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Revista Canavieiros - Maio de 2010

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Revista Canavieiros - Maio de 2010
Revista Canavieiros - Maio de 2010

3
Indice

EXPEDIENTE

Capa
17ª edição da feira registrou um volume
de financiamentos de R$ 1,150 bilhão,
marca só menor do que a de 2004.
Resultado indica que o agronegócio já se
recuperou da crise

20

Pag.
Pag.

OUTRAS

DESTA
DESTA QUES

Entrevista
José Carlos Toledo
Presidente da Udop (União
dos Produtores de
Bioenergia)
Modelo de comercialização
precisa ser reformulado
Pag.
Pag.

Pag.

06

DESTAQUE

Ponto de vista
Antonio Fernando Pinheiro Pedro

10

Pag.

24

INFORMAÇÕES
26
SETORIAIS

Advogado e consultor
ambiental
Morte ao biocentrismo
fascista!
Pag.
Pag.

Notícias

Pag.

Cocred
- Balancete Mensal

Pag.

34

CULTURA
Pag.

36

AGENDE-SE

Pag.

Pag.

33

ASSUNTOS
LEGAIS

Pag.

16
Canaoeste
- Orplana reúne-se com novo ministro
da Agricultura
Notícias

REPERCUTIU
Pag.

08
08

10
Copercana
- Usina Coruripe inicia safra 2010;
- Copercana realiza encontro para
produtores de cana;
- Dia de Campo dos produtores de
ovinos

PONTO DE
VISTA II

CIRCULAR
Pag.
1 5 CONSECANA

Pag.

Notícias

Foto: Aguinaldo Pedro

Agrishow da retomada

37

CLASSIFICADOS
Pag.

38

18

CONSELHO EDITORIAL:
Antonio Eduardo Tonielo
Augusto César Strini Paixão
Clóvis Aparecido Vanzella
Manoel Carlos de Azevedo Ortolan
Manoel Sérgio Sicchieri
Oscar Bisson
EDITORA:
Cristiane Barão – MTb 31.814
JORNALISTA RESPONSÁVEL:
Carla Rossini - MTb 39.788
DIAGRAMAÇÃO:
Rafael H. Mermejo
EQUIPE DE REDAÇÃO / FOTOS:
Carla Rodrigues - MTb 55.115
Marília F. Palaveri
Rafael H. Mermejo
COMERCIAL E PUBLICIDADE:
(16) 3946-3311 - Ramal: 2008
comercial@revistacanavieiros.com.br
atendimento@revistacanavieiros.com.br
IMPRESSÃO:
Empresa Jornalística, Editora e Gráfica
Sertãozinho
TIRAGEM:
11.000 exemplares
ISSN:
1982-1530
A Revista Canavieiros é distribuída
gratuitamente aos cooperados, associados e fornecedores do Sistema
Copercana, Canaoeste e Cocred. As
matérias assinadas são de responsabilidade dos autores. A reprodução parcial
desta revista é autorizada, desde que
citada a fonte.
ENDEREÇO DA REDAÇÃO:
A/C Revista Canavieiros
Rua Dr. Pio Dufles, 532
Sertãozinho – SP - CEP:- 14.170-680
Fone: (16) 3946 3311 - (ramal 2190)
www.revistacanavieiros.com.br

Artigo Técnico
Compactação do solo na colheita mecanizada
da cana-de-açúcar
4
4

Revista Canavieiros - Maio de 2010
Revista Canavieiros - Maio de 2010

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28

www.twitter.com/canavieiros
redacao@revistacanavieiros.com.br
Editorial

Bons tempos
a vista
uando o assunto é biocombustível, o Brasil demonstra vantagem
frente a outros países. Mas para
o presidente da Udop (União dos Produtores de Bioenergia), José Carlos Toledo, apesar da superioridade brasileira, o
país ainda possui uma matriz energética
incompleta. Para entender melhor este
assunto, a Canavieiros entrevistou José
Carlos Toledo.

Q

desmatar: o produtor à frente do seu tempo”. Também participaram do debate, o
deputado federal Aldo Rebelo, relator do
projeto que reformula o Código Florestal, a diretora da Abag-RP (Associação
Brasileira do Agronegócio da Região de
Ribeirão Preto), Mônika Bergamaschi, e
o diretor da Aprosoja (Associação dos
Produtores de Soja do Estado de Mato
Grosso), Ricardo Arioli.

A reportagem de capa desta edição traz
o balanço da 17ª Agrishow, realizada em
Ribeirão Preto de 26 a 30 de abril. O evento ficou marcado como a “feira da retomada” por conta dos grandes e inúmeros negócios fechados durante o evento, totalizando o valor de R$ 1,150 bilhão, marca só
menor do que a de 2004. Este resultado
indica que o agronegócio já se recuperou
da crise iniciada em 2008.

Em Notícias Canaoeste, está o encontro da comitiva da Orplana com o ministro da Agricultura, Wagner Rossi. Na
ocasião, foi entregue uma carta com as
principais preocupações do setor sucroalcooleiro. A Orplana foi representada
pelo seu presidente, Ismael Perina Junior, a vice-presidente, Maria Christina Pacheco, o diretor tesoureiro, José Coral, e
pelos conselheiros, Antonio Carlos Boldrin (MG), Gustavo Rattes (GO), o presidente da Canaoeste, Manoel Ortolan
(SP), Ricardo Magnani (MT) e Clemente
Lunardi (Consecana-SP).

Os gerentes regionais do CTC (Centro
de Tecnologia Canavieira), Mauro Sampaio Benedini e Armene José Conde assinam o artigo técnico do mês sobre compactação do solo na colheita mecanizada
da cana-de-açúcar. Ao longo do texto o
leitor encontrará fotos e desenhos que
facilitam a compreensão do assunto, assim como explicações essenciais para sua
área de produção.
A secção “Ponto de Vista” traz artigos
elaborados pelo advogado e consultor ambiental, Antonio Fernando Pinheiro Pedro,
e pelo diretor adjunto da Canaoeste, José
Mario Paro. O primeiro aborda a preocupação com o biocentrismo e a gestão ambiental no Brasil. Já, o segundo, trata sobre a importância de realizações de feiras
como a Agrishow e as suas grandiosas
tecnologias.
O destaque deste mês vai para a participação do presidente da Canaoeste,
Manoel Ortolan, no fórum organizado
pelo Canal Rural, durante a Agrishow
2010, debatendo o tema “Crescer sem

As Notícias Copercana ficaram por
conta do encontro realizado pela cooperativa em Frutal para produtores de cana
da região. O evento contou com a participação de produtores e cooperados, além
de convidados e autoridades, como o diretor da Copercana, Pedro Esrael Bighetti
e a prefeita da cidade, Maria Cecília Marchi Borges. Ainda em Notícias Copercana, no dia 27 de março, foi realizado o I
Dia de Campo dos produtores de ovinos
parceiros da Copercana na Fazenda Palhadão, em Jardinópolis. E também a presença da Copercana na missa solene da
Usina Coruripe, que marca o início da safra 2010/11.
Além dessas notícias, não deixe de conferir o resultado da safra de grãos 2009/10,
as “Informações Setoriais” com o assessor técnico da Canaoeste, Oswaldo Alonso e a secção “Assuntos Legais” assinada
pelo advogado, Juliano Bortoloti.
Boa leitura!
Conselho Editorial
Revista Canavieiros - Maio de 2010

5
Entrevista

José Carlos Toledo
Presidente da Udop (União dos Produtores de Bioenergia)

Modelo de comercialização
precisa ser reformulado

Carla Rodrigues

P

ara o presidente da Udop
(União dos Produtores de Bioenergia), José Carlos Toledo,
é importante e necessário que o Brasil aprenda com os erros cometidos
no passado e refaça um novo modelo de comercialização, correto e justo
tanto para o consumidor quanto para
os produtores. Ele também destaca
os diferenciais competitivos do Brasil em relação a outros países e acredita que o ingresso de investimentos
estrangeiros pode ajudar o setor a se
consolidar. Leia, a seguir, a entrevista que ele concedeu à Canavieiros.

Revista Canavieiros: Qual a importância da agroenegia para a
matriz energética brasileira?
José Carlos Toledo: A agroenergia cada vez ganha mais importância.
A participação dos biocombustíveis
6

Revista Canavieiros - Maio de 2010

na matriz energética tem um crescimento muito mais forte do que o consumo, crescendo na faixa de 13% nos
últimos quatro anos e deve cair para
uma faixa de 7 a 8% a partir de agora.
Esse aumento é muito maior do que
o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto), o que nos mostra a importância dos biocombustiveis na
matriz energética.

“O Brasil tem uma
competitividade imensa.
Temos água, luz, chuvas
regulares em grande parte
do país e isso traz uma
competitividade ímpar no
processo produtivo”.

Revista Canavieiros: Um dos problemas dos biocombustíveis é a oscilação de preços nas bombas. O que
pode ser feito para contornar isso?
Toledo: O grande problema de
uma commodity - e a agroenergia é
uma commodity - é que quando se
produz mais do que o consumo, o
preço cai, e quando se produz menos que o consumo, o preço sobe.
Agora o que eu acho importante, é

que temos de aprender com os erros
do passado e também ver que 2009 foi
um ano típico. Chegamos a vender o
litro de etanol a R$ 0,60 e a R$ 1,40.
Então, o modelo de comercialização
está errado, precisamos desenvolver
algo para proteger este modelo. Um
meio termo, entre não tão baixo e não
tão alto. Da forma como está, tanto o
produtor quanto o consumidor são prejudicados.

“
Entrevista
Revista Canavieiros: Quais são termos de competitividade. Se não
Só o Estado de São Paulo tem
as vantagens que o Brasil tem em tiver o biocombustível ou se ele esti- impostos inferiores, com 12% de
relação aos outros países no quesi- ver caro, o consumidor vai usar ou- ICMS (Imposto Sobre Circulação de
to energia limpa?
tro combustível. É importante para o Mercadorias e Serviços). No ParaToledo: O Brasil tem uma compe- país ter essa flexibilidade.
ná, a alíquota é de 18%. Minas Getitividade imensa. Temos água, luz,
rais, que é um Estado super imporchuvas regulares em grande parte
Revista Canavieiros: O que falta tante para o país, é inflexível no
do país e isso traz uma competitivi- para o setor se consolidar?
imposto, assim como o Rio de Jadade ímpar no processo produtivo.
Toledo: Eu acho que o setor está neiro. Minas é o pior dos exemplos
Em países como o México e a Índia, se consolidando. Estamos tendo uma que a gente tem hoje em relação à
por exemplo, os modelos agrícolas grande oportunidade para isso por produção de etanol do Brasil: tem
não são tão bons quanto o nosso. meio do capital estrangeiro que está uma produção forte e não incentiHouve uma certa estruturação em sendo investido aqui. Isso estará nos va o consumo.
parcelas muito pequenas de solos e facilitando a exportação e permite que
eles não têm competitividade por o país ganhe junto com o mundo.
Revista Canavieiros: Hoje muito
conta disso. Têm uma
se fala em aumento de
“Nós sabemos fazer melhor do que
localização boa, solo
produção e não de área.
bom, e boa quantidade
Quais os cuidados que o
estamos fazendo. Os preços
de chuva, mas a compeprodutor deve ter para
baixos estão provocando redução de ter uma produtividade
titividade não é tanta. A
Índia tem um custo de
maior?
insumos e adubos”.
cana perto de U$ 0,60
Toledo: Eu diria que a
dólares a tonelada, mas cada proRevista Canavieiros: Falando em dor do crescimento existiu. Eu acho
prietário tem um hectare de cana, e perspectivas, o que o produtor pode que o crescimento que experimentaesse hectare não consegue sobre- esperar da safra 2010/11?
mos, um crescimento excessivo, trouviver se a cana não custar isso. O
Toledo: O problema de início de xe muitas dificuldades até para se
México não é muito diferente. De- safra sempre é preço. Eu acho que manter a produtividade. Nós perdepois de uma revolução no país, aca- para esse ano vamos ter uma safra mos produtividade nos últimos quabou-se fazendo módulos muito pe- razoável, com menos diferença (nos tro anos. Acho que temos de reconquenos de terras e nessa condição preços). Temos que aprender a me- quistá-la para depois voltarmos a
é difícil ter competitividade.
lhorar nosso modelo de comerciali- crescer.
zação. Nós não podemos nem venNós sabemos fazer melhor do que
Revista Canavieiros: À medida der tão barato, em que o consumo estamos fazendo. Os preços baixos
que a demanda pela bioenergia au- seja exagerado, e nem tão caro, que estão provocando redução de insumenta, o país enfrenta algum pro- o consumidor se sinta incomoda- mos e adubos. Primeiro, temos de inblema?
do. Mas acho que aqui caberia uma verter esse ciclo, fazer certo o que já
Toledo: O aumento da demanda reflexão de como o governo pode- sabemos fazer e, depois, partir para
por bioenergia só traz ganhos. Os ria nos ajudar a ter um diferencial uma vida nova de conhecimento,
carros flexíveis, que foram introduzi- de preço nos impostos e também através dos nossos institutos de
dos no mercado em 2003, trouxeram quantos são os benefícios da cana pesquisas, que continuam investinuma condição ímpar para o Brasil em para a sociedade como um todo.
do e lançando novas variedades.

“

Revista Canavieiros: Para haver
um meio termo no preço, a estocagem seria uma solução?
Toledo: Sem dúvida, assim
como a responsabilidade das companhias de petróleo. Eu acredito
que existem muitos poucos contratos de garantia de produto e isso
traz insegurança para o setor. A
ANP (Agência Nacional de Petróleo) soltou a criação de empresas
e produtores para poder comprar e
vender produto, sendo que antes
isso era proibido. Eu tenho a impressão de que isso é muito importante para dar mais fluxo.
Revista Canavieiros - Maio de 2010

7
Ponto de Vista I

Morte ao biocentrismo
fascista!
Antonio Fernando Pinheiro Pedro*

M

anifesto preocupação com
relação à maneira como um
número razoável de indivíduos investidos de autoridade tem operado nosso direito e a gestão ambiental
no Brasil. Há um esforço mental no agir
desse segmento, que lesa a justiça e
distorce o direito, além de comprometer a segurança jurídica.
Em nome de um mal orientado “biocentrismo” ou “ecocentrismo”, desenvolvem-se silogismos absurdos, partindo de premissas arbitrárias e visões ideológicas dissonantes com a demanda
do desenvolvimento nacional.
Esse processo de infiltração “biocêntrica” tem produzido clima de insegurança oficial, permeado por ações espetaculosas que beiram a leviandade,
ameaças e acusações de improbidade
por mera discordância técnica, apreensões de bens e embargos de obras sem
base fática e legal substanciosa.
As ações biocêntricas concentramse numa postura radical, unilateral e não
raro intransigente na defesa do ambiente natural, de etnias nativas e na preservação de bens culturais, buscando
torná-los intocáveis, sem considerar
conflitos humanos no uso dos recursos ambientais e demandas de ordem
social, cultural e econômica, inevitavelmente transformadoras do meio e necessárias ao desenvolvimento.
O biocentrismo forma uma escola
doutrinária que retira o homem do centro das preocupações da lei ambiental,
relevando sua importância quando da
aplicação do direito concreto. Esse deslocamento do ser humano, do núcleo
central do direito ambiental, transforma o aplicador da lei em guardião da
vida, um Deus.
Confere o biocentrismo ao operador do direito, ao gestor público, o poder holístico de privilegiar os recursos

8

Revista Canavieiros - Maio de 2010

naturais globais a cada decisão de caráter local, para tanto podendo aqueles
descartar direitos, bens e pessoas, incluso o interesse nacional, em nome da
“revolta do objeto” e da priorização das
coisas que cercam o indivíduo, consideradas “sujeitos de direito”, ainda que
formalmente não o sejam...
Com efeito, o meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo, como expressa a Constituição, não se resume apenas ao equilíbrio natural, mas envolve a sadia qualidade de vida da população e, portanto,
seus difusos, diversos e plurais anseios
de desenvolvimento econômico e social em bases sustentáveis. Essa relação,
de natureza humana, é o bem jurídico a
ser constitucionalmente tutelado.
No entanto, os segmentos biocêntricos distorcem o escopo da nossa
humana e humanista Constituição,
quando tratam de aplicar o arcabouço
legal que tutela o equilíbrio ecológico.
Julgam-se os biocêntricos, nesse
diapasão, “imaculados”, face à elevação dos seus interesses. Assim, quando protegem os biomas, desconsideram inúmeros casos de propriedades inviabilizadas no seu uso, gerando conflitos e injustiças consideráveis.
Os biocêntricos agem como que
dotados do monopólio da virtude e,
portanto, autorizados moralmente a ditar aos demais em que bases devem
“nascer, viver e morrer”. Biocêntricos
costumam analisar licenças e autorizações ou interpretar leis e tratados como
vestais, como oráculos, como aiatolás
ou “guias geniais dos povos”.
Essa postura não é inédita, e certamente fascista. O conjunto de leis de
defesa do patrimônio paisagístico natural e da tutela dos animais, elaborado na
Alemanha Nazista, utilizava essa mesma forma de raciocínio. Com todo o ufa-

nismo característico da ideologia totalitária, os “jus-ecologistas” do Reich Alemão equipararam animais domésticos
aos selvagens, tornaram florestas “patrimônio da nação” e implementaram o
que chamavam de “operações etnográficas” de segregação racial e territorial.
Essa busca fascista pela pureza do
meio, pela saúde e o respeito aos animais não se estendeu a outros seres
racionais, visto o trato dispensado pelo
Reich ao transporte, acomodação e destinação final de judeus.
O biocentrismo brasileiro, embora
não descure da característica estatolatria fascista e também combata a economia de mercado, difere da origem nacional socialista ao dissociar a preocupação ecológica dos interesses nacionais, criando, com isso, entraves às
ações estruturantes do Estado.
Esse direcionamento ideológico,
contudo, reafirma sua face ecofascista
na medida em que o Poder Público passa, sob égide biocentrista, a agir de forma invasiva, ditando normas de conduta cada vez mais restritivas no uso e
gozo da propriedade, no direcionamento técnico e científico de análises e au-
Ponto de Vista I
torizações de empreendimentos, na conduta pessoal, no hábito dos cidadãos e
na circulação de bens e serviços.
O ecofascismo biocêntrico permitese atuar, autuar, investigar e julgar como
se a realidade fática não mais importasse. Esse “luminar ideocrático” inverte
valores e manipula a vontade popular.
Cidadãos, aos quais o Poder Público
deveria servir, passam a ser considerados, por seus agentes biocêntricos, seres incapazes racionalmente de escolher o melhor para si próprios.
Minha preocupação é maior ainda
com a contaminação do biocentrismo
nos operadores do direito e gestores
públicos que não detêm mandato popular e, estabilizados em suas funções,
não se sujeitam ao controle direto da
população. Um biocentrista, incrustado num desavisado sistema de tutela
ambiental, corre o risco de agir sem limites, em prol de um conceito absolutamente relativo de “precaução e prevenção”, desatento aos aspectos humanos dos conflitos.

a hídrica, por conta dos enormes entraves no licenciamento e das normas restritivas quanto ao uso do solo, editadas
por uma burocracia cada dia mais acossada pelo biocentrismo, está se revertendo ao uso expressivo de energia fóssil - em especial usinas térmicas movidas a carvão e óleo combustível.
Exemplo grave dessa dissonância
na aplicação da legislação ambiental é
a existência de um Código Florestal desfigurado e remendado.
Recheado de conceitos doutrinários impositivos, apostos sem base científica na sua última versão introduzida por meio de unilateral Medida Provisória, o Código Florestal em vigor ainda não se viu convertido em lei pelo
sistema democrático do processo legislativo parlamentar. Dessa forma, segue
sendo “regulamentado” e “reinterpretado” sem guardar qualquer correspondência com seu objetivo inicial, a ponto de gerar mais discórdia e conflitos
que efetiva proteção.

Assim é que empreendimentos estratégicos para o desenvolvimento econômico do País acabam desestimulados
pela lentidão, pelo volume de exigências administrativas que se engatam
como vagões num extenso trem de carga burocrático (muitas vezes descabidas), quando não pela judicialização imprevista dos licenciamentos em curso
ou autorizações já concedidas.

A necessidade de um Código Florestal que respeite a realidade é óbvia. É urgente a necessidade de um marco legal
que atenda proteção ambiental e desenvolvimento. É, aliás, o que reza a Declaração da ONU Sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento. No entanto, isso só se
conseguirá com o combate duro, firme,
constante e corajoso, à praga do ecofascismo biocêntrico que grassa e contamina o debate nacional sobre o tema.

A matriz energética brasileira, até então calcada no desenvolvimento de energias limpas e renováveis, notadamente

Há significativo crescimento da
produção agrícola com inexpressivo aumento das áreas cultivadas, fato ofici-

almente documentado que denota o
crescente desenvolvimento tecnológico empregado pelo setor do agronegócio nos últimos anos. No entanto, o
persistente ataque ecofascista à agricultura, acobertado pelo manto biocentrista, desvia o foco dos debates.
A legislação ambiental brasileira
deve ser aplicada nos moldes humanistas e democráticos, de maneira imparcial
e justa. Os biocêntricos retiram o caráter
democrático da gestão ambiental e fazem uso de outro falso dilema: defender
o meio ambiente desumanizando a norma. Não podemos “cair” nessa armadilha silogística, pois não há humanismo
no biocentrismo e repor o homem no
centro das preocupações com o Desenvolvimento Sustentável é princípio constante da Declaração de Princípios da
Conferência da ONU Sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, de 1992.
É hora de desmascarar o biocentrismo. Urge que o Estado Brasileiro e a Sociedade Civil organizem esforços para a
condução segura da política ambiental
brasileira, em prol da sustentabilidade, do
desenvolvimento e da democracia.
*Antonio Fernando Pinheiro Pedro é advogado e consultor ambiental. É sócio-diretor do escritório Pinheiro Pedro Advogados e membro da
Câmara Internacional de Comércio e
da Câmara Americana de Comércio.
É diretor da Associação Brasileira dos
Advogados Ambientalistas. Foi secretário de Meio Ambiente do município
de São Paulo.
E-mail:
fernando@pinheiropedro.com.br

Revista Canavieiros - Maio de 2010

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Ponto de Vista II

No mundo maravilhoso da
Agrishow
José Mario Paro*

m amigo mineiro, muito astuto, acha que o ano está meio
esquisito e que a agricultura
anda meio custosa.

U

A diversidade e a qualidade do que
esta sendo exposto denotam o grau de
desenvolvimento tecnológico a que se
chegou, na atividade.

Traduzindo: acha ele que 2010 está
estranho, confuso e a agricultura tem
estado difícil e complicada.

E, finalmente, para ficar com apenas três itens nesta análise, as boas
feiras e exposições nos dão um balizamento sobre as tendências do setor em
questão, refletindo onde os fabricantes e expositores estarão apostando
suas fichas para o futuro.

É só prestar atenção aos acontecimentos, no mundo e no país, para ver
que ele tem boa dose de razão. Em nossa velha e boa agricultura, por exemplo, estamos tendo mais do mesmo. É a
loteria de sempre.
Pois foi nesta hora que nos chegou
um alento: a realização da 17ª Agrishow
( Feira Internacional de Tecnologia
Agrícola em Ação), realizada de 26 a 30
de abril, em Ribeirão Preto.
Desde a época da faculdade, acostumei-me a visitar feiras e exposições
agropecuárias e de temas correlatos.
Com o tempo, fiz deste hábito um
modo de aprendizado e já andei boa parte
do país para participar destes eventos.
Aprendi que uma boa feira ou exposição é um excelente termômetro do comportamento do setor a que se refere.
O número de expositores e a quantidade do público interessado são índices seguros do potencial e do humor
daquele mercado.

Particularmente, este é o sentido
que mais procuro captar.
Voltando agora à 17ª edição da
Agrishow:
- pela sua grandiosidade, organização e número de expositores (730) e pela
quantidade do público presente, não tenho dúvidas em afirmar que foi a melhor
feira de máquinas e equipamentos que
tive oportunidade de visitar, até a data;
- pelos estacionamentos super lotados, por veículos de quase todos os
Estados; pela multidão de agricultores
presentes, ávidos por informações e
novidades, observou-se, não só o potencial de mercado, mas também a credibilidade e a importância da agricultura e, num sentido amplo, do agronegócio para o Brasil. Tanto que os dois principais candidatos à Presidência da Republica se fizeram presentes;
- o número de expositores de outros países, bem como a quantidade
de estrangeiros, são testemunhas de

como o mundo nos vê na produção
agropecuária;
- a quantidade, a variedade e a qualidade dos veículos, máquinas e equipamentos expostos, denotam o grau de
complexidade e maturidade a que chegou a indústria nacional do setor, que
apresentou um desenvolvimento tecnológico extraordinário;
- chamaram a atenção: para a cana,
máquinas e equipamentos para plantio e colheita mecanizados. Para os
grãos, o tamanho e a qualidade das
plantadeiras; a diversidade dos pulverizadores autopropelidos e as colheitadeiras gigantes, que custam mais
de R$ 1.000.000,00.
E quanto às tendências futuras?
Duas se destacaram: automação das
máquinas e a agricultura de precisão. É
por ai que estamos indo, numa rapidez
e qualidade até então inimagináveis.
Merece menção e louvor o espaço
reservado pelos organizadores à agricultura familiar, tão importante para o país.
Em suma: foi um espetáculo grandioso, que coloca o agronegócio no lugar
que lhe cabe e mostra, de maneira inquestionável, que não somos mais o país
do futuro. Somos o país do presente!
*diretor adjunto da Canaoeste

10

Revista Canavieiros - Maio de 2010
Notícias
Copercana

Dia de Campo dos
produtores de ovinos

N

o dia 27 de março, aconteceu
o I Dia de Campo dos produtores de ovinos parceiros da
Copercana na Fazenda Palhadão, em
Jardinópolis, propriedade da produtora Márcia Saquy.
A ideia de fazer a reunião dos produtores nesse formato objetivou a maior interação entre os produtores, a troca de experiência e a melhor visualização dos resultados obtidos com as técnicas implementadas na produção.
O novo modelo de reunião mostrouse um sucesso, pois teve uma grande
adesão por parte dos membros do grupo. Muitos levaram inclusive seus funcionários para participar.
Após a visita nas instalações e uma

breve apresentação do manejo feito na
propriedade, todos se dirigiram à sede,
onde foi proferida a palestra do Dr. Sergio, consultor do Sebrae, que conversou com os presentes sobre a criação
de ovinos. Em seguida, foi servido o
almoço, que foi um momento importante para descontração e confraternização entre os participantes.

mais provenientes do confinamento totalizou 410 kg de carne, que colocados à
venda no Supermercado Copercana já
quase se esgotou em menos de um mês.
Hoje no confinamento há 55 animais
provenientes dos criadores Célio Figueiredo (São Simão), João Marcelo
Bergamaschi (Batatais) e Paulo Sérgio
Zucoloto (Pedregulho).

Segundo os participantes, a adoção do formato de Dia de Campo foi
positiva e veio fortalecer as relações
entre os membros do grupo de ovinocultores, consultores e gestores. O
próximo encontro será no mês de maio,
na propriedade do criador Márcio Basso (Niba), em Taquaritinga.

No dia 22/04 o confinamento recebeu a visita dos alunos do curso de
Zootecnia da Unesp – Jaboticabal,
acompanhados pele professor Dr.
Américo da Silva Garcia Sobrinho, com
o intuito de conhecer o trabalho que
está sendo desenvolvido lá.

.CONFINAMENTO
A produção do ultimo lote de ani-

Fonte: Ovinonews – Grupo de
Ovinocultura da Copercana

Revista Canavieiros - Maio de 2010

11
Notícias
Copercana

Usina Coruripe inicia safra 2010
Usina Coruripe inicia safra 2010
Carla Rodrigues

Evento foi marcado pela realização de missa solene e contou com a presença de diretores da Copercana

J

á é tradição da Usina Coruripe marcar o início de cada safra em suas
filiais com uma missa solene, que
sempre acontece na presença de funcionários, diretores e convidados. Neste ano,
o ato religioso foi realizado no dia 12 de
abril na unidade de Iturama, dia 14 em Campo Florido e no dia 19 em Carneirinho.
O diretor da Copercana, Pedro Esrael Bighetti, e o gerente de Insumos,
Frederico Dalmaso, estiveram prestigiando o evento na cidade de Campo Florido. “Esta cerimônia religiosa é esperada por todos nós. É aqui que paramos para refletir sobre tudo o que aconteceu com o setor sucroalcooleiro e
aproveitamos para pedir que todas as
nossas expectativas sejam atendidas”,
disse Pedro Bighetti.
Também participaram da missa o prefeito da cidade, José Catanant, os diretores da Usina Coruripe, Vitor Wanderlei Junior, Vitor Wanderlei, Maurício Tenório e o gerente geral Rui Nogueira Ramos, que apesar dos desafios que o se-

Maurício Tenório, diretor gerente da Usina Coruripe; Vitor Wanderley, diretor -superintendente da Usina
Coruripe; Hélvio, engenheiro agrônomo da Copercana; Frederico Dalmaso, gerente do Depto Insumos
Copercana; Rui Ramos, gerente geral da Usina Coruripe; Vitor Wanderlei Júnior, diretor gerente da Usina
Coruripe; Pedro Esrael Bighetti, diretor da Copercana e Nelson Krastel, presidente da Canacampo.

tor tem pela frente, acreditam em uma
previsão otimista para a safra de 2010,
em torno de 3,6 milhões de toneladas de
cana-de-açúcar. A unidade de Iturama
celebrou o início de safra com previsão
de moagem de 3,3 milhões de toneladas.
Já a Usina Carneirinho deverá processar 1,4 milhão de toneladas.
A filial de Limeira do Oeste deverá iniciar sua safra somente no mês de junho,

com uma previsão inicial de moagem de
900 mil toneladas. Juntas, essas unidades
mineiras deverão esmagar nesta safra aproximadamente 9,2 milhões de toneladas de
cana-de-açúcar, produzindo aproximadamente 727 mil toneladas de açúcar e 350
milhões de litros de álcool.
*Com informações do “Jornal
Correio da Região” e Assessoria de
Comunicação Usina Coruripe

Copercana realiza encontro
para produtores de cana
Carla Rodrigues

Evento aconteceu em Frutal para divulgar o trabalho da cooperativa

N

o dia 13 de abril a Copercana
em parceria com a BASF realizou um encontro para os produtores de cana-de-açúcar da cidade
de Frutal e região. O evento contou
com a participação de produtores e cooperados, além de convidados e autoridades, como a prefeita da cidade
Maria Cecília Marchi Borges.
Atualmente a Copercana (Cooperativa dos Plantadores de Cana do Oeste do Estado de São Paulo) tem mais
de 100 cooperados em Frutal e recen12

Revista Canavieiros - Maio de 2010

Jaime Ribeiro Jr. (encarregado da Loja de Ferragens de Frutal), Pedro Esrael Bighetti
(diretor da Copercana), Frederico Dalmaso (gerente Dp. Insumos) e Marcos de Felício
(engenheiro Agrônomo Copercana)
Notícias
Copercana
temente instalou uma loja de ferragens
na cidade, que oferece produtos agrícolas variados e de qualidade.
O intuito da reunião foi apresentar
aos produtores de cana-de-açúcar da
região o trabalho e as atividades realizadas pela cooperativa ao longo de
seus 46 anos de sua existência. A cooperativa surgiu da necessidade de unir
os agricultores e promover a mais ampla defesa de seus interesses.
A Copercana possui aproximadamente 5.600 cooperados, 25 agências
bancárias, quatro supermercados, 14
lojas de ferragens, três postos de combustíveis, além de dar todo o suporte
que o produtor precisa.
“Queremos que os mineiros façam
parte da nossa cooperativa. Podemos
oferecer a eles o apoio necessário para
uma plantação saudável, além disso, o
nosso cooperado também pode adquirir
juros baixos a longo prazo”, disse Pedro
Esrael Bighetti, diretor da Copercana.

Compareceram aproximadamente de
110 produtores no evento

O gerente comercial do departamento de insumos da Copercana, Frederico Dalmaso, explicou que a intenção da palestra foi, atender os atuais
cooperados e atingir os não cooperados. “Queremos mostrar a todos os produtores que a Copercana pode oferecer banefícios e serviços com qualidade na parte agrícola”.
O engenheiro agrônomo responsável
pela cidade de Frutal, Marcos de Felício,
falou sobre a importância de os cooperados saberem o que estão aplicando em
sua área. “A Copercana permite aos cooperados receberem em suas propriedades,

a visita de um agrônomo da cooperativa,
que pode auxiliá-los a resolver os problemas”, explicou Marcos.
O diretor Pedro Bighetti também
destacou a importância de realizações
de eventos como este, que levam até
ao produtor informação. “Hoje o produtor precisa de tecnologia e desenvolvimento para conduzir seu plantio,
mas para isso ele precisa receber instruções, e por esse motivo procuramos
sempre estar realizando essas reuniões”, comentou o diretor.
*Com informações do “Jornal
Pontal”.

Revista Canavieiros - Maio de 2010

13
Notícias
Copercana

Entidades de Defesa
Vegetal colocam 'Copercana'
entre finalistas do "Prêmio
Mundo de Respeito"
Cooperativa de Sertãozinho está entre as cinco cooperativas, vencedoras do prêmio anualmente entregue pela DuPont, no mundo, às melhores iniciativas dos distribuidores pelas boas práticas agrícolas.

N

o dia 25 de maio próximo, a DuPont Brasil Produtos Agrícolas entregará o Prêmio “Mundo de Respeito DuPont”. Este ano, a Copercana – Cooperativa dos Plantadores
de Cana do Oeste do Estado de São Paulo figura entre os vencedores da categoria Cooperativas na qual também estão às paulistas Camda (Adamantina) e
Coopercitrus (Monte Azul Paulista), a paranaense Castrolanda (Castro) e a gaúcha Cotrijal (Não-me-Toque) .
Os vencedores da edição 2010 receberão o prêmio em uma solenidade
oficial que acontecerá na cidade de São
Paulo. Eles foram selecionados por um
comitê formado pelas principais entidades de Defesa Vegetal do Brasil:
ANDEF – Associação Nacional de Defesa Vegetal ; ANDAV – Associação
Nacional dos Distribuidores de Insumos Agrícolas e Veterinários ; OCB –
Organização das Cooperativas do Brasil / SINDAG – Sindicato Nacional da
Indústria de Produtos para Defesa Agrícola; INPEV – Instituto de Processamento de Embalagens Vazias; Coordenadoria de Defesa Agropecuária, da
Secretaria de Agricultura do Estado de
São Paulo e a Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, da USP.

Unidade de armazenamento de
Agrotóxicos da Copercana

14

Revista Canavieiros - Maio de 2010

Comissão Julgadora do Prêmio “Mundo de Respeito DuPont” 2010.
Da direita para esquerda: Representante da ANDEF, INPEV,
Organização das Cooperativas do Brasil – OCB, ANDAV, ESALQ-USP,
Secretaria da Agricultura do Estado de São Paulo / CDA e DUPONT.

O projeto ‘Mundo de Respeito’ integra um amplo programa da DuPont
chamado “Segurança e Saúde no
Campo”, por meio do qual a companhia já treinou no Brasil quase 380 mil
agricultores em torno das boas práticas agrícolas, com ênfase no uso correto e seguro dos produtos fitossanitários e na utilização dos EPIs – Equipamentos de Proteção Individual.

aos valores globais da companhia,
que busca reconhecer, difundir e estimular as melhores práticas de sustentabilidade e operações seguras
desenvolvidas pelas empresas distribuidoras de defensivos agrícolas”,
explica o executivo.

De acordo com o gerente de meio ambiente e
sustentabilidade de negócios da DuPont para a
América Latina, Donizeti
Vilhena, o Prêmio “Mundo de Respeito DuPont”
chega este ano à sua
quinta edição na América Latina. “Trata-se de
uma iniciativa alinhada

Uma das líderes nas áreas de pesquisa e desenvolvimento de defensivos agrícolas e soluções em Biotecnologia, a DuPont conta com mais de 200
anos de existência. A companhia detém um portfólio de produtos de alta
tecnologia, que atende plenamente às
expectativas dos agricultores brasileiros. www.dupontagricola.com.br.

SOBRE A DUPONT
PRODUTOS AGRÍCOLAS

Fonte: DuPont
Consecana

Notícias
Canaoeste
CIRCULAR Nº 02/10
DATA: 30 de abril de 2010

Conselho dos Produtores de Cana-de-Açúcar, Açúcar e Álcool do Estado de São Paulo

A

seguir, informamos o preço médio do kg do ATR para efeito de emissão da Nota de Entrada de cana entregue
durante o mês de ABRIL de 2010. O preço médio do kg de ATR para o mês de ABRIL, referente à Safra 2010/2011,
é de R$ 0,3888.

O preço de faturamento do açúcar no mercado interno e externo e os preços do etanol anidro e hidratado, destinados aos
mercados interno e externo, levantados pela ESALQ/CEPEA, no mês de ABRIL, são apresentados a seguir:

Os preços do Açúcar de Mercado Interno (ABMI) incluem impostos, enquanto que os preços do açúcar de mercado
externo (ABME e AVHP) e do etanol anidro e hidratado, carburante (EAC e EHC), destinados à industria (EAI e EHI) e ao
mercado externo (EAE e EHE), são líquidos (PVU/PVD).
Os preços líquidos médios do kg do ATR, em R$/kg, por produto, obtidos no mês de ABRIL, calculados com base nas
informações contidas na Circular 01/10, são os seguintes:

Tendo em vista que não houve informação do Açúcar Branco destinado ao Mercado Externo (ABME), o Mix de
Comercialização recalculado para o mês de abril foi o seguinte: ABMI = 12,66; AVHP = 29,97; EAC = 12,91; EHC = 37,45; EAI
= 0,87; EHI = 1,84; EAE = 2,79 e EHE = 1,51. A partir do mês de maio volta a ser adotado o mix de comercialização divulgado
na Circular 01/10.
MÉDIA DO MÊS DE ABRIL = R$ 0,3888/KG DE ATR

Revista Canavieiros - Maio de 2010

15
Notícias
Canaoeste

Orplana reúne-se com novo
ministro da Agricultura
Carla Rodrigues

No encontro, foi entregue documento apontando as preocupações
dos produtores de cana; Ortolan representou a Canaoeste

M

embros da diretoria e do
conselho deliberativo da
Orplana se reuniram em
Brasília, no dia 22 de abril, com o
novo ministro da Agricultura, Wagner Rossi, para parabenizá-lo pela
nomeação na pasta e também entregar-lhe documento destacando
preocupações do setor canavieiro.
Rossi substituiu Reinhold Stephanes, que deixou o cargo para disputar as eleições deste ano.
A Orplana foi representada pelo
seu presidente, Ismael Perina Junior, a vice-presidente, Maria Christina Pacheco, o diretor tesoureiro,
José Coral, e pelos conselheiros,
Antonio Carlos Boldrin (MG), Gustavo Rattes (GO), o presidente da
Canaoeste, Manoel Ortolan (SP),
Ricardo Magnani (MT) e Clemente
Lunardi (Consecana-SP).
Entre as preocupações elencadas
no documento estão a necessidade
de reformulação do Código Florestal, a regulamentação do setor e a vulnerabilidade do preço do etanol.
Segundo a Orplana, a demora na
aprovação pelo Congresso Nacional do novo Código Ambiental con-

tribui para a insegurança jurídica no
campo, o que prejudica o produtor.
Quanto à regulamentação que está
em discussão no Ministério da
Agricultura juntamente com a Casa
Civil para diminuir os problemas de
comercialização de etanol, a Orplana reforça “que seria de fundamental importância, pois a falta de instrumentos desta natureza tem trazido grandes problemas ao setor produtivo das áreas em questão”.

A Orplana defendeu, ainda, “a
disponibilização de financiamento
de estoque de etanol às unidades
industriais, pois esta ferramenta é
importante para minimizar a queda
de preço deste produto na safra.”,
Segundo o documento, “esta queda compromete enormemente o preço da cana-de-açúcar, prejudicando, e muito, toda a classe dos produtores”.
O documento ainda destaca as
dificuldades enfrentadas pelos produtores de cana nas últimas safras.
“Nas últimas três safras tivemos
nossa rentabilidade violentamente
comprometida em função dos grandes períodos de baixos preços, principalmente do etanol, que tem um
sistema de comercialização extremamente prejudicial aos produtores e
consumidores, beneficiando apenas algumas empresas intermediárias que atuam neste processo de
comercialização”, diz a Orplana.

16

Revista Canavieiros - Maio de 2010
Revista Canavieiros - Maio de 2010

17
Notícias
Cocred
Balancete Mensal
Cooperativa de Crédito dos Plantadores de Cana
de Sertãozinho BALANCETE - Março/2010
Valores em Reais

18

Revista Canavieiros - Maio de 2010
Revista Canavieiros - Maio de 2010

19
Agrishow da retomada

Cerimônia de abertura 2010
Carla Rodrigues

17ª edição da feira registrou um volume de financiamentos de R$ 1,150 bilhão, marca só menor
do que a de 2004. Resultado indica que o agronegócio já se recuperou da crise

C

onsiderada um termômetro do
agronegócio brasileiro, a 17ª
Agrishow deste ano, realizada de 26 a 30 de abril, pode ser considerada como a edição da retomada
dos investimentos do setor depois da
crise econômica mundial. Em seus
cinco dias – um a menos do que nos
anos anteriores – os pedidos de financiamentos para a compra de máquinas e equipamentos, veículos e insumos, atingiu R$ 1,150 bilhão, bem
acima da estimativa dos organizadores, que era de R$ 860 milhões.
O movimento deste ano só não foi
maior do que o de 2004, quando o volume de empréstimos chegou a R$ 1,
228 bilhão. Foram 730 empresas expositoras - de 45 países -, sendo 123
estreantes, 103 nacionais e 12 do exterior. O público foi de 142 mil pessoas - contra 140 mil do ano passado, e
a área da feira neste ano estava 50%
maior, com 360 mil metros quadrados.
Além disso, a 17ª edição foi marcada pelo retorno das grandes fabricantes ligadas à Anfavea, como John
Deere, New Holland, Case IH, Massey Ferguson, Valtra, Agrale e Yanmar, que não participaram da feira em
20

Revista Canavieiros - Maio de 2010

Na quinta-feira, dia 28, os pré-candidatos à Presidência da República, Dilma
Rousseff (PT) e José Serra (PSDB), acompanhados de seus respectivos pré-candidatos ao governo de São Paulo, Aloizio Mercadante (PT) e Geraldo Alckmin
(PSDB), visitaram a feira.

mento Agrário, Guilherme Cassel, os
ex-ministros da Agricultura, Reinhold
Stephanes e Roberto Rodrigues, o
vice-presidente de Agronegócios do
Banco do Brasil, Luis Carlos Guedes
Pinto, o deputado federal Duarte Nogueira, o deputado estadual Davi
Zaia, a prefeita de Ribeirão Preto,
Darcy Vera, o presidente da Agrishow,
Cesário Ramalho e o presidente da
ABIMAQ, Luis Aubert Neto..

Já na cerimônia de abertura estiveram presentes várias autoridades,
entre elas, o ministro da Agricultura,
Wagner Rossi, o secretário da Agricultura do Estado de São Paulo, João
Sampaio, o ministro do Desenvolvi-

Durante o uso da palavra, o presidente da feira, Cesário Ramalho falou sobre o orgulho de anunciar uma
nova Agrishow e de sua importância
para o país. “Os produtores brasileiros precisam de uma feira assim para

2009. E os expositores aproveitaram
a semana para lançar novos produtores (veja texto nesta página).

Pré-candidatos à Presidência da República, Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB)
visitaram a feira e discursaram ao público presente e a imprensa
Reportagem de Capa
Secretário da Agricultura do Estado de São Paulo, João Sampaio, no
momento da assinatura do protocolo de intenções para a Agrishow
permanecer em Ribeirão Preto por mais 30 anos.

inovar sua produção. Vivemos no
berço da agropecuária, não podemos
diferenciar o grande do pequeno produtor”, disse Ramalho.
Para o ministro da Agricultura,
Wagner Rossi, o agricultor brasileiro
é prejudicado com a falta de incentivos e também com a baixa renda, mas
prometeu apoio ao setor.

Público presente durante a cerimônia de abertura

“Com a agricultura que plantamos,
somos capazes de alimentar grande
parte da população mundial. O presidente Lula conseguiu avançar no
agronegócio, mas para darmos continuidade a isso, precisamos que o agricultor tenha renda compatível com
seu trabalho para que possamos sempre melhorar a qualidade da agricultura brasileira”, explicou o ministro.

Já o secretário da Agricultura do
Estado de São Paulo, João Sampaio,
aproveitou o momento para fazer o
anúncio do “Pró-Implemento” com juros zero, assim como o “Pró-Trator”.
Ele também anunciou a assinatura de
um protocolo de intenções para a
Agrishow permanecer em Ribeirão Preto por mais 30 anos.

Alguns dos equipamentos e implementos
expostos na feira:
- A Agrale, fabricante de tratores destinado à agricultura familiar,
expôs sua linha de tratores, destacando o modelo recém-lançado
5065.4 Compact. Esta máquina foi
desenvolvida para trabalhar em áreas com espaçamentos reduzidos,
sem danificar a cultura.
- A Agrimec lançou sua Linha Fenação, com produtos de alta tecnologia destinados ao transporte de
feno, que incluem os implementos
Reboque Basculante e Recolhedor
de Cilindricos de Feno para transporte de fardos. Já para o setor canavieiro, o lançamento foi o Cultivador Quebra-Rotativo com Aplicador de Herbicida para nivelar o solo
pós-plantio, preparando-o para a
colheita mecanizada.
- A Jimenez Motores e Irrigação realizou durante a feira o lançamento do primeiro motor Flex fluel FPT de 1.9 litros e 16V para a
indústria de irrigação mundial,
além da fabricação de outros pro-

dutos e equipamentos, como o
conjunto de motobomba flex, diesel, carretel enrolador, tubo e conexões de aço/alumínio.
- A Alpha Pneus apresentou sua
linha de pneus importados com baixa compactação do solo, economia
de combustível e de alta flutuação.
São desenvolvidos para os segmentos de cana-de-açúcar, grãos, algodão, entre outros.
- A Massey Ferguson apresentou sua nova série de tratores, a MF
4200 e também suas novidades para
este ano, a Série MF 7000 Dyna-6,
Série MF 7100, MF 9690 ATR e a Plataforma de Milho Série 3000. Quem
visitou a feira pôde fazer a realização de test drives nas máquinas num
espaço de seis hectares separados
pela fábrica.
- A New Holland Construction
participou do evento com a minicarregaderia L175, a motoniveladora
RG170B, a pá-caregadeira W170B e

a retroescavadeira LB90, que atende produtores tanto do setor sucroalcooleiro quanto produtores de laranja e também empreiteiros de pequeno e médio portes.
- A Rondon expôs durante a
Agrishow o Rodotrem Cana Picada,
usado para a formação em rodotrem,
com cavalos mecânicos do tipo
“cara chata”. O Semirreboque Bitrem Basculante Chapa de Alta Resistência, que conta com a maior
capacidade de carga líquida (37.240
kg) e o Semirreboque Carrega-tudo
com Pescoço Desmontável, este
voltado para o transporte de máquinas agrícolas e peças de usinas.
- A Santal aproveitou a oportunidade para apresentar os resultados da colhedora de cana-de-açúcar Santal Tendem S II, que foi lançada em setembro de 2009. Sua colheita pode ser realizada em qualquer
tipo de canavial e em espaçamentos
diferentes, através de suas frentes
intercambiáveis.
Revista Canavieiros - Maio de 2010

21
Informe Publicitário

Lançamento da Linha
Busa Canavieiros

H

á mais de 50 anos, a Busa
guia todos os seus objetivos
para oferecer soluções inteligentes e resultados sempre confiáveis à agricultura.
Líder nacional na fabricação de
equipamentos para a colheita e benefício do algodão, a Busa abriu novos caminhos que possibilitaram
atravessar as fronteiras do continente e exportar tecnologia para
outros países.

Hidráulicos Roll-on/Roll-off e 3000
conteineres.
Graças à tradição da Busa no setor algodoeiro e sem abandonar suas
origens, a Busa está sempre inovando e realizou no dia 28/04 no salão de
eventos do PINGÜIM em Ribeirão
Preto o lançamento da linha de equipamentos para o transporte de canade-açúcar picada: Semi-reboque Canaveiro 02 eixos e Dolly 02 eixos.

Para acompanhar as necessidades
do mercado, em 2006 a empresa estendeu todo seu know-how e iniciou
a fabricação de equipamentos para o
transporte de vários tipos de cargas.
Desde então foram produzidos
e instalados mais de 330 Sistemas

22

Neste evento a empresa contou
com a presença de grandes produtores
de cana-de-açúcar e usineiros do Brasil. Estes equipamentos estiveram expostos no estande da empresa durante
todo o período da Agrishow 2010.
Segundo informações do gerente
comercial, Eduardo Rodrigues, a par-

Revista Canavieiros - Maio de 2010

ticipação da Busa na Agrishow foi
de grande importância, pois possibilitou fazer vários contatos e gerou
resultados bastante otimistas.
A previsão de vendas dessa nova
linha de produtos para o próximo ano
é de 100 conjuntos.
Esses desafios são possíveis devido ao comprometimento que a
Busa se propôs: oferecer produtos
superiores e serviços diferenciados
que proporcionem segurança aos
seus clientes.
Revista Canavieiros - Maio de 2010

23
Destaque

Presidente da Canaoeste
participa de fórum do
Canal Rural
Carla Rodrigues

Debate aconteceu durante a Agrishow

D

urante a 17ª Agrishow vários
eventos foram realizados para
discutir os assuntos mais polêmicos envolvendo o agronegócio.
No dia 29 de abril, o Canal Rural organizou o fórum, “Crescer sem desmatar: o produtor à frente do seu tempo”, que contou com a participação
do presidente da Canaoeste, Manoel
Ortolan, do deputado federal Aldo
Rebelo, relator do projeto que reformula o Código Florestal, da diretora
da Abag-RP (Associação Brasileira do
Agronegócio da Região de Ribeirão
Preto), Mônika Bergamaschi, e do diretor da Aprosoja (Associação dos
Produtores de Soja do Estado de Mato
Grosso), Ricardo Arioli.

João Batista Olivi (Canal Rural), Aldo Rebelo (Dep. Federal), Monika Bergamaschi (AbagRP), Ricardo
Arioli (Aprosoja), Manoel Ortolan (Canaoeste).

Rebelo afirmou que a comissão especial que analisa a reformulação do
Código realizou 64 audiências públicas
em 18 Estados. Segundo ele, “é impossível os produtores brasileiros continuarem produzindo nas condições atuais. Enquanto não resolvermos esta situação, a maioria dos agricultores continuará na ilegalidade. Queremos continuar protegendo o meio ambiente, mas
o produtor também”, afirmou.

“...é impossível os
produtores brasileiros
continuarem produzindo
nas condições atuais.
Enquanto não resolvermos
esta situação, a maioria
dos agricultores continuará
na ilegalidade. Queremos
continuar protegendo o
meio ambiente, mas o
produtor também”.
24

“

Revista Canavieiros - Maio de 2010

O presidente da Canaoeste, Manoel
Ortolan, acredita que a legislação atual
está atrapalhando a agricultura brasileira, que tanto traz benefícios e vantagens
para nosso país. Ele também comentou
que esta situação vivida pelos agricultores brasileiros conflita com a realidade
do nosso agronegócio que, ao mesmo
tempo em que produz fontes de energia e
alimento, preserva o meio ambiente.
Ortolan aproveitou o momento para
lembrar que, no passado, havia programas oficiais de incentivo à abertura de
fronteiras agrícolas. “Se antes houve
desmatamento foi porque tivemos in-

centivo público para isso e agora querem que o produtor recupere sua área
com recurso próprio”, lembrou.
Para o diretor da Aprosoja, Ricardo Arioli, os produtores rurais são os
que fazem a preservação acontecer e
garante que é possível aumentar a produção agrícola sem desmatar. “O Brasil é uma país com grandes áreas disponíveis para produção, o que falta
para isso acontecer é mais comunicação com a sociedade urbana e parar
de pensar como colônia. Temos que
exigir mais. Por exemplo, o europeu
não preserva, mas quer que os brasileiros preservem, e para isso acontecer precisamos impor um preço”, argumentou Arioli.
Durante sua apresentação, a diretora da Abag, Mônika Bergamaschi,
destacou que a segurança jurídica é
fundamental para que o produtor se
sinta motivado a investir na sua atividade. Além disso, ela também falou
sobre a necessidade de redesenhar a
matriz brasileira.
Revista Canavieiros - Maio de 2010

25
Informações Setoriais

CHUVAS DE ABRIL
e Prognósticos Climáticos
e Prognósticos Climáticos
No quadro abaixo, são apresentadas as chuvas do mês de ABRIL de 2010.

Engº Agrônomo Oswaldo Alonso
Assessor Técnico Canaoeste

A

média das observações
de chuvas, durante o
mês de ABRIL, “ficou”
próxima (ao redor de 80%) à média da normalidade climática. Porém, as chuvas ocorreram de modo irregular, ou seja, na Algodoeira Donegá – Dumont e Faz
Monte Verde – Cajobi as chuvas foram bem acima das médias; enquanto que, na FCAV Unesp Jaboticabal, C.E. Moreno, Faz
Sta Rita, São Simão e Usina São Francisco, as chuvas “ficaram” próximas das respectivas médias; e, aquém (e até bem
aquém) nos demais locais.
Mapa 1:- Água Disponível no Solo entre 15 a 18 de ABRIL de 2010.

O Mapa 1 ao lado,
mostra que no período de
15 a 18 de ABRIL, o índice
de Água Disponível no
Solo na área sucroenergética do Estado de São
Paulo apresentava-se
como médio a até crítico
na faixa Oeste do Estado.
Nas demais áreas canavieiras, o solo encontravase com boa disponibilidade hídrica.

26
26

Revista Canavieiros - Maio de 2010
Revista Canavieiros - Maio de 2010

ÁGUA, usar s

Protejam e preservem as n
Informações Setoriais
Mapa 2:- Água Disponível no Solo ao final de ABRIL de 2009.

· A temperatura média poderá ficar ligeiramente acima das normais climáticas nas Regiões Centro-Oeste e Sudeste e próximas às respectivas
médias nos Estados da Região Sul do Brasil;
· Para os meses de maio a julho as chuvas
poderão “ficar” próximas às médias históricas
em todos Estados da Região Centro-Sul do Brasil (vide Mapa 4);
· Como referência de normais climáticas de
chuvas para Ribeirão Preto e municípios vizinhos, pelo Centro Apta-IAC, são de 55 mm em
maio, 25 mm em junho e julho.
O prognóstico de consenso entre INMET e
INPE, para o trimestre maio a julho, mostrado no
Mapa 4, é de que as chuvas poderão ser próximas à normalidade climática em toda área cinza
e, na faixa verde - Estados da Região Nordeste as precipitações poderão ser acima da média.
(Mapa 4)

Mapa 3:- Água Disponível no Solo, 50 cm de profundidade, ao final de
ABRIL de 2010.

A SOMAR Meteorologia, com a qual a CANAOESTE mantém convênio e em sua região
de abrangência, assinala que as chuvas poderão ser, tal como o consenso INMET e INPE,
entre próximas das respectivas médias climáticas nos meses de maio a julho, mas também
prevê idêntica condição para agosto.

Nota-se que os índices de Disponibilidade de Água no Solo, ao final de
ABRIL deste ano (Mapa 3), mostravam-se como médios a baixos em toda área
sucroenergética do Estado de São Paulo, com exceção da faixa paulista limitando
com o Paraná; enquanto que, ao final de ABRIL do ano anterior (Mapa 2), em
extensa área divisando com Minas Gerais e logo abaixo de Bauru apresentava-se
com boa Disponibilidade de Água no Solo.
Para subsidiar planejamentos de atividades futuras, a CANAOESTE resume
o prognóstico climático de consenso entre INMET (Instituto Nacional de Meteorologia) e INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) para os meses de
maio a julho.

sem abusar !

Quanto às previsões de chuvas para estes
meses iniciais a meio de moagem desta safra maio a agosto, recomenda-se aproveitar ao máximo os dias e tempos disponíveis para colheita e entregas de cana, bem como os necessários tratos culturais, tal como os recomendados pelos Técnicos CANAOESTE.
Estes prognósticos serão revistos a cada
edição da Revista Canavieiros e fatos ou prognósticos climáticos relevantes serão noticiados em nosso site www.canaoeste.com.br .
Continuem acompanhando!
Persistindo dúvidas, consultem os Técnicos mais próximos ou através do Fale Conosco CANAOESTE.

nascentes e cursos d’água.

Revista Canavieiros - Maio de 2010
Revista Canavieiros - Maio de 2010

27
27
Artigo Técnico I

Compactação do solo na colheita
mecanizada da cana-de-açúcar
Mauro Sampaio Benedini
Armene José Conde
Gerentes Regionais - Centro de Tecnologia Canavieira

1

– INTRODUÇÃO - O
solo é constituído de um sis
tema composto de 3 fases: sólida, líquida e gasosa (ar). A planta precisa ter à sua disposição água e nutrientes, que juntamente com a energia
solar, sintetizam seus alimentos. Para
isso o sistema radicular deve estar bem
desenvolvido e bastante profundo, no
caso particular da cultura da cana-deaçúcar, e com presença de oxigênio.
O sistema radicular da cana apresenta três tipos de raízes, todas com
função de absorver água e nutrientes, porém têm características peculiares. Raízes aerotróficas (superficiais) para absorção de água e nutrientes; raízes de suporte para fixação e
estabilidade dos colmos e raízes cordão para absorção de água (principalmente) em profundidade que podem ir a até 2 metros ou mais de profundidade no solo.

Figura 1 – Esquema gráfico do tráfego do caminhão e do guincho em
sistema de carregamento mecanizado.

Fonte: CTC

Figura 2 - Esquema gráfico do tráfego na colheita mecanizada com
colhedora e transbordo. Carregamento individual das ruas e maior
compactação do solo.

A compactação do solo prejudica o
desenvolvimento desse sistema radicular por modificar a relação entre
solo, água e planta; reduzindo os macroporos do solo, diminuindo a taxa
de infiltração de água e o seu armazenamento; resultando em menores absorções de água e nutrientes pela planta, e consequente menor produtividade do canavial.
A colheita mecanizada da cana-deaçúcar causa maior compactação no
solo, relativamente à colheita manual,
devido ao tráfego intenso no campo,
que se não controlado, resulta em pisoteio acentuado na linha de cana, que
é muito grave. As Figuras 1 e 2 exemplificam o tráfego existente nos sistemas de colheita manual com guincho e
o mecanizado com colhedoras. De qualquer forma a compactação é maior na
colheita mecanizada. O objetivo deve
ser minimizar seus efeitos nocivos.
28

Revista Canavieiros - Maio de 2010

2 – Métodos de avaliação
da compactação
Em toda área de plantio, seja ela de
reforma ou expansão, além da análise
química do solo; recomenda-se também
a avaliação do seu estado físico, para
detectar possíveis problemas de compactação. Os métodos mais recomendados para avaliar a compactação são:
TRINCHEIRAS - O Programa de Diagnóstico de Compactação de Solos do

CTC utiliza o Método das Trincheiras
como ferramenta de análise. O método
detecta no perfil de solo as camadas compactadas na parede de uma trincheira através da análise conjunta da consistência
do solo quando seco e da sua densidade.
A consistência evidencia áreas do
perfil onde a resistência é maior e deverá oferecer dificuldades ao cresci-
Artigo Técnico I
mento radicular. A densidade quantifica a resistência e/ou a alteração que
o solo sofreu, quando comparado
com padrões para o mesmo tipo de
solo e textura.
Utilizando-se dos dados levantados
pelo processo é possível definir um
programa de preparo do solo que irá
contemplar ou não a utilização da subsolagem; possibilitando a utilização de
preparo reduzido, plantio direto ou a

substituição da subsolagem por operações mais baratas.

Figura 05 - Retirada de amostra de solo
indeformada para análise de densidade.

O método da trincheira segue o esquema da Figura 03, aberta com retroescavadora e com parede acertada com
pá reta, manualmente, para retirar a "fatia" do perfil do solo que a escavadora
abalou ("estrondou") e alterou o estado de compactação do solo. Após aberta e avaliada, a trincheira mostra as camadas compactadas do solo (Figura 4).

Figura 3 - Representação esquemática da trincheira

Figura 4 - Perfil da trincheira em área de 5 cortes colhidos mecanicamente. As setas
verdes representam as soqueiras. O espaçamento é 1,50m. Foto: Ivo Belinaso.

Fotos: Armene Conde

ANÉIS VOLUMÉTRICOS – Utilizados para a obtenção da densidade
do solo, os anéis volumétricos podem
ser retirados no perfil do solo através
de trincheiras (1 trincheira para 50 hectares) ou ainda sem abertura de trincheiras como mostra a Figura 5, com
maior número de amostras (1 amostra
para cada 5 hectares), através da utilização de uma sonda especialmente desenvolvida para este trabalho. As profundidades recomendadas para coleta
em cada ponto são 20 e 40 cm.

Em um volume conhecido de solo
e após a secagem em estufa a 105o.C
por 24 horas, tem-se o peso somente
das partículas de solo. O produto do
peso do solo sobre o volume dá a unidade de medida de g/cm3. Levando
em consideração a composição química e física do solo é possível concluir se o solo está compactado ou
não. Este tempo de secagem e a temperatura foram obtidos através de
estudos no qual a matéria orgânica
do solo não é queimada.

PENETRÔMETROS - São aparelhos destinados a medir a resistência
do solo no qual penetram. Nos penetrômetros convencionais, a resistência
à penetração é lida através de um dinamômetro. Existem também os de impacto onde a medida é feita através do impacto de um peso que cai de uma altura
constante, em queda livre, sobre uma
haste, fazendo dessa forma, que ela
penetre no solo. Conta-se o número de
impactos necessários para que o aparelho penetre a uma determinada espessura (penetrômetros dinâmicos).
Revista Canavieiros - Maio de 2010

29
Artigo Técnico I
Deve-se ter cuidado nas análises
dos resultados, pois a resistência à
penetração (RP) varia com a textura
do solo, umidade e com o tipo de
equipamento, uma vez que penetrômetros diferentes em solos iguais

resultam em medidas diferentes de
RP. A vantagem da utilização desses
aparelhos é a facilidade operacional.
Em caso de dúvidas devesse abrir
trincheiras e certificar-se da existência ou não da compactação.

3 - Avaliação da compactação
Em função do teor de argila, a densidade do solo varia (Tabela 01), ou seja,
quanto mais argiloso for um solo, mais
leve ele será, ao contrário do conceito
que temos de que o solo arenoso é mais
leve e o argiloso mais pesado. Também
é errado pensar que solos arenosos não
apresentam compactação, pois compactam tanto quanto os solos argilosos.

noso" para a amostra de 40 cm e "Muito arenoso" para 20 cm.

O manejo inadequado do solo também contribui para a deterioração de
suas características físicas (Tabela 2).
O menor revolvimento do solo durante
o preparo evita a alteração de sua estrutura. Ensaios conduzidos no CTC
mostram que a taxa de infiltração de
No solo arenoso a compactação água no solo apresenta diferença sigprovoca maior perda de produtivida- nificativa entre diferentes sistemas de
de na cultura da cana, pois neste solo preparo. No preparo convencional,
o sistema radicular tem que explorar onde são realizadas duas gradagens
maior área para ter a mesma quantida- pesadas, subsolagem grade intermedide de nutrientes que teria em um solo ária, grade niveladora, sulcação, planargiloso que normalmente é mais fértil tio e cobrimento de mudas a taxa de
e possui maior disponibilidade de água infiltração de água no solo média foi de
por um período menor, normalmente. 100,16 mm/h. Onde foi realizado o preSem a possibilidade de desenvolvi- paro reduzido, com eliminação química
mento radicular, tudo é mais difícil no da soqueira, subsolagem, sulcação,
solo arenoso. Para os argissolos re- plantio e cobrimento de mudas; a taxa
comenda-se utilizar as faixas de "Are- média foi de 340 mm/h.
Tabela 2 - Taxa de infiltração de água no solo em cana-planta em dois tipos
de preparo de solo. Ivo Belinaso.
Preparo do solo
Taxa de infiltração de água no solo (mm/h)
Linha de cana
Entrelinha
Média
Convencional
317,6
45,8
100,16
Reduzido
504,9
298,9
340,00

Coerentemente com o exposto, outros trabalhos conduzidos pelo CTC
mostram que não é necessário o cultivo
com haste subsoladora em soqueiras
colhidas com solo seco, pois o solo não
compacta. Pode-se aplicar o fertilizante
sobre a soca ou apenas ser levemente
incorporado ao solo se o fertilizante tiver
produtos nitrogenados que volatilizem.
30

Revista Canavieiros - Maio de 2010

O recomendado é que se direcione a
compactação do solo durante a safra para
a entrelinha da cana, através da sistematização da área e canteirização da lavoura, evitando o tráfego sobre as linhas de
cana e evitar colher com solo úmido, entre outras técnicas já comentadas em
Boletins Fornecedores anteriores.
Emprego de máquinas e veículos desenvolvidos, de modo que o solo possa suportar o tráfego sem alterar suas
propriedades físicas como máquinas
equipadas com esteiras ou com pneus
de baixa pressão, veículos com pneus
de baixa pressão e alta flutuação e carga adequada por eixo também são recomendados.
A canteirização, ou seja, o ajuste
de bitolas dos equipamentos e a utilização de espaçamentos tecnicamente
corretos; vem sendo, portanto, o procedimento mais indicado.
O outro procedimento com a compactação é o corretivo; eliminando a área
compactada através da subsolagem na
época de reforma ou com o cultivo das
soqueiras com hastes subsoladoras, se
a colheita foi com solo úmido. Como a
operação é onerosa, necessita de mensurar a real necessidade da operação.

Figura 6 - Efeito do tráfego num solo com três níveis de umidade. Solo seco (A),
solo com 15 mm de precipitação (B) e solo com 30 mm de precipitação (C).
Foto: Ivo Belinaso.

Outros ensaios mostram também que
o solo apresenta uma resistência à deformação inversamente proporcional ao seu
conteúdo de umidade. Na Figura 6, observa-se que o tráfego em solo seco provocou uma deformação de 14,7 cm, no solo
submetido a uma precipitação de 15 mm a
deformação foi de 21,3 cm e, quando o
solo foi submetido a uma precipitação de
30 mm, a deformação foi de 31,7 cm.

4 - Procedimentos a serem tomados
Artigo Técnico I

Foto: Jorge L. Donzelli

A profundidade de subsolagem deve ser
Figura 7 - Medidas corretivas de descompactação do solo.
a da camada mais profunda onde se apreUtilização do subsolador.
sentar a compactação. Para que o subsolador trabalhe numa profundidade de 50 cm
que é a normalmente recomendada (Figura
7); é necessário que a potência do trator seja
de 50 HP por haste. As medidas devem ser
efetuadas a partir da linha de referência, que
tangencia os pontos mais baixos do terreno.
O sentido da subsolagem ou equipamento
de preparo reduzido preferencialmente deverá formar ângulo com a direção de plantio
anterior. Ângulo de no máximo 45º, se a declividade do terreno for maior que 3% e ângulos de até 90º, se a declividade for menor que
3%. Quando a compactação é alta e dependendo da época (seca) recomendamos subsolagens cruzadas.]

5 – Considerações finais
A adubação da cana fornece parte
dos nutrientes necessários para uma
boa produtividade. Esses nutrientes representam aproximadamente 6% da
composição da planta. O restante é carbono, oxigênio e hidrogênio; fornecidos pela natureza. É necessário disponibilizá-los ao canavial.
Portanto, prevenir a compactação do
solo, é a recomendação. A frase citada

em relatórios internos do CTC “aumento
da longevidade do canavial, com estabilidade da produção em níveis elevados
de produtividade” deve ser exaustivamente refletida e analisada, pois representa quebra de paradigma sobre o ciclo
da cana-de-açúcar ser semi-perene. Experimentos conduzidos pelo CTC em associadas ratificam a maior longevidade
do canavial no sistema “cana crua canteirizada”, constatado na prática pelo

Controle Mútuo Agrícola (CMA), resultando em um “canavial quase perene”.
Na prática isso representa uma reforma a
cada dez anos, ao invés de duas. Ao se
quantificar o custo em reais da reforma
do canavial, observa-se a enorme vantagem da adoção das técnicas preventivas
contra a compactação. A dificuldade inicial em sistematizar e canteirizar um canavial é totalmente recompensada por esta
maior longevidade e produtividade.

Revista Canavieiros - Maio de 2010

31
32

Revista Canavieiros - Maio de 2010
Safra de Grãos

Safra de grãos supera
anterior em 8,7%

A

produção de grãos no Brasil
confirma, mais uma vez, números recordes. O resultado do oitavo levantamento do ciclo 2009/10, divulgado no início de maio, pela Conab,
foi estimado em 146,87 milhões de toneladas. Esta é a maior colheita da história,
8,7% superior às 135,13 milhões de toneladas da última safra. Com relação ao mês
passado (146,31 milhões de toneladas),
o desempenho é 0,4% maior.
As variáveis responsáveis por isso
são o bom regime de chuvas nas áreas
de maior produção, a manutenção da
boa produtividade do milho dos estados do Paraná e Goiás e a evolução na
área do milho segunda safra e de plantio da soja em Mato Grosso. A soja
deve alcançar 67,86 milhões de toneladas, 18,7% ou 10,70 milhões de toneladas a mais que na safra anterior. Já o
milho segunda safra cresceu 16,8%,
totalizando 20,26 milhões de toneladas.
Somadas a primeira e a segunda safras
do cereal, a produção deverá atingir

54,18 milhões de toneladas, com ganho de 6,2% em relação ao período
passado. O percentual representa 3,18
milhões de toneladas a mais.
Quase todo o milho já foi colhido,
ou seja, cerca de 97%. Em todo o País,
a situação da colheita é de 60% para o
milho primeira safra e de 76% para o
arroz. O feijão primeira safra está com
a colheita encerrada, enquanto que o
de segunda está ainda no início.
Área – Com a contribuição de algumas culturas para ampliação da área,
o total plantado é de 47,5 milhões de
hectares, inferior em 0,4% (172,1 mil ha)
ao ciclo 2008/09. A área total de milho
deve chegar a 13,03 milhões de ha, com
redução de 8,1% sobre o último período (14,2 milhões de ha) e de 15,9% na
produtividade. O milho segunda safra
registrou aumento de 19,1% (288 mil
ha), em Mato Grosso, e de 13,8% (51,3
mil ha), em Goiás. A soja também teve
elevação de área de 6,9% (1,49 milhão

ha). Outros grãos não tiveram o mesmo desempenho, como o arroz (- 115,4
mil ha), o milho primeira safra (-1,23 milhão ha), o feijão segunda safra (- 287
mil ha) e o algodão (- 7,2 mil ha).
Safra de inverno – Pesquisa preliminar sobre a safra de inverno indica
que haverá redução na área semeada
com trigo. Os estados do Rio Grande
do Sul e Paraná respondem por 89%
do total nacional. A previsão é de que
serão produzidos 4,43 milhões de t, ou
seja, 86,4% da totalidade no País (5,14
milhões de t). Estão em fase inicial de
plantio, além do trigo, as outras culturas de inverno - aveia, cevada, centeio,
canola e triticale.
Os técnicos da Conab ouviram representantes de cooperativas e sindicatos rurais, órgãos públicos e privados em todos os estados, no período
de 22 a 28 de abril.
Fonte: Conab

Repercutiu
“É um bom exemplo do que os
países emergentes podem fazer
para agregar valor a uma matériaprima. Isso me ajuda a entender
porque a UNICA quer reduzir as
tarifas e os subsídios”.
Pascal Lamy, secretário-geral
da OMC (Organização Mundial
do Comércio)

“Temos que levar nossas tecnologias desenvolvidas ao longo de
todos esses anos, nosso know-how,
nossa legislação na área, ganhando dinheiro com isso e não apenas
vendendo álcool.”
Roberto Rodrigues, ex-ministro da Agricultura, durante o debate sobre biocombustíveis no
Fórum Mundial de Agricultura,
em Brasília.

Em fevereiro, foram inauguradas as novas instalações da Associação
Canavale, criada em maio de 2008, localizada na cidade de Uberaba e presidida pelo Sr. Alexandre Jorge Saquy Neto.
A Canavale é composta por aproximadamente 30 associados, dos quais
vários já são cooperados da Copercana e são fornecedores da Usina Vale do
Tijuco – Uberaba.

Carlos Eduardo (Superintendente Usina Vale do Tijuco), Pedro E. Bighetti
(diretor Copercana), Nelson Krastel (Presidente Associação Canavale), Alexandre Saquy (Fornecedor Usina Vale do Tijuco), Frederico Dalmaso (gerente
Dep. Insumos da Copercana), Felipe (Diretor Comercial Fertigran), Flávio Guidi (eng. Agrônomo Copercana Uberaba) e Jamim (Acessor Contabil Canavale).
Revista Canavieiros - Maio de 2010

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Assuntos Legais

Queima de Palha de Cana-deaçúcar - suspensão das
autorizações no Estado
de São Paulo.
Resolução SMA - 35, de 11 de maio de 2010

O

artigo 7º, da Lei Estadual nº
11.241/2002 e, o artigo 14, do
Decreto nº 47.700/2003, autorizam a suspensão das autorizações para
uso do fogo como método despalhador da cana-de-açúcar em todo Estado
de São Paulo, quando a umidade relativa do ar estivar muito baixa, podendo
ocasionar risco à saúde pública.
Com base nos sobreditos artigos,
a Secretaria do Meio Ambiente do
Estado de São Paulo, publicou no
Diário Oficial do Estado de 12 de maio
de 2010, a Resolução SMA nº 35, de
11.05.2010, proibindo a queima de
palha de cana-de-açúcar no período
de 01 de junho a 30 de novembro
deste ano, das 6:00 hs às 20:00 hs.
Referida Resolução, prevê a suspensão da queima da palha de canade-açúcar em qualquer horário do dia,
quando o teor médio da umidade relativa do ar for inferior a 20%, medido
das 12:00 hs. às 17:00 hs., pelos pos-

34

Revista Canavieiros - Abril de 2010
Maio

tos oficiais determinados pela Secretaria do Meio Ambiente, ocasião em
que ficam sem validade os comunicados de queima a ela previamente encaminhados. Tal suspensão será declarada pela Secretaria do Meio Ambiente às 18:00 horas do dia que se
observar a baixa umidade e será aplicada a partir das 6:00 horas do dia
posterior a referida declaração.
Após o dia 30 de novembro, poderá ocorrer a suspensão da queima
quando a umidade relativa do ar ficar
abaixo de 30% (trinta por cento) e
acima de 20% (vinte por cento), durante dois dias consecutivos. Neste
caso, ficará suspenso o uso do fogo
como método despalhador da canade-açúcar no período compreendido
das 6:00 hs às 20:00 horas do dia posterior à declaração de suspensão,
efetuada pela Secretaria do Meio
Ambiente, sempre às 18:00 horas do
segundo dia consecutivo que perdurar a umidade acima descrita.

Nada impede, portanto,
que a Secretaria do Meio
Ambiente
possa suspender mais vezes Juliano Bortoloti - Advogado
a autorização Departamento Jurídico Canaoeste
de queima quando as condições
climáticas ou a qualidade do ar
estiverem desfavoráveis e, se
isso ocorrer, cumpre informar
que NÃO SE PODE EFETUAR A
QUEIMA EM HIPÓTESE ALGUMA - até mesmo porque os órgãos ambientais estarão procedendo intensiva fiscalização
nestes períodos -, sob pena de
sofrerem as sanções cabíveis,
tais como multas vultosas, além
de responder judicialmente em
ações cíveis e criminais.
Cumpre informar que é de extrema importância que os fornecedores se informem com antecedência junto os técnicos/
agrônomos da CANAOESTE sobre as condições futuras de clima (já que a Canaoeste possui convênio
com órgãos de previsão de
umidade relativa do ar),
para evitar transtornos em
seu planejamento de queima, pois esta safra promete baixos índices de umidade relativa do ar, assim
como consultarem o “link”
específico sobre as suspensões de queima (Queima da Palha de Cana) no
“site” da Secretaria do
Meio Ambiente:
(www.ambiente.sp.gov.br).
Revista Canavieiros - Maio de 2010

35
Biblioteca

Cultura

“GENERAL ÁLVARO
TAVARES CARMO”

Cultivando
a Língua Portuguesa

O cooperativismos no Brasil
Diva Benevides Pinho

Esta coluna tem a intenção de maneira didática,
esclarecer algumas dúvidas a respeito do português
"A alegria não está nas coisas: está em nós"
Goethe(escritor alemão)
1) Como está, prezado amigo leitor, seu “DIA A DIA”?
Depende...
Renata Carone
Depois do Novo Acordo Ortográfico, a locução substantiva
Sborgia*
como DIA A DIA não recebe hífen.
Portanto, para o seu DIA A DIA estar com qualidade, sem hífen.
2) Maria está com dor...
O médico receitou um ótimo “ANTIINFLAMATÓRIO”.
Prezado amigo leitor, a dor não melhorará com a prescrição escrita de forma
incorreta.
Depois do Novo Acordo Ortográfico, nas formas com prefixos (ANTI é prefixo), coloca-se o hífen quando o primeiro elemento (antI) termina com a mesma
vogal que inicia o segundo elemento (Inflamatório).
(obs.: existem outros prefixos que seguem a regra acima)
Assim: ANTI: prefixo- primeiro elemento-termina com a vogal i
INFLAMATÓRIO: segundo elemento—começa com a vogal i
O correto é : ANTI – INFLAMATÓRIO ( com hífen).
3) Pedro está chateado... aconteceu uma confusão no departamento da empresa... comentou com os amigos:
- Meu chefe ficou “PARANÓICO”?
Sem entrar na esfera da Psicologia com a expressão acima.
Com a escrita com acento, com certeza, ficou!
Sem o acento, acertou a escrita.
Afinal, prezado amigo leitor, não conhecemos o Chefe, a confusão que ocorreu...
E a regra da expressão?
Com o Novo Acordo Ortográfico, os ditongos “ÉI” e “ÓI” das palavras
paroxítonas (quando a sílaba tônica - forte - é a penúltima) não receberão mais
acento, lembrando que a pronúncia (aberta ou fechada) continua.
O correto é : PARANOICO.
Agora, independente da esfera profissional, com a expressão escrita de forma
correta: PARANOICO!
PARA VOCÊ PENSAR:
O último poema
Assim eu quereria o meu último poema.
Que fosse terno dizendo as coisas mais simples e menos intencionais
Que fosse ardente como um soluço sem lágrimas
Que tivesse a beleza das flores quase sem perfume
A pureza da chama em que se consomem os diamantes mais límpidos....
Manuel Bandeira
Dicas e sugestões, entre em contato: renatacs@convex.com.br
* Advogada,Profa. de Português, Consultora e Revisora, Mestra USP/RP, Especialista
em Língua Portuguesa, Pós-Graduada pela FGV/RJ, com MBA em Direito e Gestão
Educacional, autora de vários livros como a Gramática Português Sem Segredos
(Ed. Madras), em co-autoria.

36

Revista Canavieiros - Maio de 2010

F

azendo uma análise dos fatos que estão
mudando o Cooperativismo brasileiro, no
início do século XXI, a obra destaca a substituição da unicidade pela pluralidade de representação das cooperativas, a emergência da
economia cooperativa solidária, as alterações
introduzidas pelo novo Código Civil e, no ramo
crédito, a abertura do Banco Central do Brasil
ao microcredito cooperativo.
O livro apresenta, na Parte I, o Cooperativismo brasileiro a partir das pré-cooperativas
até as inovações do Século XXI; e na Parte II,
sob a forma de verbetes, a Vertente Cooperativa Pioneira, cujas raízes estão no final do século XIX, mas que se consolida como sistema a
partir de 1970; e a nova Vertente de Economia
Solidária, embasada no crédito solidário como
instrumento de concessão de pequenos empréstimos, sem burocracia e sem formalidades,
a empreendimentos populares de pequeno porte, tendo em vista a potencialidade do negócio
e o caráter do(s) empreendedor (es).
Fonte: Site Editora Saraiva
Os interessados em conhecer as sugestões de
leitura da Revista Canavieiros podem procurar
a Biblioteca da Canaoeste, na Rua Augusto
Zanini, nº1461 em Sertãozinho, ou pelo telefone
(16)3946-3300 - Ramal 2016
marcia.biblioteca@canaoeste.com.br
Agende-se
Junho

de 2010

CONFERENCIA INTERNACIONAL
DE BIOCOMBUSTIVEIS
Período do evento: 26 a 28 de maio de 2010
Local: Centro de Convenções da FAAP
Fundação Armando Alvares Penteado
End: Rua Alagoas, 903 - Higienópolis - Prédio 5
CEP: 01242-001 - São Paulo - SP
Público alvo: Empresários, governo, técnicos, pesquisadores, especialistas e profissionais da área de biomassa e
biocombustíveis.
Bahia Farm Show
Feira de Tecnologia Agrícola e Negócios
Empresa Promotora: Aiba , Abapa, Fundação BA e Prefeitura Municipal
Tipo de Evento: Exposição / Feira
Início do Evento: 01/06/2010
Fim do Evento: 05/06/2010
Estado: BA
Cidade: Luís Eduardo Magalhães
Localização do Evento: BR 020/242 Km 535
Informações com: Aiba - Associação de Agricultores e
Irrigantes da Bahia
Site: www.bahiafarmshow.com.br
Telefone: 77 3613-8000
E-mail: comercial@bahiafarmshow.com.br
PERSPECTIVAS DO BRASIL FRENTE AOS DESAFIOS
DASUSTENTABILIDADE
Data: 10 e 11 de junho de 2009
Local: Pavilhão de Engenharia ESALQ/USP
Professor Coordenador: Carlos Eduardo Pellegrino Cerri
Valor: Estudantes: (até dia 04/junho) R$ 50,00 - (depois
dia 04/junho) R$ 60,00
Profissionais: (até dia 04/junho) R$ 150,00 - (depois dia
04/junho) R$ 200,00
Organização e Realização: GELQ Grupo de Estudos "Luiz
de Queiroz" 2011
Inscrições e informações: FEALQ: (19) 3417-6604 / 3417-6601
www.fealq.org.br - cdt@fealq.org.br
GELQ: www.gelqesalq.com.br - gelq2011@esalq.usp.br
FEICORTE 2010 - 16ª FEIRA INTERNACIONAL DA
CADEIA PRODUTIVADACARNE
Emp.Promotora: Agrocentro Empreendimentos e Participações
Tipo de Evento: Exposição / Feira
Início do Evento: 15/06/2010
Fim do Evento: 19/06/2010
Cidade: São Paulo / SP

Localização do Evento: Centro de Exposições Imigrantes
Informações com: Equipe Agrocentro
Site: www.feicorte.com.br
Telefone: 11 5067-6767
E-mail: feicorte@agrocentro.com.br
HORTITEC - 17ª EXPOSIÇÃO TÉCNICA DE HORTICULTURA,CULTIVOPROTEGIDOECULTURASINTENSIV
AS
Empresa Promotora: RBB Feiras e Eventos
Tipo de Evento: Exposição / Feira
Início do Evento: 16/06/2010
Fim do Evento: 18/06/2010
Estado: SP
Cidade: Holambra
Localização do Evento: Recinto de Exposições de Holambra
Informações com: RBB Feiras e Eventos
Site: www.hortitec.com.br
Telefone: (19) 3802-4196
E-mail: vendas@rbbeventos.com.br
IVWORKSHOP"AGROENERGIA: MATÉRIAS PRIMAS"
Local: Auditório da Cana-de-açúcar - Anel viário Km 231,
Ribeirão Preto - SP
Período do evento: 30/06/2010 a 01/07/2010
Objetivos: O evento tem como objetivo fomentar debates e treinamento sobre as questões do Futuro Energético
Sustentável, produção de bioetanol, biodiesel e culturas agroenergéticas (matérias-primas), com enfoque nas oportunidades para a região de Ribeirão Preto, para o meio ambiente e a
sustentabilidade dos agroecossistemas (com ênfase em plantio direto e cobertura do solo)
Informações e inscrições: http://www.infobibos.com/
agroenergia/
Fone: (16) 3637-109
25º SEMINÁRIO COOPLANTIO
Empresa Promotora: Cooplantio - Cooperativa dos Agricultores de Plantio Direto
Tipo de Evento: Seminário / Jornada
Início do Evento: 30/06/2010
Fim do Evento: 02/07/2010
Estado: RS
Cidade: Gramado
Localização do Evento: Hotel Serrano
Informações com: Cooplantio
Site: www.cooplantio.com.br/seminario
Telefone: 51 3481-3333
E-mail: cooplantio@cooplantionet.com.br
Revista Canavieiros - Maio de 2010
Revista Canavieiros - Maio de 2010

37
37
VENDEM-SE
- Fazenda: Boa Esperança com área
(420há) Matricula 2278
Cidade: Bonfinópolis de Minas - MG
- Fazenda: Pedras (Boa Vista) com
área (558 há) Matricula 2280
Cidade: Bonfinópolis de Minas - MG
- Fazenda: Lagoa Formosa (101,64ha)
Matricula (1433)
Cidade: Guaraci - SP
- Fazenda: Nossa Senhora de Fátima
(Gleba B Quinhão 5; 87,94 hectares );
(Gleba B Quinhão 4; 118,85 hectares) ;
(Gleba B Quinhão R4; 27,52 hectares;
Matricula 9041)
Cidade: Luiz Antonio - SP
- Terras:
A - Um Quinhão de terra em Ribeirão
Preto Sob n° 14 Área 9,34,50 hectares)
- Matricula (34118) ;
B - Um lote de terra em Ribeirão Preto
Sob n°15 Área 11, 34,50 hectares) Matricula (34119);
C - Um Imóvel Rural em Ribeirão Preto na Fazenda Pipiripau, sob n° 13 Área
10,29,50 hectares Matricula (32602).
Cidade: Ribeirão Preto - SP
- Veiculo: Trator Marca Valmet, mod.
1580-4, Serie 15804000666
Ano/Modelo: 1994/1994
Cor: Amarelo
Todos estes itens anunciados devem ser tratados pelo e-mail:
patrimônio@sicoobcocred.com.br
VENDE-SE
- 01 esteira para carregamento de caminhões de laranja ou cama de frango, sendo tratorizada ou elétrica
(mono faísca) modelo RECO-RECO.
Tratar com Raul pelo telefone: (17)
81245281- Colina.
VENDE-SE
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a álcool, motor 1.8, na cor prata. Valor a
negociar. Tratar com Rômulo pelo telefone: (16)78126858 ou pelo e-mail:
martinelliromulo@hotmail.com.
38

Revista Canavieiros - Maio de 2010

VENDE-SE
- dois alqueires localizado em Fernando Prestes / SP - margeando o asfalto e
um córrego na divisa - formado pasto.
Valor: R$ 150.000,00. Tratar com Jorge
pelo telefone: (16) 92239660.
VENDE-SE
- área de três alqueires em Sertãozinho localizada no fundo na Usina Santa Elisa. Tratar com Alexandre pelo telefone: (16) 92547879.
VENDEM-SE
- 01 caixa d'água modelo australiana
para 50.000 litros de água;
- 01 caixa d'água modelo australiana
para 5.000 litros de água
- 01 transformador de 15 KVA;
- 01 transformador de 45 KVA;
- 01 transformador de 75 KVA;
- tijolos antigos;
- lascas, palanques e mourões de aroeira;
- 01 sulcador de 2 linhas DMB;
- postes de aroeira;
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Revista Canavieiros - Maio de 2010

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  • 1. Revista Canavieiros - Maio de 2010 1
  • 2. 2 Revista Canavieiros - Maio de 2010
  • 3. Revista Canavieiros - Maio de 2010 3
  • 4. Indice EXPEDIENTE Capa 17ª edição da feira registrou um volume de financiamentos de R$ 1,150 bilhão, marca só menor do que a de 2004. Resultado indica que o agronegócio já se recuperou da crise 20 Pag. Pag. OUTRAS DESTA DESTA QUES Entrevista José Carlos Toledo Presidente da Udop (União dos Produtores de Bioenergia) Modelo de comercialização precisa ser reformulado Pag. Pag. Pag. 06 DESTAQUE Ponto de vista Antonio Fernando Pinheiro Pedro 10 Pag. 24 INFORMAÇÕES 26 SETORIAIS Advogado e consultor ambiental Morte ao biocentrismo fascista! Pag. Pag. Notícias Pag. Cocred - Balancete Mensal Pag. 34 CULTURA Pag. 36 AGENDE-SE Pag. Pag. 33 ASSUNTOS LEGAIS Pag. 16 Canaoeste - Orplana reúne-se com novo ministro da Agricultura Notícias REPERCUTIU Pag. 08 08 10 Copercana - Usina Coruripe inicia safra 2010; - Copercana realiza encontro para produtores de cana; - Dia de Campo dos produtores de ovinos PONTO DE VISTA II CIRCULAR Pag. 1 5 CONSECANA Pag. Notícias Foto: Aguinaldo Pedro Agrishow da retomada 37 CLASSIFICADOS Pag. 38 18 CONSELHO EDITORIAL: Antonio Eduardo Tonielo Augusto César Strini Paixão Clóvis Aparecido Vanzella Manoel Carlos de Azevedo Ortolan Manoel Sérgio Sicchieri Oscar Bisson EDITORA: Cristiane Barão – MTb 31.814 JORNALISTA RESPONSÁVEL: Carla Rossini - MTb 39.788 DIAGRAMAÇÃO: Rafael H. Mermejo EQUIPE DE REDAÇÃO / FOTOS: Carla Rodrigues - MTb 55.115 Marília F. Palaveri Rafael H. Mermejo COMERCIAL E PUBLICIDADE: (16) 3946-3311 - Ramal: 2008 comercial@revistacanavieiros.com.br atendimento@revistacanavieiros.com.br IMPRESSÃO: Empresa Jornalística, Editora e Gráfica Sertãozinho TIRAGEM: 11.000 exemplares ISSN: 1982-1530 A Revista Canavieiros é distribuída gratuitamente aos cooperados, associados e fornecedores do Sistema Copercana, Canaoeste e Cocred. As matérias assinadas são de responsabilidade dos autores. A reprodução parcial desta revista é autorizada, desde que citada a fonte. ENDEREÇO DA REDAÇÃO: A/C Revista Canavieiros Rua Dr. Pio Dufles, 532 Sertãozinho – SP - CEP:- 14.170-680 Fone: (16) 3946 3311 - (ramal 2190) www.revistacanavieiros.com.br Artigo Técnico Compactação do solo na colheita mecanizada da cana-de-açúcar 4 4 Revista Canavieiros - Maio de 2010 Revista Canavieiros - Maio de 2010 Pag. Pag. 28 www.twitter.com/canavieiros redacao@revistacanavieiros.com.br
  • 5. Editorial Bons tempos a vista uando o assunto é biocombustível, o Brasil demonstra vantagem frente a outros países. Mas para o presidente da Udop (União dos Produtores de Bioenergia), José Carlos Toledo, apesar da superioridade brasileira, o país ainda possui uma matriz energética incompleta. Para entender melhor este assunto, a Canavieiros entrevistou José Carlos Toledo. Q desmatar: o produtor à frente do seu tempo”. Também participaram do debate, o deputado federal Aldo Rebelo, relator do projeto que reformula o Código Florestal, a diretora da Abag-RP (Associação Brasileira do Agronegócio da Região de Ribeirão Preto), Mônika Bergamaschi, e o diretor da Aprosoja (Associação dos Produtores de Soja do Estado de Mato Grosso), Ricardo Arioli. A reportagem de capa desta edição traz o balanço da 17ª Agrishow, realizada em Ribeirão Preto de 26 a 30 de abril. O evento ficou marcado como a “feira da retomada” por conta dos grandes e inúmeros negócios fechados durante o evento, totalizando o valor de R$ 1,150 bilhão, marca só menor do que a de 2004. Este resultado indica que o agronegócio já se recuperou da crise iniciada em 2008. Em Notícias Canaoeste, está o encontro da comitiva da Orplana com o ministro da Agricultura, Wagner Rossi. Na ocasião, foi entregue uma carta com as principais preocupações do setor sucroalcooleiro. A Orplana foi representada pelo seu presidente, Ismael Perina Junior, a vice-presidente, Maria Christina Pacheco, o diretor tesoureiro, José Coral, e pelos conselheiros, Antonio Carlos Boldrin (MG), Gustavo Rattes (GO), o presidente da Canaoeste, Manoel Ortolan (SP), Ricardo Magnani (MT) e Clemente Lunardi (Consecana-SP). Os gerentes regionais do CTC (Centro de Tecnologia Canavieira), Mauro Sampaio Benedini e Armene José Conde assinam o artigo técnico do mês sobre compactação do solo na colheita mecanizada da cana-de-açúcar. Ao longo do texto o leitor encontrará fotos e desenhos que facilitam a compreensão do assunto, assim como explicações essenciais para sua área de produção. A secção “Ponto de Vista” traz artigos elaborados pelo advogado e consultor ambiental, Antonio Fernando Pinheiro Pedro, e pelo diretor adjunto da Canaoeste, José Mario Paro. O primeiro aborda a preocupação com o biocentrismo e a gestão ambiental no Brasil. Já, o segundo, trata sobre a importância de realizações de feiras como a Agrishow e as suas grandiosas tecnologias. O destaque deste mês vai para a participação do presidente da Canaoeste, Manoel Ortolan, no fórum organizado pelo Canal Rural, durante a Agrishow 2010, debatendo o tema “Crescer sem As Notícias Copercana ficaram por conta do encontro realizado pela cooperativa em Frutal para produtores de cana da região. O evento contou com a participação de produtores e cooperados, além de convidados e autoridades, como o diretor da Copercana, Pedro Esrael Bighetti e a prefeita da cidade, Maria Cecília Marchi Borges. Ainda em Notícias Copercana, no dia 27 de março, foi realizado o I Dia de Campo dos produtores de ovinos parceiros da Copercana na Fazenda Palhadão, em Jardinópolis. E também a presença da Copercana na missa solene da Usina Coruripe, que marca o início da safra 2010/11. Além dessas notícias, não deixe de conferir o resultado da safra de grãos 2009/10, as “Informações Setoriais” com o assessor técnico da Canaoeste, Oswaldo Alonso e a secção “Assuntos Legais” assinada pelo advogado, Juliano Bortoloti. Boa leitura! Conselho Editorial Revista Canavieiros - Maio de 2010 5
  • 6. Entrevista José Carlos Toledo Presidente da Udop (União dos Produtores de Bioenergia) Modelo de comercialização precisa ser reformulado Carla Rodrigues P ara o presidente da Udop (União dos Produtores de Bioenergia), José Carlos Toledo, é importante e necessário que o Brasil aprenda com os erros cometidos no passado e refaça um novo modelo de comercialização, correto e justo tanto para o consumidor quanto para os produtores. Ele também destaca os diferenciais competitivos do Brasil em relação a outros países e acredita que o ingresso de investimentos estrangeiros pode ajudar o setor a se consolidar. Leia, a seguir, a entrevista que ele concedeu à Canavieiros. Revista Canavieiros: Qual a importância da agroenegia para a matriz energética brasileira? José Carlos Toledo: A agroenergia cada vez ganha mais importância. A participação dos biocombustíveis 6 Revista Canavieiros - Maio de 2010 na matriz energética tem um crescimento muito mais forte do que o consumo, crescendo na faixa de 13% nos últimos quatro anos e deve cair para uma faixa de 7 a 8% a partir de agora. Esse aumento é muito maior do que o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto), o que nos mostra a importância dos biocombustiveis na matriz energética. “O Brasil tem uma competitividade imensa. Temos água, luz, chuvas regulares em grande parte do país e isso traz uma competitividade ímpar no processo produtivo”. Revista Canavieiros: Um dos problemas dos biocombustíveis é a oscilação de preços nas bombas. O que pode ser feito para contornar isso? Toledo: O grande problema de uma commodity - e a agroenergia é uma commodity - é que quando se produz mais do que o consumo, o preço cai, e quando se produz menos que o consumo, o preço sobe. Agora o que eu acho importante, é que temos de aprender com os erros do passado e também ver que 2009 foi um ano típico. Chegamos a vender o litro de etanol a R$ 0,60 e a R$ 1,40. Então, o modelo de comercialização está errado, precisamos desenvolver algo para proteger este modelo. Um meio termo, entre não tão baixo e não tão alto. Da forma como está, tanto o produtor quanto o consumidor são prejudicados. “
  • 7. Entrevista Revista Canavieiros: Quais são termos de competitividade. Se não Só o Estado de São Paulo tem as vantagens que o Brasil tem em tiver o biocombustível ou se ele esti- impostos inferiores, com 12% de relação aos outros países no quesi- ver caro, o consumidor vai usar ou- ICMS (Imposto Sobre Circulação de to energia limpa? tro combustível. É importante para o Mercadorias e Serviços). No ParaToledo: O Brasil tem uma compe- país ter essa flexibilidade. ná, a alíquota é de 18%. Minas Getitividade imensa. Temos água, luz, rais, que é um Estado super imporchuvas regulares em grande parte Revista Canavieiros: O que falta tante para o país, é inflexível no do país e isso traz uma competitivi- para o setor se consolidar? imposto, assim como o Rio de Jadade ímpar no processo produtivo. Toledo: Eu acho que o setor está neiro. Minas é o pior dos exemplos Em países como o México e a Índia, se consolidando. Estamos tendo uma que a gente tem hoje em relação à por exemplo, os modelos agrícolas grande oportunidade para isso por produção de etanol do Brasil: tem não são tão bons quanto o nosso. meio do capital estrangeiro que está uma produção forte e não incentiHouve uma certa estruturação em sendo investido aqui. Isso estará nos va o consumo. parcelas muito pequenas de solos e facilitando a exportação e permite que eles não têm competitividade por o país ganhe junto com o mundo. Revista Canavieiros: Hoje muito conta disso. Têm uma se fala em aumento de “Nós sabemos fazer melhor do que localização boa, solo produção e não de área. bom, e boa quantidade Quais os cuidados que o estamos fazendo. Os preços de chuva, mas a compeprodutor deve ter para baixos estão provocando redução de ter uma produtividade titividade não é tanta. A Índia tem um custo de maior? insumos e adubos”. cana perto de U$ 0,60 Toledo: Eu diria que a dólares a tonelada, mas cada proRevista Canavieiros: Falando em dor do crescimento existiu. Eu acho prietário tem um hectare de cana, e perspectivas, o que o produtor pode que o crescimento que experimentaesse hectare não consegue sobre- esperar da safra 2010/11? mos, um crescimento excessivo, trouviver se a cana não custar isso. O Toledo: O problema de início de xe muitas dificuldades até para se México não é muito diferente. De- safra sempre é preço. Eu acho que manter a produtividade. Nós perdepois de uma revolução no país, aca- para esse ano vamos ter uma safra mos produtividade nos últimos quabou-se fazendo módulos muito pe- razoável, com menos diferença (nos tro anos. Acho que temos de reconquenos de terras e nessa condição preços). Temos que aprender a me- quistá-la para depois voltarmos a é difícil ter competitividade. lhorar nosso modelo de comerciali- crescer. zação. Nós não podemos nem venNós sabemos fazer melhor do que Revista Canavieiros: À medida der tão barato, em que o consumo estamos fazendo. Os preços baixos que a demanda pela bioenergia au- seja exagerado, e nem tão caro, que estão provocando redução de insumenta, o país enfrenta algum pro- o consumidor se sinta incomoda- mos e adubos. Primeiro, temos de inblema? do. Mas acho que aqui caberia uma verter esse ciclo, fazer certo o que já Toledo: O aumento da demanda reflexão de como o governo pode- sabemos fazer e, depois, partir para por bioenergia só traz ganhos. Os ria nos ajudar a ter um diferencial uma vida nova de conhecimento, carros flexíveis, que foram introduzi- de preço nos impostos e também através dos nossos institutos de dos no mercado em 2003, trouxeram quantos são os benefícios da cana pesquisas, que continuam investinuma condição ímpar para o Brasil em para a sociedade como um todo. do e lançando novas variedades. “ Revista Canavieiros: Para haver um meio termo no preço, a estocagem seria uma solução? Toledo: Sem dúvida, assim como a responsabilidade das companhias de petróleo. Eu acredito que existem muitos poucos contratos de garantia de produto e isso traz insegurança para o setor. A ANP (Agência Nacional de Petróleo) soltou a criação de empresas e produtores para poder comprar e vender produto, sendo que antes isso era proibido. Eu tenho a impressão de que isso é muito importante para dar mais fluxo. Revista Canavieiros - Maio de 2010 7
  • 8. Ponto de Vista I Morte ao biocentrismo fascista! Antonio Fernando Pinheiro Pedro* M anifesto preocupação com relação à maneira como um número razoável de indivíduos investidos de autoridade tem operado nosso direito e a gestão ambiental no Brasil. Há um esforço mental no agir desse segmento, que lesa a justiça e distorce o direito, além de comprometer a segurança jurídica. Em nome de um mal orientado “biocentrismo” ou “ecocentrismo”, desenvolvem-se silogismos absurdos, partindo de premissas arbitrárias e visões ideológicas dissonantes com a demanda do desenvolvimento nacional. Esse processo de infiltração “biocêntrica” tem produzido clima de insegurança oficial, permeado por ações espetaculosas que beiram a leviandade, ameaças e acusações de improbidade por mera discordância técnica, apreensões de bens e embargos de obras sem base fática e legal substanciosa. As ações biocêntricas concentramse numa postura radical, unilateral e não raro intransigente na defesa do ambiente natural, de etnias nativas e na preservação de bens culturais, buscando torná-los intocáveis, sem considerar conflitos humanos no uso dos recursos ambientais e demandas de ordem social, cultural e econômica, inevitavelmente transformadoras do meio e necessárias ao desenvolvimento. O biocentrismo forma uma escola doutrinária que retira o homem do centro das preocupações da lei ambiental, relevando sua importância quando da aplicação do direito concreto. Esse deslocamento do ser humano, do núcleo central do direito ambiental, transforma o aplicador da lei em guardião da vida, um Deus. Confere o biocentrismo ao operador do direito, ao gestor público, o poder holístico de privilegiar os recursos 8 Revista Canavieiros - Maio de 2010 naturais globais a cada decisão de caráter local, para tanto podendo aqueles descartar direitos, bens e pessoas, incluso o interesse nacional, em nome da “revolta do objeto” e da priorização das coisas que cercam o indivíduo, consideradas “sujeitos de direito”, ainda que formalmente não o sejam... Com efeito, o meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo, como expressa a Constituição, não se resume apenas ao equilíbrio natural, mas envolve a sadia qualidade de vida da população e, portanto, seus difusos, diversos e plurais anseios de desenvolvimento econômico e social em bases sustentáveis. Essa relação, de natureza humana, é o bem jurídico a ser constitucionalmente tutelado. No entanto, os segmentos biocêntricos distorcem o escopo da nossa humana e humanista Constituição, quando tratam de aplicar o arcabouço legal que tutela o equilíbrio ecológico. Julgam-se os biocêntricos, nesse diapasão, “imaculados”, face à elevação dos seus interesses. Assim, quando protegem os biomas, desconsideram inúmeros casos de propriedades inviabilizadas no seu uso, gerando conflitos e injustiças consideráveis. Os biocêntricos agem como que dotados do monopólio da virtude e, portanto, autorizados moralmente a ditar aos demais em que bases devem “nascer, viver e morrer”. Biocêntricos costumam analisar licenças e autorizações ou interpretar leis e tratados como vestais, como oráculos, como aiatolás ou “guias geniais dos povos”. Essa postura não é inédita, e certamente fascista. O conjunto de leis de defesa do patrimônio paisagístico natural e da tutela dos animais, elaborado na Alemanha Nazista, utilizava essa mesma forma de raciocínio. Com todo o ufa- nismo característico da ideologia totalitária, os “jus-ecologistas” do Reich Alemão equipararam animais domésticos aos selvagens, tornaram florestas “patrimônio da nação” e implementaram o que chamavam de “operações etnográficas” de segregação racial e territorial. Essa busca fascista pela pureza do meio, pela saúde e o respeito aos animais não se estendeu a outros seres racionais, visto o trato dispensado pelo Reich ao transporte, acomodação e destinação final de judeus. O biocentrismo brasileiro, embora não descure da característica estatolatria fascista e também combata a economia de mercado, difere da origem nacional socialista ao dissociar a preocupação ecológica dos interesses nacionais, criando, com isso, entraves às ações estruturantes do Estado. Esse direcionamento ideológico, contudo, reafirma sua face ecofascista na medida em que o Poder Público passa, sob égide biocentrista, a agir de forma invasiva, ditando normas de conduta cada vez mais restritivas no uso e gozo da propriedade, no direcionamento técnico e científico de análises e au-
  • 9. Ponto de Vista I torizações de empreendimentos, na conduta pessoal, no hábito dos cidadãos e na circulação de bens e serviços. O ecofascismo biocêntrico permitese atuar, autuar, investigar e julgar como se a realidade fática não mais importasse. Esse “luminar ideocrático” inverte valores e manipula a vontade popular. Cidadãos, aos quais o Poder Público deveria servir, passam a ser considerados, por seus agentes biocêntricos, seres incapazes racionalmente de escolher o melhor para si próprios. Minha preocupação é maior ainda com a contaminação do biocentrismo nos operadores do direito e gestores públicos que não detêm mandato popular e, estabilizados em suas funções, não se sujeitam ao controle direto da população. Um biocentrista, incrustado num desavisado sistema de tutela ambiental, corre o risco de agir sem limites, em prol de um conceito absolutamente relativo de “precaução e prevenção”, desatento aos aspectos humanos dos conflitos. a hídrica, por conta dos enormes entraves no licenciamento e das normas restritivas quanto ao uso do solo, editadas por uma burocracia cada dia mais acossada pelo biocentrismo, está se revertendo ao uso expressivo de energia fóssil - em especial usinas térmicas movidas a carvão e óleo combustível. Exemplo grave dessa dissonância na aplicação da legislação ambiental é a existência de um Código Florestal desfigurado e remendado. Recheado de conceitos doutrinários impositivos, apostos sem base científica na sua última versão introduzida por meio de unilateral Medida Provisória, o Código Florestal em vigor ainda não se viu convertido em lei pelo sistema democrático do processo legislativo parlamentar. Dessa forma, segue sendo “regulamentado” e “reinterpretado” sem guardar qualquer correspondência com seu objetivo inicial, a ponto de gerar mais discórdia e conflitos que efetiva proteção. Assim é que empreendimentos estratégicos para o desenvolvimento econômico do País acabam desestimulados pela lentidão, pelo volume de exigências administrativas que se engatam como vagões num extenso trem de carga burocrático (muitas vezes descabidas), quando não pela judicialização imprevista dos licenciamentos em curso ou autorizações já concedidas. A necessidade de um Código Florestal que respeite a realidade é óbvia. É urgente a necessidade de um marco legal que atenda proteção ambiental e desenvolvimento. É, aliás, o que reza a Declaração da ONU Sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento. No entanto, isso só se conseguirá com o combate duro, firme, constante e corajoso, à praga do ecofascismo biocêntrico que grassa e contamina o debate nacional sobre o tema. A matriz energética brasileira, até então calcada no desenvolvimento de energias limpas e renováveis, notadamente Há significativo crescimento da produção agrícola com inexpressivo aumento das áreas cultivadas, fato ofici- almente documentado que denota o crescente desenvolvimento tecnológico empregado pelo setor do agronegócio nos últimos anos. No entanto, o persistente ataque ecofascista à agricultura, acobertado pelo manto biocentrista, desvia o foco dos debates. A legislação ambiental brasileira deve ser aplicada nos moldes humanistas e democráticos, de maneira imparcial e justa. Os biocêntricos retiram o caráter democrático da gestão ambiental e fazem uso de outro falso dilema: defender o meio ambiente desumanizando a norma. Não podemos “cair” nessa armadilha silogística, pois não há humanismo no biocentrismo e repor o homem no centro das preocupações com o Desenvolvimento Sustentável é princípio constante da Declaração de Princípios da Conferência da ONU Sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, de 1992. É hora de desmascarar o biocentrismo. Urge que o Estado Brasileiro e a Sociedade Civil organizem esforços para a condução segura da política ambiental brasileira, em prol da sustentabilidade, do desenvolvimento e da democracia. *Antonio Fernando Pinheiro Pedro é advogado e consultor ambiental. É sócio-diretor do escritório Pinheiro Pedro Advogados e membro da Câmara Internacional de Comércio e da Câmara Americana de Comércio. É diretor da Associação Brasileira dos Advogados Ambientalistas. Foi secretário de Meio Ambiente do município de São Paulo. E-mail: fernando@pinheiropedro.com.br Revista Canavieiros - Maio de 2010 9
  • 10. Ponto de Vista II No mundo maravilhoso da Agrishow José Mario Paro* m amigo mineiro, muito astuto, acha que o ano está meio esquisito e que a agricultura anda meio custosa. U A diversidade e a qualidade do que esta sendo exposto denotam o grau de desenvolvimento tecnológico a que se chegou, na atividade. Traduzindo: acha ele que 2010 está estranho, confuso e a agricultura tem estado difícil e complicada. E, finalmente, para ficar com apenas três itens nesta análise, as boas feiras e exposições nos dão um balizamento sobre as tendências do setor em questão, refletindo onde os fabricantes e expositores estarão apostando suas fichas para o futuro. É só prestar atenção aos acontecimentos, no mundo e no país, para ver que ele tem boa dose de razão. Em nossa velha e boa agricultura, por exemplo, estamos tendo mais do mesmo. É a loteria de sempre. Pois foi nesta hora que nos chegou um alento: a realização da 17ª Agrishow ( Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação), realizada de 26 a 30 de abril, em Ribeirão Preto. Desde a época da faculdade, acostumei-me a visitar feiras e exposições agropecuárias e de temas correlatos. Com o tempo, fiz deste hábito um modo de aprendizado e já andei boa parte do país para participar destes eventos. Aprendi que uma boa feira ou exposição é um excelente termômetro do comportamento do setor a que se refere. O número de expositores e a quantidade do público interessado são índices seguros do potencial e do humor daquele mercado. Particularmente, este é o sentido que mais procuro captar. Voltando agora à 17ª edição da Agrishow: - pela sua grandiosidade, organização e número de expositores (730) e pela quantidade do público presente, não tenho dúvidas em afirmar que foi a melhor feira de máquinas e equipamentos que tive oportunidade de visitar, até a data; - pelos estacionamentos super lotados, por veículos de quase todos os Estados; pela multidão de agricultores presentes, ávidos por informações e novidades, observou-se, não só o potencial de mercado, mas também a credibilidade e a importância da agricultura e, num sentido amplo, do agronegócio para o Brasil. Tanto que os dois principais candidatos à Presidência da Republica se fizeram presentes; - o número de expositores de outros países, bem como a quantidade de estrangeiros, são testemunhas de como o mundo nos vê na produção agropecuária; - a quantidade, a variedade e a qualidade dos veículos, máquinas e equipamentos expostos, denotam o grau de complexidade e maturidade a que chegou a indústria nacional do setor, que apresentou um desenvolvimento tecnológico extraordinário; - chamaram a atenção: para a cana, máquinas e equipamentos para plantio e colheita mecanizados. Para os grãos, o tamanho e a qualidade das plantadeiras; a diversidade dos pulverizadores autopropelidos e as colheitadeiras gigantes, que custam mais de R$ 1.000.000,00. E quanto às tendências futuras? Duas se destacaram: automação das máquinas e a agricultura de precisão. É por ai que estamos indo, numa rapidez e qualidade até então inimagináveis. Merece menção e louvor o espaço reservado pelos organizadores à agricultura familiar, tão importante para o país. Em suma: foi um espetáculo grandioso, que coloca o agronegócio no lugar que lhe cabe e mostra, de maneira inquestionável, que não somos mais o país do futuro. Somos o país do presente! *diretor adjunto da Canaoeste 10 Revista Canavieiros - Maio de 2010
  • 11. Notícias Copercana Dia de Campo dos produtores de ovinos N o dia 27 de março, aconteceu o I Dia de Campo dos produtores de ovinos parceiros da Copercana na Fazenda Palhadão, em Jardinópolis, propriedade da produtora Márcia Saquy. A ideia de fazer a reunião dos produtores nesse formato objetivou a maior interação entre os produtores, a troca de experiência e a melhor visualização dos resultados obtidos com as técnicas implementadas na produção. O novo modelo de reunião mostrouse um sucesso, pois teve uma grande adesão por parte dos membros do grupo. Muitos levaram inclusive seus funcionários para participar. Após a visita nas instalações e uma breve apresentação do manejo feito na propriedade, todos se dirigiram à sede, onde foi proferida a palestra do Dr. Sergio, consultor do Sebrae, que conversou com os presentes sobre a criação de ovinos. Em seguida, foi servido o almoço, que foi um momento importante para descontração e confraternização entre os participantes. mais provenientes do confinamento totalizou 410 kg de carne, que colocados à venda no Supermercado Copercana já quase se esgotou em menos de um mês. Hoje no confinamento há 55 animais provenientes dos criadores Célio Figueiredo (São Simão), João Marcelo Bergamaschi (Batatais) e Paulo Sérgio Zucoloto (Pedregulho). Segundo os participantes, a adoção do formato de Dia de Campo foi positiva e veio fortalecer as relações entre os membros do grupo de ovinocultores, consultores e gestores. O próximo encontro será no mês de maio, na propriedade do criador Márcio Basso (Niba), em Taquaritinga. No dia 22/04 o confinamento recebeu a visita dos alunos do curso de Zootecnia da Unesp – Jaboticabal, acompanhados pele professor Dr. Américo da Silva Garcia Sobrinho, com o intuito de conhecer o trabalho que está sendo desenvolvido lá. .CONFINAMENTO A produção do ultimo lote de ani- Fonte: Ovinonews – Grupo de Ovinocultura da Copercana Revista Canavieiros - Maio de 2010 11
  • 12. Notícias Copercana Usina Coruripe inicia safra 2010 Usina Coruripe inicia safra 2010 Carla Rodrigues Evento foi marcado pela realização de missa solene e contou com a presença de diretores da Copercana J á é tradição da Usina Coruripe marcar o início de cada safra em suas filiais com uma missa solene, que sempre acontece na presença de funcionários, diretores e convidados. Neste ano, o ato religioso foi realizado no dia 12 de abril na unidade de Iturama, dia 14 em Campo Florido e no dia 19 em Carneirinho. O diretor da Copercana, Pedro Esrael Bighetti, e o gerente de Insumos, Frederico Dalmaso, estiveram prestigiando o evento na cidade de Campo Florido. “Esta cerimônia religiosa é esperada por todos nós. É aqui que paramos para refletir sobre tudo o que aconteceu com o setor sucroalcooleiro e aproveitamos para pedir que todas as nossas expectativas sejam atendidas”, disse Pedro Bighetti. Também participaram da missa o prefeito da cidade, José Catanant, os diretores da Usina Coruripe, Vitor Wanderlei Junior, Vitor Wanderlei, Maurício Tenório e o gerente geral Rui Nogueira Ramos, que apesar dos desafios que o se- Maurício Tenório, diretor gerente da Usina Coruripe; Vitor Wanderley, diretor -superintendente da Usina Coruripe; Hélvio, engenheiro agrônomo da Copercana; Frederico Dalmaso, gerente do Depto Insumos Copercana; Rui Ramos, gerente geral da Usina Coruripe; Vitor Wanderlei Júnior, diretor gerente da Usina Coruripe; Pedro Esrael Bighetti, diretor da Copercana e Nelson Krastel, presidente da Canacampo. tor tem pela frente, acreditam em uma previsão otimista para a safra de 2010, em torno de 3,6 milhões de toneladas de cana-de-açúcar. A unidade de Iturama celebrou o início de safra com previsão de moagem de 3,3 milhões de toneladas. Já a Usina Carneirinho deverá processar 1,4 milhão de toneladas. A filial de Limeira do Oeste deverá iniciar sua safra somente no mês de junho, com uma previsão inicial de moagem de 900 mil toneladas. Juntas, essas unidades mineiras deverão esmagar nesta safra aproximadamente 9,2 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, produzindo aproximadamente 727 mil toneladas de açúcar e 350 milhões de litros de álcool. *Com informações do “Jornal Correio da Região” e Assessoria de Comunicação Usina Coruripe Copercana realiza encontro para produtores de cana Carla Rodrigues Evento aconteceu em Frutal para divulgar o trabalho da cooperativa N o dia 13 de abril a Copercana em parceria com a BASF realizou um encontro para os produtores de cana-de-açúcar da cidade de Frutal e região. O evento contou com a participação de produtores e cooperados, além de convidados e autoridades, como a prefeita da cidade Maria Cecília Marchi Borges. Atualmente a Copercana (Cooperativa dos Plantadores de Cana do Oeste do Estado de São Paulo) tem mais de 100 cooperados em Frutal e recen12 Revista Canavieiros - Maio de 2010 Jaime Ribeiro Jr. (encarregado da Loja de Ferragens de Frutal), Pedro Esrael Bighetti (diretor da Copercana), Frederico Dalmaso (gerente Dp. Insumos) e Marcos de Felício (engenheiro Agrônomo Copercana)
  • 13. Notícias Copercana temente instalou uma loja de ferragens na cidade, que oferece produtos agrícolas variados e de qualidade. O intuito da reunião foi apresentar aos produtores de cana-de-açúcar da região o trabalho e as atividades realizadas pela cooperativa ao longo de seus 46 anos de sua existência. A cooperativa surgiu da necessidade de unir os agricultores e promover a mais ampla defesa de seus interesses. A Copercana possui aproximadamente 5.600 cooperados, 25 agências bancárias, quatro supermercados, 14 lojas de ferragens, três postos de combustíveis, além de dar todo o suporte que o produtor precisa. “Queremos que os mineiros façam parte da nossa cooperativa. Podemos oferecer a eles o apoio necessário para uma plantação saudável, além disso, o nosso cooperado também pode adquirir juros baixos a longo prazo”, disse Pedro Esrael Bighetti, diretor da Copercana. Compareceram aproximadamente de 110 produtores no evento O gerente comercial do departamento de insumos da Copercana, Frederico Dalmaso, explicou que a intenção da palestra foi, atender os atuais cooperados e atingir os não cooperados. “Queremos mostrar a todos os produtores que a Copercana pode oferecer banefícios e serviços com qualidade na parte agrícola”. O engenheiro agrônomo responsável pela cidade de Frutal, Marcos de Felício, falou sobre a importância de os cooperados saberem o que estão aplicando em sua área. “A Copercana permite aos cooperados receberem em suas propriedades, a visita de um agrônomo da cooperativa, que pode auxiliá-los a resolver os problemas”, explicou Marcos. O diretor Pedro Bighetti também destacou a importância de realizações de eventos como este, que levam até ao produtor informação. “Hoje o produtor precisa de tecnologia e desenvolvimento para conduzir seu plantio, mas para isso ele precisa receber instruções, e por esse motivo procuramos sempre estar realizando essas reuniões”, comentou o diretor. *Com informações do “Jornal Pontal”. Revista Canavieiros - Maio de 2010 13
  • 14. Notícias Copercana Entidades de Defesa Vegetal colocam 'Copercana' entre finalistas do "Prêmio Mundo de Respeito" Cooperativa de Sertãozinho está entre as cinco cooperativas, vencedoras do prêmio anualmente entregue pela DuPont, no mundo, às melhores iniciativas dos distribuidores pelas boas práticas agrícolas. N o dia 25 de maio próximo, a DuPont Brasil Produtos Agrícolas entregará o Prêmio “Mundo de Respeito DuPont”. Este ano, a Copercana – Cooperativa dos Plantadores de Cana do Oeste do Estado de São Paulo figura entre os vencedores da categoria Cooperativas na qual também estão às paulistas Camda (Adamantina) e Coopercitrus (Monte Azul Paulista), a paranaense Castrolanda (Castro) e a gaúcha Cotrijal (Não-me-Toque) . Os vencedores da edição 2010 receberão o prêmio em uma solenidade oficial que acontecerá na cidade de São Paulo. Eles foram selecionados por um comitê formado pelas principais entidades de Defesa Vegetal do Brasil: ANDEF – Associação Nacional de Defesa Vegetal ; ANDAV – Associação Nacional dos Distribuidores de Insumos Agrícolas e Veterinários ; OCB – Organização das Cooperativas do Brasil / SINDAG – Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Agrícola; INPEV – Instituto de Processamento de Embalagens Vazias; Coordenadoria de Defesa Agropecuária, da Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo e a Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, da USP. Unidade de armazenamento de Agrotóxicos da Copercana 14 Revista Canavieiros - Maio de 2010 Comissão Julgadora do Prêmio “Mundo de Respeito DuPont” 2010. Da direita para esquerda: Representante da ANDEF, INPEV, Organização das Cooperativas do Brasil – OCB, ANDAV, ESALQ-USP, Secretaria da Agricultura do Estado de São Paulo / CDA e DUPONT. O projeto ‘Mundo de Respeito’ integra um amplo programa da DuPont chamado “Segurança e Saúde no Campo”, por meio do qual a companhia já treinou no Brasil quase 380 mil agricultores em torno das boas práticas agrícolas, com ênfase no uso correto e seguro dos produtos fitossanitários e na utilização dos EPIs – Equipamentos de Proteção Individual. aos valores globais da companhia, que busca reconhecer, difundir e estimular as melhores práticas de sustentabilidade e operações seguras desenvolvidas pelas empresas distribuidoras de defensivos agrícolas”, explica o executivo. De acordo com o gerente de meio ambiente e sustentabilidade de negócios da DuPont para a América Latina, Donizeti Vilhena, o Prêmio “Mundo de Respeito DuPont” chega este ano à sua quinta edição na América Latina. “Trata-se de uma iniciativa alinhada Uma das líderes nas áreas de pesquisa e desenvolvimento de defensivos agrícolas e soluções em Biotecnologia, a DuPont conta com mais de 200 anos de existência. A companhia detém um portfólio de produtos de alta tecnologia, que atende plenamente às expectativas dos agricultores brasileiros. www.dupontagricola.com.br. SOBRE A DUPONT PRODUTOS AGRÍCOLAS Fonte: DuPont
  • 15. Consecana Notícias Canaoeste CIRCULAR Nº 02/10 DATA: 30 de abril de 2010 Conselho dos Produtores de Cana-de-Açúcar, Açúcar e Álcool do Estado de São Paulo A seguir, informamos o preço médio do kg do ATR para efeito de emissão da Nota de Entrada de cana entregue durante o mês de ABRIL de 2010. O preço médio do kg de ATR para o mês de ABRIL, referente à Safra 2010/2011, é de R$ 0,3888. O preço de faturamento do açúcar no mercado interno e externo e os preços do etanol anidro e hidratado, destinados aos mercados interno e externo, levantados pela ESALQ/CEPEA, no mês de ABRIL, são apresentados a seguir: Os preços do Açúcar de Mercado Interno (ABMI) incluem impostos, enquanto que os preços do açúcar de mercado externo (ABME e AVHP) e do etanol anidro e hidratado, carburante (EAC e EHC), destinados à industria (EAI e EHI) e ao mercado externo (EAE e EHE), são líquidos (PVU/PVD). Os preços líquidos médios do kg do ATR, em R$/kg, por produto, obtidos no mês de ABRIL, calculados com base nas informações contidas na Circular 01/10, são os seguintes: Tendo em vista que não houve informação do Açúcar Branco destinado ao Mercado Externo (ABME), o Mix de Comercialização recalculado para o mês de abril foi o seguinte: ABMI = 12,66; AVHP = 29,97; EAC = 12,91; EHC = 37,45; EAI = 0,87; EHI = 1,84; EAE = 2,79 e EHE = 1,51. A partir do mês de maio volta a ser adotado o mix de comercialização divulgado na Circular 01/10. MÉDIA DO MÊS DE ABRIL = R$ 0,3888/KG DE ATR Revista Canavieiros - Maio de 2010 15
  • 16. Notícias Canaoeste Orplana reúne-se com novo ministro da Agricultura Carla Rodrigues No encontro, foi entregue documento apontando as preocupações dos produtores de cana; Ortolan representou a Canaoeste M embros da diretoria e do conselho deliberativo da Orplana se reuniram em Brasília, no dia 22 de abril, com o novo ministro da Agricultura, Wagner Rossi, para parabenizá-lo pela nomeação na pasta e também entregar-lhe documento destacando preocupações do setor canavieiro. Rossi substituiu Reinhold Stephanes, que deixou o cargo para disputar as eleições deste ano. A Orplana foi representada pelo seu presidente, Ismael Perina Junior, a vice-presidente, Maria Christina Pacheco, o diretor tesoureiro, José Coral, e pelos conselheiros, Antonio Carlos Boldrin (MG), Gustavo Rattes (GO), o presidente da Canaoeste, Manoel Ortolan (SP), Ricardo Magnani (MT) e Clemente Lunardi (Consecana-SP). Entre as preocupações elencadas no documento estão a necessidade de reformulação do Código Florestal, a regulamentação do setor e a vulnerabilidade do preço do etanol. Segundo a Orplana, a demora na aprovação pelo Congresso Nacional do novo Código Ambiental con- tribui para a insegurança jurídica no campo, o que prejudica o produtor. Quanto à regulamentação que está em discussão no Ministério da Agricultura juntamente com a Casa Civil para diminuir os problemas de comercialização de etanol, a Orplana reforça “que seria de fundamental importância, pois a falta de instrumentos desta natureza tem trazido grandes problemas ao setor produtivo das áreas em questão”. A Orplana defendeu, ainda, “a disponibilização de financiamento de estoque de etanol às unidades industriais, pois esta ferramenta é importante para minimizar a queda de preço deste produto na safra.”, Segundo o documento, “esta queda compromete enormemente o preço da cana-de-açúcar, prejudicando, e muito, toda a classe dos produtores”. O documento ainda destaca as dificuldades enfrentadas pelos produtores de cana nas últimas safras. “Nas últimas três safras tivemos nossa rentabilidade violentamente comprometida em função dos grandes períodos de baixos preços, principalmente do etanol, que tem um sistema de comercialização extremamente prejudicial aos produtores e consumidores, beneficiando apenas algumas empresas intermediárias que atuam neste processo de comercialização”, diz a Orplana. 16 Revista Canavieiros - Maio de 2010
  • 17. Revista Canavieiros - Maio de 2010 17
  • 18. Notícias Cocred Balancete Mensal Cooperativa de Crédito dos Plantadores de Cana de Sertãozinho BALANCETE - Março/2010 Valores em Reais 18 Revista Canavieiros - Maio de 2010
  • 19. Revista Canavieiros - Maio de 2010 19
  • 20. Agrishow da retomada Cerimônia de abertura 2010 Carla Rodrigues 17ª edição da feira registrou um volume de financiamentos de R$ 1,150 bilhão, marca só menor do que a de 2004. Resultado indica que o agronegócio já se recuperou da crise C onsiderada um termômetro do agronegócio brasileiro, a 17ª Agrishow deste ano, realizada de 26 a 30 de abril, pode ser considerada como a edição da retomada dos investimentos do setor depois da crise econômica mundial. Em seus cinco dias – um a menos do que nos anos anteriores – os pedidos de financiamentos para a compra de máquinas e equipamentos, veículos e insumos, atingiu R$ 1,150 bilhão, bem acima da estimativa dos organizadores, que era de R$ 860 milhões. O movimento deste ano só não foi maior do que o de 2004, quando o volume de empréstimos chegou a R$ 1, 228 bilhão. Foram 730 empresas expositoras - de 45 países -, sendo 123 estreantes, 103 nacionais e 12 do exterior. O público foi de 142 mil pessoas - contra 140 mil do ano passado, e a área da feira neste ano estava 50% maior, com 360 mil metros quadrados. Além disso, a 17ª edição foi marcada pelo retorno das grandes fabricantes ligadas à Anfavea, como John Deere, New Holland, Case IH, Massey Ferguson, Valtra, Agrale e Yanmar, que não participaram da feira em 20 Revista Canavieiros - Maio de 2010 Na quinta-feira, dia 28, os pré-candidatos à Presidência da República, Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB), acompanhados de seus respectivos pré-candidatos ao governo de São Paulo, Aloizio Mercadante (PT) e Geraldo Alckmin (PSDB), visitaram a feira. mento Agrário, Guilherme Cassel, os ex-ministros da Agricultura, Reinhold Stephanes e Roberto Rodrigues, o vice-presidente de Agronegócios do Banco do Brasil, Luis Carlos Guedes Pinto, o deputado federal Duarte Nogueira, o deputado estadual Davi Zaia, a prefeita de Ribeirão Preto, Darcy Vera, o presidente da Agrishow, Cesário Ramalho e o presidente da ABIMAQ, Luis Aubert Neto.. Já na cerimônia de abertura estiveram presentes várias autoridades, entre elas, o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, o secretário da Agricultura do Estado de São Paulo, João Sampaio, o ministro do Desenvolvi- Durante o uso da palavra, o presidente da feira, Cesário Ramalho falou sobre o orgulho de anunciar uma nova Agrishow e de sua importância para o país. “Os produtores brasileiros precisam de uma feira assim para 2009. E os expositores aproveitaram a semana para lançar novos produtores (veja texto nesta página). Pré-candidatos à Presidência da República, Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) visitaram a feira e discursaram ao público presente e a imprensa
  • 21. Reportagem de Capa Secretário da Agricultura do Estado de São Paulo, João Sampaio, no momento da assinatura do protocolo de intenções para a Agrishow permanecer em Ribeirão Preto por mais 30 anos. inovar sua produção. Vivemos no berço da agropecuária, não podemos diferenciar o grande do pequeno produtor”, disse Ramalho. Para o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, o agricultor brasileiro é prejudicado com a falta de incentivos e também com a baixa renda, mas prometeu apoio ao setor. Público presente durante a cerimônia de abertura “Com a agricultura que plantamos, somos capazes de alimentar grande parte da população mundial. O presidente Lula conseguiu avançar no agronegócio, mas para darmos continuidade a isso, precisamos que o agricultor tenha renda compatível com seu trabalho para que possamos sempre melhorar a qualidade da agricultura brasileira”, explicou o ministro. Já o secretário da Agricultura do Estado de São Paulo, João Sampaio, aproveitou o momento para fazer o anúncio do “Pró-Implemento” com juros zero, assim como o “Pró-Trator”. Ele também anunciou a assinatura de um protocolo de intenções para a Agrishow permanecer em Ribeirão Preto por mais 30 anos. Alguns dos equipamentos e implementos expostos na feira: - A Agrale, fabricante de tratores destinado à agricultura familiar, expôs sua linha de tratores, destacando o modelo recém-lançado 5065.4 Compact. Esta máquina foi desenvolvida para trabalhar em áreas com espaçamentos reduzidos, sem danificar a cultura. - A Agrimec lançou sua Linha Fenação, com produtos de alta tecnologia destinados ao transporte de feno, que incluem os implementos Reboque Basculante e Recolhedor de Cilindricos de Feno para transporte de fardos. Já para o setor canavieiro, o lançamento foi o Cultivador Quebra-Rotativo com Aplicador de Herbicida para nivelar o solo pós-plantio, preparando-o para a colheita mecanizada. - A Jimenez Motores e Irrigação realizou durante a feira o lançamento do primeiro motor Flex fluel FPT de 1.9 litros e 16V para a indústria de irrigação mundial, além da fabricação de outros pro- dutos e equipamentos, como o conjunto de motobomba flex, diesel, carretel enrolador, tubo e conexões de aço/alumínio. - A Alpha Pneus apresentou sua linha de pneus importados com baixa compactação do solo, economia de combustível e de alta flutuação. São desenvolvidos para os segmentos de cana-de-açúcar, grãos, algodão, entre outros. - A Massey Ferguson apresentou sua nova série de tratores, a MF 4200 e também suas novidades para este ano, a Série MF 7000 Dyna-6, Série MF 7100, MF 9690 ATR e a Plataforma de Milho Série 3000. Quem visitou a feira pôde fazer a realização de test drives nas máquinas num espaço de seis hectares separados pela fábrica. - A New Holland Construction participou do evento com a minicarregaderia L175, a motoniveladora RG170B, a pá-caregadeira W170B e a retroescavadeira LB90, que atende produtores tanto do setor sucroalcooleiro quanto produtores de laranja e também empreiteiros de pequeno e médio portes. - A Rondon expôs durante a Agrishow o Rodotrem Cana Picada, usado para a formação em rodotrem, com cavalos mecânicos do tipo “cara chata”. O Semirreboque Bitrem Basculante Chapa de Alta Resistência, que conta com a maior capacidade de carga líquida (37.240 kg) e o Semirreboque Carrega-tudo com Pescoço Desmontável, este voltado para o transporte de máquinas agrícolas e peças de usinas. - A Santal aproveitou a oportunidade para apresentar os resultados da colhedora de cana-de-açúcar Santal Tendem S II, que foi lançada em setembro de 2009. Sua colheita pode ser realizada em qualquer tipo de canavial e em espaçamentos diferentes, através de suas frentes intercambiáveis. Revista Canavieiros - Maio de 2010 21
  • 22. Informe Publicitário Lançamento da Linha Busa Canavieiros H á mais de 50 anos, a Busa guia todos os seus objetivos para oferecer soluções inteligentes e resultados sempre confiáveis à agricultura. Líder nacional na fabricação de equipamentos para a colheita e benefício do algodão, a Busa abriu novos caminhos que possibilitaram atravessar as fronteiras do continente e exportar tecnologia para outros países. Hidráulicos Roll-on/Roll-off e 3000 conteineres. Graças à tradição da Busa no setor algodoeiro e sem abandonar suas origens, a Busa está sempre inovando e realizou no dia 28/04 no salão de eventos do PINGÜIM em Ribeirão Preto o lançamento da linha de equipamentos para o transporte de canade-açúcar picada: Semi-reboque Canaveiro 02 eixos e Dolly 02 eixos. Para acompanhar as necessidades do mercado, em 2006 a empresa estendeu todo seu know-how e iniciou a fabricação de equipamentos para o transporte de vários tipos de cargas. Desde então foram produzidos e instalados mais de 330 Sistemas 22 Neste evento a empresa contou com a presença de grandes produtores de cana-de-açúcar e usineiros do Brasil. Estes equipamentos estiveram expostos no estande da empresa durante todo o período da Agrishow 2010. Segundo informações do gerente comercial, Eduardo Rodrigues, a par- Revista Canavieiros - Maio de 2010 ticipação da Busa na Agrishow foi de grande importância, pois possibilitou fazer vários contatos e gerou resultados bastante otimistas. A previsão de vendas dessa nova linha de produtos para o próximo ano é de 100 conjuntos. Esses desafios são possíveis devido ao comprometimento que a Busa se propôs: oferecer produtos superiores e serviços diferenciados que proporcionem segurança aos seus clientes.
  • 23. Revista Canavieiros - Maio de 2010 23
  • 24. Destaque Presidente da Canaoeste participa de fórum do Canal Rural Carla Rodrigues Debate aconteceu durante a Agrishow D urante a 17ª Agrishow vários eventos foram realizados para discutir os assuntos mais polêmicos envolvendo o agronegócio. No dia 29 de abril, o Canal Rural organizou o fórum, “Crescer sem desmatar: o produtor à frente do seu tempo”, que contou com a participação do presidente da Canaoeste, Manoel Ortolan, do deputado federal Aldo Rebelo, relator do projeto que reformula o Código Florestal, da diretora da Abag-RP (Associação Brasileira do Agronegócio da Região de Ribeirão Preto), Mônika Bergamaschi, e do diretor da Aprosoja (Associação dos Produtores de Soja do Estado de Mato Grosso), Ricardo Arioli. João Batista Olivi (Canal Rural), Aldo Rebelo (Dep. Federal), Monika Bergamaschi (AbagRP), Ricardo Arioli (Aprosoja), Manoel Ortolan (Canaoeste). Rebelo afirmou que a comissão especial que analisa a reformulação do Código realizou 64 audiências públicas em 18 Estados. Segundo ele, “é impossível os produtores brasileiros continuarem produzindo nas condições atuais. Enquanto não resolvermos esta situação, a maioria dos agricultores continuará na ilegalidade. Queremos continuar protegendo o meio ambiente, mas o produtor também”, afirmou. “...é impossível os produtores brasileiros continuarem produzindo nas condições atuais. Enquanto não resolvermos esta situação, a maioria dos agricultores continuará na ilegalidade. Queremos continuar protegendo o meio ambiente, mas o produtor também”. 24 “ Revista Canavieiros - Maio de 2010 O presidente da Canaoeste, Manoel Ortolan, acredita que a legislação atual está atrapalhando a agricultura brasileira, que tanto traz benefícios e vantagens para nosso país. Ele também comentou que esta situação vivida pelos agricultores brasileiros conflita com a realidade do nosso agronegócio que, ao mesmo tempo em que produz fontes de energia e alimento, preserva o meio ambiente. Ortolan aproveitou o momento para lembrar que, no passado, havia programas oficiais de incentivo à abertura de fronteiras agrícolas. “Se antes houve desmatamento foi porque tivemos in- centivo público para isso e agora querem que o produtor recupere sua área com recurso próprio”, lembrou. Para o diretor da Aprosoja, Ricardo Arioli, os produtores rurais são os que fazem a preservação acontecer e garante que é possível aumentar a produção agrícola sem desmatar. “O Brasil é uma país com grandes áreas disponíveis para produção, o que falta para isso acontecer é mais comunicação com a sociedade urbana e parar de pensar como colônia. Temos que exigir mais. Por exemplo, o europeu não preserva, mas quer que os brasileiros preservem, e para isso acontecer precisamos impor um preço”, argumentou Arioli. Durante sua apresentação, a diretora da Abag, Mônika Bergamaschi, destacou que a segurança jurídica é fundamental para que o produtor se sinta motivado a investir na sua atividade. Além disso, ela também falou sobre a necessidade de redesenhar a matriz brasileira.
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  • 26. Informações Setoriais CHUVAS DE ABRIL e Prognósticos Climáticos e Prognósticos Climáticos No quadro abaixo, são apresentadas as chuvas do mês de ABRIL de 2010. Engº Agrônomo Oswaldo Alonso Assessor Técnico Canaoeste A média das observações de chuvas, durante o mês de ABRIL, “ficou” próxima (ao redor de 80%) à média da normalidade climática. Porém, as chuvas ocorreram de modo irregular, ou seja, na Algodoeira Donegá – Dumont e Faz Monte Verde – Cajobi as chuvas foram bem acima das médias; enquanto que, na FCAV Unesp Jaboticabal, C.E. Moreno, Faz Sta Rita, São Simão e Usina São Francisco, as chuvas “ficaram” próximas das respectivas médias; e, aquém (e até bem aquém) nos demais locais. Mapa 1:- Água Disponível no Solo entre 15 a 18 de ABRIL de 2010. O Mapa 1 ao lado, mostra que no período de 15 a 18 de ABRIL, o índice de Água Disponível no Solo na área sucroenergética do Estado de São Paulo apresentava-se como médio a até crítico na faixa Oeste do Estado. Nas demais áreas canavieiras, o solo encontravase com boa disponibilidade hídrica. 26 26 Revista Canavieiros - Maio de 2010 Revista Canavieiros - Maio de 2010 ÁGUA, usar s Protejam e preservem as n
  • 27. Informações Setoriais Mapa 2:- Água Disponível no Solo ao final de ABRIL de 2009. · A temperatura média poderá ficar ligeiramente acima das normais climáticas nas Regiões Centro-Oeste e Sudeste e próximas às respectivas médias nos Estados da Região Sul do Brasil; · Para os meses de maio a julho as chuvas poderão “ficar” próximas às médias históricas em todos Estados da Região Centro-Sul do Brasil (vide Mapa 4); · Como referência de normais climáticas de chuvas para Ribeirão Preto e municípios vizinhos, pelo Centro Apta-IAC, são de 55 mm em maio, 25 mm em junho e julho. O prognóstico de consenso entre INMET e INPE, para o trimestre maio a julho, mostrado no Mapa 4, é de que as chuvas poderão ser próximas à normalidade climática em toda área cinza e, na faixa verde - Estados da Região Nordeste as precipitações poderão ser acima da média. (Mapa 4) Mapa 3:- Água Disponível no Solo, 50 cm de profundidade, ao final de ABRIL de 2010. A SOMAR Meteorologia, com a qual a CANAOESTE mantém convênio e em sua região de abrangência, assinala que as chuvas poderão ser, tal como o consenso INMET e INPE, entre próximas das respectivas médias climáticas nos meses de maio a julho, mas também prevê idêntica condição para agosto. Nota-se que os índices de Disponibilidade de Água no Solo, ao final de ABRIL deste ano (Mapa 3), mostravam-se como médios a baixos em toda área sucroenergética do Estado de São Paulo, com exceção da faixa paulista limitando com o Paraná; enquanto que, ao final de ABRIL do ano anterior (Mapa 2), em extensa área divisando com Minas Gerais e logo abaixo de Bauru apresentava-se com boa Disponibilidade de Água no Solo. Para subsidiar planejamentos de atividades futuras, a CANAOESTE resume o prognóstico climático de consenso entre INMET (Instituto Nacional de Meteorologia) e INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) para os meses de maio a julho. sem abusar ! Quanto às previsões de chuvas para estes meses iniciais a meio de moagem desta safra maio a agosto, recomenda-se aproveitar ao máximo os dias e tempos disponíveis para colheita e entregas de cana, bem como os necessários tratos culturais, tal como os recomendados pelos Técnicos CANAOESTE. Estes prognósticos serão revistos a cada edição da Revista Canavieiros e fatos ou prognósticos climáticos relevantes serão noticiados em nosso site www.canaoeste.com.br . Continuem acompanhando! Persistindo dúvidas, consultem os Técnicos mais próximos ou através do Fale Conosco CANAOESTE. nascentes e cursos d’água. Revista Canavieiros - Maio de 2010 Revista Canavieiros - Maio de 2010 27 27
  • 28. Artigo Técnico I Compactação do solo na colheita mecanizada da cana-de-açúcar Mauro Sampaio Benedini Armene José Conde Gerentes Regionais - Centro de Tecnologia Canavieira 1 – INTRODUÇÃO - O solo é constituído de um sis tema composto de 3 fases: sólida, líquida e gasosa (ar). A planta precisa ter à sua disposição água e nutrientes, que juntamente com a energia solar, sintetizam seus alimentos. Para isso o sistema radicular deve estar bem desenvolvido e bastante profundo, no caso particular da cultura da cana-deaçúcar, e com presença de oxigênio. O sistema radicular da cana apresenta três tipos de raízes, todas com função de absorver água e nutrientes, porém têm características peculiares. Raízes aerotróficas (superficiais) para absorção de água e nutrientes; raízes de suporte para fixação e estabilidade dos colmos e raízes cordão para absorção de água (principalmente) em profundidade que podem ir a até 2 metros ou mais de profundidade no solo. Figura 1 – Esquema gráfico do tráfego do caminhão e do guincho em sistema de carregamento mecanizado. Fonte: CTC Figura 2 - Esquema gráfico do tráfego na colheita mecanizada com colhedora e transbordo. Carregamento individual das ruas e maior compactação do solo. A compactação do solo prejudica o desenvolvimento desse sistema radicular por modificar a relação entre solo, água e planta; reduzindo os macroporos do solo, diminuindo a taxa de infiltração de água e o seu armazenamento; resultando em menores absorções de água e nutrientes pela planta, e consequente menor produtividade do canavial. A colheita mecanizada da cana-deaçúcar causa maior compactação no solo, relativamente à colheita manual, devido ao tráfego intenso no campo, que se não controlado, resulta em pisoteio acentuado na linha de cana, que é muito grave. As Figuras 1 e 2 exemplificam o tráfego existente nos sistemas de colheita manual com guincho e o mecanizado com colhedoras. De qualquer forma a compactação é maior na colheita mecanizada. O objetivo deve ser minimizar seus efeitos nocivos. 28 Revista Canavieiros - Maio de 2010 2 – Métodos de avaliação da compactação Em toda área de plantio, seja ela de reforma ou expansão, além da análise química do solo; recomenda-se também a avaliação do seu estado físico, para detectar possíveis problemas de compactação. Os métodos mais recomendados para avaliar a compactação são: TRINCHEIRAS - O Programa de Diagnóstico de Compactação de Solos do CTC utiliza o Método das Trincheiras como ferramenta de análise. O método detecta no perfil de solo as camadas compactadas na parede de uma trincheira através da análise conjunta da consistência do solo quando seco e da sua densidade. A consistência evidencia áreas do perfil onde a resistência é maior e deverá oferecer dificuldades ao cresci-
  • 29. Artigo Técnico I mento radicular. A densidade quantifica a resistência e/ou a alteração que o solo sofreu, quando comparado com padrões para o mesmo tipo de solo e textura. Utilizando-se dos dados levantados pelo processo é possível definir um programa de preparo do solo que irá contemplar ou não a utilização da subsolagem; possibilitando a utilização de preparo reduzido, plantio direto ou a substituição da subsolagem por operações mais baratas. Figura 05 - Retirada de amostra de solo indeformada para análise de densidade. O método da trincheira segue o esquema da Figura 03, aberta com retroescavadora e com parede acertada com pá reta, manualmente, para retirar a "fatia" do perfil do solo que a escavadora abalou ("estrondou") e alterou o estado de compactação do solo. Após aberta e avaliada, a trincheira mostra as camadas compactadas do solo (Figura 4). Figura 3 - Representação esquemática da trincheira Figura 4 - Perfil da trincheira em área de 5 cortes colhidos mecanicamente. As setas verdes representam as soqueiras. O espaçamento é 1,50m. Foto: Ivo Belinaso. Fotos: Armene Conde ANÉIS VOLUMÉTRICOS – Utilizados para a obtenção da densidade do solo, os anéis volumétricos podem ser retirados no perfil do solo através de trincheiras (1 trincheira para 50 hectares) ou ainda sem abertura de trincheiras como mostra a Figura 5, com maior número de amostras (1 amostra para cada 5 hectares), através da utilização de uma sonda especialmente desenvolvida para este trabalho. As profundidades recomendadas para coleta em cada ponto são 20 e 40 cm. Em um volume conhecido de solo e após a secagem em estufa a 105o.C por 24 horas, tem-se o peso somente das partículas de solo. O produto do peso do solo sobre o volume dá a unidade de medida de g/cm3. Levando em consideração a composição química e física do solo é possível concluir se o solo está compactado ou não. Este tempo de secagem e a temperatura foram obtidos através de estudos no qual a matéria orgânica do solo não é queimada. PENETRÔMETROS - São aparelhos destinados a medir a resistência do solo no qual penetram. Nos penetrômetros convencionais, a resistência à penetração é lida através de um dinamômetro. Existem também os de impacto onde a medida é feita através do impacto de um peso que cai de uma altura constante, em queda livre, sobre uma haste, fazendo dessa forma, que ela penetre no solo. Conta-se o número de impactos necessários para que o aparelho penetre a uma determinada espessura (penetrômetros dinâmicos). Revista Canavieiros - Maio de 2010 29
  • 30. Artigo Técnico I Deve-se ter cuidado nas análises dos resultados, pois a resistência à penetração (RP) varia com a textura do solo, umidade e com o tipo de equipamento, uma vez que penetrômetros diferentes em solos iguais resultam em medidas diferentes de RP. A vantagem da utilização desses aparelhos é a facilidade operacional. Em caso de dúvidas devesse abrir trincheiras e certificar-se da existência ou não da compactação. 3 - Avaliação da compactação Em função do teor de argila, a densidade do solo varia (Tabela 01), ou seja, quanto mais argiloso for um solo, mais leve ele será, ao contrário do conceito que temos de que o solo arenoso é mais leve e o argiloso mais pesado. Também é errado pensar que solos arenosos não apresentam compactação, pois compactam tanto quanto os solos argilosos. noso" para a amostra de 40 cm e "Muito arenoso" para 20 cm. O manejo inadequado do solo também contribui para a deterioração de suas características físicas (Tabela 2). O menor revolvimento do solo durante o preparo evita a alteração de sua estrutura. Ensaios conduzidos no CTC mostram que a taxa de infiltração de No solo arenoso a compactação água no solo apresenta diferença sigprovoca maior perda de produtivida- nificativa entre diferentes sistemas de de na cultura da cana, pois neste solo preparo. No preparo convencional, o sistema radicular tem que explorar onde são realizadas duas gradagens maior área para ter a mesma quantida- pesadas, subsolagem grade intermedide de nutrientes que teria em um solo ária, grade niveladora, sulcação, planargiloso que normalmente é mais fértil tio e cobrimento de mudas a taxa de e possui maior disponibilidade de água infiltração de água no solo média foi de por um período menor, normalmente. 100,16 mm/h. Onde foi realizado o preSem a possibilidade de desenvolvi- paro reduzido, com eliminação química mento radicular, tudo é mais difícil no da soqueira, subsolagem, sulcação, solo arenoso. Para os argissolos re- plantio e cobrimento de mudas; a taxa comenda-se utilizar as faixas de "Are- média foi de 340 mm/h. Tabela 2 - Taxa de infiltração de água no solo em cana-planta em dois tipos de preparo de solo. Ivo Belinaso. Preparo do solo Taxa de infiltração de água no solo (mm/h) Linha de cana Entrelinha Média Convencional 317,6 45,8 100,16 Reduzido 504,9 298,9 340,00 Coerentemente com o exposto, outros trabalhos conduzidos pelo CTC mostram que não é necessário o cultivo com haste subsoladora em soqueiras colhidas com solo seco, pois o solo não compacta. Pode-se aplicar o fertilizante sobre a soca ou apenas ser levemente incorporado ao solo se o fertilizante tiver produtos nitrogenados que volatilizem. 30 Revista Canavieiros - Maio de 2010 O recomendado é que se direcione a compactação do solo durante a safra para a entrelinha da cana, através da sistematização da área e canteirização da lavoura, evitando o tráfego sobre as linhas de cana e evitar colher com solo úmido, entre outras técnicas já comentadas em Boletins Fornecedores anteriores. Emprego de máquinas e veículos desenvolvidos, de modo que o solo possa suportar o tráfego sem alterar suas propriedades físicas como máquinas equipadas com esteiras ou com pneus de baixa pressão, veículos com pneus de baixa pressão e alta flutuação e carga adequada por eixo também são recomendados. A canteirização, ou seja, o ajuste de bitolas dos equipamentos e a utilização de espaçamentos tecnicamente corretos; vem sendo, portanto, o procedimento mais indicado. O outro procedimento com a compactação é o corretivo; eliminando a área compactada através da subsolagem na época de reforma ou com o cultivo das soqueiras com hastes subsoladoras, se a colheita foi com solo úmido. Como a operação é onerosa, necessita de mensurar a real necessidade da operação. Figura 6 - Efeito do tráfego num solo com três níveis de umidade. Solo seco (A), solo com 15 mm de precipitação (B) e solo com 30 mm de precipitação (C). Foto: Ivo Belinaso. Outros ensaios mostram também que o solo apresenta uma resistência à deformação inversamente proporcional ao seu conteúdo de umidade. Na Figura 6, observa-se que o tráfego em solo seco provocou uma deformação de 14,7 cm, no solo submetido a uma precipitação de 15 mm a deformação foi de 21,3 cm e, quando o solo foi submetido a uma precipitação de 30 mm, a deformação foi de 31,7 cm. 4 - Procedimentos a serem tomados
  • 31. Artigo Técnico I Foto: Jorge L. Donzelli A profundidade de subsolagem deve ser Figura 7 - Medidas corretivas de descompactação do solo. a da camada mais profunda onde se apreUtilização do subsolador. sentar a compactação. Para que o subsolador trabalhe numa profundidade de 50 cm que é a normalmente recomendada (Figura 7); é necessário que a potência do trator seja de 50 HP por haste. As medidas devem ser efetuadas a partir da linha de referência, que tangencia os pontos mais baixos do terreno. O sentido da subsolagem ou equipamento de preparo reduzido preferencialmente deverá formar ângulo com a direção de plantio anterior. Ângulo de no máximo 45º, se a declividade do terreno for maior que 3% e ângulos de até 90º, se a declividade for menor que 3%. Quando a compactação é alta e dependendo da época (seca) recomendamos subsolagens cruzadas.] 5 – Considerações finais A adubação da cana fornece parte dos nutrientes necessários para uma boa produtividade. Esses nutrientes representam aproximadamente 6% da composição da planta. O restante é carbono, oxigênio e hidrogênio; fornecidos pela natureza. É necessário disponibilizá-los ao canavial. Portanto, prevenir a compactação do solo, é a recomendação. A frase citada em relatórios internos do CTC “aumento da longevidade do canavial, com estabilidade da produção em níveis elevados de produtividade” deve ser exaustivamente refletida e analisada, pois representa quebra de paradigma sobre o ciclo da cana-de-açúcar ser semi-perene. Experimentos conduzidos pelo CTC em associadas ratificam a maior longevidade do canavial no sistema “cana crua canteirizada”, constatado na prática pelo Controle Mútuo Agrícola (CMA), resultando em um “canavial quase perene”. Na prática isso representa uma reforma a cada dez anos, ao invés de duas. Ao se quantificar o custo em reais da reforma do canavial, observa-se a enorme vantagem da adoção das técnicas preventivas contra a compactação. A dificuldade inicial em sistematizar e canteirizar um canavial é totalmente recompensada por esta maior longevidade e produtividade. Revista Canavieiros - Maio de 2010 31
  • 32. 32 Revista Canavieiros - Maio de 2010
  • 33. Safra de Grãos Safra de grãos supera anterior em 8,7% A produção de grãos no Brasil confirma, mais uma vez, números recordes. O resultado do oitavo levantamento do ciclo 2009/10, divulgado no início de maio, pela Conab, foi estimado em 146,87 milhões de toneladas. Esta é a maior colheita da história, 8,7% superior às 135,13 milhões de toneladas da última safra. Com relação ao mês passado (146,31 milhões de toneladas), o desempenho é 0,4% maior. As variáveis responsáveis por isso são o bom regime de chuvas nas áreas de maior produção, a manutenção da boa produtividade do milho dos estados do Paraná e Goiás e a evolução na área do milho segunda safra e de plantio da soja em Mato Grosso. A soja deve alcançar 67,86 milhões de toneladas, 18,7% ou 10,70 milhões de toneladas a mais que na safra anterior. Já o milho segunda safra cresceu 16,8%, totalizando 20,26 milhões de toneladas. Somadas a primeira e a segunda safras do cereal, a produção deverá atingir 54,18 milhões de toneladas, com ganho de 6,2% em relação ao período passado. O percentual representa 3,18 milhões de toneladas a mais. Quase todo o milho já foi colhido, ou seja, cerca de 97%. Em todo o País, a situação da colheita é de 60% para o milho primeira safra e de 76% para o arroz. O feijão primeira safra está com a colheita encerrada, enquanto que o de segunda está ainda no início. Área – Com a contribuição de algumas culturas para ampliação da área, o total plantado é de 47,5 milhões de hectares, inferior em 0,4% (172,1 mil ha) ao ciclo 2008/09. A área total de milho deve chegar a 13,03 milhões de ha, com redução de 8,1% sobre o último período (14,2 milhões de ha) e de 15,9% na produtividade. O milho segunda safra registrou aumento de 19,1% (288 mil ha), em Mato Grosso, e de 13,8% (51,3 mil ha), em Goiás. A soja também teve elevação de área de 6,9% (1,49 milhão ha). Outros grãos não tiveram o mesmo desempenho, como o arroz (- 115,4 mil ha), o milho primeira safra (-1,23 milhão ha), o feijão segunda safra (- 287 mil ha) e o algodão (- 7,2 mil ha). Safra de inverno – Pesquisa preliminar sobre a safra de inverno indica que haverá redução na área semeada com trigo. Os estados do Rio Grande do Sul e Paraná respondem por 89% do total nacional. A previsão é de que serão produzidos 4,43 milhões de t, ou seja, 86,4% da totalidade no País (5,14 milhões de t). Estão em fase inicial de plantio, além do trigo, as outras culturas de inverno - aveia, cevada, centeio, canola e triticale. Os técnicos da Conab ouviram representantes de cooperativas e sindicatos rurais, órgãos públicos e privados em todos os estados, no período de 22 a 28 de abril. Fonte: Conab Repercutiu “É um bom exemplo do que os países emergentes podem fazer para agregar valor a uma matériaprima. Isso me ajuda a entender porque a UNICA quer reduzir as tarifas e os subsídios”. Pascal Lamy, secretário-geral da OMC (Organização Mundial do Comércio) “Temos que levar nossas tecnologias desenvolvidas ao longo de todos esses anos, nosso know-how, nossa legislação na área, ganhando dinheiro com isso e não apenas vendendo álcool.” Roberto Rodrigues, ex-ministro da Agricultura, durante o debate sobre biocombustíveis no Fórum Mundial de Agricultura, em Brasília. Em fevereiro, foram inauguradas as novas instalações da Associação Canavale, criada em maio de 2008, localizada na cidade de Uberaba e presidida pelo Sr. Alexandre Jorge Saquy Neto. A Canavale é composta por aproximadamente 30 associados, dos quais vários já são cooperados da Copercana e são fornecedores da Usina Vale do Tijuco – Uberaba. Carlos Eduardo (Superintendente Usina Vale do Tijuco), Pedro E. Bighetti (diretor Copercana), Nelson Krastel (Presidente Associação Canavale), Alexandre Saquy (Fornecedor Usina Vale do Tijuco), Frederico Dalmaso (gerente Dep. Insumos da Copercana), Felipe (Diretor Comercial Fertigran), Flávio Guidi (eng. Agrônomo Copercana Uberaba) e Jamim (Acessor Contabil Canavale). Revista Canavieiros - Maio de 2010 33
  • 34. Assuntos Legais Queima de Palha de Cana-deaçúcar - suspensão das autorizações no Estado de São Paulo. Resolução SMA - 35, de 11 de maio de 2010 O artigo 7º, da Lei Estadual nº 11.241/2002 e, o artigo 14, do Decreto nº 47.700/2003, autorizam a suspensão das autorizações para uso do fogo como método despalhador da cana-de-açúcar em todo Estado de São Paulo, quando a umidade relativa do ar estivar muito baixa, podendo ocasionar risco à saúde pública. Com base nos sobreditos artigos, a Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, publicou no Diário Oficial do Estado de 12 de maio de 2010, a Resolução SMA nº 35, de 11.05.2010, proibindo a queima de palha de cana-de-açúcar no período de 01 de junho a 30 de novembro deste ano, das 6:00 hs às 20:00 hs. Referida Resolução, prevê a suspensão da queima da palha de canade-açúcar em qualquer horário do dia, quando o teor médio da umidade relativa do ar for inferior a 20%, medido das 12:00 hs. às 17:00 hs., pelos pos- 34 Revista Canavieiros - Abril de 2010 Maio tos oficiais determinados pela Secretaria do Meio Ambiente, ocasião em que ficam sem validade os comunicados de queima a ela previamente encaminhados. Tal suspensão será declarada pela Secretaria do Meio Ambiente às 18:00 horas do dia que se observar a baixa umidade e será aplicada a partir das 6:00 horas do dia posterior a referida declaração. Após o dia 30 de novembro, poderá ocorrer a suspensão da queima quando a umidade relativa do ar ficar abaixo de 30% (trinta por cento) e acima de 20% (vinte por cento), durante dois dias consecutivos. Neste caso, ficará suspenso o uso do fogo como método despalhador da canade-açúcar no período compreendido das 6:00 hs às 20:00 horas do dia posterior à declaração de suspensão, efetuada pela Secretaria do Meio Ambiente, sempre às 18:00 horas do segundo dia consecutivo que perdurar a umidade acima descrita. Nada impede, portanto, que a Secretaria do Meio Ambiente possa suspender mais vezes Juliano Bortoloti - Advogado a autorização Departamento Jurídico Canaoeste de queima quando as condições climáticas ou a qualidade do ar estiverem desfavoráveis e, se isso ocorrer, cumpre informar que NÃO SE PODE EFETUAR A QUEIMA EM HIPÓTESE ALGUMA - até mesmo porque os órgãos ambientais estarão procedendo intensiva fiscalização nestes períodos -, sob pena de sofrerem as sanções cabíveis, tais como multas vultosas, além de responder judicialmente em ações cíveis e criminais. Cumpre informar que é de extrema importância que os fornecedores se informem com antecedência junto os técnicos/ agrônomos da CANAOESTE sobre as condições futuras de clima (já que a Canaoeste possui convênio com órgãos de previsão de umidade relativa do ar), para evitar transtornos em seu planejamento de queima, pois esta safra promete baixos índices de umidade relativa do ar, assim como consultarem o “link” específico sobre as suspensões de queima (Queima da Palha de Cana) no “site” da Secretaria do Meio Ambiente: (www.ambiente.sp.gov.br).
  • 35. Revista Canavieiros - Maio de 2010 35
  • 36. Biblioteca Cultura “GENERAL ÁLVARO TAVARES CARMO” Cultivando a Língua Portuguesa O cooperativismos no Brasil Diva Benevides Pinho Esta coluna tem a intenção de maneira didática, esclarecer algumas dúvidas a respeito do português "A alegria não está nas coisas: está em nós" Goethe(escritor alemão) 1) Como está, prezado amigo leitor, seu “DIA A DIA”? Depende... Renata Carone Depois do Novo Acordo Ortográfico, a locução substantiva Sborgia* como DIA A DIA não recebe hífen. Portanto, para o seu DIA A DIA estar com qualidade, sem hífen. 2) Maria está com dor... O médico receitou um ótimo “ANTIINFLAMATÓRIO”. Prezado amigo leitor, a dor não melhorará com a prescrição escrita de forma incorreta. Depois do Novo Acordo Ortográfico, nas formas com prefixos (ANTI é prefixo), coloca-se o hífen quando o primeiro elemento (antI) termina com a mesma vogal que inicia o segundo elemento (Inflamatório). (obs.: existem outros prefixos que seguem a regra acima) Assim: ANTI: prefixo- primeiro elemento-termina com a vogal i INFLAMATÓRIO: segundo elemento—começa com a vogal i O correto é : ANTI – INFLAMATÓRIO ( com hífen). 3) Pedro está chateado... aconteceu uma confusão no departamento da empresa... comentou com os amigos: - Meu chefe ficou “PARANÓICO”? Sem entrar na esfera da Psicologia com a expressão acima. Com a escrita com acento, com certeza, ficou! Sem o acento, acertou a escrita. Afinal, prezado amigo leitor, não conhecemos o Chefe, a confusão que ocorreu... E a regra da expressão? Com o Novo Acordo Ortográfico, os ditongos “ÉI” e “ÓI” das palavras paroxítonas (quando a sílaba tônica - forte - é a penúltima) não receberão mais acento, lembrando que a pronúncia (aberta ou fechada) continua. O correto é : PARANOICO. Agora, independente da esfera profissional, com a expressão escrita de forma correta: PARANOICO! PARA VOCÊ PENSAR: O último poema Assim eu quereria o meu último poema. Que fosse terno dizendo as coisas mais simples e menos intencionais Que fosse ardente como um soluço sem lágrimas Que tivesse a beleza das flores quase sem perfume A pureza da chama em que se consomem os diamantes mais límpidos.... Manuel Bandeira Dicas e sugestões, entre em contato: renatacs@convex.com.br * Advogada,Profa. de Português, Consultora e Revisora, Mestra USP/RP, Especialista em Língua Portuguesa, Pós-Graduada pela FGV/RJ, com MBA em Direito e Gestão Educacional, autora de vários livros como a Gramática Português Sem Segredos (Ed. Madras), em co-autoria. 36 Revista Canavieiros - Maio de 2010 F azendo uma análise dos fatos que estão mudando o Cooperativismo brasileiro, no início do século XXI, a obra destaca a substituição da unicidade pela pluralidade de representação das cooperativas, a emergência da economia cooperativa solidária, as alterações introduzidas pelo novo Código Civil e, no ramo crédito, a abertura do Banco Central do Brasil ao microcredito cooperativo. O livro apresenta, na Parte I, o Cooperativismo brasileiro a partir das pré-cooperativas até as inovações do Século XXI; e na Parte II, sob a forma de verbetes, a Vertente Cooperativa Pioneira, cujas raízes estão no final do século XIX, mas que se consolida como sistema a partir de 1970; e a nova Vertente de Economia Solidária, embasada no crédito solidário como instrumento de concessão de pequenos empréstimos, sem burocracia e sem formalidades, a empreendimentos populares de pequeno porte, tendo em vista a potencialidade do negócio e o caráter do(s) empreendedor (es). Fonte: Site Editora Saraiva Os interessados em conhecer as sugestões de leitura da Revista Canavieiros podem procurar a Biblioteca da Canaoeste, na Rua Augusto Zanini, nº1461 em Sertãozinho, ou pelo telefone (16)3946-3300 - Ramal 2016 marcia.biblioteca@canaoeste.com.br
  • 37. Agende-se Junho de 2010 CONFERENCIA INTERNACIONAL DE BIOCOMBUSTIVEIS Período do evento: 26 a 28 de maio de 2010 Local: Centro de Convenções da FAAP Fundação Armando Alvares Penteado End: Rua Alagoas, 903 - Higienópolis - Prédio 5 CEP: 01242-001 - São Paulo - SP Público alvo: Empresários, governo, técnicos, pesquisadores, especialistas e profissionais da área de biomassa e biocombustíveis. Bahia Farm Show Feira de Tecnologia Agrícola e Negócios Empresa Promotora: Aiba , Abapa, Fundação BA e Prefeitura Municipal Tipo de Evento: Exposição / Feira Início do Evento: 01/06/2010 Fim do Evento: 05/06/2010 Estado: BA Cidade: Luís Eduardo Magalhães Localização do Evento: BR 020/242 Km 535 Informações com: Aiba - Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia Site: www.bahiafarmshow.com.br Telefone: 77 3613-8000 E-mail: comercial@bahiafarmshow.com.br PERSPECTIVAS DO BRASIL FRENTE AOS DESAFIOS DASUSTENTABILIDADE Data: 10 e 11 de junho de 2009 Local: Pavilhão de Engenharia ESALQ/USP Professor Coordenador: Carlos Eduardo Pellegrino Cerri Valor: Estudantes: (até dia 04/junho) R$ 50,00 - (depois dia 04/junho) R$ 60,00 Profissionais: (até dia 04/junho) R$ 150,00 - (depois dia 04/junho) R$ 200,00 Organização e Realização: GELQ Grupo de Estudos "Luiz de Queiroz" 2011 Inscrições e informações: FEALQ: (19) 3417-6604 / 3417-6601 www.fealq.org.br - cdt@fealq.org.br GELQ: www.gelqesalq.com.br - gelq2011@esalq.usp.br FEICORTE 2010 - 16ª FEIRA INTERNACIONAL DA CADEIA PRODUTIVADACARNE Emp.Promotora: Agrocentro Empreendimentos e Participações Tipo de Evento: Exposição / Feira Início do Evento: 15/06/2010 Fim do Evento: 19/06/2010 Cidade: São Paulo / SP Localização do Evento: Centro de Exposições Imigrantes Informações com: Equipe Agrocentro Site: www.feicorte.com.br Telefone: 11 5067-6767 E-mail: feicorte@agrocentro.com.br HORTITEC - 17ª EXPOSIÇÃO TÉCNICA DE HORTICULTURA,CULTIVOPROTEGIDOECULTURASINTENSIV AS Empresa Promotora: RBB Feiras e Eventos Tipo de Evento: Exposição / Feira Início do Evento: 16/06/2010 Fim do Evento: 18/06/2010 Estado: SP Cidade: Holambra Localização do Evento: Recinto de Exposições de Holambra Informações com: RBB Feiras e Eventos Site: www.hortitec.com.br Telefone: (19) 3802-4196 E-mail: vendas@rbbeventos.com.br IVWORKSHOP"AGROENERGIA: MATÉRIAS PRIMAS" Local: Auditório da Cana-de-açúcar - Anel viário Km 231, Ribeirão Preto - SP Período do evento: 30/06/2010 a 01/07/2010 Objetivos: O evento tem como objetivo fomentar debates e treinamento sobre as questões do Futuro Energético Sustentável, produção de bioetanol, biodiesel e culturas agroenergéticas (matérias-primas), com enfoque nas oportunidades para a região de Ribeirão Preto, para o meio ambiente e a sustentabilidade dos agroecossistemas (com ênfase em plantio direto e cobertura do solo) Informações e inscrições: http://www.infobibos.com/ agroenergia/ Fone: (16) 3637-109 25º SEMINÁRIO COOPLANTIO Empresa Promotora: Cooplantio - Cooperativa dos Agricultores de Plantio Direto Tipo de Evento: Seminário / Jornada Início do Evento: 30/06/2010 Fim do Evento: 02/07/2010 Estado: RS Cidade: Gramado Localização do Evento: Hotel Serrano Informações com: Cooplantio Site: www.cooplantio.com.br/seminario Telefone: 51 3481-3333 E-mail: cooplantio@cooplantionet.com.br Revista Canavieiros - Maio de 2010 Revista Canavieiros - Maio de 2010 37 37
  • 38. VENDEM-SE - Fazenda: Boa Esperança com área (420há) Matricula 2278 Cidade: Bonfinópolis de Minas - MG - Fazenda: Pedras (Boa Vista) com área (558 há) Matricula 2280 Cidade: Bonfinópolis de Minas - MG - Fazenda: Lagoa Formosa (101,64ha) Matricula (1433) Cidade: Guaraci - SP - Fazenda: Nossa Senhora de Fátima (Gleba B Quinhão 5; 87,94 hectares ); (Gleba B Quinhão 4; 118,85 hectares) ; (Gleba B Quinhão R4; 27,52 hectares; Matricula 9041) Cidade: Luiz Antonio - SP - Terras: A - Um Quinhão de terra em Ribeirão Preto Sob n° 14 Área 9,34,50 hectares) - Matricula (34118) ; B - Um lote de terra em Ribeirão Preto Sob n°15 Área 11, 34,50 hectares) Matricula (34119); C - Um Imóvel Rural em Ribeirão Preto na Fazenda Pipiripau, sob n° 13 Área 10,29,50 hectares Matricula (32602). Cidade: Ribeirão Preto - SP - Veiculo: Trator Marca Valmet, mod. 1580-4, Serie 15804000666 Ano/Modelo: 1994/1994 Cor: Amarelo Todos estes itens anunciados devem ser tratados pelo e-mail: patrimônio@sicoobcocred.com.br VENDE-SE - 01 esteira para carregamento de caminhões de laranja ou cama de frango, sendo tratorizada ou elétrica (mono faísca) modelo RECO-RECO. Tratar com Raul pelo telefone: (17) 81245281- Colina. VENDE-SE - Astra 2003, modelo 2004, completo, a álcool, motor 1.8, na cor prata. Valor a negociar. Tratar com Rômulo pelo telefone: (16)78126858 ou pelo e-mail: martinelliromulo@hotmail.com. 38 Revista Canavieiros - Maio de 2010 VENDE-SE - dois alqueires localizado em Fernando Prestes / SP - margeando o asfalto e um córrego na divisa - formado pasto. Valor: R$ 150.000,00. Tratar com Jorge pelo telefone: (16) 92239660. VENDE-SE - área de três alqueires em Sertãozinho localizada no fundo na Usina Santa Elisa. Tratar com Alexandre pelo telefone: (16) 92547879. VENDEM-SE - 01 caixa d'água modelo australiana para 50.000 litros de água; - 01 caixa d'água modelo australiana para 5.000 litros de água - 01 transformador de 15 KVA; - 01 transformador de 45 KVA; - 01 transformador de 75 KVA; - tijolos antigos; - lascas, palanques e mourões de aroeira; - 01 sulcador de 2 linhas DMB; - postes de aroeira; - terças, caibros e porteiras; - 01 moto CBR 1000, ano 2008, com 3000 km; - coxos de cimento. Tratar com Wilson pelo telefone: (17) 97392000 - Viradouro SP VENDE-SE - Fiat Idea ELX, 1.4 flex, ano 2005/ 2006 cinza, 5 portas - completo. 55.000 km, segunda dona. Documentação e IPVA em ordem. Valor: R$ 28.000,00. Tratar com Andreia pelo telefone: (16) 91068355. VENDE-SE - 15 alqueirões,terra plana,localizada entre duas usinas , própria para plantação de soja,cana-de- açúcar, etc. Estrada Frutal x Pirajuba km/20. CRS;72.000.00 alqueirão. Tratar com Francisco pelos telefones: (16)88236823 ou (16)30130126. VENDE-SE - 01 cultivador de cana dmb mod op; - 01 forrageira jumil; - 01 grade de 36x20" niveladora; - 01 arado aiveca; - 01 cultivador quebra-lombo de hastes; - 01 plantadora semeato ps8; - 01 conjunto de irrigação metal-lavras; - 01 plantadora jumil mod 2900 8linhas. Tratar com Eduardo pelo telefone: (16) 39422895. VENDE-SE - Trator Massey Ferguson 296, ano 1987, em bom estado, com lâmina tatu, motor com 1200 horas. - Plantadeira Tatu, plantio direto, oito linhas, modelo PST 2, ano 1998. Tratar pelos telefones: (34) 99723073 ou (34) 33320525. VENDE-SE - Corsa Hatch, ano 97, verde escuro, álcool, trava , vidro, alarme, ar quente, desembaçador e limpador traseiro, insufilme, pneus novos, econômico, ótimo estado de conservação - Sertãozinho - SP. Tratar com Rafael pelo telefone: (16) 91510483 VENDE-SE - Kombi, ano 96 a gás, em bom estado, cor branca com nove lugares. Tratar com Ulisses pelo telefone:(17) 81250900 ou pelo email: ulissespavan@yahoo.com.br. COMPRA-SE - Tubos de irrigação, motobombas a diesel, pivot ,rolão, etc. pagamento á vista. Tratar com Carlos Yutaka Maruyama pelo telefone:(19) 91661710 ou pelo email: cyutakam@hotmail.com. Anuncie em nosso classificados gratuitamente, envie para: classificados@revistacanavieiros.com.br
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  • 40. 40 Revista Canavieiros - Maio de 2010