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REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228
Volume 21 - Número 2 - 2º Semestre 2021
PERCEPÇÃO DE ALUNOS EM UMA ESCOLA PÚBLICA DE CARIACICA, ESPÍRITO
SANTO, SOBRE A IMPORTÂNCIA DAS SERPENTES
Bryan da Cunha Martins1
; Rafaela Duda Paes2
RESUMO
O medo causado pela falta de conhecimento sobre serpentes, acrescido de elementos da cultura e
senso comum, acarretam na matança intencional desses animais. Desta forma, objetivou-se analisar
a percepção de 152 estudantes da primeira série do Ensino Médio de uma escola pública de Cariacica,
Espírito Santo, sobre as serpentes, frente à importância biológica, medicinal e social além de
desmitificar a visão negativa sobre, para promover maior preservação. Para tanto, realizou-se
aplicação de questionário pré e pós-intervenção para comparar o nível de entendimento sobre a
temática. A análise dos dados revelou que a maioria dos alunos nunca teve contato com serpentes,
mas possuem bom nível de conhecimento com relação às importâncias. Entretanto, parte das pessoas
continuou com a postura adotada inicialmente, sendo negativa ou positiva sobre o assunto, o que pode
estar relacionado à influência cultural. De todo modo, a Educação Ambiental nunca perderá
importância, visto os bons resultados alcançados.
Palavras-chave: Educação ambiental, Ofídios, Palestra, Preservação.
PERCEPTION OF STUDENTS IN A PUBLIC SCHOOL IN CARIACICA, ESPÍRITO
SANTO STATE, ABOUT THE IMPORTANCE OF SNAKES
ABSTRACT
The disgust caused by lack of knowledge about snakes along with elements of culture and common-
sense lead to intentional killing of these animals. Thus, the study objective was to analyze the
perception of 152 first-year high school students of a public school in Cariacica, Espírito Santo state,
about snakes, according their biological, medicinal and social importances besides desmitify the
negative perception of the snakes to promote greater preservation. For that, two questionnaires were
applied before and after the lecture to compare the level of understanding on the subject. The data
analysis revealed that the most students never had contact with snakes, but they have good level of
knowledge regarding their importance. However, some of the people continued with the attitude
adopted initially, being negative or positive on the subject, which is related to cultural influence.
Therefore, Environmental Education will never lose importance, according the good results obtained.
Keywords: Environmental education, Snakes, Lecture, Preservation.
52
INTRODUÇÃO
A biodiversidade refere-se tanto à
quantidade de espécies existentes quanto à
quantidade de espécimes destes táxons (riqueza e
abundância) em um determinado ecossistema.
Ela inclui a todos os seres viventes,
independentemente se são terrestres, aquáticos,
vegetal, de nível celular ou com tecidos
complexos. A espécie humana compreende-se
como parte desta biodiversidade e depende da
mesma para garantir a sua sobrevivência (ROSS,
2012).
Ao longo de toda a história evolutiva, a
espécie humana mantém contato com os animais,
seja para sua alimentação, locomoção ou como
animal de estimação. Durante este convívio com
a fauna, desenvolveu-se uma forte ligação
emocional, nem sempre positiva (SANTOS-
FITA; COSTA-NETO, 2007). As serpentes
figuram entre animais que os seres humanos
desenvolveram certa aversão, ou seja, que
despertaram o medo (na maioria), a admiração
(na minoria) e a curiosidade das pessoas. Apesar
da sua importância cultural, biológica e na área
da medicina, ainda é vista com maus olhares por
parte da maioria dos populares (LEYVA et al.,
2015).
As serpentes estão inclusas no mesmo
grupo dos lagartos, que conhecemos como
“répteis”. Todos os animais deste grupo possuem
escamas e são ectotérmicos (“sangue frio”). As
serpentes, em específico, assim como as
anfisbenas, não possuem membros, ou seja, são
animais ápodes (POUGH, 1993).
A complexidade de biomas do território
brasileiro possibilita a existência de uma das
maiores biodiversidades do mundo (CASACA,
2015). Das 3.709 espécies de serpentes descritas
no mundo (UETZ, 2018), há representantes de
405 espécies no Brasil, um valor expressivo
tratando-se de uma única área, o que evidencia a
grande riqueza (COSTA; BÉRNILS, 2018).
Estes animais estão agrupados em nove famílias,
sendo que desse total, 75 táxons são peçonhentos
(58 espécies e 17 subespécies), o que
corresponde a 18,52% do total (FREITAS, 2003;
COSTA; BÉRNILS, 2018).
Apesar de poucas serem peçonhentas, a
falta de conhecimento a respeito do assunto,
aliada ao senso comum enraizado na cultura
popular, pode acarretar a morte das serpentes ao
entrarem em contato com o ser humano, afetando
diretamente o equilíbrio biológico dos
ecossistemas e, consequentemente, a sociedade
(PONTES et al., 2017). Estes seres participam de
complexas cadeias alimentares e promovem a
manutenção do tamanho populacional de suas
presas (como os ratos), prevenindo, assim,
demasiada proliferação e evitando que se
transformem em pragas. Logo, as serpentes
também são importantes no contexto social
(FREITAS, 2003).
Outra importância das mesmas está na
área da medicina: as espécies peçonhentas são
fornecedoras de peçonha para os laboratórios
produzirem o soro antiofídico (BARROS, 2007),
seja a partir da hiperimunização de animais de
grande porte (geralmente cavalos) ou por meio de
técnicas de engenharia genética (SANTOS et al.,
1995; TAMAROZZI, 2005).
Outras substâncias também são
produzidas a partir da peçonha das serpentes
(BARROS, 2007), como é o caso do Captopril,
um fármaco comercializado para tratamento de
hipertensão. Ele possui uma substância que é
“filtrada” do restante do composto tóxico
advindo da espécie Bothrops jararaca, a jararaca
brasileira. Essa substância adquirida da peçonha
da serpente é o princípio ativo que age contra a
hipertensão (HAYASHI; CAMARGO, 2005).
Não existe bairro isento em uma cidade.
Da área nobre à periferia, sempre há a
possibilidade de serpentes serem encontradas; na
grande maioria das vezes, não peçonhentas. Na
periferia, a concentração de serpentes pode ser
maior, pois ficam mais próximas das matas
existentes ao redor da cidade. Quando ocorre o
desmatamento destas áreas, as serpentes podem
migrar para as matas mais distantes. Entretanto,
uma parcela pode ir em direção às cidades
(SUPERINTERESSANTE, 1992). Bairros
urbanos cercados por matas e que possuem níveis
de poluição elevados podem atrair vetores de
doenças humanas, como os roedores, que são a
principal fonte de alimento para a maioria das
serpentes. Por consequência, encontros entre
humanos e serpentes têm maior chance de
acontecer, uma vez que as matas estão sendo
degradadas e suas presas existem em abundância
(LIRA-DA-SILVA; CARVALHO, 1998).
A necessidade de entender o pensamento
popular sobre as serpentes torna a iniciativa deste
trabalho de bom grado, visto a importância que
elas possuem. Para realizar algum trabalho em
educação, como a Educação Ambiental, se faz
necessária a contextualização e imersão na
realidade do público alvo (sujeito) e território
para poder, então, intervir na causa (FREIRE,
1997). Dessa forma, o objetivo desta pesquisa é
analisar a percepção de estudantes do primeiro
ano do Ensino Médio de uma escola pública de
Cariacica, Espírito Santo, sobre as serpentes,
frente à sua importância biológica, medicinal e
social a fim de desmitificar o senso comum
enraizado na cultura popular para promover
maior preservação.
2 METODOLOGIA
2.1 ÁREA DE ESTUDO
A coleta de dados ocorreu na E.E.E.F.M.
João Crisóstomo Belesa, localizada na Rua
Verdes Mares, nº 187, CEP 29153-016 do bairro
de Porto de Santana, município de Cariacica,
Espírito Santo (latitude: -20.312842, longitude: -
40.367339), Brasil.
2.1.1 Infraestrutura do bairro e adjacências
A área de estudo está localizada em uma
região urbana com remanescentes florestais em
suas adjacências, denominada “Grande Porto de
Santana”. São quatro bairros principais que
compõem essa região: Porto de Santana, Porto
Novo, Bairro Aparecida e Presidente Médici. A
maior parte deles têm coleta seletiva e rede de
esgoto; entretanto, em áreas mais afastadas,
ainda que haja coleta seletiva, a rede de esgoto é
escassa e este é despejado em valões. Muitos
bairros possuem lixo jogado de forma indevida
em locais, muitas vezes, públicos. Tratando-se de
áreas privadas, são incontáveis os terrenos cheios
de mato e lixo. Todos estes fatores, mais uma
vez, colaboram para com a presença de ratos e
serpentes.
2.1.2 Justificativa da escolha da área
O fato de a escola se encontrar em um
bairro periférico, onde os encontros com
serpentes tendem a ser mais corriqueiros devido
às matas e ao acúmulo de lixo que geralmente
acontece, e os alunos morarem no entorno
tornou-se crucial para a escolha da mesma.
2.2 PÚBLICO ALVO
O público alvo da pesquisa foram 152
estudantes das turmas de primeiro ano do Ensino
Médio com idades entre 14 e 17 anos.
Anteriormente à realização da coleta de dados,
fora apresentado o Termo de Consentimento
Livre e esclarecido (TCLE) para os alunos
(anexo 1). Este documento garante a todos os
participantes da pesquisa total sigilo de suas
identidades.
2.3 COLETA DE DADOS
A coleta de dados ocorreu no dia
01/04/2019, com as cinco turmas de primeiro ano
do Ensino Médio da escola e foi feita com a
utilização de questionários e execução de uma
palestra. Cada turma teve sua intervenção
separadamente das outras. Este momento
aconteceu dentro de um período de cinquenta e
cinco minutos, para cada intervenção, que
corresponde ao tempo de uma aula convencional.
Nos cinco primeiros minutos, foi aplicado um
questionário pré-intervenção com sete questões
(apêndice 1) para avaliar o conhecimento do
público-alvo antes da intervenção. Após o
questionário pré-intervenção, uma palestra de
meia hora, com a utilização de um retroprojetor,
foi apresentada. Após a palestra, por cinco
minutos, foi aplicado o questionário pós-
intervenção contendo 5 questões, não possuindo
as questões 2 e 3 uma vez que a intervenção não
influenciaria nas respostas das duas últimas
questões. Os quinze minutos restantes foram
propositais, caso acontecesse algum imprevisto,
como demora na resposta dos questionários ou
possíveis questionamentos por parte dos alunos.
2.4 TRATAMENTO DOS DADOS
A técnica de tratamento dos dados
utilizada foi a quali-quantitativa, de modo a obter
resultados numéricos sobre preferências e
condutas do público alvo. As informações
obtidas foram tabuladas e dispostas em gráficos
elaborados no software Microsoft Office Excel, a
fim de permitir a observação de possíveis
padrões advindos dos dados brutos.
As questões podem ser enquadradas em
três categorias: questão que exprime uma
conduta/ação (questão 1); questões que requerem
conhecimento sobre estes animais (questões de 2
a 5); questões que envolvem uma experiência
com as serpentes (questões 6 e 7). Desta maneira,
pode-se observar qual a conduta do público alvo
com as serpentes de acordo com o nível de
conhecimento e experiência.
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
A realização do questionário antes da
intervenção demonstrou que os alunos já
possuíam conhecimentos e posicionamentos
acerca dos assuntos abordados, os quais são
baseados em experiências, advindos das crenças,
da religião e de fatores socioculturais (SANTOS;
LIRA-DA-SILVA, 2012). Nota-se que na
primeira questão do pós-teste (gráfico 1), houve
diminuição de 2,63% para 0,66% (variação de
1,97%) em relação ao questionário pré-teste no
percentual de alunos que matariam uma serpente
caso encontrassem alguma (alternativa “A”).
Com relação aos alunos que as deixariam ir
embora (alternativa “B”), o índice subiu de
58,55% para 77,63% (aumento de 19,08%). Para
a parcela que chamaria alguém para matar a
serpente (alternativa “C”), no questionário pré-
teste foi de 14,47%, enquanto no pós-teste o
valor foi de 7,24% (diminuição de 7,23%). Com
a execução da palestra, houve um decréscimo de
9,87% (de 24,34% para 14,47%) de respostas de
pessoas que alegaram que tirariam ou chamariam
alguém para tirar a serpente de perto (alternativa
“D”).
Pode-se notar a variação de 38,15% nas
respostas do questionário pós-intervenção com
relação ao pré-intervenção. Essa variação reflete
a importância das práticas de educação
ambiental. Medeiros et al. (2011), frente à isto,
corroboram dizendo que a educação é capaz de
difundir valores, não sendo, desta forma, apenas
um meio de transferir informações. É um
processo que transforma o sujeito que aprende e
cria sua própria identidade e postura frente ao
mundo. Os autores ainda dizem que é com a
educação que o sujeito desenvolve competências
como cooperação e menor competitividade.
Desta forma pode-se gerar expectativas acerca da
recuperação do ambiente ou a cessação da
destruição dos recursos naturais que ainda não
findaram suas reservas em nosso planeta
(MEDEIROS et al., 2011).
Figura 1: Distribuição das respostas dos alunos nos
questionários pré-teste em relação ao pós-teste para a
primeira questão relativa a um hipotético encontro com
uma serpente.
Com relação aos alunos que já tiveram
contato com alguma serpente (questão 2),
68,42% disseram nunca terem encontrado uma
(figura 2). Já na questão 3, que pergunta se os
alunos conhecem alguém que morreu ou precisou
de atendimento médico após picada de uma
serpente, 83,55% disseram não ter conhecimento
(gráfico 2).
As serpentes estão tornando-se mais
urbanas devido ao desmatamento das áreas onde
elas ocorrem (SUPERINTERESSANTE, 1992,
FRENCH et al., 2018), o que, para Jacob (2003),
causa escassez de alimentos. French et al. (2018)
ainda completam dizendo que as serpentes estão
se adaptando às áreas antropizadas, como
construções de alvenaria, o que as traz para perto
das cidades. O acúmulo de lixo urbano também
colabora, pois atrai ratos, principal fonte de
alimento das serpentes
(SUPERINTERESSANTE, 1992; LIRA-DA-
SILVA; CARVALHO, 1998). Embora a escola
localize-se em área urbana cercada por mata, o
que favorece o surgimento de serpentes e
possíveis encontros com humanos, e a grande
maioria dos alunos more nos bairros próximos,
os encontros foram raros.
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Q1 Pré Q1 Pós
O que você faria se encontrasse uma
serpente?
Matar
Deixar ir embora
Chamar alguém
para matar
Chamar alguém
para tirar de perto
Figura 2: Distribuição das respostas dos estudantes nos
questionário pré-teste para as questões 2 e 3, que tratam
sobre as experiências dos alunos com as serpentes.
Já na questão 4 do questionário pré-teste,
referente à periculosidade dos ofídios, 79,61%
dos alunos responderam que nem todas as
serpentes são perigosas (gráfico 3). Em
contrapartida, 17,1% dos alunos no questionário
pré-teste afirmaram que matariam ou chamariam
alguém para matar, caso encontrassem um destes
animais (alternativas “A” e “C” da primeira
questão. Figura 1).
Pode-se observar, neste caso, uma
problemática que mostra a forte influência
cultural. As pessoas matam serpentes “porque
sim”. Por que as pessoas matariam algo que não
consideram perigoso? Freitas (2003) e Mendonça
et al. (2011) dizem que o conflito entre humanos
e serpentes se dá mais pelo desconhecimento
sobre estes animais do que pela ocorrência de
acidentes. Isso porque a população prefere
“acreditar” (devido à negativa construção sócio-
histórica) no fato de que os ofídios são animais
insignificantes, matando-os, em vez de utilizar o
pensamento crítico (FREITAS, 2003).
Vale ressaltar que ouve variação positiva
para esta questão no questionário pós teste, indo
de 79,61 para 87,5, para aqueles que não
consideram todas as serpentes como sendo
perigosas.
Figura 3: Distribuição das respostas dos estudantes no
questionário pré-teste em relação ao pós-teste para a quarta
questão do questionário que trata sobre a percepção da
periculosidade das serpentes.
Como visto nos gráficos 1, 2 e 3, a maior
parcela do público nunca teve experiência com
serpentes e não considera todas as serpentes
como sendo perigosas; entretanto, 17,1%
alegaram que eliminariam o animal do ambiente
em um possível encontro no questionário pré-
teste. Isso acontece pelo fato de as serpentes
serem animais rodeados por crendices populares
(VIZZOTO, 2003). Cosendey e Salomão (2013)
afirmam que o medo que as pessoas têm das
serpentes provém do senso comum.
Moura et al. (2010) dizem que em muitas
regiões do país, as serpentes são consideradas
animais muito perigosos por conta de
estereótipos negativos. Argôlo (2004), Cardoso
et al. (2009) e Alves et al. (2010) dizem que este
fato, atrelado a aspectos da cultura, geram
conflitos entre humanos e serpentes. Argôlo
(2004), Cardoso et al. (2009), Thrasher, LoBue
(2016) afirmam que o medo das serpentes não é
algo inato, mas sim adquirido culturalmente.
Freitas (2003) conclui dizendo que este
pensamento/modo de agir é fruto de uma
educação mal executada por décadas no país.
Outro fator que corrobora bastante para
esta visão negativa é a mídia. Inúmeros filmes
tratam as serpentes como sendo animais terríveis
para a existência humana, e isso faz com que
muitos destes animais sejam mortos
indiscriminadamente (COSENDEY;
SALOMÃO, 2013).
Com relação às importâncias medicinais,
ecológicas e sociais das serpentes, os
participantes demonstraram bom nível de
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Q2 Q3
Você já teve contato com alguma serpente?
(Q2) Você conhece alguém que morreu ou
precisou de atendimento médico por conta
de acidente com serepnte? (Q3)
Sim
Não
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Q4 Pré Q4 Pós
Todas as serpentes são perigosas?
Sim
Não
conhecimento antes da intervenção (Figura 4).
Assim como no trabalho de Pontes et al. (2017),
não houve variação grande no nível de
aprendizagem, apesar da grande quantidade de
alunos. De acordo com Barraza e Ceja-Adame
(2007), esta questão pode estar atrelada à
sensibilidade do público mais jovem com a
biodiversidade, ou seja, esse público possui um
olhar mais “preservacionista” com relação aos
ecossistemas.
Este conhecimento prévio que os
participantes demonstraram também se dá pelo
grau de instrução. Moura et al. (2010) dizem que
quanto mais instruídos, maior o conhecimento
das pessoas sobre uma causa e melhores são suas
atitudes em relação a isso. Logo, em hipotéticos
encontros entre estudantes e serpentes, a
tendência é que nenhuma conduta indevida seja
tomada, visto o que foi evidenciado nas
respostas.
Todavia, o conhecimento que alunos
detinham anteriormente à palestra e ao
questionário pré-teste, pode se dar por uma visão
antropocêntrica, em que estas respostas positivas
sobre a importância das serpentes se referem aos
benefícios que elas podem oferecer aos seres
humanos (RAZERA et al., 2007; DOS SANTOS;
BONOTTO, 2012), e não pelo fato de elas serem
animais como qualquer outro e necessitarem de
respeito e espaço no ambiente.
O ato de considerar animais como sendo
importantes devido às vantagens que este pode
oferecer ao homem é muito criticado (DOS
SANTOS; BONOTTO, 2012) e torna-se uma
problemática, uma vez que a espécie é vista como
importante pelas vantagens que pode gerar para
o ser humano e, a partir do momento que estas
vantagens não forem mais significativas, a
espécie deixa de ser relevante (PONTES et al.,
2017).
Infelizmente, o capitalismo dos dias
atuais faz com que grande parte da população
enxergue a natureza como fonte de extração de
recursos valiosos e vantajosos para o
desenvolvimento econômico. Ainda assim, estas
estratégias de conferir valor aos seres vivos
tornam-se válidas quando se tratando de animais
vistos como “terríveis”, uma vez que isto pode
ajudar na conservação dos mesmos (BASTOS,
2014).
Figura 4: Distribuição das respostas dos estudantes nos
questionário pré-teste em relação ao pós-teste para as
questões de 5 a 7 que tratam sobre as importâncias
medicinais, biológicas e sociais das serpentes,
respectivamente. Para conhecimento das questões, vide
apêndice 1.
As serpentes, assim como outros grupos
de animais, exercem um Importante papel no
funcionamento das teias alimentares, quer seja
como presa ou predador, mantendo o equilíbrio
biológico dos ecossistemas (MARTINS,
MOLINA. 2008). Elas se alimentam, por
exemplo, de ratos que são atraídos pelo lixo que
o homem produz. Para a economia, possuem um
importante valor, uma vez que a peçonha de
muitas serpentes é de interesse médico para a
fabricação de produtos a serem utilizados na
saúde, como por exemplo, o medicamento
captopril (para tratamento de hipertensão),
cosméticos e os diversos soros antiofídicos
(LIRA-DA-SILVA; CARVALHO, 1998,
HAYASHI; CAMARGO, 2005; DEBONO et al.,
2016).
A resposta “sim” para a questão relativa à
importância medicinal das serpentes (questão 5)
variou pouco entre os questionários pré e pós-
teste, sendo que houve uma leve melhoria
(apenas 1,32%). Já para a questão 6, essa
variação foi um pouco maior (5,26%) entre os
questionários pré e pós-teste. A pouca variação
das respostas entre os questionários ocorre
possivelmente devido a fatores socioculturais
e/ou experiências, o que torna as pessoas mais
difíceis de se convencer (SANTOS; LIRA-DA-
SILVA, 2012). Entretanto, a variação ocorre,
pois, de acordo com Mortimer (1995), sempre
que ocorrem intervenções, é improvável que
ninguém mude de opinião, uma vez que muitas
informações são apresentadas.
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Q5 Pré Q5 Pós Q6 Pré Q6 Pós Q7 Pré Q7 pós
Sim
Não
Todavia, 37,5% dos alunos não
consideraram as serpentes como sendo
importantes socialmente no questionário pré-
teste (questão 7). Este foi o maior índice de
“nãos” dentre as perguntas sobre importâncias.
Isso evidenciou uma menor capacidade de
abstração, visto que quanto às importâncias
medicinal e biológica, quase a totalidade da
amostra considerou os ofídios como sendo
importantes.
De todo modo, essa dificuldade de
abstração não é um problema. Piaget citado por
Cavicchia (2010) diz que o pensamento crítico e
as abstrações desenvolvem-se no indivíduo entre
os 11 e 16 anos. Logo, pelo fato de os alunos
participantes da pesquisa se enquadrarem dentro
da faixa etária sugerida por Piaget, não se pode
considerar este fato como sendo uma deficiência,
visto que ainda podem vir a desenvolver tais
competências.
A educação ambiental é de suma
importância para educar, conscientizar,
sensibilizar e incentivar alunos a pensar de forma
responsável e mais crítica sobre as questões
ambientais (BRITO et al., 2016). A EA deve seve
ser multidisciplinar, tratando de conteúdos de
uma maneira integrada em todas as áreas de
conhecimento, e precisa acontecer nos ambientes
formais e informais (SILVA, 2018). Entretando,
a falta de conhecimento sobre a temática
ambiental e sobre a educação ambiental em si
acarreta em dificuldades para a elaboração de
projetos educativos para estas finalidades, o que
torna estes trabalhos mais escassos (MEDINA,
2002).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com a utilização de questionários pré e
pós-teste, foi possível verificar a variação das
respostas do público alvo. Foi nítido que os
alunos tinham um bom nível de conhecimento
geral em relação a serpentes mesmo antes da
palestra. Ainda assim, a questão cultural exerce
grande influência nas respostas dos alunos, uma
vez que muitos mantiveram postura vista como
radical mesmo após as explicações. Todavia, foi
possível perceber algumas melhorias quanto à
questão teórica, o que refletirá nas condutas a
serem tomadas em algum hipotético encontro dos
estudantes com as serpentes. A maioria das
pessoas considerou as serpentes importantes
ecologicamente e na indústria da medicina.
Entretanto, uma parcela considerável não
conferiu importância social às serpentes. Frente a
isto, pode-se perceber uma deficiência na
abstração dos alunos, o que não foi considerado
um grande problema devido à faixa etária dos
mesmos. Mesmo com o bom nível de
conhecimento prévio por parte da maioria dos
alunos e a questão cultural marcante, foram
obtidos bons resultados no questionário pós-teste
em relação ao pré-teste. Isto mostra que trabalhos
de educação ambiental são de grande
importância para a sensibilização das pessoas.
Quanto mais se sabe sobre determinado assunto,
melhor a relação com este; dessa forma, este tipo
de trabalho nunca perderá sua importância na
formação de sujeitos mais conscientes.
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W. N. A vida dos vertebrados. São Paulo,
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médico da Amazônia. Manaus, 1995.
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Rede Zoológica Interativa: É Possível uma
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Gazeta Médica da Bahia, p. 40-45, 2012.
SANTOS-FITA, D.; COSTA-NETO, E. M. As
Interações entre os Seres Humanos e os Animais:
a Contribuição da Etnozoologia. Biotemas, v.
20, n. 4, p. 99-110, 2007.
SILVA, L. O. A importância
da educação ambiental. Revista Científica
Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento.
Ano 03, Ed. 10, Vol. 05, pp. 91-101 Outubro de
2018. ISSN:2448-0959
SUPERINTERESSANTE. São Paulo. v. 53, n.
03, p. Fev/Mar/1992. Disponível em:
<https://super.abril.com.br/ciencia/serpentes-
urbanas/> Acesso em: 01/ de mar de 2019.
TAMAROZZI, M. B. Expressão de fragmentos
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capazes de inibir as atividades fosfolipásica e
miotóxica do veneno de Bothrops jararacuçu.
2005, 100 f. Dissertação (mestrado em
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Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de
São Paulo, São Paulo, 2005.
THRASHER, C; LOBUE, V. Do infants find
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responses to ‘‘fear-relevant” stimuli. Journal of
Experimental Child Psychology. p. 382–390,
2016.
UETZ, P. The Reptile Database. 201 8.
Disponível em: (http://www.reptile-
database.org/db-info/SpeciesStat.html) Acesso
em: 28 de fev. 2019.
VIZOTTO, L.D. Serpentes: lendas, mitos,
superstições e crendices. Editora Plêiade, São
Paulo, 2003.
______________________________________
[1] Graduado em Ciências Biológicas – licenciatura pelo
Centro Universitário Salesiano (UniSales). Especialista em
Biologia Celular e Molecular (Instituto IBRA) E-mail:
bryancmartins@hotmail.com.
[2] Graduação em Ciências Biológicas – Licenciatura e
Bacharelado, Mestrado e Doutorado em Biologia Animal
pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES).
Professora do Curso de Ciências Biológicas da UniSales.
E-mail: rpaes@ucv.edu.br
APÊNDICE 1
1 - O que você faria se encontrasse com uma serpente?
A - Matar;
B - Deixá-la ir embora;
C - Chamar alguém para matar;
D - Tiraria ou chamaria alguém para tirá-la de perto.
2 - Você já teve contato com alguma serpente?
Sim ( ) Não ( )
3 - Você conhece alguém que já foi picado por uma serpente e morreu ou precisou de atendimento
médico?
Sim ( ) Não ( )
4 - Todas as serpentes são perigosas?
Sim ( ) Não ( )
5- As serpentes são importantes para a medicina?
Sim ( ) Não ( )
6 - As serpentes são importantes para o ambiente?
Sim ( ) Não ( )
7 - As serpentes são importantes para a sociedade?
Sim ( ) Não ( )
Muito obrigado pela sua participação!
ANEXO A - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE)
Você está sendo convidado para participar como voluntário de uma pesquisa que tem como. Sua
participação não é obrigatória. A qualquer momento você pode desistir de participar e retirar o seu
consentimento. Sua recusa não trará nenhum prejuízo em sua relação com o pesquisador ou com a
instituição e não acarretará custos para você.
INFORMAÇÕES SOBRE A PESQUISA
Título do Projeto: Percepção sobre a importância das serpentes por alunos do primeiro ano do Ensino
Médio de uma escola pública de Cariacica, Espírito Santo.
Nome do aluno: Bryan da Cunha Martins
Telefones para contato: 27988465166
E-mail: bryancmartins@hotmail.com
A pesquisa a ser realizada faz parte da formação de graduação em Ciências Biológicas - Licenciatura
e tem como objetivos (geral e específicos) analisar a percepção de 152 estudantes da primeira série
do Ensino Médio de uma escola pública de Cariacica - Espírito Santo, sobre as serpentes, frente à
importância biológica, medicinal e social além de desmitificar a visão negativa sobre, para promover
maior preservação. Espera-se que este estudo possa contribuir para com a conservação das serpentes,
que são animais tão importantes no ecossistema.
Sua participação nesta pesquisa consistirá em fornecer depoimentos sobre seu conhecimento sobre a
importância das serpentes. Os depoimentos poderão ser gravados ou falados ao pesquisador e escritos
por ele, conforme você preferir. O material gravado será destruído logo após sua transcrição, evitando
acesso de outras pessoas ao mesmo. Não existem eventuais riscos ou benefícios diretos à sua pessoa
relacionados à sua participação nesta pesquisa.
As informações obtidas serão confidenciais, assegurando o sigilo sobre sua participação, privacidade
e seu anonimato. Os dados obtidos serão divulgados de forma que não possibilite sua identificação.
Você receberá uma cópia deste Termo onde consta o telefone do pesquisador principal, podendo tirar
suas dúvidas sobre o projeto de pesquisa e sua participação em qualquer momento de realização da
pesquisa. Você também poderá se informar sobre a pesquisa no Comitê de Ética em Pesquisa (CEP)
da Católica de Vitória Centro Universitário.
CONSENTIMENTO
Eu, ____________________________________________________ declaro que recebi e
compreendi por completo as informações por escrito que constam neste documento e as explicações
que me foram fornecidas. Fui informado(a) que sou livre para escolher concordar em participar ou
me recusar. Declaro estar ciente e esclarecido da pesquisa, seus objetivos, metodologia,
riscos/benefícios, garantia de sigilo e liberdade para desistir de participar e colaborar com a pesquisa
em qualquer etapa da mesma sem danos para a minha pessoa. Nestes termos, concordo em participar
deste estudo.
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Importância de serpentes

  • 1. REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 Volume 21 - Número 2 - 2º Semestre 2021 PERCEPÇÃO DE ALUNOS EM UMA ESCOLA PÚBLICA DE CARIACICA, ESPÍRITO SANTO, SOBRE A IMPORTÂNCIA DAS SERPENTES Bryan da Cunha Martins1 ; Rafaela Duda Paes2 RESUMO O medo causado pela falta de conhecimento sobre serpentes, acrescido de elementos da cultura e senso comum, acarretam na matança intencional desses animais. Desta forma, objetivou-se analisar a percepção de 152 estudantes da primeira série do Ensino Médio de uma escola pública de Cariacica, Espírito Santo, sobre as serpentes, frente à importância biológica, medicinal e social além de desmitificar a visão negativa sobre, para promover maior preservação. Para tanto, realizou-se aplicação de questionário pré e pós-intervenção para comparar o nível de entendimento sobre a temática. A análise dos dados revelou que a maioria dos alunos nunca teve contato com serpentes, mas possuem bom nível de conhecimento com relação às importâncias. Entretanto, parte das pessoas continuou com a postura adotada inicialmente, sendo negativa ou positiva sobre o assunto, o que pode estar relacionado à influência cultural. De todo modo, a Educação Ambiental nunca perderá importância, visto os bons resultados alcançados. Palavras-chave: Educação ambiental, Ofídios, Palestra, Preservação. PERCEPTION OF STUDENTS IN A PUBLIC SCHOOL IN CARIACICA, ESPÍRITO SANTO STATE, ABOUT THE IMPORTANCE OF SNAKES ABSTRACT The disgust caused by lack of knowledge about snakes along with elements of culture and common- sense lead to intentional killing of these animals. Thus, the study objective was to analyze the perception of 152 first-year high school students of a public school in Cariacica, Espírito Santo state, about snakes, according their biological, medicinal and social importances besides desmitify the negative perception of the snakes to promote greater preservation. For that, two questionnaires were applied before and after the lecture to compare the level of understanding on the subject. The data analysis revealed that the most students never had contact with snakes, but they have good level of knowledge regarding their importance. However, some of the people continued with the attitude adopted initially, being negative or positive on the subject, which is related to cultural influence. Therefore, Environmental Education will never lose importance, according the good results obtained. Keywords: Environmental education, Snakes, Lecture, Preservation. 52
  • 2. INTRODUÇÃO A biodiversidade refere-se tanto à quantidade de espécies existentes quanto à quantidade de espécimes destes táxons (riqueza e abundância) em um determinado ecossistema. Ela inclui a todos os seres viventes, independentemente se são terrestres, aquáticos, vegetal, de nível celular ou com tecidos complexos. A espécie humana compreende-se como parte desta biodiversidade e depende da mesma para garantir a sua sobrevivência (ROSS, 2012). Ao longo de toda a história evolutiva, a espécie humana mantém contato com os animais, seja para sua alimentação, locomoção ou como animal de estimação. Durante este convívio com a fauna, desenvolveu-se uma forte ligação emocional, nem sempre positiva (SANTOS- FITA; COSTA-NETO, 2007). As serpentes figuram entre animais que os seres humanos desenvolveram certa aversão, ou seja, que despertaram o medo (na maioria), a admiração (na minoria) e a curiosidade das pessoas. Apesar da sua importância cultural, biológica e na área da medicina, ainda é vista com maus olhares por parte da maioria dos populares (LEYVA et al., 2015). As serpentes estão inclusas no mesmo grupo dos lagartos, que conhecemos como “répteis”. Todos os animais deste grupo possuem escamas e são ectotérmicos (“sangue frio”). As serpentes, em específico, assim como as anfisbenas, não possuem membros, ou seja, são animais ápodes (POUGH, 1993). A complexidade de biomas do território brasileiro possibilita a existência de uma das maiores biodiversidades do mundo (CASACA, 2015). Das 3.709 espécies de serpentes descritas no mundo (UETZ, 2018), há representantes de 405 espécies no Brasil, um valor expressivo tratando-se de uma única área, o que evidencia a grande riqueza (COSTA; BÉRNILS, 2018). Estes animais estão agrupados em nove famílias, sendo que desse total, 75 táxons são peçonhentos (58 espécies e 17 subespécies), o que corresponde a 18,52% do total (FREITAS, 2003; COSTA; BÉRNILS, 2018). Apesar de poucas serem peçonhentas, a falta de conhecimento a respeito do assunto, aliada ao senso comum enraizado na cultura popular, pode acarretar a morte das serpentes ao entrarem em contato com o ser humano, afetando diretamente o equilíbrio biológico dos ecossistemas e, consequentemente, a sociedade (PONTES et al., 2017). Estes seres participam de complexas cadeias alimentares e promovem a manutenção do tamanho populacional de suas presas (como os ratos), prevenindo, assim, demasiada proliferação e evitando que se transformem em pragas. Logo, as serpentes também são importantes no contexto social (FREITAS, 2003). Outra importância das mesmas está na área da medicina: as espécies peçonhentas são fornecedoras de peçonha para os laboratórios produzirem o soro antiofídico (BARROS, 2007), seja a partir da hiperimunização de animais de grande porte (geralmente cavalos) ou por meio de técnicas de engenharia genética (SANTOS et al., 1995; TAMAROZZI, 2005). Outras substâncias também são produzidas a partir da peçonha das serpentes (BARROS, 2007), como é o caso do Captopril, um fármaco comercializado para tratamento de hipertensão. Ele possui uma substância que é “filtrada” do restante do composto tóxico advindo da espécie Bothrops jararaca, a jararaca brasileira. Essa substância adquirida da peçonha da serpente é o princípio ativo que age contra a hipertensão (HAYASHI; CAMARGO, 2005). Não existe bairro isento em uma cidade. Da área nobre à periferia, sempre há a possibilidade de serpentes serem encontradas; na grande maioria das vezes, não peçonhentas. Na periferia, a concentração de serpentes pode ser maior, pois ficam mais próximas das matas existentes ao redor da cidade. Quando ocorre o desmatamento destas áreas, as serpentes podem migrar para as matas mais distantes. Entretanto, uma parcela pode ir em direção às cidades (SUPERINTERESSANTE, 1992). Bairros urbanos cercados por matas e que possuem níveis de poluição elevados podem atrair vetores de doenças humanas, como os roedores, que são a principal fonte de alimento para a maioria das serpentes. Por consequência, encontros entre humanos e serpentes têm maior chance de acontecer, uma vez que as matas estão sendo degradadas e suas presas existem em abundância (LIRA-DA-SILVA; CARVALHO, 1998). A necessidade de entender o pensamento popular sobre as serpentes torna a iniciativa deste trabalho de bom grado, visto a importância que
  • 3. elas possuem. Para realizar algum trabalho em educação, como a Educação Ambiental, se faz necessária a contextualização e imersão na realidade do público alvo (sujeito) e território para poder, então, intervir na causa (FREIRE, 1997). Dessa forma, o objetivo desta pesquisa é analisar a percepção de estudantes do primeiro ano do Ensino Médio de uma escola pública de Cariacica, Espírito Santo, sobre as serpentes, frente à sua importância biológica, medicinal e social a fim de desmitificar o senso comum enraizado na cultura popular para promover maior preservação. 2 METODOLOGIA 2.1 ÁREA DE ESTUDO A coleta de dados ocorreu na E.E.E.F.M. João Crisóstomo Belesa, localizada na Rua Verdes Mares, nº 187, CEP 29153-016 do bairro de Porto de Santana, município de Cariacica, Espírito Santo (latitude: -20.312842, longitude: - 40.367339), Brasil. 2.1.1 Infraestrutura do bairro e adjacências A área de estudo está localizada em uma região urbana com remanescentes florestais em suas adjacências, denominada “Grande Porto de Santana”. São quatro bairros principais que compõem essa região: Porto de Santana, Porto Novo, Bairro Aparecida e Presidente Médici. A maior parte deles têm coleta seletiva e rede de esgoto; entretanto, em áreas mais afastadas, ainda que haja coleta seletiva, a rede de esgoto é escassa e este é despejado em valões. Muitos bairros possuem lixo jogado de forma indevida em locais, muitas vezes, públicos. Tratando-se de áreas privadas, são incontáveis os terrenos cheios de mato e lixo. Todos estes fatores, mais uma vez, colaboram para com a presença de ratos e serpentes. 2.1.2 Justificativa da escolha da área O fato de a escola se encontrar em um bairro periférico, onde os encontros com serpentes tendem a ser mais corriqueiros devido às matas e ao acúmulo de lixo que geralmente acontece, e os alunos morarem no entorno tornou-se crucial para a escolha da mesma. 2.2 PÚBLICO ALVO O público alvo da pesquisa foram 152 estudantes das turmas de primeiro ano do Ensino Médio com idades entre 14 e 17 anos. Anteriormente à realização da coleta de dados, fora apresentado o Termo de Consentimento Livre e esclarecido (TCLE) para os alunos (anexo 1). Este documento garante a todos os participantes da pesquisa total sigilo de suas identidades. 2.3 COLETA DE DADOS A coleta de dados ocorreu no dia 01/04/2019, com as cinco turmas de primeiro ano do Ensino Médio da escola e foi feita com a utilização de questionários e execução de uma palestra. Cada turma teve sua intervenção separadamente das outras. Este momento aconteceu dentro de um período de cinquenta e cinco minutos, para cada intervenção, que corresponde ao tempo de uma aula convencional. Nos cinco primeiros minutos, foi aplicado um questionário pré-intervenção com sete questões (apêndice 1) para avaliar o conhecimento do público-alvo antes da intervenção. Após o questionário pré-intervenção, uma palestra de meia hora, com a utilização de um retroprojetor, foi apresentada. Após a palestra, por cinco minutos, foi aplicado o questionário pós- intervenção contendo 5 questões, não possuindo as questões 2 e 3 uma vez que a intervenção não influenciaria nas respostas das duas últimas questões. Os quinze minutos restantes foram propositais, caso acontecesse algum imprevisto, como demora na resposta dos questionários ou possíveis questionamentos por parte dos alunos. 2.4 TRATAMENTO DOS DADOS A técnica de tratamento dos dados utilizada foi a quali-quantitativa, de modo a obter resultados numéricos sobre preferências e condutas do público alvo. As informações obtidas foram tabuladas e dispostas em gráficos elaborados no software Microsoft Office Excel, a fim de permitir a observação de possíveis padrões advindos dos dados brutos. As questões podem ser enquadradas em três categorias: questão que exprime uma
  • 4. conduta/ação (questão 1); questões que requerem conhecimento sobre estes animais (questões de 2 a 5); questões que envolvem uma experiência com as serpentes (questões 6 e 7). Desta maneira, pode-se observar qual a conduta do público alvo com as serpentes de acordo com o nível de conhecimento e experiência. 3 RESULTADOS E DISCUSSÃO A realização do questionário antes da intervenção demonstrou que os alunos já possuíam conhecimentos e posicionamentos acerca dos assuntos abordados, os quais são baseados em experiências, advindos das crenças, da religião e de fatores socioculturais (SANTOS; LIRA-DA-SILVA, 2012). Nota-se que na primeira questão do pós-teste (gráfico 1), houve diminuição de 2,63% para 0,66% (variação de 1,97%) em relação ao questionário pré-teste no percentual de alunos que matariam uma serpente caso encontrassem alguma (alternativa “A”). Com relação aos alunos que as deixariam ir embora (alternativa “B”), o índice subiu de 58,55% para 77,63% (aumento de 19,08%). Para a parcela que chamaria alguém para matar a serpente (alternativa “C”), no questionário pré- teste foi de 14,47%, enquanto no pós-teste o valor foi de 7,24% (diminuição de 7,23%). Com a execução da palestra, houve um decréscimo de 9,87% (de 24,34% para 14,47%) de respostas de pessoas que alegaram que tirariam ou chamariam alguém para tirar a serpente de perto (alternativa “D”). Pode-se notar a variação de 38,15% nas respostas do questionário pós-intervenção com relação ao pré-intervenção. Essa variação reflete a importância das práticas de educação ambiental. Medeiros et al. (2011), frente à isto, corroboram dizendo que a educação é capaz de difundir valores, não sendo, desta forma, apenas um meio de transferir informações. É um processo que transforma o sujeito que aprende e cria sua própria identidade e postura frente ao mundo. Os autores ainda dizem que é com a educação que o sujeito desenvolve competências como cooperação e menor competitividade. Desta forma pode-se gerar expectativas acerca da recuperação do ambiente ou a cessação da destruição dos recursos naturais que ainda não findaram suas reservas em nosso planeta (MEDEIROS et al., 2011). Figura 1: Distribuição das respostas dos alunos nos questionários pré-teste em relação ao pós-teste para a primeira questão relativa a um hipotético encontro com uma serpente. Com relação aos alunos que já tiveram contato com alguma serpente (questão 2), 68,42% disseram nunca terem encontrado uma (figura 2). Já na questão 3, que pergunta se os alunos conhecem alguém que morreu ou precisou de atendimento médico após picada de uma serpente, 83,55% disseram não ter conhecimento (gráfico 2). As serpentes estão tornando-se mais urbanas devido ao desmatamento das áreas onde elas ocorrem (SUPERINTERESSANTE, 1992, FRENCH et al., 2018), o que, para Jacob (2003), causa escassez de alimentos. French et al. (2018) ainda completam dizendo que as serpentes estão se adaptando às áreas antropizadas, como construções de alvenaria, o que as traz para perto das cidades. O acúmulo de lixo urbano também colabora, pois atrai ratos, principal fonte de alimento das serpentes (SUPERINTERESSANTE, 1992; LIRA-DA- SILVA; CARVALHO, 1998). Embora a escola localize-se em área urbana cercada por mata, o que favorece o surgimento de serpentes e possíveis encontros com humanos, e a grande maioria dos alunos more nos bairros próximos, os encontros foram raros. 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 Q1 Pré Q1 Pós O que você faria se encontrasse uma serpente? Matar Deixar ir embora Chamar alguém para matar Chamar alguém para tirar de perto
  • 5. Figura 2: Distribuição das respostas dos estudantes nos questionário pré-teste para as questões 2 e 3, que tratam sobre as experiências dos alunos com as serpentes. Já na questão 4 do questionário pré-teste, referente à periculosidade dos ofídios, 79,61% dos alunos responderam que nem todas as serpentes são perigosas (gráfico 3). Em contrapartida, 17,1% dos alunos no questionário pré-teste afirmaram que matariam ou chamariam alguém para matar, caso encontrassem um destes animais (alternativas “A” e “C” da primeira questão. Figura 1). Pode-se observar, neste caso, uma problemática que mostra a forte influência cultural. As pessoas matam serpentes “porque sim”. Por que as pessoas matariam algo que não consideram perigoso? Freitas (2003) e Mendonça et al. (2011) dizem que o conflito entre humanos e serpentes se dá mais pelo desconhecimento sobre estes animais do que pela ocorrência de acidentes. Isso porque a população prefere “acreditar” (devido à negativa construção sócio- histórica) no fato de que os ofídios são animais insignificantes, matando-os, em vez de utilizar o pensamento crítico (FREITAS, 2003). Vale ressaltar que ouve variação positiva para esta questão no questionário pós teste, indo de 79,61 para 87,5, para aqueles que não consideram todas as serpentes como sendo perigosas. Figura 3: Distribuição das respostas dos estudantes no questionário pré-teste em relação ao pós-teste para a quarta questão do questionário que trata sobre a percepção da periculosidade das serpentes. Como visto nos gráficos 1, 2 e 3, a maior parcela do público nunca teve experiência com serpentes e não considera todas as serpentes como sendo perigosas; entretanto, 17,1% alegaram que eliminariam o animal do ambiente em um possível encontro no questionário pré- teste. Isso acontece pelo fato de as serpentes serem animais rodeados por crendices populares (VIZZOTO, 2003). Cosendey e Salomão (2013) afirmam que o medo que as pessoas têm das serpentes provém do senso comum. Moura et al. (2010) dizem que em muitas regiões do país, as serpentes são consideradas animais muito perigosos por conta de estereótipos negativos. Argôlo (2004), Cardoso et al. (2009) e Alves et al. (2010) dizem que este fato, atrelado a aspectos da cultura, geram conflitos entre humanos e serpentes. Argôlo (2004), Cardoso et al. (2009), Thrasher, LoBue (2016) afirmam que o medo das serpentes não é algo inato, mas sim adquirido culturalmente. Freitas (2003) conclui dizendo que este pensamento/modo de agir é fruto de uma educação mal executada por décadas no país. Outro fator que corrobora bastante para esta visão negativa é a mídia. Inúmeros filmes tratam as serpentes como sendo animais terríveis para a existência humana, e isso faz com que muitos destes animais sejam mortos indiscriminadamente (COSENDEY; SALOMÃO, 2013). Com relação às importâncias medicinais, ecológicas e sociais das serpentes, os participantes demonstraram bom nível de 0 20 40 60 80 100 Q2 Q3 Você já teve contato com alguma serpente? (Q2) Você conhece alguém que morreu ou precisou de atendimento médico por conta de acidente com serepnte? (Q3) Sim Não 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 Q4 Pré Q4 Pós Todas as serpentes são perigosas? Sim Não
  • 6. conhecimento antes da intervenção (Figura 4). Assim como no trabalho de Pontes et al. (2017), não houve variação grande no nível de aprendizagem, apesar da grande quantidade de alunos. De acordo com Barraza e Ceja-Adame (2007), esta questão pode estar atrelada à sensibilidade do público mais jovem com a biodiversidade, ou seja, esse público possui um olhar mais “preservacionista” com relação aos ecossistemas. Este conhecimento prévio que os participantes demonstraram também se dá pelo grau de instrução. Moura et al. (2010) dizem que quanto mais instruídos, maior o conhecimento das pessoas sobre uma causa e melhores são suas atitudes em relação a isso. Logo, em hipotéticos encontros entre estudantes e serpentes, a tendência é que nenhuma conduta indevida seja tomada, visto o que foi evidenciado nas respostas. Todavia, o conhecimento que alunos detinham anteriormente à palestra e ao questionário pré-teste, pode se dar por uma visão antropocêntrica, em que estas respostas positivas sobre a importância das serpentes se referem aos benefícios que elas podem oferecer aos seres humanos (RAZERA et al., 2007; DOS SANTOS; BONOTTO, 2012), e não pelo fato de elas serem animais como qualquer outro e necessitarem de respeito e espaço no ambiente. O ato de considerar animais como sendo importantes devido às vantagens que este pode oferecer ao homem é muito criticado (DOS SANTOS; BONOTTO, 2012) e torna-se uma problemática, uma vez que a espécie é vista como importante pelas vantagens que pode gerar para o ser humano e, a partir do momento que estas vantagens não forem mais significativas, a espécie deixa de ser relevante (PONTES et al., 2017). Infelizmente, o capitalismo dos dias atuais faz com que grande parte da população enxergue a natureza como fonte de extração de recursos valiosos e vantajosos para o desenvolvimento econômico. Ainda assim, estas estratégias de conferir valor aos seres vivos tornam-se válidas quando se tratando de animais vistos como “terríveis”, uma vez que isto pode ajudar na conservação dos mesmos (BASTOS, 2014). Figura 4: Distribuição das respostas dos estudantes nos questionário pré-teste em relação ao pós-teste para as questões de 5 a 7 que tratam sobre as importâncias medicinais, biológicas e sociais das serpentes, respectivamente. Para conhecimento das questões, vide apêndice 1. As serpentes, assim como outros grupos de animais, exercem um Importante papel no funcionamento das teias alimentares, quer seja como presa ou predador, mantendo o equilíbrio biológico dos ecossistemas (MARTINS, MOLINA. 2008). Elas se alimentam, por exemplo, de ratos que são atraídos pelo lixo que o homem produz. Para a economia, possuem um importante valor, uma vez que a peçonha de muitas serpentes é de interesse médico para a fabricação de produtos a serem utilizados na saúde, como por exemplo, o medicamento captopril (para tratamento de hipertensão), cosméticos e os diversos soros antiofídicos (LIRA-DA-SILVA; CARVALHO, 1998, HAYASHI; CAMARGO, 2005; DEBONO et al., 2016). A resposta “sim” para a questão relativa à importância medicinal das serpentes (questão 5) variou pouco entre os questionários pré e pós- teste, sendo que houve uma leve melhoria (apenas 1,32%). Já para a questão 6, essa variação foi um pouco maior (5,26%) entre os questionários pré e pós-teste. A pouca variação das respostas entre os questionários ocorre possivelmente devido a fatores socioculturais e/ou experiências, o que torna as pessoas mais difíceis de se convencer (SANTOS; LIRA-DA- SILVA, 2012). Entretanto, a variação ocorre, pois, de acordo com Mortimer (1995), sempre que ocorrem intervenções, é improvável que ninguém mude de opinião, uma vez que muitas informações são apresentadas. 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 Q5 Pré Q5 Pós Q6 Pré Q6 Pós Q7 Pré Q7 pós Sim Não
  • 7. Todavia, 37,5% dos alunos não consideraram as serpentes como sendo importantes socialmente no questionário pré- teste (questão 7). Este foi o maior índice de “nãos” dentre as perguntas sobre importâncias. Isso evidenciou uma menor capacidade de abstração, visto que quanto às importâncias medicinal e biológica, quase a totalidade da amostra considerou os ofídios como sendo importantes. De todo modo, essa dificuldade de abstração não é um problema. Piaget citado por Cavicchia (2010) diz que o pensamento crítico e as abstrações desenvolvem-se no indivíduo entre os 11 e 16 anos. Logo, pelo fato de os alunos participantes da pesquisa se enquadrarem dentro da faixa etária sugerida por Piaget, não se pode considerar este fato como sendo uma deficiência, visto que ainda podem vir a desenvolver tais competências. A educação ambiental é de suma importância para educar, conscientizar, sensibilizar e incentivar alunos a pensar de forma responsável e mais crítica sobre as questões ambientais (BRITO et al., 2016). A EA deve seve ser multidisciplinar, tratando de conteúdos de uma maneira integrada em todas as áreas de conhecimento, e precisa acontecer nos ambientes formais e informais (SILVA, 2018). Entretando, a falta de conhecimento sobre a temática ambiental e sobre a educação ambiental em si acarreta em dificuldades para a elaboração de projetos educativos para estas finalidades, o que torna estes trabalhos mais escassos (MEDINA, 2002). CONSIDERAÇÕES FINAIS Com a utilização de questionários pré e pós-teste, foi possível verificar a variação das respostas do público alvo. Foi nítido que os alunos tinham um bom nível de conhecimento geral em relação a serpentes mesmo antes da palestra. Ainda assim, a questão cultural exerce grande influência nas respostas dos alunos, uma vez que muitos mantiveram postura vista como radical mesmo após as explicações. Todavia, foi possível perceber algumas melhorias quanto à questão teórica, o que refletirá nas condutas a serem tomadas em algum hipotético encontro dos estudantes com as serpentes. A maioria das pessoas considerou as serpentes importantes ecologicamente e na indústria da medicina. Entretanto, uma parcela considerável não conferiu importância social às serpentes. Frente a isto, pode-se perceber uma deficiência na abstração dos alunos, o que não foi considerado um grande problema devido à faixa etária dos mesmos. Mesmo com o bom nível de conhecimento prévio por parte da maioria dos alunos e a questão cultural marcante, foram obtidos bons resultados no questionário pós-teste em relação ao pré-teste. Isto mostra que trabalhos de educação ambiental são de grande importância para a sensibilização das pessoas. Quanto mais se sabe sobre determinado assunto, melhor a relação com este; dessa forma, este tipo de trabalho nunca perderá sua importância na formação de sujeitos mais conscientes. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALVES, R.R.N at al. 2010c. Répteis e as populações humanas no Brasil: uma abordagem etnoherpetológica. In: R.R.N. ALVES; W.M.S. SOUTO; J.S. MOURÃO (orgs), Etnozoologia no Brasil: importância, status atual e perspectivas. Recife. Vol. 7. NUPEEA, p. 121– 147. ARGÔLO, A.J.S. As Serpentes dos Cacauais do Sudeste da Bahia. Ilhéus – BA. EDITUS - Editora da UESC, 2004. BARRAZA, L.; CEJA-ADAME, M. P. Los niños de la comunidad: su conocimiento ambiental y su percepcion sobre ‘‘Naturaleza’’Instituto Nacional de Ecologia y Cambio Climático. México. 2007. Disponível em:<http://www2.inecc.gob.mx/publicaciones/li bros/420/dieciseis.html> Acesso em: 31 de abr. 2019. BARROS, K. C. Métodos alternativos para a substituição dos modelos animais na experimentação. 2007. 53 f. Trabalho de conclusão de curso (Curso técnico de nível médio em Laboratório de Biodiagnóstico em Saúde) Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2007. BASTOS, R. P. Conservação de anfíbios: contribuição da pesquisa em história natural
  • 8. e bioacústica. Palestra proferida na Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa. 23. Out. 2014. BRITO, V. L. T.; MORAES, L. A.; MACHADO, R. R. B.; ARAÚJO, M. F. V. Importância da educação ambiental e meio ambiente na escola: uma percepção da realidade na escola municipal comendador cortez em Parnaíba (PI). Revbea, São Paulo. v.11, n.2, p.22-42, 2016. CARDOSO, J.L.C.; FRANÇA, F.P.S.; WEN, F.H.; MÁLAQUE, C.M.S.; HADDAD-JR, V. Animais Peçonhentos no Brasil: biologia, clínica e terapêutica dos acidentes. 2. Ed. São Paulo, Sarvier, 2009. 550f. CASACA, B. M. Importância do estudo da biodiversidade: concepção de estudantes finalistas do ensino médio. In: EDUCERE: CONGRESSO NACIONAL DE EDUCAÇÃO, 12. 2015, Curitiba. Anais... Chapecó: UNOCHAPECÓ, 2015. p. 11090-11101. CAVICCHIA, D. C. O Desenvolvimento da Criança nos Primeiros Anos de Vida. Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”. São Paulo. P. 1-15. 2010. COSENDEY, B, N; SALOMÃO, S. R. Visões sobre as serpentes: répteis ou monstros? In: ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO E CIÊNCIAS, 9, 2013. Atas... Águas de Lindóia – SP, 2013, p. 1-8. COSTA, H. C; BERNILS, R. S. Répteis do Brasil e suas Unidades Federativas: Lista de espécies. Herpetologia Brasileira. v. 8, n. 1 p. 11-57. 2018. DEBONO, J.; XIE, B.; VIOLETTE, A.; FOURMY, R.; JAEGER, N.; FRY, B. G.Viper Venon Botox: The molecular origin and evolution of the Waglerin peptides used in anti- wrinkle skin cream. Journal of Molecular Evolution. Nova Iorque, 2016. DOS SANTOS, J. R.; BONOTTO, D. M. B. (2012). Educação ambiental e animais não humanos: linguagens e valores atribuídos por professoras do ensino fundamental. Pesquisa em Educação Ambiental, v. 7, n. 1, p. 09-27. 2012. FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1974. FREITAS, M.A. Serpentes Brasileiras. Bahia. Proquigel Química, 160p. 2003. FRENCH, S.; WEBB, A. C.; HUDSON, S.; VIRGIN, E. E. Town and Country Reptiles: A Review of Reptilian Responses to Urbanization. Integrative and Comparative Biology. California, 2018. HAYASHI, M. A. F.; CAMARGO, C. M. he Bradykinin-potentiating peptides from venom gland and brain of Bothrops jararaca contain highly site specific inhibitors of the somatic angiotensin-converting enzyme. Toxicon, v. 45, n. 8, 2005, p. 1163-1170. LEYVA,N. B.; BORGES, H. P. S.; AUGUSTA, B. G.; PUORTO, G.; SOLER, M. G.; HINGST- ZAHER, E. Guapiruvu e suas serpentes Museu biológico do Instituto Butantã. Instituto Butantan. São Paulo, 2015. Disponível em: < https://www.rufford.org/files/Guapiruvu%20e% 20suas%20Serpentes,%20Manual%20Educativo .pdf> Acesso em: 18 de ago. 2018. JACOB, A. D. Zonas ripárias: relações com a fauna silvestre. I Seminário de Hidrologia Florestal: Zonas Ripárias – Alfredo Wagner/SC – 22 de out. 2003. LIRA-DA-SILVA R. M; CARVALHO, F. M. Epidemiological clinical study of envenoming by Bothrops leucurus Wagler, 1824 (Serpentes; Viperidae) in the metropolitan area of Salvador, Bahia, Brazil. The Journal of Venomous Animals and Toxins. Salvador-BA. v. 4, p. 4-5, 1998. MARTINS, M,; MOLINA, F. B. Répteis. Ministério do Meio Ambiente. Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção. v. 2, Brasília, DF, 2018. p. 326-377. MEDEIROS, A.B.; MENDONÇA, M. J. S. L.; SOUSA, G. L.; OLIVEIRA, I. P.. A Importância da educação ambiental na escola nas séries iniciais. 2011.17 f. Trabalho de Conclusão de Curso Trabalho de conclusão de curso (Especialização em Docência Universitária) -
  • 9. Faculdade Montes Belos (FMB), Montes Belos, 2011. MEDINA, N. M. Formação de Multiplicadores para Educação Ambiental. In. PEDRINI, A. G. O Contrato social da ciência, unindo saberes na educação ambiental. Petrópolis, ed. Vozes, 2002, p. 47-70. MENDONÇA, L. E. T; SOUTO, C. M; ANDRELINO, L. L; SOUTO, W. M. S.; VIEIRA, W. L. S; ALVES, R. R. N. Conflitos entre pessoas e animais silvestres no Semiárido paraibano e suas implicações para conservação. Sitientibus série Ciências Biológicas. v.11, n. 2: p. 185–199. 2011. MORTIMER, E. F. Conceptual change or conceptual profile change? Science & Education, v. 4, n. 3, p. 267-285. 1995 MOURA, M.R.; COSTA, H.C.; SÃO-PEDRO, V. A.; FERNANDES, V.D.; FEIO, R. N. O relacionamento entre Pessoas e Serpentes no Leste de Minas Gerais, Sudeste do Brasil. Biota Neotropical, 10, 133-141. 2010 PONTES, B. E. S; SIMÕES, C.R.M.A.; VIEIRA, C.H.C.; ABÍLIO, F.J.P. Serpentes no contexto da educação básica: sensibilização ambiental em uma escola pública da Paraíba. Revista experiências em ensino de ciências, Cuiabá, v.12, n.7, p. 79-89, dez. 2017. POUGH, F.H; HEISER, J. B; MCFARLAND, W. N. A vida dos vertebrados. São Paulo, Atheneu, 1993. RAZERA, J. C. C.; BOCCARDO, L.; SILVA, P. S. Nós, a Escola e o Planeta dos animais úteis e nocivos. Ciência e Ensino. V. 2, n. 1, 2007. ROOS, A. A biodiversidade e a extinção das espécies. Revista Eletrônica em Gestão, Educação e Tecnologia Ambiental, Santa Maria, v.7, n,7, p. 1494-1499, mar./ago., 2012. SANTOS, M. C. et al. Serpentes de Interesse médico da Amazônia. Manaus, 1995. SANTOS, M. D. S.; LIRA-DA-SILVA, R. M. Rede Zoológica Interativa: É Possível uma Mudança no Perfil Conceitual de Estudantes do Ensino Médio sobre os Animais Peçonhentos? Gazeta Médica da Bahia, p. 40-45, 2012. SANTOS-FITA, D.; COSTA-NETO, E. M. As Interações entre os Seres Humanos e os Animais: a Contribuição da Etnozoologia. Biotemas, v. 20, n. 4, p. 99-110, 2007. SILVA, L. O. A importância da educação ambiental. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 03, Ed. 10, Vol. 05, pp. 91-101 Outubro de 2018. ISSN:2448-0959 SUPERINTERESSANTE. São Paulo. v. 53, n. 03, p. Fev/Mar/1992. Disponível em: <https://super.abril.com.br/ciencia/serpentes- urbanas/> Acesso em: 01/ de mar de 2019. TAMAROZZI, M. B. Expressão de fragmentos de anticorpos humanos recombinantes capazes de inibir as atividades fosfolipásica e miotóxica do veneno de Bothrops jararacuçu. 2005, 100 f. Dissertação (mestrado em Imunologia básica e aplicada) Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2005. THRASHER, C; LOBUE, V. Do infants find snakes aversive? Infants’ physiological responses to ‘‘fear-relevant” stimuli. Journal of Experimental Child Psychology. p. 382–390, 2016. UETZ, P. The Reptile Database. 201 8. Disponível em: (http://www.reptile- database.org/db-info/SpeciesStat.html) Acesso em: 28 de fev. 2019. VIZOTTO, L.D. Serpentes: lendas, mitos, superstições e crendices. Editora Plêiade, São Paulo, 2003. ______________________________________ [1] Graduado em Ciências Biológicas – licenciatura pelo Centro Universitário Salesiano (UniSales). Especialista em Biologia Celular e Molecular (Instituto IBRA) E-mail: bryancmartins@hotmail.com. [2] Graduação em Ciências Biológicas – Licenciatura e Bacharelado, Mestrado e Doutorado em Biologia Animal pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). Professora do Curso de Ciências Biológicas da UniSales. E-mail: rpaes@ucv.edu.br
  • 10. APÊNDICE 1 1 - O que você faria se encontrasse com uma serpente? A - Matar; B - Deixá-la ir embora; C - Chamar alguém para matar; D - Tiraria ou chamaria alguém para tirá-la de perto. 2 - Você já teve contato com alguma serpente? Sim ( ) Não ( ) 3 - Você conhece alguém que já foi picado por uma serpente e morreu ou precisou de atendimento médico? Sim ( ) Não ( ) 4 - Todas as serpentes são perigosas? Sim ( ) Não ( ) 5- As serpentes são importantes para a medicina? Sim ( ) Não ( ) 6 - As serpentes são importantes para o ambiente? Sim ( ) Não ( ) 7 - As serpentes são importantes para a sociedade? Sim ( ) Não ( ) Muito obrigado pela sua participação!
  • 11. ANEXO A - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE) Você está sendo convidado para participar como voluntário de uma pesquisa que tem como. Sua participação não é obrigatória. A qualquer momento você pode desistir de participar e retirar o seu consentimento. Sua recusa não trará nenhum prejuízo em sua relação com o pesquisador ou com a instituição e não acarretará custos para você. INFORMAÇÕES SOBRE A PESQUISA Título do Projeto: Percepção sobre a importância das serpentes por alunos do primeiro ano do Ensino Médio de uma escola pública de Cariacica, Espírito Santo. Nome do aluno: Bryan da Cunha Martins Telefones para contato: 27988465166 E-mail: bryancmartins@hotmail.com A pesquisa a ser realizada faz parte da formação de graduação em Ciências Biológicas - Licenciatura e tem como objetivos (geral e específicos) analisar a percepção de 152 estudantes da primeira série do Ensino Médio de uma escola pública de Cariacica - Espírito Santo, sobre as serpentes, frente à importância biológica, medicinal e social além de desmitificar a visão negativa sobre, para promover maior preservação. Espera-se que este estudo possa contribuir para com a conservação das serpentes, que são animais tão importantes no ecossistema. Sua participação nesta pesquisa consistirá em fornecer depoimentos sobre seu conhecimento sobre a importância das serpentes. Os depoimentos poderão ser gravados ou falados ao pesquisador e escritos por ele, conforme você preferir. O material gravado será destruído logo após sua transcrição, evitando acesso de outras pessoas ao mesmo. Não existem eventuais riscos ou benefícios diretos à sua pessoa relacionados à sua participação nesta pesquisa. As informações obtidas serão confidenciais, assegurando o sigilo sobre sua participação, privacidade e seu anonimato. Os dados obtidos serão divulgados de forma que não possibilite sua identificação. Você receberá uma cópia deste Termo onde consta o telefone do pesquisador principal, podendo tirar suas dúvidas sobre o projeto de pesquisa e sua participação em qualquer momento de realização da pesquisa. Você também poderá se informar sobre a pesquisa no Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da Católica de Vitória Centro Universitário. CONSENTIMENTO Eu, ____________________________________________________ declaro que recebi e compreendi por completo as informações por escrito que constam neste documento e as explicações que me foram fornecidas. Fui informado(a) que sou livre para escolher concordar em participar ou me recusar. Declaro estar ciente e esclarecido da pesquisa, seus objetivos, metodologia, riscos/benefícios, garantia de sigilo e liberdade para desistir de participar e colaborar com a pesquisa em qualquer etapa da mesma sem danos para a minha pessoa. Nestes termos, concordo em participar deste estudo. 62