et al.,
2018).
De modo geral, essa baixa similaridade
observada pode ser explicada pelas seguintes
questões: (i) diferença de tamanho entre as áreas
amostrais; (ii) alto endemismo desse grupo de
plantas; (iii) dependência espacial. Esse último
fator, por exemplo, já foi observado em outros
trabalhos (PITREZ, 2006; LACERDA, 2007;
SANTOS et al., 2007; JÚNIOR; DRUMOND,
2014).
CONCLUSÕES
Diante dos resultados é possível afirmar
que o Parque Nacional Serra de Itabaiana é de
extrema importância uma vez que apresenta uma
flora rupícola rica e singular que deve ser
protegida. Devido a isso, sugere-se que medidas
sejam tomadas para a prevenção de impactos
negativos presentes no Parque que possam vir a
ameaçar essas espécies, como a presença elevada
de exóticas invasoras, queimadas, práticas
agrícolas, retirada de solo e supressão vegetal
(SOBRAL et al., 2007).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALVES, R. J. V.; CARDIN, L.; KROFP, M. S.
Angiosperm disjunction “Campos Rupestres –
Restingas” – a re-evaluation. Acta Botânica
Brasílica, Brasília, v. 21, n. 3, p. 675-685,
dec./jan., 2007.
ARAÚJO, F. S.; OLIVEIRA, R. F.; LIMA-
VERDE, L. W. Composição, espectro biológico
e síndromes de dispersão da vegetação de um
inselbergue no domínio da caatinga, Ceará.
Rodriguésia, Rio de Janeiro, v. 59, n. 4, p. 659-
671, oct./dec., 2008.
ARAÚJO, K.; SANTOS, J. L.; FABRICANTE,
J. R. Epífitas vasculares do Parque Nacional
Serra de Itabaiana, Sergipe, Brasil. Biotemas,
Santa Catarina, v. 32, n. 1, p. 21-29, mar., 2019.
BARTHLOTT, W.; GRÖGER, A.;
POREMBSKI, S. Some remarks on the
vegetation of tropical inselbergs: diversity and
ecological differentiation. Compte rendu des
Séances de la Société de Biogéographie, Paris, v.
69, n. 3, p. 105-124, 1993.
BEZERRA, M. F. A. et al. Mixobiota do Parque
Nacional Serra de Itabaiana, SE, Brasil:
Physarales. Act Botanica Brasilica, Brasília, v.
24, n. 4, p. 1044-1056, dez., 2008.
BEZERRA, M. F. A.; FARIAS, G. R.;
CAVALCANTI, L. H. Mixobiota do Parque
Nacional Serra de Itabaiana, SE, Brasil:
Trichiales. Act Botanica Brasilica, Brasília, v.
24, n. 2, p. 510-517, jun., 2010.
BEZERRA, M. F. A.; LADO, C.;
CAVALCANTI, L. H. Mixobiota do Parque
Nacional Serra de Itabaiana, SE, Brasil: Liceales.
Act Botanica Brasilica, Brasília, v. 21, n. 1, p.
107-118, mar., 2007.
BOOTH, B. D.; LARSON, D. W. Ecological
assembly rules: pespectives, advances, retreats.
Cambridge: Cambridge University, 1999.
CAIAFA, N. A. Composição florística e
estrutura da vegetação sobre um afloramento
rochoso no Parque Estadual da Serra do
Brigadeiro, MG. 2002. 56 f. Dissertação
(Mestrado em Botânica) – Curso de Botânica,
Departamento de Biologia Vegetal,
Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, 2002.
CARVALHO, C. M.; VILAR, J. C. Parque
Nacional Serra de Itabaiana: levantamento da
Biota. São Cristóvão: Universidade Federal de
Sergipe, 2005.
CNCFLORA. Disponível em:
<http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/>. Acesso em:
09 fev. 2023.
COSTA, C. C. Parque Nacional Serra de
Itabaiana-SE: realidade e gestão. Revista
Monografias Ambientais, Santa Maria, v. 13, n.
5, p. 393-395, dez., 2014.
DANTAS, T. V. P. et al. Florística e estrutura da
vegetação arbustivo-arbórea das Areias Brancas
do Parque Nacional Serra de Itabaiana/Sergipe,
Brasil. Revista Brasileira de Botânica, São Paulo,
v. 33, n. 4, p. 575-588, out./dez., 2010.
DANTAS, T. V. P.; RIBEIRO, A. S.
Caracterização da Vegetação no Parque Nacional
Serra de Itabaiana, Sergipe - Brasil. Biotemas,
Santa Catarina, v. 23, n. 4, p. 9-18, dez., 2010.
DIAS, M. L. et al. Bromélias e suas principais
interações com a fauna. CES Revista, Juiz de
Fora, v. 28, n. 1, p. 3-16, jan./dez., 2014.
ESCUDERO, A. Community patterns on
exposed cliffs in a mediterranean calcareous.
Vegetatio, Bélgica, v. 125, n. 1, p. 99-110, mai.,
1996.
ESGARIO, C. P.; FONTANA, A. P.; SILVA, A.
G. A. Flora vascular sobre rocha no Alto
Misterioso, uma área prioritária para a
conservação da Mata Atlântica no Espírito Santo,
Sudeste do Brasil. Revista Natureza On line,
Santa Teresa, v. 7, n. 2, p. 80-91, 2009.
ESGARIO, C. P.; RIBEIRO, L. F.; SILVA, A. G.
O. Alto Misterioso e a vegetação sobre rochas em
meio à Mata Atlântica, no Sudeste do Brasil.
Natureza on line, Santa Teresa, v. 6, n. 2, p. 55-
62, 2008.
FABRICANTE, J. R.; ADADRADE, L. A.;
MARQUES, F. J. Caracterização populacional
de Melocactus zehntneri (Britton e Rose)
Luetzelburg (Cactaceae) ocorrente em um
inselbergue da Caatinga paraibana. Biotemas,
Santa Catarina, v. 23, n. 1, p. 61-67, mar., 2010.
FALKENBERG, D. B. Matinhas nebulosas e
vegetação rupícola dos Aparados da Serra Geral
(SC/RS), sul do Brasil. 2003. 558 f. Tese
(Doutorado em Biologia Vegetal) – Curso de
Biologia Vegetal, Instituto de Biologia,
Universidade Estadual de Campinas, Campinas,
2003.
Flora e Funga do Brasil. Disponível em:
<http://floradobrasil.jbrj.gov.br/>. Acesso em:
09 fev. 2023.
FRANÇA F.; MELLO, E.; SANTOS, C. C. Flora
de “Inselbergs” da região de Milagres, Bahia,
Brasil: I. Caracterização da vegetação e lista da
vegetação de dois “Inselbergs”. Sitientibus, Feira
de Santana, n. 17, p. 163-184, jul./dez., 1997.
GOMES, P.; ALVES, M. Floristic diversity of
two crystalline rocky outcrops in the Brazilian
northeast semi-arid region. Revista Brasileira de
Botânica, São Paulo, v. 33, n. 4, p. 661-676,
out./dez., 2010.
GRANDI, T. S. M. Tratado das Plantas
Medicinais: mineiras, nativas e cultivadas. Belo
Horizonte: Adequatio Estúdio, 2014.
GUIMARÃES, V. F. G. Caracterização
fisionômica e estrutural da Vegetação rupícola
sobre os mirantes Naturais no parque urbano de
Igatú, Andaraí Bahia. 2012. 33 f. Monografia
(Bacharel em Ciências Biológicas) – Curso de
Ciências Biológicas, Centro de Ciências
Agrárias, Ambientais e Biológicas, Universidade
Federal do Recôncavo da Bahia, Cruz das Almas,
2012.
JÚNIOR, J. T. C.; DRUMOND, M. A. Estudo
comparativo da estrutura fitossociológica de dois
fragmentos de Caatinga em níveis diferentes de
conservação. Pesquisa Florestal Brasileira,
Colombo, v. 34, n. 80, p. 345-355, out./dez.,
2014.
KOVACH, W. L. MVSP – A multivariate
statistical package for windows, ver. 3.1.
Pentraeth: Kovach Computing Services, 2005.
LACERDA, A. V. Caracterização florística,
fitossociológica e análise da relação entre a
distribuição das espécies e a distância da margem
de riachos intermitentes na bacia hidrográfica do
rio Taperoá, semi-árido paraibano, Brasil. 2007.
141 f. Tese (Doutorado em Ciências) – Curso de
Ecologia e Recursos Naturais, Departamento
Universidade Federal de São Carlos, 2007.
LARSON, D. W.; MATTHES, U.; KELLY, P. E.
Cliff ecology: pattern and process in cliff
ecosystems. Cambridge: Cambridge University,
2000.
LÜTH, M. Felsen und Blockhalden: Biotope in
Baden-Württemberg. Karlsruhe:
Umweltministerium Baden-Württemberg, 1993.
LÜTTGE, U. Physiological Ecology of Tropical
Plants. Berlim: Springer-Verlag, 1997.
MACIEL, J. R.; ALVES, M. A. Família poaceae
na serra de Itabaiana, Parque Nacional Serra de
Itabaiana, Sergipe-Brasil. Revista Caatinga,
Mossoró, v. 24, n. 3, p. 85-93, jul./set., 2011.
MEIRELLES, S. T.; PIVELLO, V. R.; JOLY, C.
A. The vegetation of granite rock outcrops in Rio
de Janeiro, Brazil, and the need for its protection.
Environmental Conservation, Cambridge, v. 26,
n. 1, p. 10-20, mar./mai., 1999.
MÜLLER-DOMBOIS, D.; ELLENBERG, H.
Aims and methods of vegetation ecology. New
York: John Wiley e Sons, 1974.
OLIVEIRA, I. S. S.; GOMES, L. J.; SANTOS, J.
Proposta de monitoramento dos impactos do
ecoturismo no Parque Nacional Serra de
Itabaiana, Sergipe. Revista Nordestina de
Ecoturismo, Arcaju, v. 2, n. 1, p. 6-24, abr., 2009.
OLIVEIRA, T. D. et al. Estabelecimento de
espécies vegetais em um inselberg granítico de
Mata Atlântica. Estudo de Biologia, Curitiba, v.
26, n. 57, p. 17-24, out./dez., 2004.
PEREIRA, M. M. D. et al. A flora e a vegetação
dos afloramentos rochosos em três municípios na
região Norte do Ceará, Brasil: caracterização
fitossociológica. Rodriguésia, Rio de Janeiro, v.
69, n. 2, p. 281-299, abr./jun., 2018.
PESSANHA, A. S. et al. Composition and
conservation of Orchidaceae on an inselberg in
the Brazilian Atlantic Forest and floristic
relationships with areas of Eastern Brazil.
Revista de Biologia Tropical, São José, v. 62, n.
2, p. 829-841, abr./jun., 2014.
PITREZ, S. R. Floristica, fitossociologia e
citogenética de angiospermas ocorrentes em
inselbergues. 2006. 111 f. Tese (Doutorado em
Agronomia) – Curso de Agronomia,
Departamento de Fitotecnia, Universidade
Federal da Paraíba, Areia, 2006.
POREMBSKI, S. et al. Diversity and ecology of
saxicolous vegetation mats on inselbergs in the
Brazilian Atlantic rainforest. Diversity and
Distributions, v. 4, n. 3, p. 107-119, mai., 1998.
POREMBSKI, S.; BARTHLOTT, W. Granitic
and gneissic outcrops (inselbergs) as centers of
diversity for desiccation-tolerant vascular plants.
Plant Ecology, Países Baixos, v. 151, n. 1, p. 19-
28, 2000.
PORTO, P. A. F. et al. Composição florístico de
um inselberg no agreste paraibano, município de
Esperança, nordeste do Brasil. Revista Caatinga,
Mossoró, v. 21, n. 2, p. 214-223, abr./jun., 2008.
RATTER, J. A.; BRIDGEWATER, S.;
RIBEIRO, J. F. Analysis of the floristic
composition of the brazilian cerrado vegetation
III: Comparison of the woody vegetation of 376
areas. Edinburg Journal of Botany, Cambridge,
v. 60, n. 1, p. 57-109, mar., 2003.
REIS, D. O. et al. Categorização do Risco de
Extinção de Ameroglossum Pernambucense Eb.
Fisch., S. Vogel e A.V. Lopes
(Scrophulariaceae). Pesquisa - Série Botânica,
São Leopoldo, n. 73, p. 221-227, jul., 2019.
RIBEIRO, K. T. Estrutura, dinâmica e
funcionalidade em comunidades rupícolas no
Planalto do Itatiaia. Itatiaia: Universidade
Federal do Rio de Janeiro, 2002.
RIBEIRO, K. T.; MEDINA, B. M. O.;
SCARANO, F. R. Species composition and
biogeographic relations of the rock outcrop flora
on the high plateau of Itatiaia, SE-Brazil. Revista
Brasileira de Botânica, São Paulo, v. 30, n. 4, p.
623-639, out./dez., 2007.
ROLIM, P. L.; SILVA, W. M.; CHAVES, A. L.
F. Fitossociologia de uma área de cerrado no
inselberg “Morro São João”, município de Porto
Nacional, Tocantins. Journal of Biotechnology
and Biodiversity, Gurupi, v. 4, n. 2, p. 84-90,
mai., 2013.
SAFFORD, H. Brazilian Páramos I. An
introduction to the physical environment and
vegetation of the campos de altitude. Journal of
Biogeography, v. 26, n. 4, p. 693-712, jan.,1999.
SALES-RODRIGUES, J.; BRASILEIRO, J. C.
B.; MELO, J. I. M. Flora de um inselberg na
mesorregião agreste do estado da Paraíba-Brasil.
Polibotánica, Colonia Santo Tómas, v. 1, n. 37,
p. 47-61, Fev., 2014.
SANTOS, H. G. et al. Sistema Brasileiro de
Classificação de Solos. Brasília: Embrapa, 2013.
SANTOS, L. M. et al. Guia de Plantas: Flores no
campo rupestre. Minas Gerais: Vale/Bioma Meio
Ambiente, 2018.
SANTOS, R. M. D. et al. Riqueza e similaridade
florística de oito remanescentes florestais no
norte de Minas Gerais, Brasil. Revista Árvore,
Viçosa, v. 31, n. 1, p. 135-144, fev., 2007.
SILVA, J. B. Panorama sobre a vegetação em
afloramentos rochosos do Brasil. Oecologia
Australis, Rio de Janeiro, v. 20, n. 4, p. 451-463,
2016.
SILVA, J. B.; GERMANO, S. R. Bryophytes on
rocky outcrops in the caatinga biome: A
conservationist perspective. Acta Botanica
Brasilica, Brasília, v. 27, n. 4, p. 827-835, dez.,
2013.
SOBRAL, I. S. et al. Avaliação dos impactos
ambientais no Parque Nacional Serra de
Itabaiana-SE. Caminhos de Geografia,
Uberlândia, v. 8, n. 24, p. 102-110, dez., 2007.
SOUZA, C. W. S.; ENNES, M. A. Ambiente e
sociedade: o Parque Nacional Serra de Itabaiana
em debate. Diversitas Journal, Arapiraca, v. 1, n.
1, p. 14-20, jan./abr., 2016.
TÉLLEZ, T. R.; GARCÍA, P. E.; PÉREZ-
CHISCANO, J. L. La Serena y Sierras
Limitrofes: Flora y Vegetación. Portugal:
Secretaria Geral, 2007.
TENÓRIO, J. G. et al. Mixobiota do Parque
Nacional Serra de Itabaiana, SE, Brasil:
Stemonitales. Act Botanica Brasilica, Brasília, v.
23, n. 3, p. 644-656, set., 2009.
TEODORO, G. S. et al. Specialized roots of
Velloziaceae weather quartzite rock while
mobilizing phosphorus using carboxylates.
Functional Ecology, Reino Unido, v. 33, n. 5, p.
762-773, mar. 2019.
TÖLKE, E. E. A. D. et al. Flora vascular de um
inselbergue no estado da Paraíba, Nordeste do
Brasil. Biotemas, Santa Catarina, v. 24, n. 4, p.
39-48, dez., 2011.
VAN-DER-PIJL, L.; DODSON, C. H. Orchid
flowers: their pollination and evolution. Coral
Gables: University of Miami Press, 1966.
VICENTE, A. et al. Descrição parcial e
preliminar dos hábitats da Serra de Itabaiana,
Sergipe. Publicações Avulsas do Centro
Acadêmico Livre de Biologia, Aracaju, v. 1, p.
23-27, 1997.
ZOTZ, G.; ANDRADE, J. L. La ecología y la
isiología de las epiitas y las hemiepíitas. In:
GUARIGUATA, M.; CATAN, G. Ecología y
conservación de bosques neotropicales. San José:
Editorial Libro Universitario Regional, 2002, p.
271-296.
1 - Mestrando em Ciências Naturais pela
Universidade Federal de Sergipe, Campus
Universitário Prof. Alberto Carvalho, Departamento
de Biociências, Laboratório de Ecologia e
Conservação da Biodiversidade. Av. Ver. Olímpio
Grande, s/n, Porto, Itabaiana, Sergipe, Brasil, CEP:
49.510-200. *Autor para correspondência:
daniel.olire@gmail.com
2 - Mestrando em Ciências Naturais pela
Universidade Federal de Sergipe, Campus
Universitário Prof. Alberto Carvalho, Departamento
de Biociências, Laboratório de Ecologia e
Conservação da Biodiversidade. Av. Ver. Olímpio
Grande, s/n, Porto, Itabaiana, Sergipe, Brasil, CEP:
49.510-200.
3 - Doutor em Agronomia com área de concentração
em Ecologia Vegetal e Meio Ambiente, Professor da
Universidade Federal de Sergipe, Campus
Universitário Prof. Alberto Carvalho, Departamento
de Biociências, Laboratório de Ecologia e
Conservação da Biodiversidade. Av. Ver. Olímpio
Grande, s/n, Porto, Itabaiana, Sergipe, Brasil, CEP:
49.510-200.
12

Recomendados

Artigo_Bioterra_V23_N2_09 por
Artigo_Bioterra_V23_N2_09Artigo_Bioterra_V23_N2_09
Artigo_Bioterra_V23_N2_09Revista Bioterra
39 visualizações14 slides
Artigo_Bioterra_V23_N1_04 por
Artigo_Bioterra_V23_N1_04Artigo_Bioterra_V23_N1_04
Artigo_Bioterra_V23_N1_04Revista Bioterra
82 visualizações20 slides
Artigo_Bioterra_V23_N1_03 por
Artigo_Bioterra_V23_N1_03Artigo_Bioterra_V23_N1_03
Artigo_Bioterra_V23_N1_03Revista Bioterra
52 visualizações16 slides
Artigo_Bioterra_V23_N1_01 por
Artigo_Bioterra_V23_N1_01Artigo_Bioterra_V23_N1_01
Artigo_Bioterra_V23_N1_01Revista Bioterra
73 visualizações12 slides
Artigo bioterra v21_n1_02 por
Artigo bioterra v21_n1_02Artigo bioterra v21_n1_02
Artigo bioterra v21_n1_02Revista Bioterra
567 visualizações14 slides
Coleção Saber na Prática - Vol. 3, Agricultura Urbana por
Coleção Saber na Prática - Vol. 3, Agricultura Urbana Coleção Saber na Prática - Vol. 3, Agricultura Urbana
Coleção Saber na Prática - Vol. 3, Agricultura Urbana Cepagro
7.1K visualizações56 slides

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

MATA ATLÂNTICA - ESP. MÍDIAS NA EDUCAÇÃO (UFOP) - LUAN HENRIQUE por
MATA ATLÂNTICA  - ESP. MÍDIAS NA EDUCAÇÃO (UFOP) - LUAN HENRIQUEMATA ATLÂNTICA  - ESP. MÍDIAS NA EDUCAÇÃO (UFOP) - LUAN HENRIQUE
MATA ATLÂNTICA - ESP. MÍDIAS NA EDUCAÇÃO (UFOP) - LUAN HENRIQUELuan Henrique Alves
4.2K visualizações32 slides
Domínios Brasileiros - Campos Sulinos - Pampas Gaúchos por
Domínios Brasileiros - Campos Sulinos - Pampas GaúchosDomínios Brasileiros - Campos Sulinos - Pampas Gaúchos
Domínios Brasileiros - Campos Sulinos - Pampas GaúchosGabriel Nogueira
3.3K visualizações38 slides
Pantanal por
PantanalPantanal
PantanalMilena Gonçalves
2.8K visualizações14 slides
Sunderban final por
Sunderban finalSunderban final
Sunderban finalJasim Alam
3K visualizações9 slides
Estudio de vegetación asociada de Vaccinium floribundum Kunth en una localida... por
Estudio de vegetación asociada de Vaccinium floribundum Kunth en una localida...Estudio de vegetación asociada de Vaccinium floribundum Kunth en una localida...
Estudio de vegetación asociada de Vaccinium floribundum Kunth en una localida...Jorge Caranqui
105 visualizações8 slides
Pérdida de diversidad florística de los páramos en la Reserva de Producción d... por
Pérdida de diversidad florística de los páramos en la Reserva de Producción d...Pérdida de diversidad florística de los páramos en la Reserva de Producción d...
Pérdida de diversidad florística de los páramos en la Reserva de Producción d...Jorge Caranqui
467 visualizações13 slides

Mais procurados(20)

MATA ATLÂNTICA - ESP. MÍDIAS NA EDUCAÇÃO (UFOP) - LUAN HENRIQUE por Luan Henrique Alves
MATA ATLÂNTICA  - ESP. MÍDIAS NA EDUCAÇÃO (UFOP) - LUAN HENRIQUEMATA ATLÂNTICA  - ESP. MÍDIAS NA EDUCAÇÃO (UFOP) - LUAN HENRIQUE
MATA ATLÂNTICA - ESP. MÍDIAS NA EDUCAÇÃO (UFOP) - LUAN HENRIQUE
Luan Henrique Alves4.2K visualizações
Domínios Brasileiros - Campos Sulinos - Pampas Gaúchos por Gabriel Nogueira
Domínios Brasileiros - Campos Sulinos - Pampas GaúchosDomínios Brasileiros - Campos Sulinos - Pampas Gaúchos
Domínios Brasileiros - Campos Sulinos - Pampas Gaúchos
Gabriel Nogueira3.3K visualizações
Sunderban final por Jasim Alam
Sunderban finalSunderban final
Sunderban final
Jasim Alam3K visualizações
Estudio de vegetación asociada de Vaccinium floribundum Kunth en una localida... por Jorge Caranqui
Estudio de vegetación asociada de Vaccinium floribundum Kunth en una localida...Estudio de vegetación asociada de Vaccinium floribundum Kunth en una localida...
Estudio de vegetación asociada de Vaccinium floribundum Kunth en una localida...
Jorge Caranqui105 visualizações
Pérdida de diversidad florística de los páramos en la Reserva de Producción d... por Jorge Caranqui
Pérdida de diversidad florística de los páramos en la Reserva de Producción d...Pérdida de diversidad florística de los páramos en la Reserva de Producción d...
Pérdida de diversidad florística de los páramos en la Reserva de Producción d...
Jorge Caranqui467 visualizações
A Brief Overview on Social Forestry Issues of Myanmar por CIFOR-ICRAF
A Brief Overview on Social Forestry Issues of MyanmarA Brief Overview on Social Forestry Issues of Myanmar
A Brief Overview on Social Forestry Issues of Myanmar
CIFOR-ICRAF2.2K visualizações
Revista Gestão Agroecológica do Camping do Parque Estadual do Rio Vermelho por Camping PAERVE
Revista Gestão Agroecológica do Camping do Parque Estadual do Rio VermelhoRevista Gestão Agroecológica do Camping do Parque Estadual do Rio Vermelho
Revista Gestão Agroecológica do Camping do Parque Estadual do Rio Vermelho
Camping PAERVE21.9K visualizações
Western ghats region report por Parth Sadaria
Western ghats region reportWestern ghats region report
Western ghats region report
Parth Sadaria1.4K visualizações
ROLE OF AGROFORESTRY IN MITIGATION OF CLIMATE CHANGE por GANDLA MANTHESH
ROLE OF AGROFORESTRY IN MITIGATION OF CLIMATE CHANGEROLE OF AGROFORESTRY IN MITIGATION OF CLIMATE CHANGE
ROLE OF AGROFORESTRY IN MITIGATION OF CLIMATE CHANGE
GANDLA MANTHESH802 visualizações
Áreas de Transição - Brasil por Rogério Bartilotti
Áreas de Transição - BrasilÁreas de Transição - Brasil
Áreas de Transição - Brasil
Rogério Bartilotti7.6K visualizações
Biodiversity of sunderban por Shakya Ganguly
Biodiversity of sunderbanBiodiversity of sunderban
Biodiversity of sunderban
Shakya Ganguly3.2K visualizações
Assessment of biomass and carbon sequestration potentials of standing Pongami... por Surendra Bam
Assessment of biomass and carbon sequestration potentials of standing Pongami...Assessment of biomass and carbon sequestration potentials of standing Pongami...
Assessment of biomass and carbon sequestration potentials of standing Pongami...
Surendra Bam1.1K visualizações
Trabalho de ecologia caatinga nacional por Élica Dias
Trabalho de ecologia caatinga nacionalTrabalho de ecologia caatinga nacional
Trabalho de ecologia caatinga nacional
Élica Dias6K visualizações
Silviculture and forest genetics por AbiralAcharya1
Silviculture and forest genetics Silviculture and forest genetics
Silviculture and forest genetics
AbiralAcharya1215 visualizações
Contribution of Non-Timber Forest Products (NTFPs) on Rural Food Security. por Shah Ummar
Contribution of Non-Timber Forest Products (NTFPs) on Rural Food Security.Contribution of Non-Timber Forest Products (NTFPs) on Rural Food Security.
Contribution of Non-Timber Forest Products (NTFPs) on Rural Food Security.
Shah Ummar3K visualizações
Embrapa - curso de recuperação de áreas degradadas por GAVOLUNTARIA
Embrapa -  curso de recuperação de áreas degradadasEmbrapa -  curso de recuperação de áreas degradadas
Embrapa - curso de recuperação de áreas degradadas
GAVOLUNTARIA30.4K visualizações
Quantification of Ecosystem Services From Agro-forestry por jayanta thokdar
Quantification of Ecosystem Services From Agro-forestryQuantification of Ecosystem Services From Agro-forestry
Quantification of Ecosystem Services From Agro-forestry
jayanta thokdar845 visualizações
Dr. anand salve af ppt por AnandSalve3
Dr. anand salve af pptDr. anand salve af ppt
Dr. anand salve af ppt
AnandSalve31.6K visualizações

Similar a Artigo_Bioterra_V23_N2_01

Artigo bioterra v21_n1_08 por
Artigo bioterra v21_n1_08Artigo bioterra v21_n1_08
Artigo bioterra v21_n1_08Revista Bioterra
130 visualizações11 slides
Chave de identificação anfíbios anuros da vertente de jundiaí da serra do japi por
Chave de identificação anfíbios anuros da vertente de jundiaí da serra do japiChave de identificação anfíbios anuros da vertente de jundiaí da serra do japi
Chave de identificação anfíbios anuros da vertente de jundiaí da serra do japiAndre Benedito
6.3K visualizações15 slides
Chave de identificação anfíbios anuros da vertente de jundiaí da serra do japi por
Chave de identificação anfíbios anuros da vertente de jundiaí da serra do japiChave de identificação anfíbios anuros da vertente de jundiaí da serra do japi
Chave de identificação anfíbios anuros da vertente de jundiaí da serra do japiAndre Benedito
2K visualizações15 slides
Composição florística da vegetação de restinga da apa rio capivara por
Composição florística da vegetação de restinga da apa rio capivaraComposição florística da vegetação de restinga da apa rio capivara
Composição florística da vegetação de restinga da apa rio capivaraParanapiacaba
3.1K visualizações24 slides
Itapua tripes artigo por
Itapua tripes artigoItapua tripes artigo
Itapua tripes artigoavisaassociacao
603 visualizações8 slides
Artigo bioterra v16_n2_05 por
Artigo bioterra v16_n2_05Artigo bioterra v16_n2_05
Artigo bioterra v16_n2_05Revista Bioterra
829 visualizações9 slides

Similar a Artigo_Bioterra_V23_N2_01(20)

Artigo bioterra v21_n1_08 por Revista Bioterra
Artigo bioterra v21_n1_08Artigo bioterra v21_n1_08
Artigo bioterra v21_n1_08
Revista Bioterra130 visualizações
Chave de identificação anfíbios anuros da vertente de jundiaí da serra do japi por Andre Benedito
Chave de identificação anfíbios anuros da vertente de jundiaí da serra do japiChave de identificação anfíbios anuros da vertente de jundiaí da serra do japi
Chave de identificação anfíbios anuros da vertente de jundiaí da serra do japi
Andre Benedito6.3K visualizações
Chave de identificação anfíbios anuros da vertente de jundiaí da serra do japi por Andre Benedito
Chave de identificação anfíbios anuros da vertente de jundiaí da serra do japiChave de identificação anfíbios anuros da vertente de jundiaí da serra do japi
Chave de identificação anfíbios anuros da vertente de jundiaí da serra do japi
Andre Benedito2K visualizações
Composição florística da vegetação de restinga da apa rio capivara por Paranapiacaba
Composição florística da vegetação de restinga da apa rio capivaraComposição florística da vegetação de restinga da apa rio capivara
Composição florística da vegetação de restinga da apa rio capivara
Paranapiacaba3.1K visualizações
Itapua tripes artigo por avisaassociacao
Itapua tripes artigoItapua tripes artigo
Itapua tripes artigo
avisaassociacao603 visualizações
Artigo bioterra v16_n2_05 por Revista Bioterra
Artigo bioterra v16_n2_05Artigo bioterra v16_n2_05
Artigo bioterra v16_n2_05
Revista Bioterra829 visualizações
Artigo bioterra v18_n1_05 por Revista Bioterra
Artigo bioterra v18_n1_05Artigo bioterra v18_n1_05
Artigo bioterra v18_n1_05
Revista Bioterra148 visualizações
Familia myrtacea por Alexandre Panerai
Familia myrtaceaFamilia myrtacea
Familia myrtacea
Alexandre Panerai490 visualizações
Fitossociologia ibitipoca por Cassiano Fonseca
Fitossociologia ibitipocaFitossociologia ibitipoca
Fitossociologia ibitipoca
Cassiano Fonseca327 visualizações
Briófitas PARNA 7Cidades por Alberto Jorge
Briófitas PARNA 7CidadesBriófitas PARNA 7Cidades
Briófitas PARNA 7Cidades
Alberto Jorge699 visualizações
R0746 1 por labentosonline
R0746 1R0746 1
R0746 1
labentosonline232 visualizações
A AVIFAUNA EM DUAS ÁREAS DE UMA ZONA RURAL COM REMANESCENTES DE MATA ATLÂNTIC... por Marcos Paulo Machado Thome
A AVIFAUNA EM DUAS ÁREAS DE UMA ZONA RURAL COM REMANESCENTES DE MATA ATLÂNTIC...A AVIFAUNA EM DUAS ÁREAS DE UMA ZONA RURAL COM REMANESCENTES DE MATA ATLÂNTIC...
A AVIFAUNA EM DUAS ÁREAS DE UMA ZONA RURAL COM REMANESCENTES DE MATA ATLÂNTIC...
Marcos Paulo Machado Thome111 visualizações
Artigo_Bioterra_V22_N1_10 por Revista Bioterra
Artigo_Bioterra_V22_N1_10Artigo_Bioterra_V22_N1_10
Artigo_Bioterra_V22_N1_10
Revista Bioterra16 visualizações
Abelhas nativas (Hymenoptera: Apidae) em Floresta Ombrófila Densa Submontana ... por Label-ha
Abelhas nativas (Hymenoptera: Apidae) em Floresta Ombrófila Densa Submontana ...Abelhas nativas (Hymenoptera: Apidae) em Floresta Ombrófila Densa Submontana ...
Abelhas nativas (Hymenoptera: Apidae) em Floresta Ombrófila Densa Submontana ...
Label-ha582 visualizações
Itapua dispersão arvores_arvoretas_artigo por avisaassociacao
Itapua dispersão arvores_arvoretas_artigoItapua dispersão arvores_arvoretas_artigo
Itapua dispersão arvores_arvoretas_artigo
avisaassociacao557 visualizações
Artigo bioterra v21_n1_04 por Revista Bioterra
Artigo bioterra v21_n1_04Artigo bioterra v21_n1_04
Artigo bioterra v21_n1_04
Revista Bioterra98 visualizações
Estrutura populacional de Lychnophora pinaster Mart. em um trecho de Campo Ru... por Écio Diniz
Estrutura populacional de Lychnophora pinaster Mart. em um trecho de Campo Ru...Estrutura populacional de Lychnophora pinaster Mart. em um trecho de Campo Ru...
Estrutura populacional de Lychnophora pinaster Mart. em um trecho de Campo Ru...
Écio Diniz18 visualizações
Floristica por Gerdian Teixeira
FloristicaFloristica
Floristica
Gerdian Teixeira1.1K visualizações

Mais de Revista Bioterra

Artigo_Bioterra_V22_N2_07 por
Artigo_Bioterra_V22_N2_07Artigo_Bioterra_V22_N2_07
Artigo_Bioterra_V22_N2_07Revista Bioterra
31 visualizações4 slides
Artigo_Bioterra_V23_N2_05 por
Artigo_Bioterra_V23_N2_05Artigo_Bioterra_V23_N2_05
Artigo_Bioterra_V23_N2_05Revista Bioterra
112 visualizações9 slides
Artigo_Bioterra_V22_N1_08 por
Artigo_Bioterra_V22_N1_08Artigo_Bioterra_V22_N1_08
Artigo_Bioterra_V22_N1_08Revista Bioterra
16 visualizações12 slides
Artigo_Bioterra_V23_N2_10 por
Artigo_Bioterra_V23_N2_10Artigo_Bioterra_V23_N2_10
Artigo_Bioterra_V23_N2_10Revista Bioterra
28 visualizações9 slides
Artigo_Bioterra_V23_N2_08 por
Artigo_Bioterra_V23_N2_08Artigo_Bioterra_V23_N2_08
Artigo_Bioterra_V23_N2_08Revista Bioterra
29 visualizações8 slides
Artigo_Bioterra_V23_N2_07 por
Artigo_Bioterra_V23_N2_07Artigo_Bioterra_V23_N2_07
Artigo_Bioterra_V23_N2_07Revista Bioterra
26 visualizações14 slides

Mais de Revista Bioterra(20)

Artigo_Bioterra_V22_N2_07 por Revista Bioterra
Artigo_Bioterra_V22_N2_07Artigo_Bioterra_V22_N2_07
Artigo_Bioterra_V22_N2_07
Revista Bioterra31 visualizações
Artigo_Bioterra_V23_N2_05 por Revista Bioterra
Artigo_Bioterra_V23_N2_05Artigo_Bioterra_V23_N2_05
Artigo_Bioterra_V23_N2_05
Revista Bioterra112 visualizações
Artigo_Bioterra_V22_N1_08 por Revista Bioterra
Artigo_Bioterra_V22_N1_08Artigo_Bioterra_V22_N1_08
Artigo_Bioterra_V22_N1_08
Revista Bioterra16 visualizações
Artigo_Bioterra_V23_N2_10 por Revista Bioterra
Artigo_Bioterra_V23_N2_10Artigo_Bioterra_V23_N2_10
Artigo_Bioterra_V23_N2_10
Revista Bioterra28 visualizações
Artigo_Bioterra_V23_N2_08 por Revista Bioterra
Artigo_Bioterra_V23_N2_08Artigo_Bioterra_V23_N2_08
Artigo_Bioterra_V23_N2_08
Revista Bioterra29 visualizações
Artigo_Bioterra_V23_N2_07 por Revista Bioterra
Artigo_Bioterra_V23_N2_07Artigo_Bioterra_V23_N2_07
Artigo_Bioterra_V23_N2_07
Revista Bioterra26 visualizações
Artigo_Bioterra_V23_N2_06 por Revista Bioterra
Artigo_Bioterra_V23_N2_06Artigo_Bioterra_V23_N2_06
Artigo_Bioterra_V23_N2_06
Revista Bioterra14 visualizações
Artigo_Bioterra_V23_N2_04 por Revista Bioterra
Artigo_Bioterra_V23_N2_04Artigo_Bioterra_V23_N2_04
Artigo_Bioterra_V23_N2_04
Revista Bioterra32 visualizações
Artigo_Bioterra_V23_N2_03 por Revista Bioterra
Artigo_Bioterra_V23_N2_03Artigo_Bioterra_V23_N2_03
Artigo_Bioterra_V23_N2_03
Revista Bioterra19 visualizações
Artigo_Bioterra_V23_N2_02 por Revista Bioterra
Artigo_Bioterra_V23_N2_02Artigo_Bioterra_V23_N2_02
Artigo_Bioterra_V23_N2_02
Revista Bioterra21 visualizações
Artigo_Bioterra_V22_N2_10 por Revista Bioterra
Artigo_Bioterra_V22_N2_10Artigo_Bioterra_V22_N2_10
Artigo_Bioterra_V22_N2_10
Revista Bioterra11 visualizações
Artigo_Bioterra_V23_N1_10 por Revista Bioterra
Artigo_Bioterra_V23_N1_10Artigo_Bioterra_V23_N1_10
Artigo_Bioterra_V23_N1_10
Revista Bioterra24 visualizações
Artigo_Bioterra_V23_N1_09 por Revista Bioterra
Artigo_Bioterra_V23_N1_09Artigo_Bioterra_V23_N1_09
Artigo_Bioterra_V23_N1_09
Revista Bioterra22 visualizações
Artigo_Bioterra_V23_N1_08 por Revista Bioterra
Artigo_Bioterra_V23_N1_08Artigo_Bioterra_V23_N1_08
Artigo_Bioterra_V23_N1_08
Revista Bioterra37 visualizações
Artigo_Bioterra_V23_N1_07 por Revista Bioterra
Artigo_Bioterra_V23_N1_07Artigo_Bioterra_V23_N1_07
Artigo_Bioterra_V23_N1_07
Revista Bioterra33 visualizações
Artigo_Bioterra_V23_N1_06 por Revista Bioterra
Artigo_Bioterra_V23_N1_06Artigo_Bioterra_V23_N1_06
Artigo_Bioterra_V23_N1_06
Revista Bioterra68 visualizações
Artigo_Bioterra_V23_N1_05 por Revista Bioterra
Artigo_Bioterra_V23_N1_05Artigo_Bioterra_V23_N1_05
Artigo_Bioterra_V23_N1_05
Revista Bioterra15 visualizações
Artigo_Bioterra_V23_N1_02 por Revista Bioterra
Artigo_Bioterra_V23_N1_02Artigo_Bioterra_V23_N1_02
Artigo_Bioterra_V23_N1_02
Revista Bioterra76 visualizações
Artigo_Bioterra_V22_N2_09 por Revista Bioterra
Artigo_Bioterra_V22_N2_09Artigo_Bioterra_V22_N2_09
Artigo_Bioterra_V22_N2_09
Revista Bioterra40 visualizações
Artigo_Bioterra_V22_N2_08 por Revista Bioterra
Artigo_Bioterra_V22_N2_08Artigo_Bioterra_V22_N2_08
Artigo_Bioterra_V22_N2_08
Revista Bioterra22 visualizações

Artigo_Bioterra_V23_N2_01

  • 1. REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 Volume 23 - Número 2 - 2º Semestre 2023 FLORA RUPÍCOLA DO PARQUE NACIONAL SERRA DE ITABAIANA, SERGIPE Daniel Oliveira Reis1 ; Diego de Andrade Mendonça2 ; Juliano Ricardo Fabricante3 RESUMO Apesar de sua importância, as plantas rupícolas são um grupo pouco estudado. Assim, o objetivo do presente estudo foi de realizar um levantamento da vegetação rupícola do Parque Nacional Serra de Itabaiana, Sergipe, Brasil. O levantamento foi realizado por busca ativa e todas as espécies rupícolas foram coletadas, herborizadas e depositadas no herbário ASE, Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, SE. A identificação das espécies foi realizada mediantes consultas a literatura especializada e a especialistas. Visando comparar a composição de espécies do local de estudo com a de outros locais estudados no Brasil, foi realizada uma análise de similaridade de Jaccard. Foram inventariadas 89 espécies, distribuídas em 64 gêneros e 40 famílias. As famílias mais abundantes foram Orchidaceae com 16 espécies e Bromeliaceae com 13. Essas famílias também se mostraram predominantes em outros trabalhos. Quanto a análise de similaridade, essa se mostrou baixa entre todos os cruzamentos, evidenciando assim, que cada área apresenta um rol de espécie exclusivas. Palavras-chave: Inventário florístico, Litófita, Unidade de Conservação. RUPICOLOUS FLORA OF THE PARQUE NACIONAL SERRA DE ITABAIANA, SERGIPE. ABSTRACT Despite their importance, rupicolous plants are a poorly studied group. Thus, the objective of this study was to carry out a survey of rupicolous vegetation in the Parque Nacional Serra de Itabaiana, Sergipe, Brazil. The survey was carried out by active search and all rupicolous species were collected, herborized and deposited in the ASE herbarium, Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, SE. Species identification was carried out by consulting the specialized literature and specialists. In order to compare the species composition of the study site with that of other sites studied in Brazil, a Jaccard similarity analysis was performed. 89 species were inventoried, distributed in 64 genera and 40 families. The most abundant families were Orchidaceae with 16 species and Bromeliaceae with 13. These families were also shown to be predominant in other works. As for the similarity analysis, this was shown to be low among all crosses, thus showing that each area has a unique species list. Keywords: Floristic Inventory, Lithophytes, Conservation Unit. 01
  • 2. INTRODUÇÃO Plantas rupícolas ou rupestres são aquelas que se estabelecem e vivem sobre rochas ou em suas fendas (TÉLLEZ et al., 2007). Essa é uma vegetação com alto grau de endemismo (ESGARIO et al., 2008) e pouco estudada (RIBEIRO, 2002), especialmente devido as dificuldades de acesso aos locais, baixo interesse econômico (RIBEIRO et al., 2007) e da complexidade das paisagens, o que, segundo Escudero (1996), dificulta a descrição das comunidades em questão. São algumas dessas características que permitem com que a vegetação rupícola represente parte significativa das áreas ainda preservadas de uma região (RIBEIRO, 2002) embora essas sejam áreas sensíveis a perturbação antrópica, como incêndios e práticas agropecuárias (LÜTH, 1993; LARSON et al., 2000). O ambiente rupícola apresenta características que podem reduzir a velocidade de crescimento das espécies (BOOTH; LARSON, 1999), como dificuldade de fixação, baixa disponibilidade hídrica e nutricional, além da alta exposição aos ventos e a irradiação solar, sendo esses elementos que o distinguem das áreas em seu entorno (LARSON et al., 2000). Apesar de apresentarem essas condições extremas, os ambientes rochosos são considerados estruturalmente estáveis na escala geológica (RIBEIRO, 2002). Além disso, esses ambientes são responsáveis por iniciar o processo de drenagem da água utilizada por aproximadamente 25% da população brasileira (SAFFORD, 1999). As plantas rupícolas são citadas em alguns trabalhos devido ao seu potencial ornamental, econômico, paisagístico, colonizador (SANTOS et al., 2018) e medicinal (GRANDI, 2014). Essa vegetação ainda é conhecida por apresentar variadas estratégias de sobrevivência as características adversas do ambiente rupícola, como folhas reduzidas e pilosas, cutícula espessa, estômatos abaxiais, metabolismo CAM e C4, alta produção de carotenóides, antocianinas e clorofila A, tecido especializado no armazenamento de água, tolerância à dessecação, deciduidade, dormência, e adoção de um ciclo anual ou pseudo-anual (LÜTTGE, 1997). No Brasil, a flora rupícola é tida como bastante diferenciada e caracterizada por um vasto número de espécies (BARTHLOTT et al., 1993). Entretanto, essa flora foi estudada essencialmente em inselbergs presentes na região semiárida (FRANÇA et al., 1997; OLIVEIRA et al., 2004; ARAÚJO et al., 2008; PORTO et al., 2008; FABRICANTE et al., 2010; GOMES; ALVES, 2010; TÖLKE et al., 2011; GERMANO, 2013; PESSANHA et al., 2014; SILVA; SALES-RODRIGUES et al., 2014) enquanto que em regiões de clima úmido, o número de trabalhos envolvendo essa vegetação são ínfimos ou até mesmo inexistentes para muitas ecorregiões. Essa carência de trabalho é perceptível na área em que a pesquisa foi realizada, o Parque Nacional Serra de Itabaiana (PARNASI) localizado em uma região tropical úmido (TENÓRIO et al., 2009) em Sergipe. Apesar de sua baixa altitude em comparação com os demais campos de altitudes no Brasil, o PARNASI apresenta em algumas de suas áreas vegetações típicas de campos rupestres (ALVES et al., 2007; DANTAS; RIBEIRO, 2010). Todavia, mesmo apresentando um extenso arcabouço de estudos florísticos realizados em sua área (BEZERRA et al., 2007; BEZERRA et al., 2008; TENÓRIO et al., 2009; BEZERRA et al., 2010; DANTAS et al., 2010; MACIEL; ALVES, 2011; ARAÚJO et al., 2019; TEODORO et al., 2019), nenhum desses teve foco em sua vegetação rupícola. Assim, o presente trabalho buscou responder as seguintes questões: (i) Quais são as espécies rupícolas presentes no Parque Nacional Serra de Itabaiana? (ii) Qual a similaridade florística do local de estudo com outras áreas estudadas no Brasil? MATERIAL E MÉTODOS O Parque Nacional Serra de Itabaiana (PARNASI) está inserido nos munícipios de Areia Branca Laranjeiras, Itaporanga d’Ajuda e Campo do Brito, com latitudes e longitudes de 10°40’S e 37°25’O e altitude máxima de 670 m (CARVALHO; VILAR, 2005) (Figura 1). Criado em 15 de junho de 2005, possui 7.966 hectares e localiza-se no agreste sergipano em uma zona de transição entre a Caatinga e a Mata Atlântica (SOUZA; ENNES, 2016). O clima
  • 3. regional é do tipo As’ (Tropical com verão seco e moderado e inverno chuvoso) de acordo com a classificação de Köeppen-Geiger. A precipitação tem uma variação de 1.100 a 1.300mm por ano (DANTAS; RIBEIRO, 2010), com uma evapotranspiração de 800mm (VICENTE, 1997). Figura 1. Mapa de localização do Parque Nacional Serra de Itabaiana, SE. O relevo varia de suavemente ondulados a ondulados (COSTA, 2014). Já os solos predominantes são os Neossolos Litólicos Distróficos, presente nas regiões de escarpa e topo da serra e, nas áreas mais baixas, Neossolos Quartzarênicos, profundos e lixiviados (SANTOS et al., 2013). Foram realizadas caminhadas (busca ativa) pela Serra de Itabaiana (10 expedições com duração de 5 h. cada), PARNASI e todas as espécies rupícolas vasculares presentes em cacimbas, fendas, fissuras, depressões e rochas expostas, foram coletadas, herborizadas e depositadas no herbário ASE, Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, SE. Para comparar a similaridade florística da área estudada com outras de regiões dentro e fora do Nordeste foi utilizado o coeficiente de Jaccard (Sj) (MÜLLER-DOMBOIS; ELLENBERG, 1974). O software utilizado para realização da análise foi o MVSP 3.1© (KOVACH, 2005). A identificação das espécies foi realizada por meio de comparação com material existente no citado herbário e por consulta a literatura específica e a especialistas. As plantas foram classificadas segundo o sistema APG IV e a grafia do nome dos autores segundo a Flora e Funga do Brasil (2023). RESULTADOS E DISCUSSÃO Foram inventariadas 88 espécies distribuídas em 70 gêneros e 39 famílias. As famílias mais abundantes foram Orchidaceae com 16 (18,18%) espécies, Bromeliaceae com 13 (14,77%) e Poaceae com seis (6,82%). As famílias Cyperaceae, Polipodiaceae e Rubiaceae apresentaram quatro (13,64%) representantes cada, seguidas pelas famílias Araceae e Fabaceae com três (6,82%) espécies. Lentibulariaceae, Melastomataceae, Piperaceae e Turneraceae apresentaram duas espécies (9,09%) cada uma. As demais famílias apresentaram uma única espécie cada (31,83%) (Tabela 1).
  • 4. Tabela 1. Lista de espécies rupícolas inventariadas no Parque Nacional Serra de Itabaiana, SE. Táxons Voucher Anemiaceae Anemia oblongifolia (Cav.) Sw. ASE38739 Apocynaceae Mandevilla tenuifolia (J.C.Mikan) Woodson ASE39097 Araceae Dracontioides salvianii E.G.Gonç. * Philodendron acutatum Schott ASE39107 Philodendron fragrantissimum (Hook.) G.Don ASE37021 Arecaceae Allagoptera brevicalyx Moraes ASE38704 Aspleniaceae Asplenium cristatum Lam. ASE39864 Bennetiaceae Bonnetia stricta (Nees) Nees e Mart. ASE39678 Blechnaceae Blechnum occidentale L. ASE39869 Bromeliaceae Aechmea aquilega (Salisb.) Griseb. ASE37018 Aechmea lingulata (L) Baker ASE37664 Aechmea mertensii (G. Mey.) Schult. e Schult.f. ASE37017 Aechmea nudicaulis (L.) Griseb. ASE37662 Aechmea patentissima (Mart. ex Schult. e Schult.f.) Baker ASE38466 Guzmania lingulata (L.) Mez ASE37666 Hohenbergia catingae Ule ASE37014 Hohenbergia ramageana Mez ASE38705 Tillandsia gardneri Lindl ASE37019 Tillandsia pohliana Mez ASE39086 Tillandsia recurvata (L.) L. ASE39721 Tillandsia stricta Sol. ASE39087 Vriesea simplex (Vell.) Berr ASE39080 Cactaceae Melocactus violaceus Pfeiff. ASE39084 Calophyllaceae Kielmeyera rugosa Choisy ASE39102 Commelinaceae Dichorisandra hexandra (Aubl.) C.B.Clarke * Cyatheaceae Cyathea phalerata Mart. ASE38477 Cyperaceae Cyperus distans L. * Lagenocarpus rigidus Nees ASE39673 Rhynchospora barbata (Vahl) Kunth ASE39729 Scleria cyperina Willd. ex Kunth ASE38712 Eriocaulaceae
  • 5. Paepalanthus aleurophyllus Trovó ASE38447 Euphorbiaceae Microstachys corniculata (Vahl) Griseb. * Fabaceae Chamaecrista cytisoides (DC. ex Collad.) H.S.Irwin e Barneby ASE39675 Clitoria laurifolia Poir. ASE37004 Etaballia dubia (Kunth) Rudd. ASE39674 Gentianaceae Chelonanthus purpurascens (Aubl.) Struwe et al., ASE39227 Gleicheniaceae Dicranopteris flexuosa (Schrad.) Underw. ASE38732 Hymenophyllaceae Trichomanes pinnatum Hedw. * Hypoxidaceae Curculigo scorzonerifolia (Lam.) Baker ASE39877 Lentibulariaceae Utricularia costata P. Taylor ASE41753 Utricularia flaccida A.DC. ASE38518 Lindsaeaceae Lindsaea stricta (Sw.) Dryand. * Lycopodiaceae Palhinhaea cernua (L.) Franco e Vasc. ASE38697 Lygodiaceae Lygodium venustum Sw. ASE37660 Lythraceae Cuphea flava Spreng. * Malpighiaceae Byrsonima dealbata Griseb. ASE39106 Malvaceae Waltheria cinerascens A.St.-Hil. * Melastomataceae Comolia sertularia (DC.) Triana ASE38714 Nepsera aquatica (Aubl.) Naudin * Nephrolepidaceae Nephrolepis biserrata (Sw.) Schott. ASE39742 Orchidaceae Cyrtopodium flavum Link e Otto ex Rchb.f. * Encyclia alboxanthina Fowlie ASE38710 Epidendrum carpophorum Barb.Rodr. ASE37665 Epidendrum cinnabarinum Salzm. ASE39740 Epidendrum orchidiflorum (Salzm.) Lindl. ASE39735 Epidendrum secundum Jacq. * Epistephium lucidum Cogn. ASE38699 Habenaria obtusa Lindl. ASE39237 Habenaria trifida Kunth. * Jacquiniella globosa (Jacq.) Schltr. ASE39078
  • 6. Liparis vexillifera (La Llave e Lex.) Cogn. * Polystachya concreta (Jacq.) Garay e Sweet ASE38471 Polystachya estrellensis Rchb.f. ASE37023 Scaphyglottis fusiformis (Griseb) R.E. Schultes * Scaphyglottis prolifera (R.Br.) Cogn. * Sobralia liliastrum Salzm. ex Lindl. ASE38696 Orobanchaceae Esterhazya splendida J.C.Mikan ASE39682 Piperaceae Peperomia obtusifolia (L.) A.Dietr. ASE38483 Piper arboreum Aubl. * Poaceae Andropogon selloanus (Hack.) Hack. ASE38713 Axonopus aureus P. Beauv. * Echinolaena inflexa (Poir.) Chase ASE39099 Ichnanthus bambusiflorus (Trin.) Döll ASE37024 Paspalum pumilum Nees * Setaria parviflora (Poir.) Kerguélen * Polygalaceae Polygala galioides Poir. * Polypodiaceae Campyloneurum nitidum (Kaulf.) C.Presl ASE39088 Pleopeltis astrolepis (Liebm.) E.Fourn. * Pleopeltis macrocarpa (Bory ex Willd.) Kaulf. ASE39082 Serpocaulon triseriale (Sw.) A.R.Sm. ASE38479 Rubiaceae Borreria capitata (Ruiz e Pav.) DC. * Declieuxia aspalathoides Müll.Arg. ASE38446 Declieuxia fruticosa (Willd. ex Roem. e Schult.) Kuntze ASE39228 Staelia virgata (Link ex Roem. e Schult.) K. Schum. ASE39235 Scrophulariaceae Ameroglossum pernambucense Eb. Fisch. et al., * Turneraceae Turnera coerulea DC ASE39229 Piriqueta guianensis N. E. Br. ASE39231 Urticaceae Cecropia pachystachya Trécul * Em estudo realizado por Falkenberg (2003) nos Aparados da Serra Geral, Sul do Brasil, foram listadas 642 espécies rupícolas sendo que as famílias mais ricas foram Asteraceae, Poaceae, Cyperaceae, Fabaceae, Orchidaceae, Polypodiaceae, Rubiaceae, Apiaceae e Bromeliaceae, Melastomataceae e Solanaceae. Dentre as espécies listadas por Falkenberg, Tillandsia stricta e Epidendrum secundum, também foram encontradas no presente estudo. Dois fatores podem explicar essa diferença no número de espécies inventariadas: (i) a diferença no tamanho das áreas amostrais; (ii) diferenças na conservação das áreas - o local avaliado por Falkenberg, por ser de difícil acesso, não sofre com impactos como aqueles proporcionado pelo turismo, frequente no PARNASI (OLIVEIRA et al.,
  • 7. 2009). Já no trabalho realizado por Esgario et al., (2009) no Alto Misterioso, Sudeste do Brasil, foram listadas 170 espécies rupícolas, sendo que as famílias Orchidaceae, Asteraceae, Melastomataceae e Bromeliaceae apresentaram uma maior riqueza. Além disso, nesse mesmo trabalho é possível observar a ocorrência de espécies pertencentes aos mesmos gêneros listados neste trabalho, como o Mandevilla, Philodendrum, Habenaria e Tillandsia. Da mesma forma que no trabalho anterior, esse apresentou uma área amostral maior, e esse fato pode explicar a diferença no número de espécies, mesmo sendo uma área que, assim como o PARNASI, sofre com impactos antrópicos negativos. Nos trabalhos supracitados, as famílias Orchidaceae e Bromeliaceae estão sempre presentes e em geral entre aquelas com maior riqueza. Esse fato se repetiu nesse trabalho onde os representantes das famílias Orchidaceae e Bromeliaceae corresponderam juntos a 32,95% de todos os táxons amostrados. Esse resultado pode ser explicado devido ao fato dessas espécies possuírem traços adaptativos de epífitas, os quais são de grande importância em ambientes rupícolas (ESGARIO et al., 2009). Nos trópicos, principalmente na América do Sul, é comum a existência dessa forte afinidade entre a vegetação rupícola e epífita (BARTHLOTT; POREMBSKI, 2000), característica essa que foi evidenciada no presente trabalho onde, das 27 das espécies amostradas, cerca de 30% do total, foram encontradas por Araújo et al. (2019) como epífitas. Essas duas famílias supracitadas são representadas por espécies consideradas bioindicadoras de alterações no ambiente (ZOTZ; ANDRADE, 2002). Além disso, são fonte de alimento para insetos e aves (VAN- DER-PIJL; DODSON, 1966; DIAS et al., 2014). A família Bromeliaceae ainda possui representantes que fornecem ambientes para diversos grupos de animais devido as suas estruturas vegetativas (DIAS et al., 2014). O fato da família Poaceae ter demonstrado um menor número de espécies quando comparado a Orquidaceae e Bromeliacea pode ser um reflexo do clima úmido no qual o PARNASI está inserido. Como apresentado por Araújo et al. (2008) em seu trabalho em Quixabá, município do Ceará, a alta riqueza de Poaceae aparenta estar relacionada com a presença de afloramentos rochoso em climas mais secos, sendo que em climas mais úmidos Orquidaceae e Bromeliaceae apresentam maior diversidade. Ainda sobre as famílias, cerca de 69% das 39 famílias encontradas apresentaram apenas um representante. Esse fato demonstra a alta riqueza de rupícolas presentes no PARNASI já que, segundo Ratter et al. (2003), um número elevado de famílias com apenas uma espécie é um padrão indicativo alta riqueza. Valores relativamente altos também foram encontrados em outros trabalhos com foco na vegetação rupícola. França et al. (1997), na região Nordeste, observaram que 37% das famílias seguiam esse padrão. De maneira semelhante, no Sudeste, Meirelles (1999), Caiafa (2002) e Porembski et al. (1998) encontraram valores acima de 50% de famílias com apenas um representante. Cabe ressaltar que no presente trabalho foram amostradas as seguintes espécies ameaçadas de extinção: Allagoptera brevicalyx Moraes., Guzmania lingulata (L.) Mez, Melocactus violaceus Pfeiff., Staelia virgata (Link ex Roem. e Schult.) K. Schum. (CNCFLORA, 2023) e Ameroglossum pernambucense Eb. Fisch. et al. (REIS et al., 2019). Levando em consideração que os ambientes rupícolas, devido as suas características, representam um importante refúgio contra certos impactos (SILVA, 2016), se torna evidente a importância da existência dos mesmos no PARNASI para proteção dessas espécies. Quanto à similaridade, essa se mostrou baixa entre todos os cruzamentos (Figura 2), evidenciando que cada área apresenta um rol de espécie exclusivas. As espécies encontradas no presente trabalho e que também foram amostradas em outras áreas foram: Epidendrum secundum Jacq, Mandevilla tenuifolia (J.C.Mikan) Woodson, Tillandsia recurvata (L.) L., Lagenocarpus rigidus Nees, Chelonanthus purpurascens (Aubl.) Struwe et al., Dicranopteris flexuosa (Schrad.) Underw., Epistephium lucidum Cogn., Esterhazya splendida J.C.Mikan.
  • 8. Figura 1: Cluster produzido pela análise de similaridade de Jaccard. Sendo: I - área estudada; II - Minas Gerais (CAIAFA, 2002); III - Paraiba (TÖLKE, 2011); IV - Bahia (GUIMARÃES, 2012); V - Tocantins (ROLIM, 2013); VI - Espirito Santo (ESGARIO, 2009); VII – Ceará (PEREIRA et al., 2018). De modo geral, essa baixa similaridade observada pode ser explicada pelas seguintes questões: (i) diferença de tamanho entre as áreas amostrais; (ii) alto endemismo desse grupo de plantas; (iii) dependência espacial. Esse último fator, por exemplo, já foi observado em outros trabalhos (PITREZ, 2006; LACERDA, 2007; SANTOS et al., 2007; JÚNIOR; DRUMOND, 2014). CONCLUSÕES Diante dos resultados é possível afirmar que o Parque Nacional Serra de Itabaiana é de extrema importância uma vez que apresenta uma flora rupícola rica e singular que deve ser protegida. Devido a isso, sugere-se que medidas sejam tomadas para a prevenção de impactos negativos presentes no Parque que possam vir a ameaçar essas espécies, como a presença elevada de exóticas invasoras, queimadas, práticas agrícolas, retirada de solo e supressão vegetal (SOBRAL et al., 2007). REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALVES, R. J. V.; CARDIN, L.; KROFP, M. S. Angiosperm disjunction “Campos Rupestres – Restingas” – a re-evaluation. Acta Botânica Brasílica, Brasília, v. 21, n. 3, p. 675-685, dec./jan., 2007. ARAÚJO, F. S.; OLIVEIRA, R. F.; LIMA- VERDE, L. W. Composição, espectro biológico e síndromes de dispersão da vegetação de um inselbergue no domínio da caatinga, Ceará. Rodriguésia, Rio de Janeiro, v. 59, n. 4, p. 659- 671, oct./dec., 2008. ARAÚJO, K.; SANTOS, J. L.; FABRICANTE, J. R. Epífitas vasculares do Parque Nacional Serra de Itabaiana, Sergipe, Brasil. Biotemas, Santa Catarina, v. 32, n. 1, p. 21-29, mar., 2019. BARTHLOTT, W.; GRÖGER, A.; POREMBSKI, S. Some remarks on the vegetation of tropical inselbergs: diversity and ecological differentiation. Compte rendu des Séances de la Société de Biogéographie, Paris, v. 69, n. 3, p. 105-124, 1993. BEZERRA, M. F. A. et al. Mixobiota do Parque Nacional Serra de Itabaiana, SE, Brasil: Physarales. Act Botanica Brasilica, Brasília, v. 24, n. 4, p. 1044-1056, dez., 2008. BEZERRA, M. F. A.; FARIAS, G. R.; CAVALCANTI, L. H. Mixobiota do Parque Nacional Serra de Itabaiana, SE, Brasil: Trichiales. Act Botanica Brasilica, Brasília, v. 24, n. 2, p. 510-517, jun., 2010. BEZERRA, M. F. A.; LADO, C.; CAVALCANTI, L. H. Mixobiota do Parque
  • 9. Nacional Serra de Itabaiana, SE, Brasil: Liceales. Act Botanica Brasilica, Brasília, v. 21, n. 1, p. 107-118, mar., 2007. BOOTH, B. D.; LARSON, D. W. Ecological assembly rules: pespectives, advances, retreats. Cambridge: Cambridge University, 1999. CAIAFA, N. A. Composição florística e estrutura da vegetação sobre um afloramento rochoso no Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, MG. 2002. 56 f. Dissertação (Mestrado em Botânica) – Curso de Botânica, Departamento de Biologia Vegetal, Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, 2002. CARVALHO, C. M.; VILAR, J. C. Parque Nacional Serra de Itabaiana: levantamento da Biota. São Cristóvão: Universidade Federal de Sergipe, 2005. CNCFLORA. Disponível em: <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/>. Acesso em: 09 fev. 2023. COSTA, C. C. Parque Nacional Serra de Itabaiana-SE: realidade e gestão. Revista Monografias Ambientais, Santa Maria, v. 13, n. 5, p. 393-395, dez., 2014. DANTAS, T. V. P. et al. Florística e estrutura da vegetação arbustivo-arbórea das Areias Brancas do Parque Nacional Serra de Itabaiana/Sergipe, Brasil. Revista Brasileira de Botânica, São Paulo, v. 33, n. 4, p. 575-588, out./dez., 2010. DANTAS, T. V. P.; RIBEIRO, A. S. Caracterização da Vegetação no Parque Nacional Serra de Itabaiana, Sergipe - Brasil. Biotemas, Santa Catarina, v. 23, n. 4, p. 9-18, dez., 2010. DIAS, M. L. et al. Bromélias e suas principais interações com a fauna. CES Revista, Juiz de Fora, v. 28, n. 1, p. 3-16, jan./dez., 2014. ESCUDERO, A. Community patterns on exposed cliffs in a mediterranean calcareous. Vegetatio, Bélgica, v. 125, n. 1, p. 99-110, mai., 1996. ESGARIO, C. P.; FONTANA, A. P.; SILVA, A. G. A. Flora vascular sobre rocha no Alto Misterioso, uma área prioritária para a conservação da Mata Atlântica no Espírito Santo, Sudeste do Brasil. Revista Natureza On line, Santa Teresa, v. 7, n. 2, p. 80-91, 2009. ESGARIO, C. P.; RIBEIRO, L. F.; SILVA, A. G. O. Alto Misterioso e a vegetação sobre rochas em meio à Mata Atlântica, no Sudeste do Brasil. Natureza on line, Santa Teresa, v. 6, n. 2, p. 55- 62, 2008. FABRICANTE, J. R.; ADADRADE, L. A.; MARQUES, F. J. Caracterização populacional de Melocactus zehntneri (Britton e Rose) Luetzelburg (Cactaceae) ocorrente em um inselbergue da Caatinga paraibana. Biotemas, Santa Catarina, v. 23, n. 1, p. 61-67, mar., 2010. FALKENBERG, D. B. Matinhas nebulosas e vegetação rupícola dos Aparados da Serra Geral (SC/RS), sul do Brasil. 2003. 558 f. Tese (Doutorado em Biologia Vegetal) – Curso de Biologia Vegetal, Instituto de Biologia, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2003. Flora e Funga do Brasil. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/>. Acesso em: 09 fev. 2023. FRANÇA F.; MELLO, E.; SANTOS, C. C. Flora de “Inselbergs” da região de Milagres, Bahia, Brasil: I. Caracterização da vegetação e lista da vegetação de dois “Inselbergs”. Sitientibus, Feira de Santana, n. 17, p. 163-184, jul./dez., 1997. GOMES, P.; ALVES, M. Floristic diversity of two crystalline rocky outcrops in the Brazilian northeast semi-arid region. Revista Brasileira de Botânica, São Paulo, v. 33, n. 4, p. 661-676, out./dez., 2010. GRANDI, T. S. M. Tratado das Plantas Medicinais: mineiras, nativas e cultivadas. Belo Horizonte: Adequatio Estúdio, 2014. GUIMARÃES, V. F. G. Caracterização fisionômica e estrutural da Vegetação rupícola sobre os mirantes Naturais no parque urbano de Igatú, Andaraí Bahia. 2012. 33 f. Monografia (Bacharel em Ciências Biológicas) – Curso de Ciências Biológicas, Centro de Ciências
  • 10. Agrárias, Ambientais e Biológicas, Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, Cruz das Almas, 2012. JÚNIOR, J. T. C.; DRUMOND, M. A. Estudo comparativo da estrutura fitossociológica de dois fragmentos de Caatinga em níveis diferentes de conservação. Pesquisa Florestal Brasileira, Colombo, v. 34, n. 80, p. 345-355, out./dez., 2014. KOVACH, W. L. MVSP – A multivariate statistical package for windows, ver. 3.1. Pentraeth: Kovach Computing Services, 2005. LACERDA, A. V. Caracterização florística, fitossociológica e análise da relação entre a distribuição das espécies e a distância da margem de riachos intermitentes na bacia hidrográfica do rio Taperoá, semi-árido paraibano, Brasil. 2007. 141 f. Tese (Doutorado em Ciências) – Curso de Ecologia e Recursos Naturais, Departamento Universidade Federal de São Carlos, 2007. LARSON, D. W.; MATTHES, U.; KELLY, P. E. Cliff ecology: pattern and process in cliff ecosystems. Cambridge: Cambridge University, 2000. LÜTH, M. Felsen und Blockhalden: Biotope in Baden-Württemberg. Karlsruhe: Umweltministerium Baden-Württemberg, 1993. LÜTTGE, U. Physiological Ecology of Tropical Plants. Berlim: Springer-Verlag, 1997. MACIEL, J. R.; ALVES, M. A. Família poaceae na serra de Itabaiana, Parque Nacional Serra de Itabaiana, Sergipe-Brasil. Revista Caatinga, Mossoró, v. 24, n. 3, p. 85-93, jul./set., 2011. MEIRELLES, S. T.; PIVELLO, V. R.; JOLY, C. A. The vegetation of granite rock outcrops in Rio de Janeiro, Brazil, and the need for its protection. Environmental Conservation, Cambridge, v. 26, n. 1, p. 10-20, mar./mai., 1999. MÜLLER-DOMBOIS, D.; ELLENBERG, H. Aims and methods of vegetation ecology. New York: John Wiley e Sons, 1974. OLIVEIRA, I. S. S.; GOMES, L. J.; SANTOS, J. Proposta de monitoramento dos impactos do ecoturismo no Parque Nacional Serra de Itabaiana, Sergipe. Revista Nordestina de Ecoturismo, Arcaju, v. 2, n. 1, p. 6-24, abr., 2009. OLIVEIRA, T. D. et al. Estabelecimento de espécies vegetais em um inselberg granítico de Mata Atlântica. Estudo de Biologia, Curitiba, v. 26, n. 57, p. 17-24, out./dez., 2004. PEREIRA, M. M. D. et al. A flora e a vegetação dos afloramentos rochosos em três municípios na região Norte do Ceará, Brasil: caracterização fitossociológica. Rodriguésia, Rio de Janeiro, v. 69, n. 2, p. 281-299, abr./jun., 2018. PESSANHA, A. S. et al. Composition and conservation of Orchidaceae on an inselberg in the Brazilian Atlantic Forest and floristic relationships with areas of Eastern Brazil. Revista de Biologia Tropical, São José, v. 62, n. 2, p. 829-841, abr./jun., 2014. PITREZ, S. R. Floristica, fitossociologia e citogenética de angiospermas ocorrentes em inselbergues. 2006. 111 f. Tese (Doutorado em Agronomia) – Curso de Agronomia, Departamento de Fitotecnia, Universidade Federal da Paraíba, Areia, 2006. POREMBSKI, S. et al. Diversity and ecology of saxicolous vegetation mats on inselbergs in the Brazilian Atlantic rainforest. Diversity and Distributions, v. 4, n. 3, p. 107-119, mai., 1998. POREMBSKI, S.; BARTHLOTT, W. Granitic and gneissic outcrops (inselbergs) as centers of diversity for desiccation-tolerant vascular plants. Plant Ecology, Países Baixos, v. 151, n. 1, p. 19- 28, 2000. PORTO, P. A. F. et al. Composição florístico de um inselberg no agreste paraibano, município de Esperança, nordeste do Brasil. Revista Caatinga, Mossoró, v. 21, n. 2, p. 214-223, abr./jun., 2008. RATTER, J. A.; BRIDGEWATER, S.; RIBEIRO, J. F. Analysis of the floristic composition of the brazilian cerrado vegetation III: Comparison of the woody vegetation of 376 areas. Edinburg Journal of Botany, Cambridge, v. 60, n. 1, p. 57-109, mar., 2003.
  • 11. REIS, D. O. et al. Categorização do Risco de Extinção de Ameroglossum Pernambucense Eb. Fisch., S. Vogel e A.V. Lopes (Scrophulariaceae). Pesquisa - Série Botânica, São Leopoldo, n. 73, p. 221-227, jul., 2019. RIBEIRO, K. T. Estrutura, dinâmica e funcionalidade em comunidades rupícolas no Planalto do Itatiaia. Itatiaia: Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2002. RIBEIRO, K. T.; MEDINA, B. M. O.; SCARANO, F. R. Species composition and biogeographic relations of the rock outcrop flora on the high plateau of Itatiaia, SE-Brazil. Revista Brasileira de Botânica, São Paulo, v. 30, n. 4, p. 623-639, out./dez., 2007. ROLIM, P. L.; SILVA, W. M.; CHAVES, A. L. F. Fitossociologia de uma área de cerrado no inselberg “Morro São João”, município de Porto Nacional, Tocantins. Journal of Biotechnology and Biodiversity, Gurupi, v. 4, n. 2, p. 84-90, mai., 2013. SAFFORD, H. Brazilian Páramos I. An introduction to the physical environment and vegetation of the campos de altitude. Journal of Biogeography, v. 26, n. 4, p. 693-712, jan.,1999. SALES-RODRIGUES, J.; BRASILEIRO, J. C. B.; MELO, J. I. M. Flora de um inselberg na mesorregião agreste do estado da Paraíba-Brasil. Polibotánica, Colonia Santo Tómas, v. 1, n. 37, p. 47-61, Fev., 2014. SANTOS, H. G. et al. Sistema Brasileiro de Classificação de Solos. Brasília: Embrapa, 2013. SANTOS, L. M. et al. Guia de Plantas: Flores no campo rupestre. Minas Gerais: Vale/Bioma Meio Ambiente, 2018. SANTOS, R. M. D. et al. Riqueza e similaridade florística de oito remanescentes florestais no norte de Minas Gerais, Brasil. Revista Árvore, Viçosa, v. 31, n. 1, p. 135-144, fev., 2007. SILVA, J. B. Panorama sobre a vegetação em afloramentos rochosos do Brasil. Oecologia Australis, Rio de Janeiro, v. 20, n. 4, p. 451-463, 2016. SILVA, J. B.; GERMANO, S. R. Bryophytes on rocky outcrops in the caatinga biome: A conservationist perspective. Acta Botanica Brasilica, Brasília, v. 27, n. 4, p. 827-835, dez., 2013. SOBRAL, I. S. et al. Avaliação dos impactos ambientais no Parque Nacional Serra de Itabaiana-SE. Caminhos de Geografia, Uberlândia, v. 8, n. 24, p. 102-110, dez., 2007. SOUZA, C. W. S.; ENNES, M. A. Ambiente e sociedade: o Parque Nacional Serra de Itabaiana em debate. Diversitas Journal, Arapiraca, v. 1, n. 1, p. 14-20, jan./abr., 2016. TÉLLEZ, T. R.; GARCÍA, P. E.; PÉREZ- CHISCANO, J. L. La Serena y Sierras Limitrofes: Flora y Vegetación. Portugal: Secretaria Geral, 2007. TENÓRIO, J. G. et al. Mixobiota do Parque Nacional Serra de Itabaiana, SE, Brasil: Stemonitales. Act Botanica Brasilica, Brasília, v. 23, n. 3, p. 644-656, set., 2009. TEODORO, G. S. et al. Specialized roots of Velloziaceae weather quartzite rock while mobilizing phosphorus using carboxylates. Functional Ecology, Reino Unido, v. 33, n. 5, p. 762-773, mar. 2019. TÖLKE, E. E. A. D. et al. Flora vascular de um inselbergue no estado da Paraíba, Nordeste do Brasil. Biotemas, Santa Catarina, v. 24, n. 4, p. 39-48, dez., 2011. VAN-DER-PIJL, L.; DODSON, C. H. Orchid flowers: their pollination and evolution. Coral Gables: University of Miami Press, 1966. VICENTE, A. et al. Descrição parcial e preliminar dos hábitats da Serra de Itabaiana, Sergipe. Publicações Avulsas do Centro Acadêmico Livre de Biologia, Aracaju, v. 1, p. 23-27, 1997. ZOTZ, G.; ANDRADE, J. L. La ecología y la isiología de las epiitas y las hemiepíitas. In: GUARIGUATA, M.; CATAN, G. Ecología y conservación de bosques neotropicales. San José: Editorial Libro Universitario Regional, 2002, p.
  • 12. 271-296. 1 - Mestrando em Ciências Naturais pela Universidade Federal de Sergipe, Campus Universitário Prof. Alberto Carvalho, Departamento de Biociências, Laboratório de Ecologia e Conservação da Biodiversidade. Av. Ver. Olímpio Grande, s/n, Porto, Itabaiana, Sergipe, Brasil, CEP: 49.510-200. *Autor para correspondência: daniel.olire@gmail.com 2 - Mestrando em Ciências Naturais pela Universidade Federal de Sergipe, Campus Universitário Prof. Alberto Carvalho, Departamento de Biociências, Laboratório de Ecologia e Conservação da Biodiversidade. Av. Ver. Olímpio Grande, s/n, Porto, Itabaiana, Sergipe, Brasil, CEP: 49.510-200. 3 - Doutor em Agronomia com área de concentração em Ecologia Vegetal e Meio Ambiente, Professor da Universidade Federal de Sergipe, Campus Universitário Prof. Alberto Carvalho, Departamento de Biociências, Laboratório de Ecologia e Conservação da Biodiversidade. Av. Ver. Olímpio Grande, s/n, Porto, Itabaiana, Sergipe, Brasil, CEP: 49.510-200. 12