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Agrissênior Notícias Nº 576 an 14 junho_2016.ok
1. AGRISSÊNIOR
NOTICIAS
Pasquim informativo e virtual.
Opiniões, humor e mensagens
EDITORES: Luiz Ferreira da Silva
(luizferreira1937@gmail.com) e
Jefferson Dias (jeffcdiass@gmail.com)
Edição 576 – ANO XII Nº 43 – 14 de junho de 2016
EM DEFESA DO CÂMBIO FIXO COMO UM DOS FATORES DE
DESENVOLVIMENTO DO BRASIL
Fernando Alcoforado
Engenheiro e doutor em Planejamento Territorial e Desenvolvimento Regional
Grande parte da população é totalmente
desinformada sobre a questão do câmbio
como instrumento de política econômica. Esta
é uma questão que as pessoas acham que
não é importante a não ser quando decidem
viajar ao exterior. As pessoas precisam
entender que a taxa de câmbio é um fator
fundamental de um projeto de
desenvolvimento nacional haja vista que ela
interfere favorável ou desfavoravelmente na
competitividade das exportações e nos gastos
com importações, no avanço ou retrocesso da
indústria nacional, no aumento ou na queda
das taxas de inflação, no aumento ou
diminuição dos custos de produção do país e
na elevação ou queda das reservas
internacionais, entre outros fatores. Uma taxa
de câmbio estável pode gerar um prolongado
período de crescimento econômico, ao passo
que uma taxa de câmbio instável é capaz de
reverter qualquer processo de crescimento
como o que vem ocorrendo atualmente no
Brasil. É oportuno observar que existem três
tipos de regimes cambiais: 1) taxa de câmbio
flutuante; 2) taxa de câmbio flutuante com
bandas cambiais; e, 3) taxa de câmbio fixa.
O sistema de câmbio flutuante é aquele em
que o mercado estabelece os valores das
taxas de câmbio através da lei de oferta e
procura. Neste sistema pode ocorrer grande
variação das taxas de câmbio em intervalos
curtos de tempo. O sistema de câmbio
flutuante apresenta a vantagem de o próprio
mercado regular as taxas de câmbio, não
ocasionando distorções cambiais na
economia. No entanto, apresenta a
desvantagem de poder ocorrer valorização
excessiva de moedas estrangeiras
ocasionando inflação excessiva, enquanto a
desvalorização destas moedas pode
ocasionar diminuição das exportações. Em
um regime de câmbio flutuante, instabilidades
políticas e econômicas são imediatamente
transferidas para a taxa de câmbio,
intensificando ainda mais os desarranjos da
economia. Para piorar, nesse cenário de
desvalorização cambial, a única maneira de o
Banco Central manter a inflação de preços
relativamente tolerável é gerando uma brutal
recessão (por meio de juros crescentes) que
eleve acentuadamente o desemprego, reduza
salários e acabe com a demanda. Esta
situação ocorreu, por exemplo, recentemente,
na Grécia, Portugal, Espanha e Itália.
A taxa de câmbio flutuante é a taxa vigente na
maioria dos países do mundo. Segundo o
Instituto Ludwig Von Mises Brasil, taxa de
câmbio flutuante não funciona bem para
países ainda em desenvolvimento que
possuem um longo histórico de instabilidade
monetária ou política, e cujo Banco Central
não é visto como confiável. Nestes países, a
qualquer sinal de novas instabilidades, a taxa
de câmbio não flutua, ela afunda.
2. Quanto à taxa de câmbio flutuante com banda
cambial que é a adotada no Brasil, o Banco
Central do país permite a variação das taxas
de câmbio dentro de uma determinada faixa
(valor máximo e valor mínimo). Esse intervalo
é chamado de banda cambial. Quando as
taxas de câmbio saem deste intervalo, então
ocorre a intervenção do Banco Central, que
atua comprando ou vendendo moeda
estrangeira. Com isso, ele consegue fazer
com que a taxa passe a operar dentro
daquele intervalo estabelecido.
O câmbio flutuante com banda cambial
apresenta a vantagem de possibilitar uma
variação cambial, porém sem grandes
valorizações ou desvalorizações, permitindo
maior previsibilidade ao mercado financeiro.
Outra vantagem é que a banda cambial pode
ser mudada de tempos em tempos, de acordo
com a situação econômica interna ou externa,
acompanhando assim as necessidades do
mercado cambial. No entanto, tem a
desvantagem de gerar artificialismo cambial,
prejudicando os agentes econômicos
nacionais. Desde 1999, durante o segundo
mandado do Presidente Fernando Henrique
Cardoso, o Brasil utiliza o sistema de câmbio
flutuante com banda cambial. Porém, ocorrem
constantes intervenções do Banco Central do
Brasil no mercado de câmbio. Estas
intervenções são feitas através de operações
de compra e venda de dólares (mercado a
vista ou futuro) e tem por objetivo evitar a
desvalorização ou valorização excessiva da
moeda estrangeira (Dólar e Euro). Logo,
pode-se afirmar que o Brasil adota um
sistema de câmbio flutuante, porém com certo
controle governamental.
Com a política de câmbio flutuante com banda
cambial, o Banco Central tenta fazer as duas
coisas ao mesmo tempo: determinar uma
política monetária e uma política cambial,
sendo que ambas são mutuamente
excludentes, impossíveis de serem efetuadas
simultaneamente gerando, em consequência
descompassos. Assim é que, ao vender
moeda forte no mercado cambial, o governo
recebe em Reais aumentando a massa
monetária à disposição da economia. Se
compra moeda forte, o governo terá que
retirar Reais de circulação. Em ambos os
casos, inevitavelmente, a política cambial
acaba entrando em choque com a política
monetária e os ataques especulativos são a
consequência inevitável. Esta situação tem
sido verificada desde que se adotou no Brasil
esta política cambial na década de 1990. E é
exatamente por isso que a opção por um
regime de câmbio flutuante com banda
cambial custa caro. Como este regime
cambial não inspira confiança aos
investidores internacionais, pois uma
desvalorização pode ocorrer a qualquer
momento, e dada à contínua necessidade de
estar sempre atraindo dólares para manter as
reservas internacionais em níveis
minimamente confortáveis para manter o
câmbio dentro do intervalo especificado pelo
Banco Central, as taxas de juros têm de ser
bastante elevadas as quais vão contribuir
para a elevação incontrolável da dívida
pública como vem ocorrendo no Brasil.
Quanto ao câmbio fixo, é aquele em que o
valor da moeda estrangeira (geralmente o
dólar) é fixado pelo governo. Desta forma, a
moeda nacional passa a ter um valor fixo em
relação a essa moeda-lastro. O câmbio fixo só
pode funcionar bem por meio de um Currency
Board que se trata de um dos arranjos
monetários mais antigos e tradicionais do
mundo, perdendo apenas para o padrão-ouro,
segundo o Instituto Ludwig Von Mises Brasil.
O Currency Board nada mais é do que, como
o próprio nome em português deixa claro,
uma agência de conversão de moeda, cuja
única função é converter a moeda nacional
em uma moeda estrangeira específica
(chamada de moeda-âncora), e vice-versa, a
uma taxa de câmbio fixa estabelecida pelo
governo. O Currency Board é meramente uma
agência de conversão, e funciona literalmente
como se fosse uma casa de câmbio.
Com o cambio fixo, o Banco Central só cria
cédulas e moedas metálicas quando recebe
em contrapartida a moeda-âncora que poderia
ser o Dólar ou Euro. O Currency Board é o
arranjo que se implanta quando se quer
adotar uma genuína "âncora cambial", o que
faz com que a moeda de um país se torne um
substituto de uma moeda estrangeira. A única
função de um Currency Board é trocar moeda
nacional (que o próprio governo emite) por
moeda estrangeira, e vice versa, a uma taxa
fixa.Caso um país adote o Dólar como
3. moeda-âncora, o Currency Board tem a
função de trocar, sem custo e sem demora, a
moeda nacional pelo Dólar à taxa de câmbio
fixada. Para funcionar assim, o Currency
Board, por definição, tem de manter reservas
internacionais em um volume que seja igual
ou maior do que a base monetária da moeda
nacional. A vantagem do câmbio fixo é o de
que ele possibilita um melhor controle sobre a
inflação. No entanto, tem a desvantagem de
poder ocasionar a valorização excessiva da
moeda nacional se a moeda que servir de
âncora cambial se valorizar muito provocando
a diminuição das exportações e tem a
vantagem ao provocar aumento das
exportações se a moeda âncora for mantida
desvalorizada. Para fazer frente a situações
desfavoráveis para o país, o governo pode
discricionariamente mudar a taxa de câmbio.
Pode-se constatar, portanto, que a taxa de
câmbio compatível com um projeto de
desenvolvimento nacional é a fixa que resulta
da vontade política do governo expressa em
decisões e ações governamentais ao
contrário do câmbio flutuante com ou sem
banda cambial que resulta da vontade do
mercado cambial. Uma taxa de câmbio
flutuante baseada nas leis de mercado,
mesmo com banda cambial, depende quase
que exclusivamente, de variáveis que não
estão sob o controle governamental, como o
crescimento da economia mundial que pode
atentar contra o desenvolvimento nacional. Ao
contrário do Brasil que adota uma taxa de
câmbio flutuante com banda cambial, a China
optou por uma taxa de câmbio fixa em relação
ao Dólar. A política cambial chinesa vem
contribuindo para tornarem competitivas as
exportações chinesas no comércio
internacional e acumular reservas cambiais
que atingem no momento 3,33 trilhões de
dólares as quais vêm se constituindo em
instrumento fundamental para a aquisição de
empresas e realização de investimentos no
mercado mundial.
SERVIDOR PÚBLICO, BANDIDO OU MOCINHO?
Luiz Ferreira da Silva
Funcionário aposentado da Antiga CEPLAC (1963/92).
Qualquer problema na economia do nosso
país vem a pecha do culpado maior, o
funcionário público. É certo que existe um
contigente de maus trabalhadores e um grupo
privilegiado, sobretudo nos Poderes
Legislativo e Judiciário.
Esquece a Sociedade Brasileira da valorosa
labuta de quem a serve, diferentemente do
trabalhador da iniciativa privada que satisfaz a
um segmento. Àqueles tem o compromisso
com um patrão maior, o país. Ser funcionário
público é um sacerdócio, pois. Deve ser bem
selecionado, exigido e bem pago. E existem
segmentos neste diapasão.
Situemo-nos no hoje, em que o SPF foi
sucateado pelo desastre da administação
petista, privilegiando o compadrio ao invés da
meritocracia. Isso, sim, é crime com o povo
que paga os seus impostos. Esses
apadrinhados não nos merecem.
Acresce-se o caos em que se encontra o país.
Neste contexto, surge a mídia esculachando o
servidor público, numa revolta ao reajuste
proporcionado pelo governo. É meter o pau
sem raciocinar.
Ora, 95% estão tendo um mísero aumento (?)
quem nem cobre a inflação: 21% em 4 anos
ou 10,5% em 2 anos. E, isso, a partir de
agosto, ao invés de janeiro de 2016.
Entretanto, não se pode encobrir, os 5% que
estão por cima da carne seca, sobretudo os
políticos e juizes que, além de percentuais
maiores, possuem bônus descabidos, a
exemplo do imoral adicional de auxílio
moradia. Ademais, não trabalham na
magnitude dos seus contra cheques e
possuem férias dobradas.
O que a Sociedade deve exigir, ao invés da
omissão ou ficar xingando os maus
atendimentos, é um retorno eficaz de seus
impostos, através de uma prestação de
serviços de pessoas qualificadas e
comprometidas com o seu trabalho de bem
servir ao seu país. Ou seja, o bom serviço
público!
4. A POESIA DA SEMANA
A árvore da serra
Augusto dos Anjos
— As árvores, meu filho, não têm alma!
E esta árvore me serve de empecilho...
É preciso cortá-la, pois, meu filho,
Para que eu tenha uma velhice calma!
— Meu pai, por que sua ira não se acalma?!
Não vê que em tudo existe o mesmo brilho?!
Deus pos almas nos cedros... no junquilho...
Esta árvore, meu pai, possui minh’alma! ...
— Disse — e ajoelhou-se, numa rogativa:
«Não mate a árvore, pai, para que eu viva!
E quando a árvore, olhando a pátria serra,
Caiu aos golpes do machado bronco,
O moço triste se abraçou com o tronco
E nunca mais se levantou da terra!
CONTAMINAÇÃO HUMANA ESTÁ LEVANDO OS URUBUS À EXTINÇÃO.
Mas e daí? Quem se importa?
A notícia obviamente não está causando tanta
comoção como quando o assunto são
pandas, baleias ou micos-leões. Mas é grave:
os urubus estão desaparecendo. Das 22
espécies dessa lúgubre ave, 4 estão quase
ameaçadas de extinção, 3 estão ameaçadas
e 9, em situação crítica. É o grupo mais
ameaçado de desaparecer entre todas as
aves do mundo.
A situação vinha intrigando os biólogos,
porque a maioria das aves que comem
carniça, como corvos, cegonhas e gaivotas,
estão indo muito bem obrigado: sua
população está crescendo, em parte graças
aos desequilíbrios causados pela humanidade
em outras populações animais. Foi com isso
em mente que um time de pesquisadores da
Universidade de Utah, nos EUA, resolveu
fazer um grande estudo para entender as
razões da crise entre os urubus.
O que eles descobriram é que os “carniceiros
opcionais” estão se dando bem, mas os
“carniceiros obrigatórios” não. Corvos,
cegonhas e gaivotas são onívoros com uma
dieta diversa: até gostam de um cadáver, mas
comem de tudo. Já os urubus não têm opção:
sem um mortinho, passam fome.
Justamente por isso, estão ingerindo doses
extremamente altas de medicamentos e
venenos dados por humanos a outros
animais. O maior problema parece ser a
droga veterinária diclofenac, um anti-
inflamatório bovino que causa sérios
problemas hepáticos em aves, quando elas
comem as vacas contaminadas. Mas, além
disso, há urubus morrendo por comer hienas
e leões envenenados por criadores de gado, e
por intoxicação por inseticidas, raticidas e
chumbo de munição. Os pesquisadores
descobriram que, em 2007, uma única
carcaça envenenada de elefante matou pelo
menos 600 aves carniceiras de uma vez, na
Namíbia.
Mas e daí? Quem se importa?
Segundo os pesquisadores, é melhor nos
preocuparmos. A redução brusca na
população de urubus está levando a uma
explosão populacional de outros animais que
curtem lambiscar uma carcacinha, como ratos
e cães selvagens. Ao contrário dos urubus,
essas espécies não vêm equipadas com
estômagos especializados em matar
micróbios letais: por isso, elas transmitem
doenças. O fim dos urubus fatalmente levaria
a pragas e epidemias, além de piorar muito o
cheiro do mundo.
5. Os pesquisadores de Utah concluem que o
problema poderia ser resolvido facilmente:
bastaria banir o comércio de certas substâncias
perigosas aos urubus. Difícil é convencer
governos e ambientalistas a se mobilizarem para
salvar uma ave tão impopular.
Fonte: Anda - Super Interessante -
http://espacoecologiconoar.com.br/
A MAÇÃ
Luiz Fernando Verissimo
No outro dia eu estava traindo o meu
médico com um apfelstrudel quando comecei
a pensar seriamente na maça. Na importância
da maçã na história do mundo e nos seus
significados para a humanidade, nunca muito
bem explicados.
Dois pontos.
A Bíblia não especifica qual era o fruto
proibido que Adão e Eva comeram naquele
dia fatídico em que, desobedecendo a Deus,
perdemos o Paraíso e em troca ganhamos a
mortalidade, o sexo e a indústria do vestuário.
Pensando bem, a única fruta que era certo
que havia no Paraíso era o figo, pois foi com
folhas de figueira que cobriram a nossa proto-
nudez. Só muito mais tarde convencionou-se
que, para provocar tanto estrago de uma só
vez, a fruta proibida do Paraíso tinha que ser
umamaçã.
Como a maçã não tem propriedades
afrodisíacas nem, que se saiba, estimula a
inteligência ou o desrespeito à autoridade,
concluise que sua reputação se deve à sua
aparência, ao seu rubor lustroso e à rigidez
das suas formas, que de algum modo
simbolizam rebeldia e luxuria. A maçã é um
triunfo da sugestão sobre a verdade. Existem
frutas muito mais lúbricas, como o próprio figo
e a escandalosa romã, enquanto a maçã é
recomendada para crianças e convalescentes
(no erótico "Cântico dos cânticos" ela só entra
como terapia: "Confortai-me com maçãs, pois
desfaleço de amor"), e mesmo assim a sua
fama de provocadora persiste. Também não
se sabe ao certo que fruta caiu na cabeça de
Newton para que ele descobrisse a gravidade,
mas na história ficou que era uma maçã. A
maçã parece que está sempre querendo nos
dizer alguma coisa.
E, no meu caso pessoal, continua induzindo à
desobediência e ao pecado. A fruta não me
seduz, mas não resisto a nenhum doce feito
com maçã, que é a maçã com ainda mais
culpa. Não tem sido fácil conciliar a
necessidade da dieta e do combate ao
colesterol com a minha busca do apfelstrudel
perfeito. Mas todos temos uma missão a
cumprir neste mundo
FRASES DE ARTHUR SCHOPENHAUER
É difícil ficar quieto quando não se tem nada
para fazer.
A alegria conserva a saúde e a juventude do
coração.
Os primeiros 40 anos de vida nos dão o texto; os
30 seguintes fornecem o comentário sobre ele.
É em ninharias e quando está desatento que
o homem revela seu caráter.
A PIADA DA SEMANA
Joãozinho foi batizado e mergulhado na água
três vezes.
Na terceira vez o pastor disse:
-Agora és uma nova criatura, o antigo
Joãozinho já se foi. Nada mais de álcool na
tua vida,
teu novo nome é Jacob.
Jacob voltou em casa e foi direto na
geladeira, tirou uma skol mergulhou 3 vezes
na água e disse-
”Agora você é uma nova criatura, a antiga já
era! Teu novo nome é ”Suco de laranja”
oOo
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