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A Reprodução                          da
                 Produção
                 Classe, Modernidade e Identidade



                                              Kevin Tucker


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                         Edições Versus Capitalismus
Edições Versus Capitalismus                                                                           À medida que a vida perde sentido. À medida que a terra está a
Edi.vs.capitalismus@gmail.com                                                                         ser destruída.

                                                                                                      Eu advogo uma guerra primordial. Mas isto não é uma forma de
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Classe, Modernidade e Identidade                                                                      organização, mas um termo para a raiva. Um tipo de raiva
                                                                                                      sentida a cada etapa do processo de domesticação. Um tipo de
Autor: Kevin Tucker                                                                                   raiva que não pode ser traduzida por palavras. A raiva de um si
                                                                                                      primordial submetido pela produção e coerção. Um tipo de raiva
Título Original: The Reproduction of Production; Class, Modernity and
Identity                                                                                              que não será comprometida.
                                                                                                      Um tipo de raiva que pode destruir a civilização.

                                                                                                      É uma questão de identidade.
                                                                                                      És um produtor, distribuidor, proprietário ou um ser humano?
                                                                                                      Mais importante, queres reorganizar a civilização e a sua
                                                                                                      economia ou irás contentar-te com nada menos do que a sua
                                                                                                      completa destruição?




  Texto retirando do site http://www.insurgentdesire.org.uk/ e traduzido do inglês em Abril de 2009
mais real e a força dos estados nucleares para manterem essas
pessoas na linha é algo que a maioria de nós provavelmente nem
imagina. Mas mesmo que a revolta fosse bem sucedida, de que                     A Reprodução da Produção
serviriam os campos de monocultura e os locais de trabalho                         Classe, Modernidade e Identidade
escravizantes? O problema é mais profundo do que aquele que
poderia ser alcançado através da reestruturação da produção.         A classe é uma relação social. Desnudada até aos seus
                                                                     fundamentos, trata-se de economia. Trata sobre ser produtor,
Mas, em termos das nações industrializadas, o problema vai           distribuidor ou possuidor dos meios e dos frutos da produção.
ainda mais a fundo. O espírito da modernidade é extremamente         Não importa a categoria de cada pessoa, trata de identidade.
individualista. Ainda que por si só esteja a destruir tudo o que     Com quem é que te identificas? Ou melhor ainda, com o que é
significa ser humano, isso é aquilo com que nos defrontamos. É       que te identificas? Cada um de nós pode ser posto numa
como a lotaria do capitalismo: acreditamos que é possível que        qualquer categoria sócio-económica. Mas essa não é a questão. É
cada um de nós enriqueça. Procuramos apenas o número da              o teu trabalho a tua identidade? É o teu nicho económico?
sorte. Ficaremos mais do que felizes se enriquecermos ou se
morrermos a tentá-lo.                                                Vamos dar um passo atrás. O que é a economia? O meu
O ethos pós-moderno, que define a nossa realidade, diz-nos que       dicionário define-a como: “a ciência da produção, distribuição e
não temos raízes. Alimenta o nosso niilismo passivo que nos          consumo de bens e serviços.” É justo. A economia existe mesmo.
relembra que estamos fodidos, mas não há nada que se possa           Em qualquer sociedade onde existe um acesso desigual às
fazer em relação a isso. Deus, Smith e Engels disseram-no, agora     necessidades da vida, onde as pessoas estão dependentes umas
os filmes, a música e os mercados relembram-no.                      das outras (e mais importante, de instituições) a economia
A verdade é que neste contexto a identidade proletária tem           existe.
pouco significado. As classes ainda existem, mas em nenhum
contexto revolucionário. Estudo atrás de estudo mostra que os        O objectivo dos revolucionários e reformistas tem quase sempre
Americanos considera-os de classe média. Nós julgamos pelo           sido o de reorganizar a economia. A riqueza deve ser
que possuímos mais do que através dos cartões de crédito que         redistribuída.   O    capitalismo,    comunismo,    socialismo,
temos. O dinheiro emprestado e imaginado alimenta a                  sindicalismo, o que te tem, trata-se de economia. Porquê?
identidade, o compromisso, de que estamos dispostos a vender         Porque a produção tem vindo a ser naturalizada, a ciência pode
as nossas almas por mais coisas.                                     sempre distinguir a economia e o trabalho é apenas um mal
A nossa realidade é mais profunda do que uma identidade              necessário. Trata-se do retorno à queda do Éden onde Adão foi
proletária possa responder. A crítica anti-civilização aponta para   condenado a trabalhar o solo por desobediência a Deus. Trata-se
uma fonte primordial da nossa condição. Não aceita mitos de          da ética do trabalho Protestante e dos avisos do pecado das
produção ou trabalho necessário, mas olha para uma forma de          ´mãos ociosas`. O trabalho torna-se o fundamento da
vida em que essas coisas não estavam somente ausentes, mas           humanidade. Essa é a mensagem inerente da economia. O
onde eram intencionalmente rejeitadas.                               trabalho “é a primeira condição básica para toda a existência
                                                                     humana, e isto em tal grau que, em certo sentido, temos que
Canaliza algo que pode ser cada vez mais sentido à medida que        dizer que o trabalho criou o próprio homem.” Isto não é Adam
a modernidade automatiza a vida. À medida que o                      Smith ou Deus a falar (pelo menos desta vez), isto é Friedrich
desenvolvimento atropela os ecossistemas remanescentes. À            Engels.
medida que a produção gera uma vida completamente sintética.         Mas algo está muito errado aqui. E então os Outros para lá do
                                                                     muros do Éden? E os selvagens a quem os agricultores e
conquistadores (se é que podem ser separados) viam apenas          alguma forma é só um de dois problemas principais. O outro
enquanto preguiçosos por não trabalharem?                          problema é a negação da modernidade.

A economia é universal?                                            A modernidade é a face do capitalismo mais tardio. É a face que
Vamos voltar a olhar para a nossa definição.                       se tem primariamente propagado durante os últimos 50 anos
A essência da economia é a produção. Então, se a produção não      através de uma série de expansões tecnológicas que tornaram a
é universal, a economia não o poderá ser. Estamos com sorte,       economia global, que agora conhecemos, possível. É identificada
não é. Os Outros selvagens para lá dos muros do Éden, dos          como hiper-tecnologia e hiper-especialização.
muros da Babilónia e dos jardins: caçadores/ recolectores
nómadas, não produziam. Um caçador não produz animais              Sejamos claros; os capitalistas sabem o que estão a fazer. No
selvagens. Um recolector não produz plantas selvagens. Eles        período que levou à I Guerra Mundial e durante a II Guerra
simplesmente caçam e recolhem. A sua existência é dar e            Mundial a ameaça da revolução proletária nunca foi,
receber, mas isso é ecologia, não economia.                        provavelmente, tão fortemente sentida. As duas guerras foram
Qualquer um numa sociedade caçadora/ recolectora é capaz de        feitas em parte para quebrar este espírito revolucionário. Mas
conseguir o que precisa por si próprio. Que não o façam é um       não acabou aí. Nos períodos pós-guerra os capitalistas sabiam
caso de apoio mútuo e de coesão social, não de força. Se não       que qualquer tipo de reconstrução de maior importância teria de
gostam da sua situação, mudam-na. São capazes disso e              trabalhar contra aquele nível de consciência de classe. Quebrar a
encorajados a fazê-lo. A sua forma de troca é anti-económica:      capacidade de organização era central. A nossa economia global
reciprocidade generalizada. Isto significa simplesmente que as     fazia sentido não só em termos económicos, mas também em
pessoas dão algo a alguém quando assim o querem. Não há            termos sociais. As realidades concretas da coesão de classe
registros, etiquetas, taxas, e nenhum sistema de medição ou        foram abaladas. Mais importante, com a produção global, a
mérito. Partilha com os outros e eles assim partilharão.           revolução proletária não se podia alimentar nem sustentar a si
Estas sociedades são intrinsecamente anti-produção, anti-          própria. Isto foi uma das primeiras causas para o ´falhanço`
riqueza,     anti-poder,   anti-economia.   São     simplesmente   das revoluções socialistas na Rússia, China, Nicarágua e Cuba,
igualitárias na sua essência: anarquia primordial e orgânica.      para nomear apenas algumas.
Mas isso não nos diz como nos tornamos pessoas económicas.
Como o trabalho se tornou uma identidade. Olhar para as            A estrutura da modernidade é contra a consciência de classe.
origens da civilização diz-nos.                                    Nas nações industrializadas, a maioria da mão-de-obra encontra-
A civilização está baseada na produção. A primeira instância da    se no sector dos serviços. As pessoas poderiam facilmente
produção é a produção excedentária. Os caçadores/ recolectores     tomar um qualquer número de lojas e Wal-Marts, mas onde iria
conseguiam o que necessitavam quando havia necessidade. Eles       levar-nos isso? A periferia e o núcleo do capitalismo moderno
comiam animais, insectos e plantas. Quando um número de            espalharam-se através do mundo. Uma revolução teria de ser
caçadores/ recolectores assentava, ainda caçavam animais e         global, mas seria de alguma forma diferente no fim? Seria ainda
recolhiam plantas, mas não para comer.                             mais desejável?
Pelo menos não imediatamente.
                                                                   Nas nações industrializadas, que providenciam quase tudo o que
Na Mesopotâmia, o berço da nossa civilização global, grandes       o núcleo necessita, a realidade da consciência de classe é
campos de cereais selvagens podiam ser colhidos. Os cereais, ao    bastante real. Mas a situação é em grande parte a mesma. Temos
contrário da carne e da maioria das plantas selvagens, podem       polícia e entramos na linha; eles têm uma realidade quotidiana
ser armazenados sem uma tecnologia intensiva. Eram colocados       de intervenção militar. A ameaça de retaliação do estado é muito
exercido contra nós, é justificado. Sobre como comprometer as        em grandes celeiros. Mas os cereais são colhidos sazonalmente.
nossas vidas como seres livres para nos tornarmos                    À medida que as populações aumentavam, tornavam-se mais
trabalhadores e soldados se tornou um acordo que estamos             dependentes de celeiros do que aquilo que estava livremente
dispostos a aceitar.                                                 disponível.
                                                                     Entra a distribuição. Os celeiros eram possuídos por elites ou
É sobre as condições materiais da civilização e as justificações     pelos anciãos das famílias que tomavam conta do racionamento
para tal, porque é assim que poderemos vir a compreender a           e da distribuição às pessoas que enchiam o seu lote. A
civilização. Então podemos compreender quais são os custos da        dependência significa compromisso: esse é o elemento central
domesticação, para nós próprios e para a terra. Para que a           da domesticação. Os cereais deviam ser armazenados. Os
possamos destruir de uma vez por todas.                              proprietários dos celeiros armazenavam e racionavam os cereais
                                                                     em troca de um aumento no seu estatuto social. O estatuto
Isto é o que a crítica anarco-primitivista da civilização tenta      social significa poder coercivo. Esta é a forma como o Estado se
fazer. É sobre a compreensão da civilização, sobre como é criada     levantou.
e mantida. O capitalismo é uma fase tardia da civilização e a luta
de classes, enquanto resistência a essa ordem, é extremamente        Noutras áreas, tais como aquilo que é hoje a costa nordeste dos
importante tanto para a compreensão da civilização como para         Estados Unidos até ao Canadá, armazéns encheram-se de peixe
o seu ataque.                                                        seco ao invés de cereais. Reinados e vários clãs foram
                                                                     estabelecidos. Os sujeitos do crescente poder foram aqueles que
Há uma rica herança de resistência contra o capitalismo. É uma       encheram os armazéns. Isto deve parecer familiar. Redes de
outra parte da história da resistência contra o poder que            comércio em expansão formaram-se e a domesticação das
remonta às suas origens. Mas devemos ser cautelosos para não         plantas e dos animais seguiu-se à expansão das populações. A
tomar qualquer fase como a única fase. As abordagens anti-           necessidade de mais cereais transformou os recolectores em
capitalistas são simplesmente isso, anti-capitalistas. Não são       agricultores. Os agricultores iriam precisar de mais terras e
anti-civilização. Preocupam-se com um certo tipo de economia,        foram feitas guerras. Soldados foram recrutados. Escravos
não com a economia, produção e a própria industrialização.           foram capturados. Caçadores/ recolectores nómadas e
Uma compreensão do capitalismo só é útil se estiver                  horticultores foram expulsos e mortos.
historicamente e ecologicamente enraizada.
                                                                     As pessoas fizeram tudo isto não porque chefes e reis lhes
Mas o capitalismo tem sido o maior alvo dos últimos séculos de       disseram, mas porque os seus deuses criados o fizeram. O
resistência. Como tal, o alcance da luta de classes é,               sacerdote é tão importante para a emergência dos estados como
aparentemente, difícil de ir para além disso. O capitalismo          os chefes e os reis. Em alguns casos eles ocupavam a mesma
global tornou-se bem enraizado por volta de 1500 AD e                posição, noutros não. Mas alimentavam-se uns dos outros. A
continuou através das revoluções tecnológica, industrial e verde     economia, a política e a religião sempre foram um só sistema.
dos últimos 500 anos. Com o aumento da tecnologia, espalhou-         Hoje em dia a ciência tomou o lugar da religião. É por isso que
se através do planeta até ao ponto de que existe agora uma           Engels pôde dizer que foi o trabalho que fez evoluir o homem
civilização global. Mas o capitalismo não é ainda universal. Se      do macaco. Cientificamente isto poderia facilmente ser verdade.
virmos o mundo como um palco para a luta de classes, estamos         Deus proibiu os descendentes de Adão e Eva de trabalhar a
a ignorar as várias frentes de resistência que estão                 terra. Ambos são apenas um produto da fé.
explicitamente a resistir à civilização. Isto é algo que os
apologistas da luta de classes tipicamente ignoram, mas de
Mas a fé aparece facilmente quando surge da mão que dá de            fábricas enquanto a ´alta sociedade` burguesa cheirava, mas
comer. Então, antes de estarmos dependentes da economia,             não provava.
comprometemo-nos com aquilo que as plantas e os animais nos
dizem, aquilo que o nosso corpo nos diz. Ninguém quer                Se acreditavas em Deus, Smith ou Engels, o trabalho era a tua
trabalhar, mas é assim mesmo que é. Assim o vemos na visão de        essência. Fazia-te humano. Roubarem-te o trabalho seria o pior
túnel da civilização. A economia necessita de ser reformado ou       dos crimes. Os trabalhadores faziam trabalhar a máquina e
revolucionada. O fruto da produção necessita de redistribuição.      estava dentro do seu alcance apoderarem-se dela. Podiam ver-se
                                                                     livres do patrão e substitui-lo por um novo ou por um conselho
Entra a luta de classes.                                             de trabalhadores.
A classe é uma de muitas relações que a civilização nos trouxe.
Foi frequentemente afirmado que a história da civilização é a        Se acreditavas que a produção era necessária, isso era
história da luta de classes. Mas eu argumentaria de outra forma.     revolucionário. E ainda mais porque era inteiramente possível.
A relação entre o camponês e o rei e entre o chefe e o comum         Algumas pessoas tentaram-no. Algumas tiveram sucesso. Muitas
não pode ser reduzida a um estabelecimento de categorias.            não o tiveram. A maioria das revoluções foram acusadas de
Quando o fazemos, ignoramos as diferenças que acompanharam           falharem com os ideais daqueles que as criaram. Mas em
vários aspectos da civilização. A simplificação é simples e fácil,   nenhum lugar a resistência do proletariado acabou com as
mas se queremos compreender como a civilização surgiu para           relações de domínio.
que a possamos destruir, devemos estar dispostos a
compreender as diferenças subtis e significantes.                    A razão é simples: ladravam para a caravana errada. O
O que poderia ser mais significante do que a forma como o            capitalismo é uma forma de dominação, não a sua origem. A
poder é criado, mantido e afirmado? Isto não é feito para            produção e o industrialismo são partes da civilização, uma
depreciar a resistência real que a “classe baixa” teve contra as     herança mais antiga e mais enraizada do que o capitalismo.
elites, longe disso. Mas para dizer que a classe ou a consciência
de classe são universais que ignoram particulares importantes.       Mas a questão é realmente sobre a identidade. Os lutadores de
A classe tem que ver com o capitalismo. Tem que ver com um           classe aceitaram o seu destino como produtores, mas
sistema globalizante baseado numa mediação e especialização          procuraram tirar o máximo partido de uma má situação. É uma
absoluta. Emergiu das relações feudais através de um                 fé que a civilização requer. É um destino que eu não aceito. É um
mercantilismo capitalista para um capitalismo industrial, agora      destino que a terra não irá aceitar. A conclusão inevitável da luta
modernidade.                                                         de classes está limitada porque está enraizada na economia. A
Proletários, burgueses, camponeses, pequeno-burgueses, todas         classe é uma relação social, mas está amarrada à economia
estas são classes sociais no que toca às relações de produção e      capitalista. Os proletários estão identificados como pessoas que
distribuição. Particularmente na sociedade capitalista, isto é       vendem o seu trabalho. A revolução proletária tem que ver com
tudo. Tudo isto não poderia ser mais aparente do que durante         a tomada do trabalho. Mas eu não estou a comprar os mitos de
os mais importantes períodos da industrialização. Ou se              Deus, de Smith ou de Engels. O trabalho e a produção não são
trabalhava numa fábrica, ou se a possuía, ou se vendia os            universais e a civilização é um problema.
produtos provenientes desta. Este era a época áurea da               O que temos de aprender é que essa ligação entre as nossas
consciência de classe porque não havia qualquer questão em           próprias relações de classe e aquelas das civilizações anteriores,
relação a isso. Os proletários estavam nas mesmas condições e        não é sobre quem vende o trabalho e quem o compra, mas sobre
na maioria das vezes sabiam que era nessa posição que                a existência da própria produção. Sobre como chegámos a
haveriam sempre de estar. Passavam os dias e noites nas              acreditar que levar as nossas vidas a construir um poder, que é

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  • 1. A Reprodução da Produção Classe, Modernidade e Identidade Kevin Tucker Anti- Anti-Copyright Edições Versus Capitalismus
  • 2. Edições Versus Capitalismus À medida que a vida perde sentido. À medida que a terra está a Edi.vs.capitalismus@gmail.com ser destruída. Eu advogo uma guerra primordial. Mas isto não é uma forma de A Reprodução da Produção luta de classes anti-civilização. Não é uma ferramenta para a Classe, Modernidade e Identidade organização, mas um termo para a raiva. Um tipo de raiva sentida a cada etapa do processo de domesticação. Um tipo de Autor: Kevin Tucker raiva que não pode ser traduzida por palavras. A raiva de um si primordial submetido pela produção e coerção. Um tipo de raiva Título Original: The Reproduction of Production; Class, Modernity and Identity que não será comprometida. Um tipo de raiva que pode destruir a civilização. É uma questão de identidade. És um produtor, distribuidor, proprietário ou um ser humano? Mais importante, queres reorganizar a civilização e a sua economia ou irás contentar-te com nada menos do que a sua completa destruição? Texto retirando do site http://www.insurgentdesire.org.uk/ e traduzido do inglês em Abril de 2009
  • 3. mais real e a força dos estados nucleares para manterem essas pessoas na linha é algo que a maioria de nós provavelmente nem imagina. Mas mesmo que a revolta fosse bem sucedida, de que A Reprodução da Produção serviriam os campos de monocultura e os locais de trabalho Classe, Modernidade e Identidade escravizantes? O problema é mais profundo do que aquele que poderia ser alcançado através da reestruturação da produção. A classe é uma relação social. Desnudada até aos seus fundamentos, trata-se de economia. Trata sobre ser produtor, Mas, em termos das nações industrializadas, o problema vai distribuidor ou possuidor dos meios e dos frutos da produção. ainda mais a fundo. O espírito da modernidade é extremamente Não importa a categoria de cada pessoa, trata de identidade. individualista. Ainda que por si só esteja a destruir tudo o que Com quem é que te identificas? Ou melhor ainda, com o que é significa ser humano, isso é aquilo com que nos defrontamos. É que te identificas? Cada um de nós pode ser posto numa como a lotaria do capitalismo: acreditamos que é possível que qualquer categoria sócio-económica. Mas essa não é a questão. É cada um de nós enriqueça. Procuramos apenas o número da o teu trabalho a tua identidade? É o teu nicho económico? sorte. Ficaremos mais do que felizes se enriquecermos ou se morrermos a tentá-lo. Vamos dar um passo atrás. O que é a economia? O meu O ethos pós-moderno, que define a nossa realidade, diz-nos que dicionário define-a como: “a ciência da produção, distribuição e não temos raízes. Alimenta o nosso niilismo passivo que nos consumo de bens e serviços.” É justo. A economia existe mesmo. relembra que estamos fodidos, mas não há nada que se possa Em qualquer sociedade onde existe um acesso desigual às fazer em relação a isso. Deus, Smith e Engels disseram-no, agora necessidades da vida, onde as pessoas estão dependentes umas os filmes, a música e os mercados relembram-no. das outras (e mais importante, de instituições) a economia A verdade é que neste contexto a identidade proletária tem existe. pouco significado. As classes ainda existem, mas em nenhum contexto revolucionário. Estudo atrás de estudo mostra que os O objectivo dos revolucionários e reformistas tem quase sempre Americanos considera-os de classe média. Nós julgamos pelo sido o de reorganizar a economia. A riqueza deve ser que possuímos mais do que através dos cartões de crédito que redistribuída. O capitalismo, comunismo, socialismo, temos. O dinheiro emprestado e imaginado alimenta a sindicalismo, o que te tem, trata-se de economia. Porquê? identidade, o compromisso, de que estamos dispostos a vender Porque a produção tem vindo a ser naturalizada, a ciência pode as nossas almas por mais coisas. sempre distinguir a economia e o trabalho é apenas um mal A nossa realidade é mais profunda do que uma identidade necessário. Trata-se do retorno à queda do Éden onde Adão foi proletária possa responder. A crítica anti-civilização aponta para condenado a trabalhar o solo por desobediência a Deus. Trata-se uma fonte primordial da nossa condição. Não aceita mitos de da ética do trabalho Protestante e dos avisos do pecado das produção ou trabalho necessário, mas olha para uma forma de ´mãos ociosas`. O trabalho torna-se o fundamento da vida em que essas coisas não estavam somente ausentes, mas humanidade. Essa é a mensagem inerente da economia. O onde eram intencionalmente rejeitadas. trabalho “é a primeira condição básica para toda a existência humana, e isto em tal grau que, em certo sentido, temos que Canaliza algo que pode ser cada vez mais sentido à medida que dizer que o trabalho criou o próprio homem.” Isto não é Adam a modernidade automatiza a vida. À medida que o Smith ou Deus a falar (pelo menos desta vez), isto é Friedrich desenvolvimento atropela os ecossistemas remanescentes. À Engels. medida que a produção gera uma vida completamente sintética. Mas algo está muito errado aqui. E então os Outros para lá do muros do Éden? E os selvagens a quem os agricultores e
  • 4. conquistadores (se é que podem ser separados) viam apenas alguma forma é só um de dois problemas principais. O outro enquanto preguiçosos por não trabalharem? problema é a negação da modernidade. A economia é universal? A modernidade é a face do capitalismo mais tardio. É a face que Vamos voltar a olhar para a nossa definição. se tem primariamente propagado durante os últimos 50 anos A essência da economia é a produção. Então, se a produção não através de uma série de expansões tecnológicas que tornaram a é universal, a economia não o poderá ser. Estamos com sorte, economia global, que agora conhecemos, possível. É identificada não é. Os Outros selvagens para lá dos muros do Éden, dos como hiper-tecnologia e hiper-especialização. muros da Babilónia e dos jardins: caçadores/ recolectores nómadas, não produziam. Um caçador não produz animais Sejamos claros; os capitalistas sabem o que estão a fazer. No selvagens. Um recolector não produz plantas selvagens. Eles período que levou à I Guerra Mundial e durante a II Guerra simplesmente caçam e recolhem. A sua existência é dar e Mundial a ameaça da revolução proletária nunca foi, receber, mas isso é ecologia, não economia. provavelmente, tão fortemente sentida. As duas guerras foram Qualquer um numa sociedade caçadora/ recolectora é capaz de feitas em parte para quebrar este espírito revolucionário. Mas conseguir o que precisa por si próprio. Que não o façam é um não acabou aí. Nos períodos pós-guerra os capitalistas sabiam caso de apoio mútuo e de coesão social, não de força. Se não que qualquer tipo de reconstrução de maior importância teria de gostam da sua situação, mudam-na. São capazes disso e trabalhar contra aquele nível de consciência de classe. Quebrar a encorajados a fazê-lo. A sua forma de troca é anti-económica: capacidade de organização era central. A nossa economia global reciprocidade generalizada. Isto significa simplesmente que as fazia sentido não só em termos económicos, mas também em pessoas dão algo a alguém quando assim o querem. Não há termos sociais. As realidades concretas da coesão de classe registros, etiquetas, taxas, e nenhum sistema de medição ou foram abaladas. Mais importante, com a produção global, a mérito. Partilha com os outros e eles assim partilharão. revolução proletária não se podia alimentar nem sustentar a si Estas sociedades são intrinsecamente anti-produção, anti- própria. Isto foi uma das primeiras causas para o ´falhanço` riqueza, anti-poder, anti-economia. São simplesmente das revoluções socialistas na Rússia, China, Nicarágua e Cuba, igualitárias na sua essência: anarquia primordial e orgânica. para nomear apenas algumas. Mas isso não nos diz como nos tornamos pessoas económicas. Como o trabalho se tornou uma identidade. Olhar para as A estrutura da modernidade é contra a consciência de classe. origens da civilização diz-nos. Nas nações industrializadas, a maioria da mão-de-obra encontra- A civilização está baseada na produção. A primeira instância da se no sector dos serviços. As pessoas poderiam facilmente produção é a produção excedentária. Os caçadores/ recolectores tomar um qualquer número de lojas e Wal-Marts, mas onde iria conseguiam o que necessitavam quando havia necessidade. Eles levar-nos isso? A periferia e o núcleo do capitalismo moderno comiam animais, insectos e plantas. Quando um número de espalharam-se através do mundo. Uma revolução teria de ser caçadores/ recolectores assentava, ainda caçavam animais e global, mas seria de alguma forma diferente no fim? Seria ainda recolhiam plantas, mas não para comer. mais desejável? Pelo menos não imediatamente. Nas nações industrializadas, que providenciam quase tudo o que Na Mesopotâmia, o berço da nossa civilização global, grandes o núcleo necessita, a realidade da consciência de classe é campos de cereais selvagens podiam ser colhidos. Os cereais, ao bastante real. Mas a situação é em grande parte a mesma. Temos contrário da carne e da maioria das plantas selvagens, podem polícia e entramos na linha; eles têm uma realidade quotidiana ser armazenados sem uma tecnologia intensiva. Eram colocados de intervenção militar. A ameaça de retaliação do estado é muito
  • 5. exercido contra nós, é justificado. Sobre como comprometer as em grandes celeiros. Mas os cereais são colhidos sazonalmente. nossas vidas como seres livres para nos tornarmos À medida que as populações aumentavam, tornavam-se mais trabalhadores e soldados se tornou um acordo que estamos dependentes de celeiros do que aquilo que estava livremente dispostos a aceitar. disponível. Entra a distribuição. Os celeiros eram possuídos por elites ou É sobre as condições materiais da civilização e as justificações pelos anciãos das famílias que tomavam conta do racionamento para tal, porque é assim que poderemos vir a compreender a e da distribuição às pessoas que enchiam o seu lote. A civilização. Então podemos compreender quais são os custos da dependência significa compromisso: esse é o elemento central domesticação, para nós próprios e para a terra. Para que a da domesticação. Os cereais deviam ser armazenados. Os possamos destruir de uma vez por todas. proprietários dos celeiros armazenavam e racionavam os cereais em troca de um aumento no seu estatuto social. O estatuto Isto é o que a crítica anarco-primitivista da civilização tenta social significa poder coercivo. Esta é a forma como o Estado se fazer. É sobre a compreensão da civilização, sobre como é criada levantou. e mantida. O capitalismo é uma fase tardia da civilização e a luta de classes, enquanto resistência a essa ordem, é extremamente Noutras áreas, tais como aquilo que é hoje a costa nordeste dos importante tanto para a compreensão da civilização como para Estados Unidos até ao Canadá, armazéns encheram-se de peixe o seu ataque. seco ao invés de cereais. Reinados e vários clãs foram estabelecidos. Os sujeitos do crescente poder foram aqueles que Há uma rica herança de resistência contra o capitalismo. É uma encheram os armazéns. Isto deve parecer familiar. Redes de outra parte da história da resistência contra o poder que comércio em expansão formaram-se e a domesticação das remonta às suas origens. Mas devemos ser cautelosos para não plantas e dos animais seguiu-se à expansão das populações. A tomar qualquer fase como a única fase. As abordagens anti- necessidade de mais cereais transformou os recolectores em capitalistas são simplesmente isso, anti-capitalistas. Não são agricultores. Os agricultores iriam precisar de mais terras e anti-civilização. Preocupam-se com um certo tipo de economia, foram feitas guerras. Soldados foram recrutados. Escravos não com a economia, produção e a própria industrialização. foram capturados. Caçadores/ recolectores nómadas e Uma compreensão do capitalismo só é útil se estiver horticultores foram expulsos e mortos. historicamente e ecologicamente enraizada. As pessoas fizeram tudo isto não porque chefes e reis lhes Mas o capitalismo tem sido o maior alvo dos últimos séculos de disseram, mas porque os seus deuses criados o fizeram. O resistência. Como tal, o alcance da luta de classes é, sacerdote é tão importante para a emergência dos estados como aparentemente, difícil de ir para além disso. O capitalismo os chefes e os reis. Em alguns casos eles ocupavam a mesma global tornou-se bem enraizado por volta de 1500 AD e posição, noutros não. Mas alimentavam-se uns dos outros. A continuou através das revoluções tecnológica, industrial e verde economia, a política e a religião sempre foram um só sistema. dos últimos 500 anos. Com o aumento da tecnologia, espalhou- Hoje em dia a ciência tomou o lugar da religião. É por isso que se através do planeta até ao ponto de que existe agora uma Engels pôde dizer que foi o trabalho que fez evoluir o homem civilização global. Mas o capitalismo não é ainda universal. Se do macaco. Cientificamente isto poderia facilmente ser verdade. virmos o mundo como um palco para a luta de classes, estamos Deus proibiu os descendentes de Adão e Eva de trabalhar a a ignorar as várias frentes de resistência que estão terra. Ambos são apenas um produto da fé. explicitamente a resistir à civilização. Isto é algo que os apologistas da luta de classes tipicamente ignoram, mas de
  • 6. Mas a fé aparece facilmente quando surge da mão que dá de fábricas enquanto a ´alta sociedade` burguesa cheirava, mas comer. Então, antes de estarmos dependentes da economia, não provava. comprometemo-nos com aquilo que as plantas e os animais nos dizem, aquilo que o nosso corpo nos diz. Ninguém quer Se acreditavas em Deus, Smith ou Engels, o trabalho era a tua trabalhar, mas é assim mesmo que é. Assim o vemos na visão de essência. Fazia-te humano. Roubarem-te o trabalho seria o pior túnel da civilização. A economia necessita de ser reformado ou dos crimes. Os trabalhadores faziam trabalhar a máquina e revolucionada. O fruto da produção necessita de redistribuição. estava dentro do seu alcance apoderarem-se dela. Podiam ver-se livres do patrão e substitui-lo por um novo ou por um conselho Entra a luta de classes. de trabalhadores. A classe é uma de muitas relações que a civilização nos trouxe. Foi frequentemente afirmado que a história da civilização é a Se acreditavas que a produção era necessária, isso era história da luta de classes. Mas eu argumentaria de outra forma. revolucionário. E ainda mais porque era inteiramente possível. A relação entre o camponês e o rei e entre o chefe e o comum Algumas pessoas tentaram-no. Algumas tiveram sucesso. Muitas não pode ser reduzida a um estabelecimento de categorias. não o tiveram. A maioria das revoluções foram acusadas de Quando o fazemos, ignoramos as diferenças que acompanharam falharem com os ideais daqueles que as criaram. Mas em vários aspectos da civilização. A simplificação é simples e fácil, nenhum lugar a resistência do proletariado acabou com as mas se queremos compreender como a civilização surgiu para relações de domínio. que a possamos destruir, devemos estar dispostos a compreender as diferenças subtis e significantes. A razão é simples: ladravam para a caravana errada. O O que poderia ser mais significante do que a forma como o capitalismo é uma forma de dominação, não a sua origem. A poder é criado, mantido e afirmado? Isto não é feito para produção e o industrialismo são partes da civilização, uma depreciar a resistência real que a “classe baixa” teve contra as herança mais antiga e mais enraizada do que o capitalismo. elites, longe disso. Mas para dizer que a classe ou a consciência de classe são universais que ignoram particulares importantes. Mas a questão é realmente sobre a identidade. Os lutadores de A classe tem que ver com o capitalismo. Tem que ver com um classe aceitaram o seu destino como produtores, mas sistema globalizante baseado numa mediação e especialização procuraram tirar o máximo partido de uma má situação. É uma absoluta. Emergiu das relações feudais através de um fé que a civilização requer. É um destino que eu não aceito. É um mercantilismo capitalista para um capitalismo industrial, agora destino que a terra não irá aceitar. A conclusão inevitável da luta modernidade. de classes está limitada porque está enraizada na economia. A Proletários, burgueses, camponeses, pequeno-burgueses, todas classe é uma relação social, mas está amarrada à economia estas são classes sociais no que toca às relações de produção e capitalista. Os proletários estão identificados como pessoas que distribuição. Particularmente na sociedade capitalista, isto é vendem o seu trabalho. A revolução proletária tem que ver com tudo. Tudo isto não poderia ser mais aparente do que durante a tomada do trabalho. Mas eu não estou a comprar os mitos de os mais importantes períodos da industrialização. Ou se Deus, de Smith ou de Engels. O trabalho e a produção não são trabalhava numa fábrica, ou se a possuía, ou se vendia os universais e a civilização é um problema. produtos provenientes desta. Este era a época áurea da O que temos de aprender é que essa ligação entre as nossas consciência de classe porque não havia qualquer questão em próprias relações de classe e aquelas das civilizações anteriores, relação a isso. Os proletários estavam nas mesmas condições e não é sobre quem vende o trabalho e quem o compra, mas sobre na maioria das vezes sabiam que era nessa posição que a existência da própria produção. Sobre como chegámos a haveriam sempre de estar. Passavam os dias e noites nas acreditar que levar as nossas vidas a construir um poder, que é