O documento discute os traços de personalidade de vários transtornos de personalidade. Cada transtorno tem crenças, visões de si mesmo e dos outros, estratégias e ameaças características. Por exemplo, pessoas com transtorno dependente têm medo de rejeição e dependem emocionalmente de outras para se sentirem valorizadas.
1. Esquiva Dependente Passivo - Agressivo Obsessivo- Compulsivo Paranóide Anti-social Nacisista Histriônica Esquizóide
Conflito Chave
Gostariam de ser
próximas dos outros e
de realizar seu
potencial intelectual e
vocacional,mas têm
medo de serem
magoadas, rejeitadas e
fracassadas.
Incapazes e, portanto,
tentam se agarrar a
uma figura mais forte
que forneça os recursos
para a sua sobrevivência
e felicidade.
Conflito entre seu desejo de
obter os benefícios conferidos
por autoridades, por um
lado, e o desejo de manter
sua autonomia, por outro.
Os fins justificam os meios, que
os meios se tornam um fim em
si mesmos. Para eles, “a ordem
é tudo”.
“Desconfiança”
Conivência, da manipulação e
da exploração ao ataque
direto.
“Auto-engrandecimento”.
“Expressividade”, que
corporifica a tendência de
dramatizar ou romantizar
todas as situações e de
tentar impressionar e
cativar os outros.
“Isolamento”. Eles tendem
a sacrificar a intimidade
para preservar seu
isolamento e autonomia.
Por outro lado, vêem a si
mesmos como vulneráveis.
Visão do Self
Socialmente ineptas e
incompetentes em
situações acadêmicas
ou de trabalho.
Eles se percebem como
carentes, frágeis,
incapazes e
incompetentes.
Auto-suficientes, mas
vulneráveis a abusos de
outros. São atraídos para
figuras e organizações fortes
porque anseiam por
aprovação e apoio social.
Responsáveis por si mesmos e
pelos outros. Acreditam que
têm de depender de si mesmos
para fazer as coisas. Sua
consciência é perfeccionista.
São impulsionados pelo
“dever”. Muitas pessoas com
esse transtorno possuem uma
imagem central de si mesmas
como ineptas ou incapazes.
Cheias de razão e
vulneráveis ao mau
tratamento por
parte dos outros
Solitárias, autônomas e fortes.
Algumas se vêem tendo
sofrido abusos e maus tratos
da sociedade e, portanto,
justificam o vitimizar os
outros porque acreditam
terem sido vitimizadas. Outras
podem simplesmente se lançar
ao papel predador em um
mundo onde “o maior engole
o menor”
Vêem a si mesmas como
especiais e únicas - quase
tais quais príncipes ou
princesas. Elas acreditam
que possuem um status
especial que as coloca
acima das pessoas comuns.
Consideram- se superiores
e merecedoras de favores
especiais e tratamento
diferenciado, privilegiado;
Eles vêem a si mesmos
como glamourosos,
impressionantes e
merecedores de atenção.
Eles se vêem auto-
suficientes e solitários.
Valorizam a mobilidade, a
independência e as
atividades solitárias.
Preferem tomar decisões
sozinhos e executar
atividades solo a participar
de grupos.
Visão do Outros
Potencialmente
críticos,
desinteressados e
capazes de humilhar.
Eles vêem o “cuidador”
forte de maneira
idealizada: como
nutridor, apoiador e
competente. A
personalidade
dependente pode
funcionar muito bem,
enquanto uma figura
forte estiver acessível.
Eles vêem os outros -
especificamente, as figuras de
autoridade - como íntrusivos,
exigentes, interferentes,
controladores e dominadores,
mas, ao mesmo tempo, como
aprovadores, aceitadores e
carinhosos
Eles percebem os outros como
excessivamente casuais, auto-
indulgentes ou incompetentes.
Transferem aos outros,
deliberadamente, os “eu
deveria”, em uma tentativa de
compensar suas próprias
fraquezas.
Desviantes,
enganadoras,
traiçoeiras e
disfarçadamente
manipula- doras.
Acreditam que os
outros desejam
ativamente
interferir em sua
vida, menosprezá-
las, discriminá-las -
mas de uma
maneira encoberta
por um disfarce
Exploradoras e, portanto,
merecendo ser exploradas em
retaliação, ou como fracas e
vulneráveis e, portanto,
merecendo ser vítimas
Elas, simplesmente, vêem-
se prestigiosas e superiores
às pessoas comuns; os
outros seriam seus vassalos
e potenciais admiradores.
Elas buscam
reconhecimento dos outros.
Eles vêem os outros
favoravelmente quando
conseguem eliciar sua
atenção, divertimento e
afeição. Tentam formar
alianças sólidas com os
outros, mas com a condição
de serem o centro do grupo
e de que os outros
desempenhem o papel de
audiência atenta.
Eles vêem as outras
pessoas como intrusivas e
controladoras.
Transtornos de Personalidade
*Terapia Cognitiva dos Transtornos da Personalidade - Aaron Beck, Arthur Freeman e Denise Davis
2. Crença
"Eu não presto...não
tenho valor...não sou
digna de amor.Não
consigo tolerar
sentimentos
desagradáveis”.
“Eu preciso de outras
pessoas -
especificamente, uma
pessoa forte - para
sobreviver”. Acreditam
que sua felicidade
depende de ter à
disposição uma figura
assim. Eles crêem que
precisam de um fluxo
regular e ininterrupto de
apoio e encorajamento.
“Ser controlada pelos outros
é intolerável”, “Eu tenho de
fazer as coisas à minha
maneira” ou “Eu mereço
aprovação por tudo o que
tenho feito”. “Eu preciso da
autoridade para me nutrir e
apoiar” versus “Eu preciso
proteger a minha
identidade”.
:“Eu poderia ficar
sobrecarregado”; “Eu sou,
basicamente, desorganizado ou
desorientado”; “Eu preciso de
ordem, sistemas e regras, para
sobreviver”.
“Eu sou vulnerável
às outras pessoas”;
“Não podemos
confiar nos outros”;
“Eles têm más
intenções em relação
a mim”; “Eles são
fingidos”; “Eles
querem me solapar
ou depreciar”.
“Eu preciso tomar cuidado”,
“Tenho de ser o agressor para
não ser a vítima”. “Os outros
são otários ou fracos” ou “Os
outros são exploradores e,
portanto, justifica-se explorá-
los também”.
“Já que eu sou especial,
mereço atenções, privilégios
e prerrogativas especiais”;
“Sou superior aos outros e
eles devem reconhecer
isso”; “Eu estou acima das
regras”.
“Eu sou, basicamente,
pouco atraente” ou “Eu
preciso que as outras pessoas
me admirem para que eu
possa ser feliz”. “Sou
adorável, divertido e
interessante” “Mereço ser
admirado”; “As pessoas
existem para me admirar e
fazer o que eu quero”
“Eu sou, basicamente, uma
pessoa sozinha”;
“Relacionamentos íntimos
com as pessoas são
frustrantes e complicados”;
“Eu consigo fazer melhor as
coisas se não for
perturbado pelos outros”;
“Relacionamentos íntimos
são indesejáveis porque
interferem na minha
liberdade de ação”.
Crença
Condicional
“Se as pessoas se
aproximassem de
mim, elas descobririam
o meu ‘eu real’ e me
rejeitariam - isso seria
intolerável” ou “Se eu
tentasse fazer alguma
coisa nova e
fracassasse, isso seria
devastador”.
“Eu só consigo funcionar
se tiver acesso a alguém
competente”, “Se for
abandonado, morrerei”,
“Se não for amada, serei
sempre infeliz”.
“Se eu seguir as regras,
perco a minha liberdade de
ação
“Se eu não tiver um roteiro,
nada vai funcionar”; “Qualquer
falha ou defeito no desempenho
produzirá uma catástrofre”;
“Se eu ou os outros não
tivermos um desempenho,
segundo os mais altos padrões,
fracassaremos”; “Se eu falhar
nisso, sou um fracasso como
pessoa”; “Se eu tiver um
roteiro perfeito, terei
sucesso/serei feliz”.
“Se eu não tomar
cuidado, as pessoas
vão me manipular,
abusar ou tirar
vantagem de mim”;
“Se as pessoas
agirem
amigavelmente, é
porque estão
tentando me usar”;
“Se eu não pressionar
(manipular, explorar ou
atacar) os outros, jamais
conseguirei o que mereço”.
Se os outros não
reconhecerem meu status
especial, eles merecem ser
castigados”; “Para que eu
possa manter meu status
superior, devo esperar
subserviência dos outros”.
“Se eu não estiver no topo,
serei um fiasco”.
“Se eu entretiver ou
impressionar as pessoas,
terei valor”; “A menos que
eu cative as pessoas, não
serei nada”; “Se eu não for
capaz de entreter as
pessoas, elas me
abandonarão”; “Se as
pessoas não responderem,
elas não são dignas de
valor”; “Se eu não cativar
as pessoas, estarei
desamparado”.
“Se eu me aproximar
muito das pessoas, elas vão
querer tomar conta”; “Não
poderei ser feliz se não
tiver mobilidade completa
Crença
Instrumental
"É melhor evitar
envolvimentos
arriscados”, “Eu tenho
de evitar, qualquer
custo, situações
desagradáveis”, “Se eu
sentir ou pensar
alguma coisa
desagradável,devo
tentar apagar isso me
distraindo ou tomando
alguma coisa (bebida,
droga, etc.)”.
“Não ofenda quem cuida
de você”, “Fique
próximo”, “Cultive o
relacionamento mais
íntimo possível”, “Seja
subserviente a fim de
ligá-lo(a) a você
Suas crenças instrumentais
giram em torno ou de
adiarem ações esperadas
pelas autoridades ou de se
submeterem superficialmente,
e não substantivamente.
“Preciso estar no controle”;
“Preciso fazer praticamente
tudo com perfeição”; “Eu sei o
que é melhor”; “Você tem de
fazer as coisas à minha
maneira”; “Os detalhes são
cruciais”; “As pessoas deveriam
fazer melhor e se esforçar
mais”; “Eu tenho de me
desafiar (e desafiar os outros) o
tempo todo”
“Esteja em guarda”;
“Não confie em
ninguém”; “Procure
motivos ocultos”;
“Não se deixe
enganar”.
“Pegue o cara antes que ele
pegue você”; “Agora é a
minha vez”; “Pegue, você
merece”.
“Esforce-se em todos os
momentos para
demonstrar sua
superioridade”.
“Tenho feeling, sinto as
coisas”. “Expresse seus
sentimentos”; “Seja
divertido”; “Mostre às
pessoas que elas o
magoaram”.
“Não chegue muito perto”,
“Mantenha distância”;
“Não se envolva”.
3. Ameaça
Serem revelados como
uma “fraude”, serem
desprezados ,
humilhados ou
rejeitados.
Refere-se à rejeição ou
ao abandono.
Gira em tomo da perda da
aprovação e redução da
autonomia.
Falhas, erros, desorganização
ou imperfeições. Eles tendem a
“catastrofizar”: “As coisas
fugirão ao controle” ou “Não
conseguiremos fazer isso
Ser diminuído de
alguma maneira: por
manipulação,
controle, humilhação
ou discriminação.
* * * *
Estratégia
Principal
Evitar situações nas
quais podem ser
avaliados. Assim
tendem a ficar a
margem dos grupos
sociais e evitam
chamar a atenção
para si mesmos. Em
situações de trabalho,
tendem a evitar novas
responsabilidades ou
promoções pelo medo
de fracasso e de
subsequentes
represálias
Sua principal estratégia
é cultivar um
relacionamento
dependente. Isso, muitas
vezes, é feito
subordinando-se a uma
figura “forte” e
tentando aplacar ou
agradar essa pessoa.
É fortificar sua autonomia
por meio de uma oposição
tortuosa às figuras de
autoridade, enquanto,
ostensivamente, tentam
conseguir seus favores. Eles
tentam escapar de ou evitar
as regras, em um espírito de
desafio encoberto. Muitas
vezes são subversivos, no
sentido de não aprontar as
tarefas no prazo, não
freqüentar as aulas e assim
por diante - um
comportamento basicamente
autoderrotista.
Sua estratégia gira em torno
de um sistema de regras,
padrões e “deveres”. Ao aplicar
regras, eles avaliam e pontuam
o desempenho alheio e também
o próprio. Para alcançar seus
objetivos, tentam exercer o
máximo controle sobre o
próprio comportamento e o de
outros envolvidos, na busca
desses objetivos. Tentam
controlar o próprio
comportamento por meio de
“deveres” e auto-
recriminações, e o dos outros
por meio de instruções diretas,
desaprovação ou punição.
São hipervigilantes e
estão sempre em
guarda. Elas são
cautelosas,
desconfiadas e
procuram, o tempo
todo, as pistas que
revelarão os
“motivos ocultos” de
seus “adversários”.
As vezes, elas podem
confrontar esses
“adversários” com
alegações de danos
sofridos.
A personalidade antisocial
manifesta atacará, roubará e
enganará os outros
abertamente. O tipo mais sutil
- o “artista da trapaça” -
tentará engambelar os outros
e, por meio de uma hábil e
sutil manipulação, explorá-los
ou enganá-los.
Giram em torno de
atividades que possam
reforçar seu status superior
e expandir seu “domínio
pessoal”. Portanto, buscam
glória, riqueza, posição,
poder e prestígio, para
reforçar continuamente
sua imagem superior. Eles
tendem a ser altamente
competitivos em relação
àqueles que reivindicam um
status igualmente elevado e
recorrerão a estratégias
manipulativas para atingir
seus objetivos.
Eles se utilizam da conduta
dramática e demonstrativa
para fazer as pessoas se
ligarem a eles. Quando não
conseguem isso, acreditam
que estão sendo tratados
injustamente e tentam
obrigar os demais a se
submeterem, usando
expressões teatrais de dor e
raiva: choro,
comportamento agressivo e
atos suicidas impulsivos
Sua principal estratégia é
manter distância dos
outros, na medida do
possível. Eles podem se
reunir aos demais por
razões específicas, como
atividades profissionais ou
sexo, mas, a não ser por
isso, preferem se distanciar.
Sentem-se facilmente
ameaçados por qualquer
ação que represente
intromissão em seu espaço
Estratégia
Superdesenvolvi
a
Vulnerabilidade social ;
Evitação; Inibição
Busca de ajuda; apego
extremo
Autonomia; Resistência;
Passividade; Sabotagem
Controle; responsabilidade; sustenazalçao
Vigilancia ;
Desconfiança;
Suspeita
Combatividade; exploração;
predação
Auto-engrandecimento;
Competitividade
Exibicionismo;
Expressividade;
Impressionism
Autonomia e isolamento
Estrategia
Subdesensvolvid
a
Auto-assertividade e
Agregacionismo
Autosuficiencia;
mobilidade
Intimidade; assertividdade;
Atividade; Cooperação
Espontaneidade e Mobilidade
Serenidade;
Confiança ;
Aceitação
Empatia; reciprocidade;
sensibilidade social
Compartilhamento,
Identificação com o grupo
Reflexão; Controle;
Sistematização
Intimidade e Reciprocidade
Afeto
Disforia, uma
combinação de
ansiedade e tristeza,
relacionada aos deficits
em obter o prazer que
gostariam de sentir
em relacionamentos
ítimos e o senso de
maestria com a
realização.
Ansiedade
Esporadicamente,
experienciam ansiedade
aumentada quando
percebem no
relacionamento. Se a
figura da qual dependem
for afastada, podem
afundar na depressão.
Raiva não-expressa, que está
associada à rebelião contra as
regras de uma autoridade.
Esse afeto, que é consciente,
alterna-se com a ansiedade
quando antecipam represálias
e são ameaçados com a
suspensão dos “suprimentos
Arrependimento,
desapontamento e raiva de si
mesmos e dos outros. A
resposta afetiva à antecipação
de um desempenho abaixo dos
padrões é ansiedade ou raiva.
Quando ocorre realmente uma
“falha” séria, eles podem se
deprimir.
Raiva pelo abuso
presumido. Mas
algumas
personalidades
paranóides também
podem experienciar
constante ansiedade,
devido às ameaças
percebidas.
Quando está presente algum
afeto específico, ele é,
essencialmente, raiva - pela
injustiça de outras pessoas
terem posses que elas (as
personalidades anti-sociais) é
que merecem
Raiva, quando as outras
pessoas não lhes dedicam a
admiração ou o respeito
que acreditam merecer, ou
os frustram de alguma
maneira. No entanto,
tendem a se deprimir
quando suas estratégias são
desmascaradas.
Alegria, freqüentemente
misturada à hilaridade e a
outros estados de espírito
animados, quando estão
conseguindo envolver as
pessoas. Todavia,
geralmente, sentem uma
ansiedade subjacente, que
reflete seu medo de rejeição.
Quando os esquizóides
mantêm distância,
experienciam níveis baixos
de tristeza. Se forem
forçados a encontros
íntimos, podem ficar muito
ansiosos.