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Revista Canavieiros - Setembro 2011
2

Revista Canavieiros - Setembro de 2011
3

Revista Canavieiros - Setembro 2011
Editorial

4

Expediente:
Conselho Editorial:
Antonio Eduardo Tonielo
Augusto César Strini Paixão
Clóvis Aparecido Vanzella
Manoel Carlos de Azevedo Ortolan
Manoel Sérgio Sicchieri
Oscar Bisson
Editora:
Carla Rossini - MTb 39.788
Projeto gráfico e
Diagramação:
Rafael H. Mermejo
Equipe de redação e fotos:
Carla Rodrigues - MTb 55.115
Murilo Sicchieri
Rafael H. Mermejo
Comercial e Publicidade:
Marília F. Palaveri
(16) 3946-3311 - Ramal: 2008
comercial@revistacanavieiros.com.br
atendimento@revistacanavieiros.com.br
Impressão:
São Francisco Gráfica e Editora Ltda
Tiragem:
11.000 exemplares
ISSN:
1982-1530
A Revista Canavieiros é distribuída gratuitamente aos cooperados, associados
e fornecedores do Sistema Copercana,
Canaoeste e Sicoob Cocred. As matérias
assinadas são de responsabilidade dos autores. A reprodução parcial desta revista é
autorizada, desde que citada a fonte.
Endereço da Redação:
A/C Revista Canavieiros
Rua Dr. Pio Dufles, 532
Sertãozinho – SP - CEP:- 14.170-680
Fone: (16) 3946 3311 - (ramal 2190)
www.revistacanavieiros.com.br

As feiras e o cenário
do setor

A

“Reportagem de Capa” do mês
de setembro, aborda a participação do sistema Copercana,
Canaoeste e Sicoob Cocred na Fenasucro & Agrocana 2011, feiras consideradas a maior vitrine mundial de
novidades e lançamentos no setor sucroenergético. As feiras foram realizadas entre os dias 30 de agosto e 02
de setembro, no Centro de Eventos
Zanini, em Sertãozinho, com organização da Reed Multiplus e realização
do CEISE Br (Centro Nacional das
Indústrias do Setor Sucroenergético e
Biocombustíveis). No estande do sistema, os produtores rurais que visitaram a feira, podiam comprar produtos
e equipamentos e também receber informações técnicas e orientações dos
agrônomos. Uma loja com produtos
da selaria da Copercana e ferramentas também estava à disposição dos
visitantes.
O entrevistado desta edição é o presidente da Unica - União da Indústria
de Cana-de-açúcar, Marcos Sawaya
Jank, que definiu o atual cenário do
setor em uma entrevista exclusiva à
jornalista Carla Rossini. O executivo
apontou a falta de políticas públicas
como uma preocupação para novos investimentos em unidades industriais.

A secção “Ponto de Vista” de setembro traz um artigo do coordenador
do Centro de Agronegócio da FGV,
presidente do Conselho Superior do
Agronegócio da Fiesp e professor do
Depto de Economia Rural da UnespJaboticabal, Roberto Rodrigues, que
foi ministro da Agricultura, no Governo Lula. Rodrigues fala sobre um
novo Código Florestal para o Brasil.
Reuniões técnicas, treinamentos
para a equipe de agrônomos e eventos
em parceria com multinacionais são
abordados em “Notícias Copercana”
e “Notícias Canaoeste”. Nas páginas
RC

www.twitter.com/canavieiros
redacao@revistacanavieiros.com.br
Revista Canavieiros - Setembro de 2011

da Canaoeste o leitor ainda encontra
as informações sobre O Encontro dos
Produtores de Cana, que foi realizada durante a Fenasucro & Agrocana
e discutiu o Código Florestal; a participação do presidente da associação,
Manoel Ortolan, em uma coletiva de
imprensa sobre “Os caminhos do setor
sucroenergético”; a participação do
agrônomo da Canaoeste, Marcelo de
Felício, no evento “Os Eleitos” – Soja
Intacta RR2 Pro da Monsanto.
Em “Notícias Sicoob Cocred”, está
o Balancete de agosto e também a participação do diretor da cooperativa de
crédito, Marcio Fernando Meloni, em
uma coletiva de imprensa sobre “Os
caminhos do setor sucroenergético”
que foi realizada na tarde de quintafeira (31), no Auditório da Sala de
Imprensa da Fenasucro & Agrocana.
Os convidados debateram os temas
“Ações para que o setor sucroenergético volte a crescer” e “Investimentos,
crédito, posição governamental, redução de custos de produção, logística e
incentivos governamentais”.
Em “Assuntos Legais”, o advogado
da Canaoeste, Juliano Bortoloti, fala
sobre o ADA - Ato Declaratório Ambiental que é uma declaração da situação ambiental da propriedade rural.
O artigo técnico mostra o acompanhamento da safra 2011/2012 até a 2ª
quinzena de agosto, em comparação
com os obtidos na safra 2010/2011. E
os profissionais da Canaoeste, Thiago
de Andrade Silva (Assistente de Controle Agrícola) e Lucas Alberguine
(desenhista), escrevem sobre os serviços de topografia da associação.
Além disso, a Revista Canavieiros
de setembro também traz as Informações Setoriais com o assessor agronômico da Canaoeste, Oswaldo Alonso,
dicas de leitura e gramática.

Boa leitura!
Conselho Editorial
5

Ano V - Edição 63 - Setembro de 2011

Índice:

Capa - 20
Copercana, Canaoeste e Sicoob
Cocred na Fenasucro & Agrocana
No estande das cooperativas
e da associação, os produtores
rurais encontraram produtos e
equipamentos e também receberam informações técnicas e
orientações dos agrônomos

E mais:
Informações Setoriais
.................página 26

06 - Entrevista
Marcos Sawaya Jank
Presidente da Unica
Desajuste entre a demanda e a capacidade de oferta

Artigo Técnico
.................página 28

08 - Ponto de
Vista

Assuntos Legais
.................página 32

Roberto Rodrigues
Ex-ministro da Agricultura
Na reta final

10 - Notícias Copercana

Safra Canavieira

- Copercana e Dupont realizam palestra técnica
- Nutrição e adubação de cana é tema
de treinamento
- Responsabilidade Social no Campo
- Copercana participa do III Encontro Basf de Amendoim

.................página 34

Cultura

14 - Notícias Canaoeste
- Encontro dos Produtores de Cana discute o Código Florestal
- Manoel Ortolan participa de debate sobre o cenário dos canaviais brasileiros
- Agrônomo da Canaoeste participa do evento “Os Eleitos” Soja Intacta RR2 Pro
da Monsanto
- Topografia Canaoeste

24 - Notícias Sicoob Cocred

Agende-se
.................página 37

- Balancete Mensal
- Marcio Meloni participa do ciclo de debates “Caminhos do Setor Sucroenergético”

28 - Acompanhamento da safra

.................página 36

Apresentação dos dados obtidos até a 2ª quinzena de agosto, em comparação com
os obtidos na safra 2010/2011.

Classificados
.................página 38

Revista Canavieiros - Setembro 2011
6

Entrevista com:

Desajuste entre a demanda e
a capacidade de oferta
Marcos Sawaya Jank
Carla Rossini

Não há crise no setor sucroenergético, o problema
é um desajuste entre o potencial que a demanda tem e a capacidade de oferta de produtos. Foi
dessa forma que o presidente da Unica – União
da Indústria de Cana-de-açúcar, Marcos Sawaya
Jank, definiu o atual cenário do setor em uma entrevista exclusiva à Revista Canavieiros. O executivo também apontou a falta de políticas públicas
como uma preocupação para novos investimentos
em unidades industriais. Confira a íntegra da entrevista a seguir:
Revista Canavieiros: Marcos, recentemente a Unica divulgou os números
da safra 2011/2012, onde houve uma
quebra de produção de cana-de-açúcar
muito significante. Isso ocorreu por
diversos fatores como clima, falta de
tratos culturais dos canaviais, etc. Podemos considerar que existe uma crise
dentro do setor sucroenergético?
Marcos Sawaya Jank: Não, acho
que não existe uma crise no setor, na realidade, a quebra de safra tem provocado
preços melhores. Eu até acho curioso que
se fale em crise, porque existem preços
melhores que estão sendo gerados por
essa quebra de produção. A crise é uma
crise de oferta e, uma crise de oferta,
que tem levado a preocupações em relação ao etanol hidratado, particularmente
preocupações em relação à segurança de
abastecimento. Mas em relação a questão de preços, nós temos gerenciado.
Revista Canavieiros: Poderá ocorrer falta de etanol no mercado?
Jank: Não, justamente pelo que nós
temos feito junto ao governo para garantir
o abastecimento. Temos trabalhado desde
o começo do ano, junto com as distribuidoras e com o governo federal através de
uma câmara tripartite, que reúne, portanto
os produtores, as distribuidoras e o go-

verno, para garantir que não falte produto
e que não haja volatilidade de preços. É
importante que não haja variações muito
bruscas, nem para baixo nem para cima, e
uma das coisas que temos feito é produzir
mais etanol anidro que é aquele que é misturado na gasolina e também, ao mesmo
tempo, temos importado produto dos Estados Unidos, principalmente. Penso que
este ano está sendo um ano muito mais
tranquilo em termos de abastecimento e
preços do que foi o ano passado. Então
estamos gerenciando a oferta de uma maneira muito mais precisa do que fizemos
ao longo da safra passada, quando tivemos uma surpresa durante a entre-safra,
em termos de altas de preços e também de
uma necessidade de importação de última
hora. É isso que está acontecendo basicamente. A questão que ainda se coloca sobre a mesa, é o crescimento da indústria,
que precisa crescer mais rápido do que
tem crescido.
Revista Canavieiros: O crescimento
estagnou?
Jank: A indústria vinha crescendo a
uma taxa de 10% ao ano, acompanhando
o crescimento da frota flex que é desta
ordem e agora, passou a crescer apenas
3% ao ano, desde 2008. Essa redução no
crescimento é fruto da crise de 2008, na

Revista Canavieiros - Setembro de 2011

verdade, os investimentos continuam entrando no setor, mas ao invés de ir para
novos projetos, eles passaram para usinas
que estavam com dificuldades, para compra de empresas descapitalizadas.
Revista Canavieiros: Não existem
novos projetos de unidades industriais?
Jank: Existem investidores no setor,
mas esses investidores não estão fazendo novas usinas e gerando cana nova, ao
invés disso eles estão comprando empresas com dificuldades. Então, agora, o que
estamos estudando com o governo, são
formas para que os investimentos venham
novamente para novas plantas, ou seja,
plantio de cana nova. Isso, obviamente,
não é fácil porque a cana perdeu competitividade e o etanol de cana perdeu a competitividade frente à gasolina. Dessa forma, não existe apetite para construção de
novas unidades, existe ainda muito apetite
para compra de unidades com dificuldades. Estamos estudando e conversando
com o governo, para ver quais são as condições que gerariam apetite para construção de novas unidades industriais.
Revista Canavieiros: O governo desde o início do ano tem ameaçado inter-
7

Marcos Jank, durante XIII Fórum Internacional sobre o Futuro
do Etanol, evento oficial de abertura da Fenasucro & Agrocana

vir de alguma forma no setor, controlar
produção, exportações, taxar produtos,
enfim, como a Unica enxerga essa participação do governo?
Jank: Acho que esta é uma das dificuldades porque o governo quando sinaliza,
por exemplo, o controle das exportações
de etanol ou a taxação das exportações de
açúcar, dá um sinal ruim para os investidores. Quando o investidor olha e vê que,
por exemplo, o último leilão de eletricidade teve preços extremamente baixos e
praticamente não houve venda de energia
de biomassa de cana; quando esse mesmo investidor vê que o preço de gasolina
está tabelado desde 2005 na bomba e que,
portanto, o etanol perdeu competitividade
frente à gasolina; quando ele vê as intervenções que ocorrem por meio da mistura
de etanol na gasolina e quando ele vê que
o governo ameaça controlar a exportação
de álcool e ainda taxar o açúcar, ele fica
muito receoso das intervenções governamentais e aí ele retrai os investimentos.
Na verdade gostaríamos de ver a coisa
mais pelo lado dos incentivos do que pelo

lado da punição. Essa que é a preocupação, construirmos políticas de incentivos
que tragam novos investimentos e é isso
que estamos dialogando com o governo.
Entendemos que uma das preocupações
que o governo tem é uma preocupação
legítima com o compromisso que o setor tem que ter com o abastecimento do
mercado doméstico. Isso é uma preocupação correta, porque estamos falando de
combustível e combustível é algo muito
importante para garantia da movimentação da frota nacional. Entendemos que se
o governo der incentivos tem que haver
em troca esse compromisso. Mas, a intervenção, por exemplo, no açúcar, não nos
parece ser a coisa mais inteligente, existem outras coisas que podem ser feitas
sem mexer na taxação do açúcar. Estamos
conversando sobre tudo isso em Brasília e
entendemos que nos próximos meses vamos encontrar uma solução.
Revista Canavieiros: Como o senhor
define o cenário para o setor sucroenergético, de forma geral, a médio e longo prazos?

Jank: Olha, eu acho que estamos em
um momento de ouro, é até curioso ouvir se falar tanto em crise. Eu não consigo
enxergar uma crise, há alguns anos atrás,
tínhamos preços extremamente baixos, tínhamos um problema de falta de demanda
e preços ruins, e aí poderíamos falar em
crise. Posso dizer que a Europa está em
crise hoje, e que os Estados Unidos está
em crise também. Não é o caso do Brasil,
eu acho que um país que está crescendo
4 a 5% ao ano, completamente diferente
dos países ricos que estão hoje em depressão, um país (Brasil) que a frota flex
está crescendo 10% ao ano, o açúcar está
crescendo no mundo 4% ao ano, temos
a perspectiva de exportar etanol para o
mundo, temos a perspectiva do bioplástico, da bioquerosene, etc. Como podemos
falar que isso é crise? Nosso problema é
um problema de desajuste, entre o potencial que a demanda tem e a nossa capacidade de oferta. O problema é alinhar as
políticas públicas de maneira que o setor
volte a crescer, ou seja, temos que construir o nosso futuro de maneira inteligente, mas eu não consigo ver uma crise real.
É completamente diferente a realidade de
um setor com um imenso potencial como
o nosso do que um setor em depressão
como podemos ver hoje nos setores na
Europa e nos Estados Unidos. O nosso
setor tem sim muito potencial, mas um
potencial não realizado e que precisa se
realizar e para isso precisamos construir
políticas públicas e privadas. Nosso desafio é trabalhar na direção da construção dessas políticas públicas para o setor.
Mas eu não vejo, em hipótese alguma,
um quadro de depressão como acontece
hoje em muitos setores econômicos pelo
mundo afora. RC

RC

Revista Canavieiros - Setembro 2011
8

Ponto de Vista

Roberto Rodrigues

Na Reta Final

D

ois anos depois da criação da
Comissão Especial na Câmara
dos Deputados com o objetivo
de instituir um novo Código Florestal
para o Brasil, podemos analisar com
olhar crítico o processo de amadurecimento das discussões acerca do
tema, sobretudo quanto às previsões
e às principais alegações dos que se
diziam contrários ao estabelecimento
de nova legislação.
Logo depois de criada, a Comissão
Especial foi rotulada de “ruralista” e
que só atenderia aos interesses do setor produtivo.
Alegavam os mais radicais que
seria extinto o instituto da reserva
legal e que seria reduzida a proteção
de áreas de preservação permanente
(APP), que grandes propriedades seriam beneficiadas e que as florestas
brasileiras estavam ameaçadas de desmatamento violento. O processo de
discussão se deu de forma intensa e
profunda, envolvendo todos os setores
da economia e todos os segmentos da
sociedade. O Brasil inteiro foi visitado e ouvido pelos integrantes da comissão; o primeiro texto foi aprovado
na Comissão Especial em 6 de julho
de 2010.
A partir de então, alguns radicais
lutaram para que a matéria não fosse
a plenário. Os focos de crítica eram
basicamente a “anistia a desmatadores”, a “liberação de uso das áreas de
preservação permanente”, a “delegação aos Estados da competência de

legislar sobre o ambiente” e a “falta
de participação da comunidade científica” nas discussões. Aprovado no
plenário da Câmara em maio de 2011
por 410 votos contra 63, esmagadora e
democrática maioria, o texto do senador Luiz Henrique (PMDB-SC), que
está agora no Senado, pode, por si só,
revelar as verdades e os mitos.
Há o grande desafio de fazer justiça,
ou seja, não perdoar aqueles que desmataram ao arrepio da lei existente, mas
também não punir aqueles que desmataram quando não havia legislação sobre
o tema ou ainda os que o fizeram com
incentivo do governo, como no combate
à febre amarela, por exemplo.
Para isso, foram mantidos os institutos da reserva legal e a proteção às
APPs, já contrariando uma das previsões iniciais. Foram criados mecanismos de avaliação e de regularização
das propriedades, como o Cadastro
Ambiental Rural (CAR), obrigatório
a todas as propriedades rurais. Se com
ele for identificado um problema, haverá um processo para regularização.
Não haverá “anistia a desmatadores”: a
reserva legal faltante deverá ser recomposta, regenerada ou compensada.
E as APPs atualmente utilizadas
não serão consolidadas a qualquer
preço, mas desde que não haja recomendação técnica de recuperação, isto
é, com base científica. Os desavisados
ainda poderão dizer que nas propriedades de até quatro módulos haverá,
sim, uma anistia. Pequenas propriedades devem ser
sustentáveis,
inclusive
do
ponto de vista econômico.
Inviabilizar a
vida no campo
causa êxodo
rural e poluição
urbana.
O tratamento
diferenciado
aos pequenos é

Movimento para a mudança do
Revista Canavieiros - Setembro de 2011
“Cógido Florestal” em Brasília

imprescindível para que eles tenham
as mesmas condições de renda das
grandes propriedades.
Finalmente, quanto à delegação de
poderes aos Estados, tida como temerária pela possível influência a que estariam sujeitos os governos estaduais, não
há nem a liberdade alegada nem a possibilidade da tal influência. As normas gerais, que servirão de base às legislações
estaduais, serão feitas pela União. Não
há liberdade total à norma estadual, mas
busca-se evitar a temida anistia.
Os Estados brasileiros têm, por força da Constituição Federal, o direito
de criar regras para melhor gerir suas
características peculiares. Assim, nenhuma das profecias negativas acerca
do código se concretizou. Resta-nos,
como brasileiros, participar do processo de aprimoramento dessa lei tão
importante que irá influenciar na vida
de cada um de nós.
O novo pensamento, de não mais
tratar a questão como exclusivamente ambiental, mas sim como “socioambiental”, cada vez mais justifica a
obrigação do exercício da competência concorrente e supletiva pelos Estados e a participação de cada cidadão.
Roberto Rodrigues, coordenador
do Centro de Agronegócio da FGV,
presidente do Conselho Superior do
Agronegócio da Fiesp e professor do
Depto de Economia Rural da UnespJaboticabal. Foi ministro da Agricultura, no Governo Lula.RC
Fonte: Folha de S. Paulo,
10/09/2011.
9

Revista Canavieiros - Setembro 2011
10

Notícias Copercana

Copercana e Dupont realizam palestra técnica
Mais de 70 pessoas, entre produtores rurais e profissionais de usinas prestigiaram o encontro
Carla Rossini

A

Copercana, em parceria com a
Dupont, realizou no dia 24 de
agosto, uma palestra técnica para
produtores rurais e profissionais de unidades industriais da cidade de Ituverava
e região. O encontro foi realizado na
sede da Fazenda Estiva, de propriedade
do cooperado Sérgio Cury.
O objetivo da reunião foi apresentar a
Copercana aos produtores rurais, já que,
em breve, a cooperativa vai inaugurar
uma filial na cidade. O diretor da Copercana, Pedro Esrael Bighetti deu as boas
vindas aos futuros cooperados e fez uma
apresentação geral dos produtos e serviços da cooperativa. “Estamos muito orgulhosos da participação de vocês nesse
encontro onde faremos uma apresentação
do que é a Copercana. Tenho certeza que
todos vocês serão muito bem recebidos
na nossa cooperativa”, disse Bighetti.
O gerente de comercialização da Copercana, Frederico José Dalmaso, também falou aos presentes, colocando os
produtos comercializados pela cooperativa à disposição dos produtores e apresentou o engenheiro agrônomo, Paulo
Bighetti, que será responsável parte
agronomica da filial de Ituverava.

Élcio Daroz (Dupont), Edgard Lazaro Bighetti (Copercana), Roberto Carminatti (Dupont),
Frederico Dalmaso, Pedro Esrael Bighetti, Paulo Bighetti (Copercana) e Sérgio Cury (Faz. Estiva)

O evento foi realizado na Fazenda Estiva

Representando a Dupont, Elcio Daroz
e Roberto Carminatti apresentaram três
novos produtos: herbicida, inseticida e

fungicida lançados recentemente para a
cultura da cana-de-açúcar. Mais de 70
pessoas prestigiaram a reunião. RC

Copercana participa do III Encontro Basf
de Amendoim

Durante o evento, os participantes assistiram a várias apresentações técnicas sobre a cultura

Carla Rossini

N

os dias 1º e 2 de setembro, foi
realizado o III Encontro Basf
Amendoim. O evento contou
com a participação de mais de 150 produtores de todo o Estado de São Paulo
e tinha como objetivo principal apresentar novas tecnologias e debater os
desafios para a próxima safra do grão.
O gerente da Uname (Unidade de
Grãos da Copercana), Augusto César
Strini Paixão, proferiu uma palestra
com o tema “Mecanização x Qualidade do Amendoim”, abordando as experiências da cooperativa com a cultura.

Além desse assunto,
o evento também discutiu os temas: importância da rotação
da cultura; qualidade
da
matéria-prima;
manejo de doenças;
inovação no manejo
de fungicidas; interferência de plantas
daninhas e para finalizar o encontro, foi
apresentando o Portfólio Basf para a cultura do amendoim. RC

Revista Canavieiros - Setembro de 2011
11

Copercana – Responsabilidade Social no Campo
Marcos de Felício – engenheiro agrônomo Copercana – Frutal

N

o dia 18 de agosto é comemorado em todo país o “Dia
Nacional do Campo Limpo”.
Essa data comemorativa foi idealizada
em 2005 pelo Inpev (Instituto Nacional de Processamento de Embalagens
Vazias) e tem como objetivo a conscientização sobre a importância da devolução de embalagens de agrotóxicos
vazias para os postos credenciados de
recebimentos, e a reflexão e participação em projetos sócio-ambientais que
dizem respeito à preservação do Meio
Ambiente. Neste dia ocorrem em todo
país, diversas atividades relacionadas
ao meio ambiente e a logística reversa,
isto é, dar um destino correto às embalagens de agrotóxicos vazias.
Consciente da importância do projeto, a Copercana e a Dupont, em parceria
com a Usina Cerradão, realizaram no último dia 29, um evento para 60 crianças,
de 7 a 12 anos, das Escolas de Frutal e
região, que contou com a participação da
representante do Centro de Recebimento
de Embalagens da Fundação Triângulo
de Pesquisa e Desenvolvimento de Uberaba, Jucelene Sanata da Silva.
A palestrante falou às crianças sobre
a importância do destino correto das embalagens de agrotóxicos vazias e, em seguida, foi realizada uma visita ao Posto
de Coleta Seletiva da Usina Cerradão,
local onde é realizada a seleção e separação dos resíduos da usina, desde emba-

60 crianças, de 7 a 12 anos, das escolas de Frutal visitaram a Usina Cerradão para
receber orientações sobre o “Dia Nacional do Campo Limpo”

lagens de agrotóxicos, óleos, pneus e até
peças de maquinário.
Aproveitando a oportunidade, também foi realizado um treinamento
com a equipe agrícola da usina, abordando temas como: “A Importância
do Uso de Equipamento de Proteção
Individual (E.P.I.)” e “Importância do
Retorno das Embalagens Vazias do
Campo para Usina”.
Participaram do evento, o responsável
pelo setor de meio ambiente da Usina
Cerradão, Antônio Marcos Vieira, o co-

ordenador de tratos culturais da Usina
Cerradão, Michel Fernandes e o representante da Dupont, Lauro Cervigni. “É
um privilégio termos este treinamento
dentro da usina, porque além de reciclar
nossas informações, mostram a importância que tem o meio ambiente para a
política da usina”, disse Michel.
A Copercana demonstra novamente
seu comprometimento com os cooperados, apresentando soluções para os problemas do dia-a-dia no campo e reforça
sua responsabilidade cooperativista e sua
preocupação com o meio ambiente. RC

Revista Canavieiros - Setembro 2011
12

Revista Canavieiros - Setembro de 2011
13

Notícias Copercana

Nutrição e adubação de cana é tema
de treinamento

Os agrônomos da Copercana e Canaoeste participaram do treinamento promovido pela Dupont

Da Redação

A

equipe técnica da Copercana e
Canaoeste participou de um treinamento sobre nutrição e adubação de cana-de-açúcar no dia 25 de agosto. O evento foi promovido pela Dupont
e contou com a colaboração de professores da Universidade Federal de Lavras.
Para o gerente do departamento técnico
da Canaoeste, Gustavo de Almeida Nogueira, esse tipo de treinamento é fundamental para manter a equipe de agrônomos
da cooperativa e da associação atualizados.
“Nossos profissionais precisam estar sempre bem informados e atualizados para dar
suporte a todas as necessidades dos produtores rurais”, disse Nogueira.
O gerente do departamento comercial da Copercana, Frederico Dal-

O treinamento reuniu os profissionais da cooperativa e da associação

maso, frisou que esse tipo de treinamento só é possível graças a parceria
que a cooperativa mantém com as
empresas de agroquímicos. “A Dupont é uma das maiores parcerias da

Copercana e por isso oferece esses
treinamentos a nossa equipe. Nossos
agrônomos estão sempre preparados
para melhor atender aos cooperados”,
disse Dalmaso. RC

Revista Canavieiros - Setembro 2011
14

Notícias Canaoeste

Encontro dos Produtores de Cana
discute o Código Florestal

Organizado pela Canaoeste e Orplana, evento reuniu mais de 400 fornecedores

Carla Rossini

C

omo parte da programação oficial
da XIX Fenasucro (Feira Internacional da Indústria Sucroalcooleira) e IX Agrocana (Feira de Negócios
e Tecnologia da Agricultura da Cana-deaçúcar), a Canaoeste e a Orplana realizaram no dia 2 de setembro o Encontro
Anual de Produtores de Cana-de-açúcar.
O objetivo do encontro foi discutir o cenário atual do Código Florestal Brasileiro.

Mais de 400 fornecedores de cana
participaram do evento que contou com
a presença de diversas autoridades. Além
do prefeito de Sertãozinho, Nério Costa,
estiveram na reunião o secretário de Emprego e Relações do Trabalho do Estado
de São Paulo, Davi Zaia; os deputados
federais Arnaldo Jardim, Mendes Thame, Duarte Nogueira e Milton Monti e
o deputado estadual, Welson Gasparini.
Representando o associativismo e cooperativismo, participaram o presidente
da Ocesp (Organização das Cooperativas
do Estado de São Paulo), Edivaldo Del
Grande; o presidente da Copercana e Sicoob Cocred, Antonio Eduardo Tonielo;
o presidente da Canaoeste, Manoel Ortolan e o presidente da Orplana, Ismael
Perina Júnior.
Em seu pronunciamento, Manoel Ortolan, ressaltou a importância dos agricultores se unirem e busca da aprovação do

Da esquerda para direita: diretor de Reed Multiplus, Augusto Balieiro; presidente da Canaoeste, Manoel
Ortolan; presidente da Orplana, Ismael Perina Júnior; secretário de Emprego e Relações do Trabalho
de SP, Davi Zaia; os deputados federais, Duarte Nogueira e Arnaldo Jardim; presidente da Copercana,
Antonio Eduardo Tonielo; prefeito de Sertãozinho, Nério Costa; os deputados federais, Mendes Thame e
Milton Monti; o deputado estadual, Welson Gasparini e o presidente da Ocesp, Edivaldo Del Grande

O evento reuniu mais de 400 fornecedores de cana

Código Florestal. “Estamos vivendo um
momento de expectativa da aprovação
desse novo Código Florestal pelo Senado
Federal, a exemplo do que aconteceu na
Câmara dos Deputados em maio passado.

Mais uma vez, será importante a presença
e exigirá a participação das entidades de
classe em Brasília, atuando junto aos senadores e demais autoridades ligadas ao
ato de aprovação”, disse Ortolan.

O presidente da Orplana, Ismael Perina Júnior, falou das dificuldades enfrentadas pelo setor sucroenergético e
a importância da aprovação do Código
Florestal. “Faltam políticas públicas junto com a classe agrícola produtiva para
o setor voltar a crescer. Existe instabilidade e falta de segurança entre os agricultores e nesse sentido, a aprovação do
Código Florestal pode dar novo ânimo a
essa classe produtiva”, disse.

Manoel Ortolan, presidente da Canaoeste

Ismael Perina Jr., presidente da Orplana

Revista Canavieiros - Setembro de 2011

O presidente da Ocesp também falou
sobre o novo Código Florestal.“Com o
Código vigente, muitas atividades agro-
15
Todos os deputados presentes no evento também fizeram uso
da palavra em defesa da aprovação do novo Código Florestal
que está para ser votado pelo Senado Brasileiro.

Edivaldo Del Grande, presidente da Ocesp

pecuárias não têm segurança jurídica. O
novo Código, que balanceia a produção
rural com a preservação do meio ambiente, é um grande avanço. Quem não
o defende não creio que seja brasileiro”,
frisou Del Grande.

"Nós temos hoje uma quantidade muito grande de empregos sendo gerados
nessa área (setor canavieiro do Estado
de São Paulo). Toda atividade agrícola
no nosso Estado, pela força que tem a
questão sucroalcooleira, representa um
forte componente e nós, da Secretaria,
inclusive temos acompanhado muito as
transformações que estão acontecendo
no setor, com a maior mecanização da
colheita da cana, para podermos também
contribuir com o processo de qualificação e requalificação do pessoal."
Davi Zaia, secretário de Emprego e
Relações do Trabalho do Estado de São
Paulo

“Não há a menor dúvida de que o
mundo inteiro está reconhecendo, cada
vez mais, o etanol brasileiro como um
combustível de última geração, um combustível avançado, como foi dito nos
Estados Unidos na decisão do próprio
Congresso e dos órgãos ambientais. Precisamos de investimentos para a produção de cana.”
Antônio Carlos Mendes Thame, Deputado Federal

“Nós temos um prazo que é o dia 10 de
dezembro para o Código virar lei e ser publicado no Diário Oficial. No dia seguinte, dia
11 de dezembro, o decreto que regulamenta
a lei de crimes ambientais volta a colocar a
espada na cabeça de mais de 90% de todos
os produtores brasileiros, obrigando-os a
cumprir uma coisa que é impensável. Por
isso, está sendo feita essa ação (alterações
no Código) em nome do Brasil e em nome
do que é de interesse nacional.”
Antônio Duarte Nogueira Júnior,
Deputado Federal

“A medida provisória 432 foi aprovada
na Câmara e agora no Senado também.
Na Câmara, eu fui o relator dessa medida:
uma mudança muito importante para que
o etanol deixe de ser simplesmente um
produto agrícola e passe a ser considerado
uma commodity na área de energia. Isso
é uma mudança que abre todo um caminho e toda uma redefinição sobre o etanol.
Essa medida provisória também ampliou
a faixa de variação da mistura que era de
20% a 25% para 18% a 25%.”
Arnaldo Jardim, Deputado Federal

“O setor passa por um momento importante, mas com baixo resultado. Nós
temos que apoiar um setor que gera tantos empregos, divisas, que na venda de
açúcar para o exterior gerou aproximadamente 16 bilhões de reais, um setor que
contribui também com o meio ambiente,
produzindo combustível que é ecologicamente correto, mas que deve receber
todo o apoio do governo e nós vamos estar lá para contribuir nisso.”
Milton Monti, Deputado Federal RC

Revista Canavieiros - Setembro 2011
16

Notícias Canaoeste

O cenário dos canaviais brasileiros

Profissionais da imprensa ouviram a opinião de especialistas sobre a necessidade de renovar os canaviais

Carla Rossini

D

urante a realização da Fenasucro e Agrocana, o presidente
da Canaoeste, Manoel Ortolan,
participou de uma coletiva de imprensa
sobre “Os caminhos do setor sucroenergético” que foi realizada na tarde de
quarta-feira (31), no Auditório da Sala
de Imprensa das feiras. O debate discutiu os temas: “Retrato dos canaviais
nesta safra e nas próximas três safras” e
“O reflexo dos canaviais nos mercados
de açúcar e etanol e no destino do setor
sucroenergético”.
Ao lado do presidente da Canaoeste,
estavam representantes de consultorias
especializadas no setor sucroenergético:
o diretor da Datagro Consultoria, Guilherme Nastari; o presidente da Consultoria Idea, Dib Nunes e o gerente e
coordenador do Agribusiness Research
& Knowledge Center PWC, Marco Antonio Conejero.
Quando questionado sobre a quebra
de produção da safra 2011/2012, Manoel Ortolan, afirmou que “a seca favoreceu o surgimento de pragas e ainda
ressaltou que práticas inadequadas com

Marco Antonio, Manoel Ortolan, Guilherme Nastari e Dib Nunes

os tratos culturais também afetaram o
desenvolvimento da cana em algumas
áreas da região Centro-Sul”.
O consultor Guilherme Nastari, destacou que “os números da quebra da safra, que estimam uma moagem de 498
toneladas de cana (números da Datagro),
têm origem nos problemas históricos
que atingiram os canaviais nas últimas
safras”, disse Nastari e explicou: “os
canaviais estão com a média de idade
envelhecida e foram afetados pelo baixo investimento em tratos culturais e as
condições climáticas desfavoráveis e o
surgimento de pragas”.

Dib Nunes fez uma rápida apresentação
sobre a deficiência hídrica dos canaviais.
“Estamos passando por um momento desfavorável para a cana. Temos a pior maturação
dos últimos anos. Os canaviais não se desenvolveram como deveriam”, disse Nunes.
Já Marco Antonio Conejero, falou
sobre a visão econômica do tema e defendeu que as políticas do governo devem ser mais atentas às condições dos
produtores de cana. “O etanol vem de
um produto agrícola, que pode sofrer
com seus ciclos naturais. O governo
precisa mudar a forma como olha o setor”, disse Conejero. RC

Agrônomo da Canaoeste participa do evento
“Os Eleitos” Soja Intacta RR2 Pro da Monsanto
Da Redação

N

o dia 18 de agosto, a Monsanto
realizou na cidade de Atibaia, o
evento “os eleitos” sobre a Soja
Intacta RR2 Pro. O evento teve a participação de apenas 500 produtores de soja de
todo Brasil, selecionados entre 400 mil produtores. “Foi um privilégio participar deste
evento onde se concentraram os melhores
produtores de soja do país”, disse Marcelo
de Felício, agrônomo da Canaoeste.
As variedades de soja com a tecnologia “Intacta RR2 Pro” foram desenvolvidas especialmente para as condições do
Brasil. “É a primeira vez na história da
cultura no país que uma empresa multinacional desenvolve uma tecnologia

adaptada para as condições brasileiras de
plantio”, explicou Marcelo.
A evolução deste trabalho teve início
há 10 anos e os primeiros plantios foram
realizados em Porto Rico em 2005. Em
2007, foram instaladas as primeiras parcelas experimentais no Brasil, e em 2008
foram realizados ensaios em campo. No
ano de 2009 a Monsanto iniciou estudos
em parcerias com instituições de pesquisa e ensino e em 2010, conseguiu a aprovação pela CTNBio - Comissão Técnica
Nacional de Biossegurança.
“Em 2011, houve treinamentos técnicos, dias de campo, feiras agrícolas e tam-

Revista Canavieiros - Setembro de 2011

Marcelo de Felício,
agrônomo da Canaoeste

bém o avanço com o plantio desta nova
tecnologia nas áreas dos 500 eleitos (produtores e multiplicadores de sementes)”,
disse o agrônomo da Canaoeste. RC
17

Consecana

A

CIRCULAR Nº 06/11
DATA: 31 de agosto de 2011

Conselho dos Produtores de Cana-de-Açúcar, Açúcar e Álcool do Estado de São Paulo

seguir, informamos o preço médio do kg do ATR para efeito de
emissão da Nota de Entrada de
cana entregue durante o mês de AGOSTO de 2011. O preço médio do kg de
ATR para o mês de AGOSTO, referente à
Safra 2011/2012, é de R$ 0,4942.
O preço de faturamento do açúcar no
mercado interno e externo e os preços do
etanol anidro e hidratado, destinados aos
mercados interno e externo, levantados pela
ESALQ/CEPEA, nos meses de abril a agosto de 2011 e acumulados até AGOSTO, são apresentados acima.
Os preços do Açúcar de Mercado Interno (ABMI) incluem
impostos, enquanto que os preços do açúcar de mercado externo
(ABME e AVHP) e do etanol anidro e hidratado, carburante (EAC
e EHC), destinados à industria (EAI e EHI) e ao mercado externo
(EAE e EHE), são líquidos (PVU/PVD).
Os preços líquidos médios do kg do ATR, em R$/kg, por produto, obtidos nos meses de abril a agosto de 2011 e acumulados
até AGOSTO, calculados com base nas informações contidas na Circular 01/11, conforme tabela acima. RC

Revista Canavieiros - Setembro 2011
18

T
opografia Canaoeste
Thiago de Andrade Silva
Assistente de Controle Agrícola da CANAOESTE

O

Departamento de Topografia da
Canaoeste tem como objetivo
prestar serviço ao associado no
âmbito de levantamento topográfico para
diversos fins, como:
►Levantamento Planimétrico - levantamento perimétrico para conhecer
ou conferir área da propriedade;
►Levantamento Planimétrico Cadastral - levantamento utilizado para caracterizar e quantificar a área da propriedade
(cultura, sede, mata, área de preservação
permanente, etc.);
►Levantamento Planialtimétrico levantamento da declividade do terreno
para fins de projetos de irrigação e curva
de nível, sistematização de área para mecanização, entre outros;
►Sistematização de área para mecanização realizada juntamente com o Departamento Técnico;

►Retificação de propriedade - para a
atualização da matrícula;
►Desmembramento - para a divisão
da propriedade em duas ou mais matrículas para fins diversos (venda, doação,
etc.);
►Aglutinação de propriedade - para
unir duas ou mais propriedades gerando
uma nova matrícula;
►Conferência de divisa - para conferir se o marco de divisa está alocado
corretamente de acordo com a matrícula
da propriedade;
►Levantamento de área para fins de
pagamento de arrendamento ou serviço;
►Levantamento de área e confecção
de mapas para fins de Plano de Queima,
SIG (Sistema de Informação Geográfica)
e Classificação de Solo.
O Departamento também oferece suporte ao uso do GPS próprio do associa-

do, faz a demarcação de curva de nível,
demarcação de divisa, elabora laudos
técnicos sobre levantamentos realizados
para fins jurídicos, montagem espacial
da matrícula para conferência se a mesma se encontra correta e levantamento de
área por imagem de satélite do Google
Earth entre outras imagens disponíveis.
O Departamento possui um SIG (Sistema de Informação Geográfica) Canaoeste - banco de dados geográfico estruturado contendo informações variadas
das propriedades (variedade, corte, entre
outros informados pelo associado), viabilizando assim, agilidade e facilidade na
tomada de decisões através de um gerenciamento visual da propriedade.
Dentre outras funções, o Departamento de Topografia realiza publicação de
Artigos na Revista Canavieiros e Informe Canaoeste.

Retificação de área de imóvel diretamente no Cartório

Retificação de Registro Público

Lucas Alberguine
Desenhista - Topografia CANAOESTE

C

om a modificação dos artigos 212
e 213 da Lei Federal n° 6.015/73,
de 31 de dezembro 1973, novos
procedimentos foram adotados possibilitando aos proprietários de imóveis, cujas
certidões contêm erros, a regularizar sua
situação perante o próprio Cartório. A
retificação de área de um imóvel é um
procedimento que permite a correção de
seu registro ou averbação.
Antigamente, a retificação só era possível via procedimento judicial, num processo longo e demorado. Hoje, entretanto, com a nova Lei, isto não é necessário.
Tudo ficou muito mais simples.
Vejamos o que diz a Lei:
“Art. 212. Se o registro ou a averbação
for omissa, imprecisa ou não exprimir a
verdade, a retificação será feita pelo Oficial do Registro de Imóveis competente,
a requerimento do interessado, por meio
do procedimento administrativo previsto
no art. 213, facultado ao interessado re-

querer a retificação por meio de procedimento judicial.”
“Parágrafo único. A opção pelo procedimento administrativo previsto no art.
213 não exclui a prestação jurisdicional,
a requerimento da parte prejudicada.”
QUANDO É NECESSÁRIA A RETIFICAÇÃO?
Segundo a Nova Lei Federal devem
ser retificados os registros que se encontrarem nas situações abaixo descritas:
“Art. 213. O oficial retificará o registro ou a averbação:
I – de ofício ou a requerimento do interessado nos casos de:
a) omissão ou erro cometido na transposição de qualquer elemento do título;
b) indicação ou atualização de confrontação;
c) alteração de denominação de logradouro público, comprovada por documento oficial;
d) retificação que vise a indicação de

Revista Canavieiros - Setembro de 2011

rumos, ângulos de deflexão ou inserção de
coordenadas georeferenciadas, em que não
haja alteração das medidas perimetrais;
e) alteração ou inserção que resulte de
mero cálculo matemático feito a partir das
medidas perimetrais constantes do registro;
f) reprodução de descrição de linha
divisória de imóvel confrontante que já
tenha sido objeto de retificação;
19
g) inserção ou modificação dos dados
de qualificação pessoal das partes, comprovada por documentos oficiais, ou mediante
despacho judicial quando houver necessidade de produção de outras provas;”
Não se retifica o imóvel, mas a sua
descrição.
A retificação não se presta a alterar a
dimensão do imóvel, quer para mais ou
para menos, exceto em situações muito
especialíssimas, permitidas pelo ordenamento jurídico (aluvião, abertura de estradas, alagamento de parcelas do imóvel por
represas dentre outras poucas hipóteses).
“II – a requerimento do interessado,
no caso de inserção ou alteração de medida perimetral de que resulte, ou não,
alteração de área, instruído com planta e
memorial descritivo assinado por profissional legalmente habilitado, com prova
de anotação de responsabilidade técnica
no competente Conselho Regional de
Engenharia e Arquitetura – CREA, bem
assim pelos confrontantes.”

está situada a propriedade objeto da retificação, local em que apresentará seu
requerimento. Deverá estar munido de
planta e memorial descritivo assinado
por profissional legalmente habilitado,
com prova de anotação de responsabilidade técnica no competente Conselho
Regional de Engenharia e Arquitetura –
CREA, bem assim pelos confrontantes.
Importante salientar que se a planta
não contiver a assinatura de algum confrontante, este será notificado pelo Oficial de Registro de Imóveis competente
a requerimento do interessado, para se
manifestar em quinze dias, promovendose a notificação pessoalmente ou pelo
correio, com aviso de recebimento, ou,
ainda, por solicitação do Oficial de Registro de Imóveis, pelo Oficial de Registro de Títulos e Documentos da comarca
da situação do imóvel ou do domicílio de
quem deva recebê-la.

COMO FAZER A RETIFICAÇÃO
ADMINISTRATIVA?
Alguns procedimentos devem ser
atendidos pelo proprietário que tiver interesse em proceder a retificação.

A notificação, segundo a legislação
vigente, será dirigida ao endereço do
confrontante constante do Registro de
Imóveis, podendo ser dirigida ao próprio
imóvel contíguo ou àquele fornecido
pelo requerente; não sendo encontrado o
confrontante ou estando em lugar incerto e não sabido, tal fato será certificado
pelo oficial encarregado da diligência,
promovendo-se a notificação do confrontante mediante edital, com o mesmo
prazo fixado para notificação do cartório,
publicado por duas vezes em jornal local
de grande circulação.

O proprietário, ou procurador devidamente constituído, deverá se dirigir
ao Cartório de Registro de Imóveis onde

Não havendo impugnação, presumirse-á a anuência do confrontante mesmo
que este não assine a planta.

Nos casos descritos no item I, tanto o
proprietário pode requerer as modificações
quanto o próprio oficial do cartório poderá
fazê-las. Já nos casos descritos no item II,
somente através de solicitação do proprietário e que a retificação poderá ser feita.”

Por outro lado, pode ocorrer de algum
dos confrontantes impugnar o pedido. Neste
caso, havendo impugnação e se as partes não
tiverem formalizado transação amigável para
solucioná-la, o oficial remeterá o processo
ao juiz competente, que decidirá de plano ou
após instrução sumária, salvo se a controvérsia versar sobre o direito de propriedade de
alguma das partes, hipótese em que remeterá
o interessado para as vias ordinárias.
O profissional que elaborar mapas e
memoriais descritivos responsabiliza-se
pelos dados ali constantes, porém, verificando-se, a qualquer tempo não serem
verdadeiros os fatos constantes do memorial descritivo, responderão os requerentes
e o profissional que o elaborou pelos prejuízos causados, independentemente das
sanções disciplinares e penais cabíveis.
GEORREFERENCIAMENTO
O georreferenciamento consiste na descrição do imóvel rural em suas características, limites e confrontações, realizando o
levantamento das coordenadas dos vértices
definidores dos imóveis rurais, georreferenciados ao sistema geodésico brasileiro, com
precisão posicional fixada pelo INCRA.
A lei Federal 10.267 de 28 de agosto de
2001, regulamentada pelo decreto 4.449 de
30 de outubro de 2002 que foi alterado pelo
decreto 5.570 de 31 de outubro de 2005,
criou o Cadastro Nacional de Imóveis Rurais (CNIR). A referida lei torna obrigatório
o georreferenciamento do imóvel para inclusão da propriedade no CNIR, condição
esta, necessária para que se realize qualquer
alteração cartorial da propriedade. RC
* Este serviço não é realizado pela Canaoeste

Revista Canavieiros - Setembro 2011
20

Copercana, Canaoeste e
Sicoob Cocred na
Fenasucro & Agrocana 2011

No estande das cooperativas e da associação, os produtores
rurais encontraram produtos e equipamentos e também receberam informações técnicas e orientações dos agrônomos
Carla Rossini

U

m estande do sistema Copercana, Canaoeste e Sicoob Cocred
recebeu autoridades, visitantes e
cooperados durante a realização da Fenasucro & Agrocana 2011, consideradas
a maior vitrine mundial de novidades e
lançamentos no setor sucroenergético.
As feiras foram realizadas entre os dias
30 de agosto e 02 de setembro, no Centro de Eventos Zanini, em Sertãozinho,
com organização da Reed Multiplus e realização do CEISE Br (Centro Nacional
das Indústrias do Setor Sucroenergético
e Biocombustíveis).

No estande do sistema, os produtores rurais que visitaram a feira, podiam
comprar produtos e equipamentos e
também receber informações técnicas
e orientações dos agrônomos. Uma loja
com produtos da selaria da Copercana
e ferramentas também estava à disposição dos visitantes. “Participando dessas
feiras temos uma visão melhor de tudo
aquilo que vamos fazer na nossa propriedade, além de conhecer novas técnicas e o que precisamos comprar para
uma maior produção”, disse o cooperado Elysio Reis.

Revista Canavieiros - Setembro de 2011
21
Novos implementos podem trazer economia e benefícios”, disse Paulo Paulista
que também comentou a importância da
participação dos produtores nas feiras:
“É extremamente importante não só para
conhecimento como para difusão de tecnologia, para os novos panoramas que
estão aparecendo e, principalmente, no
setor canavieiro em que o cenário mudou
demais. Nós, produtores, estamos tendo
que mudar alguns paradigmas, quebrar
algumas regras e mudar nosso jeito de
tocar a cultura. Então é de extrema importância que a gente participe de qualquer feira e de qualquer evento que possa
trazer novos conhecimentos”, finalizou.

Paulo Paulista, produtor rural e
diretor da Canaoeste, aproveitou
a feira para adquirir equipamentos

O presidente da Copercana, Sicoob
Cocred e também da Agrocana, ressaltou a importância das feiras e da participação de profissionais e produtores
ligados a cadeia de produção de cana-deaçúcar. “Focadas em negócios, as feiras
são grandes referências em tecnologia
para usinas, produtores rurais e profissionais que atuam na área. A realização
das feiras é marcada pelo lançamento de
tecnologias, processos, máquinas e equipamentos voltados à indústria e à área
agrícola canavieira e, também (as feiras)
se transformam num foro de discussão
sobre o setor com a realização de eventos
paralelos de caráter político e de natureza técnica”, disse Tonielo.
O produtor rural e cooperado, Djalma
Rabelo, concorda: “Visitando as feiras a
gente se atualiza, vê coisas novas e pode
efetuar compras. O produtor, seja grande
ou pequeno, tem que estar sempre atualizado, sempre perto de novas notícias e
informações. É importante a participação
das cooperativas nas feiras”.

Para atender os cooperados, os gerentes do sistema e uma equipe de
agrônomos da Copercana, ficou de
plantão no estande. “Nós procuramos
atender os produtores em suas necessidades para que eles possam combater
problemas de custo/beneficio da melhor forma possível, utilizando tecnologias e preços. Temos uma condição
diferenciada de preços e prazos de pagamento na feira”, disse o engenheiro
agrônomo, Rodrigo Ortolan.

Os números das feiras

Muitos cooperados esperam a realização de eventos como o Agronegócios
Copercana e a Agrocana para comprarem equipamentos. É o caso do diretor
da Canaoeste, Paulo Paulista Leite Silva
Júnior, que adquiriu dois equipamentos:
1 cultivador quebra-lombo e 1 adubador de disco 1250H. “Com a aquisição
de novos equipamentos a tendência é
de que a gente consiga novos índices de
produtividade e quem sabe consiga, inclusive, baratear os custos com relação
à aquisição de insumos principalmente.
De acordo com um balanço preliminar, divulgado pelos organizadores,
o número de visitantes das feiras deve
superar a 29 mil profissionais, diretamente ligados ao setor sucroenergético,
de mais de 22 estados brasileiros e de
32 países, como Alemanha, Austrália,
Argentina, Canadá, Chile, China, Coréia do Sul, Espanha, Estados Unidos,
França, Inglaterra, entre outros.

Ricardo Meloni (gerente comercial), Marcio Meloni (diretor da Sicoob Cocred),
Frederico Dalmaso (gerente de comercialização de produtos agroquímicos),
Augusto S. Paixão (gerente da Unidade de Grãos), Manoel Sérgio Sicchieri (assessor das diretorias
do sistema) e Giovanni Rossanez (gerente financeiro)

O volume de negócios gerado nas feiras
não tinha sido divulgado pelos organizadores até o fechamento desta edição.

Revista Canavieiros - Setembro 2011
22

Presenças importantes
A Fenasucro & Agrocana 2011 receberam autoridades políticas como o governador do Estado do Mato Grosso do
Sul, André Puccinelli, e o secretário de
Energia do Estado de São Paulo, José
Aníbal. Além deles, os presidentes e representantes de importantes entidades
setoriais, como Marcos Jank (UNICA),
José Paulo Stupiello (STAB Nacional),
William Burnquist e Alvaro Amaya
(ISSCT) e Tarcísio Mascarim (APLA).

Workshop Agrocana
A Canaoeste, Copercana, Sicoob Cocred, Gegis e Reed Multiplus e com coordenação técnica pela STAB, realizaram
os Workshops - Seminários Fenasucro &
Agrocana que aconteceram nas manhãs
dos dias 30 e 31 no Espaço Agrocana.
Tanto o Workshop Agrícola (dia 30),
como o Industrial (dia 31) tiveram seus
espaços praticamente lotados por produtores de cana, técnicos de associações,
cooperativas e unidades industriais, inclusive de outros países, professores e
alunos de disciplinas afins.

Luis Carlos Tasso Jr. (diretor da Canaoeste, membro do conselho administrativo da
Sicoob Cocred e conselheiro fiscal da Copercana), Giovanni Rossanez (gerente financeiro) e
Fernando dos Reis Filho (conselheiro da Copercana)

Carlos Terra (SENAR/SP), Paulo Arruda, Rogério Volpini, Rodrigo Carmo, Tirso de Salles Meirelles
(Sebrae), Manoel Sérgio Sicchieri e Márcio Zeviani (Copercana) e Mário Birau (SENAR/SP)

A engenheira agronômica e professora da UNESPJaboticabal, Márcia Justino Rossini Mutton;
presidente da Canaoeste, Manoel Ortolan; diretor da
Canaoeste, Paulo Paulista Leite Silva Júnior; diretor
do grupo Alto Alegre e vice presidente da Abag, Luiz
Carlos Correa Carvalho e consultor agronômico da
Canaoeste, Oswaldo Alonso, abriram o Workshop

Os gerentes e diretores do Sistema Copercana, Canaoeste e Sicoob Cocred receberam cooperados e
autoridades no estande localizado na Agrocana
vista aérea das feiras

Paulo Donadoni (Syngenta), Wilson Agapito (Della
Coletta Bioenergia S/A), Márcio Nono (Usina Santa
Cruz) e Oswaldo Alonso (Canaoeste)
Revista Canavieiros - Setembro de 2011
23

Tradicional Carneiro no estande da Copercana
Tradicionalmente, na noite de
quinta-feira, durante a realização da
Fenasucro & Agrocana, a Copercana
realiza uma confraternização e serve
carneiro à calabreza, polenta e cuscuz.
O evento estimula a convivência entre
os cooperados, produtores, empresários, autoridades políticas e do setor,
além de outros convidados. O evento

é organizado pelo diretor da cooperativa, Pedro Esrael Bighetti e, neste
ano, recebeu mais de 150 convidados. “Nós organizamos o tradicional
carneiro e conseguimos reunir empresários, cooperados e profissionais
do setor no estande da cooperativa. O
evento já se tornou tradição durante a
realização das feiras”, disse Bighetti.

O carneiro foi preparado por colaboradores da
Destilaria Santa Inês e Copercana

Fórum Internacional sobre o Futuro do Etanol
O evento de abertura oficial da Fenasucro & Agrocana, o XIII Fórum
Internacional sobre o Futuro do Etanol, aconteceu no dia 29 de agosto,
no Teatro Municipal de Sertãozinho.
O tema deste ano foi “A energia das
nações”. O Fórum reuniu autoridades,
convidados, imprensa e a comissão
organizadora das feiras para discutir a
inserção do etanol e da agroeletricidade na matriz energética mundial.
O presidente da Copercana, Sicoob
Cocred e da Agrocana, Antonio Eduardo Tonielo, participou da abertura do
evento ao lado dos diretores da Reed
Multiplus, Fernando Barbosa e Augusto Balieiro, do presidente do CeiseBr e diretor da Ciesp, Adézio José
Marques e do prefeito de Sertãozinho,
Nério Garcia da Costa.

Após o evento, os convidados foram para o Centro de Eventos Zanini
onde realizaram a inauguração oficial
da Fenasucro & Agrocana 2011, com
o descerramento de faixa e visita inaugural pelos corredores da feira. RC

O presidente da Canaoeste, Manoel
Ortolan, participou do painel “Agricultura e Indústria”, ao lado da secretária de Agricultura do Estado de
São Paulo, Mônika Bergamaschi; do
conselheiro da Bioenergética Aroeira,
Maurílio Biagi Filho; do presidente
da ETH Bioenergia, José Carlos Grubisich; do presidente do conselho da
Copersucar, Luís Roberto Pogetti; do
diretor do Grupo Alto Alegre e vice
presidente da Abag, Luiz Carlos Correa Carvalho e do presidente da Cosan, Marcos Marinho Lutz.
Revista Canavieiros - Setembro 2011
24

Notícias Sicoob Cocred

Balancete Mensal

COOP. CRÉDITO PRODUTORES RURAIS E EMPRESÁRIOS DO
INTERIOR PAULISTA - BALANCETE - AGOSTO/2011

Valores em Reais

Revista Canavieiros - Setembro de 2011
25

Marcio Meloni participa do ciclo de debates
“Caminhos do Setor Sucroenergético”
Evento contou com a presença do governador do Estado de Mato Grosso do Sul,
André Puccinelli e reuniu profissionais da imprensa

Carla Rossini

D

urante a realização da Fenasucro e
Agrocana, o diretor da Sicoob Cocred, Marcio Fernando Meloni, participou de uma coletiva de imprensa (no segundo dia dos debates) sobre “Os caminhos

do setor sucroenergético” que foi realizada
na tarde de quinta-feira (31), no Auditório
da Sala de Imprensa das feiras. Os convidados debateram os temas “Ações para que o
setor sucroenergético volte a crescer” e “Investimentos, crédito, posição governamental, redução de custos de produção, logística
e incentivos governamentais”.
Além do diretor da Sicoob Cocred, também participaram do debate o governador
do Estado do Mato Grosso do Sul, André
Puccinelli; a diretora da Abimaq, Alessandra Bernuzzi; o presidente da Orplana,
Ismael Perina Júnior; o presidente do CeiseBR, Adézio José Marques; o chefe do
departamento de Biocombustíveis do BNDES, Carlos Eduardo Cavalcanti; o presidente do Grupo Personality, Alexandre

Dias Moreno; o diretor da MBF Consultoria, Marcos Françóia e o diretor comercial
especializado no setor sucroenergético do
Itaú BBA, Alexandre Figliolino.
Marcio Meloni falou das iniciativas da
cooperativa de crédito para atender o médio
e pequeno produtor de cana e também cobrou mais agilidade na liberação dos recursos anunciados pelo Plano Agrícola Federal.
“A cooperativa busca recursos para ajudar
os produtores rurais, mas o dinheiro tem que
chegar na hora certa”, disse Meloni.
O presidente da Orplana, Ismael Perina, cobrou do governo federal uma
política agrícola mais clara e planejada,
não “aquela feita por técnicos dos ministérios”, disse Perina. RC

Revista Canavieiros - Setembro 2011
26

Informações Setoriais

CHUV
AS DE Agosto
e Prognósticos Climáticos

No quadro a seguir, são apresentadas as chuvas do mês de AGOSTO de 2011.

Engº Agrônomo Oswaldo Alonso
Técnico Agronômico da Canaoeste

A média das observações de chuvas
durante o mês de agosto (21mm), “ficou” bem próxima da média das normalidades climáticas de todos os locais
informados (24mm).
* s.i - sem informação neste mês.

N

o Mapa 1 abaixo é mostrado que
o índice de água disponível no
solo, no período de 15 a 17 de
agosto, encontrava-se crítico em praticamente toda área sucroenergética do
Estado de São Paulo. Observando-se os
Mapas 2 e 3, que pela ordem referem-se

aos finais de agosto de 2010 e de 2011,
que mostram muita semelhança dos críticos índices de Disponibilidades de Água
no Solo em toda área sucroenergética do
Estado. Exceto em estreita faixa do extremo Sudoeste, face às chuvas ocorridas
no último dia de agosto deste ano.

Mapa 1:- Água Disponível no Solo entre 15 a 17 de AGOSTO de 2011.

Revista Canavieiros - Setembro de 2011

Para subsidiar planejamentos de atividades futuras, a Canaoeste resume o
prognóstico climático de consenso entre
INMET-Instituto Nacional de Meteorologia e INPE-Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais para os meses de setembro a novembro.

Mapa 2:- Água Disponível no So
27
• Nos estados das Regiões Centro
Oeste e Sudeste, as chuvas poderão “ficar” entre próximas a ligeiramente acima
das respectivas médias históricas durante
os meses de setembro a novembro, exceto no Estado de São Paulo que terá
tendência de chuvas dentro das médias
destes meses;
• Prevêm-se temperaturas médias próximas das normais climáticas nas áreas
sucroenergéticas da Região Centro Sul;
• Como referência de normais climáticas de chuvas para Ribeirão Preto e
municípios vizinhos, pelo Centro AptaIAC, são de 55mm em setembro, 125mm
em outubro e 170mm em novembro.
A SOMAR Meteorologia também prevê que as chuvas poderão “ficar” próximas
às respectivas médias climáticas, uma vez
que a somatória nos meses de setembro a
novembro, em toda região de abrangência
Canaoeste poderá ser 10 a 12% superior
ao mesmo período de 2010.
Face às previsões climáticas, pela
SOMAR Meteorologia, para estes meses de moagem - setembro a novembro,
a Canaoeste sugere aos produtores de
cana que busquem, ainda mais, o má-

olo ao final de AGOSTO de 2010.

ximo de qualidade em
operações de colheita
e aproveitem ao máximo os dias e tempos disponíveis; bem
como, efetuarem os
necessários e aprimorados tratos culturais e
até (serem mais generosos na) utilização de
insumos - adubações
e atenções – muitas
atenções mesmo - em
monitoramentos
de,
ervas daninhas, pragas
e doenças, visando às
crescentes demandas
por matéria prima nas
próximas safras.

Mapa 4:- Adaptação pela CANAOESTE do
Prognóstico de Consenso entre INMET e INPE para o
trimestre setembro a novembro

Mas, canaviais depauperados por pisoteios, falhas, pragas, doenças, ervas daninhas demandam renovações, visando redução da
idade média e, consequente, melhora
da produtividade em atenção às safras
futuras. Mas, atenção !!! Qualidade
das mudas é fundamental para assegurar produtividade e longevidade dos
canaviais. A relação custo/benefício é
muito favorável quando são empregadas mudas sadias.

Estes prognósticos serão revistos a
cada edição da Revista Canavieiros e fatos ou prognósticos climáticos relevantes
serão noticiados em nosso site www.canaoeste.com.br .
Persistindo dúvidas, consultem os
Técnicos mais próximos ou através do
Fale Conosco Canaoeste. RC

Mapa 3:- Água Disponível no Solo, 50cm de profundidade, ao final de AGOSTO de 2011.

RC

Revista Canavieiros - Setembro 2011
28

Artigo Técnico

Acompanhamento da safra 2011/2012

A

safra 2011/2012, iniciada em março de 2011, encontra-se na 1ª quinzena do
mês de setembro e, neste trabalho, são apresentados os dados obtidos até a
2ª quinzena de agosto, em comparação com os obtidos na safra 2010/2011.
Na Tabela 1, encontra-se o ATR médio acumulado (kg/tonelada) do início da safra
até a 2ª quinzena de agosto, em comparação com o obtido na safra 2010/2011, sendo
que o ATR da safra 2011/2012 está 7,76 Kg abaixo do obtido na safra 2010/2011 no
mesmo período.
Tabela 1 – ATR (kg/t) médio da cana entregue pelos
Fornecedores de cana da Canaoeste das safras 2010/2011 e 2011/2012

As tabelas 2 e 3 contêm detalhes da qualidade tecnológica da matéria-prima nas
safras 2010/2011 e 2011/2012.
Tabela 2 – Qualidade da cana entregue pelos fornecedores de cana da Canaoeste,
até a 2ª quinzena de agosto, da safra 2010/2011.
Thiago de Andrade Silva
Assistente de Controle Agrícola da CANAOESTE

O gráfico 3 contém o comportamento da pureza do caldo na safra
2011/2012 em comparação com a safra 2010/2011.

Tabela 3 – Qualidade da cana entregue pelos fornecedores de cana da Canaoeste,
até a 2ª quinzena de agosto, da safra 2011/2012.

A pureza do caldo da safra 2011/2012
ficou muito abaixo da obtida na safra
2010/2011, do início da safra até a 2ª
quinzena de abril, com maior acentuação na 2ª quinzena de março, ficando
próximo do mês de maio em diante, se
igualando, praticamente, a partir da 2ª
quinzena de junho.
O gráfico 4 contém o comportamento da FIBRA da cana na safra
2011/2012 em comparação com a safra 2010/2011.

Gráfico 1 – BRIX do caldo obtido nas safras

O gráfico 1 contém o comportamento do BRIX do caldo da safra
2011/2012 em comparação com a safra 2010/2011.

O gráfico 2 contém o comportamento da POL do caldo na safra
2011/2012 em comparação com a safra 2010/2011.

O BRIX do caldo da safra 2011/2012
ficou abaixo em todas as quinzenas,
em relação à safra 2010/2011, sendo
de forma mais acentuada na 2ª quinzena de março.

Observar-se que a POL do caldo
apresentou o mesmo comportamento
do BRIX do caldo, com teor inferior
ao da safra 2010/2011.

Revista Canavieiros - Setembro de 2011
29
De modo geral, a FIBRA da cana na
safra 2011/2012 ficou abaixo da obtida na safra 2010/2011, com exceção
das duas quinzenas de abril e de agosto, ficando bem abaixo na 2ª quinzena
de março e de forma menos acentuada
na 2ª quinzena de maio.

Gráfico 2 – POL do caldo obtida nas safras 2011/2012 e 2010/2011

O gráfico 5 contém o comportamento da POL da cana na safra
2011/2012 em comparação com a safra 2010/2011.
A POL da cana obtida na safra
2011/2012 está muito abaixo daquela
obtida na safra 2010/2011 em todas
as quinzenas, sendo a diferença mais
acentuada na 2ª quinzena de março.

Gráfico 3 – Pureza do caldo obtida nas safras 2011/2012 e 2010/2011

O gráfico 6 contém o comportamento do ATR na safra 2011/2012 em
comparação com a safra 2010/2011.
Pode-se observar que o ATR apresentou um comportamento semelhante
ao da POL da cana.
O gráfico 7 contém o comportamento do volume de precipitação
pluviométrica registrado na safra
2011/2012 em comparação com a safra 2010/2011.

Gráfico 4 – Comparativo das Médias de FIBRA da cana

A precipitação pluviométrica média ficou acima dos valores observados em 2010, nos meses de fevereiro,
abril, junho e agosto de 2011. O mês
de março ficou muito acima, comparativamente com o de 2010. Porém
nos meses de janeiro, maio e julho a
precipitação pluviométrica desta safra
ficou abaixo daquela observada em
2010.

s 2011/2012 e 2010/2011

O gráfico 8
contém o comportamento da
precipitação
pluviométrica
acumulada por
trimestre na safra 2011/2012
em comparação com a safra 2010/2011.

Gráfico 5 – POL da cana obtida nas safras 2011/2012 e 2010/2011

Em
2011,
observa-se um
volume de chuRevista Canavieiros - Setembro 2011
30
va muito acima no 1ª trimestre e um
pouco maior no 2º trimestre, se comparado aos volumes médios de 2010.
O 3º trimestre continua com volumes
médios inferiores aos observados em
2010.

Gráfico 6 – ATR obtido nas safras 2011/2012 e 2010/2011

Houve uma pequena recuperação
da qualidade no mês de agosto, porém
a qualidade da matéria-prima (kg de
ATR/t) continua bem abaixo daquela
observada no mesmo período na safra
2010/2011. RC
Gráfico 7 – Precipitação pluviométrica (mm de chuva)
registrada em 2010 e 2011

Revista Canavieiros - Setembro de 2011

Gráfico 8 – Precipitação pluviométrica (mm de chuva) por trimestre,
em 2010 e 2011.
31

Revista Canavieiros - Setembro 2011
32

Assuntos Legais

ADA – Ato Declaratório
Ambiental

Prazo de entrega termina em 30 de setembro

C

omo já afirmado n’outras edições, o ADA (Ato Declaratório
Ambiental), é uma declaração
da situação ambiental da propriedade
rural, onde será informado OBRIGATORIAMENTE ao IBAMA (Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), as áreas de
preservação permanente, reserva legal e
outras áreas de proteção ambiental (área
de reserva particular do patrimônio natural, área de declarado interesse ecológico, área com plano de manejo florestal, área com reflorestamento), caso
existam no imóvel rural e desde que declaradas no DIAT (Distribuição da Área
do Imóvel Rural), entregue quando do
preenchimento da DITR (Declaração do
Importo Territorial Rural). Tal declaração possibilita a redução do pagamento
do ITR (Imposto Territorial Rural) em
até 100% de seu valor.

Ressaltamos, ainda, que o envio do
ADA a partir do exercício 2007, é feito
por meio eletrônico, via internet (ADAweb), através do sitio eletrônico do IBAMA (www.ibama.gov.br). Já no site,
basta clicar no link de Serviços On-line,
informar o seu CPF (pessoa física) ou
CNPJ (pessoa jurídica), senha e autenticar. “Para a obtenção ou recuperação
de senha de acesso, deve-se recorrer ao
Cadastro Técnico Federal, telefone (61)
3316-1677. No caso de dúvidas, ligar
para o número indicado ou para (61)
3316-1253 ou ainda utilizar o e-mail
ada.sede@ibama.gov.br.
Declarações
retificadoras referentes ao exercício de
2011 poderão ser apresentadas até 31 de
dezembro de 2011” (fonte: CNA – Confederação Nacional da Agricultura).
No preenchimento eletrônico do ADA
ou em caso de retificação, deve-se obser-

Juliano Bortoloti
Advogado da Canaoeste

var fielmente o que foi declarado no formulário do DITR, protocolizado perante
a Secretaria da Receita Federal, pois as
informações ali contidas devem guardar
relação com as que forem prestadas no
ADA, tendo em vista que, visando um
maior controle administrativo das propriedades rurais, o IBAMA começou a
cruzar suas informações com a Receita
Federal e o INCRA – Instituto Nacional
de Colonização e Reforma Agrária, responsáveis pelo controle e recolhimento
anual do ITR. RC

Safra de grãos

Brasil deve produzir 161,96 milhões de
toneladas de grãos

A

produção nacional de grãos
deve chegar a 161,96 milhões
de toneladas, ficando 13,7
milhões ou 9,2% superior ao volume de 149,25 milhões produzidos em
2009/10. Este resultado se deve às
boas condições climáticas ocorridas
na maioria das regiões produtoras, durante todo ciclo produtivo das principais culturas. Os números são do 12º
levantamento da safra de grãos da safra 2010/11, divulgados no início de
setembro.

Em relação ao resultado da pesquisa
anterior, divulgado em agosto, houve
aumento de 1,42 mil toneladas devido
à confirmação da produtividade do milho segunda safra. A alteração no va-

lor total da safra ocorreu por causa da
revisão da área de milho no Nordeste
e das áreas de soja sub-irrigada de Tocantins e de Roraima, que tem calendário semelhante ao do hemisfério Norte.
Os resultados positivos compensaram
a queda do feijão terceira safra e do milho segunda safra na Bahia, que devido
às adversidades climáticas, apresentam
perdas consideráveis.

A área total cultivada no País está
estimada em 49,9 milhões de hectares.
A estimativa é 5,3%, ou 2,5 milhões
de hectares superior à safra passada
(47,4 milhões de hectares). O CentroSul representa 79% da área plantada
de grãos. A região obteve crescimento de 3,3% (1,2 milhão de hectares),

Revista Canavieiros - Setembro de 2011

passando de 38,1 milhões para 39,4
milhões de hectares, em comparação
ao ciclo anterior.
O Sul do país detém 44,9% da área
total (17,7 milhões de hectares); o
Sudeste, 12,2% (4,7 milhões de hectares) e o Centro-Oeste, 42,9% (16,9
milhões de hectares). As regiões Norte/Nordeste respondem por 21% (10,4
milhões de hectares). No Norte/Nordeste, foi registrado aumento de 13,5%
(1,24 milhão de hectares) em relação
ao ciclo agrícola anterior. Desse total, a região Nordeste plantou 83,59%
(8,7 milhões de hectares) e o Norte,
16,41% (1,7 milhão de hectares). RC
Fonte: Conab
33

Revista Canavieiros - Setembro 2011
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Safra Canavieira

Moagem no Centro-Sul atinge
40,49 milhões de toneladas na
segunda quinzena de agosto

O

volume de cana-de-açúcar
processado pelas unidades
produtoras da região CentroSul do Brasil somou 40,49 milhões
de toneladas na segunda quinzena de
agosto, queda de 3,76% comparativamente ao mesmo período da safra
2010/2011. No acumulado desde o
início da safra até 1º de setembro, a
moagem totalizou 338,14 milhões de
toneladas.

O diretor técnico da Unica - União
da Indústria de Cana-de-Açúcar, Antonio de Padua Rodrigues, observa
que “há cinco quinzenas o processamento de cana no Centro-Sul gira em
torno de 40 milhões de toneladas”.
Mantido esse ritmo, deveremos observar o término da safra em meados de
novembro em grande parte da região
produtora, acrescentou o executivo.
De acordo com dados apurados pelo
CTC - Centro de Tecnologia Canavieira, a produtividade agrícola do canavial colhido no Centro-Sul em agosto
foi de 66,6 toneladas de cana por hectare, redução significativa em relação
ao valor observado na mesma data de
2010 (79,4 toneladas por hectare). No
acumulado desde o início da safra, a
produtividade ficou em 72,4 toneladas
de cana por hectare nesta safra contra
89,4 observados no último ano.

cuperáveis (ATR) por tonelada de
cana-de-açúcar atingiu 149,97 kg,
recuperação significativa em relação
aos 143,60 kg verificados nos primeiros 15 dias daquele mês, e queda de
5,80% em relação ao valor observado
no mesmo período de 2010.
No acumulado desde o início da safra até 1º de setembro, a concentração
de açúcares por tonelada de matériaprima atingiu 132,64 kg, retração de
3,59% comparativamente ao índice
verificado na mesma data na safra
2010/2011.
Segundo o diretor da Unica, “a recuperação do ATR produto foi mais
expressiva que aquela observada nas
análises laboratoriais utilizadas na determinação do ATR cana; isso ocorre
porque o cálculo do ATR produto divulgado foi influenciado pela parada
em algumas unidades produtoras”.
Mix e produção de
açúcar e de etanol

Do volume total de cana processado na segunda quinzena de agosto,
51,19% foram utilizados para a fabricação de açúcar. Nesse período, a produção de açúcar somou 2,96 milhões

A Unica, o CTC e demais sindicatos e associações de produtores
continuarão monitorando quinzenalmente a produção e as condições do
canavial até o final da safra. “Vamos
monitorar de perto as condições do
canavial e, caso seja necessário, faremos uma nova revisão de safra,”
afirma Rodrigues.
Qualidade da
matéria-prima
Na última quinzena de agosto, a
quantidade de Açúcares Totais ReRevista Canavieiros - Setembro de 2011

Antonio de Padua Rodrigues,
diretor técnico da Unica

de toneladas, praticamente idêntica
àquela observada no mesmo período
da safra passada. Já a produção de etanol totalizou 1,74 bilhão de litros nos
últimos quinze dias de agosto, sendo
737,03 milhões de litros de etanol
anidro e 999,04 milhões de litros de
hidratado.
“Apesar do anúncio de redução no
nível de mistura do etanol anidro na
35

vendido no mesmo período do ano
passado. Deste total, 8,33 bilhões
de litros foram destinados ao mercado doméstico e apenas 863,09
milhões à exportação.
Do montante direcionado ao abastecimento doméstico, 3,17 bilhões de
litros referem-se ao etanol anidro e
5,17 bilhões de litros ao hidratado.
gasolina a partir de primeiro de outubro, as empresas mantiveram o
ritmo de produção de etanol anidro,
que cresceu 19,68% em relação ao
mesmo período da safra anterior”,
comentou Rodrigues.
No acumulado desde o início da
safra, a produção de etanol atingiu
13,77 bilhões de litros, sendo 8,54
bilhões de litros de hidratado e 5,23
bilhões de litros de etanol anidro.
Já a produção de açúcar alcançou
20,38 milhões de toneladas, queda de 9,40% em relação à safra
2010/2011.
Para o executivo da Unica, “com
a quebra de safra, algumas unidades
produtoras reduziram o ritmo diário
de moagem para produzir açúcar necessário ao cumprimento dos contratos assumidos anteriormente”.
Vendas de etanol
As vendas de etanol pelas unidades produtoras da região CentroSul, acumuladas de abril até 1º de
setembro, somaram 9,19 bilhões de
litros, 16,17% abaixo do volume

Nos últimos 15 dias de agosto,
as vendas de etanol atingiram 1,05
bilhão de litros, queda de 17,44%
na comparação com o valor observado em 2010 (1,27 bilhão de litros). Do total vendido na segunda
metade do mês, 107,40 milhões de
litros destinaram-se ao mercado
externo e 942,90 milhões ao mercado doméstico.
No mercado doméstico, as vendas de etanol anidro atingiram
332,69 milhões de litros e as de hidratado 610,21 milhões na segunda
quinzena de agosto.
Segundo Rodrigues, “nesse ano
não observamos um aumento excessivo das vendas para o mercado
doméstico no período de safra; em
julho e agosto as vendas de etanol
das unidades do Centro-Sul para o
mercado interno permaneceram em
torno de 1,8 bilhão de litros”. A manutenção dessa tendência é importante para minimizarmos o risco de
aumentos abruptos de preços na entressafra, concluiu o executivo. RC
Fonte: Unica
Revista Canavieiros - Setembro 2011
36

36

“General Álvaro
Tavares Carmo”

Mercados Futuros Agropecuários

Cultivando
a Língua Portuguesa
Esta coluna tem a intenção de maneira didática, esclarecer
algumas dúvidas a respeito do português.

“ O valor está nos olhos de quem vê”
Solis
1) Pedro explanou o assunto com “ eloquência”.

“Desde a colonização a agricultura é um dos
maiores vetores da economia nacional, sendo
hoje o agronegócio também sinônimo de tecnologia e desenvolvimento. Agora, o Brasil se
projeta como potência em agroenergia.
Nesse cenário de busca por fontes renováveis de energia e redução de aquecimento
global, o etanol brasileiro surpreende ao se
destacar nas discussões internacionais como
produto eficiente, viável e competitivo. A
cana-de-açúcar é uma verdadeira usina viva,
pois converte energia solar em diversos bioprodutos úteis, representando oportunidades
de desenvolvimento social, econômico e ambiental.
Um novo mundo precisa ser construído.
Mas para se tornar realidade, governo, iniciativa privada e sociedade civil devem trabalhar juntos, com planejamento e responsabilidade, em prol da geração sustentável dos
biocombustíveis. A nossa experiência com o
etanol pode ser adotada a adaptada por diversos países. Dessa forma estaremos democratizando o acesso à energia e contribuindo à
paz mundial.”

Parabéns duplamente: escrita correta da expressão - sem o
uso do trema - e pela explanação.
Segundo o Novo Acordo Ortográfico (5ª edição), o trema não existirá mais - regra
geral.
2) Maria usava uma linda blusa “cor de rosa”.
Com a escrita incorreta, segundo o Novo Acordo Ortográfico (5ª edição) o visual
não agradou ninguém, em especial, a Língua Portuguesa.
O correto é: cor-de-rosa (com hífen)
Dica fácil: o hífen permanece nas locuções como “cor-de-rosa”—palavras em que
o uso do hífen é consagrado.
3) Pedro iniciará um curso de “auto hipnose”.
Com a escrita grafada de forma incorreta... o curso não acontecerá.
O correto é: auto-hipnose.
Segundo o Novo Acordo Ortográfico (5ª edição): Quando o segundo elemento
inicia-se com H, em geral usa-se hífen.
PARA VOCÊ PENSAR:
“ Saudade é um pouco como fome.
Só passa quando se come a presença...” - Clarice Lispector
“ ... Ela acreditava em anjo, porque acreditava e, porque acreitava, eles existiam.” - Clarice Lispector
Dicas e sugestões, entre em contato: renatacs@convex.com.br
* Advogada, Prof. de Português, Consultora e Revisora, Mestra USP/RP, Especialista em Língua
Portuguesa, Pós-Graduada pela FGV/RJ, com MBA em Direito e Gestão Educacional, autora de vários
livros como a Gramática Português Sem Segredos (Ed. Madras), em co-autoria.

(Trecho extraído da introdução do livro)
GIRALDEZ, Ricardo. Cana-de-açúcar:
passado, presente e futuro no Brasil. Tradução de Christiane Fada Bois. São Paulo:
Núcleo Comunicação Integrada, 2009. 297 p.
ISBN 978-85-906852-1-0.
Os interessados em conhecer as sugestões de
leitura da Revista Canavieiros podem procurar a
Biblioteca da Canaoeste, na Rua Augusto Zanini,
nº1461 em Sertãozinho, ou pelo telefone :
(16)3946-3300 - Ramal 2016
Revista Canavieiros - Setembro de 2011
37

Eventos em Outubro de 2011
II Simpósio Manejo da Resistência a produtos Fitossanitários
Início: 05/10/2011
Fim: 06/10/2011
Horário: 08:00 as 17:30
Local: Esalq – Piracicaba - São Paulo - Endereço: Anfiteatro
do Pavilhão da Engenharia, da ESALQ/USP - Av.Pádua Dias, 11
Vagas: 200
Inscrições: Profissional - R$ 200,00
Estudante - R$ 50,00*
* É obrigatório a apresentação de comprovante para a confirmação da inscrição
Contato: FEALQ - Fundação de Estudos Agrários Luiz de
Queiroz - Av.Centenário, 1080 - São Dimas - 13416-000 Piracicaba, SP
Tel: (19) 3417-6604/3417-6601, FAX: (19) 3422-2755
E-mail cdt@fealq.org.br - Site: www.fealq.org.br
Curso Safras Trading School
Aplicado a Commodities.
Início: 05/10/2011
Fim: 07/10/2011
Horário: 08:30 as 17:30
Local: Plaza Inn Master - Rua Álvares Cabral, 1120 – Ribeirão Preto - (16) 2102-6000.
Inscrições: pelo site www.safras.com.br
Valor: R$ 2.275,00 – 2.730,00
Objetivo: Difundir conceitos e aprimorar estratégias
comerciais, utilizando-se de técnicas que permitam uma
melhor ligação entre mercado físico e os derivativos agrícolas. Como complemento também, oferece um módulo
específico de análise técnica, que serve como uma ferramenta auxiliar aos agentes do mercado para tomada de decisão comercial.
Contato: (51) 3224-7039 – Fax (51) 3224-9170
Curso – Análise de Cadeias Produtivas
do Agronegócio
Início: 06/10/2011
Fim: 07/10/2011
Local: Febrabran - Av. Brig. Faria Lima, 1485 – Torre Norte
14º andar – São Paulo-SP.
Inscrições: através do site,
Valores: R$ 910,00 – R$ 1.070,00.
Carga Horária: 16 horas.
Publico Alvo: Profissionais atuem ou não direta ou indiretamente em áreas relacionadas com o “Agronegócio” das
Instituições Financeiras, Cooperativas e Empresas - adubos,
defensivos, sementes, frigoríficos, máquinas e equipamentos
agropecuários, etc e empresarios rurais; que precisam conhecer o funcionamento das cadeias produtivas do agronegócio
no Brasil.
Telefone: (11) 3244-9862
E-mail: educacaofinanceira@febraban.org.br

Seminário – Perspectivas e Tendências para
a Produção, Consumo e Mercado – Safra
2011/12 Clima, Milho, Soja e Trigo
Início: 21/10/2011	
Fim: 21/10/2011
Horário: 13:00 as 18:00	
Local: Curitiba - PR
Inscrições: As inscrições são feitas por formulário de inscrição eletrônico presente na página do curso na Internet. Há
também a possibilidade de realizar as inscrições por fax ou telefone. Há desconto para inscrições realizadas até o dia 30/09
Valor: R$ 500,00 - R$ 780,00
Contato: (51) 3224-7039 Fax: (51) 3224-9170
I Simpósio Goiano de Pós-colheita de Grãos
Início: 24/10/2011
Fim: 26/10/2011
Horário: 08:00 as 18:00
Local: Associação Atlética da COMIGO Rod BR 060, KM
389 - Distrito Industrial Rio Verde - GO, 75900-000
Inscrições: podem ser feitas até o dia 20 de outubro.
Confira aos valores:Sócio Abrapos R$ 30,00
Não Sócio Abrapos R$ 50,00
Estudantes (Vagas Limitadas) R$ 30,00
Contato: www.abrapos.org.br
Fórum Produção, Conservação e Lucratividade - Economia Verde como via de equilíbrio
Início: 26/10/2011
Fim: 26/10/2011
Horário: 08:00 as 18:00
Local: Auditório do IAC, em Campinas-SP.
Inscrições: já estão abertas e podem ser feitas pelo site
www.diadecampo.com.br/forumeconomiaverde. Produtores
rurais, professores, estudantes e grupos acima de três integrantes têm descontos.
Contato: www.diadecampo.com.br/forumeconomiaverde
Curso de Análise de Mercado
Físico e Futuro de Milho.
Início: 27/10/2011
Fim: 27/10/2011
Horário: 08:30 as 17:00
Local: Auditório CMA - Rua Prof.Filadelfo de Azevedo,
712 - Vila Nova Conceição – São Paulo-SP.
Inscrições: pelo site WWW.safras.com.br
Valor: R$ 975,00 – 1.170,00
Objetivo: Reavaliar os novos parâmetros de formação de
preço e tendências na comercialização brasileira e mundial,
combinando as ações junto com operações de mercado futuro.
Destina-se a produtores, operadores, traders, corretores e qualquer profissional que esteja envolvido na administração rural e
na comercialização das principais commodities agropecuárias.
Contato: (51) 3224-7039 – Fax (51) 3224-9170
Revista Canavieiros - Setembro 2011
38

Vendem-se
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margem. Sem benfeitorias. Área total
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e feijão. Imóvel próximo de arrendamentos de lavouras de cana de açúcar. Preço:
R$ 1.400.000,00 (aceita proposta).
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Varredura de adubo em ótima qualidade. Eficiência comprovada.
Tratar com Valter pelo telefone (16)
9184-3385
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2.500 Mudas de Laranja Valencia
Americana já na formação.
Tratar com José Armando pelo telefone (17) 9147 6774
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Revista Canavieiros - Setembro 2011 edição aborda Fenasucro, entrevista com presidente da Unica

  • 1. 1 Revista Canavieiros - Setembro 2011
  • 2. 2 Revista Canavieiros - Setembro de 2011
  • 3. 3 Revista Canavieiros - Setembro 2011
  • 4. Editorial 4 Expediente: Conselho Editorial: Antonio Eduardo Tonielo Augusto César Strini Paixão Clóvis Aparecido Vanzella Manoel Carlos de Azevedo Ortolan Manoel Sérgio Sicchieri Oscar Bisson Editora: Carla Rossini - MTb 39.788 Projeto gráfico e Diagramação: Rafael H. Mermejo Equipe de redação e fotos: Carla Rodrigues - MTb 55.115 Murilo Sicchieri Rafael H. Mermejo Comercial e Publicidade: Marília F. Palaveri (16) 3946-3311 - Ramal: 2008 comercial@revistacanavieiros.com.br atendimento@revistacanavieiros.com.br Impressão: São Francisco Gráfica e Editora Ltda Tiragem: 11.000 exemplares ISSN: 1982-1530 A Revista Canavieiros é distribuída gratuitamente aos cooperados, associados e fornecedores do Sistema Copercana, Canaoeste e Sicoob Cocred. As matérias assinadas são de responsabilidade dos autores. A reprodução parcial desta revista é autorizada, desde que citada a fonte. Endereço da Redação: A/C Revista Canavieiros Rua Dr. Pio Dufles, 532 Sertãozinho – SP - CEP:- 14.170-680 Fone: (16) 3946 3311 - (ramal 2190) www.revistacanavieiros.com.br As feiras e o cenário do setor A “Reportagem de Capa” do mês de setembro, aborda a participação do sistema Copercana, Canaoeste e Sicoob Cocred na Fenasucro & Agrocana 2011, feiras consideradas a maior vitrine mundial de novidades e lançamentos no setor sucroenergético. As feiras foram realizadas entre os dias 30 de agosto e 02 de setembro, no Centro de Eventos Zanini, em Sertãozinho, com organização da Reed Multiplus e realização do CEISE Br (Centro Nacional das Indústrias do Setor Sucroenergético e Biocombustíveis). No estande do sistema, os produtores rurais que visitaram a feira, podiam comprar produtos e equipamentos e também receber informações técnicas e orientações dos agrônomos. Uma loja com produtos da selaria da Copercana e ferramentas também estava à disposição dos visitantes. O entrevistado desta edição é o presidente da Unica - União da Indústria de Cana-de-açúcar, Marcos Sawaya Jank, que definiu o atual cenário do setor em uma entrevista exclusiva à jornalista Carla Rossini. O executivo apontou a falta de políticas públicas como uma preocupação para novos investimentos em unidades industriais. A secção “Ponto de Vista” de setembro traz um artigo do coordenador do Centro de Agronegócio da FGV, presidente do Conselho Superior do Agronegócio da Fiesp e professor do Depto de Economia Rural da UnespJaboticabal, Roberto Rodrigues, que foi ministro da Agricultura, no Governo Lula. Rodrigues fala sobre um novo Código Florestal para o Brasil. Reuniões técnicas, treinamentos para a equipe de agrônomos e eventos em parceria com multinacionais são abordados em “Notícias Copercana” e “Notícias Canaoeste”. Nas páginas RC www.twitter.com/canavieiros redacao@revistacanavieiros.com.br Revista Canavieiros - Setembro de 2011 da Canaoeste o leitor ainda encontra as informações sobre O Encontro dos Produtores de Cana, que foi realizada durante a Fenasucro & Agrocana e discutiu o Código Florestal; a participação do presidente da associação, Manoel Ortolan, em uma coletiva de imprensa sobre “Os caminhos do setor sucroenergético”; a participação do agrônomo da Canaoeste, Marcelo de Felício, no evento “Os Eleitos” – Soja Intacta RR2 Pro da Monsanto. Em “Notícias Sicoob Cocred”, está o Balancete de agosto e também a participação do diretor da cooperativa de crédito, Marcio Fernando Meloni, em uma coletiva de imprensa sobre “Os caminhos do setor sucroenergético” que foi realizada na tarde de quintafeira (31), no Auditório da Sala de Imprensa da Fenasucro & Agrocana. Os convidados debateram os temas “Ações para que o setor sucroenergético volte a crescer” e “Investimentos, crédito, posição governamental, redução de custos de produção, logística e incentivos governamentais”. Em “Assuntos Legais”, o advogado da Canaoeste, Juliano Bortoloti, fala sobre o ADA - Ato Declaratório Ambiental que é uma declaração da situação ambiental da propriedade rural. O artigo técnico mostra o acompanhamento da safra 2011/2012 até a 2ª quinzena de agosto, em comparação com os obtidos na safra 2010/2011. E os profissionais da Canaoeste, Thiago de Andrade Silva (Assistente de Controle Agrícola) e Lucas Alberguine (desenhista), escrevem sobre os serviços de topografia da associação. Além disso, a Revista Canavieiros de setembro também traz as Informações Setoriais com o assessor agronômico da Canaoeste, Oswaldo Alonso, dicas de leitura e gramática. Boa leitura! Conselho Editorial
  • 5. 5 Ano V - Edição 63 - Setembro de 2011 Índice: Capa - 20 Copercana, Canaoeste e Sicoob Cocred na Fenasucro & Agrocana No estande das cooperativas e da associação, os produtores rurais encontraram produtos e equipamentos e também receberam informações técnicas e orientações dos agrônomos E mais: Informações Setoriais .................página 26 06 - Entrevista Marcos Sawaya Jank Presidente da Unica Desajuste entre a demanda e a capacidade de oferta Artigo Técnico .................página 28 08 - Ponto de Vista Assuntos Legais .................página 32 Roberto Rodrigues Ex-ministro da Agricultura Na reta final 10 - Notícias Copercana Safra Canavieira - Copercana e Dupont realizam palestra técnica - Nutrição e adubação de cana é tema de treinamento - Responsabilidade Social no Campo - Copercana participa do III Encontro Basf de Amendoim .................página 34 Cultura 14 - Notícias Canaoeste - Encontro dos Produtores de Cana discute o Código Florestal - Manoel Ortolan participa de debate sobre o cenário dos canaviais brasileiros - Agrônomo da Canaoeste participa do evento “Os Eleitos” Soja Intacta RR2 Pro da Monsanto - Topografia Canaoeste 24 - Notícias Sicoob Cocred Agende-se .................página 37 - Balancete Mensal - Marcio Meloni participa do ciclo de debates “Caminhos do Setor Sucroenergético” 28 - Acompanhamento da safra .................página 36 Apresentação dos dados obtidos até a 2ª quinzena de agosto, em comparação com os obtidos na safra 2010/2011. Classificados .................página 38 Revista Canavieiros - Setembro 2011
  • 6. 6 Entrevista com: Desajuste entre a demanda e a capacidade de oferta Marcos Sawaya Jank Carla Rossini Não há crise no setor sucroenergético, o problema é um desajuste entre o potencial que a demanda tem e a capacidade de oferta de produtos. Foi dessa forma que o presidente da Unica – União da Indústria de Cana-de-açúcar, Marcos Sawaya Jank, definiu o atual cenário do setor em uma entrevista exclusiva à Revista Canavieiros. O executivo também apontou a falta de políticas públicas como uma preocupação para novos investimentos em unidades industriais. Confira a íntegra da entrevista a seguir: Revista Canavieiros: Marcos, recentemente a Unica divulgou os números da safra 2011/2012, onde houve uma quebra de produção de cana-de-açúcar muito significante. Isso ocorreu por diversos fatores como clima, falta de tratos culturais dos canaviais, etc. Podemos considerar que existe uma crise dentro do setor sucroenergético? Marcos Sawaya Jank: Não, acho que não existe uma crise no setor, na realidade, a quebra de safra tem provocado preços melhores. Eu até acho curioso que se fale em crise, porque existem preços melhores que estão sendo gerados por essa quebra de produção. A crise é uma crise de oferta e, uma crise de oferta, que tem levado a preocupações em relação ao etanol hidratado, particularmente preocupações em relação à segurança de abastecimento. Mas em relação a questão de preços, nós temos gerenciado. Revista Canavieiros: Poderá ocorrer falta de etanol no mercado? Jank: Não, justamente pelo que nós temos feito junto ao governo para garantir o abastecimento. Temos trabalhado desde o começo do ano, junto com as distribuidoras e com o governo federal através de uma câmara tripartite, que reúne, portanto os produtores, as distribuidoras e o go- verno, para garantir que não falte produto e que não haja volatilidade de preços. É importante que não haja variações muito bruscas, nem para baixo nem para cima, e uma das coisas que temos feito é produzir mais etanol anidro que é aquele que é misturado na gasolina e também, ao mesmo tempo, temos importado produto dos Estados Unidos, principalmente. Penso que este ano está sendo um ano muito mais tranquilo em termos de abastecimento e preços do que foi o ano passado. Então estamos gerenciando a oferta de uma maneira muito mais precisa do que fizemos ao longo da safra passada, quando tivemos uma surpresa durante a entre-safra, em termos de altas de preços e também de uma necessidade de importação de última hora. É isso que está acontecendo basicamente. A questão que ainda se coloca sobre a mesa, é o crescimento da indústria, que precisa crescer mais rápido do que tem crescido. Revista Canavieiros: O crescimento estagnou? Jank: A indústria vinha crescendo a uma taxa de 10% ao ano, acompanhando o crescimento da frota flex que é desta ordem e agora, passou a crescer apenas 3% ao ano, desde 2008. Essa redução no crescimento é fruto da crise de 2008, na Revista Canavieiros - Setembro de 2011 verdade, os investimentos continuam entrando no setor, mas ao invés de ir para novos projetos, eles passaram para usinas que estavam com dificuldades, para compra de empresas descapitalizadas. Revista Canavieiros: Não existem novos projetos de unidades industriais? Jank: Existem investidores no setor, mas esses investidores não estão fazendo novas usinas e gerando cana nova, ao invés disso eles estão comprando empresas com dificuldades. Então, agora, o que estamos estudando com o governo, são formas para que os investimentos venham novamente para novas plantas, ou seja, plantio de cana nova. Isso, obviamente, não é fácil porque a cana perdeu competitividade e o etanol de cana perdeu a competitividade frente à gasolina. Dessa forma, não existe apetite para construção de novas unidades, existe ainda muito apetite para compra de unidades com dificuldades. Estamos estudando e conversando com o governo, para ver quais são as condições que gerariam apetite para construção de novas unidades industriais. Revista Canavieiros: O governo desde o início do ano tem ameaçado inter-
  • 7. 7 Marcos Jank, durante XIII Fórum Internacional sobre o Futuro do Etanol, evento oficial de abertura da Fenasucro & Agrocana vir de alguma forma no setor, controlar produção, exportações, taxar produtos, enfim, como a Unica enxerga essa participação do governo? Jank: Acho que esta é uma das dificuldades porque o governo quando sinaliza, por exemplo, o controle das exportações de etanol ou a taxação das exportações de açúcar, dá um sinal ruim para os investidores. Quando o investidor olha e vê que, por exemplo, o último leilão de eletricidade teve preços extremamente baixos e praticamente não houve venda de energia de biomassa de cana; quando esse mesmo investidor vê que o preço de gasolina está tabelado desde 2005 na bomba e que, portanto, o etanol perdeu competitividade frente à gasolina; quando ele vê as intervenções que ocorrem por meio da mistura de etanol na gasolina e quando ele vê que o governo ameaça controlar a exportação de álcool e ainda taxar o açúcar, ele fica muito receoso das intervenções governamentais e aí ele retrai os investimentos. Na verdade gostaríamos de ver a coisa mais pelo lado dos incentivos do que pelo lado da punição. Essa que é a preocupação, construirmos políticas de incentivos que tragam novos investimentos e é isso que estamos dialogando com o governo. Entendemos que uma das preocupações que o governo tem é uma preocupação legítima com o compromisso que o setor tem que ter com o abastecimento do mercado doméstico. Isso é uma preocupação correta, porque estamos falando de combustível e combustível é algo muito importante para garantia da movimentação da frota nacional. Entendemos que se o governo der incentivos tem que haver em troca esse compromisso. Mas, a intervenção, por exemplo, no açúcar, não nos parece ser a coisa mais inteligente, existem outras coisas que podem ser feitas sem mexer na taxação do açúcar. Estamos conversando sobre tudo isso em Brasília e entendemos que nos próximos meses vamos encontrar uma solução. Revista Canavieiros: Como o senhor define o cenário para o setor sucroenergético, de forma geral, a médio e longo prazos? Jank: Olha, eu acho que estamos em um momento de ouro, é até curioso ouvir se falar tanto em crise. Eu não consigo enxergar uma crise, há alguns anos atrás, tínhamos preços extremamente baixos, tínhamos um problema de falta de demanda e preços ruins, e aí poderíamos falar em crise. Posso dizer que a Europa está em crise hoje, e que os Estados Unidos está em crise também. Não é o caso do Brasil, eu acho que um país que está crescendo 4 a 5% ao ano, completamente diferente dos países ricos que estão hoje em depressão, um país (Brasil) que a frota flex está crescendo 10% ao ano, o açúcar está crescendo no mundo 4% ao ano, temos a perspectiva de exportar etanol para o mundo, temos a perspectiva do bioplástico, da bioquerosene, etc. Como podemos falar que isso é crise? Nosso problema é um problema de desajuste, entre o potencial que a demanda tem e a nossa capacidade de oferta. O problema é alinhar as políticas públicas de maneira que o setor volte a crescer, ou seja, temos que construir o nosso futuro de maneira inteligente, mas eu não consigo ver uma crise real. É completamente diferente a realidade de um setor com um imenso potencial como o nosso do que um setor em depressão como podemos ver hoje nos setores na Europa e nos Estados Unidos. O nosso setor tem sim muito potencial, mas um potencial não realizado e que precisa se realizar e para isso precisamos construir políticas públicas e privadas. Nosso desafio é trabalhar na direção da construção dessas políticas públicas para o setor. Mas eu não vejo, em hipótese alguma, um quadro de depressão como acontece hoje em muitos setores econômicos pelo mundo afora. RC RC Revista Canavieiros - Setembro 2011
  • 8. 8 Ponto de Vista Roberto Rodrigues Na Reta Final D ois anos depois da criação da Comissão Especial na Câmara dos Deputados com o objetivo de instituir um novo Código Florestal para o Brasil, podemos analisar com olhar crítico o processo de amadurecimento das discussões acerca do tema, sobretudo quanto às previsões e às principais alegações dos que se diziam contrários ao estabelecimento de nova legislação. Logo depois de criada, a Comissão Especial foi rotulada de “ruralista” e que só atenderia aos interesses do setor produtivo. Alegavam os mais radicais que seria extinto o instituto da reserva legal e que seria reduzida a proteção de áreas de preservação permanente (APP), que grandes propriedades seriam beneficiadas e que as florestas brasileiras estavam ameaçadas de desmatamento violento. O processo de discussão se deu de forma intensa e profunda, envolvendo todos os setores da economia e todos os segmentos da sociedade. O Brasil inteiro foi visitado e ouvido pelos integrantes da comissão; o primeiro texto foi aprovado na Comissão Especial em 6 de julho de 2010. A partir de então, alguns radicais lutaram para que a matéria não fosse a plenário. Os focos de crítica eram basicamente a “anistia a desmatadores”, a “liberação de uso das áreas de preservação permanente”, a “delegação aos Estados da competência de legislar sobre o ambiente” e a “falta de participação da comunidade científica” nas discussões. Aprovado no plenário da Câmara em maio de 2011 por 410 votos contra 63, esmagadora e democrática maioria, o texto do senador Luiz Henrique (PMDB-SC), que está agora no Senado, pode, por si só, revelar as verdades e os mitos. Há o grande desafio de fazer justiça, ou seja, não perdoar aqueles que desmataram ao arrepio da lei existente, mas também não punir aqueles que desmataram quando não havia legislação sobre o tema ou ainda os que o fizeram com incentivo do governo, como no combate à febre amarela, por exemplo. Para isso, foram mantidos os institutos da reserva legal e a proteção às APPs, já contrariando uma das previsões iniciais. Foram criados mecanismos de avaliação e de regularização das propriedades, como o Cadastro Ambiental Rural (CAR), obrigatório a todas as propriedades rurais. Se com ele for identificado um problema, haverá um processo para regularização. Não haverá “anistia a desmatadores”: a reserva legal faltante deverá ser recomposta, regenerada ou compensada. E as APPs atualmente utilizadas não serão consolidadas a qualquer preço, mas desde que não haja recomendação técnica de recuperação, isto é, com base científica. Os desavisados ainda poderão dizer que nas propriedades de até quatro módulos haverá, sim, uma anistia. Pequenas propriedades devem ser sustentáveis, inclusive do ponto de vista econômico. Inviabilizar a vida no campo causa êxodo rural e poluição urbana. O tratamento diferenciado aos pequenos é Movimento para a mudança do Revista Canavieiros - Setembro de 2011 “Cógido Florestal” em Brasília imprescindível para que eles tenham as mesmas condições de renda das grandes propriedades. Finalmente, quanto à delegação de poderes aos Estados, tida como temerária pela possível influência a que estariam sujeitos os governos estaduais, não há nem a liberdade alegada nem a possibilidade da tal influência. As normas gerais, que servirão de base às legislações estaduais, serão feitas pela União. Não há liberdade total à norma estadual, mas busca-se evitar a temida anistia. Os Estados brasileiros têm, por força da Constituição Federal, o direito de criar regras para melhor gerir suas características peculiares. Assim, nenhuma das profecias negativas acerca do código se concretizou. Resta-nos, como brasileiros, participar do processo de aprimoramento dessa lei tão importante que irá influenciar na vida de cada um de nós. O novo pensamento, de não mais tratar a questão como exclusivamente ambiental, mas sim como “socioambiental”, cada vez mais justifica a obrigação do exercício da competência concorrente e supletiva pelos Estados e a participação de cada cidadão. Roberto Rodrigues, coordenador do Centro de Agronegócio da FGV, presidente do Conselho Superior do Agronegócio da Fiesp e professor do Depto de Economia Rural da UnespJaboticabal. Foi ministro da Agricultura, no Governo Lula.RC Fonte: Folha de S. Paulo, 10/09/2011.
  • 9. 9 Revista Canavieiros - Setembro 2011
  • 10. 10 Notícias Copercana Copercana e Dupont realizam palestra técnica Mais de 70 pessoas, entre produtores rurais e profissionais de usinas prestigiaram o encontro Carla Rossini A Copercana, em parceria com a Dupont, realizou no dia 24 de agosto, uma palestra técnica para produtores rurais e profissionais de unidades industriais da cidade de Ituverava e região. O encontro foi realizado na sede da Fazenda Estiva, de propriedade do cooperado Sérgio Cury. O objetivo da reunião foi apresentar a Copercana aos produtores rurais, já que, em breve, a cooperativa vai inaugurar uma filial na cidade. O diretor da Copercana, Pedro Esrael Bighetti deu as boas vindas aos futuros cooperados e fez uma apresentação geral dos produtos e serviços da cooperativa. “Estamos muito orgulhosos da participação de vocês nesse encontro onde faremos uma apresentação do que é a Copercana. Tenho certeza que todos vocês serão muito bem recebidos na nossa cooperativa”, disse Bighetti. O gerente de comercialização da Copercana, Frederico José Dalmaso, também falou aos presentes, colocando os produtos comercializados pela cooperativa à disposição dos produtores e apresentou o engenheiro agrônomo, Paulo Bighetti, que será responsável parte agronomica da filial de Ituverava. Élcio Daroz (Dupont), Edgard Lazaro Bighetti (Copercana), Roberto Carminatti (Dupont), Frederico Dalmaso, Pedro Esrael Bighetti, Paulo Bighetti (Copercana) e Sérgio Cury (Faz. Estiva) O evento foi realizado na Fazenda Estiva Representando a Dupont, Elcio Daroz e Roberto Carminatti apresentaram três novos produtos: herbicida, inseticida e fungicida lançados recentemente para a cultura da cana-de-açúcar. Mais de 70 pessoas prestigiaram a reunião. RC Copercana participa do III Encontro Basf de Amendoim Durante o evento, os participantes assistiram a várias apresentações técnicas sobre a cultura Carla Rossini N os dias 1º e 2 de setembro, foi realizado o III Encontro Basf Amendoim. O evento contou com a participação de mais de 150 produtores de todo o Estado de São Paulo e tinha como objetivo principal apresentar novas tecnologias e debater os desafios para a próxima safra do grão. O gerente da Uname (Unidade de Grãos da Copercana), Augusto César Strini Paixão, proferiu uma palestra com o tema “Mecanização x Qualidade do Amendoim”, abordando as experiências da cooperativa com a cultura. Além desse assunto, o evento também discutiu os temas: importância da rotação da cultura; qualidade da matéria-prima; manejo de doenças; inovação no manejo de fungicidas; interferência de plantas daninhas e para finalizar o encontro, foi apresentando o Portfólio Basf para a cultura do amendoim. RC Revista Canavieiros - Setembro de 2011
  • 11. 11 Copercana – Responsabilidade Social no Campo Marcos de Felício – engenheiro agrônomo Copercana – Frutal N o dia 18 de agosto é comemorado em todo país o “Dia Nacional do Campo Limpo”. Essa data comemorativa foi idealizada em 2005 pelo Inpev (Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias) e tem como objetivo a conscientização sobre a importância da devolução de embalagens de agrotóxicos vazias para os postos credenciados de recebimentos, e a reflexão e participação em projetos sócio-ambientais que dizem respeito à preservação do Meio Ambiente. Neste dia ocorrem em todo país, diversas atividades relacionadas ao meio ambiente e a logística reversa, isto é, dar um destino correto às embalagens de agrotóxicos vazias. Consciente da importância do projeto, a Copercana e a Dupont, em parceria com a Usina Cerradão, realizaram no último dia 29, um evento para 60 crianças, de 7 a 12 anos, das Escolas de Frutal e região, que contou com a participação da representante do Centro de Recebimento de Embalagens da Fundação Triângulo de Pesquisa e Desenvolvimento de Uberaba, Jucelene Sanata da Silva. A palestrante falou às crianças sobre a importância do destino correto das embalagens de agrotóxicos vazias e, em seguida, foi realizada uma visita ao Posto de Coleta Seletiva da Usina Cerradão, local onde é realizada a seleção e separação dos resíduos da usina, desde emba- 60 crianças, de 7 a 12 anos, das escolas de Frutal visitaram a Usina Cerradão para receber orientações sobre o “Dia Nacional do Campo Limpo” lagens de agrotóxicos, óleos, pneus e até peças de maquinário. Aproveitando a oportunidade, também foi realizado um treinamento com a equipe agrícola da usina, abordando temas como: “A Importância do Uso de Equipamento de Proteção Individual (E.P.I.)” e “Importância do Retorno das Embalagens Vazias do Campo para Usina”. Participaram do evento, o responsável pelo setor de meio ambiente da Usina Cerradão, Antônio Marcos Vieira, o co- ordenador de tratos culturais da Usina Cerradão, Michel Fernandes e o representante da Dupont, Lauro Cervigni. “É um privilégio termos este treinamento dentro da usina, porque além de reciclar nossas informações, mostram a importância que tem o meio ambiente para a política da usina”, disse Michel. A Copercana demonstra novamente seu comprometimento com os cooperados, apresentando soluções para os problemas do dia-a-dia no campo e reforça sua responsabilidade cooperativista e sua preocupação com o meio ambiente. RC Revista Canavieiros - Setembro 2011
  • 12. 12 Revista Canavieiros - Setembro de 2011
  • 13. 13 Notícias Copercana Nutrição e adubação de cana é tema de treinamento Os agrônomos da Copercana e Canaoeste participaram do treinamento promovido pela Dupont Da Redação A equipe técnica da Copercana e Canaoeste participou de um treinamento sobre nutrição e adubação de cana-de-açúcar no dia 25 de agosto. O evento foi promovido pela Dupont e contou com a colaboração de professores da Universidade Federal de Lavras. Para o gerente do departamento técnico da Canaoeste, Gustavo de Almeida Nogueira, esse tipo de treinamento é fundamental para manter a equipe de agrônomos da cooperativa e da associação atualizados. “Nossos profissionais precisam estar sempre bem informados e atualizados para dar suporte a todas as necessidades dos produtores rurais”, disse Nogueira. O gerente do departamento comercial da Copercana, Frederico Dal- O treinamento reuniu os profissionais da cooperativa e da associação maso, frisou que esse tipo de treinamento só é possível graças a parceria que a cooperativa mantém com as empresas de agroquímicos. “A Dupont é uma das maiores parcerias da Copercana e por isso oferece esses treinamentos a nossa equipe. Nossos agrônomos estão sempre preparados para melhor atender aos cooperados”, disse Dalmaso. RC Revista Canavieiros - Setembro 2011
  • 14. 14 Notícias Canaoeste Encontro dos Produtores de Cana discute o Código Florestal Organizado pela Canaoeste e Orplana, evento reuniu mais de 400 fornecedores Carla Rossini C omo parte da programação oficial da XIX Fenasucro (Feira Internacional da Indústria Sucroalcooleira) e IX Agrocana (Feira de Negócios e Tecnologia da Agricultura da Cana-deaçúcar), a Canaoeste e a Orplana realizaram no dia 2 de setembro o Encontro Anual de Produtores de Cana-de-açúcar. O objetivo do encontro foi discutir o cenário atual do Código Florestal Brasileiro. Mais de 400 fornecedores de cana participaram do evento que contou com a presença de diversas autoridades. Além do prefeito de Sertãozinho, Nério Costa, estiveram na reunião o secretário de Emprego e Relações do Trabalho do Estado de São Paulo, Davi Zaia; os deputados federais Arnaldo Jardim, Mendes Thame, Duarte Nogueira e Milton Monti e o deputado estadual, Welson Gasparini. Representando o associativismo e cooperativismo, participaram o presidente da Ocesp (Organização das Cooperativas do Estado de São Paulo), Edivaldo Del Grande; o presidente da Copercana e Sicoob Cocred, Antonio Eduardo Tonielo; o presidente da Canaoeste, Manoel Ortolan e o presidente da Orplana, Ismael Perina Júnior. Em seu pronunciamento, Manoel Ortolan, ressaltou a importância dos agricultores se unirem e busca da aprovação do Da esquerda para direita: diretor de Reed Multiplus, Augusto Balieiro; presidente da Canaoeste, Manoel Ortolan; presidente da Orplana, Ismael Perina Júnior; secretário de Emprego e Relações do Trabalho de SP, Davi Zaia; os deputados federais, Duarte Nogueira e Arnaldo Jardim; presidente da Copercana, Antonio Eduardo Tonielo; prefeito de Sertãozinho, Nério Costa; os deputados federais, Mendes Thame e Milton Monti; o deputado estadual, Welson Gasparini e o presidente da Ocesp, Edivaldo Del Grande O evento reuniu mais de 400 fornecedores de cana Código Florestal. “Estamos vivendo um momento de expectativa da aprovação desse novo Código Florestal pelo Senado Federal, a exemplo do que aconteceu na Câmara dos Deputados em maio passado. Mais uma vez, será importante a presença e exigirá a participação das entidades de classe em Brasília, atuando junto aos senadores e demais autoridades ligadas ao ato de aprovação”, disse Ortolan. O presidente da Orplana, Ismael Perina Júnior, falou das dificuldades enfrentadas pelo setor sucroenergético e a importância da aprovação do Código Florestal. “Faltam políticas públicas junto com a classe agrícola produtiva para o setor voltar a crescer. Existe instabilidade e falta de segurança entre os agricultores e nesse sentido, a aprovação do Código Florestal pode dar novo ânimo a essa classe produtiva”, disse. Manoel Ortolan, presidente da Canaoeste Ismael Perina Jr., presidente da Orplana Revista Canavieiros - Setembro de 2011 O presidente da Ocesp também falou sobre o novo Código Florestal.“Com o Código vigente, muitas atividades agro-
  • 15. 15 Todos os deputados presentes no evento também fizeram uso da palavra em defesa da aprovação do novo Código Florestal que está para ser votado pelo Senado Brasileiro. Edivaldo Del Grande, presidente da Ocesp pecuárias não têm segurança jurídica. O novo Código, que balanceia a produção rural com a preservação do meio ambiente, é um grande avanço. Quem não o defende não creio que seja brasileiro”, frisou Del Grande. "Nós temos hoje uma quantidade muito grande de empregos sendo gerados nessa área (setor canavieiro do Estado de São Paulo). Toda atividade agrícola no nosso Estado, pela força que tem a questão sucroalcooleira, representa um forte componente e nós, da Secretaria, inclusive temos acompanhado muito as transformações que estão acontecendo no setor, com a maior mecanização da colheita da cana, para podermos também contribuir com o processo de qualificação e requalificação do pessoal." Davi Zaia, secretário de Emprego e Relações do Trabalho do Estado de São Paulo “Não há a menor dúvida de que o mundo inteiro está reconhecendo, cada vez mais, o etanol brasileiro como um combustível de última geração, um combustível avançado, como foi dito nos Estados Unidos na decisão do próprio Congresso e dos órgãos ambientais. Precisamos de investimentos para a produção de cana.” Antônio Carlos Mendes Thame, Deputado Federal “Nós temos um prazo que é o dia 10 de dezembro para o Código virar lei e ser publicado no Diário Oficial. No dia seguinte, dia 11 de dezembro, o decreto que regulamenta a lei de crimes ambientais volta a colocar a espada na cabeça de mais de 90% de todos os produtores brasileiros, obrigando-os a cumprir uma coisa que é impensável. Por isso, está sendo feita essa ação (alterações no Código) em nome do Brasil e em nome do que é de interesse nacional.” Antônio Duarte Nogueira Júnior, Deputado Federal “A medida provisória 432 foi aprovada na Câmara e agora no Senado também. Na Câmara, eu fui o relator dessa medida: uma mudança muito importante para que o etanol deixe de ser simplesmente um produto agrícola e passe a ser considerado uma commodity na área de energia. Isso é uma mudança que abre todo um caminho e toda uma redefinição sobre o etanol. Essa medida provisória também ampliou a faixa de variação da mistura que era de 20% a 25% para 18% a 25%.” Arnaldo Jardim, Deputado Federal “O setor passa por um momento importante, mas com baixo resultado. Nós temos que apoiar um setor que gera tantos empregos, divisas, que na venda de açúcar para o exterior gerou aproximadamente 16 bilhões de reais, um setor que contribui também com o meio ambiente, produzindo combustível que é ecologicamente correto, mas que deve receber todo o apoio do governo e nós vamos estar lá para contribuir nisso.” Milton Monti, Deputado Federal RC Revista Canavieiros - Setembro 2011
  • 16. 16 Notícias Canaoeste O cenário dos canaviais brasileiros Profissionais da imprensa ouviram a opinião de especialistas sobre a necessidade de renovar os canaviais Carla Rossini D urante a realização da Fenasucro e Agrocana, o presidente da Canaoeste, Manoel Ortolan, participou de uma coletiva de imprensa sobre “Os caminhos do setor sucroenergético” que foi realizada na tarde de quarta-feira (31), no Auditório da Sala de Imprensa das feiras. O debate discutiu os temas: “Retrato dos canaviais nesta safra e nas próximas três safras” e “O reflexo dos canaviais nos mercados de açúcar e etanol e no destino do setor sucroenergético”. Ao lado do presidente da Canaoeste, estavam representantes de consultorias especializadas no setor sucroenergético: o diretor da Datagro Consultoria, Guilherme Nastari; o presidente da Consultoria Idea, Dib Nunes e o gerente e coordenador do Agribusiness Research & Knowledge Center PWC, Marco Antonio Conejero. Quando questionado sobre a quebra de produção da safra 2011/2012, Manoel Ortolan, afirmou que “a seca favoreceu o surgimento de pragas e ainda ressaltou que práticas inadequadas com Marco Antonio, Manoel Ortolan, Guilherme Nastari e Dib Nunes os tratos culturais também afetaram o desenvolvimento da cana em algumas áreas da região Centro-Sul”. O consultor Guilherme Nastari, destacou que “os números da quebra da safra, que estimam uma moagem de 498 toneladas de cana (números da Datagro), têm origem nos problemas históricos que atingiram os canaviais nas últimas safras”, disse Nastari e explicou: “os canaviais estão com a média de idade envelhecida e foram afetados pelo baixo investimento em tratos culturais e as condições climáticas desfavoráveis e o surgimento de pragas”. Dib Nunes fez uma rápida apresentação sobre a deficiência hídrica dos canaviais. “Estamos passando por um momento desfavorável para a cana. Temos a pior maturação dos últimos anos. Os canaviais não se desenvolveram como deveriam”, disse Nunes. Já Marco Antonio Conejero, falou sobre a visão econômica do tema e defendeu que as políticas do governo devem ser mais atentas às condições dos produtores de cana. “O etanol vem de um produto agrícola, que pode sofrer com seus ciclos naturais. O governo precisa mudar a forma como olha o setor”, disse Conejero. RC Agrônomo da Canaoeste participa do evento “Os Eleitos” Soja Intacta RR2 Pro da Monsanto Da Redação N o dia 18 de agosto, a Monsanto realizou na cidade de Atibaia, o evento “os eleitos” sobre a Soja Intacta RR2 Pro. O evento teve a participação de apenas 500 produtores de soja de todo Brasil, selecionados entre 400 mil produtores. “Foi um privilégio participar deste evento onde se concentraram os melhores produtores de soja do país”, disse Marcelo de Felício, agrônomo da Canaoeste. As variedades de soja com a tecnologia “Intacta RR2 Pro” foram desenvolvidas especialmente para as condições do Brasil. “É a primeira vez na história da cultura no país que uma empresa multinacional desenvolve uma tecnologia adaptada para as condições brasileiras de plantio”, explicou Marcelo. A evolução deste trabalho teve início há 10 anos e os primeiros plantios foram realizados em Porto Rico em 2005. Em 2007, foram instaladas as primeiras parcelas experimentais no Brasil, e em 2008 foram realizados ensaios em campo. No ano de 2009 a Monsanto iniciou estudos em parcerias com instituições de pesquisa e ensino e em 2010, conseguiu a aprovação pela CTNBio - Comissão Técnica Nacional de Biossegurança. “Em 2011, houve treinamentos técnicos, dias de campo, feiras agrícolas e tam- Revista Canavieiros - Setembro de 2011 Marcelo de Felício, agrônomo da Canaoeste bém o avanço com o plantio desta nova tecnologia nas áreas dos 500 eleitos (produtores e multiplicadores de sementes)”, disse o agrônomo da Canaoeste. RC
  • 17. 17 Consecana A CIRCULAR Nº 06/11 DATA: 31 de agosto de 2011 Conselho dos Produtores de Cana-de-Açúcar, Açúcar e Álcool do Estado de São Paulo seguir, informamos o preço médio do kg do ATR para efeito de emissão da Nota de Entrada de cana entregue durante o mês de AGOSTO de 2011. O preço médio do kg de ATR para o mês de AGOSTO, referente à Safra 2011/2012, é de R$ 0,4942. O preço de faturamento do açúcar no mercado interno e externo e os preços do etanol anidro e hidratado, destinados aos mercados interno e externo, levantados pela ESALQ/CEPEA, nos meses de abril a agosto de 2011 e acumulados até AGOSTO, são apresentados acima. Os preços do Açúcar de Mercado Interno (ABMI) incluem impostos, enquanto que os preços do açúcar de mercado externo (ABME e AVHP) e do etanol anidro e hidratado, carburante (EAC e EHC), destinados à industria (EAI e EHI) e ao mercado externo (EAE e EHE), são líquidos (PVU/PVD). Os preços líquidos médios do kg do ATR, em R$/kg, por produto, obtidos nos meses de abril a agosto de 2011 e acumulados até AGOSTO, calculados com base nas informações contidas na Circular 01/11, conforme tabela acima. RC Revista Canavieiros - Setembro 2011
  • 18. 18 T opografia Canaoeste Thiago de Andrade Silva Assistente de Controle Agrícola da CANAOESTE O Departamento de Topografia da Canaoeste tem como objetivo prestar serviço ao associado no âmbito de levantamento topográfico para diversos fins, como: ►Levantamento Planimétrico - levantamento perimétrico para conhecer ou conferir área da propriedade; ►Levantamento Planimétrico Cadastral - levantamento utilizado para caracterizar e quantificar a área da propriedade (cultura, sede, mata, área de preservação permanente, etc.); ►Levantamento Planialtimétrico levantamento da declividade do terreno para fins de projetos de irrigação e curva de nível, sistematização de área para mecanização, entre outros; ►Sistematização de área para mecanização realizada juntamente com o Departamento Técnico; ►Retificação de propriedade - para a atualização da matrícula; ►Desmembramento - para a divisão da propriedade em duas ou mais matrículas para fins diversos (venda, doação, etc.); ►Aglutinação de propriedade - para unir duas ou mais propriedades gerando uma nova matrícula; ►Conferência de divisa - para conferir se o marco de divisa está alocado corretamente de acordo com a matrícula da propriedade; ►Levantamento de área para fins de pagamento de arrendamento ou serviço; ►Levantamento de área e confecção de mapas para fins de Plano de Queima, SIG (Sistema de Informação Geográfica) e Classificação de Solo. O Departamento também oferece suporte ao uso do GPS próprio do associa- do, faz a demarcação de curva de nível, demarcação de divisa, elabora laudos técnicos sobre levantamentos realizados para fins jurídicos, montagem espacial da matrícula para conferência se a mesma se encontra correta e levantamento de área por imagem de satélite do Google Earth entre outras imagens disponíveis. O Departamento possui um SIG (Sistema de Informação Geográfica) Canaoeste - banco de dados geográfico estruturado contendo informações variadas das propriedades (variedade, corte, entre outros informados pelo associado), viabilizando assim, agilidade e facilidade na tomada de decisões através de um gerenciamento visual da propriedade. Dentre outras funções, o Departamento de Topografia realiza publicação de Artigos na Revista Canavieiros e Informe Canaoeste. Retificação de área de imóvel diretamente no Cartório Retificação de Registro Público Lucas Alberguine Desenhista - Topografia CANAOESTE C om a modificação dos artigos 212 e 213 da Lei Federal n° 6.015/73, de 31 de dezembro 1973, novos procedimentos foram adotados possibilitando aos proprietários de imóveis, cujas certidões contêm erros, a regularizar sua situação perante o próprio Cartório. A retificação de área de um imóvel é um procedimento que permite a correção de seu registro ou averbação. Antigamente, a retificação só era possível via procedimento judicial, num processo longo e demorado. Hoje, entretanto, com a nova Lei, isto não é necessário. Tudo ficou muito mais simples. Vejamos o que diz a Lei: “Art. 212. Se o registro ou a averbação for omissa, imprecisa ou não exprimir a verdade, a retificação será feita pelo Oficial do Registro de Imóveis competente, a requerimento do interessado, por meio do procedimento administrativo previsto no art. 213, facultado ao interessado re- querer a retificação por meio de procedimento judicial.” “Parágrafo único. A opção pelo procedimento administrativo previsto no art. 213 não exclui a prestação jurisdicional, a requerimento da parte prejudicada.” QUANDO É NECESSÁRIA A RETIFICAÇÃO? Segundo a Nova Lei Federal devem ser retificados os registros que se encontrarem nas situações abaixo descritas: “Art. 213. O oficial retificará o registro ou a averbação: I – de ofício ou a requerimento do interessado nos casos de: a) omissão ou erro cometido na transposição de qualquer elemento do título; b) indicação ou atualização de confrontação; c) alteração de denominação de logradouro público, comprovada por documento oficial; d) retificação que vise a indicação de Revista Canavieiros - Setembro de 2011 rumos, ângulos de deflexão ou inserção de coordenadas georeferenciadas, em que não haja alteração das medidas perimetrais; e) alteração ou inserção que resulte de mero cálculo matemático feito a partir das medidas perimetrais constantes do registro; f) reprodução de descrição de linha divisória de imóvel confrontante que já tenha sido objeto de retificação;
  • 19. 19 g) inserção ou modificação dos dados de qualificação pessoal das partes, comprovada por documentos oficiais, ou mediante despacho judicial quando houver necessidade de produção de outras provas;” Não se retifica o imóvel, mas a sua descrição. A retificação não se presta a alterar a dimensão do imóvel, quer para mais ou para menos, exceto em situações muito especialíssimas, permitidas pelo ordenamento jurídico (aluvião, abertura de estradas, alagamento de parcelas do imóvel por represas dentre outras poucas hipóteses). “II – a requerimento do interessado, no caso de inserção ou alteração de medida perimetral de que resulte, ou não, alteração de área, instruído com planta e memorial descritivo assinado por profissional legalmente habilitado, com prova de anotação de responsabilidade técnica no competente Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura – CREA, bem assim pelos confrontantes.” está situada a propriedade objeto da retificação, local em que apresentará seu requerimento. Deverá estar munido de planta e memorial descritivo assinado por profissional legalmente habilitado, com prova de anotação de responsabilidade técnica no competente Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura – CREA, bem assim pelos confrontantes. Importante salientar que se a planta não contiver a assinatura de algum confrontante, este será notificado pelo Oficial de Registro de Imóveis competente a requerimento do interessado, para se manifestar em quinze dias, promovendose a notificação pessoalmente ou pelo correio, com aviso de recebimento, ou, ainda, por solicitação do Oficial de Registro de Imóveis, pelo Oficial de Registro de Títulos e Documentos da comarca da situação do imóvel ou do domicílio de quem deva recebê-la. COMO FAZER A RETIFICAÇÃO ADMINISTRATIVA? Alguns procedimentos devem ser atendidos pelo proprietário que tiver interesse em proceder a retificação. A notificação, segundo a legislação vigente, será dirigida ao endereço do confrontante constante do Registro de Imóveis, podendo ser dirigida ao próprio imóvel contíguo ou àquele fornecido pelo requerente; não sendo encontrado o confrontante ou estando em lugar incerto e não sabido, tal fato será certificado pelo oficial encarregado da diligência, promovendo-se a notificação do confrontante mediante edital, com o mesmo prazo fixado para notificação do cartório, publicado por duas vezes em jornal local de grande circulação. O proprietário, ou procurador devidamente constituído, deverá se dirigir ao Cartório de Registro de Imóveis onde Não havendo impugnação, presumirse-á a anuência do confrontante mesmo que este não assine a planta. Nos casos descritos no item I, tanto o proprietário pode requerer as modificações quanto o próprio oficial do cartório poderá fazê-las. Já nos casos descritos no item II, somente através de solicitação do proprietário e que a retificação poderá ser feita.” Por outro lado, pode ocorrer de algum dos confrontantes impugnar o pedido. Neste caso, havendo impugnação e se as partes não tiverem formalizado transação amigável para solucioná-la, o oficial remeterá o processo ao juiz competente, que decidirá de plano ou após instrução sumária, salvo se a controvérsia versar sobre o direito de propriedade de alguma das partes, hipótese em que remeterá o interessado para as vias ordinárias. O profissional que elaborar mapas e memoriais descritivos responsabiliza-se pelos dados ali constantes, porém, verificando-se, a qualquer tempo não serem verdadeiros os fatos constantes do memorial descritivo, responderão os requerentes e o profissional que o elaborou pelos prejuízos causados, independentemente das sanções disciplinares e penais cabíveis. GEORREFERENCIAMENTO O georreferenciamento consiste na descrição do imóvel rural em suas características, limites e confrontações, realizando o levantamento das coordenadas dos vértices definidores dos imóveis rurais, georreferenciados ao sistema geodésico brasileiro, com precisão posicional fixada pelo INCRA. A lei Federal 10.267 de 28 de agosto de 2001, regulamentada pelo decreto 4.449 de 30 de outubro de 2002 que foi alterado pelo decreto 5.570 de 31 de outubro de 2005, criou o Cadastro Nacional de Imóveis Rurais (CNIR). A referida lei torna obrigatório o georreferenciamento do imóvel para inclusão da propriedade no CNIR, condição esta, necessária para que se realize qualquer alteração cartorial da propriedade. RC * Este serviço não é realizado pela Canaoeste Revista Canavieiros - Setembro 2011
  • 20. 20 Copercana, Canaoeste e Sicoob Cocred na Fenasucro & Agrocana 2011 No estande das cooperativas e da associação, os produtores rurais encontraram produtos e equipamentos e também receberam informações técnicas e orientações dos agrônomos Carla Rossini U m estande do sistema Copercana, Canaoeste e Sicoob Cocred recebeu autoridades, visitantes e cooperados durante a realização da Fenasucro & Agrocana 2011, consideradas a maior vitrine mundial de novidades e lançamentos no setor sucroenergético. As feiras foram realizadas entre os dias 30 de agosto e 02 de setembro, no Centro de Eventos Zanini, em Sertãozinho, com organização da Reed Multiplus e realização do CEISE Br (Centro Nacional das Indústrias do Setor Sucroenergético e Biocombustíveis). No estande do sistema, os produtores rurais que visitaram a feira, podiam comprar produtos e equipamentos e também receber informações técnicas e orientações dos agrônomos. Uma loja com produtos da selaria da Copercana e ferramentas também estava à disposição dos visitantes. “Participando dessas feiras temos uma visão melhor de tudo aquilo que vamos fazer na nossa propriedade, além de conhecer novas técnicas e o que precisamos comprar para uma maior produção”, disse o cooperado Elysio Reis. Revista Canavieiros - Setembro de 2011
  • 21. 21 Novos implementos podem trazer economia e benefícios”, disse Paulo Paulista que também comentou a importância da participação dos produtores nas feiras: “É extremamente importante não só para conhecimento como para difusão de tecnologia, para os novos panoramas que estão aparecendo e, principalmente, no setor canavieiro em que o cenário mudou demais. Nós, produtores, estamos tendo que mudar alguns paradigmas, quebrar algumas regras e mudar nosso jeito de tocar a cultura. Então é de extrema importância que a gente participe de qualquer feira e de qualquer evento que possa trazer novos conhecimentos”, finalizou. Paulo Paulista, produtor rural e diretor da Canaoeste, aproveitou a feira para adquirir equipamentos O presidente da Copercana, Sicoob Cocred e também da Agrocana, ressaltou a importância das feiras e da participação de profissionais e produtores ligados a cadeia de produção de cana-deaçúcar. “Focadas em negócios, as feiras são grandes referências em tecnologia para usinas, produtores rurais e profissionais que atuam na área. A realização das feiras é marcada pelo lançamento de tecnologias, processos, máquinas e equipamentos voltados à indústria e à área agrícola canavieira e, também (as feiras) se transformam num foro de discussão sobre o setor com a realização de eventos paralelos de caráter político e de natureza técnica”, disse Tonielo. O produtor rural e cooperado, Djalma Rabelo, concorda: “Visitando as feiras a gente se atualiza, vê coisas novas e pode efetuar compras. O produtor, seja grande ou pequeno, tem que estar sempre atualizado, sempre perto de novas notícias e informações. É importante a participação das cooperativas nas feiras”. Para atender os cooperados, os gerentes do sistema e uma equipe de agrônomos da Copercana, ficou de plantão no estande. “Nós procuramos atender os produtores em suas necessidades para que eles possam combater problemas de custo/beneficio da melhor forma possível, utilizando tecnologias e preços. Temos uma condição diferenciada de preços e prazos de pagamento na feira”, disse o engenheiro agrônomo, Rodrigo Ortolan. Os números das feiras Muitos cooperados esperam a realização de eventos como o Agronegócios Copercana e a Agrocana para comprarem equipamentos. É o caso do diretor da Canaoeste, Paulo Paulista Leite Silva Júnior, que adquiriu dois equipamentos: 1 cultivador quebra-lombo e 1 adubador de disco 1250H. “Com a aquisição de novos equipamentos a tendência é de que a gente consiga novos índices de produtividade e quem sabe consiga, inclusive, baratear os custos com relação à aquisição de insumos principalmente. De acordo com um balanço preliminar, divulgado pelos organizadores, o número de visitantes das feiras deve superar a 29 mil profissionais, diretamente ligados ao setor sucroenergético, de mais de 22 estados brasileiros e de 32 países, como Alemanha, Austrália, Argentina, Canadá, Chile, China, Coréia do Sul, Espanha, Estados Unidos, França, Inglaterra, entre outros. Ricardo Meloni (gerente comercial), Marcio Meloni (diretor da Sicoob Cocred), Frederico Dalmaso (gerente de comercialização de produtos agroquímicos), Augusto S. Paixão (gerente da Unidade de Grãos), Manoel Sérgio Sicchieri (assessor das diretorias do sistema) e Giovanni Rossanez (gerente financeiro) O volume de negócios gerado nas feiras não tinha sido divulgado pelos organizadores até o fechamento desta edição. Revista Canavieiros - Setembro 2011
  • 22. 22 Presenças importantes A Fenasucro & Agrocana 2011 receberam autoridades políticas como o governador do Estado do Mato Grosso do Sul, André Puccinelli, e o secretário de Energia do Estado de São Paulo, José Aníbal. Além deles, os presidentes e representantes de importantes entidades setoriais, como Marcos Jank (UNICA), José Paulo Stupiello (STAB Nacional), William Burnquist e Alvaro Amaya (ISSCT) e Tarcísio Mascarim (APLA). Workshop Agrocana A Canaoeste, Copercana, Sicoob Cocred, Gegis e Reed Multiplus e com coordenação técnica pela STAB, realizaram os Workshops - Seminários Fenasucro & Agrocana que aconteceram nas manhãs dos dias 30 e 31 no Espaço Agrocana. Tanto o Workshop Agrícola (dia 30), como o Industrial (dia 31) tiveram seus espaços praticamente lotados por produtores de cana, técnicos de associações, cooperativas e unidades industriais, inclusive de outros países, professores e alunos de disciplinas afins. Luis Carlos Tasso Jr. (diretor da Canaoeste, membro do conselho administrativo da Sicoob Cocred e conselheiro fiscal da Copercana), Giovanni Rossanez (gerente financeiro) e Fernando dos Reis Filho (conselheiro da Copercana) Carlos Terra (SENAR/SP), Paulo Arruda, Rogério Volpini, Rodrigo Carmo, Tirso de Salles Meirelles (Sebrae), Manoel Sérgio Sicchieri e Márcio Zeviani (Copercana) e Mário Birau (SENAR/SP) A engenheira agronômica e professora da UNESPJaboticabal, Márcia Justino Rossini Mutton; presidente da Canaoeste, Manoel Ortolan; diretor da Canaoeste, Paulo Paulista Leite Silva Júnior; diretor do grupo Alto Alegre e vice presidente da Abag, Luiz Carlos Correa Carvalho e consultor agronômico da Canaoeste, Oswaldo Alonso, abriram o Workshop Os gerentes e diretores do Sistema Copercana, Canaoeste e Sicoob Cocred receberam cooperados e autoridades no estande localizado na Agrocana vista aérea das feiras Paulo Donadoni (Syngenta), Wilson Agapito (Della Coletta Bioenergia S/A), Márcio Nono (Usina Santa Cruz) e Oswaldo Alonso (Canaoeste) Revista Canavieiros - Setembro de 2011
  • 23. 23 Tradicional Carneiro no estande da Copercana Tradicionalmente, na noite de quinta-feira, durante a realização da Fenasucro & Agrocana, a Copercana realiza uma confraternização e serve carneiro à calabreza, polenta e cuscuz. O evento estimula a convivência entre os cooperados, produtores, empresários, autoridades políticas e do setor, além de outros convidados. O evento é organizado pelo diretor da cooperativa, Pedro Esrael Bighetti e, neste ano, recebeu mais de 150 convidados. “Nós organizamos o tradicional carneiro e conseguimos reunir empresários, cooperados e profissionais do setor no estande da cooperativa. O evento já se tornou tradição durante a realização das feiras”, disse Bighetti. O carneiro foi preparado por colaboradores da Destilaria Santa Inês e Copercana Fórum Internacional sobre o Futuro do Etanol O evento de abertura oficial da Fenasucro & Agrocana, o XIII Fórum Internacional sobre o Futuro do Etanol, aconteceu no dia 29 de agosto, no Teatro Municipal de Sertãozinho. O tema deste ano foi “A energia das nações”. O Fórum reuniu autoridades, convidados, imprensa e a comissão organizadora das feiras para discutir a inserção do etanol e da agroeletricidade na matriz energética mundial. O presidente da Copercana, Sicoob Cocred e da Agrocana, Antonio Eduardo Tonielo, participou da abertura do evento ao lado dos diretores da Reed Multiplus, Fernando Barbosa e Augusto Balieiro, do presidente do CeiseBr e diretor da Ciesp, Adézio José Marques e do prefeito de Sertãozinho, Nério Garcia da Costa. Após o evento, os convidados foram para o Centro de Eventos Zanini onde realizaram a inauguração oficial da Fenasucro & Agrocana 2011, com o descerramento de faixa e visita inaugural pelos corredores da feira. RC O presidente da Canaoeste, Manoel Ortolan, participou do painel “Agricultura e Indústria”, ao lado da secretária de Agricultura do Estado de São Paulo, Mônika Bergamaschi; do conselheiro da Bioenergética Aroeira, Maurílio Biagi Filho; do presidente da ETH Bioenergia, José Carlos Grubisich; do presidente do conselho da Copersucar, Luís Roberto Pogetti; do diretor do Grupo Alto Alegre e vice presidente da Abag, Luiz Carlos Correa Carvalho e do presidente da Cosan, Marcos Marinho Lutz. Revista Canavieiros - Setembro 2011
  • 24. 24 Notícias Sicoob Cocred Balancete Mensal COOP. CRÉDITO PRODUTORES RURAIS E EMPRESÁRIOS DO INTERIOR PAULISTA - BALANCETE - AGOSTO/2011 Valores em Reais Revista Canavieiros - Setembro de 2011
  • 25. 25 Marcio Meloni participa do ciclo de debates “Caminhos do Setor Sucroenergético” Evento contou com a presença do governador do Estado de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli e reuniu profissionais da imprensa Carla Rossini D urante a realização da Fenasucro e Agrocana, o diretor da Sicoob Cocred, Marcio Fernando Meloni, participou de uma coletiva de imprensa (no segundo dia dos debates) sobre “Os caminhos do setor sucroenergético” que foi realizada na tarde de quinta-feira (31), no Auditório da Sala de Imprensa das feiras. Os convidados debateram os temas “Ações para que o setor sucroenergético volte a crescer” e “Investimentos, crédito, posição governamental, redução de custos de produção, logística e incentivos governamentais”. Além do diretor da Sicoob Cocred, também participaram do debate o governador do Estado do Mato Grosso do Sul, André Puccinelli; a diretora da Abimaq, Alessandra Bernuzzi; o presidente da Orplana, Ismael Perina Júnior; o presidente do CeiseBR, Adézio José Marques; o chefe do departamento de Biocombustíveis do BNDES, Carlos Eduardo Cavalcanti; o presidente do Grupo Personality, Alexandre Dias Moreno; o diretor da MBF Consultoria, Marcos Françóia e o diretor comercial especializado no setor sucroenergético do Itaú BBA, Alexandre Figliolino. Marcio Meloni falou das iniciativas da cooperativa de crédito para atender o médio e pequeno produtor de cana e também cobrou mais agilidade na liberação dos recursos anunciados pelo Plano Agrícola Federal. “A cooperativa busca recursos para ajudar os produtores rurais, mas o dinheiro tem que chegar na hora certa”, disse Meloni. O presidente da Orplana, Ismael Perina, cobrou do governo federal uma política agrícola mais clara e planejada, não “aquela feita por técnicos dos ministérios”, disse Perina. RC Revista Canavieiros - Setembro 2011
  • 26. 26 Informações Setoriais CHUV AS DE Agosto e Prognósticos Climáticos No quadro a seguir, são apresentadas as chuvas do mês de AGOSTO de 2011. Engº Agrônomo Oswaldo Alonso Técnico Agronômico da Canaoeste A média das observações de chuvas durante o mês de agosto (21mm), “ficou” bem próxima da média das normalidades climáticas de todos os locais informados (24mm). * s.i - sem informação neste mês. N o Mapa 1 abaixo é mostrado que o índice de água disponível no solo, no período de 15 a 17 de agosto, encontrava-se crítico em praticamente toda área sucroenergética do Estado de São Paulo. Observando-se os Mapas 2 e 3, que pela ordem referem-se aos finais de agosto de 2010 e de 2011, que mostram muita semelhança dos críticos índices de Disponibilidades de Água no Solo em toda área sucroenergética do Estado. Exceto em estreita faixa do extremo Sudoeste, face às chuvas ocorridas no último dia de agosto deste ano. Mapa 1:- Água Disponível no Solo entre 15 a 17 de AGOSTO de 2011. Revista Canavieiros - Setembro de 2011 Para subsidiar planejamentos de atividades futuras, a Canaoeste resume o prognóstico climático de consenso entre INMET-Instituto Nacional de Meteorologia e INPE-Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais para os meses de setembro a novembro. Mapa 2:- Água Disponível no So
  • 27. 27 • Nos estados das Regiões Centro Oeste e Sudeste, as chuvas poderão “ficar” entre próximas a ligeiramente acima das respectivas médias históricas durante os meses de setembro a novembro, exceto no Estado de São Paulo que terá tendência de chuvas dentro das médias destes meses; • Prevêm-se temperaturas médias próximas das normais climáticas nas áreas sucroenergéticas da Região Centro Sul; • Como referência de normais climáticas de chuvas para Ribeirão Preto e municípios vizinhos, pelo Centro AptaIAC, são de 55mm em setembro, 125mm em outubro e 170mm em novembro. A SOMAR Meteorologia também prevê que as chuvas poderão “ficar” próximas às respectivas médias climáticas, uma vez que a somatória nos meses de setembro a novembro, em toda região de abrangência Canaoeste poderá ser 10 a 12% superior ao mesmo período de 2010. Face às previsões climáticas, pela SOMAR Meteorologia, para estes meses de moagem - setembro a novembro, a Canaoeste sugere aos produtores de cana que busquem, ainda mais, o má- olo ao final de AGOSTO de 2010. ximo de qualidade em operações de colheita e aproveitem ao máximo os dias e tempos disponíveis; bem como, efetuarem os necessários e aprimorados tratos culturais e até (serem mais generosos na) utilização de insumos - adubações e atenções – muitas atenções mesmo - em monitoramentos de, ervas daninhas, pragas e doenças, visando às crescentes demandas por matéria prima nas próximas safras. Mapa 4:- Adaptação pela CANAOESTE do Prognóstico de Consenso entre INMET e INPE para o trimestre setembro a novembro Mas, canaviais depauperados por pisoteios, falhas, pragas, doenças, ervas daninhas demandam renovações, visando redução da idade média e, consequente, melhora da produtividade em atenção às safras futuras. Mas, atenção !!! Qualidade das mudas é fundamental para assegurar produtividade e longevidade dos canaviais. A relação custo/benefício é muito favorável quando são empregadas mudas sadias. Estes prognósticos serão revistos a cada edição da Revista Canavieiros e fatos ou prognósticos climáticos relevantes serão noticiados em nosso site www.canaoeste.com.br . Persistindo dúvidas, consultem os Técnicos mais próximos ou através do Fale Conosco Canaoeste. RC Mapa 3:- Água Disponível no Solo, 50cm de profundidade, ao final de AGOSTO de 2011. RC Revista Canavieiros - Setembro 2011
  • 28. 28 Artigo Técnico Acompanhamento da safra 2011/2012 A safra 2011/2012, iniciada em março de 2011, encontra-se na 1ª quinzena do mês de setembro e, neste trabalho, são apresentados os dados obtidos até a 2ª quinzena de agosto, em comparação com os obtidos na safra 2010/2011. Na Tabela 1, encontra-se o ATR médio acumulado (kg/tonelada) do início da safra até a 2ª quinzena de agosto, em comparação com o obtido na safra 2010/2011, sendo que o ATR da safra 2011/2012 está 7,76 Kg abaixo do obtido na safra 2010/2011 no mesmo período. Tabela 1 – ATR (kg/t) médio da cana entregue pelos Fornecedores de cana da Canaoeste das safras 2010/2011 e 2011/2012 As tabelas 2 e 3 contêm detalhes da qualidade tecnológica da matéria-prima nas safras 2010/2011 e 2011/2012. Tabela 2 – Qualidade da cana entregue pelos fornecedores de cana da Canaoeste, até a 2ª quinzena de agosto, da safra 2010/2011. Thiago de Andrade Silva Assistente de Controle Agrícola da CANAOESTE O gráfico 3 contém o comportamento da pureza do caldo na safra 2011/2012 em comparação com a safra 2010/2011. Tabela 3 – Qualidade da cana entregue pelos fornecedores de cana da Canaoeste, até a 2ª quinzena de agosto, da safra 2011/2012. A pureza do caldo da safra 2011/2012 ficou muito abaixo da obtida na safra 2010/2011, do início da safra até a 2ª quinzena de abril, com maior acentuação na 2ª quinzena de março, ficando próximo do mês de maio em diante, se igualando, praticamente, a partir da 2ª quinzena de junho. O gráfico 4 contém o comportamento da FIBRA da cana na safra 2011/2012 em comparação com a safra 2010/2011. Gráfico 1 – BRIX do caldo obtido nas safras O gráfico 1 contém o comportamento do BRIX do caldo da safra 2011/2012 em comparação com a safra 2010/2011. O gráfico 2 contém o comportamento da POL do caldo na safra 2011/2012 em comparação com a safra 2010/2011. O BRIX do caldo da safra 2011/2012 ficou abaixo em todas as quinzenas, em relação à safra 2010/2011, sendo de forma mais acentuada na 2ª quinzena de março. Observar-se que a POL do caldo apresentou o mesmo comportamento do BRIX do caldo, com teor inferior ao da safra 2010/2011. Revista Canavieiros - Setembro de 2011
  • 29. 29 De modo geral, a FIBRA da cana na safra 2011/2012 ficou abaixo da obtida na safra 2010/2011, com exceção das duas quinzenas de abril e de agosto, ficando bem abaixo na 2ª quinzena de março e de forma menos acentuada na 2ª quinzena de maio. Gráfico 2 – POL do caldo obtida nas safras 2011/2012 e 2010/2011 O gráfico 5 contém o comportamento da POL da cana na safra 2011/2012 em comparação com a safra 2010/2011. A POL da cana obtida na safra 2011/2012 está muito abaixo daquela obtida na safra 2010/2011 em todas as quinzenas, sendo a diferença mais acentuada na 2ª quinzena de março. Gráfico 3 – Pureza do caldo obtida nas safras 2011/2012 e 2010/2011 O gráfico 6 contém o comportamento do ATR na safra 2011/2012 em comparação com a safra 2010/2011. Pode-se observar que o ATR apresentou um comportamento semelhante ao da POL da cana. O gráfico 7 contém o comportamento do volume de precipitação pluviométrica registrado na safra 2011/2012 em comparação com a safra 2010/2011. Gráfico 4 – Comparativo das Médias de FIBRA da cana A precipitação pluviométrica média ficou acima dos valores observados em 2010, nos meses de fevereiro, abril, junho e agosto de 2011. O mês de março ficou muito acima, comparativamente com o de 2010. Porém nos meses de janeiro, maio e julho a precipitação pluviométrica desta safra ficou abaixo daquela observada em 2010. s 2011/2012 e 2010/2011 O gráfico 8 contém o comportamento da precipitação pluviométrica acumulada por trimestre na safra 2011/2012 em comparação com a safra 2010/2011. Gráfico 5 – POL da cana obtida nas safras 2011/2012 e 2010/2011 Em 2011, observa-se um volume de chuRevista Canavieiros - Setembro 2011
  • 30. 30 va muito acima no 1ª trimestre e um pouco maior no 2º trimestre, se comparado aos volumes médios de 2010. O 3º trimestre continua com volumes médios inferiores aos observados em 2010. Gráfico 6 – ATR obtido nas safras 2011/2012 e 2010/2011 Houve uma pequena recuperação da qualidade no mês de agosto, porém a qualidade da matéria-prima (kg de ATR/t) continua bem abaixo daquela observada no mesmo período na safra 2010/2011. RC Gráfico 7 – Precipitação pluviométrica (mm de chuva) registrada em 2010 e 2011 Revista Canavieiros - Setembro de 2011 Gráfico 8 – Precipitação pluviométrica (mm de chuva) por trimestre, em 2010 e 2011.
  • 31. 31 Revista Canavieiros - Setembro 2011
  • 32. 32 Assuntos Legais ADA – Ato Declaratório Ambiental Prazo de entrega termina em 30 de setembro C omo já afirmado n’outras edições, o ADA (Ato Declaratório Ambiental), é uma declaração da situação ambiental da propriedade rural, onde será informado OBRIGATORIAMENTE ao IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), as áreas de preservação permanente, reserva legal e outras áreas de proteção ambiental (área de reserva particular do patrimônio natural, área de declarado interesse ecológico, área com plano de manejo florestal, área com reflorestamento), caso existam no imóvel rural e desde que declaradas no DIAT (Distribuição da Área do Imóvel Rural), entregue quando do preenchimento da DITR (Declaração do Importo Territorial Rural). Tal declaração possibilita a redução do pagamento do ITR (Imposto Territorial Rural) em até 100% de seu valor. Ressaltamos, ainda, que o envio do ADA a partir do exercício 2007, é feito por meio eletrônico, via internet (ADAweb), através do sitio eletrônico do IBAMA (www.ibama.gov.br). Já no site, basta clicar no link de Serviços On-line, informar o seu CPF (pessoa física) ou CNPJ (pessoa jurídica), senha e autenticar. “Para a obtenção ou recuperação de senha de acesso, deve-se recorrer ao Cadastro Técnico Federal, telefone (61) 3316-1677. No caso de dúvidas, ligar para o número indicado ou para (61) 3316-1253 ou ainda utilizar o e-mail ada.sede@ibama.gov.br. Declarações retificadoras referentes ao exercício de 2011 poderão ser apresentadas até 31 de dezembro de 2011” (fonte: CNA – Confederação Nacional da Agricultura). No preenchimento eletrônico do ADA ou em caso de retificação, deve-se obser- Juliano Bortoloti Advogado da Canaoeste var fielmente o que foi declarado no formulário do DITR, protocolizado perante a Secretaria da Receita Federal, pois as informações ali contidas devem guardar relação com as que forem prestadas no ADA, tendo em vista que, visando um maior controle administrativo das propriedades rurais, o IBAMA começou a cruzar suas informações com a Receita Federal e o INCRA – Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, responsáveis pelo controle e recolhimento anual do ITR. RC Safra de grãos Brasil deve produzir 161,96 milhões de toneladas de grãos A produção nacional de grãos deve chegar a 161,96 milhões de toneladas, ficando 13,7 milhões ou 9,2% superior ao volume de 149,25 milhões produzidos em 2009/10. Este resultado se deve às boas condições climáticas ocorridas na maioria das regiões produtoras, durante todo ciclo produtivo das principais culturas. Os números são do 12º levantamento da safra de grãos da safra 2010/11, divulgados no início de setembro. Em relação ao resultado da pesquisa anterior, divulgado em agosto, houve aumento de 1,42 mil toneladas devido à confirmação da produtividade do milho segunda safra. A alteração no va- lor total da safra ocorreu por causa da revisão da área de milho no Nordeste e das áreas de soja sub-irrigada de Tocantins e de Roraima, que tem calendário semelhante ao do hemisfério Norte. Os resultados positivos compensaram a queda do feijão terceira safra e do milho segunda safra na Bahia, que devido às adversidades climáticas, apresentam perdas consideráveis. A área total cultivada no País está estimada em 49,9 milhões de hectares. A estimativa é 5,3%, ou 2,5 milhões de hectares superior à safra passada (47,4 milhões de hectares). O CentroSul representa 79% da área plantada de grãos. A região obteve crescimento de 3,3% (1,2 milhão de hectares), Revista Canavieiros - Setembro de 2011 passando de 38,1 milhões para 39,4 milhões de hectares, em comparação ao ciclo anterior. O Sul do país detém 44,9% da área total (17,7 milhões de hectares); o Sudeste, 12,2% (4,7 milhões de hectares) e o Centro-Oeste, 42,9% (16,9 milhões de hectares). As regiões Norte/Nordeste respondem por 21% (10,4 milhões de hectares). No Norte/Nordeste, foi registrado aumento de 13,5% (1,24 milhão de hectares) em relação ao ciclo agrícola anterior. Desse total, a região Nordeste plantou 83,59% (8,7 milhões de hectares) e o Norte, 16,41% (1,7 milhão de hectares). RC Fonte: Conab
  • 33. 33 Revista Canavieiros - Setembro 2011
  • 34. 34 Safra Canavieira Moagem no Centro-Sul atinge 40,49 milhões de toneladas na segunda quinzena de agosto O volume de cana-de-açúcar processado pelas unidades produtoras da região CentroSul do Brasil somou 40,49 milhões de toneladas na segunda quinzena de agosto, queda de 3,76% comparativamente ao mesmo período da safra 2010/2011. No acumulado desde o início da safra até 1º de setembro, a moagem totalizou 338,14 milhões de toneladas. O diretor técnico da Unica - União da Indústria de Cana-de-Açúcar, Antonio de Padua Rodrigues, observa que “há cinco quinzenas o processamento de cana no Centro-Sul gira em torno de 40 milhões de toneladas”. Mantido esse ritmo, deveremos observar o término da safra em meados de novembro em grande parte da região produtora, acrescentou o executivo. De acordo com dados apurados pelo CTC - Centro de Tecnologia Canavieira, a produtividade agrícola do canavial colhido no Centro-Sul em agosto foi de 66,6 toneladas de cana por hectare, redução significativa em relação ao valor observado na mesma data de 2010 (79,4 toneladas por hectare). No acumulado desde o início da safra, a produtividade ficou em 72,4 toneladas de cana por hectare nesta safra contra 89,4 observados no último ano. cuperáveis (ATR) por tonelada de cana-de-açúcar atingiu 149,97 kg, recuperação significativa em relação aos 143,60 kg verificados nos primeiros 15 dias daquele mês, e queda de 5,80% em relação ao valor observado no mesmo período de 2010. No acumulado desde o início da safra até 1º de setembro, a concentração de açúcares por tonelada de matériaprima atingiu 132,64 kg, retração de 3,59% comparativamente ao índice verificado na mesma data na safra 2010/2011. Segundo o diretor da Unica, “a recuperação do ATR produto foi mais expressiva que aquela observada nas análises laboratoriais utilizadas na determinação do ATR cana; isso ocorre porque o cálculo do ATR produto divulgado foi influenciado pela parada em algumas unidades produtoras”. Mix e produção de açúcar e de etanol Do volume total de cana processado na segunda quinzena de agosto, 51,19% foram utilizados para a fabricação de açúcar. Nesse período, a produção de açúcar somou 2,96 milhões A Unica, o CTC e demais sindicatos e associações de produtores continuarão monitorando quinzenalmente a produção e as condições do canavial até o final da safra. “Vamos monitorar de perto as condições do canavial e, caso seja necessário, faremos uma nova revisão de safra,” afirma Rodrigues. Qualidade da matéria-prima Na última quinzena de agosto, a quantidade de Açúcares Totais ReRevista Canavieiros - Setembro de 2011 Antonio de Padua Rodrigues, diretor técnico da Unica de toneladas, praticamente idêntica àquela observada no mesmo período da safra passada. Já a produção de etanol totalizou 1,74 bilhão de litros nos últimos quinze dias de agosto, sendo 737,03 milhões de litros de etanol anidro e 999,04 milhões de litros de hidratado. “Apesar do anúncio de redução no nível de mistura do etanol anidro na
  • 35. 35 vendido no mesmo período do ano passado. Deste total, 8,33 bilhões de litros foram destinados ao mercado doméstico e apenas 863,09 milhões à exportação. Do montante direcionado ao abastecimento doméstico, 3,17 bilhões de litros referem-se ao etanol anidro e 5,17 bilhões de litros ao hidratado. gasolina a partir de primeiro de outubro, as empresas mantiveram o ritmo de produção de etanol anidro, que cresceu 19,68% em relação ao mesmo período da safra anterior”, comentou Rodrigues. No acumulado desde o início da safra, a produção de etanol atingiu 13,77 bilhões de litros, sendo 8,54 bilhões de litros de hidratado e 5,23 bilhões de litros de etanol anidro. Já a produção de açúcar alcançou 20,38 milhões de toneladas, queda de 9,40% em relação à safra 2010/2011. Para o executivo da Unica, “com a quebra de safra, algumas unidades produtoras reduziram o ritmo diário de moagem para produzir açúcar necessário ao cumprimento dos contratos assumidos anteriormente”. Vendas de etanol As vendas de etanol pelas unidades produtoras da região CentroSul, acumuladas de abril até 1º de setembro, somaram 9,19 bilhões de litros, 16,17% abaixo do volume Nos últimos 15 dias de agosto, as vendas de etanol atingiram 1,05 bilhão de litros, queda de 17,44% na comparação com o valor observado em 2010 (1,27 bilhão de litros). Do total vendido na segunda metade do mês, 107,40 milhões de litros destinaram-se ao mercado externo e 942,90 milhões ao mercado doméstico. No mercado doméstico, as vendas de etanol anidro atingiram 332,69 milhões de litros e as de hidratado 610,21 milhões na segunda quinzena de agosto. Segundo Rodrigues, “nesse ano não observamos um aumento excessivo das vendas para o mercado doméstico no período de safra; em julho e agosto as vendas de etanol das unidades do Centro-Sul para o mercado interno permaneceram em torno de 1,8 bilhão de litros”. A manutenção dessa tendência é importante para minimizarmos o risco de aumentos abruptos de preços na entressafra, concluiu o executivo. RC Fonte: Unica Revista Canavieiros - Setembro 2011
  • 36. 36 36 “General Álvaro Tavares Carmo” Mercados Futuros Agropecuários Cultivando a Língua Portuguesa Esta coluna tem a intenção de maneira didática, esclarecer algumas dúvidas a respeito do português. “ O valor está nos olhos de quem vê” Solis 1) Pedro explanou o assunto com “ eloquência”. “Desde a colonização a agricultura é um dos maiores vetores da economia nacional, sendo hoje o agronegócio também sinônimo de tecnologia e desenvolvimento. Agora, o Brasil se projeta como potência em agroenergia. Nesse cenário de busca por fontes renováveis de energia e redução de aquecimento global, o etanol brasileiro surpreende ao se destacar nas discussões internacionais como produto eficiente, viável e competitivo. A cana-de-açúcar é uma verdadeira usina viva, pois converte energia solar em diversos bioprodutos úteis, representando oportunidades de desenvolvimento social, econômico e ambiental. Um novo mundo precisa ser construído. Mas para se tornar realidade, governo, iniciativa privada e sociedade civil devem trabalhar juntos, com planejamento e responsabilidade, em prol da geração sustentável dos biocombustíveis. A nossa experiência com o etanol pode ser adotada a adaptada por diversos países. Dessa forma estaremos democratizando o acesso à energia e contribuindo à paz mundial.” Parabéns duplamente: escrita correta da expressão - sem o uso do trema - e pela explanação. Segundo o Novo Acordo Ortográfico (5ª edição), o trema não existirá mais - regra geral. 2) Maria usava uma linda blusa “cor de rosa”. Com a escrita incorreta, segundo o Novo Acordo Ortográfico (5ª edição) o visual não agradou ninguém, em especial, a Língua Portuguesa. O correto é: cor-de-rosa (com hífen) Dica fácil: o hífen permanece nas locuções como “cor-de-rosa”—palavras em que o uso do hífen é consagrado. 3) Pedro iniciará um curso de “auto hipnose”. Com a escrita grafada de forma incorreta... o curso não acontecerá. O correto é: auto-hipnose. Segundo o Novo Acordo Ortográfico (5ª edição): Quando o segundo elemento inicia-se com H, em geral usa-se hífen. PARA VOCÊ PENSAR: “ Saudade é um pouco como fome. Só passa quando se come a presença...” - Clarice Lispector “ ... Ela acreditava em anjo, porque acreditava e, porque acreitava, eles existiam.” - Clarice Lispector Dicas e sugestões, entre em contato: renatacs@convex.com.br * Advogada, Prof. de Português, Consultora e Revisora, Mestra USP/RP, Especialista em Língua Portuguesa, Pós-Graduada pela FGV/RJ, com MBA em Direito e Gestão Educacional, autora de vários livros como a Gramática Português Sem Segredos (Ed. Madras), em co-autoria. (Trecho extraído da introdução do livro) GIRALDEZ, Ricardo. Cana-de-açúcar: passado, presente e futuro no Brasil. Tradução de Christiane Fada Bois. São Paulo: Núcleo Comunicação Integrada, 2009. 297 p. ISBN 978-85-906852-1-0. Os interessados em conhecer as sugestões de leitura da Revista Canavieiros podem procurar a Biblioteca da Canaoeste, na Rua Augusto Zanini, nº1461 em Sertãozinho, ou pelo telefone : (16)3946-3300 - Ramal 2016 Revista Canavieiros - Setembro de 2011
  • 37. 37 Eventos em Outubro de 2011 II Simpósio Manejo da Resistência a produtos Fitossanitários Início: 05/10/2011 Fim: 06/10/2011 Horário: 08:00 as 17:30 Local: Esalq – Piracicaba - São Paulo - Endereço: Anfiteatro do Pavilhão da Engenharia, da ESALQ/USP - Av.Pádua Dias, 11 Vagas: 200 Inscrições: Profissional - R$ 200,00 Estudante - R$ 50,00* * É obrigatório a apresentação de comprovante para a confirmação da inscrição Contato: FEALQ - Fundação de Estudos Agrários Luiz de Queiroz - Av.Centenário, 1080 - São Dimas - 13416-000 Piracicaba, SP Tel: (19) 3417-6604/3417-6601, FAX: (19) 3422-2755 E-mail cdt@fealq.org.br - Site: www.fealq.org.br Curso Safras Trading School Aplicado a Commodities. Início: 05/10/2011 Fim: 07/10/2011 Horário: 08:30 as 17:30 Local: Plaza Inn Master - Rua Álvares Cabral, 1120 – Ribeirão Preto - (16) 2102-6000. Inscrições: pelo site www.safras.com.br Valor: R$ 2.275,00 – 2.730,00 Objetivo: Difundir conceitos e aprimorar estratégias comerciais, utilizando-se de técnicas que permitam uma melhor ligação entre mercado físico e os derivativos agrícolas. Como complemento também, oferece um módulo específico de análise técnica, que serve como uma ferramenta auxiliar aos agentes do mercado para tomada de decisão comercial. Contato: (51) 3224-7039 – Fax (51) 3224-9170 Curso – Análise de Cadeias Produtivas do Agronegócio Início: 06/10/2011 Fim: 07/10/2011 Local: Febrabran - Av. Brig. Faria Lima, 1485 – Torre Norte 14º andar – São Paulo-SP. Inscrições: através do site, Valores: R$ 910,00 – R$ 1.070,00. Carga Horária: 16 horas. Publico Alvo: Profissionais atuem ou não direta ou indiretamente em áreas relacionadas com o “Agronegócio” das Instituições Financeiras, Cooperativas e Empresas - adubos, defensivos, sementes, frigoríficos, máquinas e equipamentos agropecuários, etc e empresarios rurais; que precisam conhecer o funcionamento das cadeias produtivas do agronegócio no Brasil. Telefone: (11) 3244-9862 E-mail: educacaofinanceira@febraban.org.br Seminário – Perspectivas e Tendências para a Produção, Consumo e Mercado – Safra 2011/12 Clima, Milho, Soja e Trigo Início: 21/10/2011 Fim: 21/10/2011 Horário: 13:00 as 18:00 Local: Curitiba - PR Inscrições: As inscrições são feitas por formulário de inscrição eletrônico presente na página do curso na Internet. Há também a possibilidade de realizar as inscrições por fax ou telefone. Há desconto para inscrições realizadas até o dia 30/09 Valor: R$ 500,00 - R$ 780,00 Contato: (51) 3224-7039 Fax: (51) 3224-9170 I Simpósio Goiano de Pós-colheita de Grãos Início: 24/10/2011 Fim: 26/10/2011 Horário: 08:00 as 18:00 Local: Associação Atlética da COMIGO Rod BR 060, KM 389 - Distrito Industrial Rio Verde - GO, 75900-000 Inscrições: podem ser feitas até o dia 20 de outubro. Confira aos valores:Sócio Abrapos R$ 30,00 Não Sócio Abrapos R$ 50,00 Estudantes (Vagas Limitadas) R$ 30,00 Contato: www.abrapos.org.br Fórum Produção, Conservação e Lucratividade - Economia Verde como via de equilíbrio Início: 26/10/2011 Fim: 26/10/2011 Horário: 08:00 as 18:00 Local: Auditório do IAC, em Campinas-SP. Inscrições: já estão abertas e podem ser feitas pelo site www.diadecampo.com.br/forumeconomiaverde. Produtores rurais, professores, estudantes e grupos acima de três integrantes têm descontos. Contato: www.diadecampo.com.br/forumeconomiaverde Curso de Análise de Mercado Físico e Futuro de Milho. Início: 27/10/2011 Fim: 27/10/2011 Horário: 08:30 as 17:00 Local: Auditório CMA - Rua Prof.Filadelfo de Azevedo, 712 - Vila Nova Conceição – São Paulo-SP. Inscrições: pelo site WWW.safras.com.br Valor: R$ 975,00 – 1.170,00 Objetivo: Reavaliar os novos parâmetros de formação de preço e tendências na comercialização brasileira e mundial, combinando as ações junto com operações de mercado futuro. Destina-se a produtores, operadores, traders, corretores e qualquer profissional que esteja envolvido na administração rural e na comercialização das principais commodities agropecuárias. Contato: (51) 3224-7039 – Fax (51) 3224-9170 Revista Canavieiros - Setembro 2011
  • 38. 38 Vendem-se - Trator MF 290 – ano 1984 – pintura nova - Trator MF 290 - ano 1986 – pintura nova, acompanha lâmina e pá Tratar com José Ricardo pelo telefone (16) 9175 3244 Vendem-se - Propriedade em Delfinópolis-MG. Área de 33,30 alqueires ou 80,60 hectares. Frente a represa, 1.400 mts de margem. Sem benfeitorias. Área total plantada em lavoura, milho, soja, sorgo e feijão. Imóvel próximo de arrendamentos de lavouras de cana de açúcar. Preço: R$ 1.400.000,00 (aceita proposta). - Valmet 60 ID. ano 1974, cor amarela. Muito conservado - R$ 9.500,00 - Sulcador cana DMB, ano 2007 50% de um novo. Tratar com Junio Balieiro pelo telefone (16) 9158 0303 Vende-se Varredura de adubo em ótima qualidade. Eficiência comprovada. Tratar com Valter pelo telefone (16) 9184-3385 Vende-se 2.500 Mudas de Laranja Valencia Americana já na formação. Tratar com José Armando pelo telefone (17) 9147 6774 Vende-se Mudas de árvores nativas para reflorestamento. Tratar com Gustavo ou Humberto pelos telefones (16) 7812 2584 ou (16) 7812 0555 Vendem-se - 01 caixa d’água modelo australiana para 50.000 lts - 01 caixa d’água modelo australiana para 5.000 lts Revista Canavieiros - Setembro de 2011 - 01 transformador de 30 KVA - 01 transformador de 45 KVA - 01 transformador de 112 KVA - mourões de aroeira - coxos de cimento - porteiras - arame farpado usado Tratar com Wilson pelo telefone (17) 9739 2000 Vendem-se - Ford F 250, ano 2003, super conservada. - Ford F 4000, ano 1994, carroceria de madeira, Motor MWM - Ford F 4000, ano 1986, Motor MWM, carroceria de madeira nova alongada. - D 20, ano 1994, completa. - D 10, ano 1982 , hidráulica, carroceria de madeira original, único dono. Tratar com Wladimir pelo telefone (16) 3664 1535
  • 39. 39 Revista Canavieiros - Setembro 2011
  • 40. 40 Revista Canavieiros - Setembro de 2011