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1 
A EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO TRABALHO 
Paulo Luccas 
paulo.luccas@consultoriafocus.com.br 
Resumo 
O trabalho visto sob a ótica da atividade, pode ser considerado um legítimo fio 
condutor ao longo da história para explicar a controvertida e fascinante saga 
do homem na busca de si mesmo. Esta busca de si mesmo e a satisfação de 
suas necessidades, exigiram do homem uma sucessão de fases e revoluções 
que lhe permitem hoje conhecer a sua história e o seu presente. 
Ao longo de sua história, o homem tem travado uma constante luta para 
conquistar sua sobrevivência, entender e dominar seu ambiente, e superar aquele que 
seja talvez de todos o seu maior desafio: conhecer suas capacidades para poder 
realizar-se enquanto ser. Diversas ciências e escolas de pensamento deram suas 
contribuições para vencer este desafio. A Ciência Econômica pelo viés da escassez e 
racional utilização de recursos tem um bom posicionamento para esta luta. Para 
Chacon e Franco Júnior (1989, p. 21), “Em certo sentido, a História Econômica é a 
história do domínio do homem sobre a natureza e de sua capacidade de utiliza-la em 
proveito próprio.” É um conceito que deixa claro que a verdadeira luta do homem sobre 
a terra não é contra a natureza, mas contra sua ignorância em não tirar o melhor 
proveito dos recursos disponíveis. É uma luta que tanto o fará mirar as estrelas na 
esperança de entender o universo, como o remeterá ao seu interior na esperança de 
sondar ali o sentido de sua vida. 
Os gregos clássicos perceberam que este conhecimento de si mesmo não podia 
limitar-se à sondagem e contemplação, era algo tão vital para a realização do homem 
que deveria ser atualizado em sua vida corrente e mediante a sua atividade. No livro I 
da Ética a Nicômacos, Aristóteles imortaliza este princípio de racionalidade (1996, p. 
125): “Se há um fim visado em tudo o que fazemos, este fim é o bem atingível pela 
atividade.” O trabalho visto sob a ótica da atividade, pode portanto, ser considerado 
um legítimo fio condutor ao longo da história para explicar a controvertida e fascinante 
saga do homem na busca de si mesmo. É a saga imortalizada por Sócrates ao 
defrontar-se com o dintel do oráculo de Delfos: “Homem conhece-te a ti mesmo”, que
gerou-lhe uma inquietação profunda na alma e o fez um dos mais sábios homens ao 
concluir com excepcional bom senso e humildade: “Só sei que nada sei.” 
O domínio do homem sobre a natureza e o conhecimento de si mesmo são 
temas conexos que têm no trabalho a atividade que melhor os integra. É uma atividade 
tipicamente humana, já que nenhum outro ser é capaz de trabalho no sentido de criar, 
prover, e relacionar-se em sociedade. O homem ao trabalhar não só provê o seu 
sustento, como atualiza sua capacidade natural de desenvolver-se e relacionar-se, 
transmitindo cultura e abrindo horizontes de realização. 
Nas palavras de Stork e Echevarría (2001, p. 267), “O trabalho é a mais 
importante fonte de riqueza do homem, em sua origem é o brotar inédito da 
inteligência.” Inteligência que não lhe foi dada em plenitude, mas em forma de potência 
para que livremente a desenvolvesse segundo seus interesses e escolhas. 
A busca de si mesmo e a satisfação de suas necessidades, permitiram ao longo 
da história uma sucessão de fases e revoluções que marcariam a evolução de toda a 
história humana. A primeira fase a situar esta evolução é a dos povos coletores. 
A partir do momento em que surge, o homem passa a produzir, 
isto é, passa a extrair da natureza, pelo trabalho, os bens de que 
necessita para satisfazer suas necessidades. É fácil compreender 
que na longa fase inicial de sua evolução, estas se resumiam ao 
mínimo necessário para sobreviver como indivíduo e como espécie. 
É a fase da coleta. (MAGALHAES FILHO, 1977, p.12, grifo nosso). 
As atividades consistiam basicamente na coleta de frutos suplementados pela 
caça e pesca. Sua organização social consistia na formação de bandos nômades em 
busca de melhores campos de coleta e abrigo. Esta fase dá-se desde o surgimento do 
homem na terra até aproximadamente oito mil anos, quando há um salto qualitativo 
importante no desenvolvimento social e econômico. 
Com o domínio do fogo, de algumas técnicas agrícolas, de alguns instrumentos 
de trabalho, e da domesticação de alguns animais, o homem tem a possibilidade de 
fixar-se num território para produzir seu próprio alimento libertando-se da necessidade 
de viver em constante movimento. De nômade passa a sedentário. “A permanência de 
um mesmo povo no mesmo lugar, século após século, permitirá ao homem investir seu 
excedente de trabalho e de produção em obras de caráter permanente, que lhe 
aumentarão ainda mais a capacidade produtiva. “ (MAGALHÃES FILHO, 1977, p. 23). 
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Este salto qualitativo ficou conhecido como Revolução Agrícola, marcando o 
surgimento da instituição da propriedade, da divisão do trabalho e lançando as bases 
para a divisão social em classes. Segundo Magalhães Filho (1977, p. 24): 
A agricultura trouxe para o homem as bases da civilização, 
erguendo-o muito acima, na escala evolutiva, dos outros animais 
com os quais ainda há poucos séculos compartilhava a vida errante 
de caçador. Permitiu-lhe satisfazer ao máximo suas necessidades, 
surgidas em função da própria evolução social, e para cuja 
satisfação milhões de homens teriam de dedicar vidas inteiras a 
trabalhos penosos e rotineiros. 
A criação de excedentes, o surgimento de classes sociais, a especialização do 
trabalho, a instituição da propriedade, constituem um salto qualitativo importante na 
evolução social e econômica, mas representam também o fim do trabalho que visava 
apenas a sobrevivência e manutenção da espécie. O homem começa a diferenciar-se 
entre os seus iguais não só pelas suas aptidões físicas, mas também pelas suas 
escolhas e disposição de crescimento e aproveitamento de oportunidades segundo 
estas escolhas. Deixa de meramente integrar a natureza e servir-se dela para 
transformá-la, criando o espaço segundo as suas aspirações racionais. O homem passa 
a transformar seu espaço e ser por ele transformado numa espiral crescente de cultura 
social e econômica. 
A pessoa humana está instalada no espaço. O âmbito dentro do 
qual os seres se lhe mostram formam seu mundo circundante, em 
cujo interior se encontra já existindo. (...) O mundo exterior no 
qual o homem vive é físico, material, e considerado em seu 
conjunto recebe o nome de natureza. A pessoa humana não é 
concebível fora dessa instalação material: sua vida se desenvolve 
nesse meio e através dele. (...) O estar situado do homem dentro 
da natureza é algo radical e determinante para seu existir e seu 
modo de ser, pois surge daí o como faz, atua, vive e se projeta. 
(STORK e ECHEVARRIA, 2001, p. 83-84). 
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O meio externo é um agente importante de influência sobre o homem, mas seria 
uma simplificação muito grande imaginar que este meio determine o seu agir. A sua 
capacidade de adaptação ao meio é muito mais a atualização de uma potência interior 
que o move na busca da satisfação almejada. Por isso o homem aceita o caráter penoso 
e rotineiro do trabalho como preço da identidade que se revela e que se constrói, 
satisfazendo aspirações atuais e gerando outras novas e mais elevadas. Quando hoje, o 
homem limita o trabalho à sua subsistência, está renunciando a esta evolução 
retroagindo a uma condição primitiva superada historicamente há pelo menos oito mil 
anos. 
Pelo trabalho o homem toma consciência de suas capacidades e potências, e ao 
atualizá-las faz-se mais pleno de si. Esta atualização e apropriação do seu 
desenvolvimento o diferenciam das demais criaturas e o faz perceber-se capaz de mais. 
Esta percepção é vital não só ao homem primitivo para submeter a natureza de que 
dispõe, mas ao de todas as épocas para submeter-se à própria natureza de que 
provém. Romper esta ordem é submeter-se às próprias criaturas, aos seus artifícios, 
tornando-se débil e sujeito às conseqüências desta desordem. 
A consciência do que é ou pode vir a ser não nasce completa, e diferencia-se 
dentro da própria espécie, fazendo com que alguns percebam a sua própria natureza e 
a natureza que o cerca de forma diferente dos outros. O processo de separação e 
submissão do homem às condições naturais é crescente impondo-lhe cada vez maiores 
desafios. Ele percebe que o bem não está disponível e que precisa ser conquistado 
mediante esforço e determinação. Para extrair o que deseja precisa conhecer, para 
então dominar e progredir. Cada vez que esse processo ocorre, o conhecimento se 
amplia, e a sua própria consciência se desenvolve. 
Este processo não se desenvolve de forma isolada, individualizada. Pela sua 
condição de ser social busca ao semelhante para ver-se a si mesmo, para comunicar-lhe 
suas aspirações e conquistas. Conforme Mondin (1980, p. 159): “A sociabilidade é 
a propensão do homem para viver junto com os outros e comunicar-se com eles, torná-los 
participantes das próprias experiências e dos próprios desejos, conviver com eles as 
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mesmas emoções e os mesmos bens.” 
Esta necessidade de ver-se no outro, de sociabilizar-se, de conquistar 
reconhecimento exige do homem uma obra bem feita, algo digno e de que possa 
orgulhar-se. É algo intrínseco à sua própria natureza fazer o bem e comunicar o bem, 
sendo por este bem reconhecido. 
Historicamente, este viver em sociedade e a conseqüente transmissão de usos, 
costumes, técnicas e aspirações, não só permitiu um impulso extraordinário ao seu
desenvolvimento pessoal como permitiu uma ainda mais radical transformação 
econômica e social. 
A evolução das formas de propriedade e das formas de organização social, 
sobretudo, da família; o crescimento demográfico e dos meios de comunicação e 
transporte; a evolução das técnicas de produção e o domínio da escrita, fizeram surgir 
o comércio de longa distancia, facilitado em muito pelo surgimento da moeda. Os bens 
puderam ser trocados por um divisor único, e com a acumulação de excedentes o 
comércio floresceu, fazendo florescer também as cidades e os Estados. Com a 
expansão do comércio o homem avançou ainda mais na descoberta de si mesmo, 
passou a ser tratado como indivíduo, fenômeno que se verificou especialmente em duas 
sociedades tipicamente comerciais: a judaica e a grega. 
As atividades comerciais lançaram as condições necessárias para 
que o homem pudesse amadurecer, descobrisse sua 
individualidade, e se libertasse de sua submissão à natureza, para 
ver-se tal qual era na realidade: ao mesmo tempo parte e senhor, 
arriscado a ser por ela destruído, mas podendo também dominá-la 
pelo seu trabalho. (MAGALHÃES FILHO, 1977, p. 91). 
Com o debilitamento do império romano e o seu sistema de autoridade, as 
atividades comerciais contraíram-se e cada comunidade voltou-se para si mesma, 
ganhando importância os grandes latifúndios que passaram a produzir para sua própria 
subsistência. O sistema de autoridade geopolítica se alterou e surgiu o feudalismo, 
onde o senhor do latifúndio passou a controlar a condição social e econômica daqueles 
que a ele se subordinavam. 
Se a escravidão predominou na economia agrícola e comercial, no feudalismo a 
servidão foi a principal forma de trabalho. A exploração de certos senhores feudais 
chegou a ser ainda maior que a de algumas civilizações agrícolas. Surgiu nesta época 
de forma marginal, mas com crescente importância a figura do artesão, que fora da 
propriedade feudal e dentro das cidades, desenvolveu um trabalho artesanal que 
contou, sobretudo, com a sua habilidade manual e um mínimo de técnica para 
desenvolver-se. Com o passar do tempo estes artífices agruparam-se, formando mais 
tarde as corporações e junto com os comerciantes locais os futuros burgueses que 
iriam se opor à organização feudal e aos seus senhores. 
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A partir do século XV houve uma grande expansão do comércio a partir da 
Europa, dando origem à formação do mundo moderno. Com os avanços científicos nos 
equipamentos de navegação, viagens mais longas são empreendidas e novas 
civilizações são contatadas, havendo um florescimento econômico e social. A tendência 
pela unidade nacional favorecida pela aspiração e ascensão da classe burguesa 
comercial transformou mais uma vez a organização das formas de trabalho. Tanto a 
escravidão como o colonialismo passaram a ser combatidos pelos interesses capitalistas 
emergentes na busca de mercados de consumo. 
A inadequação do sistema das corporações para o atendimento da 
crescente demanda de manufaturas levou ao crescente predomínio 
de um novo sistema, o da produção doméstica, em que um 
comerciante comprava as matérias-primas e as entregava nas 
casas dos artesãos para que esses as elaborassem. Terminada a 
elaboração, os artesãos eram pagos pelo serviço e os produtos 
ficavam com o comerciante, que os vendia ao melhor preço, 
embolsando o lucro. Consolidava-se assim a figura do capitalista. 
(...) O sistema doméstico era, porém, apenas uma fase transitória. 
(MAGALHÃES FILHO, 1977, p. 256). 
Com a expulsão do homem do campo, formaram-se aglomerados ao redor das 
grandes cidades disponibilizando mão-de-obra abundante e barata. A crescente 
demanda por produtos manufaturados elevou seus preços estimulando novas inversões 
e uma produção em escala maior. Surgiram as fábricas, e como a produtividade era 
baixa procurou-se substituir esta mão-de-obra por máquinas, estimulando o 
desenvolvimento tecnológico, em especial na época, as máquinas movidas a vapor. 
Mais máquinas, mais produção, menores preços, mais demanda, menos camponeses, 
mais operários, surgia o capitalismo. Todo um sistema baseado na lógica da produção 
de excedentes e formação de lucros remunerando o capital. Surgiu em conseqüência a 
divisão de classes entre os proprietários de meios de produção e operários que vendiam 
o único bem de que dispunham: a sua força de trabalho. 
A máquina transformou o mundo e o homem. A Revolução Industrial trouxe 
grandes benefícios materiais à sociedade, ao seu desenvolvimento, mas pouco 
contribuiu para o bem-estar do trabalhador. 
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Esta apreciação histórica do trabalho mesmo que rápida, permite constatar a 
coexistência de um sistema interno de escolha com um externo de pressão em que 
cada homem independente da época ou ambiente em que viva deve posicionar-se. É da 
habilidade em posicionar-se entre as exigências de sua natureza interior e as do meio 
externo que o cerca, que irá depender sua satisfação enquanto ser digno de escolhas. 
Este dilema, este questionar-se quanto ao sentido do que faz, por que faz e para 
quem faz, é algo específico do ser humano, e mais do que uma fraqueza é algo que o 
caracteriza enquanto ser: “O sentido da vida não pode ser, nunca, de per si, expressão 
do que porventura o homem tenha de doentio; é antes e sem mais, para falarmos com 
propriedade, expressão do ser humano, expressão precisamente do que de mais 
humano há no homem.” (FRANKL, 1989, p. 56). 
Esta busca de sentido como algo próprio do homem, irá provocar uma nova e 
igualmente profunda revolução na história humana, onde mais uma vez tanto o social 
como o econômico irão se sujeitar ao específico humano na busca da sua dignidade 
enquanto ser. 
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REFERÊNCIAS 
ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. São Paulo: Nova Cultural, 1996. 
CHACON, P. P.; JUNIOR, H. F. História econômica geral. 1. ed. São Paulo: Atlas, 
1989. 
MAGALHÃES FILHO, F. B. B. História econômica. 4. ed. São Paulo: Sugestões 
Literárias, 1977. 
FRANKL, V. E. Psicoterapia e sentido da vida. 3. ed. São Paulo: Quadrante, 1989. 
MONDIN, B. O homem, quem é ele? 10. ed. São Paulo: Paulus, 1980. 
STORK, R. Y.; ECHEVARRIA, J. A. Fundamentos de antropologia. 5. ed. Pamplona: 
Eunsa, 2001.

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Evolução do trabalho ao longo da história

  • 1. Focus Consulting Engenharia de Gestão Ltda. Av. Cândido de Abreu 526 Cj. 1401 - A Curitiba-PR Fone (41) 3252-2082 – www.consultoriafocus.com.br 1 A EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO TRABALHO Paulo Luccas paulo.luccas@consultoriafocus.com.br Resumo O trabalho visto sob a ótica da atividade, pode ser considerado um legítimo fio condutor ao longo da história para explicar a controvertida e fascinante saga do homem na busca de si mesmo. Esta busca de si mesmo e a satisfação de suas necessidades, exigiram do homem uma sucessão de fases e revoluções que lhe permitem hoje conhecer a sua história e o seu presente. Ao longo de sua história, o homem tem travado uma constante luta para conquistar sua sobrevivência, entender e dominar seu ambiente, e superar aquele que seja talvez de todos o seu maior desafio: conhecer suas capacidades para poder realizar-se enquanto ser. Diversas ciências e escolas de pensamento deram suas contribuições para vencer este desafio. A Ciência Econômica pelo viés da escassez e racional utilização de recursos tem um bom posicionamento para esta luta. Para Chacon e Franco Júnior (1989, p. 21), “Em certo sentido, a História Econômica é a história do domínio do homem sobre a natureza e de sua capacidade de utiliza-la em proveito próprio.” É um conceito que deixa claro que a verdadeira luta do homem sobre a terra não é contra a natureza, mas contra sua ignorância em não tirar o melhor proveito dos recursos disponíveis. É uma luta que tanto o fará mirar as estrelas na esperança de entender o universo, como o remeterá ao seu interior na esperança de sondar ali o sentido de sua vida. Os gregos clássicos perceberam que este conhecimento de si mesmo não podia limitar-se à sondagem e contemplação, era algo tão vital para a realização do homem que deveria ser atualizado em sua vida corrente e mediante a sua atividade. No livro I da Ética a Nicômacos, Aristóteles imortaliza este princípio de racionalidade (1996, p. 125): “Se há um fim visado em tudo o que fazemos, este fim é o bem atingível pela atividade.” O trabalho visto sob a ótica da atividade, pode portanto, ser considerado um legítimo fio condutor ao longo da história para explicar a controvertida e fascinante saga do homem na busca de si mesmo. É a saga imortalizada por Sócrates ao defrontar-se com o dintel do oráculo de Delfos: “Homem conhece-te a ti mesmo”, que
  • 2. gerou-lhe uma inquietação profunda na alma e o fez um dos mais sábios homens ao concluir com excepcional bom senso e humildade: “Só sei que nada sei.” O domínio do homem sobre a natureza e o conhecimento de si mesmo são temas conexos que têm no trabalho a atividade que melhor os integra. É uma atividade tipicamente humana, já que nenhum outro ser é capaz de trabalho no sentido de criar, prover, e relacionar-se em sociedade. O homem ao trabalhar não só provê o seu sustento, como atualiza sua capacidade natural de desenvolver-se e relacionar-se, transmitindo cultura e abrindo horizontes de realização. Nas palavras de Stork e Echevarría (2001, p. 267), “O trabalho é a mais importante fonte de riqueza do homem, em sua origem é o brotar inédito da inteligência.” Inteligência que não lhe foi dada em plenitude, mas em forma de potência para que livremente a desenvolvesse segundo seus interesses e escolhas. A busca de si mesmo e a satisfação de suas necessidades, permitiram ao longo da história uma sucessão de fases e revoluções que marcariam a evolução de toda a história humana. A primeira fase a situar esta evolução é a dos povos coletores. A partir do momento em que surge, o homem passa a produzir, isto é, passa a extrair da natureza, pelo trabalho, os bens de que necessita para satisfazer suas necessidades. É fácil compreender que na longa fase inicial de sua evolução, estas se resumiam ao mínimo necessário para sobreviver como indivíduo e como espécie. É a fase da coleta. (MAGALHAES FILHO, 1977, p.12, grifo nosso). As atividades consistiam basicamente na coleta de frutos suplementados pela caça e pesca. Sua organização social consistia na formação de bandos nômades em busca de melhores campos de coleta e abrigo. Esta fase dá-se desde o surgimento do homem na terra até aproximadamente oito mil anos, quando há um salto qualitativo importante no desenvolvimento social e econômico. Com o domínio do fogo, de algumas técnicas agrícolas, de alguns instrumentos de trabalho, e da domesticação de alguns animais, o homem tem a possibilidade de fixar-se num território para produzir seu próprio alimento libertando-se da necessidade de viver em constante movimento. De nômade passa a sedentário. “A permanência de um mesmo povo no mesmo lugar, século após século, permitirá ao homem investir seu excedente de trabalho e de produção em obras de caráter permanente, que lhe aumentarão ainda mais a capacidade produtiva. “ (MAGALHÃES FILHO, 1977, p. 23). Focus Consulting Engenharia de Gestão Ltda. Av. Cândido de Abreu 526 Cj. 1401 - A Curitiba-PR Fone (41) 3252-2082 – www.consultoriafocus.com.br 2
  • 3. Este salto qualitativo ficou conhecido como Revolução Agrícola, marcando o surgimento da instituição da propriedade, da divisão do trabalho e lançando as bases para a divisão social em classes. Segundo Magalhães Filho (1977, p. 24): A agricultura trouxe para o homem as bases da civilização, erguendo-o muito acima, na escala evolutiva, dos outros animais com os quais ainda há poucos séculos compartilhava a vida errante de caçador. Permitiu-lhe satisfazer ao máximo suas necessidades, surgidas em função da própria evolução social, e para cuja satisfação milhões de homens teriam de dedicar vidas inteiras a trabalhos penosos e rotineiros. A criação de excedentes, o surgimento de classes sociais, a especialização do trabalho, a instituição da propriedade, constituem um salto qualitativo importante na evolução social e econômica, mas representam também o fim do trabalho que visava apenas a sobrevivência e manutenção da espécie. O homem começa a diferenciar-se entre os seus iguais não só pelas suas aptidões físicas, mas também pelas suas escolhas e disposição de crescimento e aproveitamento de oportunidades segundo estas escolhas. Deixa de meramente integrar a natureza e servir-se dela para transformá-la, criando o espaço segundo as suas aspirações racionais. O homem passa a transformar seu espaço e ser por ele transformado numa espiral crescente de cultura social e econômica. A pessoa humana está instalada no espaço. O âmbito dentro do qual os seres se lhe mostram formam seu mundo circundante, em cujo interior se encontra já existindo. (...) O mundo exterior no qual o homem vive é físico, material, e considerado em seu conjunto recebe o nome de natureza. A pessoa humana não é concebível fora dessa instalação material: sua vida se desenvolve nesse meio e através dele. (...) O estar situado do homem dentro da natureza é algo radical e determinante para seu existir e seu modo de ser, pois surge daí o como faz, atua, vive e se projeta. (STORK e ECHEVARRIA, 2001, p. 83-84). Focus Consulting Engenharia de Gestão Ltda. Av. Cândido de Abreu 526 Cj. 1401 - A Curitiba-PR Fone (41) 3252-2082 – www.consultoriafocus.com.br 3
  • 4. O meio externo é um agente importante de influência sobre o homem, mas seria uma simplificação muito grande imaginar que este meio determine o seu agir. A sua capacidade de adaptação ao meio é muito mais a atualização de uma potência interior que o move na busca da satisfação almejada. Por isso o homem aceita o caráter penoso e rotineiro do trabalho como preço da identidade que se revela e que se constrói, satisfazendo aspirações atuais e gerando outras novas e mais elevadas. Quando hoje, o homem limita o trabalho à sua subsistência, está renunciando a esta evolução retroagindo a uma condição primitiva superada historicamente há pelo menos oito mil anos. Pelo trabalho o homem toma consciência de suas capacidades e potências, e ao atualizá-las faz-se mais pleno de si. Esta atualização e apropriação do seu desenvolvimento o diferenciam das demais criaturas e o faz perceber-se capaz de mais. Esta percepção é vital não só ao homem primitivo para submeter a natureza de que dispõe, mas ao de todas as épocas para submeter-se à própria natureza de que provém. Romper esta ordem é submeter-se às próprias criaturas, aos seus artifícios, tornando-se débil e sujeito às conseqüências desta desordem. A consciência do que é ou pode vir a ser não nasce completa, e diferencia-se dentro da própria espécie, fazendo com que alguns percebam a sua própria natureza e a natureza que o cerca de forma diferente dos outros. O processo de separação e submissão do homem às condições naturais é crescente impondo-lhe cada vez maiores desafios. Ele percebe que o bem não está disponível e que precisa ser conquistado mediante esforço e determinação. Para extrair o que deseja precisa conhecer, para então dominar e progredir. Cada vez que esse processo ocorre, o conhecimento se amplia, e a sua própria consciência se desenvolve. Este processo não se desenvolve de forma isolada, individualizada. Pela sua condição de ser social busca ao semelhante para ver-se a si mesmo, para comunicar-lhe suas aspirações e conquistas. Conforme Mondin (1980, p. 159): “A sociabilidade é a propensão do homem para viver junto com os outros e comunicar-se com eles, torná-los participantes das próprias experiências e dos próprios desejos, conviver com eles as Focus Consulting Engenharia de Gestão Ltda. Av. Cândido de Abreu 526 Cj. 1401 - A Curitiba-PR Fone (41) 3252-2082 – www.consultoriafocus.com.br 4 mesmas emoções e os mesmos bens.” Esta necessidade de ver-se no outro, de sociabilizar-se, de conquistar reconhecimento exige do homem uma obra bem feita, algo digno e de que possa orgulhar-se. É algo intrínseco à sua própria natureza fazer o bem e comunicar o bem, sendo por este bem reconhecido. Historicamente, este viver em sociedade e a conseqüente transmissão de usos, costumes, técnicas e aspirações, não só permitiu um impulso extraordinário ao seu
  • 5. desenvolvimento pessoal como permitiu uma ainda mais radical transformação econômica e social. A evolução das formas de propriedade e das formas de organização social, sobretudo, da família; o crescimento demográfico e dos meios de comunicação e transporte; a evolução das técnicas de produção e o domínio da escrita, fizeram surgir o comércio de longa distancia, facilitado em muito pelo surgimento da moeda. Os bens puderam ser trocados por um divisor único, e com a acumulação de excedentes o comércio floresceu, fazendo florescer também as cidades e os Estados. Com a expansão do comércio o homem avançou ainda mais na descoberta de si mesmo, passou a ser tratado como indivíduo, fenômeno que se verificou especialmente em duas sociedades tipicamente comerciais: a judaica e a grega. As atividades comerciais lançaram as condições necessárias para que o homem pudesse amadurecer, descobrisse sua individualidade, e se libertasse de sua submissão à natureza, para ver-se tal qual era na realidade: ao mesmo tempo parte e senhor, arriscado a ser por ela destruído, mas podendo também dominá-la pelo seu trabalho. (MAGALHÃES FILHO, 1977, p. 91). Com o debilitamento do império romano e o seu sistema de autoridade, as atividades comerciais contraíram-se e cada comunidade voltou-se para si mesma, ganhando importância os grandes latifúndios que passaram a produzir para sua própria subsistência. O sistema de autoridade geopolítica se alterou e surgiu o feudalismo, onde o senhor do latifúndio passou a controlar a condição social e econômica daqueles que a ele se subordinavam. Se a escravidão predominou na economia agrícola e comercial, no feudalismo a servidão foi a principal forma de trabalho. A exploração de certos senhores feudais chegou a ser ainda maior que a de algumas civilizações agrícolas. Surgiu nesta época de forma marginal, mas com crescente importância a figura do artesão, que fora da propriedade feudal e dentro das cidades, desenvolveu um trabalho artesanal que contou, sobretudo, com a sua habilidade manual e um mínimo de técnica para desenvolver-se. Com o passar do tempo estes artífices agruparam-se, formando mais tarde as corporações e junto com os comerciantes locais os futuros burgueses que iriam se opor à organização feudal e aos seus senhores. Focus Consulting Engenharia de Gestão Ltda. Av. Cândido de Abreu 526 Cj. 1401 - A Curitiba-PR Fone (41) 3252-2082 – www.consultoriafocus.com.br 5
  • 6. A partir do século XV houve uma grande expansão do comércio a partir da Europa, dando origem à formação do mundo moderno. Com os avanços científicos nos equipamentos de navegação, viagens mais longas são empreendidas e novas civilizações são contatadas, havendo um florescimento econômico e social. A tendência pela unidade nacional favorecida pela aspiração e ascensão da classe burguesa comercial transformou mais uma vez a organização das formas de trabalho. Tanto a escravidão como o colonialismo passaram a ser combatidos pelos interesses capitalistas emergentes na busca de mercados de consumo. A inadequação do sistema das corporações para o atendimento da crescente demanda de manufaturas levou ao crescente predomínio de um novo sistema, o da produção doméstica, em que um comerciante comprava as matérias-primas e as entregava nas casas dos artesãos para que esses as elaborassem. Terminada a elaboração, os artesãos eram pagos pelo serviço e os produtos ficavam com o comerciante, que os vendia ao melhor preço, embolsando o lucro. Consolidava-se assim a figura do capitalista. (...) O sistema doméstico era, porém, apenas uma fase transitória. (MAGALHÃES FILHO, 1977, p. 256). Com a expulsão do homem do campo, formaram-se aglomerados ao redor das grandes cidades disponibilizando mão-de-obra abundante e barata. A crescente demanda por produtos manufaturados elevou seus preços estimulando novas inversões e uma produção em escala maior. Surgiram as fábricas, e como a produtividade era baixa procurou-se substituir esta mão-de-obra por máquinas, estimulando o desenvolvimento tecnológico, em especial na época, as máquinas movidas a vapor. Mais máquinas, mais produção, menores preços, mais demanda, menos camponeses, mais operários, surgia o capitalismo. Todo um sistema baseado na lógica da produção de excedentes e formação de lucros remunerando o capital. Surgiu em conseqüência a divisão de classes entre os proprietários de meios de produção e operários que vendiam o único bem de que dispunham: a sua força de trabalho. A máquina transformou o mundo e o homem. A Revolução Industrial trouxe grandes benefícios materiais à sociedade, ao seu desenvolvimento, mas pouco contribuiu para o bem-estar do trabalhador. Focus Consulting Engenharia de Gestão Ltda. Av. Cândido de Abreu 526 Cj. 1401 - A Curitiba-PR Fone (41) 3252-2082 – www.consultoriafocus.com.br 6
  • 7. Esta apreciação histórica do trabalho mesmo que rápida, permite constatar a coexistência de um sistema interno de escolha com um externo de pressão em que cada homem independente da época ou ambiente em que viva deve posicionar-se. É da habilidade em posicionar-se entre as exigências de sua natureza interior e as do meio externo que o cerca, que irá depender sua satisfação enquanto ser digno de escolhas. Este dilema, este questionar-se quanto ao sentido do que faz, por que faz e para quem faz, é algo específico do ser humano, e mais do que uma fraqueza é algo que o caracteriza enquanto ser: “O sentido da vida não pode ser, nunca, de per si, expressão do que porventura o homem tenha de doentio; é antes e sem mais, para falarmos com propriedade, expressão do ser humano, expressão precisamente do que de mais humano há no homem.” (FRANKL, 1989, p. 56). Esta busca de sentido como algo próprio do homem, irá provocar uma nova e igualmente profunda revolução na história humana, onde mais uma vez tanto o social como o econômico irão se sujeitar ao específico humano na busca da sua dignidade enquanto ser. Focus Consulting Engenharia de Gestão Ltda. Av. Cândido de Abreu 526 Cj. 1401 - A Curitiba-PR Fone (41) 3252-2082 – www.consultoriafocus.com.br 7 REFERÊNCIAS ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. São Paulo: Nova Cultural, 1996. CHACON, P. P.; JUNIOR, H. F. História econômica geral. 1. ed. São Paulo: Atlas, 1989. MAGALHÃES FILHO, F. B. B. História econômica. 4. ed. São Paulo: Sugestões Literárias, 1977. FRANKL, V. E. Psicoterapia e sentido da vida. 3. ed. São Paulo: Quadrante, 1989. MONDIN, B. O homem, quem é ele? 10. ed. São Paulo: Paulus, 1980. STORK, R. Y.; ECHEVARRIA, J. A. Fundamentos de antropologia. 5. ed. Pamplona: Eunsa, 2001.