1) A construção da sociedade da informação em Portugal deve respeitar os princípios
democráticos e de direitos, liberdades e garantias definidos na Constituição.
2) O acesso à informação e conhecimento deve ser assegurado para todos sem discriminação,
através de computadores e redes em locais públicos para evitar exclusão digital.
3) É importante o envolvimento de empresas, Estado, cidadãos e cooperação entre todos na
construção da sociedade da informação com base na democracia e igualdade
1. 2ª Ficha do Livro Verde
1-Na construção da sociedade da informação deve ser respeitada a matriz democrática cujos
princípios e regras fundamentais estão definidos na Constituição da República Portuguesa.
Essa construção deve obedecer aos princípios e regras constitucionais em matéria de direitos,
liberdades e garantias de organização democrática do estado, da transparência do
funcionamento das instituições e de democracia económica, social e cultural.
2- A forma sugerida no livro é: “O acesso à informação e ao conhecimento deve estar
assegurado sem discriminações de origem social. É igualmente necessário aceitar a
responsabilidade social para com os cidadãos que, por razões de natureza diversa, requerem
consideração especial para não ficarem excluídos dos benefícios que aquele pode oferecer.
Isto pressupõe que computadores e redes electrónicas estejam acessíveis em locais públicos,
nas escolas, em bibliotecas e arquivos, nas instalações autárquicas, de forma a evitar a exclusão
de todos os que não dispõem de condições de acesso no lar ou no local de trabalho”.
3- As entidades que se devem envolver neste projecto são, as empresas, o estado, e através do
diálogo e da cooperação entre cidadãos, e também através da democracia e direitos de
igualdade.
4- A sociedade de informação é também uma sociedade de mercado pelo motivo de hoje em dia
grandes negócios, compras e até empregos são tratados através da internet, com a internet
qualquer um de nós consegue negociar, comprar, etc., com pessoas ou empresas de qualquer
lado do mundo.
5- A criação de empregos qualificados é uma consequência natural do desenvolvimento de
novos serviços numa sociedade com base no conhecimento e na informação. A racionalização
dos sistemas produtivos e das estruturas organizacionais das empresas e da administração
pública irá implicar a eliminação ou a reconversão de actividades obsoletas. Os trabalhadores
libertados dessas actividades devem ser ajudados a obterem qualificações para outras
actividades inseridas na nova estrutura da sociedade.
Se na sociedade portuguesa, houver pensamento estratégico, e consequente acção, no sentido
de não deixar escapar as oportunidades criadas pelas transformações em curso no âmbito da
sociedade da informação, o saldo final será certamente positivo em volume de emprego,
aumento da produtividade e das qualificações necessárias, com os correspondentes benefícios
reflectidos no nível de rendimento médio.
6- Os jovens em idade escolar devem beneficiar do acesso à informação disponível nas redes
digitais e dos poderosos instrumentos da sociedade da informação para processamento de texto,
imagem e som, nomeadamente através de aplicações multimédia, jogos e aplicações
interactivas, que combinam o entretenimento com a aprendizagem, o lazer com o
desenvolvimento de capacidades mentais e de melhoria de reflexos, a imaginação com a partilha
de experiências com outros grupos de interesses similares espalhados pelo mundo, o trabalho
1 Efa Gestão 2ºAno
Escola Secundaria de Sampaio 2009/2010
Raquel Gaspar da Silva
2. individual com a interactividade sem fronteiras e a criatividade com as ferramentas para a sua
concretização em realidade virtual.
A aquisição de conhecimento está hoje a transformar-se, partindo de um estádio em que se
privilegiava a memorização de informação com carácter estático, para uma nova postura de
pesquisa dinâmica de informação em suportes digitais, servindo de apoio à construção de
componentes de conhecimento em permanente evolução.
Os jovens são, naturalmente, elementos activos desta transformação, além de serem os
principais beneficiários. Demonstram, em regra, grande apetência pela participação nas
actividades que decorrem da alteração das regras de aprendizagem e evidenciam
frequentemente uma maior capacidade de adaptação aos novos meios que não encontramos em
muitos adultos em condições semelhantes.
7- A sociedade da informação tem de ser uma sociedade para todos. Na definição das medidas
de política para a construção da sociedade da informação devem-se estabelecer condições para
que todos os cidadãos tenham oportunidade de nela participar e desse modo beneficiar das
vantagens que este novo estádio de desenvolvimento tem para oferecer. Para isso, é
indispensável que todos possam obter as qualificações necessárias ao estabelecimento de uma
relação natural e convivial com as tecnologias da informação e que seja possível o acesso em
locais públicos sem barreiras de natureza económica que contribuam para acentuar a
estratificação social existente.
8- Contudo, para se assegurar que o nível de qualificação nas tecnologias da informação é
compatível com as exigências de desenvolvimento futuro, numa sociedade global e altamente
competitiva, é fundamental um esforço decisivo e inequívoco em todos os graus de ensino. O
esforço de formação não pode ser concentrado só nos jovens, sob pena de termos amanhã uma
população adulta excluída da aprendizagem e da qualificação. Assim, a educação ao longo da
vida faz parte do processo de passagem de uma sociedade de base industrial a uma sociedade
do conhecimento.
9- Em acréscimo, as bibliotecas e arquivos deverão adaptar-se às novas formas de difusão do
conhecimento por via electrónica, que permitem o acesso a grandes volumes de informação
repartidos pelas redes digitais à escala planetária, assim como privilegiar o acesso a informação
em CD-ROM, pela riqueza dos meios de comunicação multimédia envolvidos e pelo enorme
volume de informação armazenada em espaço ínfimo. Deste modo, as bibliotecas públicas
tenderão a evoluir para mediatecas.
10- Não se pode negar o risco de as tecnologias da informação contribuírem para reforçar o
poder dos mais fortes e enfraquecer aqueles que já se encontram numa posição debilitada.
Há o perigo dos portugueses ficarem divididos em dois novos grupos: um com acesso aos
benefícios da sociedade da informação e do conhecimento e o outro arredado dessa
oportunidade em consequência de não poder utilizar, nem ter os conhecimentos necessários, ou
a abertura cultural, para aceder a estas novas tecnologias.
A sociedade de informação encerra em si uma potencial contradição - valoriza o factor humano
no processo produtivo, ao transformar o conhecimento e a informação em capital, mas,
simultaneamente, desqualifica os novos analfabetos das tecnologias de informação, podendo dar
origem a uma nova classe de excluídos.
2 Efa Gestão 2ºAno
Escola Secundaria de Sampaio 2009/2010
Raquel Gaspar da Silva