SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 33
O FeudalismoO Feudalismo
Cerimônia de HomenagemCerimônia de Homenagem
Origens do Feudalismo:
As origens do feudalismo podem ser encontradas
nas contínuas crises no Império Romano do
Ocidente;
Esvaziamento das cidades (falta de alimentos,
queda do comércio e dos serviços, insegurança,
etc.);
As populações que abandonavam as cidades iam
em direção ao campo, em busca de moradia e
proteção: COLONATO.
Imagem ilustrativa de uma invasão de povos
germânicos a domínios romanos.
O modelo clássico do feudalismo que estudamos ocorreu em partes da
França e da Alemanha, que formaram o Império Carolíngio. Também
ocorreu em países como Itália, Espanha e Inglaterra.
Após a desintegração
do Império Carolíngio
os reis perderam
grande parte de seu poder para os membros da nobreza
em um processo conhecido como “descentralização
política”, onde não há mais um poder central forte, ou
seja, o poder é fragmentado.
O feudalismo pode
ser definido como
uma forma de
organização social
política e econômica
baseada em relações
de fidelidade e
dependência entre os
homens:
Suserano – Vassalo
Senhor feudal - Servo
A sociedade medieval
Representação da sociedade medieval: Clero, Nobreza e Servos
Na Europa à época do
feudalismo, de modo
geral, a sociedade estava
dividida em três grandes
grupos:
Clero
Nobreza
Servos
O Clero
O clero católico era o grupo composto pelo papa, bispos, padres, frades, freiras,
monges, etc. Era o grupo de pessoas que dedicava-se exclusivamente à religião.
Desde as épocas finais do Império Romano, o cristianismo havia se tornado uma
das principais religiões da Europa, ampliando, pouco a pouco, a influência social e
política do clero católico.
Em troca do apoio do papa e das bênçãos de Deus, a Igreja recebia muitas terras
de reis e de nobres de todos os lugares da Europa. Além destas doações, havia o
recolhimento do dízimo dos fiéis.
Os clérigos cumpriam diversas funções dentro da Igreja: administravam os bens e
recursos, dedicavam-se aos estudos de textos religiosos e filosóficos, copiavam
livros e documentos antigos (monges copistas), realizavam missas e demais
rituais, ajudavam os necessitados, etc.
Os integrantes do clero compunham a maioria das pessoas letradas do período.
Mantinham escolas e universidades para educar os futuros religiosos.
A única maneira de deixar de ser nobre ou servo seria entrar para o clero. Porém,
os cargos mais importantes eram um privilégio apenas dos nobres.
Integrantes do clero retratados
em um ritual religioso
Monge copista realizando trabalho
de cópia de um livro antigo
A Nobreza
No sistema feudal, a nobreza era o grupo social
composto pelo rei, por senhores feudais e por
cavaleiros. A principal função dos nobres era governar
e defender os feudos e seus habitantes.
Durante a Idade Média, era comum os nobres doarem
parte de seu feudo a outros nobres, mantendo entre si
lealdade e obrigações mútuas. Essas relações ficaram
conhecidas como Suserania e Vassalagem.
Geralmente, o rei era o maior de todos os suseranos.
Assim, os senhores feudais eram vassalos do rei e, ao
doarem parte do feudo a outros nobres, tornavam-se
também suseranos desses.
A Cavalaria
Os cavaleiros eram membros da nobreza. Desde criança dedicavam-se a atividades específicas para
se tornarem no futuro um cavaleiro. Cuidavam da segurança dos feudos, lutavam na conquista e
defesa de terras e em guerras religiosas, defendendo os interesses da igreja católica.
A formação de um cavaleiro acontecia durante toda a sua vida, não era de um momento para outro
que alguém se tornava membro de uma cavalaria. Para conseguir esse feito, os homens tinham que
dedicar suas vidas.
Quando a criança completava 7 anos de idade, estava começando sua vida de cavaleiro, ou seja, era
quando a criança começava a cavalgar e a ter lições de boas maneiras. Ao completar 14 anos, ela se
tornava escudeira (sua principal função era levar o escudo do senhor até a zona de batalha).
Ao completar 18 anos, o aprendiz de cavaleiro se tornava cavaleiro. Na cerimônia de investidura no
cargo ele recebia a espada, o capacete e o escudo. A partir daí iniciava-se o ritual de formação do
cavaleiro: primeiro acontecia o jejum de 24 horas, posteriormente tomava um banho purificador para
rezar.
Após o cavaleiro realizar a oração, ele era vestido de uma túnica e era levado até o sacerdote para ser
abençoado com a sua espada. Finalizando o ritual, o cavaleiro se ajoelhava escutando as leis da
cavalaria e jurava sobre a Bíblia proteger o rei, defender os cristãos contra os infiéis (mulçumanos,
pagãos), ser leal à Igreja e ao rei e ter generosidade.
Cerimônia de Investidura, onde o
aprendiz de cavaleiro tornava-se
realmente cavaleiro, recebia suas
armas e armaduras.
Representação de um
cavaleiro e seu
escudeiro.
Relações de Suserania e Vassalagem
Afim de assegurar a lealdade daqueles mais
próximos e manter a segurança em sua região,
vários nobres faziam entre si alianças individuais,
onde juravam fidelidade e proteção um ao outro.
Suserano: Possuíam bens, geralmente terras. No
acordo, faziam a doação de um feudo e recebiam
em troca um juramento de fidelidade.
Vassalo: Recebia o feudo e, em troca, fazia um
juramento de fidelidade ao seu suserano.
Iluminura medieval retratando o momento da
Homenagem: a cerimônia onde o suserano concedia a
posse da terra ao vassalo e este, em troca jurava
fidelidade e auxílio ao seu suserano.
Representações
de uma
cerimônia de
Homenagem
 O vassalo podia usufruir do feudo, mas estava proibido de
vendê-lo.
 A partir do século IX, o feudo tornou-se um bem hereditário, ou
seja, era passado de pai para filho.
 Ao receber as terras o vassalo tornava-se senhor das terras que
recebia, ou seja, um Senhor Feudal.
 Ele podia doar parte dessas terras a um outro homem, e assim
tornar-se também suserano.
 Tal procedimento poderia ocorrer diversas vezes. Portanto era
comum um homem ser senhor e vassalo de diferentes pessoas.
 O suserano tinha o direito de retomar o feudo doado ao vassalo
quando este não cumprisse suas obrigações.
O feudo
A palavra feudo é de origem germânica e seu significado
está associado ao direito que alguém possui sobre um
bem, geralmente sobre a terra.
O feudo poderia ser também uma ponte ou uma estrada,
para que o vassalo pudesse usufruir dos pedágios a
serem cobrados de quem passasse por aquele local.
Normalmente, os feudos doados nos acordos de
vassalagem eram propriedades rurais, símbolos de
riqueza e poder durante este período.
Divisão interna dos feudos
Manso senhorial: local ou região
onde ficava o castelo ou a casa
fortificada do senhor feudal e as
melhores terras de toda a
propriedade.
Manso servil: terras arrendadas
aos camponeses, onde estes
produziam seus alimentos e
tinham pequenas criações de
animais.
Terras comunais: eram grandes
extensões de terras,
normalmente ocupadas por
florestas, bosques e pastos. Eram
utilizados tanto pelos nobres
quanto pelos servos.
O trabalho e as obrigações dos servos
Os servos trabalhavam nos feudos em troca de moradia e proteção. Os
senhores feudais eram proibidos de expulsarem os servos e estes eram
também proibidos de abandonarem o feudo em que residiam.
Nasciam e morriam nesta condição, ou seja, não viravam proprietários
de terras. Raramente saíam do feudo onde residiam. Era comum que
morressem sem conhecer outro local além dos domínios de seu senhor.
O trabalho dos servos era principalmente o de cultivar a terra. Alguns
poucos dedicavam-se exclusivamente a tarefas de artesanato, como
carpinteiros, ferreiros, pedreiros, etc. Além de suas tarefas principais,
também trabalhavam na produção de subsistência, cultivando uma horta
em seu pequeno lote, na criação de animais e na fabricação de queijos,
manteiga, pães, vinhos, linguiça, etc.
O trabalho e as obrigações dos servos
Entre suas obrigações estavam também o pagamento de tributos
ao senhor feudal. Os principais são:
•Corveia: trabalho compulsório nas terras do senhor (manso
senhorial) em alguns dias da semana. Toda a produção ficava com
o senhor;
•Talha: parte da produção do servo em suas terras deveria ser
entregue ao senhor feudal, geralmente um terço da produção;
•Banalidade: tributo cobrado pelo uso de instrumentos ou bens do
feudo, como o moinho, o forno, o celeiro, as pontes;
•Capitação: imposto pago por cada membro da família (por
cabeça);
•Dízimo: imposto de 10% da produção, pago à igreja;
•Mão Morta: imposto pago ao senhor pela morte de algum membro
da família do servo.
O Feudalismo: Relações de Poder e Trabalho

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Idade Média - Feudalismo - Reino Franco
Idade Média - Feudalismo - Reino FrancoIdade Média - Feudalismo - Reino Franco
Idade Média - Feudalismo - Reino FrancoPortal do Vestibulando
 
A Formação dos Estados Nacionais
A Formação dos Estados NacionaisA Formação dos Estados Nacionais
A Formação dos Estados NacionaisDouglas Barraqui
 
Independência das 13 Colônias Inglesas na América
Independência das 13 Colônias Inglesas na AméricaIndependência das 13 Colônias Inglesas na América
Independência das 13 Colônias Inglesas na Américaeiprofessor
 
Formação das Monarquias Nacionais e Absolutismo
Formação das Monarquias Nacionais e AbsolutismoFormação das Monarquias Nacionais e Absolutismo
Formação das Monarquias Nacionais e AbsolutismoValéria Shoujofan
 
O declínio do Imperio Romano
O declínio do Imperio RomanoO declínio do Imperio Romano
O declínio do Imperio RomanoJanayna Lira
 
América portuguesa a colonização do brasil
América portuguesa a colonização do brasilAmérica portuguesa a colonização do brasil
América portuguesa a colonização do brasilDouglas Barraqui
 
Das Revoluções Inglesa à Revolução Industrial
Das Revoluções Inglesa à Revolução IndustrialDas Revoluções Inglesa à Revolução Industrial
Das Revoluções Inglesa à Revolução IndustrialDouglas Barraqui
 
Descolonização africana
Descolonização africanaDescolonização africana
Descolonização africanaCamila Brito
 
PPT - Revolução Russa de 1917
PPT - Revolução Russa de 1917PPT - Revolução Russa de 1917
PPT - Revolução Russa de 1917josafaslima
 
A economia açucareira no brasil
A economia açucareira no brasilA economia açucareira no brasil
A economia açucareira no brasilRogerio Alves
 
Primeira República
Primeira RepúblicaPrimeira República
Primeira Repúblicaisameucci
 
Cana-de- açúcar e escravidão Brasil colônia
Cana-de- açúcar  e escravidão  Brasil colôniaCana-de- açúcar  e escravidão  Brasil colônia
Cana-de- açúcar e escravidão Brasil colôniamarlete andrade
 
O fim da escravidão negra no brasil
O fim da escravidão negra no brasilO fim da escravidão negra no brasil
O fim da escravidão negra no brasilNome Sobrenome
 
Crise do feudalismo: as transformações no sistema feudal
Crise do feudalismo: as transformações no sistema feudalCrise do feudalismo: as transformações no sistema feudal
Crise do feudalismo: as transformações no sistema feudalDouglas Barraqui
 

Mais procurados (20)

Idade Média - Feudalismo - Reino Franco
Idade Média - Feudalismo - Reino FrancoIdade Média - Feudalismo - Reino Franco
Idade Média - Feudalismo - Reino Franco
 
A Idade Média
A Idade MédiaA Idade Média
A Idade Média
 
A Formação dos Estados Nacionais
A Formação dos Estados NacionaisA Formação dos Estados Nacionais
A Formação dos Estados Nacionais
 
Roma
RomaRoma
Roma
 
Islamismo
IslamismoIslamismo
Islamismo
 
Brasil Colônia
Brasil ColôniaBrasil Colônia
Brasil Colônia
 
Independência das 13 Colônias Inglesas na América
Independência das 13 Colônias Inglesas na AméricaIndependência das 13 Colônias Inglesas na América
Independência das 13 Colônias Inglesas na América
 
Formação das Monarquias Nacionais e Absolutismo
Formação das Monarquias Nacionais e AbsolutismoFormação das Monarquias Nacionais e Absolutismo
Formação das Monarquias Nacionais e Absolutismo
 
O declínio do Imperio Romano
O declínio do Imperio RomanoO declínio do Imperio Romano
O declínio do Imperio Romano
 
América portuguesa a colonização do brasil
América portuguesa a colonização do brasilAmérica portuguesa a colonização do brasil
América portuguesa a colonização do brasil
 
Das Revoluções Inglesa à Revolução Industrial
Das Revoluções Inglesa à Revolução IndustrialDas Revoluções Inglesa à Revolução Industrial
Das Revoluções Inglesa à Revolução Industrial
 
Descolonização africana
Descolonização africanaDescolonização africana
Descolonização africana
 
PPT - Revolução Russa de 1917
PPT - Revolução Russa de 1917PPT - Revolução Russa de 1917
PPT - Revolução Russa de 1917
 
A economia açucareira no brasil
A economia açucareira no brasilA economia açucareira no brasil
A economia açucareira no brasil
 
Feudalismo Rafael Ascari
Feudalismo Rafael AscariFeudalismo Rafael Ascari
Feudalismo Rafael Ascari
 
Primeira República
Primeira RepúblicaPrimeira República
Primeira República
 
Revolução russa
Revolução russaRevolução russa
Revolução russa
 
Cana-de- açúcar e escravidão Brasil colônia
Cana-de- açúcar  e escravidão  Brasil colôniaCana-de- açúcar  e escravidão  Brasil colônia
Cana-de- açúcar e escravidão Brasil colônia
 
O fim da escravidão negra no brasil
O fim da escravidão negra no brasilO fim da escravidão negra no brasil
O fim da escravidão negra no brasil
 
Crise do feudalismo: as transformações no sistema feudal
Crise do feudalismo: as transformações no sistema feudalCrise do feudalismo: as transformações no sistema feudal
Crise do feudalismo: as transformações no sistema feudal
 

Destaque

Destaque (20)

O Feudalismo Prof Medeiros 2015
O Feudalismo Prof Medeiros 2015O Feudalismo Prof Medeiros 2015
O Feudalismo Prof Medeiros 2015
 
Feudalismo
FeudalismoFeudalismo
Feudalismo
 
Idade média feudalismo
Idade média   feudalismoIdade média   feudalismo
Idade média feudalismo
 
1° ano aula slide - feudalismo
1° ano   aula slide - feudalismo1° ano   aula slide - feudalismo
1° ano aula slide - feudalismo
 
Unidade 7 feudalismo
Unidade 7 feudalismoUnidade 7 feudalismo
Unidade 7 feudalismo
 
Feudalismo
FeudalismoFeudalismo
Feudalismo
 
O feudalismo
O feudalismoO feudalismo
O feudalismo
 
Alta idade média
Alta idade médiaAlta idade média
Alta idade média
 
Idade Média - Reinos Bárbaros e Feudalismo
Idade Média - Reinos Bárbaros e FeudalismoIdade Média - Reinos Bárbaros e Feudalismo
Idade Média - Reinos Bárbaros e Feudalismo
 
Os Povos Bárbaros e inicio do Feudalismo
Os Povos Bárbaros e inicio do FeudalismoOs Povos Bárbaros e inicio do Feudalismo
Os Povos Bárbaros e inicio do Feudalismo
 
A Crise do Feudalismo
A Crise do FeudalismoA Crise do Feudalismo
A Crise do Feudalismo
 
A formação do império feudal 7º anos
A formação do império feudal   7º anosA formação do império feudal   7º anos
A formação do império feudal 7º anos
 
Idade média slide
Idade média slideIdade média slide
Idade média slide
 
Cap. 1 feudalismo no mundo europeu 7º ano
Cap. 1 feudalismo no mundo europeu 7º anoCap. 1 feudalismo no mundo europeu 7º ano
Cap. 1 feudalismo no mundo europeu 7º ano
 
Trabalho hist
Trabalho histTrabalho hist
Trabalho hist
 
Feudalismo
FeudalismoFeudalismo
Feudalismo
 
Feudalismo - Unid3 Ativ3 9 Grupo A
Feudalismo - Unid3 Ativ3 9 Grupo AFeudalismo - Unid3 Ativ3 9 Grupo A
Feudalismo - Unid3 Ativ3 9 Grupo A
 
Aula 2 evolução histórica
Aula 2   evolução históricaAula 2   evolução histórica
Aula 2 evolução histórica
 
HGP trabalho - Portugal no séc. XIII
HGP   trabalho - Portugal no séc. XIIIHGP   trabalho - Portugal no séc. XIII
HGP trabalho - Portugal no séc. XIII
 
Feudalismo
FeudalismoFeudalismo
Feudalismo
 

Semelhante a O Feudalismo: Relações de Poder e Trabalho

Historiando sob diversos olhares
Historiando sob diversos olharesHistoriando sob diversos olhares
Historiando sob diversos olharesjanahlira
 
A sociedade europeia
A sociedade europeiaA sociedade europeia
A sociedade europeiaNTTL98
 
Historiando sob diversos olhares
Historiando sob diversos olharesHistoriando sob diversos olhares
Historiando sob diversos olharesjanahlira
 
O FEUDALISMO.pptx
O FEUDALISMO.pptxO FEUDALISMO.pptx
O FEUDALISMO.pptxWirlanPaje2
 
Historiando sob diversos olhares
Historiando sob diversos olharesHistoriando sob diversos olhares
Historiando sob diversos olharesjanahlira
 
Historiando sob diversos olhares
Historiando sob diversos olharesHistoriando sob diversos olhares
Historiando sob diversos olharesjanahlira
 
Senhores Feudais - Prof.Altair Aguilar.
Senhores Feudais -  Prof.Altair Aguilar.Senhores Feudais -  Prof.Altair Aguilar.
Senhores Feudais - Prof.Altair Aguilar.Altair Moisés Aguilar
 
A vida quotidiana no sec.xiii diogo barbosa -5ºa
A vida quotidiana no sec.xiii   diogo barbosa -5ºaA vida quotidiana no sec.xiii   diogo barbosa -5ºa
A vida quotidiana no sec.xiii diogo barbosa -5ºadafgpt
 
Idade médiacompleto
Idade médiacompletoIdade médiacompleto
Idade médiacompletoGustavo Cuin
 
Idade médiacompleto
Idade médiacompletoIdade médiacompleto
Idade médiacompletoGustavo Cuin
 
Idade médiacompleto
Idade médiacompletoIdade médiacompleto
Idade médiacompletoGustavo Cuin
 
Feudalismo (476-1453)
Feudalismo (476-1453)Feudalismo (476-1453)
Feudalismo (476-1453)Munis Pedro
 
A sociedade senhorial nos séc
A sociedade senhorial nos sécA sociedade senhorial nos séc
A sociedade senhorial nos sécEscoladocs
 
A constituição do mundo medieval
A constituição do mundo medieval  A constituição do mundo medieval
A constituição do mundo medieval Mary Alvarenga
 

Semelhante a O Feudalismo: Relações de Poder e Trabalho (20)

Historiando sob diversos olhares
Historiando sob diversos olharesHistoriando sob diversos olhares
Historiando sob diversos olhares
 
Feudalismo e idade média 2020
Feudalismo e idade média 2020Feudalismo e idade média 2020
Feudalismo e idade média 2020
 
A sociedade europeia
A sociedade europeiaA sociedade europeia
A sociedade europeia
 
Historiando sob diversos olhares
Historiando sob diversos olharesHistoriando sob diversos olhares
Historiando sob diversos olhares
 
O FEUDALISMO.pptx
O FEUDALISMO.pptxO FEUDALISMO.pptx
O FEUDALISMO.pptx
 
Historiando sob diversos olhares
Historiando sob diversos olharesHistoriando sob diversos olhares
Historiando sob diversos olhares
 
Historiando sob diversos olhares
Historiando sob diversos olharesHistoriando sob diversos olhares
Historiando sob diversos olhares
 
Senhores Feudais - Prof.Altair Aguilar.
Senhores Feudais -  Prof.Altair Aguilar.Senhores Feudais -  Prof.Altair Aguilar.
Senhores Feudais - Prof.Altair Aguilar.
 
Idade Ma
Idade MaIdade Ma
Idade Ma
 
Pré barra mundo feudal
Pré barra mundo feudalPré barra mundo feudal
Pré barra mundo feudal
 
Pré barra mundo feudal
Pré barra mundo feudalPré barra mundo feudal
Pré barra mundo feudal
 
A vida quotidiana no sec.xiii diogo barbosa -5ºa
A vida quotidiana no sec.xiii   diogo barbosa -5ºaA vida quotidiana no sec.xiii   diogo barbosa -5ºa
A vida quotidiana no sec.xiii diogo barbosa -5ºa
 
Idade médiacompleto
Idade médiacompletoIdade médiacompleto
Idade médiacompleto
 
Idade médiacompleto
Idade médiacompletoIdade médiacompleto
Idade médiacompleto
 
Idade médiacompleto
Idade médiacompletoIdade médiacompleto
Idade médiacompleto
 
Feudalismo
FeudalismoFeudalismo
Feudalismo
 
Feudalismo (476-1453)
Feudalismo (476-1453)Feudalismo (476-1453)
Feudalismo (476-1453)
 
A sociedade senhorial nos séc
A sociedade senhorial nos sécA sociedade senhorial nos séc
A sociedade senhorial nos séc
 
A constituição do mundo medieval
A constituição do mundo medieval  A constituição do mundo medieval
A constituição do mundo medieval
 
Ruhama- Slide Feudalismo
Ruhama- Slide FeudalismoRuhama- Slide Feudalismo
Ruhama- Slide Feudalismo
 

Último

UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfUFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfManuais Formação
 
ANTIGUIDADE CLÁSSICA - Grécia e Roma Antiga
ANTIGUIDADE CLÁSSICA - Grécia e Roma AntigaANTIGUIDADE CLÁSSICA - Grécia e Roma Antiga
ANTIGUIDADE CLÁSSICA - Grécia e Roma AntigaJúlio Sandes
 
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?Rosalina Simão Nunes
 
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 BrasilGoverno Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasillucasp132400
 
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxAD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxkarinedarozabatista
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavrasMary Alvarenga
 
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxSlides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBAline Santana
 
ELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VER
ELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VERELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VER
ELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VERDeiciane Chaves
 
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de Partículas
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de PartículasRecurso Casa das Ciências: Sistemas de Partículas
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de PartículasCasa Ciências
 
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Simulado 2 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 2 Etapa  - 2024 Proximo Passo.pdfSimulado 2 Etapa  - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 2 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfEditoraEnovus
 
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptxthaisamaral9365923
 
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasPrograma de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasCassio Meira Jr.
 
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMCOMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMVanessaCavalcante37
 
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptxD9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptxRonys4
 
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesA Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesMary Alvarenga
 

Último (20)

UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfUFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
 
ANTIGUIDADE CLÁSSICA - Grécia e Roma Antiga
ANTIGUIDADE CLÁSSICA - Grécia e Roma AntigaANTIGUIDADE CLÁSSICA - Grécia e Roma Antiga
ANTIGUIDADE CLÁSSICA - Grécia e Roma Antiga
 
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
 
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
 
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 BrasilGoverno Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
 
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxAD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavras
 
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
 
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxSlides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
 
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
 
ELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VER
ELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VERELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VER
ELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VER
 
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de Partículas
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de PartículasRecurso Casa das Ciências: Sistemas de Partículas
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de Partículas
 
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
 
Simulado 2 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 2 Etapa  - 2024 Proximo Passo.pdfSimulado 2 Etapa  - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 2 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
 
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
 
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasPrograma de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
 
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMCOMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
 
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULACINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
 
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptxD9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
 
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesA Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
 

O Feudalismo: Relações de Poder e Trabalho

  • 1. O FeudalismoO Feudalismo Cerimônia de HomenagemCerimônia de Homenagem
  • 2. Origens do Feudalismo: As origens do feudalismo podem ser encontradas nas contínuas crises no Império Romano do Ocidente; Esvaziamento das cidades (falta de alimentos, queda do comércio e dos serviços, insegurança, etc.); As populações que abandonavam as cidades iam em direção ao campo, em busca de moradia e proteção: COLONATO.
  • 3. Imagem ilustrativa de uma invasão de povos germânicos a domínios romanos.
  • 4. O modelo clássico do feudalismo que estudamos ocorreu em partes da França e da Alemanha, que formaram o Império Carolíngio. Também ocorreu em países como Itália, Espanha e Inglaterra.
  • 5. Após a desintegração do Império Carolíngio os reis perderam grande parte de seu poder para os membros da nobreza em um processo conhecido como “descentralização política”, onde não há mais um poder central forte, ou seja, o poder é fragmentado.
  • 6. O feudalismo pode ser definido como uma forma de organização social política e econômica baseada em relações de fidelidade e dependência entre os homens: Suserano – Vassalo Senhor feudal - Servo
  • 7. A sociedade medieval Representação da sociedade medieval: Clero, Nobreza e Servos
  • 8. Na Europa à época do feudalismo, de modo geral, a sociedade estava dividida em três grandes grupos: Clero Nobreza Servos
  • 9. O Clero O clero católico era o grupo composto pelo papa, bispos, padres, frades, freiras, monges, etc. Era o grupo de pessoas que dedicava-se exclusivamente à religião. Desde as épocas finais do Império Romano, o cristianismo havia se tornado uma das principais religiões da Europa, ampliando, pouco a pouco, a influência social e política do clero católico. Em troca do apoio do papa e das bênçãos de Deus, a Igreja recebia muitas terras de reis e de nobres de todos os lugares da Europa. Além destas doações, havia o recolhimento do dízimo dos fiéis. Os clérigos cumpriam diversas funções dentro da Igreja: administravam os bens e recursos, dedicavam-se aos estudos de textos religiosos e filosóficos, copiavam livros e documentos antigos (monges copistas), realizavam missas e demais rituais, ajudavam os necessitados, etc. Os integrantes do clero compunham a maioria das pessoas letradas do período. Mantinham escolas e universidades para educar os futuros religiosos. A única maneira de deixar de ser nobre ou servo seria entrar para o clero. Porém, os cargos mais importantes eram um privilégio apenas dos nobres.
  • 10. Integrantes do clero retratados em um ritual religioso Monge copista realizando trabalho de cópia de um livro antigo
  • 11. A Nobreza No sistema feudal, a nobreza era o grupo social composto pelo rei, por senhores feudais e por cavaleiros. A principal função dos nobres era governar e defender os feudos e seus habitantes. Durante a Idade Média, era comum os nobres doarem parte de seu feudo a outros nobres, mantendo entre si lealdade e obrigações mútuas. Essas relações ficaram conhecidas como Suserania e Vassalagem. Geralmente, o rei era o maior de todos os suseranos. Assim, os senhores feudais eram vassalos do rei e, ao doarem parte do feudo a outros nobres, tornavam-se também suseranos desses.
  • 12. A Cavalaria Os cavaleiros eram membros da nobreza. Desde criança dedicavam-se a atividades específicas para se tornarem no futuro um cavaleiro. Cuidavam da segurança dos feudos, lutavam na conquista e defesa de terras e em guerras religiosas, defendendo os interesses da igreja católica. A formação de um cavaleiro acontecia durante toda a sua vida, não era de um momento para outro que alguém se tornava membro de uma cavalaria. Para conseguir esse feito, os homens tinham que dedicar suas vidas. Quando a criança completava 7 anos de idade, estava começando sua vida de cavaleiro, ou seja, era quando a criança começava a cavalgar e a ter lições de boas maneiras. Ao completar 14 anos, ela se tornava escudeira (sua principal função era levar o escudo do senhor até a zona de batalha). Ao completar 18 anos, o aprendiz de cavaleiro se tornava cavaleiro. Na cerimônia de investidura no cargo ele recebia a espada, o capacete e o escudo. A partir daí iniciava-se o ritual de formação do cavaleiro: primeiro acontecia o jejum de 24 horas, posteriormente tomava um banho purificador para rezar. Após o cavaleiro realizar a oração, ele era vestido de uma túnica e era levado até o sacerdote para ser abençoado com a sua espada. Finalizando o ritual, o cavaleiro se ajoelhava escutando as leis da cavalaria e jurava sobre a Bíblia proteger o rei, defender os cristãos contra os infiéis (mulçumanos, pagãos), ser leal à Igreja e ao rei e ter generosidade.
  • 13. Cerimônia de Investidura, onde o aprendiz de cavaleiro tornava-se realmente cavaleiro, recebia suas armas e armaduras. Representação de um cavaleiro e seu escudeiro.
  • 14.
  • 15.
  • 16.
  • 17. Relações de Suserania e Vassalagem Afim de assegurar a lealdade daqueles mais próximos e manter a segurança em sua região, vários nobres faziam entre si alianças individuais, onde juravam fidelidade e proteção um ao outro. Suserano: Possuíam bens, geralmente terras. No acordo, faziam a doação de um feudo e recebiam em troca um juramento de fidelidade. Vassalo: Recebia o feudo e, em troca, fazia um juramento de fidelidade ao seu suserano.
  • 18. Iluminura medieval retratando o momento da Homenagem: a cerimônia onde o suserano concedia a posse da terra ao vassalo e este, em troca jurava fidelidade e auxílio ao seu suserano.
  • 20.
  • 21.  O vassalo podia usufruir do feudo, mas estava proibido de vendê-lo.  A partir do século IX, o feudo tornou-se um bem hereditário, ou seja, era passado de pai para filho.  Ao receber as terras o vassalo tornava-se senhor das terras que recebia, ou seja, um Senhor Feudal.  Ele podia doar parte dessas terras a um outro homem, e assim tornar-se também suserano.  Tal procedimento poderia ocorrer diversas vezes. Portanto era comum um homem ser senhor e vassalo de diferentes pessoas.  O suserano tinha o direito de retomar o feudo doado ao vassalo quando este não cumprisse suas obrigações.
  • 22. O feudo A palavra feudo é de origem germânica e seu significado está associado ao direito que alguém possui sobre um bem, geralmente sobre a terra. O feudo poderia ser também uma ponte ou uma estrada, para que o vassalo pudesse usufruir dos pedágios a serem cobrados de quem passasse por aquele local. Normalmente, os feudos doados nos acordos de vassalagem eram propriedades rurais, símbolos de riqueza e poder durante este período.
  • 24. Manso senhorial: local ou região onde ficava o castelo ou a casa fortificada do senhor feudal e as melhores terras de toda a propriedade. Manso servil: terras arrendadas aos camponeses, onde estes produziam seus alimentos e tinham pequenas criações de animais. Terras comunais: eram grandes extensões de terras, normalmente ocupadas por florestas, bosques e pastos. Eram utilizados tanto pelos nobres quanto pelos servos.
  • 25.
  • 26.
  • 27.
  • 28.
  • 29.
  • 30. O trabalho e as obrigações dos servos Os servos trabalhavam nos feudos em troca de moradia e proteção. Os senhores feudais eram proibidos de expulsarem os servos e estes eram também proibidos de abandonarem o feudo em que residiam. Nasciam e morriam nesta condição, ou seja, não viravam proprietários de terras. Raramente saíam do feudo onde residiam. Era comum que morressem sem conhecer outro local além dos domínios de seu senhor. O trabalho dos servos era principalmente o de cultivar a terra. Alguns poucos dedicavam-se exclusivamente a tarefas de artesanato, como carpinteiros, ferreiros, pedreiros, etc. Além de suas tarefas principais, também trabalhavam na produção de subsistência, cultivando uma horta em seu pequeno lote, na criação de animais e na fabricação de queijos, manteiga, pães, vinhos, linguiça, etc.
  • 31.
  • 32. O trabalho e as obrigações dos servos Entre suas obrigações estavam também o pagamento de tributos ao senhor feudal. Os principais são: •Corveia: trabalho compulsório nas terras do senhor (manso senhorial) em alguns dias da semana. Toda a produção ficava com o senhor; •Talha: parte da produção do servo em suas terras deveria ser entregue ao senhor feudal, geralmente um terço da produção; •Banalidade: tributo cobrado pelo uso de instrumentos ou bens do feudo, como o moinho, o forno, o celeiro, as pontes; •Capitação: imposto pago por cada membro da família (por cabeça); •Dízimo: imposto de 10% da produção, pago à igreja; •Mão Morta: imposto pago ao senhor pela morte de algum membro da família do servo.