O documento discute a importância de uma Sociedade da Informação baseada em quatro pilares: cidadania, conhecimento, liberdade e inovação. Ele destaca vetores considerados urgentes como o lançamento do Programa Internet nas Escolas e define o Estado Aberto, a Escola Informada, a Empresa Flexível e o Saber disponível como grandes vetores da iniciativa nacional para a Sociedade da Informação. Ele também discute as implicações jurídicas da Sociedade da Informação e a necessidade de proteger dados pessoais e propriedade intelectual.
1. LIVRO VERDE
1- Na opinião do Ministro Mariano Gago os quatro pilares devem-se basear em
Cidadania, Conhecimento, Liberdade e Inovação.
“Ao tomarmos como nosso esse lema geral, sedutor e aparentemente neutro da
Sociedade da Informação, retirámos-lhe a falsa neutralidade e tomámos, antes de mais,
partido pela cidadania, contra a exclusão; pelo conhecimento, contra a manipulação do
espírito; pela liberdade, contra a opressão, especialmente contra a opressão confortada
tecnicamente; pela inovação contra os monopólios.”
2- Alguns vectores considerados urgentes e inadiáveis foram o lançamento do Programa
Internet nas Escolas como eixo visível e prioritário da Iniciativa nacional para a
Sociedade da Informação e definíamos o Estado Aberto, a Escola Informada, a Empresa
Flexível e o Saber disponível como grandes vectores dessa Iniciativa.
Em todas essas direcções foram dados já passos decisivos — porque houve vontade e
porque ela foi partilhada, urge agora concretizar mais, acelerar a educação para a
Sociedade da Informação e a disponibilização de meios de base e de recursos às escolas,
às associações, às bibliotecas.
3- “Apostados numa Sociedade da Informação e do Conhecimento, tornamo-nos
melhores que nós mesmos, mais cultos e mais informados, mais libertos do que
interiormente nos prende e nos limita.”
Ao apostarmos numa sociedade da informação e do conhecimento ficamos melhor do
que aquilo que éramos pelo motivo de ficarmos com mais conhecimento que nos vai
trazer mais sabedoria, logo somos seres humanos mais informados e mais abertos para o
mundo que nos rodeia.
4- “O que hoje se acelerou no mundo foi a própria exigência de conheci mento e de
informação, única forma de cristalização criativa e viva das sociedades abertas, muito
mais rápida e ainda mais exigente nos pequenos países cujo destino e memória hoje se
joga apenas na sua força de civilização actualizada e produtiva.
Não se trata de um desafio técnico, mas eminentemente político e social, não se trata de
utensílios, mas de valores, o futuro está na ponta desta acção que não pode e não deve
falhar.”
5- O enquadramento legal do documento em questão é: “O Livro Verde para a
Sociedade da Informação em Portugal foi aprovado pelo Conselho de Ministros no dia
17 de Abril de 1997 e presente à Assembleia da República, em sessão plenária, no dia
30 de Abril.”
1 Escola Secundária de Sampaio Ano Lectivo 2009/2010
Curso EFA Gestão - Disciplina de STCeco
Raquel Gaspar da Silva
2. 6- A perspectiva dos autores do livro quanto à expressão „Sociedade da Informação‟ é
que: “refere-se a um modo de desenvolvimento social e económico em que a aquisição,
armazenamento, processamento, valorização, transmissão, distribuição e disseminação
de informação conducente à criação de conhecimento e à satisfação das necessi dades
dos cidadãos e das empresas, desempenham um papel central na actividade económica,
na criação de riqueza, na definição da qualidade de vida dos cidadãos e das suas práticas
culturais.”
7- O que diferencia a passagem é:” uma das abordagens mais correntes considera que a
transição da sociedade industrial para a sociedade pós-industrial é uma mudança ainda
mais radical do que foi a passagem da sociedade pré-industrial para a sociedade
industrial. Em particular, prevê-se que, na sociedade pós-industrial, não serão nem a
energia nem a força muscular que liderarão a evolução, mas sim o domínio da
informação. Nesta óptica, os sistemas da sociedade, humanos ou organizacionais, são
basicamente pensados como „sistemas de informação‟.”
8- Nos dias que correm os computadores, internet e multimédia fazem parte das nossas
vidas até já sem nós darmos por isso. Cada vez existem mais aparelhos adaptados ao ser
humano, já existem formas de escrever sem se teclar, máquinas que lêem as nossas
impressões digitais, os leitores de retina/ocular, as caixas multibanco e tantas outras
coisas. A computação tende a ser ubíqua pelo motivo de que está sempre a adaptar-se ao
ser humano, existe sempre alguém que procura adaptar o já existente a algo ainda
melhor e que vai tornar mais fácil a vida do ser humano.
9- Algumas das condições a implementar são: “um factor determinante para o êxito
destas transformações é a sua activa aceitação social. É essencial criar condições
equitativas de acesso aos benefícios que esta gera e combater simultaneamente os
factores que conduzem a novas formas de exclusão do conhecimento, a info-exclusão. É
indispensável fomentar o reforço da coesão social e da diversidade cultural, a
igualização de condições em espaços regionais diversificados, incentivar a participação
dos cidadãos na vida da comunidade e oferecer um Estado mais aberto e dialogante na
identificação dos problemas e das soluções de interesse público. Haverá ainda que criar
oportunidades de emprego e contribuir para as alterações na organização das empresas
de modo a que se tornem mais eficientes e competitivas num mercado alargado”.
10- Importa referir as implicações jurídicas da sociedade da informação e mais
concretamente a necessidade de serem acautelados, pela via legislativa, os problemas
que podem decorrer do recurso às novas tecnologias de informação e das comunicações,
designadamente a protecção dos dados pessoais, a segurança jurídica das bases de
dados, a protecção da propriedade intelectual, o combate à violação dos direitos
humanos e aos atentados contra menores.
2 Escola Secundária de Sampaio Ano Lectivo 2009/2010
Curso EFA Gestão - Disciplina de STCeco
Raquel Gaspar da Silva