SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 16
Baixar para ler offline
Levantamento florístico de Bryopsida de cerrado e mata ripícola                                                      61




LEVANTAMENTO FLORÍSTICO DE BRYOPSIDA DE CERRADO E MATA RIPÍCOLA
LEVANTAMENTO
   ANTAMENT                BRYOPSIDA                MAT
       DO PARQUE NACIONAL DE SETE CIDADES, PIAUÍ, BRASIL 1
          PARQ
           ARQUE NACIONAL         CIDADES, PIAUÍ,

                                                                          Nívea Maria Carneiro Farias Castro 2
                                                                                      Kátia Cavalcanti Pôrto 3
                                                                                                  Olga Yano 4
                                                                          Antônio Alberto Jorge Farias Castro 2

Recebido em 05/10/00. Aceito em 01/08/01.


      RESUMO – (Levantamento florístico de Bryopsida de cerrado e mata ripícola do Parque Nacional de Sete
      Cidades, Piauí, Brasil). Foi realizado o levantamento florístico das Bryopsida dos ecossistemas de cerrado e de
      mata ripícola do Parque Nacional de Sete Cidades localizado nos municípios de Piracuruca e Brasileira (04º05-15’S
      e 41º30-45’W), Piauí, Brasil. Foram identificadas 22 espécies de musgos pertencentes às famílias: Bartramiaceae
      (1 sp.), Bryaceae (2 sp.), Calymperaceae (2 sp.), Dicranaceae (3 sp.), Erpodiaceae (1 sp.), Fissidentaceae (6 sp.),
      Hypnaceae (1 esp.), Leucobryaceae (1 sp.), Pottiaceae (2 sp.), Sematophyllaceae (2 sp.) e Stereophyllaceae (1
      sp.). Constituem-se novas referências para o Brasil, Weisiopsis nigeriana (Egun. & Olar.) Zand.; para o Nordeste,
      Campylopus heterostachys (Hampe) Jaeg. e para o Estado do Piauí: Bryum capillare Hedw., Bryum cruegeri
      Hampe ex C.Müller, Philonotis uncinata (Schwaegr.) Brid., Vesicularia vesicularis (Schwaegr.) Broth., Semato-
      phyllum subsimplex (Hedw.) Mitt., Trichosteleum fluviale (Mitt.) Jaeg., Hyophila involuta (Hook.) Jaeg. & Sau-
      erb., Calymperes palisotii Schwaegr. ssp. richardii (C.Müller) S.Edwards, Fissidens guianensis Mont., Fissidens
      intermedius C.Müller, Fissidens prionodes Mont., Fissidens goyazensis Broth. e Fissidens zollingeri Mont. Aos
      táxons são indicadas referências de descrições, ilustração e distribuição geográfica.

      Palavras-chave – musgos, Bryopsida, cerrado, Piauí
       alavras-cha
          vras-chav

      ABSTRACT – (Bryopsida from the cerrado and gallery forest of the Sete Cidades National Park, in the State of
      ABSTRACT
      Piauí, Brazil). This study is a floristic survey of the Bryopsida from the “cerrado” and from the gallery forest of
      the Sete Cidades National Park in the municipalities Piracuruca and Brasileira, in the State of Piauí, Brazil
      (04º05-15’S and 41º30-45’W). Twenty-two taxa were determined from the following families: Bartramiaceae (1
      esp.), Bryaceae (2 esp.), Calymperaceae (2 esp.), Dicranaceae (3 esp.), Erpodiaceae (1 esp.), Fissidentaceae (6
      esp.), Hypnaceae (1 esp.), Leucobryaceae (1 esp.), Pottiaceae (2 esp.), Sematophyllaceae (2 esp.) and Stereo-
      phyllaceae (1 esp.). Weisiopsis nigeriana (Egun. & Olar.) Zand. is the first record of this species to Brazil,




1
  Parte da Dissertação de Mestrado do primeiro autor.
2
  Núcleo de Referência em Ciências Ambientais do Trópico Ecotonal do Nordeste (TROPEN), PRPPG/UFPI, Av.
  Universitária, 1310, Campus da Ininga, CEP 64049-550, Teresina, Piauí, Brasil, e-mail ajcastro@wpoint.com.br.
3
  Departamento de Botânica, CCB/UFPE, Av. Prof. Moraes Rêgo, s/n, Cidade Universitária, CEP 50670-901,
   Recife, Pernambuco, Brasil.
4
  Instituto de Botânica, C. Postal 4005, CEP 01061-970, São Paulo, São Paulo, Brasil.


Acta bot. bras. 16(1): 61-76, 2002
62                                                                                             Castro, N. M. C. F. et al.


     Campylopus heterostachys (Hampe) Jaeg. is the first of this species found in Brazilian northeast, and Bryum
     capillare Hewd., Bryum cruegeri Hampe ex C.Müller, Philonotis uncinata (Schwaegr.) Brid., Vesicularia vesic-
     ularis (Schwaegr.) Broth., Sematophyllum subsimplex (Hedw.) Mitt., Trichosteleum fluviale (Mitt.) Jaeg., Hyo-
     phila involuta (Hook.) Jaeg. & Sauerb., Calymperes palisotii Schwaegr. ssp. richardii (C.Müller) S.Edwards,
     Fissidens guianensis Mont., Fissidens intermedius C.Müller, Fissidens prionodes Mont., Fissidens goyazensis
     Broth. and Fissidens zollingeri Mont. are new to the State of Piauí. For each taxon a description is given along
     with references, illustrations and geographical distribution.

     Keys words – mosses, Bryopsida, cerrado, Piauí
          words

Introdução                                                  artigo há citação de espécies de briófitas para
                                                            os cerrados da Bahia, Maranhão e Piauí. Para o
      As briófitas são plantas avasculares, peque-          Piauí, nenhum trabalho similar a este foi reali-
nas e de estrutura relativamente simples. Podem             zado, até o momento.
ser encontradas nos habitats mais diversos, co-                  Existem somente citações de coletas feitas
lonizando tipos variados de substratos, como                por alguns botânicos em expedições científicas,
muros, rochedos e areia, troncos vivos e mor-               estando todo o material depositado em herbári-
tos, folhas e cupinzeiros. Considerando os prin-            os nacionais e estrangeiros (Vital 1983; Egunyo-
cipais tipos de vegetação brasileira, as briófitas          mi & Vital 1984; Frahm 1991; Reese 1993 e
ocorrem tanto em matas úmidas e sombreadas                  Ireland & Buck 1994).
como em cerrados e caatingas (Yano 1984; Lis-                    O primeiro registro de briófitas para o Piauí
boa 1993).                                                  foi realizado por Luetzelburg (1922/23), que
      No Brasil, a maioria dos estudos sobre bri-           relaciona 11 espécies de musgos pertencentes a
ófitas é de caráter florístico, que registram no-           5 famílias para a Bahia e o Piauí. As espécies
vas ocorrências e atualizam a distribuição geo-             de briófitas registradas para o Piauí pertencem
gráfica dos táxons. No que se refere especifica-            às famílias Corsiniaceae, Dicranaceae, Erpodi-
mente aos musgos, informações sobre as espé-                aceae, Exormothecaceae, Funariaceae, Helico-
cies estão compiladas nos relevantes catálogos              phyllaceae, Hookeriaceae, Hypnaceae, Junger-
de Yano (1981, 1989, 1995). De acordo com os                manniaceae, Leucobryaceae e Plagiotheciace-
trabalhos florísticos realizados, principalmen-             ae (Yano 1981, 1984, 1989) e Calymperaceae
te, por Vital (1980), Marinho (1987), Pôrto                 (Reese 1993).
(1990), Yano (1992), Lisboa (1993), Valdevino                    Dessas espécies, três são citadas para o
(1994), Costa (1995) e Oliveira e Silva (1998),             Parque Nacional de Sete Cidades, Campylopus
é possível acompanhar o aumento das contri-                 griseus (Hornsch.) Jaeg., Campylopus savanna-
buições sobre a flora briofítica do Brasil.                 rum (C.Müller) Mitt. e Campylopus surinamen-
      Para o Nordeste, a mais recente avaliação             sis C.Müller (Frahm 1991) e Syrrhopodon pro-
sobre a briologia foi feita por Pôrto (1996). Este          lifer Schwaegr. var. acanthoneuros (C.Müller)
trabalho, menciona um histórico, as publicações             C.Müller (Reese 1993).
das últimas décadas que citam coleções da re-                    Devido a escassez de estudos sobre a brioflo-
gião e artigos sobre distribuição geográfica de             ra do Piauí, este trabalho teve por objetivos: estu-
muitos táxons.                                              dar a composição da flora briofítica de uma área
      O trabalho de Egunyomi & Vital (1984)                 de preservação no centro-norte do Piauí; contri-
analisa as briofloras da savana nigeriana e dos             buir para o conhecimento da brioflora (musgos)
cerrados brasileiros, estabelecendo afinidades,             dos ecossistemas de cerrado e de mata ripícola do
a nível genérico, na tentativa de mostrar a natu-           Brasil; fornecer subsídios para estudos futuros de
reza semelhante de ambas as vegetações. Neste               florística, taxonomia e ecologia e dar início à co-


                                                                                     Acta bot. bras. 16(1): 61-76, 2002
Levantamento florístico de Bryopsida de cerrado e mata ripícola                                                63

leção de briófitas do Herbário Graziela Barroso                   vivo, tronco em decomposição, solo, rocha e
(TEPB) da Universidade Federal do Piauí (UFPI).                   cupinzeiro. O método de coletas preferenci-
                                                                  ais (MCP) (Castro 1994) foi utilizado na
Material e Métodos                                                amostragem. Todos os exemplares coletados
·                                                                 foram depositados no Herbário Graziela Bar-
Área de Estudo                                                    roso (TEPB) da Universidade Federal do
                                                                  Piauí.
     O Parque Nacional de Sete Cidades criado                          Para a análise e a identificação do mate-
pelo Decreto Federal de N° 50.744, de 8 de ju-                    rial utilizaram-se, principalmente, os traba-
nho de 1961, está situado a nordeste do estado                    lhos de Bartram (1949), Reese (1961, 1983,
do Piauí, nos municípios de Piracuruca e Brasi-                   1993), Florschütz (1964), Syed (1973), Gri-
leira, entre as coordenadas 04°05'-15’S e                         ffin-III (1979), Edwards (1980), Vital (1980),
41°30'-45’W. Possui área de 6.221,48ha, banha-                    Crum & Anderson (1981), Pursell (1984),
do por rios de médio a baixo porte, com regime                    Buck & Ireland (1985), Frahm (1991), Yano
hídrico irregular, apresentando intermitência. O                  (1992), Lisboa (1993), Zander (1993) e Sharp
relevo é suave, típico das bacias sedimentares,                   et al. (1994). O sistema de classificação ado-
altitude variando entre 100 a 300m, com dois                      tado neste trabalho é o proposto por Vitt
tipos de solos: areias quartzosas distróficas, em                 (1984), com modificações de Buck & Ireland
locais suavemente ondulados e hidromórficos,                      (1985) para a família Plagiotheciaceae.
em locais planos (IBDF 1979).                                          É citado para cada espécie: referência,
     Segundo Thornthwaite & Mather (1995                          descrição, ilustração na literatura e distribui-
apud Varejão-Silva & Reis 1988), o clima local                    ção geográfica no Brasil. Na distribuição ge-
é Subúmido Seco com pequeno excedente hi-                         ográfica das espécies no Brasil, os estados
dríco no outono. A temperatura média anual é                      estão citados por suas siglas oficiais.
de 26,8°C e a precipitação anual é de 1.200mm.
A estação chuvosa está compreendida de janei-                     Resultados
ro a maio com precipitações mensais que vari-
am de 143 a 295mm. O período mais seco con-                           No Parque Nacional de Sete Cidades fo-
centra-se entre os meses de julho a novembro                      ram registradas 22 espécies de Bryopsida,
com precipitações mensais variando de 7 a                         pertencentes a 11 famílias. Uma lista comen-
22mm. O excedente hidríco anual é 131mm e a                       tada dos espécies é apresentada a seguir.
deficiência hidríca anual de 570mm.
     O Parque está inserido numa faixa de con-                    BRYACEAE
tato entre o cerrado e a caatinga. Consideran-                    Bryum apiculatum Schwaegr., Musc. Suppl.
do-se a fisionomia da vegetação, as condições                     1(2): 102. 1816.
climáticas e edáficas, a cobertura dominante é                    Descrição e ilustração: Florschütz (1964);
de cerrado, acompanhada de manchas de cerra-                      Griffin III (1979); Marinho (1987) como
dão, campos abertos inundáveis e matas ripíco-                    Bryum cruegeri Hampe ex C.Müller.
las (IBAMA 1989).                                                 Material estudado: BRASIL. Piauí: Municí-
                                                                  pios Piracuruca e Brasileira, Parque Nacio-
Coleta e Identificação do Material                                nal de Sete Cidades; rocha, não fértil,
                                                                  N.M.Castro 12, 7-VII-1994 (TEPB 9106);
    As amostras de briófitas foram retiradas                      rocha, não fértil, K.C.Porto s/n, 18-IV-1995
de variados tipos de substratos, como: tronco                     (TEPB 9263).


Acta bot. bras. 16(1): 61-76, 2002
64                                                                                Castro, N. M. C. F. et al.


Distribuição geográfica: AM, MG (Yano             BARTRAMIACEAE
1981); PB (Marinho 1987); Piauí.                  Philonotis uncinata (Schwaegr.) Brid., Bryol.
Comentários: Apresenta gametófito de porte        Univ. 2: 22. 1827.
pequeno, verde-amarelado, com filídios ere-       Descrição e ilustração: Florschütz (1964); Gri-
to-espalhados quando secos, células hexago-       ffin III (1979); Lisboa (1993); Sharp et al.
nais alongadas e costa percurrente a curto-ex-    (1994).
currente. Foi encontrada em local alagado         Material estudado: BRASIL. Piauí: Municípi-
sobre rocha, associada a Bryum capillare,         os Piracuruca e Brasileira, Parque Nacional de
Campylopus savannarum e Fissidens radi-           Sete Cidades; tronco vivo, não fértil, N.M.Castro
cans. Esta espécie está sendo citada pela pri-    3, 7-VII-1994 (TEPB 9097); rocha, não fértil,
meira vez para o Piauí.                           N.M.Castro 8, 7-VII-1994 (TEPB 9102); rocha,
                                                  não fértil, N.M.Castro 24, 29-X-1994 (TEPB
Bryum capillare Hedw., Spec. Musc. 182.           9118); rocha e tijolo, não fértil, col. K.C.Porto
1801.                                             s/n, 18-IV-1995 (TEPB 9217); solo e rocha, não
Descrição e ilustração: Syed (1973); Lisboa       fértil, N.M.Castro 170, 18-IV-1995 (TEPB
(1993); Sharp et al. (1994).                      9264); solo, não fértil, N.M.Castro 196, 26-X-
Material estudado: BRASIL. Piauí: Municí-         1995 (TEPB 9290).
pios Piracuruca e Brasileira, Parque Nacio-       Distribuição geográfica: AM (Griffin III 1979);
nal de Sete Cidades; solo, não fértil,            MT, MG, RJ (Yano 1981); PB (Marinho 1987);
N.M.Castro 34, 7-I-1995 (TEPB 9128); cu-          PE (Pôrto 1990); ES (Schäfer-Verwimp 1991);
pinzeiro, não fértil, N.M.Castro 46, 9-II-1995    RO (Lisboa 1993); Piauí.
(TEPB 9140); rocha, não fértil, N.M.Castro        Comentários: Apresenta filídios falcados, oblon-
104, 12-III-1995 (TEPB 9198); rocha, não          go-lanceolados, com ápice acuminado, costa
fértil, K.C.Porto s/n, 18-IV-1995 (TEPB           subpercurrente a curto-excurrente margem re-
9219); rocha, não fértil, N.M.Castro 155, 18-     voluta e serreada na metade superior (Costa
IV-1995 (TEPB 9249); cupinzeiro, fértil,          1995). Esta espécie geralmente é coletada so-
N.M.Castro 188, 25-X-1995 (TEPB 9282).            bre o solo ou rocha.
Distribuição geográfica: RJ (Syed 1973); CE,           Na área estudada foi encontrada sobre tron-
MT, MG, SP, SC (Ochi 1980); PE, GO (Yano          co vivo, solo, rocha e tijolo, associada a Fissi-
1989); ES (Schäfer-Verwimp 1991); RO (Lis-        dens goyazensis e a Vesicularia vesicularis. Esta
boa 1993); Piauí.                                 espécie está sendo citada pela primeira vez para
Comentários: A presença de rizóides no cau-       o Piauí.
lídio, dando uma aparência pilosa, os filídios
obovado-espatulados, com borda distanta são       STEREOPHYLLACEAE
características importantes da espécies.          Entodontopsis leucostega (Brid.) Buck & Ire-
     Os filídios quando secos apresentam-se       land., Nova Hedwigia 41: 103. 1985.
fortemente contorcidos sobre o caulídio. As       Descrição e ilustração: Buck & Ireland
coletas foram realizadas sobre rocha, solo are-   (1985); Ireland & Buck (1994); Sharp et al.
noso e cupinzeiro, associada a Bryum apicu-       (1994).
latum, Campylopus savannarum, C. surina-          Material estudado: BRASIL. Piauí: Municí-
mensis, Fissidens radicans, F. guianensis, F.     pios Piracuruca e Brasileira, Parque Nacio-
zollingeri, Hyophila involuta, Octoblepharum      nal de Sete Cidades; tronco morto, fértil,
albidum e Weisiopsis nigeriana. É a primeira      N.M.Castro 2, 7-VII-1994 (TEPB 9096); tron-
citação para o Piauí.                             co morto, não fértil, N.M.Castro 7, 7-VII-1994


                                                                        Acta bot. bras. 16(1): 61-76, 2002
Levantamento florístico de Bryopsida de cerrado e mata ripícola                                                  65

(TEPB 9101); tronco vivo, não fértil,                             Sete Cidades; rocha, não fértil, N.M.Castro 26,
N.M.Castro 13, 7-VII-1994 (TEPB 9107);                            8-VII-1994 (TEPB 9120).
rocha, não fértil, N.M.Castro 97, 11-II-1995                      Distribuição geográfica: PA, SC, RS (Yano
(TEPB 9191); tronco vivo, fértil, N.M.Castro                      1989); SP (Visnadi & Vital 1989); ES (Yano
98, 12-III-1995 (TEPB 9192); tronco vivo,                         1995); BA (Yano & Bastos 1995); RJ (Oliveira
fértil, K.C.Porto s/n, 18-IV-1995 (TEPB                           e Silva 1998); Piauí.
9220); tronco morto, fértil, K.C.Porto s/n,                       Comentários: Espécie bastante variável, carac-
18-IV-1995 (TEPB 9227); tronco morto, não                         terizada pelos filídios largamente ovalados, cur-
fértil, K.C.Porto s/n, 18-IV-1995 (TEPB                           to acuminados, com células oblongo-hexago-
9232); rocha, não fértil, K.C.Porto s/n,                          nais. Ocorre geralmente sobre solo, rocha, tron-
18-IV-1995 (TEPB 9236); rocha, fértil,                            co de árvore e húmus.
N.M.Castro 190, 25-X-1995 (TEPB 9284);                                 No Parque foi coletada em local úmido,
tronco vivo, fértil, N.M.Castro 200,                              sobre rocha, associada a Philonotis uncinata.
26-X-1995 (TEPB 9294).                                            Esta é a primeira citação para o Piauí.
Distribuição geográfica: AM, BA, CE, GO,
MT, MG, RJ (Yano 1981); SP (Yano & San-                           SEMATOPHYLLACEAE
tos 1993); AC, DF, MA, PA, PE, PI, RO, SP                         Sematophyllum subsimplex (Hedw.) Mitt., J.
(Ireland & Buck 1994); FN (Yano 1995).                            Linn. Soc. Bot. 12: 494. 1869.
Comentários: Segundo Ireland & Buck                               Descrição e ilustração: Griffin III (1979); Sharp
(1994), a espécie apresenta filídios ovalados-                    et al. (1994); Buck (1998).
lanceolados a oblongo-lanceolados, ápice cur-                     Material estudado: BRASIL. Piauí: Municípi-
to acuminado e costa fraca; células alares                        os Piracuruca e Brasileira, Parque Nacional de
numerosas, quadráticas a curto-retangulares,                      Sete Cidades, tronco morto, não fértil,
estendendo-se até próximo à costa.                                N.M.Castro 5, 7-VII-1994 (TEPB 9099); rocha,
     Foi encontrada sobre solo, tronco vivo,                      não fértil, N.M.Castro 6, 7-VII-1994 (TEPB
tronco em decomposição, rocha, em local                           9100); areia, não fértil, N.M.Castro 40, 7-I-1995,
sombrio no interior do cerrado, em popula-                        (TEPB 9134); tronco morto, fértil, N.M.Castro
ções isoladas ou associada a Campylopus sa-                       106, 12-III-1995 (TEPB 9200); tronco vivo, fér-
vannarum, Camlymperes palisotii subsp. ri-                        til, N.M.Castro 110, 12-III-1995 (TEPB 9204);
chardii, Fissidens radicans, F. guianensis, F.                    tronco vivo, não fértil, N.M.Castro 200,
goyazensis, Octoblepharum albidum, Sema-                          26-X-1995 (TEPB 9294).
tophyllum subsimplex e Weisiopsis nigeriana.                      Distribuição geográfica: AM, PA, GO, MG, PR,
Segundo Ireland & Buck (1994), foi citada                         RJ, RS, SC, SP (Yano 1981); PB (Marinho
para o município de Oeiras, Piauí, Vital 8200                     1987); AP (Yano & Lisboa 1988); MA, MT
(SP).                                                             (Yano 1989); PE (Pôrto 1990); ES
                                                                  (Schäfer-Verwimp 1991); RR (Yano & Mello
                                                                  1992); AC (Vital & Visnadi 1994); Piauí.
HYPNACEAE                                                         Comentários: Segundo Sharp et al. (1994), o cau-
Vesicularia vesicularis (Schwaegr.) Broth.,                       lídio de ramificação pinada a subpinada, conspi-
Naturl. Pflanzenfam. 1(3): 1094. 1908.                            cuamente vermelho-escuro, e filídios ereto-esten-
Descrição e ilustração: Crum & Anderson                           didos são características marcantes dessa espécie.
(1981); Sharp et al. (1994).                                            Além disso, é facilmente identificada por
Material estudado: BRASIL. Piauí: Municípi-                       apresentar ramos horizontais, filídios ovalados,
os Piracuruca e Brasileira, Parque Nacional de                    estreito-acuminados, células da lâmina alongadas,


Acta bot. bras. 16(1): 61-76, 2002
66                                                                                      Castro, N. M. C. F. et al.


sinuosas, lisas e as alares infladas e diferenciadas   Material estudado: BRASIL. Piauí: Municípi-
em grupo de 2-4 células.                               os Piracuruca e Brasileira, Parque Nacional de
     Foi coletada sobre tronco vivo, tronco em         Sete Cidades; rocha, fértil, N.M.Castro 11,
decomposição, rocha e solo arenoso, em associa-        7-VII-1994 (TEPB 9105); rocha, não fértil,
ção com os seguintes táxons: Camlymperes pali-         N.M.Castro 23, 7-VII-1994 (TEPB 9117); ro-
sotii subsp. richardii, Entodontopsis leucostega,      cha e tijolo, fértil, K.C.Pôrto, 18-IV-1995
Octoblepharum albidum, Syrrhopodon prolifer            (TEPB 9225).
var. acanthoneuros. Esta é a primeira citação para     Distribuição geográfica: AM, GO, PA, PR, RS,
o Piauí.                                               RJ (Yano 1981); PB (Marinho 1987); PE (Pôr-
                                                       to 1990); ES, SP (Yano 1995); Piauí.
Trichosteleum fluviale (Mitt.) Jaeg., Ber. St.         Comentários: Filídios ovalado-lanceolados, con-
Gall. Naturw. Ges. 1876-77: 419. 1878.                 torcidos e com margem involuta quando secos,
Descrição e ilustração: Oliveira e Silva (1998).       células apicais muito salientes na superfície su-
Material estudado: BRASIL. Piauí: Municípi-            perior são características desta espécie.
os Piracuruca e Brasileira, Parque Nacional de              De modo geral, as Pottiaceae conseguem
Sete Cidades; tronco vivo, fértil, N.M.Castro 16,      resistir à seca, ao calor e à intensa radiação atra-
7-VII-1994 (TEPB 9110); rocha, não fértil,             vés de adaptações morfológicas, como por
N.M.Castro 19, 7-VII-1994 (TEPB 9113); ro-             exemplo, a presença de pêlos hialinos no ápice
cha, fértil, K.C.Porto s/n, 18-IV-1995 (TEPB           dos filídios e a posição dos filídios no caulídio
9216); rocha, fértil, N.M.Castro 139, 18-IV-           (Zander 1993). Segundo Lisboa (1993), esta
1995 (TEPB 9233).                                      espécie é usualmente encontrada em habitat
Distribuição geográfica: AM (Griffin III 1979);        perturbado, como muros, calçadas ou paredes
MT (Yano 1981); BA (Bastos & Yano 1993);               de concretos e tijolos.
SP (Yano & Santos 1993); PA (Lisboa 1994);                  De fato, muitos exemplares da espécie, fo-
RJ (Oliveira e Silva 1998); Piauí.                     ram coletados nos bordos das piscinas artifici-
Comentários: O porte reduzido, filídio larga-          ais do Parque, sobre rocha, em associação com
mente pontiagudo, células unipapilosas, papi-          Bryum capillare, Fissidens goyazensis, F. zo-
las centrais não muito desenvolvidas, são ca-          llingeri e Weisiopsis nigeriana. Esta é a primei-
racterísticas que facilitam a identificação da         ra citação para o Piauí.
espécie.
     Foi coletada sobre tronco vivo e, preferen-       Weisiopsis nigeriana (Egun. & Olar.) Zand.,
cialmente, sobre rocha; às vezes, associada a          Bull. Buffalo. Soc. nat. Sci. 32: 193.1993. Fig.
Campylopus savannarum, C. surinamensis, Fis-           1 A-H.
sidens radicans, F. prionodes, Octoblepharum           Descrição e ilustração: Egunyomi & Olarin-
albidum e Syrrhopodon prolifer var. acantho-           moye (1978), como Gyroweisia nigeriana
neuros. Está sendo referida pela primeira vez          (Egun. & Olar.) Zand.; Zander (1993).
para o Piauí.                                          Material estudado: BRASIL. Piauí: Municípi-
                                                       os Piracuruca e Brasileira, Parque Nacional de
POTTIACEAE                                             Sete Cidades; rocha, não fértil, N.M.Castro 44,
Hyophila involuta (Hook.) Jaeg. & Sauerb., Ber.        7-I-1995 (TEPB 9138); rocha, fértil, K.C.Porto
St. Gall. Naturw. Ges. 1871-72: 354. 1873.             s/n, 18-IV-1995 (TEPB 9219); rocha, fértil,
Descrição e ilustração: Crum & Anderson                N.M.Castro 140, 18-IV-1995 (TEPB 9234); ro-
(1981); Zander (1993); Lisboa (1993); Sharp et         cha, não fértil, K.C.Porto s/n, 18-IV-1995
al. (1994).                                            (TEPB 9235); solo, fértil, N.M.Castro 160,


                                                                              Acta bot. bras. 16(1): 61-76, 2002
Levantamento florístico de Bryopsida de cerrado e mata ripícola                                                    67




Figura 1 A-H. Weisiopsis nigeriana (Egun. & Olar) Zand.: A. aspecto geral do gametófito; B. células apicais do filídio;
C. cápsula evidenciando as células de aspecto globoso; D. filídio; E. células medianas do filídio; F. cápsula quando
úmida; G. inserção da seta; H. células basais do filídio (N.M. Castro 187).


Acta bot. bras. 16(1): 61-76, 2002
68                                                                                    Castro, N. M. C. F. et al.


18-IV-1995 (TEPB 9254); rocha, fértil,                albidum. Está sendo referida pela primeira vez
N.M.Castro 187, 25-X-1995 (TEPB 9281).                para o Piauí.
Comentários: A espécie foi estabelecida por
Egunyomi & Olarinmoye (1978), como Gyro-              Syrrhopodon prolifer Schwaegr. var. acantho-
weisia nigeriana, entretanto, Zander (1993)           neuros (C.Müller) C.Müller, Syn. Musc. frond.
a incluiu no gênero Weisiopsis por apresentar         1: 542. 1849.
células apicais mamilosas e dentes do peris-          Descrição e ilustração: Florschütz (1964); Ree-
tômio espessados.                                     se (1993); Lisboa (1993).
     Foi coletada associada a Bryum capilla-          Material estudado: BRASIL. Piauí: Municípi-
re, Campylopus savannarum, C. surinamen-              os Piracuruca e Brasileira, Parque Nacional de
sis, Entodontopsis leucostega, Fissidens ra-          Sete Cidades; tronco vivo, não fértil, N.M.Castro
dicans, F. goyazensis, F. guianensis,                 81, 10-I-1995 (TEPB 9175); rocha, não fértil,
F.zollingeri, Hyophila involuta e Octoblepha-         N.M.Castro 26, 26-X-1995 (TEPB 9285).
rum albidum. A espécie é conhecida para a             Distribuição geográfica: RO, PA (Yano 1989);
África, sendo esta a primeira citação para o          BA, DF, ES, GO, MT, MG, PR, PI, RJ, RS, SC,
Brasil.                                               SP (Reese 1993).
                                                      Comentários: Segundo Reese (1993) as varie-
CALYMPERACEAE                                         dades desta espécie são definidas pela modifi-
Calymperes palisotii Schwaegr. subsp. richar-         cação no comprimento do filídio, cor e grau de
dii (C.Müller) S.Edwards., J. Bryol. 11: 81.1980.     atenuação da lâmina e tamanho do gametófito.
Descrição e ilustração: Reese (1961); Florschütz      Na variedade acanthoneuros os filídios são for-
(1964); Edwards(1980); Crum & Anderson                temente curvados à altura dos ombros, a lâmina
(1981); Reese (1993); Sharp et al. (1994).            é usualmente verde-escura, afinando rápida e
Material estudado: BRASIL. Piauí: Piracuru-           igualmente em direção ao ápice agudo.
ca e Brasileira, Parque Nacional de Sete Cida-             Reese (1993) cita a espécie para o Piauí com
des; rocha, não fértil, N.M.Castro 63, 10-II-1995     base na coleta de Vital (5397, FLAS, LAF, SP)
(TEPB 9157); tronco morto, não fértil,                realizada no Parque Nacional de Sete Cidades.
N.M.Castro 72, 10-II-1995 (TEPB 9166); tron-          Foi coletada sobre tronco vivo e rocha, associa-
co vivo, não fértil, N.M.Castro 86, 11-II-1995        da a Campylopus savannarum, Fissidens radi-
(TEPB 9180); rocha, não fértil, N.M.Castro 128,       cans, Octoblepharum albidum e Sematophyllum
18-IV-1995 (TEPB 9222).                               subsimplex.
Distribuição geográfica: RO, PA, PE (Yano
1989); AP, AM, BA, FN, RN (Reese 1993); AL,           DICRANACEAE
ES, GO, RJ (Yano & Costa 1993); PB, PR (Yano          Campylopus heterostachys (Hampe) Jaeg., Ber.
1995); Piauí.                                         St. Gall. Naturw. Ges. 1870-71: 421.1872. Fig.
Comentários: A subespécie é identificada pelo         2 A-I.
gametófito verde-escuro de aspecto lustro, com        Descrição e ilustração: Frahm (1991); Costa
propágulos agrupados no ápice sobre a superfí-        (1995).
cie ventral do filídio; pelas cancelinas retangu-     Material estudado: BRASIL. Piauí: Municípi-
lares, hialinas, de paredes lisas e teníolas intra-   os Piracuruca e Brasileira, Parque Nacional de
marginais, dispostas em 1-3 fileiras.                 Sete Cidades; rocha, não fértil, N.M.Castro 83,
     Foi coletada associada a Campylopus sa-          11-II-1995 (TEPB 9177); rocha, não fértil,
vannarum, Fissidens radicans, F. goyazensis,          N.M.Castro 128, 18-IV-1995 (TEPB 9222); ro-
Sematophyllum subsimplex e Octoblepharum              cha, não fértil, N.M.Castro 155, 18-IV-1995


                                                                            Acta bot. bras. 16(1): 61-76, 2002
Levantamento florístico de Bryopsida de cerrado e mata ripícola                                                           69




Figura 2 A-I. Campylopus heterostachys (Hampe) Jaeg.: A. aspecto geral do gametófito; B. ápice do filídio; C. detalhe do
ápice evidenciando as células; D. células medianas do filídio; E. células apicais do filídio; F. células basais do filídio; G,
H e I. secção transversal do filídio (N.M. Castro 155).


Acta bot. bras. 16(1): 61-76, 2002
70                                                                                 Castro, N. M. C. F. et al.


(TEPB 9249); rocha, não fértil, N.M.Castro 182,         O autor registra a espécie para o Piauí, co-
25-X-1995 (TEPB 9276).                             letada por Vital 5411 (SP) no Parque Nacional
Distribuição geográfica: SP (Yano 1981); MG        de Sete Cidades. Costa (1995) cita a espécie para
(Yano 1995); RJ (Costa 1995); Piauí.               solo arenoso, pedregoso ou semeado, rochas ou
Comentários: A presença das células basais hi-     base dos troncos de árvores. Na área do Parque
alinas com paredes delgadas, células alares ocu-   foi coletada sobre solo e rocha.
pando parte da costa, ápice denteado, costa em
secção transversal com grandes hialocistos ven-    Campylopus surinamensis C.Müller, Linnaea
trais e grupos de pequenos estereídios dorsais     21: 186. 1848.
são características taxonômicas que difere esta    Descrição e ilustração: Frahm (1991).
espécie de Campylopus flexuosus (Hedw.) Brid.      Material estudado: BRASIL. Piauí: Municípi-
     Ocorre sobre tronco de árvore vivas ou        os Piracuruca e Brasileira, Parque Nacional de
mortas e em paredão rochoso. Foi coletada so-      Sete Cidades; rocha, não fértil, N.M.Castro 55,
bre rocha, associada a Bryum capillare, Ca-        10-II-1995 (TEPB 9149); rocha, não fértil,
mlymperes palisotii subsp. richardii, Fissidens    K.C.Porto s/n, 18-IV-1995 (TEPB 9235).
goyazensis e Fissidens radicans.                   Distribuição geográfica: AM, BA, ES, GO, MT,
     Está sendo citada pela primeira vez para o    MG, PA, PI, RO, SP (Frahm 1991).
Nordeste do Brasil.                                Comentários: Facilmente identificada pelos fi-
                                                   lídios basais dispostos em roseta, células basais
Campylopus savannarum (C. Müll.) Mitt., J.         da lâmina retangulares e de paredes delgadas,
Linn. Soc. Bot. 12: 85.1869.                       tufos comais e eventualmente portar esporófi-
Descrição e ilustração: Florschütz (1964); Gri-    tos.
ffin III (1979); Frahm (1991); Sharp et al.             Espécie comum em savanas arenosas
(1994).                                            (Frahm 1991), sendo citada para o Parque por
Material estudado: BRASIL. Piauí: Municípi-        Vital 5396 (SP). Foi coletada também sobre solo
os Piracuruca e Brasileira, Parque Nacional de     arenoso.
Sete Cidades; rocha, não fértil, N.M.Castro 10,
7-VII-1994 (TEPB 9104); rocha, não fértil,         LEUCOBRYACEAE
N.M.Castro 12, 7-VII-1994 (TEPB 9106); solo,       Octoblepharum albidum Hedw., Spec. Musc.
não fértil, N.M.Castro 95, 11-II-1995 (TEPB        50. 1801.
9189); rocha, não fértil, K.C.Porto s/n, 18-IV-    Descrição e ilustração: Yano (1992).
1995 (TEPB 9223).                                  Material estudado: BRASIL. Piauí: Piracuru-
Distribuição geográfica: AM, PE, BA (Yano          ca e Brasileira, Parque Nacional de Sete Cida-
1989); PA, PI, CE, GO, MT (Frahm 1991); RJ         des; tronco vivo, fértil, N.M.Castro 1, 7-VII-
(Costa 1995); RR (Yano 1995).                      1994 (TEPB 9095); tronco morto, não fértil,
Comentários: Caracteriza-se por apresentar fi-     N.M.Castro 27, 8-VII-1994 (TEPB 9121); tron-
leira de células quadráticas ao longo da mar-      co vivo, não fértil, N.M.Castro 28, 8-VII-1994
gem basal do filídio e pela secção transversal     (TEPB 9122); raízes, não fértil, N.M.Castro 47,
da costa com estereídios ventrais na parte infe-   9-II-1995 (TEPB 9141); rocha, não fértil,
rior do mesmo. Segundo Frahm (1991), no Bra-       N.M.Castro 50, 9-II-1995 (TEPB 9144); areia,
sil essa espécie é freqüente nas vegetações de     fértil, N.M.Castro 87, 11-II-1995 (TEPB 9181);
cerrado e caatinga, ocorrendo também nas cam-      solo, não fértil, N.M.Castro 95, 11-II-1995
pinas amazônicas, que podem ser interpretadas      (TEPB 9189); tronco vivo, fértil, K.C.Porto s/
como relito de uma savana do Pleistoceno.          n, 18-IV-1995 (TEPB 9220).


                                                                         Acta bot. bras. 16(1): 61-76, 2002
Levantamento florístico de Bryopsida de cerrado e mata ripícola                                                71

Distribuição geográfica: RR, RO, AP, AC, AM,                      Descrição e ilustração: Florschütz (1964);
PA, MA, PI, CE, RN, PB, PE, AL, SE, BA, MT,                       Marinho (1987); Bruggeman-Nannenga &
MS, GO, MG, ES, RJ, SP, PR, SC, RS (Yano                          Pursell (1990); Sharp et al. (1994).
1992).                                                            Material estudado: BRASIL. Piauí: Municí-
Comentários: Caracteriza-se por apresentar fi-                    pios Piracuruca e Brasileira, Parque Nacio-
lídios oblongos, com ápice denticulado, cápsu-                    nal de Sete Cidades; rocha, não fértil,
la oblongo-ovalada, com 8 dentes triangulares.                    N.M.Castro 10, 7-VII-1994 (TEPB 9104);
     Cresce em troncos de árvores vivas ou                        rocha, não fértil, N.M.Castro 12, 7-VII-1994
mortas, sobre pedras, solo arenoso, em lugares                    (TEPB 9106); rocha, não fértil, N.M.Castro
secos ou úmidos.                                                  83, 11-II-1995 (TEPB 9177); rocha, não fér-
                                                                  til, N.M.Castro 84, 1-II-1995 (TEPB 9178);
FISSIDENTACEAE                                                    rocha, não fértil, K.C.Porto s/n, 18-IV-1995
Fissidens prionodes Mont., Ann. Sci. Nat.                         (TEPB 9223); rocha, fértil, N.M.Castro 139,
Bot. 2(3): 200. 1835.                                             18-IV-1995 (TEPB 9233); rocha, fértil,
Descrição e ilustração: Florschütz (1964);                        N.M.Castro 152, 18-IV-1995 (TEPB 9246);
Lisboa (1993).                                                    solo, não fértil, N.M.Castro 160, 18-IV-1995
Material estudado: BRASIL. Piauí: Muni-                           (TEPB 9254); rocha, não fértil, N.M.Castro
cípios Piracuruca e Brasileira, Parque Na-                        182, 25-X-1995 (TEPB 9276).
cional de Sete Cidades; rocha, não fértil,                        Distribuição geográfica: PB (Marinho 1987);
N.M.Castro 55, 10-II-1995 (TEPB 9149).                            BA, PA, SP (Bruggeman-Nannenga & Pursell
Distribuição geográfica: AM, GO, MT,                              1990); Piauí.
MG, PA, PR, RS e RJ (Yano 1981) como                              Comentários: Apresenta filídios agrupados, li-
Fissidens hornschuchii; SC (Yano 1981),                           geiramente contorcidos quando secos, oblon-
como Fissidens pellucidus; RO (Lisboa                             go-lingulados, ápice arredondado-obtuso, cos-
1993); ES, FN, PE e SP (Yano 1995); Piauí.                        ta terminando abaixo do ápice e margem do
Comentários: Apresenta como principais                            filídio ligeiramente crenulada pelas projeções
características o porte reduzido, os filídios                     das células.
linear-lanceolados até elíptico-lanceolados,                           Segundo Bruggeman-Nannenga & Pursell
de ápice acuminado até apiculado, costa                           (1990), difere de Fissidens allenianus por
percurrente até curto-excurrente e células                        apresentar filídios caducos, ápice amplamen-
pequenas, irregulares, lisas ou finamente                         te agudo ou redondo-obtuso e peristômio re-
unipapilosas.                                                     duzido.       Esta espécie cresce geralmente
     Segundo Lisboa (1993), esta espécie                          em casca de árvores, sobre madeira morta ou
ocorre sobre solo arenoso, argiloso ou pe-                        raramente sobre rocha desde o nível do mar
dra, troncos podres, cupinzeiros ou até                           até 700m (Bruggeman-Nannenga & Pursell
mesmo raízes de palmeiras, em diferentes                          1990).
tipos de vegetação como: savanas, capoei-                              No Parque, foi coletada, sobre rocha, as-
ras, matas de terra firme e florestas úmi-                        sociada a Bryum apiculatum, B. capillare,
das.                                                              Calymperes palisotii subsp. richardii, Ento-
 ichosteleum fluviale. Este é o primeiro re-                      dontopsis leucostega, Fissidens elegans, F.
gistro para o Piauí.                                              guianensis, F. prionodes, Octoblepharum al-
                                                                  bidum, Trichosteleum fluviales, Syrrhopodon
Fissidens radicans Mont., Ann. Sci. Nat. Bot.                     prolifer var. acanthoneuros e Weisiopsis ni-
sér. 2.14: 345. 1840.                                             geriana. Esta é a primeira citação para o Piauí.


Acta bot. bras. 16(1): 61-76, 2002
72                                                                                 Castro, N. M. C. F. et al.


Fissidens zollingeri Mont., Ann. Sci. Nat. Bot.,   Comentários: Caracteriza-se pelo gametófito
3 (4): 144. 1845.                                  verde-escuro, crescendo prostrado, filídios
Descrição e ilustração: Florschütz (1964), como    ovalados a largamente ovalados; quando fér-
Fissidens kegelianus C.Müller; Marinho (1987);     til, a cápsula é ovóide-cilíndrica e imersa nos
Lisboa (1993); Sharp et al. (1994).                filídios periqueciais, com caliptra campanu-
Material estudado: BRASIL. Piauí: Municípi-        lado-mitrada e ânulo formado por 3-4 fileira
os Piracuruca e Brasileira, Parque Nacional de     de células grandes, amarelo-pálidas.
Sete Cidades; rocha, não fértil, N.M.Castro 97,          Esta espécie é citada no Piauí para Oei-
11-II-1995 (TEPB 9191); rocha, fértil,             ras, Corrente e Cristalândia do Piauí (Vital
N.M.Castro 121, 18-IV-1995 (TEPB 9215); ro-        1980). Segundo este autor, é comumente en-
cha, não fértil, N.M.Castro 123, 18-IV-1995        contrada em vegetação de cerrado e, princi-
(TEPB 9217); rocha, não fértil, N.M.Castro 159,    palmente nas áreas de transição do cerrado
18-IV-1995 (TEPB 9253).                            para outros tipos de vegetação.
Distribuição geográfica: É citada como Fissi-            Ocorre freqüentemente sobre troncos de
dens kegelianus para o AM, GO, MG, PA, RJ e        árvores vivas, eventualmente sobre árvores
SC (Yano 1981); MA, PB, PE, BA, SP, RO, ES,        em decomposição e raramente sobre rocha. No
FN, MS, PR e TO, como Fissidens zollingeri         Parque Nacional de Sete Cidades foi coleta-
(Yano 1989, 1995); Piauí.                          da sobre tronco de Tabebuia sp.
Comentários: Esta espécie é facilmente identi-
ficada por apresentar gametófitos reduzidos,       Discussão
verde-brilhantes, com filídios eqüidistantes so-
bre o caulídio, oblongo-lanceolados, bordeados         Os cerrados, como o do Parque Nacio-
por células longas, ápice levemente apiculado e    nal de Sete Cidades, de clima subúmido e
células da lâmina vaginante bem maiores do que     em contato com tipos de vegetação mais seca
as células da lâmina apical.                       (carrasco e caatinga), apresentam uma flora
     Tem como substrato solo, madeira em de-       briofítica significativa considerando-se o que
composição e rocha calcária. Na área foi cole-     já era conhecido para o Estado do Piauí.
tada somente sobre rocha. Está sendo citada pela   Dentre as espécies coletadas, 16 (72,7%)
primeira vez para o Piauí.                         referem-se a novos registros.
                                                       Das 66 famílias de musgos citadas para
ERPODIACEAE                                        o Brasil, apenas nove eram assinaladas para
Erpodium coronatum (Hook. & Wils.) Mitt.,          o Piauí. Das 11 famílias registradas neste es-
J. Linn. Soc. Bot. 12: 403. 1869.                  tudo, duas tinham sido citadas para o Par-
Descrição e ilustração: Vital (1980); Sharp et     que Nacional de Sete Cidades e quatro para
al. (1994).                                        outras localidades do Estado. Bartramiace-
Material estudado: BRASIL. Piauí: Municí-          ae, Bryaceae, Fissidentaceae, Pottiaceae e
pios Piracuruca e Brasileira, Parque Nacio-        Sematophyllaceae estão sendo referidas pela
nal de Sete Cidades; tronco vivo, não fértil,      primeira vez para o Piauí.
N.M.Castro 88, 10-II-1995 (TEPB 9182);                 Com base nos trabalhos de Luetzelburg (1922/
tronco vivo, fértil, N.M.Castro 197, 26-X-         23), Vital (1980), Yano (1981, 1989, 1992),
1995 (TEPB 9291).                                  Egunyomi & Vital (1984), Frahm (1991) e Reese
Distribuição geográfica: PI (Vital 1980); BA,      (1993), encontram-se registradas 14 espécies de
CE, RJ (Yano 1981); BA, PE, DF, GO, MS,            musgos para o Piauí, das quais seis o Parque estu-
MG, SP (Yano 1989); PR (Yano 1995).                dado. O levantamento realizado, atualiza o conhe-


                                                                         Acta bot. bras. 16(1): 61-76, 2002
Levantamento florístico de Bryopsida de cerrado e mata ripícola                                                    73

cimento da riqueza em Bryopsida, considerando                     sentavam esporófitos, confirmando a importância
que 16 espécies são acrescidas às 14 registradas                  da água para a produção de esporófito.
anteriormente. Assim, das 30 espécies citadas para                      Além disso, nos meses mais secos, com a re-
o Estado, o Parque Nacional de Sete Cidades con-                  dução do número e tamanho dos sítios ricos em
tribui com 53,3% desse total.                                     umidade, observou-se a fase gametofítica domi-
     Da lista de 72 espécies de musgos referidas                  nante sobre a esporofítica.
para o cerrado brasileiro por Egunyomi & Vital                          Segundo Vitt (1979), ambientes xerofíticos e
(1984): Campylopus surinamensis, C. tortilipilus,                 temporariamente instáveis favorecem a acrocar-
Entodontopsis leucostega (citada como Stereo-                     pia, enquanto os mesofíticos e estáveis tendem a
phyllum leucostegum), Erpodium coronatum, Fis-                    favorecer a pleurocarpia. Esse fato também pôde
sidens zollingeri (citada também como F. kegelia-                 ser observado no Parque, talvez por este apresen-
nus), Helicophyllum torquatum, Jonesiobryum                       tar características próximas a um ecossistema xe-
cerradense, Octoblepharum albidum e Semato-                       rofítico, houve maior riqueza de espécies acrocár-
phyllum subsimplex, também ocorrem no Piauí.                      picas (77%), que de pleurocárpicas (23%).
     Das 54 espécies relacionadas para a savana                         Com relação ao tipo de substrato, as espécies
nigeriana por estes mesmos autores, apenas Erpo-                  coletadas na área de estudo são preferencialmente
dium coronatum, Octoblepharum albidum e Weisi-                    rupícola, seguido do corticícola, terrícola e epíxi-
opsis nigeriana (citada como Gyroweisia nigeri-                   la. Dos substratos analisados, a superfície rochosa
ana), foram coletadas no cerrado do Parque Naci-                  apresentou maior representatividade em termos de
onal de Sete Cidades. Isto significa que poucas                   colonização (51%).
espécies do cerrado do Piauí são comuns às de                           Isso provavelmente, deve-se a grande dispo-
outras áreas já investigadas do cerrado brasileiro                nibilidade de substrato rochoso na área, com aflo-
ou, mesmo da savana nigeriana, embora estes bio-                  ramentos localizados sob as sombras das árvores.
mas apresentem condições ecológicas semelhan-                     Locais que retêm maior umidade propiciam um
tes (Rizzini 1997).                                               microambiente favorável ao estabelecimento das
     Para Scott (1982), em vegetações abertas onde                espécies como Bryum apiculatum, Campylopus
a insolação é intensa, as briófitas são encontradas               heterostachys, C. surinamensis, C. savannarum,
preferencialmente sobre o solo, sob casca ou tron-                Fissidens goyazensis, F. prionodes, F. zollingeri e
co de árvores e arbustos, nas fendas de rochas, ou                Vesicularia vesicularis. Na área estudada estas es-
seja, em locais onde há alguma proteção contra                    pécies foram coletadas apenas sobre este tipo de
uma rápida dessecação. No Parque as espécies,                     substrato, o que, necessariamente não indica es-
quando presentes, encontravam-se restritas a am-                  pecificidade.
bientes úmidos ou próximos a locais onde existia                        De acordo com Florschütz (1964), Frahm
água, ocorrendo sobre base e cascas grossas dos                   (1991) e Lisboa (1993), estas espécies podem ocor-
troncos de árvores, que concentram maior umida-                   rer em substratos variados. Para a maioria das es-
de e onde os efeitos de escorrimento, os menores                  pécies estudadas, mais de um tipo de substrato
níveis de insolação e a proximidade com o solo,                   esteve associado, ainda que rocha e solo tenham
provavelmente garantem maior acúmulo de água.                     sido os preferenciais.
     Segundo Vitt (1981), habitats xerofíticos são                      De 299 coletas de Bryopsida realizadas, os
colonizados por espécies de musgos tolerantes à                   gêneros de maior representatividade foram Fissi-
dessecação ou por aqueles de ciclo de vida curto.                 dens (18,7%), Octoblepharum (17%) e Entodon-
Durante as coletas realizadas no Parque, apesar                   topsis (15,3%). Por sua vez, as espécies Octoble-
das populações de musgos terem sido mais cons-                    pharum albidum (17,1%) e Entodontopsis leucos-
pícuas nos meses da estação chuvosa, poucas apre-                 tega (15,3%), destacaram-se em representativida-


Acta bot. bras. 16(1): 61-76, 2002
74                                                                                   Castro, N. M. C. F. et al.


de de amostras, seguidas de Sematophyllum sub-           São Paulo, São Paulo. 326p.
simplex (8,4%), Fissidens guianensis (7,4%),          Crum, H.A. & Anderson, L.E. 1981. Musgos
Campylopus savannarum (7,0%), Bryum capilla-             of Eastern North America. Columbia, Uni-
re (6,0%) e Weisiopsis nigeriana, Fissidens radi-        versity Press, New York. 1328 p.
cans e Calymperes palisotii subsp. richardii (6,0%    Edwards, S.R. 1980. A revision of west Tropi-
cada).                                                   cal African Calymperaceae I. Introduction
                                                         and Calymperes. Journal of Bryology 11:
Agradecimentos                                           49-93.
                                                      Egunyomi, A. & Olarinmoye, S.O. 1978. A new
     Os autores agradecem o apoio logístico da           Species of Gyroweisia (Musci : Pottiaceae)
administração do Parque Nacional de Sete Cida-           from Nigeria. Bryologist 81(3): 443-445.
des; aos pesquisadores Dana Griffin III, R. Pursell   Egunyomi, A. & Vital, D.M. 1984. Compara-
e R.H. Zander pelas identificações e confirmações        tive studies on the bryofloras of the Nige-
do material enviado aos seus herbários; a Dra Re-        rian savanna and the Brazilian cerrado.
gina Célia Lobato do Museu Goeldi pelo apoio             Revista Brasileira Botanica 7(2): 129-36.
nas identificações e confirmações de algumas es-      Florschütz, P.A.1964. The mosses of Suriname.
pécies; ao CNPq pela cessão de bolsa à primeira          Leiden, E.J. Brill. 271 p.
autora.                                               Frahm,       J.-P.     1991.    Dicranaceae:
                                                         Campylopodoideae, Paraleucobryoideae.
Referências Bibliográficas                               Flora Neotropica. Monograph 54. New
                                                         York, Botanical Garden. 238 p.
Bartram, E.B. 1949. Mosses of Guatemala.              Griffin III, D. 1979. Guia preliminar para as
   Fieldiana Botany 25: 1-442.                           briófitas freqüentes em Manaus e adjacên-
Bastos, C.J.P. & Yano, O. 1993. Musgos da zona           cias. Acta Amazonica 93(3): 1-67.
   urbana de Salvador, Bahia, Brasil. Hoehnea         IBAMA. 1989. Ministério do Meio Ambiente.
   20(1/2): 23-33.                                       Unidades de conservação do Brasil;
Bruggeman - Nannenga, M.A. & Pursell, R.A.               parques nacionais e reservas biológicas. v.1.
   1990. The Fissidens radicans complex. (Sec-           Brasília: IBAMA. 182 p.
   tion Amblyothallia) in the Neotropics and          IBDF. 1979. Ministério da Agricultura.
   Paleotropics. Bryologist 93(3): 332-340.              Fundação Brasileira para Conservação da
Buck, W.R. 1998. Pleurocarpous Mosses of the             Natureza. Plano de manejo do Parque
   West Indies. Memoirs of The New York                  Nacional de Sete Cidades. Brasília: IBDF.
   Botanical Garden 1: 1-401.                            61 p.
Buck, W.R. & Ireland, R.R. 1985. A reclassifi-        Ireland, R.R. & Buck, W.R. 1994.
   cation of the Plagiotheciaceae. Nova                  Stereophyllaceae. Flora Neotropica, Mono-
   Hedwigia 41: 89-125.                                  graph 65. New York, Botanical Garden. 1-
Castro, A.A.J.F. 1994. Comparação florístico-            49 p.
   geográfica (Brasil) e fitossociológica             Lisboa, R.C.L. 1993. Musgos acrocárpicos do
   (Piauí - São Paulo) de amostras de                    estado de Rondônia. Belém: MCT/CNPq/
   cerrado. Tese de Doutorado. Universidade              Museu Paraense Emílio Goeldi. 272p.
   Estadual de Campinas, Campinas, SP. 520p.             (Coleção Adolfo Ducke).
Costa, D.P. 1995. Musgos do município de              Lisboa, R.C.L. 1994. Adições à brioflora do
   Nova Friburgo, Rio de Janeiro, Brasil.                Estado do Pará. Boletim do Museu
   Dissertação de Mestrado. Universidade de              Paraense Emílio Goeldi, sér. Bot. 10(1):


                                                                           Acta bot. bras. 16(1): 61-76, 2002
Levantamento florístico de Bryopsida de cerrado e mata ripícola                                                75

   15-42.                                                         Rizzini, C.T. 1997. Tratado de fitogeografia
Luetzelburg, P. von. 1922/23. Estudo botânico                        do Brasil: aspectos ecológicos, sociológicos
   do Nordeste. 2ª ed. Rio de Janeiro. 283p.                         e florísticos. 2ª ed. Rio de Janeiro. 747p.
Marinho, M.G.V. 1987. Bryopsida da reserva                        Schäfer-Verwinp, A. 1991. Contribution to the
   florestal do IBGF, João Pessoa, Paraíba,                          knowledge of the bryophyte flora of Espírito
   Brasil. Dissertação de Mestrado.                                  Santo, Brazil. Journal of the Hattori Bo-
   Universidade Federal de Pernambuco.                               tanical Laboratory 69: 147-170.
   Recife, PE. 224p.                                              Scott, G.A.M. 1982. Desert Bryophytes.
Ochi, H. 1980. A revision of the Neotropical                         Pp.105-122. In: Smith, A.J.E. (Ed.) Bryo-
   Bryoideae, Musci (First Part). Journal Fac-                       phyte Ecology. London: Chapman and Hall.
   ulty of Education Tottori University 29(2):                    Sharp, A.J., Crum, H. & Echel, P.M. 1994. The
   49-154.                                                           moss flora of México. Memoirs of the New
Oliveira e Silva, M.L.M.N. 1998. Briófitas da                        York Botanical Garden 69(1-2): 1-1113.
   Reserva Ecológica de Rio das Pedras,                           Syed, H. 1973. A taxonomic study of Bryum
   Município de Mangaratiba, do Parque                               capillare Hedw. and related species. Jour-
   Estadual de Ilha Grande da Reserva                                nal of Bryology 7: 265-326.
   Biológica Estadual da Praia do Sul,                            Valdevino, J.A. 1994. Bryopsida do Bituri
   Município da Angra dos Reis, estado do                            Grande, Brejo da Madre de Deus - PE
   Rio de Janeiro. Tese de Doutorado.                                (Brasil). Dissertação de Mestrado.
   Universidade de São Paulo. 321p.                                  Universidade Federal de Pernambuco,
Pôrto, K.C. 1990. Bryoflores d’une forêt de                          Recife. 149p.
   plaine et d’une forêt d’altitude moyenne dans                  Varejão-Silva, M.A. & Reis, A.C.S. 1988.
   l’état de Pernambuco (Brésil): analyse flo-                       Agrometeorologia e climatologia tropicais
   ristique. Cryptogamie, Bryologie Lichénol-                        (módulo 1.1). Curso de Agricultura Tropi-
   ogie 11(2): 109-161.                                              cal, O Ambiente e as Plantas Tropicais,
Pôrto, K.C. 1996. Briófitas. Pp. 97-109. In:                         ABEAS, Brasília.
   Sampaio, E.V.S.B., Mayo, S.J. & Barbosa,                       Visnadi, S.R. & Vital, D.M. 1989. Briófitas
   M.R.V. (Eds.) Pesquisa botânica                                   rupícolas de um trecho do rio Bethary,
   nordestina: progresso e perspectivas.                             Iporanga, estado de São Paulo. Acta
   Recife, Sociedade Botânica do Brasil / Seção                      Botanica Brasilica 3(2): 179-83.
   Regional de Pernambuco.                                        Vital, D.M. 1980. Erpodiaceae (Musci) do
Pursell, R.A. 1984. A preliminary study of the                       Brasil. Dissertação de Mestrado.
   Fissidens elegans complex in the Neotropics.                      Universidade Estadual de Campinas,
   Journal of the Hattori Botanical Labora-                          Campinas, SP. 135p.
   tory 55: 235-252.                                              Vital, D.M. 1983. Two new species of
Reese, W.D. 1961. The genus Calymperes in the                        Jonesiobryum (Musci) from the Brazilian
   America. Bryologist 64(2/3): 89 -140.                             cerrado regions. Journal of Bryology 12:
Reese, W.D. 1983. American Calymperes and                            383-391.
   Syrrhopodon: Identification key and summa-                     Vital, D.M., Giancotti, C. & Pursell, R.A. 1991.
   ry of recent nomenclatural changes. Bryol-                        The bryoflora of Fernando de Noronha,
   ogist 86(1): 23-30.                                               Brasil. Tropical Bryology 4: 23-24.
Reese, W.D. 1993. Calymperaceae. Flora                            Vital, D.M. & Visnadi, S.R. 1994. Bryophytes
   Neotropica. Monograph 58. New York, Bo-                           of Rio Branco Municipality, Acre, Brazil.
   tanical Garden. 102p.                                             Tropical Bryology 9: 69-74.


Acta bot. bras. 16(1): 61-76, 2002
76                                                                                 Castro, N. M. C. F. et al.


Vitt, D.H. 1979. The moss flora of the Auckland       of the Hattori Botanical Laboratory 78:
   Islands, New Zealand, with a consideration         137-182.
   of habitats, origins, and adaptations. Cana-     Yano, O. & Lisboa, R.C. 1988. Briófitas do
   dian Journal of Botany 57(20): 2226-2263.          Território Federal do Amapá. Brasil. Boletim
Vitt, D.H. 1981. Adaptive modes of the moss           do Museu Paraense Emílio Goeldi, sér. bot.
   sporophyte. Bryologist 84(2):166-186.              4(2): 243-270.
Vitt, D.H. 1984. Classification of the Bryopsida.   Yano, O. & Mello, R. 1992. Briófitas novas para
   Pp.696-759. In: Schuster, R.M. (Ed.) New           o estado de Roraima, Brasil. Acta
   manual of Bryology. Hattori Botanical              Amazonica 22(1): 23-50.
   Laboratory, Miyazaki.                            Yano, O. & Costa, D.P. 1993. Briófitas da
Yano, O. 1981. A checklist of Brazilian mosses.       restinga da Massambaba, Rio de Janeiro. III
   Journal of the Hattori Botanical Labora-           Simpósio de ecossistemas da costa
   tory 50:279-456.                                   brasileira, Serra Negra 1992. ACIESP, V.
Yano, O. 1984. Contribuição ao inventário dos         III. São Paulo, 3:144-157.
   Musci brasileiros: 3. Racopilaceae               Yano, O. & Santos, S.X. 1993. Musgos da gruta
   (Bryopsida, Isobryales). Revista brasileira        de Mirassol, São Paulo. Acta Botanica
   Botanica 7(1/2): 57-63.                            Brasilica 7(2): 89-106.
Yano, O. 1989. An additional checklist of Bra-      Yano, O. & Bastos, C.J.P. 1995. Musgos do
   zilian bryophytes. Journal of the Hattori          Estado da Bahia, Brasil. Biologica Brasilica
   Botanical Laboratory 66: 371-434.                  6(1/2): 9-26.
Yano, O. 1992. Leucobryaceae (Bryopsida) do         Zander, R.H. 1993. Genera of the Pottiaceae :
   Brasil. Tese de Doutorado. Universidade de         Mosses of Harsh Enviroments. Bulletin of
   São Paulo, São Paulo. 318 p.                       the Buffalo Society of Natural Sciences 32:
Yano, O. 1995. A new additional annotated             171-378.
   ckecklist of Brazilian bryophytes. Journal




                                                                         Acta bot. bras. 16(1): 61-76, 2002

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Fauna de abelhas associada a plantas de manguezal na região da Baía da Babito...
Fauna de abelhas associada a plantas de manguezal na região da Baía da Babito...Fauna de abelhas associada a plantas de manguezal na região da Baía da Babito...
Fauna de abelhas associada a plantas de manguezal na região da Baía da Babito...Label-ha
 
Guia de marantáceas da reserva ducke e da rebio uatumã – amazônia central
Guia de marantáceas da reserva ducke e da rebio uatumã – amazônia centralGuia de marantáceas da reserva ducke e da rebio uatumã – amazônia central
Guia de marantáceas da reserva ducke e da rebio uatumã – amazônia centralAndre Benedito
 
Guia de borboletas frugívoras da reserva ducke
Guia de borboletas frugívoras da reserva duckeGuia de borboletas frugívoras da reserva ducke
Guia de borboletas frugívoras da reserva duckeAndre Benedito
 
Guia de palmeiras da br 319
Guia de palmeiras da br 319Guia de palmeiras da br 319
Guia de palmeiras da br 319Andre Benedito
 
Artigo sobre a flora em Mucugê
Artigo sobre a flora em MucugêArtigo sobre a flora em Mucugê
Artigo sobre a flora em MucugêMário Bittencourt
 
PredaçãO De Pequenos MamíFeros Por Suindara (Tyto Alba)
PredaçãO De Pequenos MamíFeros Por Suindara (Tyto Alba)PredaçãO De Pequenos MamíFeros Por Suindara (Tyto Alba)
PredaçãO De Pequenos MamíFeros Por Suindara (Tyto Alba)guest599576
 
Recomenda es valquiria f dutra leguminosas
Recomenda es valquiria f dutra   leguminosasRecomenda es valquiria f dutra   leguminosas
Recomenda es valquiria f dutra leguminosasAMCanastra
 
Itapua bromelias reginatto
Itapua bromelias reginattoItapua bromelias reginatto
Itapua bromelias reginattoavisaassociacao
 
Guia de identificação de gêneros de formigas
Guia de identificação de gêneros de formigasGuia de identificação de gêneros de formigas
Guia de identificação de gêneros de formigasAndre Benedito
 
Itapua bromelias microbiologia_landell_tese
Itapua bromelias microbiologia_landell_teseItapua bromelias microbiologia_landell_tese
Itapua bromelias microbiologia_landell_teseavisaassociacao
 
Metodologia em levantamentos de fauna
Metodologia em levantamentos de faunaMetodologia em levantamentos de fauna
Metodologia em levantamentos de faunaSilvio Xavier
 
Composição da anurofauna do parque estadual paulo cesar vinha, setiba, munici...
Composição da anurofauna do parque estadual paulo cesar vinha, setiba, munici...Composição da anurofauna do parque estadual paulo cesar vinha, setiba, munici...
Composição da anurofauna do parque estadual paulo cesar vinha, setiba, munici...Fabio Almeida
 
Lepidópteros do brasil (agenda de campo) geraldo salgado neto
Lepidópteros do brasil (agenda de campo) geraldo salgado netoLepidópteros do brasil (agenda de campo) geraldo salgado neto
Lepidópteros do brasil (agenda de campo) geraldo salgado netoAndre Benedito
 

Mais procurados (20)

Fauna de abelhas associada a plantas de manguezal na região da Baía da Babito...
Fauna de abelhas associada a plantas de manguezal na região da Baía da Babito...Fauna de abelhas associada a plantas de manguezal na região da Baía da Babito...
Fauna de abelhas associada a plantas de manguezal na região da Baía da Babito...
 
Guia de marantáceas da reserva ducke e da rebio uatumã – amazônia central
Guia de marantáceas da reserva ducke e da rebio uatumã – amazônia centralGuia de marantáceas da reserva ducke e da rebio uatumã – amazônia central
Guia de marantáceas da reserva ducke e da rebio uatumã – amazônia central
 
Guia de borboletas frugívoras da reserva ducke
Guia de borboletas frugívoras da reserva duckeGuia de borboletas frugívoras da reserva ducke
Guia de borboletas frugívoras da reserva ducke
 
Livro 388
Livro 388Livro 388
Livro 388
 
Artigo bioterra v21_n1_08
Artigo bioterra v21_n1_08Artigo bioterra v21_n1_08
Artigo bioterra v21_n1_08
 
Itapua liquens artigo
Itapua liquens artigoItapua liquens artigo
Itapua liquens artigo
 
Guia de palmeiras da br 319
Guia de palmeiras da br 319Guia de palmeiras da br 319
Guia de palmeiras da br 319
 
Artigo sobre a flora em Mucugê
Artigo sobre a flora em MucugêArtigo sobre a flora em Mucugê
Artigo sobre a flora em Mucugê
 
Marcela artigo
Marcela artigoMarcela artigo
Marcela artigo
 
Itapua cogumelos artigo
Itapua cogumelos artigoItapua cogumelos artigo
Itapua cogumelos artigo
 
PredaçãO De Pequenos MamíFeros Por Suindara (Tyto Alba)
PredaçãO De Pequenos MamíFeros Por Suindara (Tyto Alba)PredaçãO De Pequenos MamíFeros Por Suindara (Tyto Alba)
PredaçãO De Pequenos MamíFeros Por Suindara (Tyto Alba)
 
Recomenda es valquiria f dutra leguminosas
Recomenda es valquiria f dutra   leguminosasRecomenda es valquiria f dutra   leguminosas
Recomenda es valquiria f dutra leguminosas
 
Itapua bromelias reginatto
Itapua bromelias reginattoItapua bromelias reginatto
Itapua bromelias reginatto
 
05
0505
05
 
Guia de identificação de gêneros de formigas
Guia de identificação de gêneros de formigasGuia de identificação de gêneros de formigas
Guia de identificação de gêneros de formigas
 
Itapua bromelias microbiologia_landell_tese
Itapua bromelias microbiologia_landell_teseItapua bromelias microbiologia_landell_tese
Itapua bromelias microbiologia_landell_tese
 
Metodologia em levantamentos de fauna
Metodologia em levantamentos de faunaMetodologia em levantamentos de fauna
Metodologia em levantamentos de fauna
 
Anuros
AnurosAnuros
Anuros
 
Composição da anurofauna do parque estadual paulo cesar vinha, setiba, munici...
Composição da anurofauna do parque estadual paulo cesar vinha, setiba, munici...Composição da anurofauna do parque estadual paulo cesar vinha, setiba, munici...
Composição da anurofauna do parque estadual paulo cesar vinha, setiba, munici...
 
Lepidópteros do brasil (agenda de campo) geraldo salgado neto
Lepidópteros do brasil (agenda de campo) geraldo salgado netoLepidópteros do brasil (agenda de campo) geraldo salgado neto
Lepidópteros do brasil (agenda de campo) geraldo salgado neto
 

Destaque

Destaque (8)

Podologia
PodologiaPodologia
Podologia
 
Clase podologia
Clase podologiaClase podologia
Clase podologia
 
Atención podológica al adulto mayor
Atención podológica  al adulto mayorAtención podológica  al adulto mayor
Atención podológica al adulto mayor
 
Uñas- estructura
Uñas- estructuraUñas- estructura
Uñas- estructura
 
Patología ungueal PATOLOGIA DE LA UÑA ONICOMICOSIS , TRATAMIENTO ONICOMICOSIS...
Patología ungueal PATOLOGIA DE LA UÑA ONICOMICOSIS , TRATAMIENTO ONICOMICOSIS...Patología ungueal PATOLOGIA DE LA UÑA ONICOMICOSIS , TRATAMIENTO ONICOMICOSIS...
Patología ungueal PATOLOGIA DE LA UÑA ONICOMICOSIS , TRATAMIENTO ONICOMICOSIS...
 
Anatomía, fisiología y alteración de las uñas
Anatomía, fisiología y alteración de las uñasAnatomía, fisiología y alteración de las uñas
Anatomía, fisiología y alteración de las uñas
 
Patologias De UñAs Y Pies
Patologias De UñAs Y PiesPatologias De UñAs Y Pies
Patologias De UñAs Y Pies
 
Atlas podológico
Atlas podológicoAtlas podológico
Atlas podológico
 

Semelhante a Briófitas PARNA 7Cidades

Aves negreiros glauco_kleber_08_maio_10doc[1]
Aves negreiros glauco_kleber_08_maio_10doc[1]Aves negreiros glauco_kleber_08_maio_10doc[1]
Aves negreiros glauco_kleber_08_maio_10doc[1]flonanegreiros
 
Aves negreiros glauco_kleber_08_maio_10doc[1]
Aves negreiros glauco_kleber_08_maio_10doc[1]Aves negreiros glauco_kleber_08_maio_10doc[1]
Aves negreiros glauco_kleber_08_maio_10doc[1]flonanegreiros
 
Aves negreiros glauco_kleber_08_maio_10doc[1]
Aves negreiros glauco_kleber_08_maio_10doc[1]Aves negreiros glauco_kleber_08_maio_10doc[1]
Aves negreiros glauco_kleber_08_maio_10doc[1]Paulo Corrêa
 
Aves negreiros glauco_kleber_08_maio_10doc[1]
Aves negreiros glauco_kleber_08_maio_10doc[1]Aves negreiros glauco_kleber_08_maio_10doc[1]
Aves negreiros glauco_kleber_08_maio_10doc[1]Paulo Corrêa
 
Chave de identificação anfíbios anuros da vertente de jundiaí da serra do japi
Chave de identificação anfíbios anuros da vertente de jundiaí da serra do japiChave de identificação anfíbios anuros da vertente de jundiaí da serra do japi
Chave de identificação anfíbios anuros da vertente de jundiaí da serra do japiAndre Benedito
 
Herpetofauna da área do igarapé esperança
Herpetofauna da área do igarapé esperançaHerpetofauna da área do igarapé esperança
Herpetofauna da área do igarapé esperançaFabio Almeida
 
Fauna de abelhas associada a plantas de manguezal na região da Baía da Babito...
Fauna de abelhas associada a plantas de manguezal na região da Baía da Babito...Fauna de abelhas associada a plantas de manguezal na região da Baía da Babito...
Fauna de abelhas associada a plantas de manguezal na região da Baía da Babito...Label-ha
 
Composição florística da vegetação de restinga da apa rio capivara
Composição florística da vegetação de restinga da apa rio capivaraComposição florística da vegetação de restinga da apa rio capivara
Composição florística da vegetação de restinga da apa rio capivaraParanapiacaba
 
Apifauna e seus recursos forrageiros ocorrentes em área de barragem hidrelétr...
Apifauna e seus recursos forrageiros ocorrentes em área de barragem hidrelétr...Apifauna e seus recursos forrageiros ocorrentes em área de barragem hidrelétr...
Apifauna e seus recursos forrageiros ocorrentes em área de barragem hidrelétr...Label-ha
 
Análise das principais espécies de Scolytidae na Amazônia - Eli nunes
Análise das principais espécies de Scolytidae na Amazônia - Eli nunesAnálise das principais espécies de Scolytidae na Amazônia - Eli nunes
Análise das principais espécies de Scolytidae na Amazônia - Eli nunesCarlos Alberto Monteiro
 
Estrutura populacional de Lychnophora pinaster Mart. em um trecho de Campo Ru...
Estrutura populacional de Lychnophora pinaster Mart. em um trecho de Campo Ru...Estrutura populacional de Lychnophora pinaster Mart. em um trecho de Campo Ru...
Estrutura populacional de Lychnophora pinaster Mart. em um trecho de Campo Ru...Écio Diniz
 
Recomenda es jos augusto senhorini ictiofauna
Recomenda es jos augusto senhorini   ictiofaunaRecomenda es jos augusto senhorini   ictiofauna
Recomenda es jos augusto senhorini ictiofaunaAMCanastra
 
Abelhas nativas (Hymenoptera: Apidae) em Floresta Ombrófila Densa Submontana ...
Abelhas nativas (Hymenoptera: Apidae) em Floresta Ombrófila Densa Submontana ...Abelhas nativas (Hymenoptera: Apidae) em Floresta Ombrófila Densa Submontana ...
Abelhas nativas (Hymenoptera: Apidae) em Floresta Ombrófila Densa Submontana ...Label-ha
 

Semelhante a Briófitas PARNA 7Cidades (20)

Aves negreiros glauco_kleber_08_maio_10doc[1]
Aves negreiros glauco_kleber_08_maio_10doc[1]Aves negreiros glauco_kleber_08_maio_10doc[1]
Aves negreiros glauco_kleber_08_maio_10doc[1]
 
Aves negreiros glauco_kleber_08_maio_10doc[1]
Aves negreiros glauco_kleber_08_maio_10doc[1]Aves negreiros glauco_kleber_08_maio_10doc[1]
Aves negreiros glauco_kleber_08_maio_10doc[1]
 
Aves negreiros
Aves negreiros Aves negreiros
Aves negreiros
 
Aves negreiros glauco_kleber_08_maio_10doc[1]
Aves negreiros glauco_kleber_08_maio_10doc[1]Aves negreiros glauco_kleber_08_maio_10doc[1]
Aves negreiros glauco_kleber_08_maio_10doc[1]
 
Aves negreiros glauco_kleber_08_maio_10doc[1]
Aves negreiros glauco_kleber_08_maio_10doc[1]Aves negreiros glauco_kleber_08_maio_10doc[1]
Aves negreiros glauco_kleber_08_maio_10doc[1]
 
Chave de identificação anfíbios anuros da vertente de jundiaí da serra do japi
Chave de identificação anfíbios anuros da vertente de jundiaí da serra do japiChave de identificação anfíbios anuros da vertente de jundiaí da serra do japi
Chave de identificação anfíbios anuros da vertente de jundiaí da serra do japi
 
Artigo_Bioterra_V23_N2_01
Artigo_Bioterra_V23_N2_01Artigo_Bioterra_V23_N2_01
Artigo_Bioterra_V23_N2_01
 
Herpetofauna da área do igarapé esperança
Herpetofauna da área do igarapé esperançaHerpetofauna da área do igarapé esperança
Herpetofauna da área do igarapé esperança
 
Fauna de abelhas associada a plantas de manguezal na região da Baía da Babito...
Fauna de abelhas associada a plantas de manguezal na região da Baía da Babito...Fauna de abelhas associada a plantas de manguezal na região da Baía da Babito...
Fauna de abelhas associada a plantas de manguezal na região da Baía da Babito...
 
Composição florística da vegetação de restinga da apa rio capivara
Composição florística da vegetação de restinga da apa rio capivaraComposição florística da vegetação de restinga da apa rio capivara
Composição florística da vegetação de restinga da apa rio capivara
 
Apifauna e seus recursos forrageiros ocorrentes em área de barragem hidrelétr...
Apifauna e seus recursos forrageiros ocorrentes em área de barragem hidrelétr...Apifauna e seus recursos forrageiros ocorrentes em área de barragem hidrelétr...
Apifauna e seus recursos forrageiros ocorrentes em área de barragem hidrelétr...
 
Artigo bioterra v16_n2_05
Artigo bioterra v16_n2_05Artigo bioterra v16_n2_05
Artigo bioterra v16_n2_05
 
Análise das principais espécies de Scolytidae na Amazônia - Eli nunes
Análise das principais espécies de Scolytidae na Amazônia - Eli nunesAnálise das principais espécies de Scolytidae na Amazônia - Eli nunes
Análise das principais espécies de Scolytidae na Amazônia - Eli nunes
 
Estrutura populacional de Lychnophora pinaster Mart. em um trecho de Campo Ru...
Estrutura populacional de Lychnophora pinaster Mart. em um trecho de Campo Ru...Estrutura populacional de Lychnophora pinaster Mart. em um trecho de Campo Ru...
Estrutura populacional de Lychnophora pinaster Mart. em um trecho de Campo Ru...
 
Artigo bioterra v18_n1_05
Artigo bioterra v18_n1_05Artigo bioterra v18_n1_05
Artigo bioterra v18_n1_05
 
Fitossociologia ibitipoca
Fitossociologia ibitipocaFitossociologia ibitipoca
Fitossociologia ibitipoca
 
303 2299-1-pb
303 2299-1-pb303 2299-1-pb
303 2299-1-pb
 
Diversidade da familia coleoptera
Diversidade da familia coleopteraDiversidade da familia coleoptera
Diversidade da familia coleoptera
 
Recomenda es jos augusto senhorini ictiofauna
Recomenda es jos augusto senhorini   ictiofaunaRecomenda es jos augusto senhorini   ictiofauna
Recomenda es jos augusto senhorini ictiofauna
 
Abelhas nativas (Hymenoptera: Apidae) em Floresta Ombrófila Densa Submontana ...
Abelhas nativas (Hymenoptera: Apidae) em Floresta Ombrófila Densa Submontana ...Abelhas nativas (Hymenoptera: Apidae) em Floresta Ombrófila Densa Submontana ...
Abelhas nativas (Hymenoptera: Apidae) em Floresta Ombrófila Densa Submontana ...
 

Último

Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...licinioBorges
 
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxMapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxBeatrizLittig1
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Ilda Bicacro
 
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?AnabelaGuerreiro7
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfLeloIurk1
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...azulassessoria9
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteVanessaCavalcante37
 
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdf
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdfRevista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdf
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdfMárcio Azevedo
 
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaRotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaronaldojacademico
 
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptLiteratura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptMaiteFerreira4
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelGilber Rubim Rangel
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdfLeloIurk1
 
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números Mary Alvarenga
 
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptxJOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptxTainTorres4
 
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxDiscurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxferreirapriscilla84
 
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestreCIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestreElianeElika
 
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕESCOMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕESEduardaReis50
 

Último (20)

Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
 
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
 
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxMapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
 
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 
Bullying, sai pra lá
Bullying,  sai pra láBullying,  sai pra lá
Bullying, sai pra lá
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
 
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdf
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdfRevista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdf
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdf
 
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaRotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
 
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptLiteratura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
 
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
 
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptxJOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
 
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxDiscurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
 
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestreCIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
 
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕESCOMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
 

Briófitas PARNA 7Cidades

  • 1. Levantamento florístico de Bryopsida de cerrado e mata ripícola 61 LEVANTAMENTO FLORÍSTICO DE BRYOPSIDA DE CERRADO E MATA RIPÍCOLA LEVANTAMENTO ANTAMENT BRYOPSIDA MAT DO PARQUE NACIONAL DE SETE CIDADES, PIAUÍ, BRASIL 1 PARQ ARQUE NACIONAL CIDADES, PIAUÍ, Nívea Maria Carneiro Farias Castro 2 Kátia Cavalcanti Pôrto 3 Olga Yano 4 Antônio Alberto Jorge Farias Castro 2 Recebido em 05/10/00. Aceito em 01/08/01. RESUMO – (Levantamento florístico de Bryopsida de cerrado e mata ripícola do Parque Nacional de Sete Cidades, Piauí, Brasil). Foi realizado o levantamento florístico das Bryopsida dos ecossistemas de cerrado e de mata ripícola do Parque Nacional de Sete Cidades localizado nos municípios de Piracuruca e Brasileira (04º05-15’S e 41º30-45’W), Piauí, Brasil. Foram identificadas 22 espécies de musgos pertencentes às famílias: Bartramiaceae (1 sp.), Bryaceae (2 sp.), Calymperaceae (2 sp.), Dicranaceae (3 sp.), Erpodiaceae (1 sp.), Fissidentaceae (6 sp.), Hypnaceae (1 esp.), Leucobryaceae (1 sp.), Pottiaceae (2 sp.), Sematophyllaceae (2 sp.) e Stereophyllaceae (1 sp.). Constituem-se novas referências para o Brasil, Weisiopsis nigeriana (Egun. & Olar.) Zand.; para o Nordeste, Campylopus heterostachys (Hampe) Jaeg. e para o Estado do Piauí: Bryum capillare Hedw., Bryum cruegeri Hampe ex C.Müller, Philonotis uncinata (Schwaegr.) Brid., Vesicularia vesicularis (Schwaegr.) Broth., Semato- phyllum subsimplex (Hedw.) Mitt., Trichosteleum fluviale (Mitt.) Jaeg., Hyophila involuta (Hook.) Jaeg. & Sau- erb., Calymperes palisotii Schwaegr. ssp. richardii (C.Müller) S.Edwards, Fissidens guianensis Mont., Fissidens intermedius C.Müller, Fissidens prionodes Mont., Fissidens goyazensis Broth. e Fissidens zollingeri Mont. Aos táxons são indicadas referências de descrições, ilustração e distribuição geográfica. Palavras-chave – musgos, Bryopsida, cerrado, Piauí alavras-cha vras-chav ABSTRACT – (Bryopsida from the cerrado and gallery forest of the Sete Cidades National Park, in the State of ABSTRACT Piauí, Brazil). This study is a floristic survey of the Bryopsida from the “cerrado” and from the gallery forest of the Sete Cidades National Park in the municipalities Piracuruca and Brasileira, in the State of Piauí, Brazil (04º05-15’S and 41º30-45’W). Twenty-two taxa were determined from the following families: Bartramiaceae (1 esp.), Bryaceae (2 esp.), Calymperaceae (2 esp.), Dicranaceae (3 esp.), Erpodiaceae (1 esp.), Fissidentaceae (6 esp.), Hypnaceae (1 esp.), Leucobryaceae (1 esp.), Pottiaceae (2 esp.), Sematophyllaceae (2 esp.) and Stereo- phyllaceae (1 esp.). Weisiopsis nigeriana (Egun. & Olar.) Zand. is the first record of this species to Brazil, 1 Parte da Dissertação de Mestrado do primeiro autor. 2 Núcleo de Referência em Ciências Ambientais do Trópico Ecotonal do Nordeste (TROPEN), PRPPG/UFPI, Av. Universitária, 1310, Campus da Ininga, CEP 64049-550, Teresina, Piauí, Brasil, e-mail ajcastro@wpoint.com.br. 3 Departamento de Botânica, CCB/UFPE, Av. Prof. Moraes Rêgo, s/n, Cidade Universitária, CEP 50670-901, Recife, Pernambuco, Brasil. 4 Instituto de Botânica, C. Postal 4005, CEP 01061-970, São Paulo, São Paulo, Brasil. Acta bot. bras. 16(1): 61-76, 2002
  • 2. 62 Castro, N. M. C. F. et al. Campylopus heterostachys (Hampe) Jaeg. is the first of this species found in Brazilian northeast, and Bryum capillare Hewd., Bryum cruegeri Hampe ex C.Müller, Philonotis uncinata (Schwaegr.) Brid., Vesicularia vesic- ularis (Schwaegr.) Broth., Sematophyllum subsimplex (Hedw.) Mitt., Trichosteleum fluviale (Mitt.) Jaeg., Hyo- phila involuta (Hook.) Jaeg. & Sauerb., Calymperes palisotii Schwaegr. ssp. richardii (C.Müller) S.Edwards, Fissidens guianensis Mont., Fissidens intermedius C.Müller, Fissidens prionodes Mont., Fissidens goyazensis Broth. and Fissidens zollingeri Mont. are new to the State of Piauí. For each taxon a description is given along with references, illustrations and geographical distribution. Keys words – mosses, Bryopsida, cerrado, Piauí words Introdução artigo há citação de espécies de briófitas para os cerrados da Bahia, Maranhão e Piauí. Para o As briófitas são plantas avasculares, peque- Piauí, nenhum trabalho similar a este foi reali- nas e de estrutura relativamente simples. Podem zado, até o momento. ser encontradas nos habitats mais diversos, co- Existem somente citações de coletas feitas lonizando tipos variados de substratos, como por alguns botânicos em expedições científicas, muros, rochedos e areia, troncos vivos e mor- estando todo o material depositado em herbári- tos, folhas e cupinzeiros. Considerando os prin- os nacionais e estrangeiros (Vital 1983; Egunyo- cipais tipos de vegetação brasileira, as briófitas mi & Vital 1984; Frahm 1991; Reese 1993 e ocorrem tanto em matas úmidas e sombreadas Ireland & Buck 1994). como em cerrados e caatingas (Yano 1984; Lis- O primeiro registro de briófitas para o Piauí boa 1993). foi realizado por Luetzelburg (1922/23), que No Brasil, a maioria dos estudos sobre bri- relaciona 11 espécies de musgos pertencentes a ófitas é de caráter florístico, que registram no- 5 famílias para a Bahia e o Piauí. As espécies vas ocorrências e atualizam a distribuição geo- de briófitas registradas para o Piauí pertencem gráfica dos táxons. No que se refere especifica- às famílias Corsiniaceae, Dicranaceae, Erpodi- mente aos musgos, informações sobre as espé- aceae, Exormothecaceae, Funariaceae, Helico- cies estão compiladas nos relevantes catálogos phyllaceae, Hookeriaceae, Hypnaceae, Junger- de Yano (1981, 1989, 1995). De acordo com os manniaceae, Leucobryaceae e Plagiotheciace- trabalhos florísticos realizados, principalmen- ae (Yano 1981, 1984, 1989) e Calymperaceae te, por Vital (1980), Marinho (1987), Pôrto (Reese 1993). (1990), Yano (1992), Lisboa (1993), Valdevino Dessas espécies, três são citadas para o (1994), Costa (1995) e Oliveira e Silva (1998), Parque Nacional de Sete Cidades, Campylopus é possível acompanhar o aumento das contri- griseus (Hornsch.) Jaeg., Campylopus savanna- buições sobre a flora briofítica do Brasil. rum (C.Müller) Mitt. e Campylopus surinamen- Para o Nordeste, a mais recente avaliação sis C.Müller (Frahm 1991) e Syrrhopodon pro- sobre a briologia foi feita por Pôrto (1996). Este lifer Schwaegr. var. acanthoneuros (C.Müller) trabalho, menciona um histórico, as publicações C.Müller (Reese 1993). das últimas décadas que citam coleções da re- Devido a escassez de estudos sobre a brioflo- gião e artigos sobre distribuição geográfica de ra do Piauí, este trabalho teve por objetivos: estu- muitos táxons. dar a composição da flora briofítica de uma área O trabalho de Egunyomi & Vital (1984) de preservação no centro-norte do Piauí; contri- analisa as briofloras da savana nigeriana e dos buir para o conhecimento da brioflora (musgos) cerrados brasileiros, estabelecendo afinidades, dos ecossistemas de cerrado e de mata ripícola do a nível genérico, na tentativa de mostrar a natu- Brasil; fornecer subsídios para estudos futuros de reza semelhante de ambas as vegetações. Neste florística, taxonomia e ecologia e dar início à co- Acta bot. bras. 16(1): 61-76, 2002
  • 3. Levantamento florístico de Bryopsida de cerrado e mata ripícola 63 leção de briófitas do Herbário Graziela Barroso vivo, tronco em decomposição, solo, rocha e (TEPB) da Universidade Federal do Piauí (UFPI). cupinzeiro. O método de coletas preferenci- ais (MCP) (Castro 1994) foi utilizado na Material e Métodos amostragem. Todos os exemplares coletados · foram depositados no Herbário Graziela Bar- Área de Estudo roso (TEPB) da Universidade Federal do Piauí. O Parque Nacional de Sete Cidades criado Para a análise e a identificação do mate- pelo Decreto Federal de N° 50.744, de 8 de ju- rial utilizaram-se, principalmente, os traba- nho de 1961, está situado a nordeste do estado lhos de Bartram (1949), Reese (1961, 1983, do Piauí, nos municípios de Piracuruca e Brasi- 1993), Florschütz (1964), Syed (1973), Gri- leira, entre as coordenadas 04°05'-15’S e ffin-III (1979), Edwards (1980), Vital (1980), 41°30'-45’W. Possui área de 6.221,48ha, banha- Crum & Anderson (1981), Pursell (1984), do por rios de médio a baixo porte, com regime Buck & Ireland (1985), Frahm (1991), Yano hídrico irregular, apresentando intermitência. O (1992), Lisboa (1993), Zander (1993) e Sharp relevo é suave, típico das bacias sedimentares, et al. (1994). O sistema de classificação ado- altitude variando entre 100 a 300m, com dois tado neste trabalho é o proposto por Vitt tipos de solos: areias quartzosas distróficas, em (1984), com modificações de Buck & Ireland locais suavemente ondulados e hidromórficos, (1985) para a família Plagiotheciaceae. em locais planos (IBDF 1979). É citado para cada espécie: referência, Segundo Thornthwaite & Mather (1995 descrição, ilustração na literatura e distribui- apud Varejão-Silva & Reis 1988), o clima local ção geográfica no Brasil. Na distribuição ge- é Subúmido Seco com pequeno excedente hi- ográfica das espécies no Brasil, os estados dríco no outono. A temperatura média anual é estão citados por suas siglas oficiais. de 26,8°C e a precipitação anual é de 1.200mm. A estação chuvosa está compreendida de janei- Resultados ro a maio com precipitações mensais que vari- am de 143 a 295mm. O período mais seco con- No Parque Nacional de Sete Cidades fo- centra-se entre os meses de julho a novembro ram registradas 22 espécies de Bryopsida, com precipitações mensais variando de 7 a pertencentes a 11 famílias. Uma lista comen- 22mm. O excedente hidríco anual é 131mm e a tada dos espécies é apresentada a seguir. deficiência hidríca anual de 570mm. O Parque está inserido numa faixa de con- BRYACEAE tato entre o cerrado e a caatinga. Consideran- Bryum apiculatum Schwaegr., Musc. Suppl. do-se a fisionomia da vegetação, as condições 1(2): 102. 1816. climáticas e edáficas, a cobertura dominante é Descrição e ilustração: Florschütz (1964); de cerrado, acompanhada de manchas de cerra- Griffin III (1979); Marinho (1987) como dão, campos abertos inundáveis e matas ripíco- Bryum cruegeri Hampe ex C.Müller. las (IBAMA 1989). Material estudado: BRASIL. Piauí: Municí- pios Piracuruca e Brasileira, Parque Nacio- Coleta e Identificação do Material nal de Sete Cidades; rocha, não fértil, N.M.Castro 12, 7-VII-1994 (TEPB 9106); As amostras de briófitas foram retiradas rocha, não fértil, K.C.Porto s/n, 18-IV-1995 de variados tipos de substratos, como: tronco (TEPB 9263). Acta bot. bras. 16(1): 61-76, 2002
  • 4. 64 Castro, N. M. C. F. et al. Distribuição geográfica: AM, MG (Yano BARTRAMIACEAE 1981); PB (Marinho 1987); Piauí. Philonotis uncinata (Schwaegr.) Brid., Bryol. Comentários: Apresenta gametófito de porte Univ. 2: 22. 1827. pequeno, verde-amarelado, com filídios ere- Descrição e ilustração: Florschütz (1964); Gri- to-espalhados quando secos, células hexago- ffin III (1979); Lisboa (1993); Sharp et al. nais alongadas e costa percurrente a curto-ex- (1994). currente. Foi encontrada em local alagado Material estudado: BRASIL. Piauí: Municípi- sobre rocha, associada a Bryum capillare, os Piracuruca e Brasileira, Parque Nacional de Campylopus savannarum e Fissidens radi- Sete Cidades; tronco vivo, não fértil, N.M.Castro cans. Esta espécie está sendo citada pela pri- 3, 7-VII-1994 (TEPB 9097); rocha, não fértil, meira vez para o Piauí. N.M.Castro 8, 7-VII-1994 (TEPB 9102); rocha, não fértil, N.M.Castro 24, 29-X-1994 (TEPB Bryum capillare Hedw., Spec. Musc. 182. 9118); rocha e tijolo, não fértil, col. K.C.Porto 1801. s/n, 18-IV-1995 (TEPB 9217); solo e rocha, não Descrição e ilustração: Syed (1973); Lisboa fértil, N.M.Castro 170, 18-IV-1995 (TEPB (1993); Sharp et al. (1994). 9264); solo, não fértil, N.M.Castro 196, 26-X- Material estudado: BRASIL. Piauí: Municí- 1995 (TEPB 9290). pios Piracuruca e Brasileira, Parque Nacio- Distribuição geográfica: AM (Griffin III 1979); nal de Sete Cidades; solo, não fértil, MT, MG, RJ (Yano 1981); PB (Marinho 1987); N.M.Castro 34, 7-I-1995 (TEPB 9128); cu- PE (Pôrto 1990); ES (Schäfer-Verwimp 1991); pinzeiro, não fértil, N.M.Castro 46, 9-II-1995 RO (Lisboa 1993); Piauí. (TEPB 9140); rocha, não fértil, N.M.Castro Comentários: Apresenta filídios falcados, oblon- 104, 12-III-1995 (TEPB 9198); rocha, não go-lanceolados, com ápice acuminado, costa fértil, K.C.Porto s/n, 18-IV-1995 (TEPB subpercurrente a curto-excurrente margem re- 9219); rocha, não fértil, N.M.Castro 155, 18- voluta e serreada na metade superior (Costa IV-1995 (TEPB 9249); cupinzeiro, fértil, 1995). Esta espécie geralmente é coletada so- N.M.Castro 188, 25-X-1995 (TEPB 9282). bre o solo ou rocha. Distribuição geográfica: RJ (Syed 1973); CE, Na área estudada foi encontrada sobre tron- MT, MG, SP, SC (Ochi 1980); PE, GO (Yano co vivo, solo, rocha e tijolo, associada a Fissi- 1989); ES (Schäfer-Verwimp 1991); RO (Lis- dens goyazensis e a Vesicularia vesicularis. Esta boa 1993); Piauí. espécie está sendo citada pela primeira vez para Comentários: A presença de rizóides no cau- o Piauí. lídio, dando uma aparência pilosa, os filídios obovado-espatulados, com borda distanta são STEREOPHYLLACEAE características importantes da espécies. Entodontopsis leucostega (Brid.) Buck & Ire- Os filídios quando secos apresentam-se land., Nova Hedwigia 41: 103. 1985. fortemente contorcidos sobre o caulídio. As Descrição e ilustração: Buck & Ireland coletas foram realizadas sobre rocha, solo are- (1985); Ireland & Buck (1994); Sharp et al. noso e cupinzeiro, associada a Bryum apicu- (1994). latum, Campylopus savannarum, C. surina- Material estudado: BRASIL. Piauí: Municí- mensis, Fissidens radicans, F. guianensis, F. pios Piracuruca e Brasileira, Parque Nacio- zollingeri, Hyophila involuta, Octoblepharum nal de Sete Cidades; tronco morto, fértil, albidum e Weisiopsis nigeriana. É a primeira N.M.Castro 2, 7-VII-1994 (TEPB 9096); tron- citação para o Piauí. co morto, não fértil, N.M.Castro 7, 7-VII-1994 Acta bot. bras. 16(1): 61-76, 2002
  • 5. Levantamento florístico de Bryopsida de cerrado e mata ripícola 65 (TEPB 9101); tronco vivo, não fértil, Sete Cidades; rocha, não fértil, N.M.Castro 26, N.M.Castro 13, 7-VII-1994 (TEPB 9107); 8-VII-1994 (TEPB 9120). rocha, não fértil, N.M.Castro 97, 11-II-1995 Distribuição geográfica: PA, SC, RS (Yano (TEPB 9191); tronco vivo, fértil, N.M.Castro 1989); SP (Visnadi & Vital 1989); ES (Yano 98, 12-III-1995 (TEPB 9192); tronco vivo, 1995); BA (Yano & Bastos 1995); RJ (Oliveira fértil, K.C.Porto s/n, 18-IV-1995 (TEPB e Silva 1998); Piauí. 9220); tronco morto, fértil, K.C.Porto s/n, Comentários: Espécie bastante variável, carac- 18-IV-1995 (TEPB 9227); tronco morto, não terizada pelos filídios largamente ovalados, cur- fértil, K.C.Porto s/n, 18-IV-1995 (TEPB to acuminados, com células oblongo-hexago- 9232); rocha, não fértil, K.C.Porto s/n, nais. Ocorre geralmente sobre solo, rocha, tron- 18-IV-1995 (TEPB 9236); rocha, fértil, co de árvore e húmus. N.M.Castro 190, 25-X-1995 (TEPB 9284); No Parque foi coletada em local úmido, tronco vivo, fértil, N.M.Castro 200, sobre rocha, associada a Philonotis uncinata. 26-X-1995 (TEPB 9294). Esta é a primeira citação para o Piauí. Distribuição geográfica: AM, BA, CE, GO, MT, MG, RJ (Yano 1981); SP (Yano & San- SEMATOPHYLLACEAE tos 1993); AC, DF, MA, PA, PE, PI, RO, SP Sematophyllum subsimplex (Hedw.) Mitt., J. (Ireland & Buck 1994); FN (Yano 1995). Linn. Soc. Bot. 12: 494. 1869. Comentários: Segundo Ireland & Buck Descrição e ilustração: Griffin III (1979); Sharp (1994), a espécie apresenta filídios ovalados- et al. (1994); Buck (1998). lanceolados a oblongo-lanceolados, ápice cur- Material estudado: BRASIL. Piauí: Municípi- to acuminado e costa fraca; células alares os Piracuruca e Brasileira, Parque Nacional de numerosas, quadráticas a curto-retangulares, Sete Cidades, tronco morto, não fértil, estendendo-se até próximo à costa. N.M.Castro 5, 7-VII-1994 (TEPB 9099); rocha, Foi encontrada sobre solo, tronco vivo, não fértil, N.M.Castro 6, 7-VII-1994 (TEPB tronco em decomposição, rocha, em local 9100); areia, não fértil, N.M.Castro 40, 7-I-1995, sombrio no interior do cerrado, em popula- (TEPB 9134); tronco morto, fértil, N.M.Castro ções isoladas ou associada a Campylopus sa- 106, 12-III-1995 (TEPB 9200); tronco vivo, fér- vannarum, Camlymperes palisotii subsp. ri- til, N.M.Castro 110, 12-III-1995 (TEPB 9204); chardii, Fissidens radicans, F. guianensis, F. tronco vivo, não fértil, N.M.Castro 200, goyazensis, Octoblepharum albidum, Sema- 26-X-1995 (TEPB 9294). tophyllum subsimplex e Weisiopsis nigeriana. Distribuição geográfica: AM, PA, GO, MG, PR, Segundo Ireland & Buck (1994), foi citada RJ, RS, SC, SP (Yano 1981); PB (Marinho para o município de Oeiras, Piauí, Vital 8200 1987); AP (Yano & Lisboa 1988); MA, MT (SP). (Yano 1989); PE (Pôrto 1990); ES (Schäfer-Verwimp 1991); RR (Yano & Mello 1992); AC (Vital & Visnadi 1994); Piauí. HYPNACEAE Comentários: Segundo Sharp et al. (1994), o cau- Vesicularia vesicularis (Schwaegr.) Broth., lídio de ramificação pinada a subpinada, conspi- Naturl. Pflanzenfam. 1(3): 1094. 1908. cuamente vermelho-escuro, e filídios ereto-esten- Descrição e ilustração: Crum & Anderson didos são características marcantes dessa espécie. (1981); Sharp et al. (1994). Além disso, é facilmente identificada por Material estudado: BRASIL. Piauí: Municípi- apresentar ramos horizontais, filídios ovalados, os Piracuruca e Brasileira, Parque Nacional de estreito-acuminados, células da lâmina alongadas, Acta bot. bras. 16(1): 61-76, 2002
  • 6. 66 Castro, N. M. C. F. et al. sinuosas, lisas e as alares infladas e diferenciadas Material estudado: BRASIL. Piauí: Municípi- em grupo de 2-4 células. os Piracuruca e Brasileira, Parque Nacional de Foi coletada sobre tronco vivo, tronco em Sete Cidades; rocha, fértil, N.M.Castro 11, decomposição, rocha e solo arenoso, em associa- 7-VII-1994 (TEPB 9105); rocha, não fértil, ção com os seguintes táxons: Camlymperes pali- N.M.Castro 23, 7-VII-1994 (TEPB 9117); ro- sotii subsp. richardii, Entodontopsis leucostega, cha e tijolo, fértil, K.C.Pôrto, 18-IV-1995 Octoblepharum albidum, Syrrhopodon prolifer (TEPB 9225). var. acanthoneuros. Esta é a primeira citação para Distribuição geográfica: AM, GO, PA, PR, RS, o Piauí. RJ (Yano 1981); PB (Marinho 1987); PE (Pôr- to 1990); ES, SP (Yano 1995); Piauí. Trichosteleum fluviale (Mitt.) Jaeg., Ber. St. Comentários: Filídios ovalado-lanceolados, con- Gall. Naturw. Ges. 1876-77: 419. 1878. torcidos e com margem involuta quando secos, Descrição e ilustração: Oliveira e Silva (1998). células apicais muito salientes na superfície su- Material estudado: BRASIL. Piauí: Municípi- perior são características desta espécie. os Piracuruca e Brasileira, Parque Nacional de De modo geral, as Pottiaceae conseguem Sete Cidades; tronco vivo, fértil, N.M.Castro 16, resistir à seca, ao calor e à intensa radiação atra- 7-VII-1994 (TEPB 9110); rocha, não fértil, vés de adaptações morfológicas, como por N.M.Castro 19, 7-VII-1994 (TEPB 9113); ro- exemplo, a presença de pêlos hialinos no ápice cha, fértil, K.C.Porto s/n, 18-IV-1995 (TEPB dos filídios e a posição dos filídios no caulídio 9216); rocha, fértil, N.M.Castro 139, 18-IV- (Zander 1993). Segundo Lisboa (1993), esta 1995 (TEPB 9233). espécie é usualmente encontrada em habitat Distribuição geográfica: AM (Griffin III 1979); perturbado, como muros, calçadas ou paredes MT (Yano 1981); BA (Bastos & Yano 1993); de concretos e tijolos. SP (Yano & Santos 1993); PA (Lisboa 1994); De fato, muitos exemplares da espécie, fo- RJ (Oliveira e Silva 1998); Piauí. ram coletados nos bordos das piscinas artifici- Comentários: O porte reduzido, filídio larga- ais do Parque, sobre rocha, em associação com mente pontiagudo, células unipapilosas, papi- Bryum capillare, Fissidens goyazensis, F. zo- las centrais não muito desenvolvidas, são ca- llingeri e Weisiopsis nigeriana. Esta é a primei- racterísticas que facilitam a identificação da ra citação para o Piauí. espécie. Foi coletada sobre tronco vivo e, preferen- Weisiopsis nigeriana (Egun. & Olar.) Zand., cialmente, sobre rocha; às vezes, associada a Bull. Buffalo. Soc. nat. Sci. 32: 193.1993. Fig. Campylopus savannarum, C. surinamensis, Fis- 1 A-H. sidens radicans, F. prionodes, Octoblepharum Descrição e ilustração: Egunyomi & Olarin- albidum e Syrrhopodon prolifer var. acantho- moye (1978), como Gyroweisia nigeriana neuros. Está sendo referida pela primeira vez (Egun. & Olar.) Zand.; Zander (1993). para o Piauí. Material estudado: BRASIL. Piauí: Municípi- os Piracuruca e Brasileira, Parque Nacional de POTTIACEAE Sete Cidades; rocha, não fértil, N.M.Castro 44, Hyophila involuta (Hook.) Jaeg. & Sauerb., Ber. 7-I-1995 (TEPB 9138); rocha, fértil, K.C.Porto St. Gall. Naturw. Ges. 1871-72: 354. 1873. s/n, 18-IV-1995 (TEPB 9219); rocha, fértil, Descrição e ilustração: Crum & Anderson N.M.Castro 140, 18-IV-1995 (TEPB 9234); ro- (1981); Zander (1993); Lisboa (1993); Sharp et cha, não fértil, K.C.Porto s/n, 18-IV-1995 al. (1994). (TEPB 9235); solo, fértil, N.M.Castro 160, Acta bot. bras. 16(1): 61-76, 2002
  • 7. Levantamento florístico de Bryopsida de cerrado e mata ripícola 67 Figura 1 A-H. Weisiopsis nigeriana (Egun. & Olar) Zand.: A. aspecto geral do gametófito; B. células apicais do filídio; C. cápsula evidenciando as células de aspecto globoso; D. filídio; E. células medianas do filídio; F. cápsula quando úmida; G. inserção da seta; H. células basais do filídio (N.M. Castro 187). Acta bot. bras. 16(1): 61-76, 2002
  • 8. 68 Castro, N. M. C. F. et al. 18-IV-1995 (TEPB 9254); rocha, fértil, albidum. Está sendo referida pela primeira vez N.M.Castro 187, 25-X-1995 (TEPB 9281). para o Piauí. Comentários: A espécie foi estabelecida por Egunyomi & Olarinmoye (1978), como Gyro- Syrrhopodon prolifer Schwaegr. var. acantho- weisia nigeriana, entretanto, Zander (1993) neuros (C.Müller) C.Müller, Syn. Musc. frond. a incluiu no gênero Weisiopsis por apresentar 1: 542. 1849. células apicais mamilosas e dentes do peris- Descrição e ilustração: Florschütz (1964); Ree- tômio espessados. se (1993); Lisboa (1993). Foi coletada associada a Bryum capilla- Material estudado: BRASIL. Piauí: Municípi- re, Campylopus savannarum, C. surinamen- os Piracuruca e Brasileira, Parque Nacional de sis, Entodontopsis leucostega, Fissidens ra- Sete Cidades; tronco vivo, não fértil, N.M.Castro dicans, F. goyazensis, F. guianensis, 81, 10-I-1995 (TEPB 9175); rocha, não fértil, F.zollingeri, Hyophila involuta e Octoblepha- N.M.Castro 26, 26-X-1995 (TEPB 9285). rum albidum. A espécie é conhecida para a Distribuição geográfica: RO, PA (Yano 1989); África, sendo esta a primeira citação para o BA, DF, ES, GO, MT, MG, PR, PI, RJ, RS, SC, Brasil. SP (Reese 1993). Comentários: Segundo Reese (1993) as varie- CALYMPERACEAE dades desta espécie são definidas pela modifi- Calymperes palisotii Schwaegr. subsp. richar- cação no comprimento do filídio, cor e grau de dii (C.Müller) S.Edwards., J. Bryol. 11: 81.1980. atenuação da lâmina e tamanho do gametófito. Descrição e ilustração: Reese (1961); Florschütz Na variedade acanthoneuros os filídios são for- (1964); Edwards(1980); Crum & Anderson temente curvados à altura dos ombros, a lâmina (1981); Reese (1993); Sharp et al. (1994). é usualmente verde-escura, afinando rápida e Material estudado: BRASIL. Piauí: Piracuru- igualmente em direção ao ápice agudo. ca e Brasileira, Parque Nacional de Sete Cida- Reese (1993) cita a espécie para o Piauí com des; rocha, não fértil, N.M.Castro 63, 10-II-1995 base na coleta de Vital (5397, FLAS, LAF, SP) (TEPB 9157); tronco morto, não fértil, realizada no Parque Nacional de Sete Cidades. N.M.Castro 72, 10-II-1995 (TEPB 9166); tron- Foi coletada sobre tronco vivo e rocha, associa- co vivo, não fértil, N.M.Castro 86, 11-II-1995 da a Campylopus savannarum, Fissidens radi- (TEPB 9180); rocha, não fértil, N.M.Castro 128, cans, Octoblepharum albidum e Sematophyllum 18-IV-1995 (TEPB 9222). subsimplex. Distribuição geográfica: RO, PA, PE (Yano 1989); AP, AM, BA, FN, RN (Reese 1993); AL, DICRANACEAE ES, GO, RJ (Yano & Costa 1993); PB, PR (Yano Campylopus heterostachys (Hampe) Jaeg., Ber. 1995); Piauí. St. Gall. Naturw. Ges. 1870-71: 421.1872. Fig. Comentários: A subespécie é identificada pelo 2 A-I. gametófito verde-escuro de aspecto lustro, com Descrição e ilustração: Frahm (1991); Costa propágulos agrupados no ápice sobre a superfí- (1995). cie ventral do filídio; pelas cancelinas retangu- Material estudado: BRASIL. Piauí: Municípi- lares, hialinas, de paredes lisas e teníolas intra- os Piracuruca e Brasileira, Parque Nacional de marginais, dispostas em 1-3 fileiras. Sete Cidades; rocha, não fértil, N.M.Castro 83, Foi coletada associada a Campylopus sa- 11-II-1995 (TEPB 9177); rocha, não fértil, vannarum, Fissidens radicans, F. goyazensis, N.M.Castro 128, 18-IV-1995 (TEPB 9222); ro- Sematophyllum subsimplex e Octoblepharum cha, não fértil, N.M.Castro 155, 18-IV-1995 Acta bot. bras. 16(1): 61-76, 2002
  • 9. Levantamento florístico de Bryopsida de cerrado e mata ripícola 69 Figura 2 A-I. Campylopus heterostachys (Hampe) Jaeg.: A. aspecto geral do gametófito; B. ápice do filídio; C. detalhe do ápice evidenciando as células; D. células medianas do filídio; E. células apicais do filídio; F. células basais do filídio; G, H e I. secção transversal do filídio (N.M. Castro 155). Acta bot. bras. 16(1): 61-76, 2002
  • 10. 70 Castro, N. M. C. F. et al. (TEPB 9249); rocha, não fértil, N.M.Castro 182, O autor registra a espécie para o Piauí, co- 25-X-1995 (TEPB 9276). letada por Vital 5411 (SP) no Parque Nacional Distribuição geográfica: SP (Yano 1981); MG de Sete Cidades. Costa (1995) cita a espécie para (Yano 1995); RJ (Costa 1995); Piauí. solo arenoso, pedregoso ou semeado, rochas ou Comentários: A presença das células basais hi- base dos troncos de árvores. Na área do Parque alinas com paredes delgadas, células alares ocu- foi coletada sobre solo e rocha. pando parte da costa, ápice denteado, costa em secção transversal com grandes hialocistos ven- Campylopus surinamensis C.Müller, Linnaea trais e grupos de pequenos estereídios dorsais 21: 186. 1848. são características taxonômicas que difere esta Descrição e ilustração: Frahm (1991). espécie de Campylopus flexuosus (Hedw.) Brid. Material estudado: BRASIL. Piauí: Municípi- Ocorre sobre tronco de árvore vivas ou os Piracuruca e Brasileira, Parque Nacional de mortas e em paredão rochoso. Foi coletada so- Sete Cidades; rocha, não fértil, N.M.Castro 55, bre rocha, associada a Bryum capillare, Ca- 10-II-1995 (TEPB 9149); rocha, não fértil, mlymperes palisotii subsp. richardii, Fissidens K.C.Porto s/n, 18-IV-1995 (TEPB 9235). goyazensis e Fissidens radicans. Distribuição geográfica: AM, BA, ES, GO, MT, Está sendo citada pela primeira vez para o MG, PA, PI, RO, SP (Frahm 1991). Nordeste do Brasil. Comentários: Facilmente identificada pelos fi- lídios basais dispostos em roseta, células basais Campylopus savannarum (C. Müll.) Mitt., J. da lâmina retangulares e de paredes delgadas, Linn. Soc. Bot. 12: 85.1869. tufos comais e eventualmente portar esporófi- Descrição e ilustração: Florschütz (1964); Gri- tos. ffin III (1979); Frahm (1991); Sharp et al. Espécie comum em savanas arenosas (1994). (Frahm 1991), sendo citada para o Parque por Material estudado: BRASIL. Piauí: Municípi- Vital 5396 (SP). Foi coletada também sobre solo os Piracuruca e Brasileira, Parque Nacional de arenoso. Sete Cidades; rocha, não fértil, N.M.Castro 10, 7-VII-1994 (TEPB 9104); rocha, não fértil, LEUCOBRYACEAE N.M.Castro 12, 7-VII-1994 (TEPB 9106); solo, Octoblepharum albidum Hedw., Spec. Musc. não fértil, N.M.Castro 95, 11-II-1995 (TEPB 50. 1801. 9189); rocha, não fértil, K.C.Porto s/n, 18-IV- Descrição e ilustração: Yano (1992). 1995 (TEPB 9223). Material estudado: BRASIL. Piauí: Piracuru- Distribuição geográfica: AM, PE, BA (Yano ca e Brasileira, Parque Nacional de Sete Cida- 1989); PA, PI, CE, GO, MT (Frahm 1991); RJ des; tronco vivo, fértil, N.M.Castro 1, 7-VII- (Costa 1995); RR (Yano 1995). 1994 (TEPB 9095); tronco morto, não fértil, Comentários: Caracteriza-se por apresentar fi- N.M.Castro 27, 8-VII-1994 (TEPB 9121); tron- leira de células quadráticas ao longo da mar- co vivo, não fértil, N.M.Castro 28, 8-VII-1994 gem basal do filídio e pela secção transversal (TEPB 9122); raízes, não fértil, N.M.Castro 47, da costa com estereídios ventrais na parte infe- 9-II-1995 (TEPB 9141); rocha, não fértil, rior do mesmo. Segundo Frahm (1991), no Bra- N.M.Castro 50, 9-II-1995 (TEPB 9144); areia, sil essa espécie é freqüente nas vegetações de fértil, N.M.Castro 87, 11-II-1995 (TEPB 9181); cerrado e caatinga, ocorrendo também nas cam- solo, não fértil, N.M.Castro 95, 11-II-1995 pinas amazônicas, que podem ser interpretadas (TEPB 9189); tronco vivo, fértil, K.C.Porto s/ como relito de uma savana do Pleistoceno. n, 18-IV-1995 (TEPB 9220). Acta bot. bras. 16(1): 61-76, 2002
  • 11. Levantamento florístico de Bryopsida de cerrado e mata ripícola 71 Distribuição geográfica: RR, RO, AP, AC, AM, Descrição e ilustração: Florschütz (1964); PA, MA, PI, CE, RN, PB, PE, AL, SE, BA, MT, Marinho (1987); Bruggeman-Nannenga & MS, GO, MG, ES, RJ, SP, PR, SC, RS (Yano Pursell (1990); Sharp et al. (1994). 1992). Material estudado: BRASIL. Piauí: Municí- Comentários: Caracteriza-se por apresentar fi- pios Piracuruca e Brasileira, Parque Nacio- lídios oblongos, com ápice denticulado, cápsu- nal de Sete Cidades; rocha, não fértil, la oblongo-ovalada, com 8 dentes triangulares. N.M.Castro 10, 7-VII-1994 (TEPB 9104); Cresce em troncos de árvores vivas ou rocha, não fértil, N.M.Castro 12, 7-VII-1994 mortas, sobre pedras, solo arenoso, em lugares (TEPB 9106); rocha, não fértil, N.M.Castro secos ou úmidos. 83, 11-II-1995 (TEPB 9177); rocha, não fér- til, N.M.Castro 84, 1-II-1995 (TEPB 9178); FISSIDENTACEAE rocha, não fértil, K.C.Porto s/n, 18-IV-1995 Fissidens prionodes Mont., Ann. Sci. Nat. (TEPB 9223); rocha, fértil, N.M.Castro 139, Bot. 2(3): 200. 1835. 18-IV-1995 (TEPB 9233); rocha, fértil, Descrição e ilustração: Florschütz (1964); N.M.Castro 152, 18-IV-1995 (TEPB 9246); Lisboa (1993). solo, não fértil, N.M.Castro 160, 18-IV-1995 Material estudado: BRASIL. Piauí: Muni- (TEPB 9254); rocha, não fértil, N.M.Castro cípios Piracuruca e Brasileira, Parque Na- 182, 25-X-1995 (TEPB 9276). cional de Sete Cidades; rocha, não fértil, Distribuição geográfica: PB (Marinho 1987); N.M.Castro 55, 10-II-1995 (TEPB 9149). BA, PA, SP (Bruggeman-Nannenga & Pursell Distribuição geográfica: AM, GO, MT, 1990); Piauí. MG, PA, PR, RS e RJ (Yano 1981) como Comentários: Apresenta filídios agrupados, li- Fissidens hornschuchii; SC (Yano 1981), geiramente contorcidos quando secos, oblon- como Fissidens pellucidus; RO (Lisboa go-lingulados, ápice arredondado-obtuso, cos- 1993); ES, FN, PE e SP (Yano 1995); Piauí. ta terminando abaixo do ápice e margem do Comentários: Apresenta como principais filídio ligeiramente crenulada pelas projeções características o porte reduzido, os filídios das células. linear-lanceolados até elíptico-lanceolados, Segundo Bruggeman-Nannenga & Pursell de ápice acuminado até apiculado, costa (1990), difere de Fissidens allenianus por percurrente até curto-excurrente e células apresentar filídios caducos, ápice amplamen- pequenas, irregulares, lisas ou finamente te agudo ou redondo-obtuso e peristômio re- unipapilosas. duzido. Esta espécie cresce geralmente Segundo Lisboa (1993), esta espécie em casca de árvores, sobre madeira morta ou ocorre sobre solo arenoso, argiloso ou pe- raramente sobre rocha desde o nível do mar dra, troncos podres, cupinzeiros ou até até 700m (Bruggeman-Nannenga & Pursell mesmo raízes de palmeiras, em diferentes 1990). tipos de vegetação como: savanas, capoei- No Parque, foi coletada, sobre rocha, as- ras, matas de terra firme e florestas úmi- sociada a Bryum apiculatum, B. capillare, das. Calymperes palisotii subsp. richardii, Ento- ichosteleum fluviale. Este é o primeiro re- dontopsis leucostega, Fissidens elegans, F. gistro para o Piauí. guianensis, F. prionodes, Octoblepharum al- bidum, Trichosteleum fluviales, Syrrhopodon Fissidens radicans Mont., Ann. Sci. Nat. Bot. prolifer var. acanthoneuros e Weisiopsis ni- sér. 2.14: 345. 1840. geriana. Esta é a primeira citação para o Piauí. Acta bot. bras. 16(1): 61-76, 2002
  • 12. 72 Castro, N. M. C. F. et al. Fissidens zollingeri Mont., Ann. Sci. Nat. Bot., Comentários: Caracteriza-se pelo gametófito 3 (4): 144. 1845. verde-escuro, crescendo prostrado, filídios Descrição e ilustração: Florschütz (1964), como ovalados a largamente ovalados; quando fér- Fissidens kegelianus C.Müller; Marinho (1987); til, a cápsula é ovóide-cilíndrica e imersa nos Lisboa (1993); Sharp et al. (1994). filídios periqueciais, com caliptra campanu- Material estudado: BRASIL. Piauí: Municípi- lado-mitrada e ânulo formado por 3-4 fileira os Piracuruca e Brasileira, Parque Nacional de de células grandes, amarelo-pálidas. Sete Cidades; rocha, não fértil, N.M.Castro 97, Esta espécie é citada no Piauí para Oei- 11-II-1995 (TEPB 9191); rocha, fértil, ras, Corrente e Cristalândia do Piauí (Vital N.M.Castro 121, 18-IV-1995 (TEPB 9215); ro- 1980). Segundo este autor, é comumente en- cha, não fértil, N.M.Castro 123, 18-IV-1995 contrada em vegetação de cerrado e, princi- (TEPB 9217); rocha, não fértil, N.M.Castro 159, palmente nas áreas de transição do cerrado 18-IV-1995 (TEPB 9253). para outros tipos de vegetação. Distribuição geográfica: É citada como Fissi- Ocorre freqüentemente sobre troncos de dens kegelianus para o AM, GO, MG, PA, RJ e árvores vivas, eventualmente sobre árvores SC (Yano 1981); MA, PB, PE, BA, SP, RO, ES, em decomposição e raramente sobre rocha. No FN, MS, PR e TO, como Fissidens zollingeri Parque Nacional de Sete Cidades foi coleta- (Yano 1989, 1995); Piauí. da sobre tronco de Tabebuia sp. Comentários: Esta espécie é facilmente identi- ficada por apresentar gametófitos reduzidos, Discussão verde-brilhantes, com filídios eqüidistantes so- bre o caulídio, oblongo-lanceolados, bordeados Os cerrados, como o do Parque Nacio- por células longas, ápice levemente apiculado e nal de Sete Cidades, de clima subúmido e células da lâmina vaginante bem maiores do que em contato com tipos de vegetação mais seca as células da lâmina apical. (carrasco e caatinga), apresentam uma flora Tem como substrato solo, madeira em de- briofítica significativa considerando-se o que composição e rocha calcária. Na área foi cole- já era conhecido para o Estado do Piauí. tada somente sobre rocha. Está sendo citada pela Dentre as espécies coletadas, 16 (72,7%) primeira vez para o Piauí. referem-se a novos registros. Das 66 famílias de musgos citadas para ERPODIACEAE o Brasil, apenas nove eram assinaladas para Erpodium coronatum (Hook. & Wils.) Mitt., o Piauí. Das 11 famílias registradas neste es- J. Linn. Soc. Bot. 12: 403. 1869. tudo, duas tinham sido citadas para o Par- Descrição e ilustração: Vital (1980); Sharp et que Nacional de Sete Cidades e quatro para al. (1994). outras localidades do Estado. Bartramiace- Material estudado: BRASIL. Piauí: Municí- ae, Bryaceae, Fissidentaceae, Pottiaceae e pios Piracuruca e Brasileira, Parque Nacio- Sematophyllaceae estão sendo referidas pela nal de Sete Cidades; tronco vivo, não fértil, primeira vez para o Piauí. N.M.Castro 88, 10-II-1995 (TEPB 9182); Com base nos trabalhos de Luetzelburg (1922/ tronco vivo, fértil, N.M.Castro 197, 26-X- 23), Vital (1980), Yano (1981, 1989, 1992), 1995 (TEPB 9291). Egunyomi & Vital (1984), Frahm (1991) e Reese Distribuição geográfica: PI (Vital 1980); BA, (1993), encontram-se registradas 14 espécies de CE, RJ (Yano 1981); BA, PE, DF, GO, MS, musgos para o Piauí, das quais seis o Parque estu- MG, SP (Yano 1989); PR (Yano 1995). dado. O levantamento realizado, atualiza o conhe- Acta bot. bras. 16(1): 61-76, 2002
  • 13. Levantamento florístico de Bryopsida de cerrado e mata ripícola 73 cimento da riqueza em Bryopsida, considerando sentavam esporófitos, confirmando a importância que 16 espécies são acrescidas às 14 registradas da água para a produção de esporófito. anteriormente. Assim, das 30 espécies citadas para Além disso, nos meses mais secos, com a re- o Estado, o Parque Nacional de Sete Cidades con- dução do número e tamanho dos sítios ricos em tribui com 53,3% desse total. umidade, observou-se a fase gametofítica domi- Da lista de 72 espécies de musgos referidas nante sobre a esporofítica. para o cerrado brasileiro por Egunyomi & Vital Segundo Vitt (1979), ambientes xerofíticos e (1984): Campylopus surinamensis, C. tortilipilus, temporariamente instáveis favorecem a acrocar- Entodontopsis leucostega (citada como Stereo- pia, enquanto os mesofíticos e estáveis tendem a phyllum leucostegum), Erpodium coronatum, Fis- favorecer a pleurocarpia. Esse fato também pôde sidens zollingeri (citada também como F. kegelia- ser observado no Parque, talvez por este apresen- nus), Helicophyllum torquatum, Jonesiobryum tar características próximas a um ecossistema xe- cerradense, Octoblepharum albidum e Semato- rofítico, houve maior riqueza de espécies acrocár- phyllum subsimplex, também ocorrem no Piauí. picas (77%), que de pleurocárpicas (23%). Das 54 espécies relacionadas para a savana Com relação ao tipo de substrato, as espécies nigeriana por estes mesmos autores, apenas Erpo- coletadas na área de estudo são preferencialmente dium coronatum, Octoblepharum albidum e Weisi- rupícola, seguido do corticícola, terrícola e epíxi- opsis nigeriana (citada como Gyroweisia nigeri- la. Dos substratos analisados, a superfície rochosa ana), foram coletadas no cerrado do Parque Naci- apresentou maior representatividade em termos de onal de Sete Cidades. Isto significa que poucas colonização (51%). espécies do cerrado do Piauí são comuns às de Isso provavelmente, deve-se a grande dispo- outras áreas já investigadas do cerrado brasileiro nibilidade de substrato rochoso na área, com aflo- ou, mesmo da savana nigeriana, embora estes bio- ramentos localizados sob as sombras das árvores. mas apresentem condições ecológicas semelhan- Locais que retêm maior umidade propiciam um tes (Rizzini 1997). microambiente favorável ao estabelecimento das Para Scott (1982), em vegetações abertas onde espécies como Bryum apiculatum, Campylopus a insolação é intensa, as briófitas são encontradas heterostachys, C. surinamensis, C. savannarum, preferencialmente sobre o solo, sob casca ou tron- Fissidens goyazensis, F. prionodes, F. zollingeri e co de árvores e arbustos, nas fendas de rochas, ou Vesicularia vesicularis. Na área estudada estas es- seja, em locais onde há alguma proteção contra pécies foram coletadas apenas sobre este tipo de uma rápida dessecação. No Parque as espécies, substrato, o que, necessariamente não indica es- quando presentes, encontravam-se restritas a am- pecificidade. bientes úmidos ou próximos a locais onde existia De acordo com Florschütz (1964), Frahm água, ocorrendo sobre base e cascas grossas dos (1991) e Lisboa (1993), estas espécies podem ocor- troncos de árvores, que concentram maior umida- rer em substratos variados. Para a maioria das es- de e onde os efeitos de escorrimento, os menores pécies estudadas, mais de um tipo de substrato níveis de insolação e a proximidade com o solo, esteve associado, ainda que rocha e solo tenham provavelmente garantem maior acúmulo de água. sido os preferenciais. Segundo Vitt (1981), habitats xerofíticos são De 299 coletas de Bryopsida realizadas, os colonizados por espécies de musgos tolerantes à gêneros de maior representatividade foram Fissi- dessecação ou por aqueles de ciclo de vida curto. dens (18,7%), Octoblepharum (17%) e Entodon- Durante as coletas realizadas no Parque, apesar topsis (15,3%). Por sua vez, as espécies Octoble- das populações de musgos terem sido mais cons- pharum albidum (17,1%) e Entodontopsis leucos- pícuas nos meses da estação chuvosa, poucas apre- tega (15,3%), destacaram-se em representativida- Acta bot. bras. 16(1): 61-76, 2002
  • 14. 74 Castro, N. M. C. F. et al. de de amostras, seguidas de Sematophyllum sub- São Paulo, São Paulo. 326p. simplex (8,4%), Fissidens guianensis (7,4%), Crum, H.A. & Anderson, L.E. 1981. Musgos Campylopus savannarum (7,0%), Bryum capilla- of Eastern North America. Columbia, Uni- re (6,0%) e Weisiopsis nigeriana, Fissidens radi- versity Press, New York. 1328 p. cans e Calymperes palisotii subsp. richardii (6,0% Edwards, S.R. 1980. A revision of west Tropi- cada). cal African Calymperaceae I. Introduction and Calymperes. Journal of Bryology 11: Agradecimentos 49-93. Egunyomi, A. & Olarinmoye, S.O. 1978. A new Os autores agradecem o apoio logístico da Species of Gyroweisia (Musci : Pottiaceae) administração do Parque Nacional de Sete Cida- from Nigeria. Bryologist 81(3): 443-445. des; aos pesquisadores Dana Griffin III, R. Pursell Egunyomi, A. & Vital, D.M. 1984. Compara- e R.H. Zander pelas identificações e confirmações tive studies on the bryofloras of the Nige- do material enviado aos seus herbários; a Dra Re- rian savanna and the Brazilian cerrado. gina Célia Lobato do Museu Goeldi pelo apoio Revista Brasileira Botanica 7(2): 129-36. nas identificações e confirmações de algumas es- Florschütz, P.A.1964. The mosses of Suriname. pécies; ao CNPq pela cessão de bolsa à primeira Leiden, E.J. Brill. 271 p. autora. Frahm, J.-P. 1991. Dicranaceae: Campylopodoideae, Paraleucobryoideae. Referências Bibliográficas Flora Neotropica. Monograph 54. New York, Botanical Garden. 238 p. Bartram, E.B. 1949. Mosses of Guatemala. Griffin III, D. 1979. Guia preliminar para as Fieldiana Botany 25: 1-442. briófitas freqüentes em Manaus e adjacên- Bastos, C.J.P. & Yano, O. 1993. Musgos da zona cias. Acta Amazonica 93(3): 1-67. urbana de Salvador, Bahia, Brasil. Hoehnea IBAMA. 1989. Ministério do Meio Ambiente. 20(1/2): 23-33. Unidades de conservação do Brasil; Bruggeman - Nannenga, M.A. & Pursell, R.A. parques nacionais e reservas biológicas. v.1. 1990. The Fissidens radicans complex. (Sec- Brasília: IBAMA. 182 p. tion Amblyothallia) in the Neotropics and IBDF. 1979. Ministério da Agricultura. Paleotropics. Bryologist 93(3): 332-340. Fundação Brasileira para Conservação da Buck, W.R. 1998. Pleurocarpous Mosses of the Natureza. Plano de manejo do Parque West Indies. Memoirs of The New York Nacional de Sete Cidades. Brasília: IBDF. Botanical Garden 1: 1-401. 61 p. Buck, W.R. & Ireland, R.R. 1985. A reclassifi- Ireland, R.R. & Buck, W.R. 1994. cation of the Plagiotheciaceae. Nova Stereophyllaceae. Flora Neotropica, Mono- Hedwigia 41: 89-125. graph 65. New York, Botanical Garden. 1- Castro, A.A.J.F. 1994. Comparação florístico- 49 p. geográfica (Brasil) e fitossociológica Lisboa, R.C.L. 1993. Musgos acrocárpicos do (Piauí - São Paulo) de amostras de estado de Rondônia. Belém: MCT/CNPq/ cerrado. Tese de Doutorado. Universidade Museu Paraense Emílio Goeldi. 272p. Estadual de Campinas, Campinas, SP. 520p. (Coleção Adolfo Ducke). Costa, D.P. 1995. Musgos do município de Lisboa, R.C.L. 1994. Adições à brioflora do Nova Friburgo, Rio de Janeiro, Brasil. Estado do Pará. Boletim do Museu Dissertação de Mestrado. Universidade de Paraense Emílio Goeldi, sér. Bot. 10(1): Acta bot. bras. 16(1): 61-76, 2002
  • 15. Levantamento florístico de Bryopsida de cerrado e mata ripícola 75 15-42. Rizzini, C.T. 1997. Tratado de fitogeografia Luetzelburg, P. von. 1922/23. Estudo botânico do Brasil: aspectos ecológicos, sociológicos do Nordeste. 2ª ed. Rio de Janeiro. 283p. e florísticos. 2ª ed. Rio de Janeiro. 747p. Marinho, M.G.V. 1987. Bryopsida da reserva Schäfer-Verwinp, A. 1991. Contribution to the florestal do IBGF, João Pessoa, Paraíba, knowledge of the bryophyte flora of Espírito Brasil. Dissertação de Mestrado. Santo, Brazil. Journal of the Hattori Bo- Universidade Federal de Pernambuco. tanical Laboratory 69: 147-170. Recife, PE. 224p. Scott, G.A.M. 1982. Desert Bryophytes. Ochi, H. 1980. A revision of the Neotropical Pp.105-122. In: Smith, A.J.E. (Ed.) Bryo- Bryoideae, Musci (First Part). Journal Fac- phyte Ecology. London: Chapman and Hall. ulty of Education Tottori University 29(2): Sharp, A.J., Crum, H. & Echel, P.M. 1994. The 49-154. moss flora of México. Memoirs of the New Oliveira e Silva, M.L.M.N. 1998. Briófitas da York Botanical Garden 69(1-2): 1-1113. Reserva Ecológica de Rio das Pedras, Syed, H. 1973. A taxonomic study of Bryum Município de Mangaratiba, do Parque capillare Hedw. and related species. Jour- Estadual de Ilha Grande da Reserva nal of Bryology 7: 265-326. Biológica Estadual da Praia do Sul, Valdevino, J.A. 1994. Bryopsida do Bituri Município da Angra dos Reis, estado do Grande, Brejo da Madre de Deus - PE Rio de Janeiro. Tese de Doutorado. (Brasil). Dissertação de Mestrado. Universidade de São Paulo. 321p. Universidade Federal de Pernambuco, Pôrto, K.C. 1990. Bryoflores d’une forêt de Recife. 149p. plaine et d’une forêt d’altitude moyenne dans Varejão-Silva, M.A. & Reis, A.C.S. 1988. l’état de Pernambuco (Brésil): analyse flo- Agrometeorologia e climatologia tropicais ristique. Cryptogamie, Bryologie Lichénol- (módulo 1.1). Curso de Agricultura Tropi- ogie 11(2): 109-161. cal, O Ambiente e as Plantas Tropicais, Pôrto, K.C. 1996. Briófitas. Pp. 97-109. In: ABEAS, Brasília. Sampaio, E.V.S.B., Mayo, S.J. & Barbosa, Visnadi, S.R. & Vital, D.M. 1989. Briófitas M.R.V. (Eds.) Pesquisa botânica rupícolas de um trecho do rio Bethary, nordestina: progresso e perspectivas. Iporanga, estado de São Paulo. Acta Recife, Sociedade Botânica do Brasil / Seção Botanica Brasilica 3(2): 179-83. Regional de Pernambuco. Vital, D.M. 1980. Erpodiaceae (Musci) do Pursell, R.A. 1984. A preliminary study of the Brasil. Dissertação de Mestrado. Fissidens elegans complex in the Neotropics. Universidade Estadual de Campinas, Journal of the Hattori Botanical Labora- Campinas, SP. 135p. tory 55: 235-252. Vital, D.M. 1983. Two new species of Reese, W.D. 1961. The genus Calymperes in the Jonesiobryum (Musci) from the Brazilian America. Bryologist 64(2/3): 89 -140. cerrado regions. Journal of Bryology 12: Reese, W.D. 1983. American Calymperes and 383-391. Syrrhopodon: Identification key and summa- Vital, D.M., Giancotti, C. & Pursell, R.A. 1991. ry of recent nomenclatural changes. Bryol- The bryoflora of Fernando de Noronha, ogist 86(1): 23-30. Brasil. Tropical Bryology 4: 23-24. Reese, W.D. 1993. Calymperaceae. Flora Vital, D.M. & Visnadi, S.R. 1994. Bryophytes Neotropica. Monograph 58. New York, Bo- of Rio Branco Municipality, Acre, Brazil. tanical Garden. 102p. Tropical Bryology 9: 69-74. Acta bot. bras. 16(1): 61-76, 2002
  • 16. 76 Castro, N. M. C. F. et al. Vitt, D.H. 1979. The moss flora of the Auckland of the Hattori Botanical Laboratory 78: Islands, New Zealand, with a consideration 137-182. of habitats, origins, and adaptations. Cana- Yano, O. & Lisboa, R.C. 1988. Briófitas do dian Journal of Botany 57(20): 2226-2263. Território Federal do Amapá. Brasil. Boletim Vitt, D.H. 1981. Adaptive modes of the moss do Museu Paraense Emílio Goeldi, sér. bot. sporophyte. Bryologist 84(2):166-186. 4(2): 243-270. Vitt, D.H. 1984. Classification of the Bryopsida. Yano, O. & Mello, R. 1992. Briófitas novas para Pp.696-759. In: Schuster, R.M. (Ed.) New o estado de Roraima, Brasil. Acta manual of Bryology. Hattori Botanical Amazonica 22(1): 23-50. Laboratory, Miyazaki. Yano, O. & Costa, D.P. 1993. Briófitas da Yano, O. 1981. A checklist of Brazilian mosses. restinga da Massambaba, Rio de Janeiro. III Journal of the Hattori Botanical Labora- Simpósio de ecossistemas da costa tory 50:279-456. brasileira, Serra Negra 1992. ACIESP, V. Yano, O. 1984. Contribuição ao inventário dos III. São Paulo, 3:144-157. Musci brasileiros: 3. Racopilaceae Yano, O. & Santos, S.X. 1993. Musgos da gruta (Bryopsida, Isobryales). Revista brasileira de Mirassol, São Paulo. Acta Botanica Botanica 7(1/2): 57-63. Brasilica 7(2): 89-106. Yano, O. 1989. An additional checklist of Bra- Yano, O. & Bastos, C.J.P. 1995. Musgos do zilian bryophytes. Journal of the Hattori Estado da Bahia, Brasil. Biologica Brasilica Botanical Laboratory 66: 371-434. 6(1/2): 9-26. Yano, O. 1992. Leucobryaceae (Bryopsida) do Zander, R.H. 1993. Genera of the Pottiaceae : Brasil. Tese de Doutorado. Universidade de Mosses of Harsh Enviroments. Bulletin of São Paulo, São Paulo. 318 p. the Buffalo Society of Natural Sciences 32: Yano, O. 1995. A new additional annotated 171-378. ckecklist of Brazilian bryophytes. Journal Acta bot. bras. 16(1): 61-76, 2002